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1_ Estrutura Física e Organizacional do CC e CME

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25/02/2019
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ESTRUTURA FÍSICA E ORGANIZACIONAL 
DO CENTRO CIRÚRGICO E DA
CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO
Professores:
Ana Paula Zanelatto
Isabel Cristina B. Palumbo
Marco Aurélio R. de Almeida
DEFINIÇÃO
Conjunto de elementos destinados à atividade cirúrgica
e à recuperação anestésica. É composta pelo Centro
Cirúrgico (CC), pela Recuperação Anestésica (RA) e pelo
Centro de Material Esterilizado (CME). Tal unidade é
caracterizada como um sistema socio técnico estruturado,
administrativo psicossocial localizado dentro da estrutura
hospitalar.
UNIDADE DE CENTRO CIRÚRGICO
Para seu funcionamento
eficiente é necessário que
haja integração com as
demais áreas hospitalares.
A implementação de normas
de qualidade e a
individualização do cuidado
prestado ao paciente,
determinarão o resultado
final.
ASPECTOS HISTÓRICOS
O homem realiza práticas
cirúrgicas desde a antiguidade.
O termo cirurgia, do grego
kheirourgia, que significa
“trabalho manual” pode ser
definido como especialidade
que se destina ao tratamento
de doenças e traumatismos por
meio de processos operativos
manuais e instrumentais.
Na idade média, as cirurgias
eram realizadas nos campos de
batalha, nas casas dos
cirurgiões, ou no convés dos
navios de guerra.
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CIRURGIAS
O procedimento cirúrgico 
é hoje uma das 
modalidades 
terapêuticas mais 
utilizadas para o 
diagnóstico e tratamento 
de inúmeras doenças. 
OBJETIVOS DO CENTRO 
CIRÚRGICO
 Prestar assistência integral ao paciente
cirúrgico em todo período perioperatório.
 Realizar intervenções cirúrgicas e encaminhar o
paciente à unidade de destino, na melhor
condição possível de integridade.
 Proporcionar recursos humanos e materiais
para que o procedimento anestésico-cirúrgico
seja realizado em condições técnicas e
assépticas ideais.
 Favorecer o ensino e servir de campo de
estágio para a formação e o aprimoramento de
recursos humanos.
 Desenvolver programas e projetos de pesquisa
voltados para o processo científico e
tecnológico.
SISTEMA ORGANIZACIONAL DO 
CENTRO CIRÚRGICO
O centro cirúrgico é organizado
por uma estrutura sociotécnica
composta por cinco sistemas: metas
e valores; tecnológico; estrutural
psicossocial e administrativo.
1. Metas e valores: compreende
a filosofia institucional que
influencia as ligações e
interações com os outros
sistemas.
2. Tecnológico: representado
pelos aspectos físicos
(equipamentos, instrumentos,
maquinários) e pelos
conhecimentos específicos
(conjunto de técnicas de
operações).
SISTEMA ORGANIZACIONAL 
DO CENTRO CIRÚRGICO
3. Estrutural: engloba a divisão de tarefas em
unidades operacionais e a coordenação entre
estas unidade por meio de organogramas,
fluxogramas, normas regulamentos, regimentos.
4. Psicossocial: constituído de interações,
expectativas, opiniões e valores de pessoas que
fazem parte do sistema.
5. Administrativo: compreende a coordenação de
esforços que, por meio de técnicas específicas,
almeja atingir os objetivos estabelecidos.
Engloba tomada de decisões e controle.
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C
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SISTEMA ORGANIZACIONAL 
DO CENTRO CIRÚRGICO
Para que essa estrutura funcione adequadamente e atinja as metas 
a que se propõe, é vital a integração com as unidade que atuam 
como serviços de apoiou de suporte à unidade de CC. Entre esses 
serviços, destacam-se:
Banco de sangue;
Laboratório;
Serviço de anatomia patológica;
Radiologia;
Farmácia;
Almoxarifado;
Transporte;
Fornecedores;
Engenharia e manutenção, limpeza, lavanderia, entre outros.
SISTEMA ORGANIZACIONAL DO 
CENTRO CIRÚRGICO
Considerando o CC um
sistema organizacional,
tendo em mente as
finalidades que se
destina, bem como a
complexidade da
assistência prestada
ao paciente cirúrgico, é
sem dúvida, uma
unidade que ocupa
lugar de destaque
pela sua importância
no contexto hospitalar.
PLANEJAMENTO FÍSICO 
DO CENTRO CIRÚRGICO
Composto por várias áreas
interdependentes para
proporcionar ótimas condições à
realização do ato cirúrgico, em
circunstâncias assépticas ideais.
Finalidade: promover segurança
para o paciente e conforto para a
equipe que o assiste.
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PLANEJAMENTO FÍSICO DO 
CENTRO CIRÚRGICO
Enfermeira (o) de CC: tem que conhecer a
finalidade de cada elemento que compõe
esses áreas, bem como das características
arquitetônicas e de bioengenharia
pertinentes a elas, as quais são previstas na
legislação vigente (RDC n. 50/2002 e RDC
n. 307/2002), no sentido de embasar a
assistência perioperatória e proporcionar um
ambiente seguro para paciente e
profissionais que atuam nesse setor.
PLANEJAMENTO FÍSICO DO 
CENTRO CIRÚRGICO
O CC → deve ter relações de contiguidade com a
internação clínica-cirúrgica, com as unidade de
internação (UI), com a unidade de terapia intensiva
(UTI), com a central de material esterilizado (CME),
bem como as unidades de suporte.
Configuração: existem diversas formas de planta
física que um CC pode conceber. De acordo com a
Association of perioperative Registered Nurses
(AORN), tais práticas devem proporcionar barreiras
que reduzam a entrada de microrganismos no
ambiente.
ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO: 
dividido em áreas específicas em virtude dos procedimentos 
realizado e risco de transmissão de infecções
Áreas irrestritas: são 
aquelas cujo a circulação 
de pessoas é livre, de 
modo que não exigem 
cuidados especiais e nem 
o uso do uniforme 
privativo como 
elevadores, vestiário, 
corredores externos que 
levam o paciente ao CC.
ÁREAS DO CENTRO CIRÚRGICO
Áreas semirrestritas: permitem a circulação de pessoal e de
equipamentos, de modo que não interfira no controle e manutenção
da assepsia cirúrgica. Nesses locais, é necessário o uso de uniforme
privativo e de propés. Exemplo: secretaria, copa, sala de conforto e
guarda de equipamentos.
Áreas restritas: são as que têm limites definidos para circulação de
pessoal a equipamentos, onde se deve empregar rotinas próprias
para controlar e manter a assepsia local. Além do uniforme
privativo, é necessário o uso de máscara que cubram nariz e boca.
Exemplo: salas cirúrgicas, antessalas, lavabos e corredores internos.
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ÁREA IRRESTRITA
ÁREA IRRESTRITA
Vestiários: locais exclusivos com lavatórios,
chuveiros, vasos sanitários, divididos em masculino e
feminino, destinado à troca de vestimenta pessoal
pelo uniforme privativo.
Copa e conforto profissional: destinado à equipe
cirúrgica e à equipe de enfermagem (juntas ou
separadas) no período de descanso ou espera
pela liberação da sala operatória (SO), acoplada
a uma copa com lanches e bebidas destinadas aos
profissionais já vestidos com roupas privativas, cuja
circulação pelas dependências do hospital ou fora
dele está restrita.
Sala de espera: destinada a familiares e
acompanhantes, quando em espera por
informações e devolutiva médica sobre o
procedimento realizado e estado do paciente.
ÁREA SEMIRRESTRITA
ÁREA SEMIRRESTRITA
Posto de enfermagem: destinada à comunicação entre os enfermeiros e seus
colaboradores, avaliação do mapa cirúrgico e passagem de plantão entre turnos.
Recepção e transferência de pacientes: área que permite a transferência de
pacientes vindo de outras unidades como pronto-socorro, UTI e UI. Pode ter instalação
de oxigênio, tomadas, armários de roupas de cama e cobertores, além de impressos
para os registros cabíveis à recepção do paciente.
Farmácia: concentra os insumos descartáveis utilizados nos procedimentos
anestésico-cirúrgicos, os quais geralmente são montados no formato de kits,
preparados segundo o mapa cirúrgico.
Sala de utilidades e expurgo: deve ser equipada com sistema de drenagem
para o desprezo de fluídos corpóreos e dejetos, bem como pia própria para
lavagem de frascos onde essas substâncias estavam contidas.
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ÁREA RESTRITA ÁREA RESTRITA
Sala de operações (SO):
a. locais destinados à realização
de procedimentos anestésico-
cirúrgicos propriamente dito;
b. têm dimensõesvariadas,
dependendo das
especialidades às quais se
destinam;
c. com os avanços tecnológicos na
área da robótica e das
cirurgias minimamente
invasivas, as SO devem possuir
dimensões adequadas para
acomodar tais equipamentos;
ÁREA RESTRITA
Sala de operações (SO):
d. em relação à quantidade de
SO em um CC, é
recomendado que haja duas
sala de cirurgia para cada
50 leitos;
e. cada SO deve contar com
equipamentos fixos, como
aparelho de anestesia com
monitor, mesa de Mayo, mesa
cirúrgica, negatoscópio, focos
de luz, mesa de instrumental,
computadores para anotação
no prontuário eletrônico. ÁREA RESTRITA
Sala de operações (SO):
f. também deve conter
equipamentos móveis, cuja
a necessidade varia de
acordo com a
especialidade (bisturi
elétrico, máquina de
circulação extracorpórea,
equipamento de
videolaparoscopia,
aspiradores, entre outros).
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ÁREA RESTRITA
As SO são classificadas por tamanho em:
 SO pequena: deve ter no mínimo 20 m2 de tamanho e é destinada a
cirurgias de pequeno porte como as oftálmicas, otorrinolaringológicas
e endoscópicas.
 SO média: deve ter no mínimo 25 m2 de tamanho e é destinada à
realização de cirurgias gerais, ginecológicas, do sistema digestório,
respiratório, infantis e outras.
 SO grande: deve ter no mínimo 36 m2 de tamanho e é destinada a
cirurgias de grande porte ou àquelas nas quais devem utilizar muitos
equipamentos como as ortopédicas, neurológicas, cardiológicas,
laparoscópicas, robóticas e transplantes.
ÁREA RESTRITA
Sala de recuperação 
anestésica (SRPA): deve 
ser anexada ao CC, 
localizada no mesmo piso, e 
que favoreça a rápida 
transferência do cliente 
anestesiado da SO à SRPA, 
de modo que não 
proporcione alterações 
hemodinâmicas no 
transporte do paciente 
crítico no período pós-
anestésico, ou seu retorno 
rápido à SO, em caso de 
necessidade de 
reintervenção cirúrgica.
ÁREA RESTRITA
Sala de recuperação anestésica (SRPA): segundo a Resolução da
Diretoria Colegiada (RDC) n. 50 de 21 de fevereiro de 2002, do MS, a
SRPA pertence à planta física da unidade de CC, devendo estar
localizada próxima à SO, permitindo o imediato retorno do paciente em
caso de recuperação.
A SRPA deve ter dimensão mínima de 6 m2, permitindo a
adequada distribuição e mobilidade de recursos humanos e materiais, e
ter um número de leitos proporcionais à especificidade do CC e à
quantidade de salas existentes. Recomenda-se o número de SO
acrescido de um, para cálculo do número de leitos para recuperação.
ÁREA RESTRITA
SRPA: deve ser de fácil acesso com
as unidade de apoio como
lavanderia, farmácia, banco de
sangue, laboratório, entre outros.
O posto de enfermagem deve estar
situado de modo a permitir a
visualização de todos os leitos da
unidade. A presença de um balcão
para preparo de medicações, além
de computadores, impressoras e
telefones.
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ÁREA RESTRITA
Características arquitetônicas: piso e parede de cor clara e
neutra (que contribui para avaliação da pele do paciente e
evita estresse visual), o piso deve ser revestido de material
resistente à lavagem com produtos químicos, não porosos e
livre de frestas, as portas precisam ser largas o suficiente
para permitir a passagem de macas e cadeiras de rodas, a
iluminação deve ser como uso de lâmpadas fluorescentes que
minimizam a fadiga visual, e os gases (O2, ar comprimido,
vácuo) devem ser canalizados e disponíveis em régua.
ÁREA RESTRITA
Lavabos: devem se situar o más próximo possível às SO e ser
exclusivos para a lavagem das mãos e eliminação de germes de
mãos e antebraços, com pia de profundidade suficiente para
permitir a realização do procedimento sem contato com as
torneiras e bordas. Quanto às dimensões, quando com torneira
única, deve ter 50 cm de largura, 100 cm de comprimento e 50
de profundidade. A cada torneira inserida é necessário
acrescentar 80 cm ao comprimento do espaço. Os lavabos
devem conter dispensadores de sabão líquido com comando que
dispensem o contato das mãos.
CARACTERÍSTICAS 
ARQUITETÔNICAS
Os componentes do CC são
submetidos à limpeza terminal
constante, os materiais
utilizados no acabamento
devem suportar esse tipo de
limpeza.
Os ambientes do CC devem
ter o piso, teto e paredes com
materiais resistente à limpeza,
livre de frestas e porosidade.
É recomendado o uso de
granilite para acabamento de
pisos, e tintas a base epóxi,
PVC e poliuretano para tetos
e paredes.
CARACTERÍSTICAS 
ARQUITETÔNICAS
 O formato do CC foi amplamente discutido, mas se
chegou ao formato retangular por proporcionar
funcionalidade das áreas sem perdas de cantos
arredondados.
 Segundo a Associação Brasileira de Enfermeiros de
Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de
Material e Esterilização (SOBECC), o canto deve
proporcionar limpeza adequada e completa, já que
ralos são proibidos.
 Sobre janelas no CC, chegou-se a acreditar que o setor
deveria ser hermeticamente isolado, no entanto, os
últimos estudos demonstram que as janelas, não
especificamente nas SO, não tem relação direta com
contaminação, além de ser uma estratégia de
relaxamento para equipe cirúrgica.
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BIOENGENHARIA
• A luz deve ser proveniente de
lâmpadas fluorescentes que
minimizam a fadiga visual. O foco
de luz na SO deve ter a
intensidade ajustável, afim de
diagnosticar anormalidades,
principalmente das estruturas
anatômicas.
• A ventilação deve contar com um
sistema de remoção de gases
anestésicos, controlar a
temperatura e umidade, promover
a troca adequada de ar e remover
partículas em suspensão.
• O ar-condicionado deve ser
centralizado e com o uso de filtro
HEPA (do inglês High Efficiency
Particulate Air), com pressão
positiva em SO.
BIOENGENHARIA
• As tomadas devem ficar a 1,5 m
do chão para evitar quedas e
explosões.
• Instalações fluído-mecânicas: cada
SO deve conter vácuo (cor cinza),
oxigênio (cor verde), ar
comprimido (cor amarela) e óxido
nitroso (cor azul), instalados em
régua.
• Sistema de emergência com
gerador próprio, capaz de assumir
automaticamente o sistema de
energia em, no máximo, cinco
segundos e mantê-lo por no
mínimo de 1 hora.
• A rota de para emergência deve
ser de conhecimento dos
profissionais e precisa estar
sinalizada nas dependências de
setor.
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O? CENTRAL DE MATERIAL 
ESTERILIZADO
Definido pelo MS como conjunto de elementos
destinados à recepção, expurgo, preparo,
esterilização, guarda e distribuição dos artigos
para as unidades dos estabelecimentos
assistenciais à saúde.
Mais recentemente, RDC n. 15/2012, da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), define CME como uma “unidade
funcional destinada ao processamento de
produtos para a saúde dos serviços de saúde”.
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CME NO BRASIL
Nos anos 50, começaram a ser implantados nos
hospitais brasileiros os primeiros Centros de Materiais
parcialmente centralizados. A maioria dos artigos
eram submetidos à limpeza, secagem e
acondicionamento nas próprias unidades de
internação.
No início da década de 70, alguns hospitais
brasileiros iniciaram a implementação de setores
destinados a essas atividades como unidades
autônomas e independentes dos Centros Cirúrgicos.
Nos anos 90, verifica-se com muita frequência a
unidade de Centro de Material e Esterilização
agregada à unidade de Centro Cirúrgico, sob a
responsabilidade de um único enfermeiro, e até mesmo
com funcionários de enfermagem atuando nas duas
unidades.
SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO DA CME
Ainda que o sistema parcialmente centralizado de organização de trabalho
seja o mais encontrado nos hospitais do país, o sistema centralizado de
processamento de artigos possui diversas vantagens entre as quais destacam-se:
 Permite maior racionalização do trabalho;
 Otimização dos recursos materiais e humanos;
 Maior segurança do paciente e da equipe de enfermagem, pois permite o
desenvolvimento de técnicas eficientes e seguras;
 Treinamento específico da equipe;
 Maior produtividade;
 Facilidade de supervisãoe adequação, evitando desvios de artigos e
duplicação de equipamentos.
OBJETIVOS DA CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO
Concentrar os artigos e o instrumental esterilizado ou não, tornando mais fácil seu
controle, conservação e manutenção.
 Padronizar técnicas de limpeza, preparo, acondicionamento e esterilização,
assegurando economia de pessoal, material e tempo.
 Distribuir artigos esterilizados para as diversas unidades de atendimento a pacientes.
Treinar pessoal para as atividades específicas do setor, conferindo-lhe maior
produtividade.
Facilitar o controle do consumo, da qualidade dos artigos e das técnicas de
esterilização, aumentando a segurança do uso.
Favorecer o ensino e o desenvolvimento de pesquisas.
Manter estoque de artigo, a fim de atender prontamente a necessidade de qualquer
unidade do hospital.
LOCALIZAÇÃO E FORMATO DO CME
CME → apesar de ser considerado um componente da Unidade do Centro 
Cirúrgico→ deve ser um setor independente.
O ideal é que o CME seja nas proximidades dos centros fornecedores (como 
almoxarifado e rouparia) e permita comunicação e transporte fáceis para os centros 
consumidores (como CC, CO, UTI, e PS).
Deve se evitar áreas com muita circulação, diminuindo a contaminação dos artigos.
O formato do CME deve ser retangular ou quadrada, de modo a facilitar a
supervisão, permitir maior produção com menor gasto de energia tempo e
movimento, e permitir o fluxo de trabalho unidirecional, desde a área de expurgo
até a de armazenamento, evitando eventuais contaminações.
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CARACTERÍSTICAS ARQUITETÔNICAS DO CME
Parecidas com as características de construção do CC com
algumas particularidades:
• O forro deve ser acústico para minimizar os ruídos;
• Se houver janelas, devem ser amplas, altas e teladas, embora
sua utilização sofre ampla discussão, já que o condicionadores
de ar fazem a ventilação do ambiente;
• O sistema de exaustão de calor deve manter a temperatura
aos níveis de conforto da equipe de trabalho, uma vez que as
autoclaves dispensam temperaturas elevadas no ambiente.
ÁREA FÍSICA DO CME
A área física da CME deve atender as demandas do
hospital, variando conforme sua finalidade e capacidade.
As primeiras orientações sobre o dimensionamento das
unidades de CME surgiram do MS, pela portaria n. 400. Essa
portaria estabelecia uma área mínima de 40 m2 para o CME de
um hospital geral com 50 leitos, e 66 m2 para um hospital com 150
leitos.
Uma nova Portaria do MS de n.84 e a RDC 50 de 2002,
atualizou os parâmetros, prevendo as seguintes áreas e dimensões
mínimas em relação à CME:
ÁREA FÍSICA DO CME
Recepção, desinfecção, lavagem e separação de artigos: 0,80 m2 por 
leito, com área mínima de 8,0 m2;
Recepção de roupa limpa: 40 m2;
Preparo do artigos e roupas: 0,25 m2 por leito, com no mínimo 12,0 
m2;
Esterilização física: depende dos equipamentos utilizados, e uma 
distância mínima de 20 cm entre duas autoclaves deve ser respeitada;
Armazenamento de distribuição dos artigos esterilizados: 0,2 m2 por 
leito, com mínimo de 10,0 m2;
Armazenamento e distribuição de artigos descartáveis: devem ser 
equivalentes a 25% da érea de estocagem do artigo esterilizado.
FLUXOGRAMA DE ARTIGOS PROCESSADOS NO CME
Os artigos a serem processados pela CME vêm das unidades
consumidoras (UI, OS, ambulatório, CC, CO endoscopia, laboratório,
radiologia, farmácia) e das unidades fornecedoras (lavanderia e
almoxarifado).
Os materiais de uso único encaminhados pelo almoxarifado como
cotonetes, gaze, próteses, são armazenados em local próprio e
controlados para distribuição.
As roupas enviadas pela lavanderia como compressas, aventais e
campos cirúrgicos são recebidos na área de preparo e
acondicionamento (verificação de integridade do material, presença de
corpos estranhos, manchas e sujidades) para posterior armazenamento e
distribuição.
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CME
Recepção dos artigos 
contaminados
Barreira física
(guichê ou similar)
Preparo e 
acondicionamento
Esterilização
Armazenamento de 
as processados
Distribuição
Unidades 
Fornecedoras
Armazenamento de 
artigos novos ou de 
uso único
Unidades 
Consumidoras
Fl
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 C
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BIBLIOGRAFIA
CARVALHO, R.; BIANCHI, E. R. F. (Orgs.) 
Enfermagem em Centro Cirúrgico e Recuperação. 
2. ed. São Paulo: Manole, 2016.
POSSARI, J. F. Centro de Material e Esterilização: 
planejamento, organização e gestão. 4. ed. São 
Paulo: Iátria, 2010.
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Outros materiais