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Como Projetar uma UTI

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ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 
UTI - PLANTA FÍSICA 
MÔNICA ALEXANDRE MALTA E VERA MÉDICE NISHIDE 
 
 
Como projetar uma UTI: 
Projetar uma UTI ou modificar uma unidade existente, exige conhecimento das normas dos agentes 
reguladores, experiência dos profissionais de terapia intensiva, que estão familiarizados com as 
necessidades específicas da população de pacientes. Revisões periódicas devem ser consideradas na 
medida que a prática da terapia intensiva evolui.1 
O projeto deve ser abordado pôr um grupo multidisciplinar composto de diretor médico, enfermeiro chefe 
da UTI, arquiteto principal, administrador hospitalar e engenheiros.2 Esse grupo deve avaliar a demanda 
esperada da UTI baseado na avaliação dos pontos de fornecimento de seus pacientes, nos critérios de 
admissão e alta, e na taxa esperada de ocupação. É necessário análise dos recursos médicos, pessoal de 
suporte (enfermagem, fisioterapia, nutricionista, psicólogo e assistente social) e pela disponibilidade dos 
serviços de apoio(laboratório, radiologia, farmácia e outros ).3 
 
Planejamento da área de uma U.T.I. 
O Planejamento e projeto devem ser baseados em padrões de admissão de paciente, fluxo de visitantes e 
funcionários, e na necessidade de instalações de apoio (posto de enfermagem, armazenamento, parte 
burocrática, exigências administrativas e educacionais) e serviços que são peculiares à instituição individual 
em questão. Segundo normas para projetos físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde4(E.A.S.), 
1995, a organização físico funcional de internação de paciente em regime de terapia intensiva deve: 
 Proporcionar condições de internar pacientes críticos em ambientes individuais e ou coletivos 
conforme grau de risco, faixa etária, patologia e requisitos de privacidade; 
 Executar e registrar assistência médica e de enfermagem intensiva; 
 Prestar apoio diagnóstico-laboratorial, de imagem e terapêutico 24 horas; 
 Manter condições de monitoramento e assistência respiratória contínua; 
 Prestar assistência nutricional e distribuir alimentos aos pacientes; 
 Manter pacientes com morte encefálica, nas condições de permitir a retirada de órgãos para 
transplantes, quando consentida. 
 
Localização: 
Cada UTI deve ser uma área geográfica distinta dentro do hospital, quando possível, com acesso 
controlado, sem trânsito para outros departamentos. Sua localização deve ter acesso direto e ser próxima 
de elevador, serviço de emergência, centro cirúrgico, sala recuperação pós-anestésica, unidades 
intermediárias de terapia e serviço de laboratório e radiologia.5,6 
 
Número de Leitos: 
Os leitos necessários para fornecer uma cobertura segura e adequada para pacientes gravemente doentes 
num hospital, dependem da população do hospital, quantidade de cirurgias, grau do compromisso de 
cuidados intensivos pela administração do hospital, pelos médicos e enfermeiros, e dos recursos 
institucionais. 
Um método empírico frequentemente relatado é que um hospital geral deveria destinar 10% da 
capacidade de leitos para UTI.7 Relman,8 "sugere que 15 a 20% de todos os pacientes precisam de cuidados 
intensivos". 
Uma UTI deve existir com no mínimo cinco leitos, em hospitais com capacidade para cem ou mais leitos. A 
instalação com menos de cinco leitos torna-se impraticável e extremamente onerosa, com rendimento 
insatisfatório em termos de atendimento. Estabelecimentos especializados em cirurgia, cardiologia e em 
emergência devem fazer cálculo específico.6,9 
O ideal considerado do ponto de vista funcional, são oito a doze leitos pôr unidade. Caso se indique maior 
número de leitos, esta deve ser dividida em subunidades. Esta divisão proporciona maior eficiência de 
atendimento da equipe de trabalho.1,6 
 
 
 
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Forma da Unidade: 
A disposição dos leitos de UTI podem ser em área comum (tipo vigilância), quartos fechados ou mista.6 
A área comum proporciona observação contínua do paciente, é indicada a separação dos leitos pôr 
divisórias laváveis que proporcionam uma relativa privacidade dos pacientes. 
As unidades com leitos dispostos em quartos fechados, devem ser dotados de painéis de vidro para facilitar 
a observação dos pacientes. Nesta forma de unidade é necessário uma central de monitorização no posto 
de enfermagem, com transmissão de onda eletrocardiógrafa e frequência cardíaca. 
Unidades com quartos fechados proporcionam maior privacidade aos pacientes, redução do nível de ruído 
e possibilidade de isolamento dos pacientes infectados e imunossuprimidos. 
A unidade mista combina os dois tipos de forma e tem sido adotada com bons resultados.6 
Salas de isolamento é recomendável e cada instalação de saúde deve considerar a necessidade de salas de 
isolamento compressão positiva e negativa nestas salas. Esta necessidade, vai depender, principalmente da 
população de pacientes e dos requisitos do Departamento de Saúde Pública.1 
 
Área de Internação: 
Área de Pacientes: 
Os pacientes devem ficar localizados de modo que a visualização direta ou indireta, seja possível durante 
todo o tempo, permitindo a monitorização do estado dos pacientes, sob as circunstâncias de rotina e de 
emergência. O projeto preferencial é aquele que permite uma linha direta de visão, entre o paciente e o 
posto de enfermagem..1 
Os sinais dos sistemas de chamada dos pacientes, os alarmes dos equipamentos de monitorização e 
telefones se somam à sobrecarga auditiva nas U.T.Is.10. O Conselho Internacional de Ruído, tem 
recomendado que o nível de ruídos nas áreas de terapia aguda dos hospitais não ultrapassem 45dB(A) 
durante o dia, 40dB(A) durante a noite e 20dB(A) durante a madrugada. Tem-se observado que o nível de 
ruído na maioria dos hospitais esta entre 50 e 70dB(A) e, em alguns casos ocasionais, acima desta faixa.4 
Pôr estas razões, devem ser utilizados pisos que absorvam os sons, levando-se em consideração os 
aspectos de manter o controle das infecções hospitalares, da manutenção e movimentação dos 
equipamentos. As paredes e os tetos devem ser construídos de materiais com alta capacidade de absorção 
acústica. Atenuadores e defletores nos tetos podem ajudar a reduzir a reverberação dos sons. As aberturas 
das portas devem ser defasadas para reduzir a transmissão dos sons.1 
 
Posto de Enfermagem: 
O posto de enfermagem deve ser centralizado, no mínimo um para cada doze leitos e prover uma área 
confortável, de tamanho suficiente para acomodar todas as funções da equipe de trabalho, com dimensões 
mínimas de 8m2. Cada posto deve ser servido pôr uma área de serviços destinada ao preparo de 
medicação, com dimensão mínima de 8m2 e ser localizada anexo ao posto de enfermagem. Deve haver 
iluminação adequada de teto para tarefas específicas, energia de emergência, instalação de água fria, 
balcão, lavabo, um sistema funcional de estocagem de medicamentos, materiais e soluções e um relógio de 
parede deve estar presente.1,4 
Espaço adequado para terminais de computador e impressoras é essencial quando forem utilizados 
sistemas informatizados. Deve ser previsto espaço adequado para se colocar os gráficos de registros 
médicos e de enfermagem. Os formulários de registro médicos e impressos devem estar armazenados em 
prateleiras ou armários de modo que possam ser facilmente acessados pôr todas as pessoas que requeiram 
o seu uso. 
 
Sala de Utensílios Limpos e Sujos: 
As salas de utensílios limpos e sujos devem ser separadas e que não estejam interligadas. Os pisos devem 
ser cobertos com materiais sem emendas ou junções, para facilitara limpeza.1 
A sala de utensílios limpos é utilizada para armazenar suprimentos limpos e esterilizados, podendo também 
acondicionar roupas limpas. Prateleiras e armários para armazenagem devem estar em locais acima do 
solo, facilitando a limpeza do piso. 
A sala de materiais sujos(expurgo), deve ser localizada fora da área de circulação da unidade. Pode ter uma 
pia e um tanque, ambos com torneiras misturadoras de água fria e quente para desinfecção e preparo de 
materiais. Deve ser projetada para abrigar roupa suja antes de encaminhar ao destino, dispor de 
mecanismos para descartar itens contaminados com substâncias e fluidos corporais. Recipientes especiais 
devem ser providenciados para descartar agulhas e outros objetos perfurocortantes.1 Para desinfecção dos 
 
 
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materiais não descartáveis é necessário dois recipientes com tampa, um para materiais de borracha e vidro 
e outro para materiais de inox , ou uma máquina processadora. 
 
Banheiro de Pacientes: 
Localizado na área de internação da unidade (geral ) ou anexo ao quarto (isolamento). Todos os banheiros e 
sanitários de pacientes internados devem ter duchas higiênicas e chuveiro.1,6 
 
Copa de Pacientes: 
Local destinado ao serviço de nutrição e dietética, sendo receptora e distribuidora das dietas dos pacientes 
da unidade.6 Deve ter pia, geladeira e lixo específico para desprezar restos de alimentos. 
 
Sala de Serviços Gerais: 
Sala destinada a guarda de materiais e soluções utilizadas na limpeza e desinfecção da Unidade. Deve ser 
provida de tanque e prateleiras suspensas. 
 
Sala de Procedimentos Especiais: 
Se uma sala de procedimentos especiais é desejada, sua localização deve ser dentro, ou adjacente à UTI, 
podendo atender diversas U.T.Is. próximas. Deve ser de fácil acesso, o tamanho suficiente para acomodar 
os equipamentos e as pessoas necessárias. As capacidades de monitorização, equipamentos, serviços de 
apoio e condições de segurança devem ser compatíveis com serviços fornecidos pela UTI. As áreas de 
trabalho e armazenamento devem ser adequados o suficiente para manter todos os suprimentos 
necessários e permitir o desempenho de todos os procedimentos sem que haja a necessidade da saída de 
pessoas da sala.1 
 
Armazenamento de Equipamentos: 
Uma área para guardar os equipamentos que não estão em uso ativo, deve ser planejada. A localização 
deve ser de fácil acesso e espaço adequado para pronta localização e remoção do equipamento desejado. 
Deve ser previsto tomadas elétricas aterradas em número suficiente para permitir a recarga dos 
equipamentos operados a bateria.1 
 
Laboratório: 
Todas as U.T.Is. devem ter serviço de laboratório clínico disponível vinte e quatro horas pôr dia.3 Quando o 
laboratório central do hospital não puder atender as necessidades da UTI, um laboratório satélite dentro 
da, ou adjacente à UTI deve ser capaz de fornecer os testes químicos e hematológicos mínimos, incluindo 
análises de gases do sangue arterial.1 
 
Sala de Reuniões: 
Uma área distinta ou separada próxima de cada U.T.I. ou de cada grupo de U.T.Is., deve ser projetada para 
observar e armazenar as radiografias, estudar e discutir os casos dos pacientes. Um negatoscópio ou 
carrossel de tamanho adequado deve estar presente para permitir a observação simultânea de uma série 
de radiografias.1,6 
 
Área de Descanso dos Funcionários: 
Uma sala de descanso deve ser prevista em cada U.T.I. ou grupamento de U.T.Is, para prover um local 
privado, confortável e com ambiente descontraído. Deve existir sanitários masculinos e femininos dotados 
de chuveiro e armários. Uma copa com instalações adequadas para armazenamento e preparo de 
alimentos, incluindo uma geladeira, um fogão elétrico e ou forno microondas. A sala de descanso precisa 
estar ligada à U.T.I. pôr um sistema de intercomunicação.1 
 
Conforto Médico: 
Deve ser próximo à área de internação, de fácil acesso, com instalações sanitárias e chuveiro. A sala deve 
ser ligada à U.T.I. pôr telefone e ou sistema de intercomunicação. 
 
Sala de Estudos: 
Uma sala de estudos para equipe multidisciplinar da U.T.I. deve ser planejada para educação continuada, 
ensino dos funcionários ou aulas multidisciplinares sobre terapia dos pacientes. Deve estar previsto 
recursos audiovisual, equipamentos informatizados interativos para auto aprendizado e referências 
médicas, enfermagem e outros.1 
 
 
 
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Recepção da U.T.I.: 
Cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is. deve ter uma área para controlar o acesso de visitantes. Sua 
localização deve ser planejada de modo que os visitantes se identifiquem antes de entrar. Pôr ser uma 
unidade de acesso restrito é desejável que a entrada para os profissionais de saúde, seja separada dos 
visitantes e um sistema de intercomunicação com as áreas da U.T.I. efetivo.1 
 
Sala de Espera de Visitantes: 
Área indispensável, deve ser localizada próximo de cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is., destinada aos 
familiares de pacientes, enquanto aguardam informações ou são preparados para visita na unidade. O 
acesso de visitantes deve ser controlado pela recepção. Um bebedouro e sanitários devem ser localizados 
dentro da área ou próximo a ela. São desejáveis para este ambiente cores vivas, carpete, janelas, 
iluminação indireta e suave.1,5 Deve ser previsto telefones públicos, sofás, cadeiras retas e reclináveis, 
terminais de circuito interno de TV e materiais educativos.1 
 
Rota de Transporte de Pacientes: 
Os corredores utilizados para transportar os pacientes devem ser separados dos utilizados pelos visitantes. 
O transporte dos pacientes deve ser rápido e a privacidade preservada. Quando necessário o uso de 
elevadores, deve ser previsto um tamanho superdimensionado e separado do acesso público.1 
 
Corredores de Suprimento e Serviço: 
Para suprir cada U.T.I. deve ser planejado um corredor com 2,4 metros, portas com abertura no mínimo 0,9 
metros, permitindo fácil acesso.1 A circulação exclusiva para itens sujos e limpos é medida dispensável. O 
transporte de material contaminado pode ser através de quaisquer ambiente e cruzar com material 
esterilizado ou paciente, sem risco algum, se acondicionado em carros fechados, com tampa e técnica 
adequada.4 O revestimento do piso deve ser resistente a trabalho pesado e permitir que equipamentos 
com rodas se movam sem dificuldades.1 
 
Secretaria Administrativa: 
É uma área recomendável, adjacente à U.T.I., para pessoal da administração médica e de enfermagem. 
Espaços adicionais para secretarias podem ser alocados para pessoal de desenvolvimento, especialistas 
clínicos e serviço social, quando aplicável. A habilidade de colocar estes profissionais nas proximidades de 
uma U.T.I. pode facilitar a abordagem do gerenciamento dos pacientes pôr um grupo amplo e integrado.1 
 
Módulo de Pacientes: 
Os módulos dos pacientes devem ser projetados para apoiar todas as funções necessárias de saúde. A área 
de cada leito deve ser suficiente para conter todos os equipamentos e permitir livre movimentação da 
equipe par atender às necessidades de terapia do paciente.1,6 
Segundo as Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, o quarto fechado 
para adulto ou adolescente deve ter dimensão mínima de 12 m2, com distância de 1,0 metro entre paredes 
e leito, exceto cabeceira. A área coletiva deve ter dimensões mínimas para 10 m2, distância de 1,0 metro 
entre paredes e 2,0 metros entre leitos. O quarto de isolamento é recomendável, deve ser dotado de 
banheiro privativo e de área específica para recipientesestanques de roupa limpa e suja e de lavatório. Na 
ausência de isolamento, o quarto privativo tem flexibilidade para, sempre que for requerida proteção 
coletiva, operar como isolamento. 
Cada módulo de U.T.I. deve ter um alarme de parada cardíaca interligado no posto de enfermagem, sala de 
reuniões, sala de descanso dos funcionários e demais salas com chamada. 
No projeto da U.T.I. um ambiente que minimize o stress do paciente e dos funcionários deve ser planejado, 
incluindo iluminação natural e vista externa. As janelas são aspectos importantes de orientação sensorial e 
o maior número possível das salas deve ter janelas para indicação de dia/noite.5 Para controlar o nível de 
iluminação pode utilizar cortinas, toldos externos, vidros pintados ou reflexivos. 
Outros recursos para melhorar a orientação sensorial dos pacientes pode incluir a provisão de calendário, 
relógio, rádio, televisão e ramal telefônico. A instalação de T.V. deve ficar fora do alcance dos pacientes e 
operados pôr controle remoto. 
As considerações de conforto devem incluir métodos para estabelecer a privacidade dos pacientes. O uso 
de persianas, cortinas, biombos e portas controlam o contato do paciente com a área ao redor. Uma 
poltrona deve estar disponível a beira do leito para visita de familiares. A escolha das cores das paredes 
proporcionam descanso e propicia ambiente tranquilo. 
 
 
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Utilidades: 
Uma U.T.I. deve ter recursos que propiciem segurança para os pacientes e funcionários sob condições 
normais e de emergência. Cada unidade deve ser provida de eletricidade, água, vácuo clínico, oxigênio, ar 
comprimido e devem atender as normas mínimas ou os códigos dos agentes reguladores ou 
credenciadores. Os serviços de utilidades podem ser fornecidos pôr uma coluna montada no teto, no 
solo ou livre. Quando localizadas adequadamente permitem fácil acesso a cabeceira do paciente, 
facilitando atendimento de urgência. Se o sistema de colunas não for viável, os serviços de utilidades 
podem ser fornecidos no painel de cabeceira.1 
 
1. Energia Elétrica: 
Na U.T.I. existem diversos equipamentos eletro-eletrônicos de vital importância na sustentação de vida dos 
pacientes, que são utilizados na monitorização de parâmetros fisiológicos ou pôr ação terapêutica, 
integrados ao suprimento de gases. Estas instalações devem ter sua alimentação chaveada para fonte de 
emergência que rapidamente reassume a alimentação no caso de quedas de energia elétrica, devendo 
garantir o suprimento nas 24 horas.1,4 O número de tomadas sugerido é de no mínimo onze(11) por leito13, 
sendo desejável dezesseis(16)1, ambas com voltagem de 110 e 220 volts e adequadamente aterradas.4 As 
tomadas na cabeceira devem ser localizadas a aproximadamente 0,9 metros acima do piso para facilitar a 
conexão e a retirada através do corpo do conector.1 Deve dispor também de acesso à tomada para 
aparelho transportável de 
raios X, distante no máximo 15m de cada leito.4 
 
2. Iluminação: 
Além da iluminação natural, deve ter iluminação geral de teto para realização das atividades e registro pela 
equipe de trabalho e conforto do paciente, não excedendo 30 pé-vela(fc). A iluminação noturna quando em 
uso contínuo não deve exceder 6,5 fc, ou para períodos curtos 19 fc. É desejável uma lâmpada de leitura 
para o paciente e não deve exceder 30 fc. Iluminação específica para procedimentos e urgência devem ser 
colocados diretamente acima do paciente com pelo menos 150 fc.1 
 
3. Abastecimento de água: 
A fonte de água deve ser certificada, especialmente se forem realizadas hemodiálise.1 As instalações de 
pias e lavatórios deve ser prevista para lavagem das mãos nos locais de manuseio de insumos, 
medicamentos e alimentos, próximo a entrada dos módulos de pacientes ou entre cada dois leitos em 
U.T.I. tipo vigilância.4 Os lavatórios devem ser largos e profundos o suficiente para evitar respingos, ser 
equipados com torneiras que dispensa o contato com as mãos contaminadas, preferencialmente acionadas 
pôr pés, joelhos, cotovelos ou sensores.1 Em cada lavatório deve ser instalado dispensador para sabão 
líquido e anti-sépticos, acionado sem tocar as mãos e toalheiros para papel descartável. Estes são 
componentes críticos para o controle de infecções hospitalares.14 
Quando um banheiro é incluído num módulo de paciente, ele deve ser equipado com dispositivo para 
limpeza de comadres e papagaios,. Com instalação de água quente e fria e uma ducha com controle pôr 
pés.1 
 
4. Sistema de gases e vácuo: 
O suprimento de oxigênio, ar comprimido e vácuo devem ser mantidos nas 24 horas. È recomendado duas 
saídas de oxigênio pôr leito no mínimo e uma saída de ar comprimido, porém, é desejável haver duas. As 
saídas para oxigênio e ar comprimido devem ser feitas pôr conexões apropriadas para cada gás, evitando 
troca acidental. Um sistema de alarme pôr pressão alta e baixa de gases devem ser instalados em cada 
U.T.I. e no departamento de engenharia do hospital.1,4,6,13 
É preconizado dois pontos de vácuo pôr leito, porém, é recomendável três pontos.13 O sistema de vácuo 
deve manter mínimo de 290mmHg, se redução abaixo de 194mmHg os alarmes audíveis e visuais são 
acionados.1 
 
5. Renovação de ar áreas críticas: 
Ar de qualidade segura e satisfatória deve ser mantido durante todo o tempo. São exigidos no mínimo seis 
trocas de ar pôr hora, sendo que duas trocas devem ser com ar externo. Todas as entradas e ar externas 
devem ser localizadas o mais alto possível, em relação ao nível do piso e possuir filtros de grande 
eficiência.1,4 
 
 
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O ar condicionado e o aquecimento devem ser previstos visando assepsia e conforto para os pacientes e 
equipe de trabalho, pôr isso devem passar pôr sistemas de filtragens apropriados. A tomada de ar deve 
respeitar distancia mínima de 8,0 m de locais onde haja emanação de agentes infecciosos ou gases nocivos. 
Para unidades de terapia críticas com módulos fechados para pacientes, a temperatura deve ser ajustada 
individualmente, com variação de 24 a 26ºC, umidade relativa do ar de 40 a 60%.1,4 
 
 
Referências Bibliográficas: 
 
1.WEDEL, S.MD, FCCM et al. Guidelines for intensive care unit desing: Guidelines/Pratice 
Parameters Committee of the American College of Critical Care Medicine, Society of Critical Care 
Medicine, v.23 n.3, p.582-588, 1995 
2.PIERGEORGE, A .R.; CESERANO F.L.; CASANOVA, D.M. Designing the critical care unit: A 
multidicicplinary approach. Crit Care Med, 11: 541-545, 1983 
3.TASK, F. on Guidelines, Society of Critical Care Medicine: Guidelines for categorization of services 
for the critically ill patient. Crit Care Med.v.19, p.279-285,1991 
4.MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Assistência à Saúde. Departamento de Normas Técnicas: 
Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, 140p.,1995 
5.HUDSON, L.D.Design, of the intensive care unit from a monitoring point of view. Respir Care 
v.30, p.549-559, 1985 
6.GOMES,A.M. Planta física, equipamento e dotamento de pessoal. Enfermagem na Unidade de 
Terapia Intensiva. Cap.3, p.17-31, 1988 
7.SCHWARTZ, S., RN; CULLEN, D.J., MD. How many intensive care beds does your hospital 
need?.Crit Care Med. v.9, nº.9, p.625, 1981 
8.RELMAN, A.S. Intensive Care Units: Whoneeds them?. N.Engl.J.Med. v.302, p.965, 1980 
9.MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria Nacional de Organização e Desenvolvimento de Serviços de 
Saúde. Normas e Padrões de Construções Instalações de Serviços de Saúde, p.25 e 87, 1987 
10.GRUMET, G.W. Pandemonium in the modern hospital. N.Engl.J.Med.v.328, p.433-437, 1993 
11.SOUTAR, R.L.; WILSON, J.A. Does hospital noise disturb pacients? BMJ. v.292, p305, 1986 
12.KEEP, P.J. Stimulus deprivation in windowless rooms. Anaesthesia. v.32, p.598- 602, 1977 
13.PADILHA, K.G. et al. Estrutura Física das Unidades de Terapia Intensiva do Municípío de São 
Paulo In: Revista Brasileira de terapia Intensiva v.9, nº2, p.71-76, 1997. 
14.SIMMONS,B.; BRYANT,J.; NEIMAN, K. et al. The role of handwashing in prevention of endemic 
intensive care unit infections. Infect Control Hosp Epidemiol v.11, p.589-594, 1990 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOVAS REGRAS DE FUNCIONAMENTO DE UMA UTI 
“RDC 07 e AMIB” 
Entre outras exigências, a resolução (RDC-07), em vigor a partir do dia 24 de fevereiro, define a 
quantidade mínima de profissionais de saúde que devem atuar nas equipes de uma UTI. 
 
Entrou em vigor neste domingo (24/02) a determinação de regras para o funcionamento das Unidades de 
Terapia Intensiva (UTI) no Brasil por meio da Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa (RDC-07). 
De acordo com a Agência, o objetivo é estabelecer padrões mínimos para o funcionamento das UTIs, 
visando à redução de riscos aos pacientes, visitantes, aos profissionais e ao meio ambiente, incluindo o 
atendimento de alta qualidade ao paciente crítico por profissionais qualificados. 
O documento foi publicado em fevereiro de 2010 e as UTIs tiveram três anos para implantar as medidas 
solicitadas. A AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), a única entidade reconhecida pelo 
Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB) como representante dos 
profissionais que atuam nas UTIs, teve participação na elaboração do documento. 
“Foi o resultado de anos de luta da categoria que ainda não contava com uma regulação que trouxe regras 
mínimas para abertura e funcionamento das UTIs brasileiras. É uma grande conquista, uma vez que já 
conseguimos melhorar, em muito, a assistência e qualidade no atendimento oferecido aos pacientes”, diz o 
presidente da AMIB, José Mário Teles. 
Um levantamento da AMIB aponta que, no Brasil, há cerca de 25.000 leitos de UTIs públicas e privadas em 
funcionamento. 
 
REGRAS: 
Entre as medidas, passa a ser obrigatório que o responsável técnico (chefe ou coordenador médico) deve 
ter título de especialista em Medicina Intensiva para responder por UTI Adulto; habilitação em Medicina 
Intensiva Pediátrica, para responder por UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria com área de 
atuação em Neonatologia, para responder por UTI Neonatal. 
As chefias de enfermagem e de fisioterapia também devem ser especialistas em terapia intensiva ou em 
outra especialidade relacionada à assistência ao paciente grave, específica para a modalidade de atuação 
(adulto, pediátrica ou neonatal). 
Em termos de recursos humanos passa a ser necessário designar uma equipe multiprofissional, legalmente 
habilitada, a qual deve ser dimensionada, quantitativa e qualitativamente, de acordo com o perfil 
assistencial, a demanda da unidade e legislação vigente, contendo, para atuação exclusiva na unidade, no 
mínimo, os seguintes profissionais: 
Médico diarista/rotineiro: um para cada dez leitos ou fração, nos turnos matutino e vespertino, com título 
de especialista em Medicina Intensiva para atuação em UTI Adulto; habilitação em Medicina Intensiva 
Pediátrica para atuação em UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria com área de atuação em 
Neonatologia para atuação em UTI Neonatal; 
Médicos plantonistas: no mínimo um para cada dez leitos ou fração, em cada turno. 
Enfermeiros assistenciais: no mínimo um para cada dez leitos ou fração, em cada turno. 
Fisioterapeutas: no mínimo um para cada dez leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e noturno, 
perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação. 
Técnicos de enfermagem: no mínimo um para cada dois leitos em cada turno, além de um técnico de 
enfermagem por UTI para serviços de apoio assistencial em cada turno; 
Auxiliares administrativos: no mínimo um exclusivo da unidade; 
A equipe da UTI deve participar de um programa de educação continuada, contemplando, no mínimo: 
normas e rotinas técnicas desenvolvidas na unidade; incorporação de novas tecnologias; gerenciamento 
dos riscos inerentes às atividades desenvolvidas na unidade e segurança de pacientes e profissionais; e 
prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde. 
A RDC também determina quantidade de equipamentos por leitos, assim como materiais essenciais para o 
atendimento ao paciente crítico. E um dado importante: a evolução do estado clínico, as intercorrências e 
os cuidados prestados devem ser registrados pelas equipes médica, de enfermagem e de fisioterapia no 
prontuário do paciente, em cada turno, e atendendo as regulamentações dos respectivos conselhos de 
classe profissional e normas institucionais. 
Autor: Saúde Web 
Fonte: Saúde Web Publicado em 25 de Fevereiro de 2013 às 18h09

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