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1 
 
 
GESTÃO DE ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA 
EM PEDIATRIA E NEONATOLOGIA 
1 
 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 3 
TERAPIA INTENSIVA – PROCEDIMENTOS DE ALTA E MÉDIA 
COMPLEXIDADE ............................................................................................... 4 
UTI ........................................................................................................... 7 
SURGIMENTO DA UTI ............................................................................ 9 
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DAS UNIDADES DE TRATAMENTO 
INTENSIVO - UTI ............................................................................................. 11 
RECURSOS HUMANOS EM UMA UTI ................................................. 14 
ESTRUTURA FÍSICA E EQUIPAMENTOS ........................................... 16 
TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E PEDIÁTRICA.............................. 25 
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA UTI NEONATAL E PEDIÁTRICA 25 
GESTÃO DE ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA – UTI ........... 31 
ENFERMAGEM EM AUDITORIA - UTI ................................................. 33 
ENFERMAGEM E O GERENCIAMENTO DA UTI ................................. 34 
A UTILIZAÇÃO DO SAE – SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM, COMO FERRAMENTA DE APOIO ....................................... 36 
PROTOCOLOS E ROTINAS DA UTI..................................................... 37 
TRANSFERÊNCIA DE PACIENTE INTERNA E EXTERNA .................. 40 
GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS E EDUCAÇÃO 
CONTINUADA .................................................................................................. 41 
A ENFERMAGEM EM UTI E A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL ......... 42 
GERENCIAMENTO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA UTI 
NEONATAL E PEDIÁTRICA ............................................................................ 43 
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ................ 44 
POLÍTICA DA QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM .... 46 
POLÍTICA DE RECURSOS MATERIAIS ............................................... 47 
2 
 
 
ESTRUTURA E RECURSOS PARA O ATENDIMENTO E ASSISTÊNCIA 
AO RECÉM- NASCIDO/CRIANÇA E SEUS FAMILIARES. ............................. 49 
FLUXOGRAMA DO ATENDIMENTO DO RECÉM -NASCIDO NA UTIN E 
SUAS RELAÇÕES COM A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM ................................................................................................ 51 
MAPA DOS PROBLEMAS DE ENFERMAGEM .................................... 52 
TRANSFERÊNCIA EXTERNA DE PACIENTES.................................... 55 
ENCAMINHAMENTO PARA O CENTRO CIRÚRGICO ........................ 56 
ÓBITO.................................................................................................... 58 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 60 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
TERAPIA INTENSIVA – PROCEDIMENTOS DE ALTA 
E MÉDIA COMPLEXIDADE 
 
 
A assistência a pacientes em situações de saúde cada vez mais críticas, 
que necessitam de respostas individuais e complexas a sua situação de saúde, 
tem sido destacada enquanto papel contemporâneo das instituições 
hospitalares. Essa situação requer novos conhecimentos e atitudes do 
profissional de saúde frente às mudanças tecnológicas e demandas dos 
pacientes, implicando em alteração no seu processo de trabalho. 
O Sistema Único de Saúde – SUS, possui regulamentos, legislações e 
normas, que fundamentam toda a saúde do país. Dessa forma, a atenção à 
saúde da população é organizada, com o intuito de atender o indivíduo em toda 
a sua integralidade, abrangendo todos os níveis de tratamento, além das ações 
de prevenção e profilaxia. 
As organizações dos serviços de saúde abrangem a atenção básica, que 
é um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem 
a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o 
tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde, procedimentos de média e 
alta complexidade que estão classificados nas atenções secundárias e terciárias. 
Procedimentos de média complexidade, que de acordo com o Ministério 
da Saúde (2004): 
A média complexidade ambulatorial é composta por ações e serviços que 
visam atender aos principais problemas e agravos de saúde da população, cuja 
complexidade da assistência na prática clínica demande a disponibilidade de 
5 
 
 
profissionais especializados e a utilização de recursos tecnológicos, para o apoio 
diagnóstico e tratamento. 
A relação dos procedimentos abrangentes nessa categoria são: 
Procedimentos especializados realizados por profissionais médicos, 
outros profissionais de nível superior e nível médio; 
 cirurgias ambulatoriais especializadas; 
 procedimentos tráumato-ortopédico; 
 ações especializadas em odontologia; 
 patologia clínica; 
 anatomopatologia e citopatologia; 
 radiodiagnóstico; 
 exames ultra-sonográficos; 
 diagnose; 
 fisioterapia; 
 terapias especializadas; 
 próteses e órteses; 
 anestesia 
Os procedimentos de alta complexidade são definidos pelo SUS (2004) 
como: 
Conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS, envolve alta 
tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à população acesso a serviços 
qualificados, integrando-os aos demais níveis de atenção à saúde (atenção 
básica e de média complexidade). 
As principais áreas que compõem os serviços de alta complexidade do 
SUS, organizadas em redes, são: 
 Assistência ao paciente portador de doença renal crônica (por meio 
dos procedimentos de diálise); 
 Assistência ao paciente oncológico; 
 Cirurgia cardiovascular; cirurgia vascular; cirurgia cardiovascular 
pediátrica; 
6 
 
 
 Procedimentos da cardiologia intervencionista; 
 Procedimentos endovasculares extracardíacos; 
 Laboratório de eletrofisiologia; 
 Assistência em tráumato-ortopedia; 
 Procedimentos de neurocirurgia; 
 Assistência em otologia; 
 Cirurgia de implante coclear; 
 Cirurgia das vias aéreas superiores e da região cervical; 
 Cirurgia da calota craniana, da face e do sistema estomatognático; 
 Procedimentos em fissuras lábio-palatais; 
 Reabilitação protética e funcional das doenças da calota craniana, 
da face e do sistema estomatognático; 
 Procedimentos para a avaliação e o tratamento dos transtornos 
respiratórios do sono; 
 Assistência aos pacientes portadores de queimaduras; 
 Assistência aos pacientes portadores de obesidade (cirurgia 
bariátrica); 
 Cirurgia reprodutiva; 
 Genética clínica; 
 Terapia nutricional; 
 Muscular progressiva; 
 Osteogênese imperfecta; 
 Fibrose cística e reprodução assistidaOs procedimentos da alta complexidade encontram-se relacionados na 
tabela do SUS, em sua maioria no Sistema de Informação Hospitalar, e estão 
também no Sistema de Informações Ambulatoriais em pequena quantidade, mas 
com impacto financeiro extremamente alto, como é o caso dos procedimentos 
de diálise, quimioterapia, radioterapia e hemoterapia. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 
2005). 
O atendimento a pacientes de alta complexidade está no contexto da atual 
política de saúde do país. A assistência de alta complexidade é definida como o 
7 
 
 
conjunto de procedimentos que, no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), 
envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar à população acesso a 
serviços qualificados, integrando-os aos demais níveis de atenção à saúde 
(atenção básica e de média complexidade) (CHAVES et al 2012 apud 
CONASS,2007) 
A enfermagem, em seus diversos cenários de atuação, busca seu 
verdadeiro papel na sociedade, tema amplo de discussão no contexto da 
qualidade do cuidado prestado. (CENEDÉSI et al,2012 apud CARDOSO, 2011). 
A compreensão de suas funções nas diferentes áreas permite o 
esclarecimento desse papel e, por conseguinte das contribuições do enfermeiro 
para o cuidado de qualidade. 
 
UTI 
 
O ambiente de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é um 
ambiente destinado a assistir pacientes graves e instáveis que, geralmente, 
localiza-se no meio hospitalar, e é considerado de alta complexidade por contar 
com aparato tecnológico e informatizado de ponta, apresentando assim um ritmo 
acelerado, no qual são realizados procedimentos agressivos e invasivos, e onde 
o duelo entre a vida e a morte está bem presente, sendo que a morte, muitas 
vezes, é iminente. (BACKES et al, 2015 apud PINA, 2008; MARTINS, 2009; 
FERNANDES;2010) 
É uma unidade complexa dotada de sistema de monitorização contínua 
que admite pacientes potencialmente graves ou com descompensação de um 
ou mais sistemas orgânicos e que com o suporte e tratamento intensivos tenham 
possibilidade de se recuperar. 
A UTI nasceu da necessidade de oferecer suporte avançado de vida a 
pacientes agudamente doentes que porventura possuam chances de sobreviver, 
destina-se a internação de pacientes com instabilidade clínica e com potencial 
de gravidade. É um ambiente de alta complexidade, reservado e único no 
8 
 
 
ambiente hospitalar, já que se propõe estabelecer monitorização completa e 
vigilância 24 horas. 
Dessa maneira, a UTI, com frequência, é estigmatizada, podendo gerar 
concepções errôneas em relação à assistência e atitudes da equipe. Da mesma 
forma, a UTI também é vista como um ambiente que gera mitos, sensações e 
sentimentos contraditórios, tais como angústia, medo, tristeza, dor e sofrimento, 
segurança e insegurança, tanto nos pacientes e familiares como nos 
profissionais. 
As funções do enfermeiro são desempenhadas para atender as 
necessidades de saúde de pessoas ou de comunidades. 
No ambiente de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), estas funções estão 
ligadas ao cuidado com o doente crítico que envolve um arsenal tecnológico 
específico, exigindo dos enfermeiros conhecimentos e habilidades relacionados 
ao manuseio de máquinas e às necessidades dos pacientes que dependem 
delas. (CENEDÉSI et al,2012 apud SCHWONK et al 2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
SURGIMENTO DA UTI 
 
 
O conceito de Terapia Intensiva (ou Intensive Care) foi estabelecido na 
Guerra da Crimeia no ano de 1854 através de Florence Nightingale, que separou 
homens de mulheres, adultos de crianças, graves de não graves, criando assim 
o embrião das Unidades de Terapia Intensiva que conhecemos hoje. 
Estabeleceu a vigilância contínua, 24 horas, dia e noite, conhecida como 
a "Dama da Lâmpada" já que circulava à noite com uma lamparina para avaliar 
clinicamente os enfermos. A lamparina tornou-se a simbologia da assistência 
internacional da enfermagem. A criação da primeira UTI (ICU - Intensive Care 
Unit) ocorreu nos EUA em Boston através do médico neurocirurgião Walter 
Dandy no ano de 1927. Foram criados 3 leitos neuropediátricos pós-cirúrgicos. 
As unidades de terapia intensiva evoluíram com a criação das salas de 
recuperação na década de 20, para assistência a pacientes de neurocirúrgia, no 
Hospital "Johns Hopkins", na década de 30 em Teubingen, na Alemanha, com a 
assistência intensiva pós-operatória. Na década de 40, surgiram salas de 
recuperação cirúrgica em Rochester, Minnesota e Nova York e em Nova Orleans 
no "Ochsner Clinic". 
Durante a epidemia de poliomielite nos anos 50 sobrecarregou os 
hospitais e forçou a criação de centros regionais para o atendimento dos 
pacientes. Estes centros de pólio levaram o impacto da tecnologia e as modernas 
10 
 
 
técnicas de ventilação mecânica prolongada, evoluíram fora das salas de 
cirurgia, o que fez com que as enfermeiras lidassem, pela primeira vez, com 
equipamento que as separava de seus pacientes e aprendessem a combinar 
manipulação de instrumentos com os cuidados manuais. (MALTA E NISHIDE, 
2003 apud EMERSON,1979) 
No final da década de 50 em Los Angeles, foi desenvolvida a primeira 
unidade de choque e foi introduzida a monitorização cardiovascular invasiva dos 
pacientes em estado crítico e com traumatismo. 
Em 1962, estabeleceu-se em Kansas City, a primeira unidade de 
vigilância a pacientes vítimas de Infarto Agudo do Miocárdio, precursora das 
atuais Unidades Coronarianas. Aos poucos foram surgindo unidades especiais 
para pacientes cirúrgicos, neurológicos, vítimas de queimaduras, portadores de 
crises respiratórias, renais, metabólicas agudas e outras. Mais tarde definiu-se a 
terapia intensiva especializada das áreas de obstetrícia, pediatria e 
neonatologia. (MALTA E NISHIDE,2003 apud DAY,1968) 
No Brasil, a implantação das Unidades de Terapia Intensiva (U.T.I.), teve 
início na década de 70, atualmente é uma unidade presente dentro do contexto 
hospitalar. 
 
Inauguração da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Divina Providência, em 1984. 
Fonte: http://divinaprovidencia.org.br/ 
 
http://divinaprovidencia.org.br/
11 
 
 
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DAS UNIDADES 
DE TRATAMENTO INTENSIVO - UTI 
 
O Planejamento e projeto de uma UTI devem ser baseados em padrões 
de admissão de paciente, fluxo de visitantes e funcionários, e na necessidade de 
instalações de apoio (posto de enfermagem, armazenamento, parte burocrática, 
exigências administrativas e educacionais) e serviços que são peculiares à 
instituição individual em questão. 
De acordo com a portaria 466 do Ministério da Saúde (1998), os serviços 
de tratamento intensivo compreendem: 
Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), que constitui-se de um conjunto 
de elementos funcionalmente agrupados, destinado ao atendimento de 
pacientes graves ou de risco que exijam assistência médica e de enfermagem 
ininterruptas, além de equipamento e recursos humanos especializados. À UTI 
pode estar ligada uma Unidade de Tratamento Semi-Intensivo. 
Unidade de Tratamento Semi-Intensivo (Unidade SemiIntensiva), que 
constitui-se de um conjunto de elementos funcionalmente agrupados, destinado 
ao atendimento de pacientes, preferencialmente oriundos da UTI, que requeiram 
cuidados de enfermagem intensivos e observação contínua, sob supervisão e 
acompanhamento médico, este último não necessariamente contínuo, porém 
linear. 
12 
 
 
Serviço de Tratamento Intensivo Móvel, que constitui-se de um 
conjunto de elementos funcionalmente agrupados e uma frota de veículos 
devidamente projetados e equipados, destinados a garantir suporte avançado de 
vida durante o transporte de pacientes graves ou 
de risco, no atendimento de emergência pré-
hospitalar e no transporte inter-hospitalar. Este 
Serviço pode ser parte integrante do serviço do 
hospital ou constituir-se em um prestador 
autônomo de Serviço de Tratamento Intensivo 
Móvel.Com relação a classificação e divisão da UTI, a Resolução nº 7 de 24 de 
Fevereiro de 2010, estabelece que: 
XXVII - Unidade de Terapia Intensiva - Adulto (UTI-A): UTI destinada à 
assistência de pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, podendo admitir 
pacientes de 15 a 17 anos, se definido nas normas da instituição. 
XXVIII - Unidade de Terapia Intensiva Especializada: UTI destinada à 
assistência a pacientes selecionados por tipo de doença ou intervenção, como 
cardiopatas, neurológicos, cirúrgicos, entre outras. 
XXIX - Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI-N): UTI destinada à 
assistência a pacientes admitidos com idade entre 0 e 28 dias. 
XXX - Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI-P): UTI destinada 
à assistência a pacientes com idade de 29 dias a 14 ou 18 anos, sendo este 
limite definido de acordo com as rotinas da instituição. 
XXXI - Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica Mista (UTIPm): UTI 
destinada à assistência a pacientes recém-nascidos e pediátricos numa mesma 
sala, porém havendo separação física entre os ambientes de UTI Pediátrica e 
UTI Neonatal. 
E a portaria nº 466, de 04 de junho de 1998 classifica em: 
13 
 
 
As UTI´s podem ser classificadas, de acordo com seu grau de 
complexidade, nas seguintes categorias: 
Categoria A: de grau de complexidade menor, que seguem os requisitos 
mínimos de funcionamento, constantes do Regulamento Técnico para o 
Funcionamento dos Serviço de Tratamento Intensivo. 
Categoria B: de complexidade intermediária, que atendem as 
necessidades de hospitais secundários. 
Categoria C: de alta complexidade, que atendem as necessidades de 
hospitais terciários. 
A classificação da UTI será realizada pela autoridade sanitária, no ato 
da liberação do alvará sanitário, de acordo com os critérios constantes das 
Tabelas - Classificação das Unidades de Tratamento Intensivo. 
Tabela I - Classificação das Unidades de Tratamento Intensivo - Recursos Humanos 
 
 
 
14 
 
 
RECURSOS HUMANOS EM UMA UTI 
 
A equipe que compõem uma UTI, deve ser composta por profissionais 
cuja especialização envolva terapia intensiva, assistência ao paciente 
grave/crítico, bem como voltada para o tipo de UTI em que irá atuar. 
 
 
 
A Resolução Nº 7 regulamenta os profissionais que irão compor essa 
equipe, bem como as especialidades, quantidades de profissionais de cada área, 
entre outros: 
Art. 13 Deve ser formalmente designado um Responsável Técnico 
médico, um enfermeiro coordenador da equipe de enfermagem e um 
fisioterapeuta coordenador da equipe de fisioterapia, assim como seus 
respectivos substitutos. 
§ 1º O Responsável Técnico deve ter título de especialista em Medicina 
Intensiva para responder por UTI Adulto; habilitação em Medicina Intensiva 
Pediátrica, para responder por UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria 
com área de atuação em Neonatologia, para responder por UTI Neonatal; 
§ 2º Os coordenadores de enfermagem e de fisioterapia devem ser 
especialistas em terapia intensiva ou em outra especialidade relacionada à 
15 
 
 
assistência ao paciente grave, específica para a modalidade de atuação (adulto, 
pediátrica ou neonatal); 
§ 3º É permitido assumir responsabilidade técnica ou coordenação em, no 
máximo, 02 (duas) UTI. 
 
Art. 14. Além do disposto no Artigo 13 desta RDC, deve ser designada 
uma equipe multiprofissional, legalmente habilitada, a qual deve ser 
dimensionada, quantitativa e qualitativamente, de acordo com o perfil 
assistencial, a demanda da unidade e legislação vigente, contendo, para atuação 
exclusiva na unidade, no mínimo, os seguintes profissionais: 
I - Médico diarista/rotineiro: 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, 
nos turnos matutino e vespertino, com título de especialista em Medicina 
Intensiva para atuação em UTI Adulto; habilitação em Medicina Intensiva 
Pediátrica para atuação em UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria 
com área de atuação em Neonatologia para atuação em UTI Neonatal; 
II - Médicos plantonistas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou 
fração, em cada turno. 
III - Enfermeiros assistenciais: no mínimo 01 (um) para cada 08 (oito) leitos 
ou fração, em cada turno. 
IV - Fisioterapeutas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou 
fração, nos turnos matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 
horas diárias de atuação; 
V - Técnicos de enfermagem: no mínimo 01 (um) para cada 02 (dois) leitos 
em cada turno, além de 1 (um) técnico de enfermagem por UTI para serviços de 
apoio assistencial em cada turno; 
VI - Auxiliares administrativos: no mínimo 01 (um) exclusivo da unidade; 
VII - Funcionários exclusivos para serviço de limpeza da unidade, em cada 
turno. 
16 
 
 
Art. 17. A equipe da UTI deve participar de um programa de educação 
continuada, contemplando, no mínimo: 
I - normas e rotinas técnicas desenvolvidas na unidade; 
II - incorporação de novas tecnologias; 
III - gerenciamento dos riscos inerentes às atividades desenvolvidas na 
unidade e segurança de pacientes e profissionais. 
IV - prevenção e controle de infecções relacionadas à assistênciaà saúde. 
 
§ 1º As atividades de educação continuada devem estar registradas, com 
data, carga horária e lista de participantes. 
§ 2º Ao serem admitidos à UTI, os profissionais devem receber 
capacitação para atuar na unidade. 
 
ESTRUTURA FÍSICA E EQUIPAMENTOS 
 
De uma forma geral, a estrutura física de uma UTI, deve ser avaliada 
por uma equipe multidisciplinar que inclua, além de profissionais como 
engenheiros e arquitetos, profissionais da saúde como médicos e enfermeiros. 
Dessa forma, enfatizamos a importância do enfermeiro intensivista conhecer não 
somente o funcionamento de uma UTI para pode gerenciar, mas também o 
projeto e como deve ser montada e estruturada uma unidade desse porte. 
Essa estrutura física é regulamentada pela RDC Nº7 da Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária – ANVISA. Nessa resolução encontra-se os requisitos 
necessários para a construção, montagem e funcionamento de uma UTI. 
17 
 
 
 
 Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital da Cidade. Fonte: http://www.hcpf.com.br/ 
 
Ao analisar o projeto deve-se avaliar a demanda esperada da UTI 
baseado na avaliação dos pontos de fornecimento de seus pacientes, nos 
critérios de admissão e alta, e na taxa esperada de ocupação. É necessária uma 
análise dos recursos médicos, pessoal de suporte (enfermagem, fisioterapia, 
nutricionista, psicólogo e assistente social) e pela disponibilidade dos serviços 
de apoio (laboratório, radiologia, farmácia e outros). 
 
Localização dentro do ambiente hospitalar: 
Cada UTI deve ser uma área geográfica distinta dentro do hospital, 
quando possível, com acesso controlado, sem trânsito para outros 
departamentos. Sua localização deve ter acesso direto e ser próxima de 
elevador, serviço de emergência, centro cirúrgico, sala recuperação pós- 
anestésica, unidades intermediárias de terapia e serviço de laboratório e 
radiologia. 
 
Forma da Unidade: 
A disposição dos leitos de UTI pode ser em área comum (tipo vigilância), 
quartos fechados ou mista. A área comum proporciona observação contínua do 
paciente, é indicada a separação dos leitos por divisórias laváveis que 
proporcionam uma relativa privacidade dos pacientes. 
18 
 
 
 
Hospitais Geral, do Círculo e Virvi Ramos reforçam equipes para atuar na unidade de 
terapia intensiva. Foto: Andréia Copini / Divulgação 
 
As unidades com leitos dispostos em quartos fechados, devem ser 
dotadas de painéis de vidro para facilitar a observação dos pacientes. 
Nesta forma de unidade é necessária uma central de monitorização no 
posto de enfermagem, com transmissão de onda eletrocardiográfica e frequência 
cardíaca. 
Unidades com quartos fechados proporcionam maior privacidade aos 
pacientes, redução do nível de ruído e possibilidadede isolamento dos pacientes 
infectados e imunossuprimidos. 
Salas de isolamento são recomendáveis e cada instalação de saúde, 
deve-se considerar a necessidade de salas de isolamento com pressão positiva 
e negativa nestas salas. 
Esta necessidade vai depender principalmente da população de pacientes 
e dos requisitos do Ministério da Saúde. 
 
19 
 
 
Porém, alguns critérios básicos devem 
ser obedecidos: 
Os pacientes devem ficar localizados de 
modo que a visualização direta ou indireta, seja 
possível durante todo o tempo, permitindo a 
monitorização do estado dos pacientes, sob as 
circunstâncias de rotina e de emergência. 
O projeto preferencial é aquele que 
permite uma linha direta de visão, entre o 
paciente e o posto de enfermagem. 
A área de cada leito deve permitir ampla circulação e fácil manejo da 
aparelhagem. Os leitos devem ficar tanto quanto possíveis isolados uns dos 
outros. 
As unidades devem ter aberturas amplas de vidro ou janelas isolantes 
para o exterior, para evitar claustrofobia. 
A aparelhagem de ar condicionado deve ter funcionamento perfeito e suas 
saídas não devem canalizar ar sobre os leitos; todos os leitos devem possuir 11 
tomadas/leito de energia elétrica, em 110 / 220 volts, localizadas 0,9 m acima do 
piso e devem estar conjugadas com o gerador de emergência do hospital; 
Todos os leitos devem contar no mínimo com 1 saída de canalização à 
vácuo, 2 de ar comprimido e 2 saídas de oxigênio; 9,0 m² por leito com distância 
de 1 m entre paredes e leito, exceto cabeceira, de 2 m entre leitos e pé do leito 
= 1,2 m (o espaço destinado a circulação da unidade pode estar incluído nesta 
distância). 
Os sinais dos sistemas de chamada dos pacientes, os alarmes dos 
equipamentos de monitorização e telefones se somam à sobrecarga auditiva nas 
U.T.Is. 
O Conselho Internacional de Ruído, tem recomendado que o nível de 
ruídos nas áreas de terapia aguda dos hospitais não ultrapassem 45dB(A) 
durante o dia, 40dB(A) durante a noite e 20dB(A) durante a madrugada. 
20 
 
 
Tem-se observado que o nível de ruído na maioria dos hospitais está entre 
50 e 70dB(A) e, em alguns casos ocasionais, acima desta faixa. Pôr estas 
razões, devem ser utilizados pisos que absorvam os sons, levando-se em 
consideração os aspectos de manter o controle das infecções hospitalares, da 
manutenção e movimentação dos equipamentos. 
As paredes e os tetos devem ser construídos de materiais com alta 
capacidade de absorção acústica. Atenuadores e defletores nos tetos podem 
ajudar a reduzir a reverberação dos sons. As aberturas das portas devem ser 
defasadas para reduzir a transmissão dos sons. 
O posto de enfermagem deve ser centralizado, no mínimo um para cada 
doze leitos e prover uma área confortável, de tamanho suficiente para acomodar 
todas as funções da equipe de trabalho, com dimensões mínimas de 8m². 
O posto de enfermagem deve estar instalado de forma a permitir 
observação visual direta ou eletrônica dos leitos ou berços. No caso de 
observação visual por meio eletrônico deverá dispor de uma central de 
monitores. Cada posto deve ser servido pôr uma área de serviços destinada ao 
preparo de medicação, com dimensão mínima de 8m² e ser localizada anexo ao 
posto de enfermagem. Deve haver iluminação adequada de teto para tarefas 
específicas, energia de emergência, instalação de água fria, balcão, lavabo, um 
sistema funcional de estocagem de medicamentos, materiais e soluções e um 
relógio de parede deve estar presente. 
Espaço adequado para terminais de computador e impressoras é 
essencial quando forem utilizados sistemas informatizados. Deve ser previsto 
espaço adequado para se colocar os gráficos de registros médicos e de 
enfermagem. Os formulários de registro médicos e impressos devem estar 
armazenados em prateleiras ou armários de modo que possam ser facilmente 
acessados pôr todas as pessoas que requeiram o seu uso. 
Lavatórios exclusivos para uso da equipe de assistência, obedecendo à 
proporção de 1 lavatório para cada 5 leitos/berços ou incubadoras. Os lavatórios 
devem ser dotados de torneiras com dispositivos automáticos que permitam a 
interrupção do fluxo de água sem o uso das mãos. Devem dispor, ainda, de 
sabão, antisséptico e papel toalha ou jato de ar quente para secagem das mãos. 
21 
 
 
Todas as áreas onde estão localizados leitos de UTI devem dispor de 
iluminação natural e relógio posicionado de forma a que possa ser observado 
pelo paciente. 
Sala de utensílios limpos e sujos devem ser separadas e que não estejam 
interligadas. Os pisos devem ser cobertos com materiais sem emendas ou 
junções, para facilitar a limpeza. A sala de utensílios limpos é utilizada para 
armazenar suprimentos limpos e esterilizados, podendo também acondicionar 
roupas limpas. Prateleiras e armários para armazenagem devem estar em locais 
acima do solo, facilitando a limpeza do piso. 
A sala de materiais sujos (expurgo), deve ser localizada fora da área de 
circulação da unidade. Pode ter uma pia e um tanque, ambos com torneiras 
misturadoras de água fria e quente para desinfecção e preparo de materiais. 
Deve ser projetada para abrigar roupa suja antes de encaminhar ao destino, 
dispor de mecanismos para descartar itens contaminados com substâncias e 
fluidos corporais. 
Recipientes especiais devem ser providenciados para descartar agulhas 
e outros objetos perfurocortantes. Para desinfecção dos materiais não 
descartáveis são necessários dois recipientes com tampa, um para materiais de 
borracha e vidro e outro para materiais de inox, ou uma máquina processadora. 
Banheiro de pacientes localizado na área de internação da unidade (geral) 
ou anexo ao quarto (isolamento). Todos os banheiros e sanitários de pacientes 
internados devem ter duchas higiênicas e chuveiro. 
Copa de pacientes: local destinado ao serviço de nutrição e dietética, 
sendo receptora e distribuidora das dietas dos pacientes da unidade. Deve ter 
pia, geladeira e lixo específico para desprezar restos de alimentos. 
Sala de serviços gerais: sala destinada a guarda de materiais e soluções 
utilizadas na limpeza e desinfecção da Unidade. Deve ser provida de tanque e 
prateleiras suspensas. 
Armazenamento de equipamentos: uma área para guardar os 
equipamentos que não estão em uso ativo, deve ser planejada. A localização 
deve ser de fácil acesso e espaço adequado para pronta localização e remoção 
22 
 
 
do equipamento desejado. Deve ser previsto tomadas elétricas aterradas em 
número suficiente para permitir a recarga dos equipamentos operados a bateria. 
Laboratório: todas as U.T.Is. devem ter serviço de laboratório clínico 
disponível vinte e quatro horas pôr dia. Quando o laboratório central do hospital 
não puder atender as necessidades da UTI, um laboratório satélite dentro da, ou 
adjacente à UTI deve ser capaz de fornecer os testes químicos e hematológicos 
mínimos, incluindo análises de gases do sangue arterial. 
Área de Descanso dos Funcionários: uma sala de descanso deve ser 
prevista em cada U.T.I. ou grupamento de U.T.Is, para prover um local privado, 
confortável e com ambiente descontraído. Devem existir sanitários masculinos e 
femininos dotados de chuveiro e armários. Uma copa com instalações 
adequadas para armazenamento e preparo de alimentos, incluindo uma 
geladeira, um fogão elétrico e ou forno microondas. A sala de descanso precisa 
estar ligada à U.T.I. pôr um sistema de intercomunicação. 
Recepção da U.T.I.: cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is. deve ter uma 
área para controlar o acesso de visitantes. Sua localização deve ser planejada 
de modo que os visitantes se identifiquem antes de entrar. Pôr ser uma unidade 
de acesso restrito é desejável que a entrada para os profissionais de saúde, seja 
separada dos visitantes e um sistema de intercomunicação com as áreas da 
U.T.I. efetivo. 
Sala de espera de visitantes: área indispensável,deve ser localizada 
próximo de cada U.T.I. ou agrupamento de U.T.Is., destinada aos familiares de 
pacientes, enquanto aguardam informações ou são preparados para visita na 
unidade. O acesso de visitantes deve ser controlado pela recepção. Um 
bebedouro e sanitários devem ser localizados dentro da área ou próximo a ela. 
23 
 
 
Rota de transporte de pacientes: os corredores utilizados para 
transportar os pacientes devem ser separados dos utilizados pelos visitantes. O 
transporte dos pacientes deve ser rápido 
e a privacidade preservada. 
Quando necessário o uso de 
elevadores, deve ser previsto um 
tamanho superdimensionado e separado 
do acesso público. 
 
Quanto a regulamentação 
administrativa geral a todas as UTIs, a Resolução Nº 7 declara: 
Art. 5º A Unidade de Terapia Intensiva deve estar localizada em um 
hospital regularizado junto ao órgão de vigilância sanitária municipal ou estadual. 
Parágrafo único. A regularização perante o órgão de vigilância sanitária local se 
dá mediante a emissão e renovação de alvará de licenciamento sanitário, salvo 
exceções previstas em lei, e é condicionada ao cumprimento das disposições 
especificadas nesta Resolução e outras normas sanitárias vigentes. 
Art. 6º O hospital no qual a Unidade de Terapia Intensiva está localizada 
deve estar cadastrado e manter atualizadas as informações referentes a esta 
Unidade no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). 
Art. 7º A direção do hospital onde a UTI está inserida deve garantir: 
I - o provimento dos recursos humanos e materiais necessários ao 
funcionamento da unidade e à continuidade da atenção, em conformidade com 
as disposições desta RDC; 
II - a segurança e a proteção de pacientes, profissionais e visitantes, 
inclusive fornecendo equipamentos de proteção individual e coletiva. 
Art. 8º A unidade deve dispor de registro das normas institucionais e das 
rotinas dos procedimentos assistenciais e administrativos realizados na unidade, 
as quais devem ser: 
24 
 
 
I - elaboradas em conjunto com os setores envolvidos na assistência ao 
paciente grave, no que for pertinente, em especial com a Comissão de Controle 
de Infecção Hospitalar. 
II - aprovadas e assinadas pelo Responsável Técnico e pelos 
coordenadores de enfermagem e de fisioterapia; 
III - revisadas anualmente ou sempre que houver a incorporação de novas 
tecnologias; 
IV - disponibilizadas para todos os profissionais da unidade. 
 
Art. 9º A unidade deve dispor de registro das normas institucionais e das 
rotinas relacionadas a biossegurança, contemplando, no mínimo, os seguintes 
itens: 
I - condutas de segurança biológica, química, física, ocupacional e 
ambiental; 
II - instruções de uso para os equipamentos de proteção individual 
(EPI) e de proteção coletiva (EPC); 
III - procedimentos em caso de acidentes; 
IV - manuseio e transporte de material e amostra biológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E PEDIÁTRICA 
 
 
 
É necessária uma análise detalhada dos recursos humanos, das equipes 
médica, de enfermagem, fisioterapia, farmácia, nutrição e psicologia. Essa 
análise depende de características da unidade e da disponibilidade de serviços 
de apoio (laboratório, radiologia, outros). (ROCHA, 2014 apud KNOBEL, 2006) 
 
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA UTI NEONATAL 
E PEDIÁTRICA 
 
Material e equipamentos 
A quantidade dos equipamentos e material de consumo necessários vai 
depender do número total de leitos e da complexidade dos cuidados. A 
comunicação periódica com a equipe cuidadora é fundamental para manter a 
lista atualizada e funcional, acrescentando itens necessários para sua unidade 
ou retirando aqueles que não são mais utilizados. 
Características físicas 
Deve ser confortável, proporcionar a visualização de todos os leitos e 
permitir todas as funções da equipe de trabalho, deve conter: 
26 
 
 
 Área designada ao preparo de medicação, alocada de maneira a isolar 
a equipe de outras atividades; 
 Iluminação adequada; 
 Lavabo; 
 Sistema funcional de estocagem de medicamentos, soluções e 
materiais. 
 Computadores e impressoras; 
 Armazenamento de prontuários e exames - fácil acesso; 
 
PLANEJAMENTO DA ÁREA 
Ruídos 
O planejamento e o projeto devem se basear nos padrões de admissão 
de pacientes, no fluxo de visitantes e funcionários e na necessidade de 
instalações de áreas de apoio (posto de enfermagem, armazenamento, áreas 
administrativas e educacionais); 
A unidade deve proporcionar condições de internação de pacientes 
graves em ambientes individuais conforme o grau de risco, doença e requisitos 
de privacidade; 
Manter condições de monitoração e assistência respiratória contínua; 
Quando possível é recomendado que os leitos do setor intensivo sejam 
separados com divisórias, para ajudar a diminuir o ruído para pacientes mais 
instáveis e prematuros, que são sensíveis aos estressores ambientais. 
As recomendações quanto à disposição dos leitos na UTI são 
estabelecidas por normas regidas pelos órgãos oficiais do Ministério da Saúde. 
Visualização direta: monitoração contínua da equipe; 
Disposição dos leitos em área comum ou quartos: observação 
contínua da equipe; 
27 
 
 
Área comum: divisórias laváveis quartos fechados - painéis de vidro 
(isolamento de pacientes infectados ou imunossuprimidos); 
Central de monitoração: localizada no posto de enfermagem; 
 
Distância entre os leitos no semi-intensivo é de 1,5m e, no intensivo, de 
2,0m, para que se tenha espaço suficiente para acomodar os equipamentos 
necessários, bem como espaço para atuação da equipe de saúde. 
 
PLANTA FÍSICA UTI 
Armários e bancadas de apoio: Todos os armários e bancadas de apoio 
deverão ser feitos de material lavável, tipo fórmica, com cores pastéis. 
Pias e lavabos: Deverão ser de material inox com profundidade suficiente 
para permitir a lavagem das mãos e escovação adequadas, aproximadamente 
40cm de profundidade. Torneiras com haste longa, de água quente e fria, de 
preferência com abertura automática ou pedal, para evitar contaminação. 
 
Posto de enfermagem: 
Janelas 
Deverão ser de vidro claro, com “insufilme” para filtrar a luz solar. Deve- 
se evitar o uso de cortinas de pano ou persianas por propiciarem acúmulo de 
poeira. Sugere-se a utilização de cortinas com materiais não-porosos, laváveis, 
permitindo desinfecção frequente, e sem toxicidade, proporcionando o 
escurecimento do ambiente caso seja necessário; 
 
Visores 
Deverão estar localizados nos diversos níveis da UTI neonatal, pelo 
corredor interno, permitindo a visualização dos pacientes por familiares e 
visitantes. Também deverão possuir cortinas tipo rolô de material lavável para 
28 
 
 
que possam ser fechadas, permitindo a privacidade por ocasião de 
procedimentos e cuidados. 
 
Estimativa e disposição dos leitos 
Um hospital deve destinar 10% de sua capacidade de leitos para a UTI – 
mínimo de 5 leitos, sendo o ideal de 8 – 12 leitos por unidade. 
No caso da UTI neonatal, para estimar a quantidade de leitos, alguns 
fatores devem ser considerados: número de partos anuais, números de leitos 
obstétricos, taxa de nascidos vivos anual; quantos desses RN necessitam ser 
transferidos para a UTI neonatal, ou se essa UTI irá atender somente os 
nascidos na instituição de saúde base, ou receberá pacientes de outras 
instituições conveniadas. 
 
Características físicas 
Todo o planejamento e organização da UTI, deve levar em consideração 
e enfatizar o cuidado centrado na família em todos os aspectos da assistência, 
da admissão até a alta hospitalar; 
A estrutura do hospital onde será implantada a UTI deverá ser analisada 
para se certificar de que possui todos os serviços técnicos e humanos de apoio 
para atender às demandas do cuidado do paciente, 24h por dia. 
Estrutura e organização 
Deve permitir fácilacesso aos elevadores de serviço e de emergência, 
centro cirúrgico, sala de recuperação pós-anestésica, unidade de emergência 
unidades intermediárias (unidades semi-intensivas) e serviços de laboratório e 
radiologia. 
 Sala de espera; 
 Recepção; 
 Vestiário/banheiros dos funcionários; 
29 
 
 
 Copa/sala dos funcionários; 
 Sala de reunião; 
 Sala chefia de enfermagem; 
 Conforto da equipe; 
 Posto de enfermagem; 
 Expurgo; 
 Armazenamento de equipamentos; 
 Módulo de pacientes; 
 Isolamento; 
 Sala de armazenamento de equipamentos; 
 Sala de armazenamento de material de consumo e roupas; 
 Sala de reuniões. 
 
PISOS 
Áreas restritas e semi restritas: deverão ser de pisos vinílicos em 
manta, sem frestas e impermeáveis; 
Áreas não-restritas: banheiros, vestiários, expurgo, deverão ter pisos de 
cerâmica. 
 
PAREDES 
Áreas restritas e semi-restritas: pinturas laváveis com combinação de 
cores pastéis e relaxantes. Sugere-se utilizar bordas com acabamento vinílico 
com motivos infantis, na parte superior das paredes, ou desenhos elaborados 
com pintura lavável nas paredes, para suavizar o ambiente; 
Áreas não-restritas: poderá ser utilizado azulejo, meia-parede ou parede 
inteira, o que facilita a lavagem e desinfecção. 
30 
 
 
Recomenda-se que os rodapés sejam arredondados, com os cantos 
curvos, para evitar acúmulo de poeira e sujidade, o que dificulta a desinfecção 
do piso. 
 
 
Ventilação, temperatura e umidade 
É recomendado sistema de ar condicionado central, ou unidades 
individuais, tendo-se o cuidado de haver uma manutenção periódica com a troca 
dos filtros. A temperatura deve girar em torno de 25 a 27C, com umidade relativa 
de 40 a 50%. 
 
Oxigênio, ar comprimido e vácuo central 
Recomenda-se no mínimo 2 saídas de oxigênio por leito, 1 de ar 
comprimido e 2 pontos de vácuo: 
 Depende da população atendida neste hospital, do número de cirurgias, 
número de médicos e enfermeiros e dos recursos institucionais; 
 Um hospital deve destinar 10% de sua capacidade de leitos para a UTI 
- mínimo 5 leitos, ideal de 8-12 por unidade; 
 Para a UTI neonatal, devemos levar em conta fatores, como: número de 
partos anuais, número de leitos obstétricos, taxa de nascidos vivos anual, 
quantos desses recém-nascidos necessitaram ser transferidos para uma UTI 
neonatal e, se a UTI neonatal receberá somente pacientes nascidos no hospital 
base ou receberá pacientes de outras instituições conveniadas. 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
GESTÃO DE ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA – UTI 
 
 
Fonte: G1 – globo 
 
O mercado de trabalho tem exigido cada vez mais do enfermeiro a prática 
de liderança. Para que haja essa demanda, compreender como esta variável 
relaciona-se com outras é de fundamental importância para estabelecer planos 
de ação que proporcionem o desenvolvimento desta competência. 
A Gestão no processo de trabalho nas UTIs demanda cooperação 
coletiva, uma vez que a gravidade e complexidade dos pacientes impõem a 
necessidade de lidar com equipamentos sofisticados, realizar avaliações clínicas 
constantes e procedimentos complexos, com tomadas de decisões imediatas. 
Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) essa preocupação é crucial, tendo 
em vista a dinamicidade, em virtude do estado grave dos pacientes internados. 
Isto exige dos profissionais de enfermagem o desenvolvimento de atividades 
assistenciais complexas. Neste cenário de prática, o enfermeiro necessita liderar 
seu grupo de trabalho para alcançar os melhores resultados, sendo fundamental 
o uso da liderança como competência. 
A correlação da liderança com o ambiente de trabalho tem sido 
pesquisada na literatura no âmbito institucional, sem considerar especificamente 
a UTI. 
32 
 
 
Numa revisão sistemática, a maioria dos estudos mostraram que os 
estilos de liderança focados nas pessoas e suas relações, contribuem para 
melhoria dos resultados da força de trabalho da enfermagem, do ambiente de 
trabalho e da produtividade e efetividade das organizações de saúde. Enquanto 
nos estudos, em que a liderança foi centrada na tarefa, houve baixa satisfação 
da equipe. (BALSANELLI e CUNHA, 2015 apud CUMMINGS et al, 2010) 
A liderança transformacional aumentou a satisfação dos profissionais de 
enfermagem em todos os setores da instituição e diminuiu o Burnout, 
proporcionando um clima de trabalho favorável. (BALSANELLI e CUNHA, 2015 
apud WERBERG,2010) 
Ao analisarmos as definições da liderança, muitas vezes nos lembramos 
também do termo “gestão”. Mas precisamos entender bem suas diferenças. Os 
gerentes se utilizam de estruturas, regras e procedimentos formais, enquanto 
que os líderes somam a esta estrutura as questões emocionais e culturais. 
(PEREIRA, 2015 apud EBOLI, 2010) 
O tipo de liderança denominado empoderador produz resultados 
significativos e visíveis à organização como um todo. Essa modalidade imprime 
uma cadência e tamanha energia, fazendo com que seja transferido poder à 
força de trabalho, isto é, ao capital humano da empresa. Neste caso, a 
autonomia é o efeito coletivo da liderança. 
No serviço de saúde é necessário compreender o contexto em que se vive 
e trabalha, e desenvolver competências para enfrentar os desafios que 
aparecem a cada dia, sobretudo, uma consciência crítica a respeito do contexto 
em que estão inseridos os serviços de saúde, na avaliação e correção de 
possíveis deficiências, nos processos de trabalho em todo esse contexto 
complexo, em que se encontram atualmente os serviços de saúde, deve-se 
lançar mão de ferramentas administrativas, que além de precisas, devem ser 
coerentes com toda essa complexidade. 
 
 
33 
 
 
ENFERMAGEM EM AUDITORIA - UTI 
 
A auditoria em Saúde, uma área de especialização da enfermagem, 
também deve ser aplicada ao gerir uma UTI. Ela é aplicada em três 
níveis:(PEREIRA, 2015 apud BRASIL, 2010) 
Nível 1: Segurança (estrutura): pressupõe atendimento aos requisitos 
básicos de qualidade na assistência prestada ao cliente, com recursos humanos 
em quantidade e qualificação compatíveis com a complexidade do serviço. 
Nível 2: Organização (processo): verifica a organização da assistência, 
conferindo documentação, treinamento dos trabalhadores, rotinas, uso de 
indicadores para a tomada de decisão clínica e gerencial, e prática de auditoria 
interna. 
Nível 3: Práticas de Gestão e Qualidade (resultados): constata que 
existem políticas institucionais de melhoria contínua em termos de estrutura, 
novas tecnologias, atualização técnico-profissional, ações assistenciais e 
procedimentos médico sanitários. 
Além desses níveis, a auditoria conta com etapas para direcionar o 
trabalho: planejamento, verificação e avaliação das informações (observação 
direta e entrevistas) diagnóstico; comunicação dos resultados; intervenção e 
acompanhamento, na adequação e eficácia dos controles internos e das 
informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade. 
A auditoria em enfermagem interna, ou seja, da realização da análise das 
contas hospitalares pela enfermeira auditora da operadora de planos de saúde 
dentro de suas próprias instalações. 
No ambiente hospitalar inclusive na UTI o gestor quando faz uma auditoria 
de prontuário consegue verificar possíveis erros, a auditoria é seguida por 
avaliação sistemática da qualidade da assistência de enfermagem prestada ao 
cliente pela análise dos prontuários, acompanhamento do cliente “in loco” e 
verificação da compatibilidade entre o procedimento realizado e os itens que 
compõem a conta hospitalar cobrados, garantindo um pagamento justo mediante 
a cobrança adequada. 
34 
 
 
Segundo Liberalli (2008) as atribuições e responsabilidades são definidas 
mediante o preenchimento de quadros correspondentes a cada um dos 
seguintes eixos: responsabilidades gerais da gestão do SUS; regionalização; 
planejamentoe programação; regulação, controle, avaliação e auditoria; Gestão 
do trabalho; Educação na Saúde; Participação e controle social. 
O Enfermeiro deve fornecer treinamento a sua equipe a fim de capacitá-
la a realizar procedimentos altamente técnicos em situações emergenciais, uma 
vez que é exigido tal preparo para um atendimento eficaz. (PEREIRA, 2015 apud 
BERKOW, 2009) 
O Enfermeiro mesmo no atendimento emergencial deve realizar a SAE na 
qual é privativo do mesmo; A SAE proporciona uma maior autonomia para o 
Enfermeiro, um respaldo seguro através do registro, que garante a 
continuidade/complementaridade multiprofissional, além de promover uma 
aproximação enfermeiro- usuário, enfermeiro- equipe multiprofissional 
(PEREIRA, 2015 apud NASCIMENTO, 2008). 
ENFERMAGEM E O GERENCIAMENTO DA UTI 
 
A UTI, influenciada pela expressiva demanda de pacientes, assume 
importância não só pela complexidade e especificidade de ações de cuidar, mas, 
também, pelos recursos materiais e humanos mobilizados. A inserção do 
enfermeiro em tal cenário desperta interesse por envolver especificidades e 
articulações, indispensáveis à gerência do cuidado aos pacientes com 
necessidades complexas, que requerem aprimoramento científico, manejo 
tecnológico e humanização, extensiva aos familiares, além das demandas 
relativas à gerência da unidade e de prática interdisciplinar característica do 
processo de trabalho em UTI. 
Para planejamento de trabalho condizente com as características dessas 
unidades, o enfermeiro necessita considerar, além do perfil epidemiológico e 
demográfico dos pacientes atendidos, outros elementos essenciais para que o 
cuidado se realize tais como recursos humanos, materiais e equipamentos 
necessários e disponíveis. 
35 
 
 
A sistematização e organização do trabalho do enfermeiro e, 
consequentemente da equipe de enfermagem são essenciais para qualificar a 
assistência prestada, quando se considera toda a complexidade do cuidado em 
UTI. (CHAVES et al, 2012 apud TRUPPEL et al, 2009) 
Os enfermeiros são responsáveis pela gerência de unidades, atividade 
esta que consiste em: previsão, provisão, manutenção, controle de recursos 
materiais e humanos para o funcionamento do serviço. 
Além disso, ele é responsável pela gerência do cuidado que abrange o 
diagnóstico, o planejamento, a execução e a avaliação da assistência, passando 
pela delegação das atividades, supervisão e orientação da equipe de 
enfermagem. (CHAVES et al, 2012 apud MORTON et al, 2007) 
O papel assistencial do enfermeiro em unidade de tratamento intensivo 
consiste em: 
 Obter a história do paciente, 
 Realizar exame físico, 
 Executar procedimentos e intervenções relativas ao tratamento, 
 Avaliar as condições clínicas, 
 Orientar os pacientes para continuidade do tratamento. 
Os enfermeiros de UTIs devem, ainda, aliar a utilização de instrumentos 
gerenciais tais como o planejamento, a supervisão, a coordenação da equipe de 
enfermagem. 
O gerenciamento de UTIs constitui-se em atividade complexa, requer 
conhecimentos e habilidades específicas por parte dos enfermeiros, além disso 
é preciso que o enfermeiro reconheça o cuidado como foco a ser gerenciado 
dentro do universo organizacional, em uma esfera que extrapole o tecnicismo 
em direção à integralidade horizontal da atenção à saúde, promovendo a 
aproximação entre o cuidar e o gerenciar. (CHAVES et al, 2012 apud MORTON 
et al, 2007) 
 
36 
 
 
A UTILIZAÇÃO DO SAE – SISTEMATIZAÇÃO DA 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM, COMO FERRAMENTA 
DE APOIO. 
 
As UTIs são setores que atendem os pacientes com necessidades 
complexas, o que requer, de modo especial, sistematizar/planejar a assistência 
que será prestada. A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) exige 
do profissional enfermeiro interesse em conhecer o paciente, na sua 
singularidade, além de orientação e treinamento da equipe de enfermagem para 
implementação das ações sistematizadas. 
A SAE propicia ao enfermeiro aplicar seus conhecimentos técnico- 
científicos e humanos na assistência ao paciente e caracterizar sua prática, 
colaborando para a definição do seu papel profissional. A SAE, exigida pela Lei 
do Exercício Profissional e por resolução do Conselho Federal de Enfermagem, 
entretanto, em muitos serviços de saúde ainda não é uma realidade para os 
enfermeiros, quer por dificuldades de conhecimento e formação, por problemas 
operacionais, sobrecarga de trabalho, dificuldades em gerenciar, insuficiência de 
apoio da instituição e de outros serviços do hospital (CHAVES et al, 2012 apud 
DALRI e CARVALHO,2002) 
Cabe ressaltar que o cuidado de enfermagem aos pacientes críticos não 
se limita a referenciais fisiopatológicos ou de prognóstico, inclui, também, as 
intervenções assistenciais em nível quali-quantitativo elevado, devido à 
dependência total para o atendimento das necessidades de saúde. (CHAVES et 
al, 2012 apud LINO e CALIL, 2008) 
A lei do exercício profissional de enfermagem também estabelece, como 
atribuição do enfermeiro, a prestação de cuidados aos pacientes de maior 
complexidade. Para tanto faz-se necessário conhecer as condições de saúde 
dos pacientes, propor o plano de cuidados/prescrição de enfermagem, incluindo 
a prioridade de assistência pelo enfermeiro aos pacientes críticos. 
 
 
37 
 
 
PROTOCOLOS E ROTINAS DA UTI 
 
Uma das principais atividades da gerência da unidade de terapia 
intensiva, envolve os protocolos e rotinas de enfermagem, administração de 
recursos tecnológicos e materiais, atividades educativas com a equipe de 
enfermagem, articulação com a equipe multiprofissional e interlocução com 
demais setores do hospital. 
Dessa forma, comprova-se que a padronização do trabalho através da 
instituição de protocolos e POPs – Procedimento Operacional Padrão, em tudo 
que se refere a rotina, procedimentos, recursos humanos, materiais e afins, em 
uma UTI, é de fundamental importância e dever do Enfermeiro responsável. 
Abaixo, seguem exemplos de um POP, referente a cuidados de RN graves 
e/ou instáveis em UTI, e um protocolo de transferência interna e externa de 
pacientes: 
38 
 
 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
TRANSFERÊNCIA DE PACIENTE INTERNA E EXTERNA 
 
 
41 
 
 
GERENCIAMENTO DE RECURSOS MATERIAIS E 
EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
Outro aspecto de fundamental importância no gerenciamento de 
enfermagem em UTI, trata-se do gerenciamento dos recursos materiais. As UTIs 
são setores que recebem pacientes que requerem assistência diferenciada, 
consumindo expressivo aporte de recursos materiais e utilizando vasto rol de 
equipamentos. Tal situação exige do enfermeiro significativo investimento no 
gerenciamento desses recursos. 
A assistência aos usuários não pode sofrer interrupções por insuficiência 
na quantidade ou na qualidade de materiais, nesse sentido, o gerenciamento de 
recursos materiais torna-se fundamental para garantir a qualidade da 
assistência. (CHAVES et al, 2012 apud CASTILLO e GONÇALVES, 2010) 
Além das atividades referentes ao gerenciamento dos recursos materiais, 
há também que incluir a capacitação dos profissionais envolvidos na assistência, 
para a utilização dos recursos. É função do Enfermeiro capacitar e treinar esses 
profissionais, além de avaliar o desenvolvimento de cada um. 
Outro aspecto importante refere-se às ações de educação 
continuada/permanente desenvolvidas pelo enfermeiro com a equipe de 
enfermagem, que tem o potencial de qualificar a assistência prestada, podendo 
promover o uso racional dos recursos disponíveis. 
Por muito tempo, falar sobre educação continuada em Enfermagem 
sugeria a ideia de ensino de técnicas e intervenções, realizado em determinado 
setor de uma instituição, entretanto, é necessário entendê-la como processo 
mais abrangente, que promove maior qualificação profissional e, por sua vez, 
favorece a qualidade daassistência. (CHAVES et al, 2012 apud NIETSCHE et 
al, 2009) 
Dessa forma, a educação permanente desponta como proposta 
estratégica para a transformação destes processos educacionais no âmbito da 
formação e desenvolvimento das práticas pedagógicas e de saúde, além da 
organização dos serviços, articulando sistema de saúde e de educação. 
42 
 
 
 
A ENFERMAGEM EM UTI E A EQUIPE 
MULTIPROFISSIONAL 
 
Ao analisarmos o paciente que necessita de cuidados em uma UTI, 
percebemos que seu tratamento irá envolver o atendimento de uma equipe 
multiprofissional, que compõe a equipe desse ambiente. 
Para que haja uma qualidade da assistência ao paciente crítico, se faz 
necessária a articulação do trabalho dessa equipe multiprofissional de saúde, 
que articula as ações de saúde, integra os agentes, supera o fechamento dos 
saberes e democratiza as relações de trabalho. 
Nesse sentido, deve-se considerar que o trabalho em equipe 
multiprofissional consiste em uma modalidade de trabalho coletivo, que se 
configura na relação recíproca entre as múltiplas intervenções técnicas e a 
interação dos agentes de diferentes áreas profissionais, por meio da 
comunicação e a articulação das ações multiprofissionais (CHAVES et al, 2012 
apud PEDUZZI, 2001) 
Para tanto, torna-se relevante que os profissionais se ocupem das 
articulações com os demais setores envolvidos na assistência ao paciente. 
 A interação com outros setores 
acontece em vários aspectos, incluindo 
atividades relativas ao fluxo de admissão e 
transferência de pacientes, bem como aqueles 
relacionados aos recursos necessários para 
assistência integral do paciente. 
 
 
 
 
43 
 
 
GERENCIAMENTO E ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM NA UTI NEONATAL E PEDIÁTRICA 
 
Setor de Pediatria do Hospital do Marajó. Fonte: https://agenciapara.com.br/noticia/14487/ 
A atuação em UTI neonatal e pediátrica exige a aplicação de uma 
assistência permeada por aparatos tecnológicos e monitorização constante sob 
um nível de estresse tanto para os profissionais quanto para a criança e família. 
Por ser um trabalho específico, direcionado à criança, neonato e família sob 
estas circunstâncias a relação entre estes pode ser fragilizada. 
O relacionamento da equipe multiprofissional com o usuário pode evoluir 
para o estreitamento do vínculo a partir do momento em que a família se sente 
compreendida e com suas necessidades atendidas. Na UTI neonatal a interação 
do profissional de saúde com os pais deve acontecer de modo a permitir maior 
compreensão, por parte dos pais, sobre este mundo, pois isso contribui para o 
sucesso do tratamento e o enfrentamento da hospitalização da criança. 
Nesta relação os profissionais de saúde têm a oportunidade de mudar a 
perspectiva centrada na doença para uma abordagem centrada na experiência 
da criança e da família, tornando-se presentes, interessados e preocupados com 
elas e, assim, formam um vínculo de cumplicidade. (REIS et al,2013 apud COSTA 
e PADILHA,2011; ALVES et al, 2011) 
44 
 
 
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM 
 
Para o atendimento em uma UTI neonatal e pediátrica, a Enfermagem 
precisa desenvolver políticas e rotinas, relacionadas ao funcionamento, a 
assistência e ao gerenciamento dos recursos humanos e materiais no dia a dia 
desse ambiente. 
A política relacionada a Sistematização da Assistência de Enfermagem, 
explica os princípios e as práticas adotadas pela equipe de enfermagem para o 
desenvolvimento do cuidado ao cliente e família em todas as unidades 
assistenciais do hospital. 
A sistematização serve para direcionar o grupo na definição das bases 
teórico-conceitual; na divisão do trabalho, na padronização de métodos e 
instrumentos de registros; no estabelecimento de regras e normas para a 
sistematização da assistência. No caso da UTI neonatal e pediátrica, a 
sistematização está estruturada para atender o recém-nascido (ou a criança) e 
a família. 
Ela tem como objetivo organizar e direcionar os trabalhos da equipe de 
enfermagem para o desenvolvimento do cuidado terapêutico com qualidade ao 
paciente com a participação da família. 
PRINCÍPIOS QUE ORIENTAM AS AÇÕES DA EQUIPE NA 
ASSISTÊNCIA: 
 A sistematização faz parte do processo de enfermagem pois ela serve 
para determinar a forma como as ações devem acontecer para a realização do 
cuidado ao paciente e família. 
 Todo modelo de sistematização da assistência é construído com base 
em princípios teórico-conceitual que serve para explicar e direcionar as ações do 
grupo no desenvolvimento do cuidado. 
 O paciente e seu familiar, constituem o foco principal das ações 
assistenciais da equipe de enfermagem na UTI Neonatal e Pediátrica. 
45 
 
 
 
AÇÕES PARA EFETIVAR A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA AO 
RECÉM- NASCIDO/CRIANÇA E FAMÍLIA: 
 Definir recursos: 
 Humanos e materiais; 
 Bases conceitual; 
 Os métodos e instrumentos; 
 As normas e rotinas para a organização do trabalho na UTI 
Neonatal/Pediátrica 
 Preparar a equipe para desenvolver a sistematização com competência 
e qualidade. 
 Aplicar e avaliar, sistematicamente os resultados da assistência 
prestada, por meio de auditoria. 
 
46 
 
 
 
 
POLÍTICA DA QUALIDADE NA ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM 
 
A política de qualidade explica os princípios e as práticas adotadas pela 
equipe de enfermagem, visando assegurar a qualidade da assistência prestada 
ao cliente e família. 
 
PRINCÍPIOS QUE ORIENTAM AS AÇÕES DA EQUIPE DE 
ENFERMAGEM EM UTI NEONATAL/PEDIÁTRICA: 
 O paciente e a família constituem o foco principal das ações da equipe 
de enfermagem. 
 Promoção da saúde é trabalhado tanto quanto a manutenção, 
recuperação e reabilitação da saúde do recém-nascido/criança durante sua 
internação e até mesmo morte digna. 
 Cuidado com qualidade, seguro e livre de riscos para o recém- 
nascido/criança. 
 Educação em saúde são fundamentais para o cuidado com qualidade. 
 
AÇÕES PROPOSTA PARA ALCANÇAR A QUALIDADE 
 Desenvolver o trabalho assistencial articulado, pensado e planejado com 
as demais áreas de apoio da enfermagem e do hospital como um todo. 
 Padronizar normas, rotinas e procedimentos de enfermagem, de modo 
a assegurar a qualidade na prestação da assistência ao recém- nascido/criança 
e família em todos os horários 
47 
 
 
 Desenvolver a assistência de forma humanizada, sistemática, 
fundamentada em base teórica e organizada em métodos e técnicas 
padronizadas. 
 Realizar e avaliar sistematicamente os registros da assistência prestada 
ao recém-nascido/criança e a família. 
 Aplicar métodos para avaliação da qualidade da assistência de 
enfermagem do ponto de vista da família. 
 Buscar e avaliar os benefícios dos programas e das políticas públicas 
de saúde para a promoção da qualidade na assistência ao recém- 
nascido/criança e família. 
 
POLÍTICA DE RECURSOS MATERIAIS 
 
A política de Recursos Materiais da Gerência de Enfermagem tem como 
finalidade garantir quali e quantitativamente os materiais necessários para o 
desenvolvimento do processo de trabalho em enfermagem, na perspectiva uma 
assistência científica, participativa e humanizada, buscando integrar as 
potencialidades individuais e coletivas daquele que presta o cuidado como 
daquele que o recebe. 
Na UTI Neonatal/Pediátrica ela deve atender as necessidades da equipe 
de enfermagem, professores e alunos de enfermagem, no atendimento ao 
recém-nascido e família promovendo condições favoráveis para o trabalho com 
qualidade e segurança. 
48 
 
 
O objetivo da política de recursos materiais, visa garantir qualitativamente 
e quantitativamente, materiais, equipamentos e mobiliários necessários para o 
desenvolvimento do processo de enfermagem ao 
recém-nascido/criança e a família, na perspectiva 
de uma assistência científica, participativa e 
humanizada. 
 
AS AÇÕES PROPOSTAS PARA A 
POLÍTICADE RECURSOS MATERIAIS NA UNIDADE: 
 Prever e prover a unidade de materiais, equipamentos e mobiliários 
necessários para o desenvolvimento do cuidado de enfermagem ao recém- 
nascido/criança e família. 
 Monitorar e avaliar a qualidade dos materiais e notificar a Gerencia de 
Risco aqueles que apresentarem problemas. 
 Levantar e ajustar as necessidades de materiais para a assistência no 
setor de forma a atender às exigências preconizadas em Portarias Ministeriais. 
 Avaliar as demandas de materiais a partir do perfil dos diagnósticos de 
enfermagem mais frequentes. 
 Avaliar, sistematicamente, a integridade e funcionalidade dos recursos 
materiais e encaminhar a Diretoria de Instrumentação e Informática aqueles que 
precisarem de reparos 
 Conhecer e acompanhar o programa de manutenção preventiva dos 
recursos materiais da Diretoria de Instrumentação e Informática. 
 
 
 
49 
 
 
ESTRUTURA E RECURSOS PARA O ATENDIMENTO E 
ASSISTÊNCIA AO RECÉM- NASCIDO/CRIANÇA E SEUS 
FAMILIARES. 
 
A UTI Neonatal/pediátrica, geralmente, localiza-se próximo da unidade 
obstétrica e, nela, estão as unidades de alto e de médio risco. Toda criança tem 
direito de ser acompanhado por sua mãe, pai ou responsável durante todo o 
período de internação. No caso do recém-nascido em UTIN também se aplica 
esse direito. A permanência dos pais deve ser estimulada para que seja possível 
o estabelecimento de vínculos afetivos entre eles. Também é estimulada a visita 
dos avós nos horários de visitas. 
 
50 
 
 
 
 
51 
 
 
FLUXOGRAMA DO ATENDIMENTO DO RECÉM -NASCIDO 
NA UTIN E SUAS RELAÇÕES COM A SISTEMATIZAÇÃO DA 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
 
 
 
 
52 
 
 
 
MAPA DOS PROBLEMAS DE ENFERMAGEM 
 
 
O Mapa de Problemas de Enfermagem é o impresso que o enfermeiro 
utiliza para registrar os Diagnósticos de Enfermagem e Problema Colaborativo 
identificados e do paciente e família e, também, Procedimento Invasivos 
realizado durante a internação. 
Sua finalidade é agrupar os problemas, facilitar o processo de priorização 
e acompanhamento dos mesmos pela enfermagem e, contribuir com busca ativa 
realizada pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar no processo de 
vigilância epidemiológica das infecções. 
 
Norma específica: 
 É atribuição privativa e dever do enfermeiro fazer e atualizar o Mapa dos 
Problemas de Enfermagem. 
 
 O Diagnóstico de enfermagem deverá ser registrado no mapa, usando 
a sigla “DE:”. 
Por exemplo: DE: risco para traumatismo relacionado à desorientação. 
Seguir as regras para elaboração do diagnóstico conforme sua classificação: 
 
 Diagnósticos reais ou vigentes: título + fator relacionado + 
evidenciado por 
 Diagnósticos riscos ou potenciais: título + fator relacionado 
 O Problema Colaborativo ou Complicação Potencial deverá ser escrito 
usando as siglas “CP: ” Por exemplo: 
 CP: risco para hemorragia (quando houver o risco de desenvolver 
o quadro) 
53 
 
 
 CP: hemorragia (quando o quadro estiver instalado). 
 O procedimento deverá ser escrito usando a sigla “P”: 
Por exemplo: P: dissecção venosa no MMSS esquerdo 
 Diariamente deverá ser avaliado a evolução dos DE(s) e CP(s), contudo, 
a anotação no impresso poderá ser feita a cada dois dias conforme avaliação do 
enfermeiro. 
 É recomendado a utilização da TAXONOMIA II da NANDA como padrão 
na linguagem dos diagnósticos. 
 
 
 
54 
 
 
 
 
ORIENTAÇÕES PARA PREENCHIMENTO 
 Procurar usar a classificação da Taxonomia II da NANDA para os 
Diagnósticos de Enfermagem 
 Colocar o título do diagnóstico seguido pelo fator relacionado e, se for 
um diagnóstico do grupo dos reais, incluir as evidencias. 
 Avaliar os problemas diariamente, contudo, o registro da evolução pode 
ser dois em dois dias. 
 Colocar somente as iniciais do nome ou usar a rubrica, seguida do 
número do COREN. 
55 
 
 
 Quando precisar de abrir um novo impresso para incluir novos 
problemas ou evoluir, não é necessário escrever todo o enunciado, pode-se 
colocar somente o número a que ele corresponde no impresso anterior. 
 
TRANSFERÊNCIA EXTERNA DE PACIENTES 
 
É a mudança de um paciente de um hospital para outro. (BOTTOSSO e 
ORMOND, 2006 apud BRASIL,2002) Exemplo de protocolo para rotina de 
transferência: 
 
 
 
56 
 
 
ENCAMINHAMENTO PARA O CENTRO CIRÚRGICO 
 
É o transporte do cliente ao centro cirúrgico do hospital em condições 
segura. 
Toda criança encaminhada ao centro cirúrgico tem o direito de ser 
acompanhada por um membro da familiar até à sala operatória e na unidade de 
recuperação pós-anestésica. 
 É responsabilidade da equipe de enfermagem assistencial da UTIN, 
conferir as condições do cliente antes da criança ser conduzida ao centro 
cirúrgico: 
 Conferir e chegar a administração de drogas pré-anestésica e o 
cumprimento do jejum. 
 Conferir o preparo pré-operatório prescrito pelo médico e 
enfermeiro. 
 Conferir a identificação da criança na pulseira. 
 
 O prontuário do paciente deverá ser encaminhado junto a criança 
incluindo os exames de imagem e outros não fixados no mesmo (enviar as duas 
pastas: das prescrições e dos exames). 
 É responsabilidade da equipe de enfermagem assistencial do Centro 
Cirúrgico receber a criança e o prontuário, conferir o nome com os dados da 
pulseira e o preparo. 
 
 
 
 
 
57 
 
 
Exemplo de protocolo para encaminhamento ao Centro Cirúrgico: 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
 
ÓBITO 
 
É aquele que ocorre após o cliente ter dado entrada no hospital 
independente do fato dos procedimentos administrativos relacionados à 
internação já terem sido realizados ou não. Óbito institucional é aquele que 
ocorre em até 24 horas após a internação hospitalar (BOTTOSSO e ORMOND, 
2006 apud BRASIL, 2002). 
 Todo óbito deverá ser comunicado ao Serviço Social para os 
encaminhamentos que se fizerem necessários junto à família. 
 Compete ao médico preencher o atestado de Óbito e entregar para a 
família ou serviço social. 
 Compete ao enfermeiro fazer o relatório da assistência prestada até a 
constatação do óbito e os encaminhamentos pós-morte. 
 Compete aos técnicos e auxiliares de enfermagem preparar o corpo, 
reorganizar o ambiente e relacionar os medicamentos, soluções e materiais 
descartáveis utilizado para serem reposto no carrinho de emergência. 
 Compete ao secretário da unidade receber a relação (ou as 
embalagens) dos materiais utilizados e providencia a reposição junto a farmácia 
e central de kits. 
 Toda equipe de enfermagem e de saúde deve manter atitude de respeito 
e promover conforto aos familiares. Exemplo de protocolo para rotina de óbito: 
59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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em Unidade de Terapia Intensiva. Disponível em: 
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em: set. 2020. 
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de terapia intensiva e sua relação com ambiente de trabalho. Rev. Latino-Am. 
Enfermagem jan. -Fev. 2015;23(1):106-13 DOI: 10.1590/0104-1169.0150.2531. 
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v23n1/pt_0104-1169-rlae-23-01- 
00106.pdf. Acesso em: set. 2020. 
BOTTOSSO, R. M. ORMOND, V. S. Manual do processo e sua aplicação 
na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal – UTIN. Universidade Federal de 
Mato Grosso. Hospital Universitário Júlio Müller. Cuiabá, Mato Grosso, 2006. 
Disponível em: https://www.ufmt.br/ufmt/site/userfiles/UTIneonatal.pdf. Acesso 
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BRASIL. Ministério da Saúde. ANVISA. RESOLUÇÃO Nº 7, DE 24 DE 
FEVEREIRO DE 2010. Disponível em: 
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