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ECONOMIA I

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ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 1 
 
ECONOMIA I 
 
2º ANO TÉCNICO – ADMINISTRAÇÃO / CONTABILIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professora: Cleide Comparcida 
 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 2 
 
Sumário 
Objetivos Pedagógicos ............................................................................................................................. 4 
A origem da Economia ............................................................................................................................. 5 
DEFINIÇÃO E OBJETO ...................................................................................................................... 6 
PRATICANDO: ................................................................................................................................... 7 
As Necessidades, os Bens Econômicos e os Serviços ................................................................................ 8 
NECESSIDADE HUMANA: ............................................................................................................... 8 
NECESSIDADES INDIVIDUAIS: ....................................................................................................... 8 
NECESSIDADES DA SOCIEDADE: .................................................................................................. 9 
BENS: ................................................................................................................................................ 10 
SERVIÇOS: ....................................................................................................................................... 11 
RECURSOS OU FATORES DE PRODUÇÃO ...................................................................................... 12 
AGENTES ECONÔMICOS: .............................................................................................................. 14 
PRATICANDO: ................................................................................................................................. 14 
TEORIA ELEMENTAR DA PRODUÇÃO ............................................................................................ 15 
ASPECTOS DEMOGRÁFICOS DO BRASIL ................................................................................... 15 
OS PROBLEMAS DE NATUREZA ECONÔMICA .......................................................................... 16 
A ESCASSEZ ................................................................................................................................. 16 
AS QUATRO PERGUNTAS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA .............................................. 17 
PRATICANDO: ................................................................................................................................. 18 
O SISTEMA ECONÔMICO .................................................................................................................. 19 
COMPOSIÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO: ............................................................................ 20 
OS FLUXOS DO SISTEMA ECONÔMICO: ................................................................................. 21 
A CIRCULAÇÃO NO SISTEMA ECONÔMICO .......................................................................... 22 
ESTRUTURA DE MERCADO ........................................................................................................ 23 
CONCENTRAÇÃO ECONÔMICA NO BRASIL .............................................................................. 24 
FORMAS DE CONCENTRAÇÃO ECONÔMICA ............................................................................ 25 
PRATICANDO: ................................................................................................................................. 27 
MICRO E MACROECONOMIA ........................................................................................................... 29 
RENDA E PRODUTO ....................................................................................................................... 32 
 ............................................................................................................................................................... 33 
A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA ........................................................................................................ 33 
Ela é um indicador de quanto caberia a cada pessoa do total da renda gerada pelo sistema 
econômico num período de tempo. ................................................................................................... 34 
A CONTABILIDADE NACIONAL ................................................................................................... 34 
PRATICANDO: ................................................................................................................................. 35 
O SISTEMA MONETÁRIO ................................................................................................................... 36 
ORIGEM: ........................................................................................................................................... 36 
TIPOS DE MOEDA ........................................................................................................................... 37 
AS FUNÇÕES DA MOEDA .............................................................................................................. 37 
POLÍTICA MONETÁRIA ................................................................................................................. 38 
 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 3 
 
PRATICANDO: ................................................................................................................................. 39 
O SISTEMA FINANCEIRO ...................................................................................................................... 40 
COMPOSIÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL .......................................................... 40 
AS AUTORIDADES MONETÁRIAS: ............................................................................................. 42 
AUTORIDADES DE APOIO: .......................................................................................................... 42 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS: .................................................................................................... 42 
O CRÉDITO E O SISTEMA FINANCEIRO ................................................................................... 45 
MODALIDADES DE CRÉDITO ................................................................................................... 46 
PRATICANDO: ................................................................................................................................. 48 
ECONOMIA INTERNACIONAL .............................................................................................................. 50 
AS FINANÇAS E O ESTADO............................................................................................................... 51 
INFLAÇÃO........................................................................................................................................ 54 
PRINCIPAIS ÍNDICES DE INFLAÇÃO ........................................................................................... 55 
OS PLANOS DE ESTABILIZAÇÃO ................................................................................................. 57 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ............................................................................................... 58 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 4Objetivos Pedagógicos 
 
A disciplina de Economia I tem como objetivo geral capacitar o aluno para compreender como 
funciona o Sistema Econômico e Financeiro de uma sociedade, sendo capaz de analisar as 
inúmeras questões econômicas do cotidiano e aquelas informadas pela mídia impressa, 
eletrônica ou televisiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 5 
 
A origem da Economia 
 
A Economia surgiu como ciência a partir de 1.776, com a publicação da obra de Adam Smith, A 
Riqueza das Nações. Antes disso, a Economia não passava de um pequeno ramo da Filosofia 
Social e do Direito. Com o Mercantilismo e a Fisiocracia, as ideias econômicas começam a ter 
um pequeno desenvolvimento. 
 
Adam Smith (1.723-1.790) 
 
 
Com a publicação da Riqueza das Nações, em 1.776, tendo como experiência a Revolução 
Industrial Inglesa (1.760-1.830), Adam Smith estabeleceu as bases científicas da Economia 
Moderna. Ao contrário dos mercantilistas e fisiocratas, que consideravam os metais preciosos e 
a terra, respectivamente, como os geradores de riqueza nacional, para ele o elemento 
essencial da riqueza é o trabalho produtivo. Assim o valor pode ser gerado fora da agricultura. 
 
Adam Smith ensinou que a Economia Política tem como objetivo gerar riqueza para o indivíduo 
e o Estado, para o provimento de suas necessidades básicas. 
A riqueza aumenta pelo trabalho produtivo, fecundado pelo capital. "O trabalho anual de cada 
nação constitui o fundo que originalmente lhe fornece todos os bens necessários e os confortos 
materiais de que consome anualmente. O mencionado fundo consiste sempre na produção 
imediata do referido trabalho ou naquilo que com essa produção é comprado de outras 
nações." O valor vem do trabalho, desse modo ele pode ser gerado fora da agricultura, desde 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 6 
 
que o preço de mercado supere o preço natural (ou custo de produção). 
 
A geração de riqueza de uma nação depende, portanto, da proporção entre o trabalho 
produtivo (que gera um excedente de valor sobre o seu custo de reprodução) e o trabalho 
improdutivo (como o dos criados). O emprego de trabalho produtivo depende da divisão do 
trabalho, e esta da extensão dos mercados. A ampliação das trocas comerciais entre os países 
proporciona maior divisão do trabalho e especialização dos trabalhadores, aumentando a 
produtividade e o produto global. 
 
À medida que a economia consegue expandir seus mercados, ela obtém rendimentos 
crescentes à escala, podendo distribuir sem conflitos um produto social maior entre capitalistas, 
trabalhadores e Governo, na forma de lucros, salários e impostos. 
 
DEFINIÇÃO E OBJETO 
 
A palavra economia deriva do grego “oikosnomos” (de oikos, casa, nomos, lei) e pode ser 
definida como sendo a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem 
empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-
los entre várias pessoas e grupos sociais, a fim de satisfazer as necessidades humanas. 
Necessidades que são de certa forma ilimitadas e podem ser classificadas em: 
 Primárias (vestir, comer); 
 Secundárias (supérfluos) ; 
 Coletivas (segurança, transporte). 
 
De posse dos elementos citados acima, podemos afirmar que ECONOMIA é o processo que 
combina fatores de produção para criar bens e serviços. 
 
Ela estuda os processos de produção, distribuição, comercialização e consumo de bens e 
serviços, e também a maneira como se administram os recursos escassos, com o objetivo de 
produzir bens e serviços e distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade. 
 
São diferentes tipos de sistemas econômicos que administram os limitados recursos com a 
finalidade de produzir bens e serviços objetivando satisfazer as necessidades da população. 
 
Por outro lado, os economistas não se preocupam em atender todas as necessidades 
humanas, devido algumas delas se situar além de suas habilidades, do ramo de seu 
conhecimento. 
 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 7 
 
Porém, não lhe negam importância, apenas eles são colocados além da economia; exemplo 
disto é o amor, a sabedoria que são de extrema importância, mas que não fazem parte do 
campo de preocupação dos economistas, pois ninguém é capaz de produzi-los capaz de 
satisfazê-los. 
 
A economia pode ser representada pelo fato de termos que utilizar algo até o seu desgaste 
total e só depois substituí-los quando realmente, necessário, ou seja, evitando desperdício e 
lucrando com a diminuição dos gastos. Podemos também citar o exemplo da dona de casa no 
supermercado: comprando o produto de igual necessidade mas de valor mais acessível, ela 
estará economizando no seu salário sem retirar o produto de seu consumo. 
 
Então, representada de várias maneiras em diversos exemplos, fica fácil distinguir e relatar a 
Economia de acordo com o ponto de vista de cada um. 
 
A Economia não se aplica apenas ao setor doméstico e pessoal; mas também ao setor 
nacional e internacional quando se refere a investimentos (ações da bolsa de valores; 
aplicações em fundos de investimentos...), moedas (compra e venda de dólar), títulos etc. 
 
PRATICANDO: 
 
1- Responda as questões abaixo em seu caderno: 
a) Quando a Economia foi reconhecida como ciência? 
b) Qual obra estabeleceu as bases científicas da Economia Moderna? 
c) No que se resume a obra Riqueza das Nações de Adam Smith? 
d) Qual a definição de Economia? 
e) Qual o principal objetivo da Economia? 
 
2- Você já ouviu falar da crise de 1.929? Elabore uma pesquisa para apresenta-la em sala 
de aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 8 
 
As Necessidades, os Bens 
Econômicos e os Serviços 
NECESSIDADE HUMANA: 
 
É a sensação de carência de algo unida ao desejo de satisfazê-la. 
Necessidade humana é um estado em que percebe alguma privação. Podem ser: físicas 
básicas; sociais; individuais etc... Segundo a pirâmide de Maslow, as necessidades obedecem 
a uma hierarquia. 
 
Podemos dividir as necessidades humanas em: 
 Primárias, naturais ou vitais – São aquelas imperiosas, isto é, que devem ser satisfeitas 
para garantir a subsistência do homem. 
Exemplo: alimentação, habitação, vestuário, medicamentos, etc. 
 
 Secundárias, sociais ou artificiais – São aquelas criadas pela civilização do homem. O 
não atendimento implica apenas num sofrimento não fatal. O homem pode viver sem 
saciar as necessidades secundárias. 
Exemplo: cinema, rádio, gravata, etc. 
 
As necessidades podem ainda ser: 
 Individuais e 
 Sociais 
 
NECESSIDADES INDIVIDUAIS: 
 
Das múltiplas classificações disponíveis na literatura sobre as necessidades individuais, a 
Teoria de Maslow ou Teoria das Necessidades Humanas é conhecida como uma das mais 
importantes teorias de motivação, sendo referência para diversos autores nas áreas da 
Psicologia, do Direito, da Administração e da própria Economia. 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 9 
 
 
 
NECESSIDADES DA SOCIEDADE: 
 
 Coletivas: (partem do indivíduo e passam a ser da sociedade): transporte 
 Públicas: (surgem da mesma sociedade) 
Exemplo: ordem pública, polícia, justiça, educação, etc. 
 
Para satisfazer tais necessidades, as pessoas precisam consumir 
determinados bens, como pão, roupas, casas etc. Entretanto, essa satisfação não se dá 
apenas através de objetos materiais, mas também de serviços, como educação, segurança, 
atendimentomédico, transportes etc. 
 
Por isso, pode-se dizer que as necessidades são ilimitadas ou, de forma, que sempre 
existirão necessidades que os indivíduos não poderão satisfazer, ainda que seja somente pelo 
fato de os desejos tornarem-se “refinados”. 
 
Em resumo, a satisfação das necessidades individuais e coletivas é feita com o consumo de 
bens e serviços. Esses bens e serviços compõem junta, a produção econômica, que é obtida 
com a combinação de recursos naturais, equipamentos e trabalho. 
 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 10 
 
Tais elementos pelo fato de serem necessários à produção recebem o nome de fatores de 
produção e agrupam-se, tradicionalmente em três itens: 
 
TERRA + CAPITAL + TRABALHO = BENS E SERVIÇOS 
 
BENS: 
 
É tudo aquilo que satisfaz direta ou indiretamente os desejos e necessidades dos seres 
humanos. Inicialmente, os bens são classificados e materiais e imateriais. Vários são os 
critérios adotados para as classificações dos bens. Os principais são: 
 
 Quanto à raridade: 
- Livres: são ilimitados em quantidade ou muito abundantes 
e não são apropriáveis. 
 
- Econômicos: é escassa em quantidade, dada sua 
procura, e apropriáveis. É o objeto de estuda da economia. 
 Quanto ao destino: 
- De Capital: não atendem diretamente as necessidades. 
 
- De consumo: destinam-se à satisfação direta das 
necessidades. 
 
- Duradouros: permitem o uso prolongado. 
 
- Não-duradouros: acabam-se com o tempo. 
 
 Segundo sua função: 
- Intermediários: devem sofrer novas transformações antes 
de se converterem em bens de consumo ou de capital. 
 
- Finais: já sofreram as transformações necessárias para 
seu uso ou consumo. 
 
Além de econômicos e livres, os bens classificam-se em bens de consumo, quando de 
destinam a satisfação direta das necessidades humanas, e em bens de capital quando 
destinados a produção de Bens e Serviços, pois permitem produzir outros bens. 
 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 11 
 
Dentro de bens de consumo, pode-se falar em bens de consumo duráveis, que permitem um 
uso prolongado, como por exemplo, um eletrodoméstico, e bens de consumo não duráveis ou 
perecíveis, com os alimentos. 
 
Por outro lado, os bens podem ser intermediários (o cimento é um exemplo), pois sofrem novas 
transformações antes de se converterem em bens de consumo ou de capital; ou bens finais, 
isto é, os que já sofrera m essas transformações. A soma total de bens e serviços finais 
gerados em um período denomina-se produto total. 
 
Os bens podem ainda ser classificados em Privados e Públicos: 
 
 Bens privados: são os produzidos e possuídos privadamente; 
 Bens públicos ou coletivos: são aqueles cujo consumo é feito simultaneamente por vários 
sujeitos, por exemplo, um parque público. 
 
SERVIÇOS: 
 
Serviços são aquelas atividades que, sem criar objetos materiais se destinam direta ou 
indiretamente a satisfazer necessidades humanas. Pode-se dizer que os serviços são 
atividades intermediárias que concorrem para a produção, distribuição e consumo de bens. 
Desse modo representam os serviços: as atividades administrativas; publicitárias; transportador 
ou agente de vendas: distribuição de produtos; artistas de cinema e teatro, escritor ou cantor: 
necessidades culturais; outros serviços: bancos, seguros, corretores, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 12 
 
RECURSOS OU FATORES DE 
PRODUÇÃO 
 
Pode-se dizer que os recursos produtivos apresentam como características básicas o fato de 
serem limitados ou escassos, ou seja, não existe em quantidade suficiente para produção de 
todos os bens necessários. 
 
Os Recursos Produtivos são também denominados fatores de produção, eles são elementos 
utilizados no processo de fabricação dos mais variados tipos de mercadorias as quais serão 
utilizadas para satisfazer necessidades. 
 
São eles: 
 
 Terra ou Recursos Naturais: Utilizada para a agricultura, urbanização e retirada de 
recursos minerais, hídricos etc. 
 
 Trabalho: Força desenvolvida pelo ser humano. São as faculdades físicas, mentais e 
intelectuais dos seres humanos que intervém no processo produtivo. 
 É trabalho constituído como economia os serviços prestados por um médico, o 
trabalho de um operário empregado na construção civil etc. Sendo esta o fator básico 
da produção. 
 
 Capital ou Bens de Capital: Equipamentos de utilização e Dinheiro. O capital inclui 
todos os edifícios, todos os equipamentos e todos os estoques de materiais dos 
produtores. São os bens e serviços, como máquinas e equipamentos, edifícios e 
construções, ferramentas, meios elaborados e demais meios utilizados no processo 
produtivo. 
 
Os bens de consumo se orientam para a satisfação direta das necessidades humanas, os 
bens de capital ou bens de investimento, não estão concebidos para satisfazer diretamente 
as necessidades humanas, mas para serem utilizadas na produção de outros bens. 
 
Se dedicarmos certa quantidade de recursos para produzir bens de capital, eles nos satisfarão 
necessidades no futuro, quando forem utilizados na produção de bens de consumo. 
 
O capital empregado na produção pode dividir-se em: 
 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 13 
 
 Capital fixo consiste em instrumentos de toda a espécie, incluindo os edifícios, 
maquinaria e equipamento. 
 
 Capital circulante consiste nos bens em processo de preparação para o consumo, 
basicamente matérias-primas e estoques de armazém. 
 
 Capital Humano: em resumo, corresponde à educação, formação profissional e 
experiência, em geral, tudo que eleva a capacidade produtiva dos seres humanos. 
 
 Capital Financeiro: fundos disponíveis para a compra de capital físico, ou ativos 
financeiros. 
 
A satisfação de necessidades materiais (alimentos, roupas ou habitação) e não materiais 
(educação, lazer etc.) de uma sociedade obriga seus membros a se ocuparem de 
determinadas atividades produtivas. Por intermédio dessas atividades, produzem os bens e 
serviços de que necessitam, e que posteriormente se distribuem para seu consumo entre os 
membros da sociedade. 
 
Nesse processo de produção e consumo, surgem e são solucionados muitos problemas de 
caráter econômico: problemas nos quais se utilizam diversos meios para se conseguir uma 
série de fins ou objetivos. 
 
Na Produção, por exemplo, a empresa tem de decidir que bem vai produzir e que meios 
utilizará para produzi-los. 
 
Em relação ao Consumo, as famílias têm de decidir como vão gastar a renda familiar entre os 
diferentes bens e serviços ofertados para satisfazer suas necessidades. Assim, uma família 
qualquer, na hora de decidir entre um televisor ou uma máquina de lavar, levará em conta suas 
necessidades, os preços de ambos os bens e suas próprias preferências, de forma que o 
resultado da escolha seja o mais apropriado. 
 
 Remuneração dos Proprietários de recursos 
 
Terra Aluguel 
Trabalho Salário 
Capital Juros 
Capacidade Empresarial Lucro 
 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 14 
 
AGENTES ECONÔMICOS: 
 
Os agentes econômicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, através de suas ações, 
contribuem para o funcionamento do sistema econômico. 
  EMPRESAS – agentes encarregados de produzir e comercializar bens e serviços; 
  FAMÍLIAS – são os agentes responsáveis pelo consumo dos bens e serviços; 
 GOVERNO – organizações que atuam sob o controledo Estado. 
 
Uma boa parte dos bens e serviços é consumida, mas há outra parte que não é, 
permanecendo muito tempo entre as pessoas, algumas vezes por gerações e, mesmo, por 
séculos. Como exemplos desses bens, temos as instalações industriais, as linha telefônicas, as 
estradas, as pontes, as obras de arte, os edifícios históricos etc. 
 
Tais bens são produzidos através da combinação de fatores de produção, mas permanecem 
por longo tempo entre as pessoas, formando um acervo, um estoque de bens que podem ser 
usufruídos por muitos anos. Essas observações são importantes para que se possa introduzir 
um novo conceito, o de riqueza. 
 
A riqueza de um país, num determinado momento, é formada pelos fatores de produção 
disponíveis, pelos bens que estão sendo produzidos e pelos que já o foram, mas ainda não 
desapareceram. 
 
A riqueza compõe-se, ainda, de elementos como a população do país (seu fator trabalho), os 
recursos naturais (a terra agricultável, as reservas minerais e de petróleo e os mananciais de 
água), os equipamentos (máquinas e instalações das empresas), as redes de energia, a 
distribuição de água, as estradas, as pontes, os edifícios públicos, as habitações, os 
monumentos históricos, as obras de arte, as bibliotecas e outros, além dos bens correntemente 
produzidos, como alimentos, roupas etc. 
 
PRATICANDO: 
 
1- O que é e como é dividida as necessidades humanas? 
2- Qual a diferença entre necessidades individuais e coletivas? 
3- Diferencie bens livres, econômicos e de consumo. 
4- Defina e exemplifique Serviços. 
5- Quais são os agentes econômicos? 
6- Do que é composto os fatores de produção e para que eles servem? 
7- Porque dizemos que os fatores de produção são limitados perante as necessidades 
humanas? 
8- Como é formada a riqueza de um país? 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 15 
 
TEORIA ELEMENTAR DA PRODUÇÃO 
 
A teoria da produção preocupa-se com o lado da oferta do mercado, ou seja, com os 
produtores, que vão oferecer aos consumidores os bens e serviços por eles produzidos. 
Entretanto, para melhor entender essa teoria é necessário estabelecer, antes, alguns 
conceitos. 
 
O primeiro conceito é o de firma ou empresa. Na teoria da produção, não há interesse em 
definir a empresa do ponto de vista jurídico ou contábil. Portanto, para nós, a empresa será 
apenas uma unidade técnica de produção. 
 
O segundo conceito é referente aos fatores de produção, pois são importantíssimos no 
processo, por isso, é necessário conhecê-los e identificá-los. 
 
ASPECTOS DEMOGRÁFICOS DO BRASIL 
 
Vimos que a produção econômica é obtida com a combinação dos fatores de produção 
representada pelo trabalho, pelo capital, e pelos recursos naturais 
 
Desses três fatores, o trabalho, o trabalho receberá um destaque especial por duas razões 
básicas. Primeiro, porque são as pessoas que organizam e executam a produção econômica e 
segundo porque a produção de bens e de serviços reverte para as pessoas, a fim de que 
possam satisfazer suas necessidades. 
 
Para estudar as populações, de onde provém o trabalho, existe a demografia. Inicialmente, 
demografia estudava o estado, o movimento e o desenvolvimento das populações. 
 
Atualmente, preocupa-se também com as causas e consequências dos fenômenos 
demográficos. 
 
 Detalhando melhor, a demografia preocupa-se em estudar: 
 
 O estado da população, ou seja, seu número, sua distribuição por sexo, idade e estado 
civil, número e composição das famílias, grau de escolaridade etc.; 
 Os fenômenos demográficos, com os nascimentos, os casamentos, os óbitos etc.; 
 Os movimentos das populações, sua tendência para o crescimento, os movimentos 
migratórios e suas consequências etc.; 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 16 
 
 As causas e as consequências dos fenômenos demográficos, através da pesquisa do 
processo histórico dos fatos populacionais. 
 
A demografia também se preocupa com a população como elemento fundamental no 
fenômeno da produção, dividindo a população em duas partes: a população dependente e a 
população ativa. 
 
 População dependente é aquela que não tem condições de oferecer força de trabalho, 
seja porque ainda não tem idade para isso, seja porque já perdeu as condições 
 
Obs: apenas para que se tivesse um critério para formular essas comparações, estabeleceu-se 
que as “crianças” entre 0 e 14 anos e os “velhos” com mais de 65 anos fariam parte da 
população dependente. 
 
 População ativa ou população produtiva é aquela que representa o potencial de mão-
de-obra do fator de produção trabalho de uma economia. Ela engloba a população 
economicamente ativa e as pessoas que exercem atividades não remuneradas como as 
donas de casas, os estudantes etc. 
 
A população economicamente ativa, também conhecida como “P.E.A.” é aquela que está 
efetivamente integrada no mercado de trabalho, sendo formada pela população ocupada e 
pelos desempregados. 
 
OS PROBLEMAS DE NATUREZA ECONÔMICA 
 
A ESCASSEZ 
 
O problema econômico por excelência é a escassez. Surge porque as necessidades humanas 
são virtualmente ilimitadas e os recursos econômicos, limitados, incluindo também os bens. 
Esse não é um problema tecnológico, e sim de disparidade entre os desejos humanos e os 
meios disponíveis para satisfazê-los. 
 
A escassez é um conceito relativo, pois existe o desejo de adquirir uma quantidade de bens e 
serviços maior que a disponibilidade. 
 
Existem países em que a população possui níveis de vida mais elevados do que em outros. 
Nesses países, há alimentos e bens materiais abundantes. Enquanto em alguns países 
atrasados existem milhões de pessoas vivendo na mais absoluta pobreza, onde muitos 
chegam a morrer de fome. 
 
 
 
 
ECONOMIA - 2º ANO – ENSINO MÉDIO TÉCNICO - 2015 Página 17 
 
Então podemos afirmar que o problema fundamental da economia é impossibilidade de se 
produzir bens e serviços em quantidades ilimitadas para satisfazer as necessidades humanas 
permanentemente ampliadas, pois os fatores de produção existem Em quantidades limitadas. 
Este fato é conhecido também como a Lei da escassez. 
 
* Resumindo: 
 
A Escassez é a preocupação básica da Ciência Econômica. Sendo o maior problema 
econômico de qualquer sociedade, se não houvesse a escassez não haveria necessidade da 
existência da economia. 
 
Devido às necessidades do ser humano serem ilimitadas, através dos consumos dos mais 
diversos bens (moradia, vestuário, alimentação) e de serviços (transportes, assistência 
médica...) no mesmo instante em que os recursos produtivos, através das máquinas, fábricas, 
terras e matérias primas estão a disposição da sociedade e são insuficientes para produção de 
bens necessários para satisfação das necessidades humanas. 
 
Por isso temos que utilizar a escolha, ou seja, não se pode produzir tudo o que todos desejam 
e por isso criam-se mecanismos que ajudem a sociedade a decidir quais bens serão 
produzidos e necessidades atendidas. Em relação as escassez de recursos, temos sempre que 
nos preocuparmos em utilizá-los de maneira racional e eficientes quanto possível. 
 
 
AS QUATRO PERGUNTAS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA 
 
Diante da impossibilidade do atendimento pleno das necessidades humanas em virtude da 
escassez de recursos, quatro questões são levantadas, sendo que suas respostas envolvem o 
problema fundamental da economia, isto é, o problema da escassez. 
 O que produzir? – indica que é necessário identificar a natureza das necessidades 
humanas, para saber quais bens e serviços a produzir. 
 
 Quantoproduzir? – reconhece a limitação existente nas disponibilidades dos fatores de 
produção. 
 
 Como produzir? – é uma questão técnica, que indica que há várias maneiras de se 
combinarem os fatores de produção para se obterem bens e serviços. 
 
 Para quem produzir? – envolve uma questão da distribuição dos bens e dos serviços 
produzidos entre os elementos a sociedade. 
 
 
 
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PRATICANDO: 
 
1- Qual a principal preocupação da Teoria Elementar da Produção? 
2- Quais os principais conceitos da T.E.P.? 
3- Quais os aspectos estudados pela demografia? Explique-os. 
4- Na região de Osasco qual o tipo de atividade prevalece e como os aspectos 
demográficos contribuem para isso? 
5- Diferencie população dependente de população ativa. 
6- Defina P.E.A. 
7- Quais são os problemas de natureza econômica? 
8- Como o problema da escassez pode ser controlado? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O SISTEMA ECONÔMICO 
 
É a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas de 
produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços. 
 
Podemos dizer que todas as leis, regulamentos, costumes e práticas tomadas em conjunto, e 
suas relações com os componentes de uma economia, incluem-se as empresas com o 
fornecimento de bens e produtos diversificados, as famílias que são geradoras de consumo e 
prestação de serviços e o governo com a arrecadação de impostos constituindo-se assim um 
Sistema Econômico. 
 
Um sistema econômico pode ser definido como a reunião dos diversos elementos 
participantes da produção de bens e serviços que satisfazem as necessidades da sociedade, 
organizados não apenas do ponto de vista econômico, mas também social, jurídico, 
institucional etc. 
 
Em toda comunidade organizada, mesclam-se, em maior ou menor medida, os mercados e a 
atividade dos governos. O grau de concorrência dos mercados é variado, indo do monopólio, 
em que apenas uma empresa opera à economia de livre mercado, que apresenta uma 
verdadeira concorrência, com várias empresas operando. 
 
O mesmo ocorre quanto à intervenção pública, que engloba desde uma intervenção mínima em 
impostos, crédito, contratos e subsídios até o controle dos salários e os preços dos sistemas de 
economia centralizada que imperam nos países comunistas. 
 
Entretanto, em ambos os sistemas ocorrem divergências: no primeiro, existem somente 
monopólios estatais, sobretudo nas linhas aéreas e na malha ferroviária; no segundo, somente 
concessões à empresa privada. 
 
As principais diferenças entre a organização econômica centralizada e a capitalista residem em 
quem é o proprietário das fábricas, fazendas e outras empresas, assim como os diferentes 
pontos de vista sobre a distribuição da renda ou a forma de estabelecer os preços. 
 
Em quase todos os países capitalistas, uma parte importante do produto nacional bruto (PNB) 
é produzida pelas empresas privadas, pelos agricultores e pelas instituições não 
governamentais, como universidades e hospitais particulares, cooperativas e fundações. 
 
 
 
 
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Os problemas mais importantes enfrentados pelo capitalismo são o desemprego, a inflação e 
as injustas desigualdades econômicas. Os problemas mais graves das economias 
centralizadas são o subemprego, o maciço emprego informal, o racionamento, a burocracia e a 
escassez de bens de consumo. 
 
Em uma situação intermediária entre a economia centralizada e a economia de livre mercado, 
encontram-se os países socialdemocratas ou liberal-socialistas. A atividade econômica recai, 
em sua maior parte, sobre o setor privado, mas o setor público regula essa atividade, intervindo 
para proteger os trabalhadores e redistribuir a renda. É a chamada economia mista. 
 
AA eemmpprreessaa ee ooss ffaattoorreess ddee pprroodduuççããoo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPOSIÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO: 
 
No sistema econômico de uma nação, encontramos um grande diversificado número de 
unidades produtoras, cada qual organizando os fatores de produção para a obtenção de um 
determinado produto ou para a prestação de um serviço. Entretanto, apesar da diversidade de 
objetivos das inúmeras unidades produtoras, podemos classificá-las de acordo com as 
características fundamentais de sua produção. 
 
FFaammíílliiaass 
Mercado de Bens 
de Serviços 
 
Mercado de Fatores 
EEmmpprreessaass 
PPrreeççooss ddooss BBeennss ee SSeerrvviiççooss 
(trigo, automóveis, viagens etc.) 
 
PPrreeççooss ddooss FFaattoorreess 
salário, preço da terra, 
tipo de interesses 
Demanda 
do 
Consumidor 
Oferta de 
Fatores 
Demanda 
Derivada 
Ofertas 
da 
Empresa 
 
 
 
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Utilizando esse critério, veremos que as unidades produtoras podem ser agrupadas em três 
setores básicos, que compõe o sistema econômico: 
 
 Setor primário: constituído pelas unidades produtoras que utilizam intensamente os 
recursos naturais e não introduzem transformações substanciais em seus produtos. 
 
 Setor secundário: constituído pelas unidades produtoras dedicadas às atividades 
industriais, através das quais os bens são transformados. Caracteriza-se pela intensa 
utilização do fator de produção capital, sob a forma de máquinas e equipamentos. 
 
 Setor terciário: esse setor se diferencia dos outros pelo fato de seu produto não ser 
tangível, concreto, embora seja de grande importância no sistema econômico. 
 
Poderemos ter ideia do grau de desenvolvimento de um país se observarmos a importância 
relativa dos três setores em seu sistema econômico. Uma economia em que o setor primário 
tem maior peso revela quase sempre, um nível de desenvolvimento não satisfatório, enquanto 
aquelas em que o setor secundário é preponderante apresentam maior grau de 
desenvolvimento. 
 
OS FLUXOS DO SISTEMA ECONÔMICO: 
 
Durante o processo de produção, em que são obtidos bens e serviços, as unidades produtoras 
remuneram os fatores de produção por elas empregados: pagam salários aos seus 
trabalhadores, aluguel pelas instalações que ocupam, juros pelos financiamentos obtidos e 
distribuem lucros aos seus proprietários. Essa remuneração é recebida pelos proprietários dos 
fatores de produção e permite-lhes adquirir os bens e os serviços de que necessitam. 
 
Este é o aspecto fundamental do sistema econômico, e que garante sua eficiência: as unidades 
produtoras, ao mesmo tempo em que produzem bens e serviços, remuneram os fatores de 
produção por elas empregados, permitindo que as pessoas adquiram bens e serviços 
produzidos por todas as outras unidades produtoras. 
 
Uma pessoa que trabalha numa fábrica de roupas, por exemplo, não vai adquirir apenas o 
produto de seu trabalho (as roupas) com o salário que recebe. Precisa também, comprar 
alimentos, alugar ou comprar uma casa, tomar condução etc. 
 
É através da remuneração de sua força trabalho (fator de produção que concorreu para a 
produção das roupas) que ela poderá adquirir as coisas de que necessita para viver. 
 
 
 
 
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Pode-se dizer, portanto, que num sistema econômico existem dois fluxos. O fluxo Real e o 
Nominal. 
 
 O fluxo real é formado pelos bense serviços produzidos no sistema econômico, que 
também recebe o nome de produto. 
 
 O fluxo nominal ou monetário é formado pelo pagamento que os fatores de produção 
recebem durante o processo produtivo, também denominado renda 
 
Esses dois fluxos dois fluxos tem um significado muito importante para a teoria econômica. O 
fluxo real, formado pelos bens e serviços produzidos, constitui a oferta da economia, ou seja, 
tudo aquilo que foi produzido e está à disposição dos consumidores. 
 
O fluxo monetário, formado pelo total da remuneração dos fatores produtivos, é a demanda 
ou a procura da economia, ou seja, aquilo que as pessoas procuram para satisfazer suas 
necessidades e desejos. 
 
A oferta e a procura são as duas funções mais importantes de um sistema econômico. Essas 
duas funções formam o mercado onde as pessoas que querem vender se encontram com as 
pessoas que querem comprar. 
 
É importante observar que o termo Mercado, na Teoria Econômica, não significa apenas o 
lugar físico onde as pessoas estão localizadas, como uma feira livre, por exemplo. Seu 
significado é muito mais amplo. 
 
O termo mercado se refere a todas as compras e vendas realizadas no sistema econômico, 
tanto de bens de consumo, intermediários e de capital como de serviços. 
 
Em suma, sintetiza a essência do sistema econômico, em que as necessidades são satisfeitas 
através da venda e da compra de mercadorias e serviços. 
 
 
A CIRCULAÇÃO NO SISTEMA ECONÔMICO 
 
É importante observar que, na realidade, os fluxos monetário e real estão, ao mesmo tempo, 
tanto com as famílias e empresários como no mercado, não sendo necessário haver uma volta 
completa para que os mesmo se reiniciem. 
 
 
 
 
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Portanto, cumpre destacar o caráter dinâmico do sistema econômico, em que todos os agentes 
econômicos exercem seu papel ininterruptamente. 
 
Essa movimentação dos fluxos é o processo de circulação do sistema econômico, que é 
importantíssimo para que o sistema econômico cumpra o seu papel, produzindo bens e 
serviços e fazendo-os chegar às pessoas para satisfazer suas necessidades. 
 
ESTRUTURA DE MERCADO 
 
Na estrutura de mercado clássica, podemos distinguir dois casos extremos: O monopólio e a 
concorrência-perfeita. A seguir vamos analisar estas duas e mais outras que são de grande 
importância para o mercado. No quadro abaixo temos uma síntese das estruturas de mercado. 
 
NÚMERO DE 
VENDEDORES 
NÚMERO DE COMPRADORES 
 Um Pequeno Grande 
 Produto homogêneo Produto diferenciado 
Um Monopólio 
Bilateral 
Quase 
monopólio 
Monopólio ------------------------ 
Pequeno Quase 
Monopsônio 
Oligopólio 
 
Bilateral 
Oligopólio 
 Puro Oligopólio Diferenciado 
Grande Monopsônio Oligopsônio Concorrência Perfeita Concorrência 
Monopolística 
 
 Concorrência Perfeita: É uma situação de mercado na qual o número de compradores 
e vendedores é tão grande que nenhum deles, agindo individualmente, consegue 
afetar os preços. Além disso, os produtos de todas as empresas no mercado são 
homogêneos; ex.: Alguns produtos agrícolas. 
 
 Monopólio: 
 É uma situação de mercado em que uma única firma vende um produto que não tenha 
substitutos próximos; ex.: Serviços Telefônicos e Petróleo no Brasil. 
 
 Concorrência Monopolística: 
 É uma situação de mercado na qual existem muitas empresas vendendo produtos 
diferenciados que sejam substitutos próximos entre si; ex.: Fabricantes de cigarros; 
sabonetes, creme dental, etc. 
 
 Oligopólio: É uma situação de mercado em que um pequeno número de empresas 
domina o mercado, controlando a oferta de um produto que pode ser homogêneo ou 
 
 
 
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diferenciado; ex.: homogêneo: indústrias de cimento, alumínio, aço, produtos químicos, 
 fertilizantes, etc.; diferenciado: indústrias de automóveis, eletrodomésticos, bebidas, 
 computadores, etc. 
 
 Monopsônio: É o regime ou estrutura de mercado em que um único comprador 
concentra em suas mãos a totalidade de compra dos fatores de produção, não 
obstante ele se defronte com grande número de vendedores ou ofertantes de tais 
fatores, ou seja, é o mercado onde há somente um comprador para os meios de 
produção. 
 
 Oligopsônio: Em economia, oligopsônio é uma forma de mercado com poucos 
compradores, chamados de oligopsonistas, e inúmeros vendedores. É um tipo 
de competição imperfeita, inverso ao caso do oligopólio, onde existem apenas alguns 
vendedores e vários compradores. 
 
 Monopólio bilateral: Um monopólio bilateral é um mercado em onde coabitam um 
monopólio de oferta e um de demanda, e em onde tanto o vendedor como o comprador 
podem influir nos preços. Isto é, existe ao mesmo tempo por parte dos vendedores 
um monopólio ou oligopolio e por parte dos compradores 
um monopsonio ou oligopsonio. São bastantes frequentes pois representam o 
intercâmbio de bens não comuns, como por exemplo a indústria de peças 
especializadas. 
 
CONCENTRAÇÃO ECONÔMICA NO BRASIL 
 
O que é concentração econômica? O conceito de consolidação empresarial teve início no 
Ocidente, no início do séc. XVII, na época da dominação colonial do império britânico. A coroa 
inglesa incentivou a formação de um empreendimento que consolidasse fatores financeiros, 
habilidade mercantil, transporte marítimo e transformação industrial das riquezas naturais das 
colônias. 
 
Surgiu então a primeira empresa holding do Ocidente, a “East India Trade Company”, em 1604, 
que operou até o começo do século XIX, dominando o comércio entre as ilhas britânicas e 
parte do continente asiático. 
 
Desde o fim do século XIX, a disputa entre as empresa tomou a forma de guerra entre Estados. 
Cada governo passou a aplicar barreiras tarifárias para proteger “suas empresas” contra as 
estrangeiras. Dentro de cada país eram promovidos acordos de cartéis, pelos quais várias 
empresas fixavam preços e dividiam mercados, com a cumplicidade do próprio governo. 
 
 
 
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Cada país passou a cobiçar colônias, para dar às “suas empresas” acesso privilegiado a 
matérias-primas e a um mercado consumidor maior. 
 
Em 1937, foi introduzido no Congresso norte-americano um anteprojeto de lei para controlar a 
formação de trustes e conglomerados monopolísticos, que com seu poder econômico poderiam 
eventualmente estrangular o livre desenvolvimento de empresas da iniciativa privada nos 
Estados Unidos. Hoje ainda existe um controle minucioso das fusões de empresas. 
 
Em alguns setores, já se permite que as companhias engulam concorrentes até se tornarem 
gigantescas. Nesses setores, como o das telecomunicações e o do entretenimento, chegou-se 
à conclusão de que companhias enormes podem trabalhar com mais eficiência. Em outros 
setores, como o das autopeças, a lei é mais conservadora. A Federal Trade Comission (FTC) é 
a instituição que zela pelo bom comportamento das companhias no mercado americano. 
 
A grande empresa americana cresceu em regime de competição total, quase selvagem, e 
pouca ou nenhuma proteção do Estado. Nos EUA, a extensão territorial levou ao 
desenvolvimento de uma nova estrutura gerencial, que permite vencer grandes distâncias, sem 
prejuízo da flexibilidade tática regional. 
 
A empresa surgida a partir daí, com comando estratégico centralizado e uma estrutura 
multidivisional, conferindo liberdade tática a cada divisão, - as subsidiárias espalhadas pelo 
mundo como extensão natural do mercado norte-americano- era a multinacional típica do inicio 
do século até o final dos anos 60. Atualmente, oportunidades e pressões para o crescimento de 
empreendimentos, combinadas com o alto custo de capital de terceiros, substituem a política 
de controle absoluto ou de estabelecimento de subsidiárias ou filiais pelas técnicas de fusão, 
participação acionária e joint ventures. 
 
 
FORMAS DE CONCENTRAÇÃO ECONÔMICA 
 
Além das citadas anteriormente possuímos também: 
 
TRUSTES: É uma das formas mais agressivas de controle oligopolísticos de mercado. 
Consiste num acordo entre diversas empresas que passam a ser administradas por uma nova 
empresa ou grupo financeiro diferente de qualquer uma delas. Esta nova empresa passa a ter 
controle absoluto sobre as empresas anteriores, que perdem sua independência e parte de sua 
autonomia administrativa. 
 
 
 
 
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 Dessa forma, o truste passa a ser o único produtor e vendedor de um determinado bem no 
mercado, eliminando progressivamente os demais concorrentes, absorvendo-os ou 
incorporando-os e, assim, controlando totalmente o preço do bem ou bens que produz. 
 
 
CARTEL: É uma forma de associação monopolista. Ao contrário do truste, que representa uma 
forma de concentração vertical, o Cartel é uma concentração horizontal. Nele as diversas 
empresas produtoras de um mesmo ramo fazem um acordo, sem perderem sua autonomia de 
operação e administração. 
 
Cada uma das empresas continua fabricando o produto, mas passa a seguir uma única 
orientação no que diz respeito a política de preços, características e qualidades do produto, 
bem como do seu volume de produção. 
 
As empresas reunidas no cartel, não fazem concorrência entre si, pois lançam produtos com as 
mesmas características, com os mesmos preços e idênticas taxas de lucros, concorrendo, 
assim, com grande vantagem com as empresas fora do cartel, chegando mesmo a impedir a 
entrada de novos produtores no mercado. 
 
HOLDING COMPANY: É uma forma de domínio de mercado que se dá através da posse de 
ações, portanto nas sociedades anônimas. Ocorre quando uma empresa adquire a maioria das 
ações de diversas empresas produtoras de uma mesma área de produção, ou mesmo de 
outras áreas, obtendo o controle acionário sobre cada uma dessas empresas. 
 
 Embora a empresa que funciona como Holding não se identifique com nenhuma daquelas 
que de que detém as ações, as empresas controladas não podem assumir qualquer atitude 
industrial ou comercial que vá contra os interesses da Holding que as controla. 
 
 A holding pode ser definida como uma empresa que opera em vários setores da economia. 
Um exemplo de holding são os zaibatsu japoneses. O zaibatsu do conde Mitsui Bussam 
Kaisha, por exemplo, controlava um império econômico: finanças, seguros , atacado e varejo, 
construção civil, indústrias de mineração, alimentícia, têxtil, química, de papel, de vidro, 
automobilística, ótica e negócios imobiliários. 
 
Como se pode ver, tal gênero de agrupamento não passa de uma forma de Truste, uma vez 
que se trata de uma empresa que controla outras diretamente. 
 
 
 
 
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DUMPING: É um sistema econômico no qual os preços dos produtos são mais altos no 
mercado do país produtor que nos mercados externos, onde são vendidos pelo custo ou com 
prejuízo. 
 
É uma política adotada pelos grandes trustes internacionais, para conquista de mercados 
estrangeiros, vendendo seus produtos, muitas vezes abaixo do custo, compensando tal perda, 
nos preços do mercado interno. 
 
JOINT VENTURE: Pode ser definida como uma fusão de interesses entre uma empresa com 
um grupo econômico, pessoas jurídicas ou pessoas físicas que desejam expandir sua base 
econômica com estratégias de expansão e diversificação, com propósito explícito de lucros ou 
benefícios, com duração permanente ou a prazos determinados. 
 
Um modelo típico de joint venture seria a transação entre o proprietário de um terreno de 
excelente localização e uma empresa de construção civil, interessada em levantar um prédio 
sobre o local. Ou ainda, um inventor de um novo processo, produto ou tecnologia associado a 
um capitalista para formar infra-estrutura adequada para a fabricação ou realização da 
tecnologia por meio de joint venture. 
 
Outro exemplo de joint venture seria um fabricante de conservas de alimentos que oferecesse 
uma fusão de interesses para um fazendeiro, que controlasse a matéria-prima em quantidade e 
qualidade adequadas para transformação em alimentos conservados. 
 
Existe ainda uma certa inibição entre executivos perante a fusão empresarial por joint venture, 
em caso de transferência de tecnologia ou qualquer outro ativo intangível que não possui 
proteção legal, patentes e marcas registradas, que poderiam ficar no domínio público, uma vez 
utilizado como aporte de capital para uma transação de joint venture. 
 
PRATICANDO: 
 
1- Defina Sistema Econômico. 
2- Qual a diferença entre organização econômica centralizada e organização econômica 
capitalista? 
3- Quais os problemas mais importantes enfrentados pelo Capitalismo? 
4- Como é composto o Sistema Econômico? Explique-os. 
5- Quais são os fluxos do Sistema Econômico? 
6- Explique a lei da oferta e da procura. 
7- Defina mercado. 
8- Qual a diferença entre Monopólio e Oligopólio? 
9- Concorrência Perfeita é? 
 
 
 
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10- Qual a diferença entre Monopsônio e Oligopsônio? 
11- Quais são as formas de concentração econômica? Cite exemplos de cada forma e os 
apresente em sala de aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MICRO E MACROECONOMIA 
 
A Microeconomia é um ramo da Economia que estuda o comportamento dos agentes 
econômicos (consumidores, empresários, trabalhadores e governo) e se preocupa em 
desvendar como tais agentes tomam suas decisões e quais as repercussões dessas decisões 
entre eles e no restante da sociedade. A Microeconomia, por exemplo, esclarece como os 
consumidores fazem suas escolhas de compra, ou como as empresas decidem produzir, e de 
que forma as decisões influenciam na formação dos preços no mercado. 
 
O mercado é, quase sempre, o objeto de estudo da Microeconomia, principalmente, no que diz 
respeito à forma como os agentes econômicos interagem formando alianças ou como os 
preços se formam. A Microeconomia nos ajuda a entender as diferenças entre os diversos 
mercados existentes, suas características e como os concorrentes interferem nas estratégias e 
decisões um dos outros. 
 
A Macroeconomia estuda os chamados agregados da economia. Tais variáveis, objeto das 
principais questões relacionadas a esse campo da Ciência Econômica, são frequentemente 
encontrados na mídia, seja em jornais, revistas e telejornais, através das matérias realizadas 
por jornalistas e comentaristas econômicos. 
 
As análises e notícias que aparecem na mídia, pela sua frequência e importância, fazem parte 
de nosso cotidiano. Assim, as pessoas e as empresas, que sabem que são afetadas pelas 
variáveis, se interessam e realizam suas próprias avaliações sobre os cenários 
macroeconômicos e suas realidades podem ser influenciadas pelas variáveis. 
 
A Macroeconomia é o ramo da economia especializado na análise das variáveis agregadas: 
produção nacional total,renda, desemprego, balança de pagamentos e taxa de inflação. A 
diferença principal com a microeconomia é que esta estuda a composição da produção e os 
determinantes da oferta e da procura de bens e serviços, como se inter-relacionam nos 
mercados e como são determinados seus preços relativos. 
 
O Produto nacional bruto (PNB) mede em termos monetários o que se produz em um país, a 
produção final, que corresponde, por definição, à demanda final. O PNB potencial, em 
determinado momento, depende da quantidade de fatores da produção disponível — trabalho e 
capital — e da tecnologia. Esses três elementos mudam com o tempo, e a teoria do 
crescimento analisa sua modificação em longo prazo. 
 
 
 
 
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A teoria macroeconômica estuda as causas e as consequências do desemprego. 
 
Também ressalta a importância das variações do nível de produção e emprego, como 
movimentos equilibradores que permitiriam igualar o investimento e a reserva, determinando-se 
assim o nível de equilíbrio da renda nacional total e da produção nacional. 
 
Realiza a análise dos determinantes de elementos chave da demanda final, ao desenvolver a 
teoria da demanda agregada de consumo e suas relações com os níveis da receita, assim 
como sua dependência dos tipos de interesses existentes. 
 
Portanto, a teoria monetária é uma parte essencial da teoria macroeconômica, uma variável 
monetária cuja função principal, em um mundo de incertezas, limita-se a equilibrar a oferta e a 
demanda de dinheiro, e não a equilibrar o investimento e a poupança planejados. 
 
A teoria monetária também está relacionada com outro elemento chave da macroeconomia: a 
inflação. 
 
Para completar o estudo dos principais componentes da demanda agregada, devem ser 
considerados os fatores de equilíbrio externo, ou seja, o saldo entre exportações e importações 
e os seus determinantes, sobretudo os tipos de câmbio. 
 
Os principais agregados econômicos são, a saber: 
 
 Valor Bruto de Produção (VBP): Expressão monetária da soma de todos os bens e 
serviços produzidos em determinado território econômico, num dado período de tempo. 
Incorre no chamado erro de "dupla contagem", pois soma os produtos finais com os 
insumos usados em sua elaboração. 
 
 Valor Agregado Bruto (VAB): É o valor da "produção sem duplicações". Obtém-se 
descontando do VBP o valor dos insumos utilizados no processo de produtivo. 
 
 Produto Bruto (PB): Produção de bens e serviços finais realizados pela economia, 
durante um período de tempo. 
 
 Renda Bruta (RB): Somatório das remunerações brutas dos fatores de produção 
empregados na economia, durante um período de tempo. 
 
 
 
 
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 Produto Interno Bruto (PIB): Expressão monetária dos bens e serviços finais produzidos 
dentro dos limites territoriais econômicos, independentemente da origem dos fatores de 
produção. 
 
 Produto Nacional Bruto (PNB): Expressão monetária dos bens e serviços produzidos por 
fatores de produção nacionais, independentemente do território econômico. 
 
 Renda Nacional (RN): É a renda líquida gerada no período, e que se dirige aos 
proprietários nacionais de fatores de produção. 
 
PIB ou PNB? 
 
Uma das confusões em torno do PIB é a que mistura taxas trimestrais de crescimento, 
divulgadas periodicamente pelo IBGE com taxas anuais. A taxa trimestral mede o crescimento 
do PIB num trimestre em relação ao trimestre anterior e se constitui na medida mais 
aproximada de velocidade corrente de crescimento do PIB. Essa taxa é anualizada, ou seja, 
indica o quanto o PIB cresceria no ano todo se sua velocidade de expansão continuasse a 
mesma. 
 
Para se evitar confusões no tratamento das variações do PIB deve-se sempre tomar a base 
inicial da medida como 100, e aplicar sobre ela os índices de crescimento divulgados. Isso 
permite visualizar corretamente o fenômeno em curso. 
 
Outras confusões se dão entre os conceitos de Produto Interno Bruto -PIB e Produto Nacional 
Bruto- PNB. Nos Estados Unidos, o conceito preferido é o de PNB, e por isso ele aparece nos 
principais livros de macroeconomia. Na Grã Bretanha e no Brasil, é mais usado o PIB. 
 
Qual a diferença entre os dois conceitos? O PIB é o valor de toda a produção de bens e 
serviços ocorrida dentro das fronteiras do país, sem considerar a nacionalidade dos que se 
apropriaram dessas rendas, sem descontar rendas eventualmente enviadas ao exterior e sem 
considerar as recebidas do exterior, daí o qualificativo de "interno." 
 
O PNB considera as rendas recebidas do exterior por nacionais do país e desconta as que 
foram apropriadas por nacionais de outros países, daí o qualificativo "nacional." 
 
No caso do Brasil, o PNB é menor do que o PIB porque uma parcela da ordem de 3 por cento 
do PIB brasileiro não é usufruída por brasileiros e sim enviada ao exterior na forma de lucros, 
dividendos e juros do capital estrangeiro. Assim, a renda interna bruta é de fato menor do que 
PIB. 
 
 
 
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Nos Estados Unidos, ao contrário, o PNB é maior do que PIB porque as rendas obtidas pelas 
empresas americanas no exterior e enviadas aos Estados Unidos na forma de remessa de 
lucros e dividendos, são consideradas parte do PNB americano. 
 
Portanto: O PIB, descontado dessa renda enviada ao exterior, ou somado à renda recebida do 
exterior é chamado PNB. O conceito de PNB, por esse motivo, está mais próximo ao conceito 
de Renda Nacional. O Produto Nacional Bruto, descontadas as perdas por depreciação, é 
exatamente igual à Renda Nacional Líquida. Assim: 
 
PIB - Renda enviada ao exterior + Renda recebida do exterior = PNB - Depreciação 
 
= Produto Nacional Líquido = Renda Nacional Liquida. 
 
Renda Nacional Líquida/População = renda per capita. 
 
RENDA E PRODUTO 
 
A atividade econômica pode ser medida através de dois parâmetros: a renda e o produto. 
 
A renda de uma economia é a soma da remuneração paga aos fatores de produção durante o 
processo produtivo. Assim para se obter a renda de um país num determinado período soma-
se os salários, aluguéis, juros e lucros, que são os pagamentos feitos aos fatores produtivos 
durante o período considerado. 
 
O produto de uma economia é a soma dos valores monetários dos bens e dos serviços 
voltados para o consumo final e produzidos em um determinado período de tempo. 
 
Assim ao se medir a atividade econômica a partir da ótica do produto, considera-se o preço e a 
quantidade produzida dos bens e dos serviços. mas apenas daqueles voltados para o consumo 
final. 
 
Num automóvel, por exemplo, são empregados inúmeros bens e serviços, como chapas de 
aço, pneus, serviços de pintura etc. entretanto, eles não são computados no cálculo do produto 
da economia, pois são bens e serviços intermediários. Apenas o número de automóveis 
produzidos multiplicado pelo seu preço é que vai entrar nesse cálculo, para evitar o problema 
da dupla contagem, pois o preço dos bens e serviços intermediários já está incluído no preço 
final do automóvel. 
 
 
 
 
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Com esse exemplo simples, podemos demonstrar que o produto de uma economia – o valor 
monetário dos bens e serviços produzidos – é igual à remuneração dos fatores de produção, 
ou seja, a renda. 
 
 
 
 
 
 
 
 PRODUTO RENDA 
Alimentos Salário 
Vestuário Aluguéis 
Habitação Juros 
Educação Lucros 
Transportes 
 
10 bilhões 10 bilhõesPortanto, daqui por diante, podemos empregar os dois termos (produto ou renda) para 
designar o resultado de uma atividade econômica de uma sociedade. 
 
A DISTRIBUIÇÃO DE RENDA 
 
O sistema econômico, como foi visto, produz os bens e os serviços que irão satisfazer as 
necessidades das pessoas. Para que isso ocorra, essas pessoas precisam ter acesso ao 
produto ou à renda, que é a mesma coisa. 
 
Portanto, a renda precisa ser distribuída entre as pessoas, e o processo pelo qual isso é feito é 
chamado de distribuição de renda. Entretanto a distribuição de renda envolve muitos 
problemas, como veremos a seguir. 
 
Os fatores de produção que compõem o sistema econômico de um país estão dispersos pela 
sua superfície geográfica, e essa dispersão não se dá necessariamente de forma homogênea. 
Com isso, queremos dizer que os fatores de produção podem estar mais concentrados em uma 
ou mais regiões de um país, enquanto em outras regiões há escassez desses fatores. 
 
Essa observação se aplica a todos os fatores de produção. Os recursos naturais, como terra 
em boas condições de ser cultivada, por exemplo, não são encontrados com a mesma 
 
 
 
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facilidade em todos os recantos de um país. O mesmo pode ser dito a respeito do trabalho e do 
capital. A população não está distribuída de maneira uniforme pelo território de um país. Assim 
há regiões mais densamente povoadas e outras que carecem de habitantes. 
 
Como a renda é a remuneração dos fatores de produção e esses fatores estão concentrados 
em algumas regiões, a renda também estará concentrada nessas regiões. 
 
Aspectos de distribuição de renda 
 
 Distribuição de inter-regional renda: Esse é o primeiro aspecto a ser considerado 
quando se trata da distribuição da renda, pois ela não está distribuída igualmente entre as 
regiões do país, mas se concentra naquelas onde se situa a maior parte dos fatores de 
produção. 
 
 Distribuição funcional de renda: Esse aspecto verifica como a renda é distribuída entre 
os fatores de produção capital e trabalho. O fator de produção recursos naturais é 
excluída, dadas as dificuldades em se estabelecer sua remuneração. 
 
 A renda per capita: É o padrão de distribuição da renda entre as pessoas, que é o 
resultado da divisão da renda nacional do país, num determinado ano, pelo número de 
habitantes do país, naquele mesmo ano. 
 
Ela é um indicador de quanto caberia a cada pessoa do total da renda gerada pelo sistema 
econômico num período de tempo. 
 
Como a renda é igual ao produto, a renda per capita significa a quantidade de bens e de 
serviços produzidos num período de tempo que caberia a cada pessoa, se essa renda fosse 
distribuída igualmente entre os habitantes do país. 
 
A CONTABILIDADE NACIONAL 
 
Contabilidade nacional é a técnica que tem como objetivo principal representar e quantificar a 
atividade econômica de um país, durante determinado período de tempo. Ela se insere na 
moderna macroeconomia, que nos fornece os meios para a análise do conjunto da economia 
de uma sociedade. 
 
A contabilidade Nacional mede a atividade econômica a partir de sua expressão mais genérica 
– o produto da economia –, para, em seguida, e a partir dele, introduzir novos conceitos e 
assim se observar a atividade econômica. 
 
 
 
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Esses conceitos são chamados de agregados e recebem essa denominação pelo fato de não 
serem simplesmente uma soma de parcelas que se expressam da mesma forma e na mesma 
unidade de medida, mas sim uma soma de coisas diferentes (bens e serviços) cujo volume 
físico é expresso nas mais diferentes unidades de medida. 
 
No entanto esses bens e serviços podem ser adicionados quando são traduzidos numa mesma 
unidade comum de medida, ou seja, a moeda. 
 
PRATICANDO: 
 
1- Defina Microeconomia. 
2- Defina Macroeconomia. 
3- Quais os principais agregados econômicos? 
4- Qual a diferença entre PIB e PNB? Por que no Brasil usa-se o PIB e não o PNB como 
nos Estados Unidos? 
5- Defina renda. 
6- Defina produto. 
7- Qual o conceito de distribuição de renda? 
8- O que se entende por renda per capita? 
9- Para que serve a Contabilidade Nacional? 
10- Faça uma análise sobre como é a distribuição de renda em sua região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O SISTEMA MONETÁRIO 
 
 Conjunto de regras estabelecidas pelos países ricos e acatadas pelos demais para controlar 
as atividades financeiras em nível internacional. Organizado a partir da Conferência de Bretton 
Woods, EUA (1944), indica o dólar, moeda dos EUA, e a libra esterlina, do Reino Unido, como 
padrões de conversão e moedas de reserva. 
 
O valor delas é vinculado ao do estoque de ouro daqueles países e é convertido em taxas 
fixadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Na prática, o dólar transforma-se na única 
moeda internacional. 
 
Alguns países, como a França, entendem que o dólar não é forte o suficiente para ser moeda 
de reserva e defende a criação de uma moeda internacional, ideia sustentada pelo economista 
John Maynard Keynes. 
 
 
A MOEDA 
 
Unidade de valor padrão utilizada como instrumento de troca por uma comunidade. É o meio 
pelo qual os preços são expressos, as dívidas liquidadas, as mercadorias e serviços pagos e a 
poupança efetuada. A moeda corrente é o dinheiro oficial de um país para todos os tipos de 
transações. Como o controle da moeda é vital não apenas para o equilíbrio da economia de um 
país, mas também para as relações comerciais entre nações, é criado um sistema monetário 
internacional. 
 
ORIGEM: 
 
Na Antiguidade, as mercadorias produzidas numa comunidade serviam como meio de 
pagamento para suas transações comerciais. Destacava-se sempre uma entre as demais. 
Como moedas já circularam: peles, fumo, óleo de oliva, sal, mandíbulas de porco, conchas, 
gado e até crânios humanos. O ouro e a prata ganham rapidamente preferência devido à 
beleza, durabilidade, raridade e imunidade à corrosão. 
 
Os primeiros registros do uso de moedas metálicas datam do século VII a. C., quando eram 
cunhadas na Lídia, reino da Ásia Menor e também na região do Peloponeso, ao sul da Grécia. 
O papel-moeda (as notas) surge no século IX na China. A Suécia é o primeiro país europeu a 
adotá-lo, no século XVII. 
 
 
 
 
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Fácil de transportar e de manusear, o seu uso difunde-se com rapidez. Até então, a quantidade 
de moedas correspondia ao volume de ouro ou prata disponível para cunhagem. O papel-
moeda, por não ser feito de metal, permite o aumento arbitrário da quantidade de dinheiro. 
 
Para combater o desvio, institui-se o padrão ouro, em que o volume de dinheiro em circulação 
deve ser igual ao valor das reservas de ouro de um país depositado nos bancos. Mesmo 
assim, tornou-se comum a emissão de notas em quantidades desproporcionais às reservas e 
que não tinham, em consequência, o valor declarado. 
 
Tal prática leva à desvalorização da moeda, cuja credibilidade depende da estabilidade da 
economia nacional e da confiança junto aos órgãos internacionais. Hoje, as moedas são feitas 
de níquel e alumínio e o seu valor nominal é maior que o de fato. 
 
TIPOS DE MOEDA 
 
 Moeda metálica: Moeda cunhada em metal precioso que trazia impresso o seu peso. 
Atualmente, são cunhadas em metal não precioso, trazendo impresso o seu valor. 
 Papel-moeda: Surgiu com a emissão de recibospelos cunhadores, e assegurava ao seu 
portador certa quantidade de ouro expressa no documento. Atualmente, é a moeda emitida 
pelos bancos centrais de cada país. 
 Moeda escritural: Criada pelo sistema bancário, ao emprestar ou aplicar uma quantidade 
de moeda superior à que era originalmente introduzida no sistema bancário como depósito 
em um dos bancos componentes do sistema. 
 Moeda fiduciária: Emitida pelos bancos centrais de cada país, tendo curso obrigatório por 
lei. 
 
AS FUNÇÕES DA MOEDA 
 
A fim de cumprir de forma conveniente o seu papel no sistema econômico, a moeda deve 
desempenhar algumas funções, decorrentes de sua própria necessidade numa economia, que 
estão abaixo citadas: 
 
 Meio de instrumento de troca: Serve para facilitar as trocas de bens e serviços numa 
economia. 
 Reserva de valor: Um indivíduo ao possuir certa quantia em dinheiro, e não quer trocá-la 
imediatamente por mercadorias precisa estar seguro de que esse dinheiro, ao ser gasto no 
futuro, terá o mesmo valor em termos da possibilidade de aquisição de bens e serviços. 
 Unidade de conta: Refere-se a necessidade das pessoas e das empresas de registrarem 
suas operações e transações econômicas em uma medida de que seja comum a todos os 
bens e serviços. 
 
 
 
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 Padrão para pagamentos diferidos: Está relacionada com fatos que se realizarão no 
futuro, pois está associado à segurança de se receber um valor em moeda e esta não ter 
perdido o seu valor. 
 
POLÍTICA MONETÁRIA 
 
A Política Monetária representa a atuação das autoridades monetárias, por meio de 
instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósito de se controlar a liquidez global do 
sistema econômico. 
 
a) Política Monetária Restritiva: engloba um conjunto de medidas que tendem a reduzir o 
crescimento da quantidade de moeda, e a encarecer os empréstimos. 
 
Instrumentos: 
 
 Recolhimento compulsório: consiste na custódia, pelo Banco Central, de parcela dos 
depósitos recebidos do público pelos bancos comerciais. Esse instrumento é ativo, pois atua 
diretamente sobre o nível de reservas bancárias, reduzindo o efeito multiplicador e, 
consequentemente, a liquidez da economia. 
 
 Assistência Financeira de liquidez: o Banco Central empresta dinheiro aos bancos 
comerciais, sob determinado prazo e taxa de pagamento. Quando esse prazo é reduzido e a 
taxa de juros do empréstimo é aumentada, a taxa de juros da própria economia aumenta, 
causando uma diminuição na liquidez. 
 
 Venda de Títulos públicos: quando o Banco Central vende títulos públicos ele retira 
moeda da economia, que é trocada pelos títulos. Desta forma há uma contração dos meios de 
pagamento e da liquidez da economia. 
 
b) Política Monetária Expansiva: é formada por medidas que tendem a acelerar a 
quantidade de moeda e a baratear os empréstimos (baixar as taxas de juros). Incidirá 
positivamente sobre a demanda agregada. 
 
Instrumentos: 
 
 Diminuição do recolhimento compulsório: o Banco Central diminui os valores que toma 
em custódia dos bancos comerciais, possibilitando um aumento do efeito multiplicador, e da 
liquidez da economia como um todo. 
 
 
 
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 Assistência Financeira de Liquidez: o Banco Central, ao emprestar dinheiro aos bancos 
comerciais, aumenta o prazo do pagamento e diminui a taxa de juros. Essas medidas ajudam a 
diminuir a taxa de juros da economia, e a aumentar a liquidez. 
 
 Compra de títulos públicos: quando o Banco Central compra títulos públicos há uma 
expansão dos meios de pagamento, que é a moeda dada em troca dos títulos. Com isso, 
ocorre uma redução na taxa de juros e um aumento da liquidez. 
 
 Moedas de valor estável no mercado internacional de câmbio são consideradas fortes e 
traduzem a posição comercial de um país. 
 
A mais forte do mundo é o dólar norte-americano, adotado como unidade monetária dos EUA 
em 1785. Também são fortes: o marco alemão, criado em 1500; a libra esterlina, em 1489; o 
franco francês, em 1360; e o iene japonês, adotado em 1871. 
 
Moedas fracas possuem, ao contrário, valor de troca instável e espelham economias 
desequilibradas. O Brasil acumula oito alterações monetárias no período republicano: réis, 
cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, cruzado novo, cruzeiro e cruzeiro real tiveram seu valor 
arrasado pela inflação. 
 
O real, criado em 1994, apresenta, em 1995, atributos de moeda forte, pela sua pequena 
variação, mantendo o poder de compra estável. Mas a avaliação do comportamento de uma 
moeda só é válido quando feito por longos períodos. 
 
PRATICANDO: 
 
1- Defina Sistema Monetário. 
2- Qual o conceito de moeda. 
3- Qual o conceito de moeda corrente? 
4- Quais eram os tipos de moeda na antiguidade? 
5- Quando surgiu e porque o papel moeda foi tão facilmente aderido? 
6- O que significa padrão ouro? 
7- Quais são os tipos de moeda existentes atualmente? 
8- Quais são as funções da moeda? 
9- Como é dividida a política monetária? 
10- Qual é a moeda mais forte do mundo? 
11- Quais foram as alterações monetárias sofridas pelo Brasil e qual foi o motivo de tais 
alterações? 
12- Elabore uma pesquisa com as principais moedas do mundo e discuta em sala de aula 
a posição dos Estados Unidos na economia ultimamente. 
 
 
 
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O SISTEMA FINANCEIRO 
 
É o responsável pela intermediação da moeda entre os agentes econômicos, pois facilita a 
circulação da moeda pelo sistema econômico. 
 
O Sistema Financeiro é o conjunto de instituições privadas e públicas que transferem recursos 
dos agentes superavitários para os deficitários. 
 
Ele é formado pelos bancos comerciais, pelos bancos de investimento, pelas sociedades de 
crédito, financiamento e investimento e pelas bolsas de valores. 
 
Essas entidades captam recursos junto aos agentes superavitários, como o caso dos depósitos 
à vista nos bancos comerciais, e os repassam aos agentes deficitários sob a forma de 
empréstimos, por exemplo. 
 
A remuneração do sistema financeiro corresponde à diferença entre a taxa de juros paga aos 
poupadores e a taxa de juros cobrada dos tomadores de empréstimos. Essa diferença é 
denominada pelo termo inglês spread. 
 
Naturalmente, o spread é positivo, pois a taxa de juros cobrada é sempre maior do que a paga 
pelo sistema financeiro. 
 
COMPOSIÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
 
A composição do Sistema Financeiro Nacional está demonstrada no quadro abaixo conforme 
informações obtidas junto ao Banco Central do Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Instituições 
Financeiras 
Captadoras 
de 
Depósitos a 
Vista 
Bancos Comerciais 
 
Bancos Múltiplos 
Caixa Econômica Federal 
Cooperativas de Créditos 
Demais 
Instituições 
Financeiras 
Agências de Fomento 
Associações de Poupança e Empréstimo 
Bancos de Câmbio 
Bancos de Desenvolvimento 
Bancos de Investimento 
Banco Nacional de Desenvolvimento
 Econômico e Social 
(BNDES) 
Companhias Hipotecárias

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