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Caderno de Política

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Quem manda, porque manda, como manda. Capítulos 2 e 3.
Autor: João Ubaldo Ribeiro
---------
Unidade I
-> João Ubaldo
Política: quem manda, ...
Capítulo 1 e 2
-> Norberto Bobbio
Verbete de Política: conceito
In: Dicionário de Ciência Política ou Teoria Geral da Política
Unidade II
Os clássicos da política, V.1
Francisco Weffort
-----------
I Unidade: Introdução
1.1 - O significado de política: conceito
-> Política -> relação (ou seja, não é estática; o indivíduo é um ser político, é algo inerente; toda relação com os outros é política)
-> Poder -> relação (poder dos homens sobre os homens; é a capacidade de influenciar a vida do outro)
-> Política -> sentido: amplo (concepção clássica) e estrito (concepção moderna)
-> Amplo -> que todo ato político compreende dois aspectos:
a) Interesse
b) Decisão
-> Estrito -> natureza pública (interesse de todos, coletivo)
-> Então, política entendida como processo, no qual um ato político no sentido amplo é transformado numa relação política no sentido estrito.
-> Condição -> interesse público. O que implica num processo de transformação do interesse em objetivo comum e encaminhamento coletivo da formulação e tomada de decisão/decisões.
A política é sempre um processo, pois sempre envolve uma relação entre pessoas. Todas decisões na sociedade são em políticas no sentido estrito. Qualquer tomada de decisão no poder público é de sentido estrito.
Poder sempre envolve mais de uma pessoa, pois é uma relação. Ou seja, não depende de uma pessoa só.
Submissão é sempre imposta, pois é sempre o interesse do outro, e este pode ser o mercado, a ideologia, a moral ou mesmo uma outra pessoa.
Podemos ver em muitos problemas relações políticas, pois são de interesse público.
O interesse dos pais em mudar o comportamento dos filhos e posterior ação é política em sentido amplo.
---------
Ia Unidade (...)
1.2 - Concepção Clássica de Política
-> Política -> Pólis (Público) -> Cidade (local onde as ações são desempenhadas; espaço que comporta um tanto de relações sociais)
* Reflexão sobre todas as atividades denominadas como 'políticas' (atividades resultantes das relações entre os homens) desempenhadas na pólis.
Seria a concepção ampla de política de Ubaldo.
-> Autores:
* Platão - 'República' (Platão achava que as pessoas nasciam aptas a fazer certas funções; inatismo platônico; dever-ser)
* Aristóteles - 'Política' (primeiro tratado para começar a pensar nas funções de um Estado; Estado sendo uma vanguarda do interesse público; ele recupera ideias de Platão)
1.2.1 - Especificidades
-> Sentido amplo (a política está em todas relações)
-> Fusão entre o político e o social
-> Fusão entre o político e a moral
-> Caráter prescritivo (dever-ser)
-> Caráter idealizado (parte de como a gente gostaria que fosse)
-> Caráter finalístico (a justiça, para Platão; para Aristóteles, a vida boa)
-> Ausência do método científico
-> Ética da convicção (o que eles acreditam ser moralmente correto)
1.2.2 - Tipologia clássica de poder
-> Poder -> meio
Poder é uma forma de domínio, que pode ser sobre a natureza ou sobre os homens
-> Poder -> 'Relação entre dois sujeitos, das quais um impõe ao outro sua vontade e lhe determina seu comportamento.
-> Poder político -> é da categoria de poder do homem sobre outro homem. Relação expressa nas seguintes expressões:
a) Governantes e governado
b) Soberano e súditos
c) Comando e obediência etc...
1.2.2.1 - Tripartição aristotélica das formas do poder
Poder: paterno, despótico e político.
-> critérios de distinção:
1) Interesse (no poder paterno, o interesse dos filhos; no poder despótico, o interesse do déspota; no poder político, o interesse de governantes e governados)
2) Fundamentação da obediência (no poder paterno, a natureza da relação; no poder despótico, o medo; no poder político, o consenso)
-------
1.3 - Concepção Moderna de Política
-> Na modernidade o termo 'Política' perdeu o seu significado original
-> Política -> Pólis (Público) -> Estado
* Passa a designar as atividades que têm como termo de referência o Estado (Sujeito - toda ação que ele permite ou proíbe, tendo em vista o interesse público - e objeto - quando demandamos do Estado alguma ação)
-> Autores:
- Maquiavel, Hobbes, Locke, entre outros
1.3.1 - Especificidades
-> Uso do método científico
-> Sentido 'estrito' (tem o interesse público)
-> Separação entre o político e o social (a religião faz parte do social, por exemplo; desde que o social não interfira no interesse público, senão o Estado interfere, uma vez que é o salvaguarda dos interesses da coletividade)
-> Separação entre o político e a moral
-> Ética de grupo ou da responsabilidade (em nome da coletividade; afasta a moralidade)
-> Fim mínimo de política -> ordem
-> Finalidades circunstânciais
1.3.2 - Tipologia moderna de poder
-> Poder -> meio
Poder: econômico (ricos e pobres), ideológico (sábios e ignorantes) e político (Estado e cidadãos)
-> Em toda sociedade desigual o poder político é supremo.
-> Na teoria social contemporânea, sistema social global se encontra articulado em três subsistemas:
1° -> Organização das forças produtivas
2° -> Organização do consenso
3° -> Organização da coação
1.3.3 - Teoria marxiana
-> Base real (material) -> Infraestrutura
-> Ideias -> Superestrutura
IE (infraestrutura - base da pirâmide) = forças produtivas + relações sociais de produção = Sistema econômico
SE (superestrutura - topo da pirâmide) = Estado
1.3.4 - Teoria Gramsciana
-> Gramsci corrobora a tese marxista, mas distingue na esfera superestrutural o momento do consenso e o momento do domínio.
Ou seja, a sociedade civil também fica no topo da pirâmide com o Estado, formando a superestrutura. Os sindicatos são um exemplo, uma vez que eles debatem com o patronato sobre seus desejos etc (ou seja, o consenso). Após esse processo, tudo fica à cargo do Estado.
--------------
Primeira Unidade
1.4 - O Poder Político
-> É uma relação;
-> Da categoria do poder do homem sobre o homem;
-> É um meio;
-> Uso da força
1.4.1 - Especificidades do P.P.
-> É necessário entender que não é qualquer grupo social que usa a força que tem poder político.
-> O poder político é especificado por:
1° - Exclusividade (ele, além de combater os outros que se utilizam da força física, criminaliza e penaliza seus combatentes)
2° - Universalidade (todas as decisões do Estado são legítimas e efetivamente operantes pra sociedade como um todo)
3° - Inclusividade (capacidade de que o poder político tem de se inserir, de forma imperativa, em todas instâncias de ações dos indivíduos)
Questões
1) Identifiquem e expliquem os elementos que se assemelham, tanto na abordagem de João Ubaldo quanto na abordagem de Bobbio.
2) Identifiquem e expliquem os elementos que se diferenciam, tanto na abordagem de Ubaldo quanto na abordagem de Bobbio.
3) Expliquem o processo de construção conceitual de poder político a partir da C.C.P (Concepção clássica de Política) e da C.M.P (Concepção moderna de Política)
4) Identifiquem e expliquem os elementos que demonstram o avanço teórico e metodológico da C.M.P em relação à C.C.P.
--------
Primeira avaliação dia 23/09
Matéria: primeira e parte da segunda unidades (até os contratualistas inclusive)
Segunda avaliação dia 14/10 (?)
Matéria: primeira e segunda unidades
--------
II - Desenvolvimento histórico e teórico do Estado Moderno
-> Introdução
-> Gênese do Estado e da Sociedade Moderna (politicamente, a modernidade começa com Maquiavel, no final do século XV)
-> Autores: Maquiavel (autor mais politicista destes citados), Hobbes, Locke, Rousseau (contratualistas), Montesquieu, os federalistas, Karl Marx etc.
2.1 - Nicolau Maquiavel (XV e XVI): o precursor da ciência política moderna (é o autor que constrói seu entendimento a partir da forma de organização do Estado - política em sentido estrito)
-> Autor -> italiano
-> Principal obra-> O Príncipe
-> Texto -> 'Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtú.'
Fortuna: pode ser sorte ou má-sorte; são as circunstâncias
Virtú: sabedoria, inteligência
Maquiavel era republicano; ele viveu num momento muito conturbado da Itália; por isso, ele queria estabilidade; a monarquia seria apenas passageira; a centralização do poder italiano seria de extrema importância, para conquistar a ordem e instituí-la (através do príncipe). O comportamento do governante não tem que ser aceito moralmente, mas sim aquilo que lhe garanta a obtenção e manutenção da ordem (fim público).
2.1.1 - As contribuições teóricas de Maquiavel
Os fins justificam os meios quando é pra se obter fins públicos. É o interesse público, não de interesses de minorias ou individuais.
2.1.1.1 - A verdade efetiva das 'coisas'
Todo ser humano acha que tem poder; o indivíduo para conquistar mata, manipula, etc; os indivíduos possuem uma natureza malévola (são covardes); como todos são assim, ocorrem inúmeros conflitos. Isso produz um ciclo de conflitos, que é necessário ser barrado; para tanto, uma ordem é necessária. Quanto maior o tempo de ordem (por meio do interesse público), mais virtuoso é o governante. Ele demonstra isso através de boas instituições, boas leis, etc. 
Ele acaba rompendo com a verdade divina. Todas relações humanas são políticas, e as explicações delas são então possíveis por meio das relações. As respostas estão nas relações. Com isso, ele acaba desautorizando vários governantes que explicavam sua dominação por meio de Deus. Ele abala essa estrutura. Os subordinados começam a se revoltar para com as relações de mando.
-> Reflexão sobre o Estado real -> capaz de conquistar e impor a ordem, mesmo adotando estratégias condenadas e criticadas pelos religiosos e moralistas.
-> Rejeição da tradição idealista de Platão e Aristóteles (justiça, cidade ideal, etc)
-> Regra metodológica -> ver e examinar a realidade como ela é (caráter realístico)e não como gostaria que fossem
-> Como fazer reinar a ordem e como instaurar um Estado estável?
-> Ao formular e tentar resolver tais questões, Maquiavel rompe com o saber repetido pelos séculos 'de uma ordem eterna e natural'.
2.1.1.2 - Natureza humana e história
-> Percepção da imutabilidade dos traços humanos malévolos: egoísmo, vaidade, covardia, ambição, etc... (questão antropológica de Maquiavel)
-> Conflitos -> em parte são resultados da presença de tais traços (existem conflitos devido à presença de grupos que querem dominar e grupos que não querem ser dominados; é uma visão sociológica de Maquiavel);
-> A reiterada permanência dos atributos malévolos transforma a história em fonte de ensinamentos;
-> A história é cíclica: ...desordem -> ordem -> desordem...ordem...
-> O que varia é o tempo de duração das formas de convívio.
2.1.1.3 - Anarquia (esta anarquia é conjunção da questão antropológica com a sociológica) x Principado (monarquia) e República
A resposta à anarquia seria o principado. É o lado absolutista de Maquiavel. Sendo necessário, o governante deve usar da força ("os fins justificam os meios"), para o interesse público. Uma vez instituída a ordem, deve ocorrer sua manutenção por meio de uma república.
-> A anarquia provém de dois fatores:
- atributos malévolos e dos fatores sociais de instabilidade
-> Problema político -> encontrar mecanismos que imponham a estabilidade das relações (é o âmago da política);
-> Respostas institucionais à anarquia: principado e república
-> A escolha de uma ou outra é circunstancial (é de acordo com a situação concreta - caráter realístico)
2.1.1.4 - Virtú e Fortuna
-> Para explicar a política de como a prática do homem livre de freios extraterrenos, Maquiavel recorre à compreensão (de historiadores) e reconstrução  dos conceitos de fortuna e virtú.
Quanto mais virtuoso for o governante, maior estabilidade terá o seu governo. 
Virtú -> vem de virilidade;
Fortuna -> circunstâncias a seu favor, é sorte com relação às circunstâncias; para dominá-la, a virtú seria necessária.
Ou seja, para ter sorte nas circunstâncias, havia de ser virtuoso. O uso da força com sabedoria era o grande tema central.
-> Mitologia grega:
Fortuna -> Deusa (mulher) 
Virtú -> Homem capaz de conquistar a Deusa Fortuna
-> Visão Cristã:
Fortuna -> honra, glória e privilégios terrenos
Virtude -> negação da fortuna terrena
-> Visão de Maquiavel
Fortuna -> circunstâncias
Virtú -> sabedoria, inteligência no domínio da fortuna
2.2 - Os Contratualistas e a Fundação do Estado
-> Autores:
- Thomas Hobbes  (século XVII)
- John Locke (século XVII)
- Jean J. Rousseau (século XVIII)
Thomas Hobbes (1588-1679):
Obra principal -> Leviatã
Ser humano (visão antropológica) -> visão negativa -> homem egoísta
Estado de natureza (visão sociológica) -> intensa animosidade (estado de guerra de todos contra todos, que traz insegurança)
Direitos naturais (visão jurídica)-> fundamentos jurídicos da guerra (alienáveis)
Leis de natureza (visão jurídica)-> fundamentos do dever e da guerra
'Contrato' (visão jurídica) -> pacto por submissão
Estado Civil (visão política)-> absoluto -> poder ilimitado, indivisível e intransferível 
Propriedade (visão econômica) no Estado de natureza -> posse é uma possibilidade
Propriedade no Estado civil -> para uso (quem regula é o soberano)
Liberdade no Estado de natureza -> possibilidade de liberdade natural
Liberdade no Estado civil -> não há
John Locke (1632-1704):
Obra principal -> os dois tratados sobre o governo civil e o contrato social
Ser humano -> visão positiva -> homem empreendedor (rompe com o inatismo platônico)
Estado de natureza -> pré-social e pré-político (se todos têm direitos, para exercê-los, eles devem observar as leis de natureza)
Direitos naturais -> garantem a vida (inalienáveis)
Leis de natureza -> regulam as relações (relativa eficácia)
'Contrato' -> pacto por 'consentimento' unânime
Estado civil -> Liberal -> poder limitado, proteção às liberdades individuais (individualista)
Propriedade no Estado de natureza -> posse natural já existe
Propriedade no Estado civil -> propriedade privada
Liberdade no Estado de natureza -> existe a liberdade natural
Liberdade no Estado civil -> liberdade civil
Jean J. Rousseau (1712-1778):
Obras principais -> Contrato social e o discurso sobre a origem e fundamentos da desigualdade entre os homens.
Ser humano -> visão positiva -> homem bom
Estado de natureza -> paraíso; reino da liberdade natural
Direitos naturais -> garantem a vida (alienáveis -> vontade geral)
Leis de natureza -> obrigam ou impedem (eficácia)
'Contrato' -> pacto por 'consentimento unânime' (vontade geral)
Estado Civil -> Liberal democrático -> comunidade política (coletivista)
Propriedade no Estado de natureza -> posse natural existe
Propriedade no Estado civil -> propriedade privada é a origem da desigualdade
Liberdade no Estado de natureza -> existe a liberdade natural
Liberdade no Estado civil -> liberdade civil
Filme para relacionar com o conteúdo:
Morte ao Rei
--------
IIa Unidade (...)
2.3 - Montesquieu: o precursor do constitucionalismo
-> Introdução
- Autor: francês, nobre liberal
- Obra principal: 'O Espírito das Leis'
- Teoria dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) (ele formula a Teoria dos Três Poderes por meio bi-cameralismo inglês)
- Preocupação central -> funcionamento dos regimes políticos
2.3.1 - Metodologia
-> Adoção do conceito de lei científica nas ciências humanas
- Lei - 'Relações necessárias que derivam da natureza das coisas'.
Com esta, estabelece uma ponte com as ciências empíricas. O que possibilita:
- Encontrar uniformidades e constâncias na variação dos comportamentos e formas de organizar os homens,
- E estabelecer leis que regem os costumes e as instituições.
-> Objeto -> Leis positivas (leis formuladas pelos homens para regular o comportamento dos homens; são relações necessárias que derivam da natureza das coisas)
- Aoanalisar as LP, rompe com a concepção clássica, com a tradição religiosa e com a tradição jurídica (se limitava a discutir a origem da legitimidade, os fins das leis e a legitimidade; colocavam concepções de fundo político, moral e religioso)
-----------
IIa Unidade (...)
2.1.3 - Montesquieu (...)
2.3.2 - As Três Formas de Governo
-> Para explicar o funcionamento dos regimes políticos, o autor analisa o processo de moderação presente nas TFG.
-> A diversidade do estado de sociedade não se explica apenas pela natureza do poder, é necessário haver uma combinação entre a natureza e o princípio do poder.
Dimensões do funcionamento das instituições políticas -> Natureza (quem manda?um, alguns, muitos) + princípio (como o poder é exercido?)
Os princípios são as paixões que movem o poder, segundo Montesquieu.
Poder:
Monarquia -> o princípio é a honra; é uma paixão social (o grupo inteiro - nobreza - busca controlar o monarca e se controlar)
Despotismo -> o princípio é o medo (que os súditos têm); é uma paixão individual (voltada pro déspota)
República -> o princípio é a virtude (atenção prioritária do interesse público por parte dos governantes e dos governados); é uma paixão política.
2.3.3 - Teoria dos Três Poderes (Divisão dos Poderes: Ex, Leg e Jud)
-> Elemento que possibilita a moderação em substituição ao papel da nobreza
-> Objeto de análise para formulação da Teoria dos Três Poderes -> estrutura bicameral do Parlamento Britânico
-> Há na elaboração de Montesquieu elementos que permitem afirmar que:
A - Há uma interpenetração de funções  (Jud, Ex e Leg);
B - Há uma interdependência entre os poderes;
C - Não há equivalência entre os poderes.
IIa Unidade (...)
2.4 - Os federalistas: o constitucionalismo e a questão republicana
Autores -> 
Alexander Hamilton (1755-1804)
James Madison (1751-1836)
John Jay (1745-1829)
Confederalistas - similar às monarquias, baseaim-se em Montesquieu. Exército garante a soberania dos Estados da confederação.
Concordância absoluta -> não há (Hamilton era muito centralista; Madison era o mais moderado; Jay tem uma visão mais jurídica)
Consenso estruturante -> superioridade da Constituição de 1787 em relação ao conjunto de artigos da Confederação (1781)
Confederação -> governo central fraco em relação aos Estados confederados
Federalismo -> governo central forte em relação aos Estados Federados e com os cidadãos
Comunicação:
Confederação -> governo central dialoga apenas com os governadores através de recomendações
Federalismo -> governo central dialoga com os Estados por meio do Senado e com os cidadãos por meio da Câmara, sendo que o Senado e a Câmara se dialogam.
Teoria dos Três Poderes -> adoção da Teoria de Montesquieu:
- Especificidades
* negação do governo misto (o Judiciário não deve ser nulo)
* fortalecimento do Judiciário -> Suprema Corte com o poder de interpretação final da Constituição
* equilíbrio (entre os 3 poderes) -> (através das) medidas constitucionais
Facções (associação de indivíduos para obter a satisfação de seus interesses) -> resultado das faculdades humanas:
- vistas como um elemento fundamental dos regimes políticos (filtram os interesses gerais da sociedade)
República (democracia):
Visão tradicional ->
- cidadãos virtuosos
- Estados pequenos (cidades greco-romanas, com democracia direta)
- facções vistas como um mal
- regra da maioria representa ameaça em pequenos territórios
Visão moderna (federalistas) -> 
- não exclusividade da virtude dos cidadãos
- multiplicação dos interesses através das facções (grupos) (isso impede o monopólio de poucas facções, e, consequentemente, que um maior número de grupos não seja atendido pelo Estado)
- funções de governo a um número menor de cidadãos
- grandes territórios, grande número de cidadãos sob a jurisdição de um governo.
Democracia representativa (funções de governo a um número menor de cidadãos).
O Estado tem a prerrogativa da formulação da legislação, fazendo assim com que os indivíduos se atentem aos assuntos públicos.
IIIa Unidade
Projetos políticos da modernidade
-> Introdução Geral
-> Composição da unidade
-> Relação entre oas unidades já apresentadas
3.1 Do Liberalismo à Democracia Liberal
3.1.1 - Liberalismo
-> Definição difícil 
- motivos dificultados:
1) ligação entre o liberalismo e democracia (por exemplo, houve governos liberais nada democráticos, e vice-versa);
2) manifestação do liberalismo nos diferentes países em tempos históricos diversos;
3) impossibilidade de estabelecimento de uma história-difusão;
4) diversidade de estruturas sócio-institucionais;
5) diferentes posicionamentos da sociedade civil.
-> Definição possível: "O liberalismo é uma ideologia complexa (isso fez o liberalismo ser uma negação em si; o elemento que sustenta o liberalismo político é contraditório na origem; se realizar a premissa do liberalismo na prática, ele deixa de ser liberal e vira socialista), fundamenta-se em suposições (nem todos podem ter) de individualismo (se não vira um estado de guerra, de todos contra todos), tolerância e progresso (social, de forma geral)."
3.1.1.1 - Origens do Pensamento Liberal:
-> história dos Estados Nações
-> histórias culturais distintas:
- liberalismo inglês -> utilitarístico;
- liberalismo francês -> ético
-> sistema econômico específico
-> tradição constitucionalista
-> iluminismo
-> revoluções:
- ingleses;
- francesa;
- americana
3.1.1.2 - Escolas do Pensamento Liberal
3.1.1.2.1 - Liberalismo clássico ou ortodoxo
-> origina-se no Whiggismo
-> há uma mistura peculiar de ideias e estratégias sobre como difundir a liberdade.
3.1.1.2.1.1 - Princípios do Liberalismo ortodoxo
A - Liberalismo Puro
-> cerne metafísico e ontológico do pensamento liberal; é o fundamento da existência moral, política, econômica e cultural do mesmo.
-> indivíduo -> limitado apenas pelos limites do próprio corpo.
-> há associação da liberdade à propriedade
-> uso da razão instrumental
-> a forma mais pura é a do individualismo não coagido.
B - Liberdade
-> valor supremo da vida individualista e social
-> categoria geradora que explica todo um conjunto de comportamentos políticos e sociais intimamente relacionados entre si.
-> práxis -> ação política
-> há compromisso com a liberdade negativa (sem limites, sem regulação)
O Estado é fundado sob a premissa de assegurar a liberdade negativa. Porém, reclama-se a não-intervenção do Estado.
3.1.1.2.2 - Individualismo social ou Liberalismo moderno
-> a partir de +/- 1880, o liberalismo mudou de direção
- houve a perda do conteúdo moral do liberalismo ortodoxo.
- houve a perda do individualismo como 'valor' em nome do relativismo moral.
- houve a adaptação do liberalismo aos novos tempos.
3.1.1.2.2.1 - Princípios do Individualismo Social ou Liberalismo moderno
A - Individualismo Social
-> O indivíduo harmoniza-se com o coletivo
- a ideia predominante é a do individualismo coagido (se não é impossível ter sociedade)
- sociedade -> fundamenta-se na limitação individual e no contrato mútuo
- Estado -> proteção e segurança aos cidadãos
B - Liberdade
-> Crucial
- esta precisa de justificativa maior do que apenas a propriedade.
- se estrutura na moral justificada (Estado). Se associa a:
A - reconhecimento
B - tolerância
C - respeito à diversidade
- compromisso com a liberdade positiva
-> A sociedade é meio para a auto-realização individual, desenvolvimento e caráter.
-> A individualidade é vista como produto de um Estado ético.
3.1.1.2.3 - Conclusão: a questão da propriedade
-> Crítica a associação da liberdade à propriedade
- se a propriedade é pré-condição para o exercício da liberdade. O Estado Liberal tem o dever de garantí-la a todos.
-> Contraposição (Hayek, Freedman):
- deve ser garantido apenas a igualdade de acesso/oportunidade de participação individual no mercado.
-> Concepções de propriedade derivadas da crítica e da contraposição à crítica:
- propriedadecomo:
A - propriedade para uso enquanto 'ganho salarial'.
B - propriedade 'como poder'
- para os 'individualistas sociais', o direito fundamental deve referir-se a A e B 'poderia' ser usada para a redistribuição.
Ideologias políticas modernas - Vincent Andrew (a parte de liberalismo)
Verbete de Política do Bobbio (liberalismo)
----------
Textos sobre socialismo:
- 'Socialismo'. In: Dicionário de ciência política
Autor: Norberto Bobbio
- 'Marx: política e revolução'. In: Os clássicos da política
Autor: Francisco Weffort
IIIa Unidade
Projetos políticos da modernidade
3.2 - O 'Socialismo' e a questão da igualdade
-> Introdução
- Diversidade de tendências e orientações teóricas
- Base comum -> 'transformação substancial do ordenamento jurídico e econômico fundado na propriedade privada dos meios de produção e troca numa organização social na qual:
A) O direito de propriedade seja 'fortemente' limitado,
B) Os principais recursos econômicos estejam sob o controle das classes trabalhadoras
C) A gestão tenha por objetivo promover a igualdade social através da intervenção dos poderes públicos.
3.2.1 - O Socialismo como ciência
-> Nasce da distinção feita por Marx e Engels entre o socialismo utópico e o socialismo marxista.
-> A científicidade reside:
A - Transformação do Socialismo em um programa de auto-emancipação do proletariado,
B - O Socialismo se apresenta como necessidade histórica,
C - Uso de método científico
- Materialismo histórico
Fundamentos (filosófico -> dialético)
1o - Teoria da sucessão histórica dos modos de Produção
2o - Teoria econômica da mais-valia
3o - Trabalho
Comunismo Primitivo -> Comunismo Antigo (já se insere um nível maior de organização; divisão técnica do trabalho -> denota habilidades) -> Sistema Feudal -> Sistema Capitalista -> Sistema Socialista -> Sociedade Comunista (é preciso eliminar a propriedade privada para se chegar a esta etapa)
-------------
Avaliação de Política
-> dia 04/11
Relação do conteúdo da III unidade com o Filme: 'Invasões Bárbaras'
Diretor: Denis Arcand (2003)
-> dia 06/11 às 7h30
Segunda chamada (para quem perdeu alguma prova)
Matéria toda
--------------
3.2.1.1 - Tendências do Socialismo
-> Socialismo
A) Reformista
B) Revolucionária
A) Tornou-se alternativa preponderante no ocidente
B) Posições revolucionárias
- Rosa de Luxemburgo -> Ditadura do proletariado (os trabalhadores, de fato, conduzindo a organização da sociedade)
- Lenin -> Ditadura de 'Partido'
3.2.1.2 - Socialismo -> Pós-revolução soviética
-> Socialismo (aqueles que seguem as ideias de Rosa de Luxemburgo e Marx) é diferente de Comunismo (aqueles que seguem Lenin; favoráveis à postura adotada por Lenin)
Ocorrem perseguições aos socialistas (que desembocou na saída desses socialistas da URSS)
Os social - democratas originários queriam alcançar o socialismo, diferentemente do socialismo reformista, que queria apenas reformas.
Constituição de dois modelos distintos:
A) Tendência leninista
B) Socialismo reformista -> adotado pelas social-democracias;
------------
IIIa Unidade:
3.3 - Social Democracia: avanços e desafios
3.3.1 - Introdução
-> Ponto de vista teórico e histórico -> anômalo;
-> Ponto de vista prático -> 'reformismo';
-> Social democracia originária difere do reformismo -> tem o objetivo de chegar ao socialismo através da transformação das instituições liberais democráticas
- S.D.O. luta contra:
* 'Reformismo burguês'
* Aventurismo revolucionário
3.3.2 - A Experiência alemã
-> De inspiração marxista;
- Origem por volta de 1875;
- Se define através da oposição ao anarquismo: adotam meios distintos
* mas mantém os mesmos fins
3.3.2.1 - A S.D. entre o comunismo e o fascismo
-> Foi a existência do comunismo leninista que impediu que a S.D. desembocasse bem depressa numa práxis reformista de direita (fascismo italiano e nazismo alemão). Comunismo leninista é ditadura de esquerda e o fascismo é ditadura de direita.
- Somente após o fascismo ameaçar a segurança externa da U.R.S.S., após subverter a Alemanha, é que o comunismo consentiu em colaborar com a S.D. na luta anti-fascista.
3.3.3 - Social-Democracia: Pós-Segunda Guerra Mundial
-> Práxis reformista -> tendência em todos os países;
- Fatores para tal:
* violência exercida contra os partidos socialistas da Europa Oriental;
* recuperação do capitalismo;
* fracasso das economias baseadas na planificação total.
Texto de política
- Social-democracia
In: Dicionário de ciência política
Norberto Bobbio
- Capitalismo e social-democracia
Autor: Adan Pzervorwi
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IIIa Unidade (...)
3.3 - Social-Democracia (...)
3.3.3.1 - Social-Democracia: Pós-Segunda Guerra
3.3.3.1 - Sustentação dos governos S.D.
-> Política -> colaboração institucionalizada e permanente (está na Constituição) entre: mercado, Estado e sindicatos dos trabalhadores (o acordo impede a luta de classes, o que impede a adoção da estratégia socialista -> luta de classes)
- Sustentação político/partidária: ocorre através do intercâmbio (o sindicato garante a base eleitoral, enquanto o partido vira o porta-voz dos trabalhadores) entre: partido S.D. e sindicatos dos trabalhadores.
- Fatores para manutenção do intercâmbio:
1o - Partido e sindicato -> agentes dominantes na área da classe trabalhadora (eles fazem isso correspondendo aos interesses dos trabalhadores)
2o - Partidos e sindicatos -> fidelidade aos compromissos assumidos junto aos trabalhadores;
3o - Tem que haver contribuição global (investimento de capital produtivo) do sistema político econômico para fornecer os recursos, para a redistribuição (tem que haver contribuição e redistribuição, se não o projeto não dá certo)
-> Econômica -> neocorporativismo (corporativismo é associação de profissionais na mesma categoria em defesa de interesses próprios da categoria; o neocorporativismo é a associação de entes políticos de estaturas diversas com interesses diversos, que colaboram pro objetivo do sistema)
- gestão da economia (forte intervenção do Estado e existência de propriedade privada) é diferente da gestão socialista e também da liberal, há uma forte intervenção do Estado através da:
1o - Tributação (renda, riquezas e salários)
2o - Transferência de recursos para a sociedade (em níveis diferenciados; os setores vulneráveis são mais visados; boa gestão dos recursos).
3.3.3.2 - Conclusão:
-> Crise dos G.S.D.
- A crise se constitue em função das recorrentes crises econômicas que se internacionalizaram;
- Se convertendo na crise de um modelo de gestão econômica (alta tributação e transferência dos recursos para a sociedade) que ainda não foi eficazmente renovado para se adequar às novas situações.

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