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Geografia 2

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CHG  Geografia  
 _________________________________________________________________________________________________________________________ 
 
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ 
SEE-AC  Coordenação de Ensino Médio CHG  Geografia  27 
*MÓDULO 1* 
 
Geologia – Planeta Terra 
 
Movimento e choque 
 
 Os terremotos são consequência direta de um dos 
fenômenos mais antigos da Terra: a lenta movimentação 
das placas tectônicas. Essas imensas camadas sólidas, 
que sustentam o território de países, continentes e 
oceanos, deslizam sobre o magma, o material em estado 
líquido pastoso que compõe o interior do planeta. Como 
uma casca de ovo rachada, as placas formam a Iitosfera, 
parte dura e externa da Terra. Há milhões de anos, as 
placas tectônicas se movem alguns milímetros por ano: 
vão uma contra a outra, distanciam-se ou movem-se lado 
a lado. Esse movimento é a origem de diversos 
fenômenos geológicos, como os terremotos, os vulcões, 
a formação de cadeias de montanhas, como os Andes, e 
até mesmo os tsunamis, as enormes ondas que arrasam 
populações litorâneas. 
 O movimento tectônico faz com que os limites das 
placas se engatem, como botões de uma camisa, o que 
provoca acúmulo de energia. Com o passar de décadas 
e séculos, pedaços das placas não sustentam tanta 
energia acumulada e racham de repente, causando os 
abalos sísmicos. O foco dos tremores ocorre entre 10 e 
800 quilômetros de profundidade, já nas rochas 
superiores do manto terrestre. Os mais rasos costumam 
causar maior impacto na superfície, derrubando edifícios, 
pontes e provocando pânico. As regiões mais vulneráveis 
a terremotos são justamente as que ficam no limite das 
placas, como toda a costa oeste da América e leste da 
Ásia. Grandes tragédias da história foram causadas por 
terremotos no Chile, Equador, Colômbia, na Califórnia 
(EUA), no Japão e na Nova Zelândia. 
 A placa do Pacífico, mais pesada, é forçada a 
mergulhar sob a placa Sul-Americana, que se enruga, 
criando cordilheiras como os Andes. A placa que fica por 
baixo acaba se fundindo ao magma, que pode subir à 
superfície em forma de vulcões. É por isso que as áreas 
ao redor da placa do Pacífico formam o Cinturão de 
Fogo, região que concentra não só terremotos como a 
maioria dos vulcões do planeta, como os do Chile, Peru, 
México, Japão e Filipinas. O mesmo fenômeno que forma 
os Andes na América do Sul cria a fossa das Marianas 
no leste da Ásia. A placa do Pacífico se afunda sobre 
outra placa oceânica, a das Filipinas, formando uma 
região em que o mar ultrapassa 11 quilômetros de 
profundidade. 
________________________________________________ 
*Anotações* 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EDITORA ABRIL 
 
*1* PLACA DA AMÉRICA DO NORTE E DO CARIBE 
Com 70 milhões de quilômetros quadrados, seu 
deslocamento horizontal em relação à placa do Pacífico 
cria uma fronteira turbulenta. Em um dos limites, na 
Califórnia, está a falha de San Andreas, famosa pelos 
terremotos arrasadores. 
 
*2* PLACA EURO-ASIÁTICA OCIDENTAL 
Com 60 milhões de quilômetros quadrados, sustenta a 
Europa, parte da Ásia, do Atlântico Norte e do mar 
Mediterrâneo. 
 
*3* PLACA EURO-ASIÁTICA ORIENTAL 
Em seu movimento para o leste, esse bloco de 40 
milhões de quilômetros quadrados se choca contra a 
placa das Filipinas e com a do Pacífico. 
 
*4* PLACA DAS FILIPINAS 
Essa placa de “apenas” 7 milhões de quilômetros 
quadrados concentra em seus limites quase a metade 
dos vulcões ativos do planeta. 
 
*5* PLACA INDO-AUSTRALIANA 
O bloco de 45 milhões de quilômetros quadrados que 
sustenta a Índia, a Austrália e a Nova Zelândia ruma 
velozmente para o norte. 
 
*6* PLACA DA ANTÁRTIDA 
É o bloco que dá suporte à Antártida e a uma parte do 
Atlântico Sul, em um total de 25 milhões de quilômetros 
quadrados. 
 
*7* PLACA DA ÁFRICA 
No meio do Atlântico, uma falha submersa abre 
caminho para o magma do manto inferior, fazendo com 
que esse bloco se afaste progressivamente da placa 
Sul-Americana e cresça de tamanho. Atualmente, tem 
65 milhões de quilômetros quadrados. 
 
*8* PLACA SUL-AMERICANA 
Como o Brasil está bem no meio desse bloco de 32 
milhões de quilômetros quadrados, sente pouco os 
efeitos de terremotos e vulcões. No centro do 
continente, a placa mede 200 quilômetros de 
espessura. 
 
*9* PLACA DE NAZCA 
A cada ano, essa placa de 10 milhões de quilômetros 
quadrados no leste do oceano Pacífico fica 10 
centímetros menor pelas trombadas com a placa Sul-
Americana. Esta desliza por cima da placa de Nazca, 
colocando vulcões em atividade e elevando mais as 
montanhas dos Andes. 
 
*10* PLACA DO PACÍFICO 
Com cerca de 70 milhões de quilômetros quadrados, 
está em constante renovação na região do Havaí, onde 
o magma sobe e cria ilhas vulcânicas. 
 CHG  Geografia  
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SEE-AC  Coordenação de Ensino Médio CHG  Geografia  28 
 Os terremotos são consequência direta de um dos 
fenômenos mais antigos da Terra: a lenta 
movimentação das placas tectônicas. Há centenas 
de milhões de anos, as placas se aproximam, 
distanciam-se uma da outra ou deslizam lado a lado, 
fazendo com que suas bordas se engatem. Com o 
passar do tempo, pedaços das placas não sustentam 
a energia acumulada e racham de repente, 
provocando os abalos sísmicos. Por isso, as regiões 
mais vulneráveis a terremotos são as que ficam no 
limite das placas, como toda a costa oeste da 
América e leste da Ásia. 
 
 O movimento das placas também cria a maior parte 
dos vulcões. Quando uma placa continental encontra 
uma placa oceânica, como ocorre com a placa Sul- 
-Americana e a do Pacífico, a oceânica é forçada a 
mergulhar sob a primeira. Acaba se fundindo ao 
magma, que pode subir à superfície na forma de 
vulcões. Por isso, as áreas ao redor da placa do 
Pacífico formam o Cinturão de Fogo, região que 
concentra não só terremotos como também a maioria 
dos vulcões do planeta. 
 
 A superfície da Terra, chamada de crosta terrestre 
ou litosfera, é apenas uma fina camada do planeta, 
com cerca de 100 quilômetros. Abaixo dela, há o 
manto terrestre, com quase 3.000 quilômetros de 
espessura,formado por rochas pastosas a uma 
temperatura que vai de 100 ºC a 3.500 ºC. O núcleo 
tem mais 3.000 quilômetros de materiais densos, 
como ferro e níquel, a mais de 4.000 ºC de 
temperatura. 
 
 Até 200 milhões de anos atrás, as placas tectônicas 
formavam um único continente, a Pangeia. Esse 
continente foi se dividindo – ao ritmo de poucos 
centímetros por ano. No decorrer de milhões de 
anos, formou-se o relevo que conhecemos hoje. As 
maiores cordilheiras da Terra, como a dos Andes e a 
do Himalaia, foram formadas pelo choque das placas 
tectônicas. 
 
 Com o passar dos milhões de anos, a ação do Sol, 
da chuva e da água do mar fragmenta e decompõe 
as rochas. Esse processo, chamado de 
intemperismo, dá origem ao solo e à água. 
 
 A erosão faz o material decomposto das rochas 
preencher depressões, que se transformam nas 
bacias sedimentares. O solo dessas bacias se 
formou com o lento e contínuo acúmulo de 
sedimentos de rochas mais antigas e materiais 
orgânicos. 
________________________________________________ 
*Anotações* 
 
 
 
 
 
********** ATIVIDADES 1 ********** 
 
Texto para as questões de 1 a 3. 
 
Tragédia anunciada 
 
Geólogos sabiam que a terra ia tremer no Haiti. E é 
provável que, nos próximos anos, mais terremotos 
sacudam o país, como já ocorreu sucessivas vezes no 
século XVIII 
 
 Durante 30 
segundos do dia 
12 de janeiro de 
2010, a terra 
tremeu no Haiti e 
destruiu 70% dos 
prédios de Porto 
Príncipe, a 
capital. O 
terremoto, de 
magnitude 7 na 
escala Richter, 
agravou ainda 
mais a miséria 
do Haiti, o país 
mais pobre da 
América. Foram semanas de caos, saques e falta de 
água. Ao fim de um mês, mais de 150.000 pessoas 
tinham morrido. O pior é que um tremor desses já havia 
acontecido antes – e os geólogos sabiam que ele estava 
prestes a se repetir. 
 O Haiti ocupa o terço ocidental da ilha de HispanioIa, 
que repousa sobre a fronteira de duas placas tectônicas 
– a placa do Caribe e a Norte-Americana. As duas se 
distanciam entre si cerca de 2 centímetros por ano. A 
placa Norte-Americana se desloca para o oeste e a do 
Caribe, para o leste. Nesse movimento, alguns pontos 
ficam presos uns aos outros, como botões esticados 
numa camisa, acumulando energia. Quando as placas 
cedem, a energia é liberada, provocando um imenso 
tremor. Isso já ocorreu diversas vezes no Haiti. O país 
viveu grandes terremotos em 1751, 1761 e 1770, e 
depois disso entrou num período relativamente calmo. 
Pelo que se viu em janeiro, essa calmaria das placas 
tectônicas acabou. 
 A tragédia no Haiti teve duas agravantes. A primeira é 
que o epicentro foi a apenas 15 quilômetros da zona 
central de Porto Príncipe, que tem quase 3 milhões de 
habitantes. A segunda é que contribuiu para elevar o 
número de vítimas: as construções da cidade não 
estavam preparadas para terremotos e o país não tinha 
planos de emergência. Dois meses depois do terremoto 
do Haiti, um sismo mais forte, de 8,5 graus, sacudiu o 
Chile. Apesar da destruição de casas, pontes e viadutos, 
o número de mortos foi bem menor que o do Haiti – cerca 
de 500 pessoas. Prova de que o Chile está mais bem 
preparado para as surpresas da natureza. 
 
Superinteressante, São Paulo, fev. 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRED DUFOUR / AFP 
 
 Terremoto no Haiti em janeiro de 
2010: o abalo destruiu 70% dos prédios da 
capital e deixou mais de 150.000 mortos 
 CHG  Geografia  
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 INFOGRÁFICO ESTÚDIO PINGADO 
 
 O epicentro foi a 10 km de profundidade, e foi liberada energia equivalente a 32 milhões de TNT ou 25 bombas nucleares 
 
.1. (AED-SP) 
 
Por que os geólogos previam que haveria um terremoto 
no Haiti? 
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________ 
 
.2. (AED-SP) 
 
Que movimento de placas tectônicas iniciou o terremoto? 
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________ 
 
.3. (AED-SP) 
 
Quais fatores aumentaram a tragédia iniciada com o 
tremor? 
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________ 
.4. (ENEM-MEC) 
 
 A tragédia do Haiti não é apenas produto de uma 
natureza insondável. É o resultado da incúria humana; da 
corrupção; da miséria material; e da tirania. Eis a tese 
apresentada em ensaio fundamental para entender a 
contabilidade macabra dos desastres naturais. Foi 
publicado em 2005 por Matthew Kahn em revista do 
prestigiado MIT. Observando e comparando 73 países 
(pobres, médios e ricos), a conclusão de Kahn é 
arrepiante: os grandes desastres naturais distribuem-se 
equitativamente pelo globo. O que não se distribui 
equitativamente pelo globo é o número de mortos: países 
com um PIB per capita de US$ 2.000 apresentam uma 
média de 944 mortos por ano. Países com um PIB per 
capita de US$ 14.000, uma média de 180 mortes. Entre 
1980 e 2000, a Índia teve 14 grandes terremotos. 
Morreram 32.117 pessoas. No mesmo período, os 
Estados Unidos tiveram 18 grandes terremotos. 
Morreram 143 pessoas. A disparidade dos mortos 
também é imensa entre países democráticos e não 
democráticos. O número de mortos em países 
democráticos é, mostra Kahn, incomparavelmente inferior 
aos mortos anônimos dos regimes ditatoriais/autoritários. 
 
Adaptado de João Pereira Coutinho, O terremoto 
da pobreza, Folha de S. Paulo, 19/1/2010. 
 
Conforme o texto, qual afirmação está correta? 
 
(A) O número de mortos por terremoto na Índia entre 
1980 e 2000 é até 300% maior que nos Estados 
Unidos no mesmo período. 
(B) Nos paísespobres, onde se constrói sem 
planejamento e segurança, os terremotos são mais 
comuns. 
(C) Países ricos e democráticos são os que, segundo 
Matthew Kahn, apresentaram menos terremotos 
entre 1980 e 2000. 
(D) Existe uma relação diretamente proporcional entre 
PIB per capita e mortes decorrentes de terremotos. 
(E) Seguindo os cálculos de Khan, a cada 1.000 dólares 
de aumento do PIB per capita, há 63 menos mortes 
decorrentes de terremotos por ano. 
 CHG  Geografia  
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SEE-AC  Coordenação de Ensino Médio CHG  Geografia  30 
.5. (INEP-MEC) 
 
Com base na tabela abaixo, analise as afirmações a 
seguir. 
 
 
Era 
Anos 
(aprox.) 
Evolução 
geológica 
Evolução 
biológica 
 
4 bilhões 
Surgem as 
rochas mais 
antigas 
 
 
3,5 bilhões 
 Primeiros 
vestígios de 
vida 
Pré-
Cambriana 
 
1,8 bilhão 
 Oxigênio 
na atmosfera 
 
400 milhões 
 Primeiras 
árvores 
gimnospermas 
 
 
300 milhões 
Florestas são 
soterradas e 
começam a virar 
carvão mineral 
 
Répteis 
aparecem 
 
220 milhões 
A Pangeia 
começa 
a se dividir 
Surgem 
dinossauros 
e aves 
 
Mesozoica 
 
145 milhões 
Formação de 
diversas bacias 
sedimentares 
 
 
65 milhões 
 Extinção dos 
dinossauros 
 
60 milhões 
O Himalaia 
e os Alpes 
ganham forma 
 
Primeiros 
primatas 
 
Cenozoica 
 
4 milhões 
 Surgimento dos 
hominídeos 
 
1,8 milhão 
 Primeiros 
utensílios 
de pedra 
 
20 mil anos 
Término 
da última 
Idade do Gelo 
 
Extinção 
da megafauna 
 
I. Existem bacias sedimentares originadas há 
menos tempo que espécies de répteis, aves e 
dinossauros. 
 
II. O surgimento dos Alpes favoreceu a extinção 
dos grandes mamíferos. 
 
III. Os primeiros humanos chegaram ao território 
brasileiro há cerca de 1,8 milhão de anos. 
 
IV. Não havia vertebrados quando a Pangeia 
começou a se dividir. 
 
V. Durante o período de existência dos 
dinossauros, o monte Everest não existia. 
 
Quais dessas afirmações são verdadeiras? 
 
(A) I, ll e lV. 
(B) I e ll. 
(C) l e V. 
(D) lll e IV. 
(E) Nenhuma está correta. 
********** ATIVIDADES 2 ********** 
 
 
 
C2 
Compreender as transformações dos espaços 
geográficos como produto das relações 
socioeconômicas e culturais de poder. 
 
H6 
Interpretar diferentes representações gráficas e 
cartográficas dos espaços geográficos. 
 
.6. (ENEM-MEC) 
 
 
 
O desenho do artista uruguaio Joaquín Torres-García 
trabalha com uma representação diferente da usual da 
América Latina. Em artigo publicado em 1941, em que 
apresenta a imagem e trata do assunto, Joaquín afirma: 
 
“Quem e com que interesse dita o que é o norte e o sul? 
Defendo a chamada Escola do Sul porque, na realidade, 
nosso norte é o Sul. Não deve haver norte, senão em 
oposição ao nosso sul. Por isso colocamos o mapa ao 
revés, desde já, e então teremos a justa ideia de nossa 
posição, e não como querem no resto do mundo. A ponta 
da América assinala insistentemente o Sul, nosso norte.” 
 
TORRES-GARCÍA, J. Universalismo constructivo. 
Buenos Aires: Poseidón, 1941 (com adaptações). 
 
O referido autor, no texto e imagem acima, 
 
(A) privilegiou a visão dos colonizadores da América. 
(B) questionou as noções eurocêntricas sobre o mundo. 
(C) resgatou a imagem da América como centro do 
mundo. 
(D) defendeu a Doutrina Monroe expressa no lema 
“América para os americanos”. 
(E) propôs que o sul fosse chamado de norte e vice- 
-versa. 
________________________________________________ 
*Anotações* 
 
 
 
 CHG  Geografia  
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SEE-AC  Coordenação de Ensino Médio CHG  Geografia  31 
 
H7 
Identificar os significados histórico-geográficos das 
relações de poder entre as nações. 
 
.7. (ENEM-MEC) 
 
Observe os quadrinhos. 
 
 
 
QUINO. Toda Mafalda. 5.ª ed. São Paulo: 
Martins Fontes, 2000, p. 221. 
 
Os quadrinhos relacionam-se a um momento histórico 
que marcou o século XX. Considerando o contexto 
geopolítico, é correto afirmar que o momento em 
destaque refere-se 
 
(A) ao avanço da ideologia socialista nos países 
ocidentais, que sobrepôs a cultura consumista do 
capitalismo. 
(B) à decadência dos grandes grupos econômicos nos 
países ricos após a crise da bolsa de Nova York em 
1929. 
(C) à equiparação de poder existente entre o líder do 
bloco capitalista (Estados Unidos) e o líder socialista 
(União Soviética) durante a Guerra Fria. 
(D) à ascensão do capitalismo nos países periféricos 
após o fim do socialismo e o equilíbrio criado entre 
Estados Unidos e os países da América Latina. 
(E) ao declínio da influência soviética, após a queda do 
Muro da Vergonha, em Berlim. 
 
 
 
H8 
Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere 
à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento 
de problemas de ordem econômico-social. 
 
.8. (ENEM-MEC) 
 
O texto refere-se a uma propaganda veiculada pelo 
governo de um estado brasileiro. 
 
 Terra virgem. Terra que precisa ser possuída. Agora. 
Urgente. Terra que dá arroz, algodão, soja, feijão, milho e 
tudo mais. Terra que é veio sem fim de amianto, níquel, 
ouro, diamante, cristal de rocha, manganês, mica – 
minérios que todo mundo está de olho neles. Terra que 
engorda gado bom o ano inteiro. Terra para você 
trabalhar toda a vida e ganhar sempre. Trabalhar, ganhar 
e viver no conforto. Quem busca lucro e paz o negócio é 
Goiás. Matéria-prima farta, mão de obra barata. Energia 
elétrica à vontade. Estradas asfaltadas. Crédito fácil e a 
longo prazo. (...) 
 
Revista Realidade/Amazônia, Editora Abril. 
 
A propaganda refere-se 
 
(A) ao processo de colonização desencadeadopor 
ingleses e portugueses no continente americano 
durante os séculos XVIII e XIX. 
(B) à expansão das fronteiras agrícolas incentivadas 
pelo governo nos anos de 1970. 
(C) à ocupação do planalto central durante a colonização 
portuguesa no Brasil. 
(D) à política de criação e desenvolvimento da Amazônia 
Legal no Brasil. 
(E) ao incentivo de ocupação do Nordeste, no século 
XX. 
 
.9. (ENEM-MEC) 
 
 Quando acontece uma seca, no Nordeste toda a 
estrutura sofre, mas o peso maior é suportado pelos que 
estão embaixo. A seca, na verdade, é o colapso da 
produção agrícola e esse colapso se traduz em fome [...] 
quando ocorre, se lança mão de uma ajuda de 
emergência [...] mas é preciso estar preparado [...]. É 
preciso que esses projetos não fiquem sendo 
manipulados pelos grupos locais. 
 
Celso Furtado. In: OLlVA, Jaime; GIANSANTI, Roberto. Temas 
da geografia do Brasil. São Paulo: Atual, 1999, p. 196. 
 
Levando em consideração o texto, sobre o problema da 
seca no Nordeste brasileiro, é correto afirmar que 
 
(A) os projetos para evitar as secas têm sido 
implantados corretamente pelos políticos locais. 
(B) o pequeno agricultor foi beneficiado pela ajuda dos 
vários níveis de governo e das elites locais. 
(C) a manipulação do dinheiro público pela elite local 
provoca a chamada indústria da seca. 
(D) a dinâmica climática leva as secas ao Nordeste, mas 
permite o desenvolvimento agrícola. 
(E) existem projetos permanentes de ajuda aos 
agricultores, mantidos pelos grupos locais, uma vez 
que as secas são previsíveis. 
________________________________________________ 
*Anotações* 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CHG  Geografia  
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*MÓDULO 2* 
 
Natureza brasileira – Biodiversidade 
 
Beleza sob risco 
 
 A serra do Mar é uma cadeia de montanhas antigas 
que se estende por cerca de 1.000 quilômetros do 
Espírito Santo a Santa Catarina. Ela corre mais ou 
menos paralelamente à costa brasileira. Em algumas 
regiões, suas montanhas são mais próximas ao mar, 
como em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, ou Ubatuba, 
litoral norte de São Paulo. Em outras, como no sul de 
São Paulo, a serra fica mais distante, dando espaço para 
uma planície com dezenas de quilômetros entre o mar e 
as montanhas. A altura dos morros varia de 1.200 a 
2.000 metros, tornando as áreas capazes de abrigar 
diversos tipos da mata Atlântica. O conjunto de morros 
recebe nomes diferentes em cada região, como serra do 
Tabuleiro, em Santa Catarina, serra da Graciosa, no 
Paraná, serra da Bocaina ou dos Órgãos, no Rio de 
Janeiro. 
 Uma das regiões mais belas do Brasil, a serra do Mar 
é também um local perigoso. O solo das encostas é uma 
camada fina, de 1 a 2 metros de terra e fragmentos de 
rocha que se desprenderam do maciço rochoso. Quando 
chove, a água se infiltra nas frestas das rochas que estão 
expostas, tornando a base escorregadia. A água da 
chuva também fica retida nos arbustos e árvores, que 
muitas vezes passam de 5 metros de altura. Como a 
maioria deles tem raízes curtas, a vegetação acaba 
fazendo peso sobre as rochas, potencializando o 
deslizamento. Quanto maior o declive das montanhas, 
mais raso é o solo, pois o material decomposto por 
intemperismo das rochas é rapidamente levado, pela 
ação da chuva ou mesmo do vento, para as regiões mais 
baixas. Por isso, no pico das montanhas a rocha costuma 
ficar exposta, como o Dedo de Deus, no Rio de Janeiro, 
e o Marumbi, no Paraná. O relevo íngreme faz da serra 
do Mar a região com o maior risco de erosão em todo o 
Brasil (veja o mapa abaixo). Esse fenômeno natural, que 
ocorre há milhões de anos, é potencializado pelo corte 
das árvores e pela construção de casas nas encostas. 
 Sem a cobertura vegetal para absorver e reter a água, 
a erosão (ou seja, o transporte de terra morro abaixo) se 
multiplica, alterando o relevo e causando mais 
deslizamentos. A lama erodida acaba em rios – que 
deixam de ter água cristalina e ganham tons de lama. Por 
isso, quando o crescimento das grandes cidades chega à 
serra, o resultado nem sempre é harmônico. No verão, 
época de mais chuvas no Sul e no Sudeste, a água leva 
o solo, as árvores e muitas casas. 
 
 
 
 
 CHG  Geografia  
 _________________________________________________________________________________________________________________________ 
 
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ 
SEE-AC  Coordenação de Ensino Médio CHG  Geografia  33 
 A serra do Mar é a região brasileira mais propensa à 
erosão. O solo das montanhas é uma camada fina, 
de 1 a 2 metros de terra, sobre uma rocha maciça e 
lisa. Os deslizamentos acontecem nas épocas de 
chuva porque a água torna as rochas mais lisas e faz 
a vegetação e as construções pesar sobre a rocha. 
 
 Os rios que cortam a Amazônia formam a bacia 
hidrográfica do Amazonas, a maior do mundo, onde 
circula cerca de 60% da água doce do Brasil. Esses 
rios são formados pela água que desce da 
cordilheira dos Andes, do planalto das Guianas e do 
planalto central. O principal deles, o rio Amazonas, 
percorre, dos Andes até o oceano Atlântico, 7.000 
quilômetros. 
 
 A Amazônia é a região mais poluidora do Brasil. Dos 
mais de 2 bilhões de gases do efeito estufa que o 
Brasil emite a cada ano, cerca de 60% vêm de lá. 
Isso ocorre por causa do desmatamento, que libera 
na atmosfera o carbono que constitui as plantas. 
Outro motivo é a geração de energia por meio de 
termelétricas movidas, sobretudo, a óleo diesel. Esse 
tipo de fonte energética é muito mais poluidor que as 
hidrelétricas. 
 
 O desmatamento da Amazônia diminuiu nos últimos 
anos. Em 2004, 27.000 quilômetros quadrados da 
floresta foram derrubados. Entre agosto de 2007 e 
julho de 2008, a taxa havia caído para menos da 
metade: 12.000 quilômetros quadrados. Mesmo 
assim, a situação ainda preocupa. Estima-se que 
17% da vegetação amazônicajá tenha sido 
desmatada. As áreas mais propensas à exploração 
humana são as bordas da floresta: Rondônia, o norte 
de Mato Grosso, o sul do Pará e o norte do 
Maranhão, que formam o que os ambientalistas 
chamam de Arco do Desmatamento. Quase 80% das 
áreas que sofreram desmatamento se situam a até 5 
quilômetros das estradas. 
 
 A transposição do rio São Francisco consiste em 
desviar parte da água do maior rio do Nordeste por 
meio de dutos e canais. Essa água alimentaria rios 
menores e açudes que secam durante a estiagem na 
região do semiárido. O empreendimento pode dar 
mais um empurrão à agricultura nordestina, que vem 
crescendo com a exportação de frutas. Mas a obra 
de transposição é alvo de críticas. Opositores dizem 
que o projeto trará grandes impactos ambientais à 
região. 
________________________________________________ 
*Anotações* 
 
 
 
 
 
 
 
********** ATIVIDADES 1 ********** 
 
Texto para as questões 1 e 2. 
 
Filme antigo 
 
A cada verão, a falta de planejamento no Brasil 
causa desastres que poderiam ser evitados 
 
 
 
 Enchente em 
São Paulo: 
entre o fim de 
2009 e o início 
de 2010, 
a cidade 
registrou o 
maior índice 
de chuvas 
em dez anos 
 
 
MAURÍCIO LIMA / AFP 
 
 Todos os anos, chuvas de verão derrubam pontes, 
fecham estradas, deixam milhares de brasileiros 
desabrigados, matam. Em seguida, autoridades partem 
em romaria para os locais afetados, fazem discursos 
compadecidos e prometem verbas ou obras 
emergenciais, como se tivessem sido colhidas de 
surpresa pela catástrofe. Na virada de 2010, 126 
pessoas morreram no Rio de Janeiro, em São Paulo e no 
Rio Grande do Sul, os estados mais atingidos pela 
chuva. Entre eles, a cidade de Angra dos Reis, no Rio de 
Janeiro, é o caso mais dramático e, também, o retrato 
mais preciso do conjunto de fatores que desencadeia 
esse tipo de tragédia. Ali, morreram 52 pessoas na virada 
do ano, vítimas de deslizamentos de encostas. Tudo era 
previsível. Na bela região em torno da baía de Angra, 
com suas 365 ilhas e mais de 2.000 praias, chove quase 
o dobro da média do Rio de Janeiro, e a instabilidade das 
encostas é conhecida. Em 2002, 39 pessoas morreram 
em Angra num deslizamento com características 
semelhantes às de agora. Apesar disso, nunca foi feito 
um mapa geológico para verificar quais terrenos são 
impróprios para construção. 
 É verdade que, do começo de dezembro até a 
primeira semana de janeiro, caiu o dobro de água do que 
se esperava. Foi o maior índice em dez anos. Mas não é 
essa a principal explicação para o que aconteceu na 
cidade, que experimentou um vertiginoso crescimento 
populacional a partir dos anos 1970. A construção da 
Rodovia Rio-Santos aumentou o fluxo de turistas, e 
grandes obras, como a usina nuclear de Angra 1, 
levaram multidões de trabalhadores à região. A 
população do município teve um crescimento de quase 
três vezes a média brasileira no período. E num local 
onde o problema de espaço é crônico. Espremida entre a 
serra e o mar, a cidade não tem para onde crescer. 
Casas e casebres foram se aglomerando no pé dos 
morros e, quando não havia espaço, em cima deles. 
Hoje, 60% dos moradores vivem em áreas de encosta, 
uma área que, há muito tempo se sabe, tem alto risco de 
deslizamento. 
 CHG  Geografia  
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SEE-AC  Coordenação de Ensino Médio CHG  Geografia  34 
 Em Ilha Grande, morreram 31 pessoas soterradas. 
Elas estavam na pousada Sankay e em cinco outras 
residências engolidas por uma avalanche na madrugada 
do dia 1.º de janeiro. A pousada tinha licença de 
funcionamento da prefeitura, mas não a licença 
ambiental do estado. Mesmo se tivesse, o risco de 
deslizamento da encosta não teria sido analisado. As 
casas atingidas no morro da Carioca, no centro de Angra, 
onde morreram 21 pessoas, tampouco tinham licença. 
Antes da tragédia, porém, a prefeitura dispunha de um 
programa para levar saneamento e iluminação pública 
para aquela área, como se não houvesse um grave 
problema de segurança. Como se não bastasse, existe 
um impressionante histórico de corrupção nos órgãos 
responsáveis pela fiscalização da ocupação do solo em 
Angra dos Reis. Entre 2006 e 2007, 44 funcionários da 
prefeitura, do governo estadual e do Ibama foram presos 
por vender pareceres técnicos favoráveis às construções. 
 
Veja, 13/1/2010 (adaptado). 
 
.1. (AED-SP) 
 
Os deslizamentos nas encostas de Angra dos Reis eram 
previsíveis? Por quê? 
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________ 
 
.2. (AED-SP) 
 
De acordo com o texto, o que aconteceu com a 
população de Angra dos Reis nos últimos anos? 
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________ 
 
.3. (INEP-MEC) 
 
Com base na figura abaixo, analise as afirmações a 
seguir. 
 
 
 
 INFOGRÁFICO ESTÚDIO PINGADO 
 
I. A figura mostra três formas comuns de relevo 
brasileiro: várzea (vale), montanha e planície. 
 
II. Nas cidades brasileiras, é comum as populações 
mais pobres ocuparem a várzea, área menos 
valorizada e sujeita a enchentes. 
 
III. As áreas mais baixas, na várzea do rio, 
abrigaram diversas cidades antigas e medievais 
na Europa e na Ásia. 
Quais afirmações estão corretas? 
 
(A) I e II, apenas. 
(B) I e III, apenas. 
(C) II e III, apenas. 
(D) Nenhuma está correta. 
(E) Todas estão corretas. 
 
.4. (ENEM-MEC) 
 
 
 
Ministério do Meio Ambiente. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação. 
 
Analisando-se os dados do gráfico acima, que remetem a 
critérios e objetivos no estabelecimento de unidades de 
conservação no Brasil, constata-se que 
 
(A) o equilíbrio entre unidades de conservação de 
proteção integral e de uso sustentável já atingido 
garante a preservação presente e futura da 
Amazônia. 
(B) as condições de aridez e a pequena diversidade 
biológica observadas na Caatinga explicam por que 
a área destinada à proteção integral desse bioma é 
menor que a dos demais biomas brasileiros. 
(C) o Cerrado, a Mata Atlântica e o Pampa, biomas mais 
intensamente modificados pela ação humana, 
apresentam proporção maior de unidades de 
proteção integral que de unidades de uso 
sustentável. 
(D) o estabelecimento de unidades de conservação deve 
ser incentivado para a preservação dos recursos 
hídricos e a manutenção da biodiversidade. 
(E) a sustentabilidade doPantanal é inatingível, razão 
pela qual não foram criadas unidades de uso 
sustentável nesse bioma. 
 
.5. (FUVEST-SP) 
 
 Numa casa localizada em uma encosta, o terreno 
onde é construída a moradia fica completamente 
encharcado em épocas de chuvas, em razão das águas 
que descem do telhado e do talude adjacente. A encosta 
assim exposta, sujeita à alta taxa de infiltração, põe a 
casa em risco, pelo risco de deslizamentos em períodos 
de chuva. É possível atenuar os deslizamentos nos 
morros por meio de microdrenagem, um sistema de 
canaletas e tubulações. Calhas são instaladas no telhado 
da casa para recolher a água da chuva, e o excedente de 
água é conduzido para uma canaleta ao pé do talude. 
 
Manual de Ocupação de Morros na Região 
Metropolitana de Recife (adaptado). 
 CHG  Geografia  
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___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ 
SEE-AC  Coordenação de Ensino Médio CHG  Geografia  35 
Sobre o sistema de microdrenagem, é incorreto afirmar 
que: 
 
(A) A maioria dos deslizamentos acontece na época das 
chuvas porque a água pesa sobre a terra, que não 
consegue se sustentar sobre as rochas e desliza. 
(B) A água que cai dos telhados das casas aumenta a 
possibilidade de deslizamentos. 
(C) A drenagem contém a água da chuva nos morros, 
como faz a vegetação em encostas ainda não 
ocupadas pelo homem. 
(D) Os sistemas de microdrenagem podem vir 
acompanhados de outras obras de pavimentação, 
como calçadas e escadarias nos morros. 
(E) Cada casa precisa ter canaletas de drenagem 
conectadas ao sistema principal. 
 
.6. (INEP-MEC) 
 
Em janeiro de 2008, o Ministério do Meio Ambiente 
divulgou uma relação contendo os 36 municípios 
apontados como os campeões no desmatamento da 
Amazônia. Na lista, estão 19 municípios de Mato Grosso, 
12 do Pará, quatro de Rondônia e um do Amazonas. As 
informações sobre o desmatamento na Amazônia 
demonstram, em uma primeira análise, que sua 
ocorrência é predominante, sobretudo, nas regiões: 
 
(A) de expansão da fronteira agrícola e da atividade 
pecuária. 
(B) de forte expansão urbana e industrial. 
(C) com elevados índices de crescimento da indústria da 
construção civil. 
(D) com maior potencial de consumo local da madeira. 
(E) nas áreas de fronteira com o Peru e a Colômbia. 
 
.7. (ENEM-MEC) 
 
O gráfico abaixo mostra a área desmatada da Amazônia, 
em km2, a cada ano, no período de 1988 a 2008. 
 
 
 
Fonte: Ministério do Meio Ambiente. 
 
As informações do gráfico indicam que 
 
(A) o maior desmatamento ocorreu em 2004. 
(B) a área desmatada foi menor em 1997 que em 2007. 
(C) a área desmatada a cada ano manteve-se constante 
entre 1998 e 2001. 
(D) a área desmatada por ano foi maior entre 1994 e 
1995 que entre 1997 e 1998. 
(E) o total de área desmatada em 1992, 1993 e 1994 é 
maior que 60.000 km2. 
 
********** ATIVIDADES 2 ********** 
 
 
 
H9 
Comparar o significado histórico-geográfico das 
organizações políticas e socioeconômicas em escala 
local, regional ou mundial. 
 
.8. (ENEM-MEC) 
 
 Uma característica do mundo atual é a formação de 
blocos com o objetivo de integração. Por exemplo, a UE 
(União Europeia), o Nafta (integrando Estados Unidos, 
Canadá e México) e o Mercosul (envolvendo Brasil, 
Argentina, Uruguai e Paraguai). 
 
A principal característica da formação dos blocos citados 
no texto é de natureza 
 
(A) religiosa. 
(B) política. 
(C) econômica. 
(D) geográfica. 
(E) social. 
 
 
 
H10 
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos 
sociais e a importância da participação da coletividade 
na transformação da realidade histórico-geográfica. 
 
.9. (ENEM-MEC) 
 
 No Brasil [...] os escravos foram os ombros, as costas 
e as pernas que fizeram andar a Colônia e, mais tarde, o 
Império. Foram o ventre que gerou uma imensa 
população mestiça e o seio que amamentou os filhos dos 
senhores. Deixaram uma herança profunda: em 500 anos 
de história, o Brasil teve três séculos e meio de regime 
escravocrata contra apenas um de trabalho livre. 
 
Eduardo Bueno. Brasil: uma história. 2.ª ed. 
São Paulo: Ática, 2003, p. 118-119. 
 
Analisando o fragmento, é correto afirmar que 
 
(A) o Brasil é fruto de um processo de exploração e 
miscigenação relacionado com a escravização de 
africanos. 
(B) a cultura africana enraizou-se na Colônia brasileira e 
tornou-se padrão dominante a partir do século XVI. 
(C) em 150 anos de trabalho livre, o negro ascendeu 
socialmente, anulando as consequências da 
escravidão. 
(D) por meio do sacrifício dos africanos e indígenas 
escravizados, o Brasil adquiriu status de nação 
desenvolvida. 
(E) a escravidão de africanos foi a única forma de 
trabalho compulsório existente na época colonial. 
 CHG  Geografia  
 _________________________________________________________________________________________________________________________ 
 
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SEE-AC  Coordenação de Ensino Médio CHG  Geografia  36 
*MÓDULO 3* 
 
Recursos naturais – Água 
 
A globalização da água 
 
 Você já ouviu falar de água virtual? Não se trata de 
nenhum líquido que corre entre os sites da internet, mas 
aquela água que consumimos sem saber quando 
compramos roupas, alimentos e qualquer outro produto 
industrializado. A água virtual, somada à água consumida 
diretamente por um indivíduo ou uma população, recebe 
o nome de pegada hídrica. A pegada hídrica leva em 
conta não apenas a água agregada aos produtos, mas 
também o volume poluído na cadeia produtiva. 
 Nem todos os países deixam uma pegada hídrica 
equivalente à disponibilidade de água em seu território. A 
razão desse descompasso nas contas é a importação de 
bens: as nações pobres em água compram do 
estrangeiro alimentos e produtos industriais e, com eles, 
importam – na forma de água virtual – o recurso coletado 
de bacias hidrográficas de outras regiões do globo. 
 A Jordânia, por exemplo, retira a cada anoapenas 1 
bilhão de metros cúbicos de água de seus rios e 
aquíferos. Mas consome até sete vezes mais água (na 
forma virtual) contida nos produtos que importa. É por 
esse mecanismo que os chineses afetam as bacias 
hidrográficas brasileiras quando compram nosso frango 
e, no sentido inverso, os brasileiros consomem parte da 
água das bacias chinesas em cada eletroeletrônico made 
in China. A globalização, que tornou interdependentes os 
mercados espalhados pelo planeta, reforçou, também, o 
comércio internacional de água virtual. 
 Entre 1997 e 2001, o comércio internacional transferiu 
de um país a outro algo em torno de 1 trilhão de metros 
cúbicos de água virtual por ano, apenas em produtos 
agropecuários. Se incluirmos aí os produtos industriais, o 
fluxo anual de água virtual superou o 1,6 trilhão de 
metros cúbicos. 
 Desse total, 61% do volume viaja invisivelmente em 
grãos, e outros produtos vegetais, animais e derivados 
representam 17%. Os produtos industriais utilizam 22% –
ou seja, 88% da água virtual transferida entre nações diz 
respeito diretamente à alimentação da humanidade. 
 O Brasil está entre os maiores exportadores de água 
virtual do mundo, ao lado dos Estados Unidos, do 
Canadá e da França. Mas, como todas as demais 
nações, também importamos água virtual. No saldo final 
– a diferença entre exportação e importação –, algumas 
ganham mais do que transferem. Os EUA, por exemplo, 
perderam entre 1997 e 2001 mais de 53 bilhões de 
metros cúbicos por ano. Já a Alemanha ganhou 35 
bilhões. No mesmo período, o Brasil exportou a cada ano 
67,8 bilhões de metros cúbicos – 97% na forma de 
produtos agropecuários – e teve um saldo negativo de 
quase 45 bilhões de metros cúbicos. 
 O comércio de água virtual tem um lado bom e outro 
nem tanto. O aspecto positivo é que essa transferência 
de água entre as nações alivia a escassez hídrica nos 
países mais carentes de mananciais. A exportação, 
nesse caso, funciona como uma espécie de instrumento 
de democratização do bem natural. Por outro lado, a 
produção de mais alimentos para vender a outras nações 
exerce pressão sobre os mananciais dos países 
exportadores.
 
 
 
 
 INFOGRÁFICO ESTÚDIO PINGADO 
 CHG  Geografia  
 _________________________________________________________________________________________________________________________ 
 
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SEE-AC  Coordenação de Ensino Médio CHG  Geografia  37 
 A água utilizada pelas residências, para as pessoas 
matarem a sede ou tomarem banho, significa apenas 
10% do consumo mundial. Os restantes 90% são 
utilizados em processos industriais e no campo. 
Cerca de 70% do que é extraído dos rios e aquíferos 
se destina à produção agropecuária. 
 
 Chama-se água virtual a quantidade hídrica 
consumida em produtos industrializados e alimentos. 
Desse modo, a água virtual pode ser exportada na 
forma de produtos. A soma da água virtual, da água 
de consumo residencial e daquela que foi poluída 
durante o consumo ganha o nome de pegada 
hídrica. 
 
 As chuvas acima da média na região Sudeste do 
Brasil, no início de 2010, relacionam-se ao fenômeno 
climático EI Niño. Trata-se do aquecimento anormal 
(3 ºC a 7 ºC acima da média) nas águas da 
superfície do oceano Pacífico próximas à costa da 
América do Sul, combinado com o enfraquecimento 
dos ventos alísios. Em vez da velocidade habitual de 
15 metros por segundo (m/s) de leste para oeste, os 
ventos sopram a 2 m/s. Isso faz com que a água 
aquecida na região equatorial não seja levada em 
direção à Indonésia, como normalmente ocorre. As 
massas de ar quentes e úmidas acabaram chegando 
ao Sudeste brasileiro. 
 
 Os mananciais são rios, lagos, represas e lençóis 
freáticos que asseguram a água para o 
abastecimento público. Merecem um cuidado 
especial, já que, quando malconservados, exigem 
gastos muito maiores no tratamento de água. Em 
grandes metrópoles, a explosão da população 
provocou a construção de casas até mesmo em 
áreas de mananciais protegidas por leis ambientais. 
 
 O vaso sanitário é o campeão do consumo 
doméstico. Mais da metade do consumo residencial 
se dá com o chuveiro, a descarga e com simples 
vazamentos. Somente em São Paulo, a água que 
escorre por canos antigos ou malconservados 
poderia abastecer mais de 2 milhões de pessoas. 
 
********** ATIVIDADES 1 ********** 
 
Texto para as questões de 1 a 3. 
 
Líquido de comer 
 
O consumo doméstico representa apenas 10% do total. 
A maior parte dos gastos de água ocorre na produção 
de alimentos 
 
 Bastam 50 litros de água por dia para que uma 
pessoa mantenha a higiene, mate a sede e prepare as 
refeições. Mas, quando se inclui no cálculo a água 
necessária para produzir os alimentos básicos que 
chegam à nossa mesa, cada cidadão precisa de muito 
mais – algo em torno de 3.600 litros por dia. Isso significa 
que, no decorrer de um ano, uma pessoa precisa de mais 
de 1 milhão de litros, cerca de dois quintos do volume de 
uma piscina olímpica. Mas a água que se usa em casa, 
aquela que sai de torneiras e chuveiros, representa uma 
pequena parcela de tudo o que cada cidadão consome – 
no total, apenas 10% do consumo mundial. Para o 
consumidor doméstico, os restantes 90% vêm na forma 
de água invisível, dissolvida nos mais diferentes produtos 
e atividades. A agricultura e a pecuária são, de longe, as 
atividades responsáveis pela maior parte do consumo de 
água. Cerca de 70% do que é extraído dos rios e 
aquíferos se destina à produção agropecuária. Para 
garantir safras de arroz, trigo e leite, o homem reduziu a 
vazão de grandes rios. 
 Considere o seguinte café da manhã reforçado: uma 
xícara de café, um copo de leite, uma fatia de pão, outra 
de queijo, um ovo quente e um copo de suco de laranja. 
Quem ingerir essa refeição consumirá indiretamente mais 
de 600 litros de água – o volume utilizado para irrigar as 
plantações de café, de laranja e de trigo e para matar a 
sede do gado que deu o leite e alimentar com ração a 
ave que botou o ovo. Se nosso convidado para o café da 
manhã estiver usando uma camiseta de algodão e um 
tênis de couro, a dívida para com as fontes hídricas 
mundiais subirá mais 10.000 litros. Isso sem contar a 
água empregada na fabricação da mesa e das cadeiras 
da sala, a eletricidade consumida pela geladeira na qual 
os alimentos foram conservados, o combustível utilizado 
no transporte dos alimentos do campo para as prateleiras 
do supermercado etc. Enfim, tudo o que a sociedade 
moderna consome, de alimentos e ligas metálicas a 
eletricidade e petróleo, só existe porque a água foi 
utilizada, como matéria-prima ou como insumo, na 
produção do bem ou do serviço. 
 
Superinteressante, São Paulo, dez. 2009. 
 
.1. (AED-SP) 
 
Em que atividade é gasta a maior parte da água doce do 
mundo?___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________ 
 
.2. (AED-SP) 
 
Ao todo, quanto de água um cidadão necessita por dia, 
em média? 
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________ 
 
.3. (AED-SP) 
 
É correto afirmar que a água é uma matéria-prima? 
Justifique sua resposta. 
___________________________________________________
___________________________________________________
___________________________________________________ 
 CHG  Geografia  
 _________________________________________________________________________________________________________________________ 
 
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________ 
SEE-AC  Coordenação de Ensino Médio CHG  Geografia  38 
.4. (FUVEST-SP) 
 
Observe os dados contidos na tabela a seguir: 
 
 
 
UFSCar 2004 – Adaptado de Pearson apud 
Sene & Moreira, 2002 e World Bank Atlas, 2000. 
 
Considere as afirmações: 
 
I. Geleiras e neve são a segunda fonte de água 
potável mais utilizada pelo homem. 
 
II. Duas regiões chamam atenção pela pouca 
disponibilidade de água e presença de climas 
áridos: o Oriente Médio e o norte da África. 
 
III. As chamadas águas de superfície representam 
uma fração mínima da água doce disponível no 
mundo. 
 
São corretas as afirmações: 
 
(A) I e ll, apenas. (D) I, II e III. 
(B) l e lll, apenas. (E) n. d. a. 
(C) ll e lll, apenas. 
 
.5. (ENEM-MEC) 
 
 A situação atual das bacias hidrográficas de São 
Paulo tem sido alvo de preocupações ambientais: a 
demanda hídrica é maior que a oferta de água e ocorre 
excesso de poluição industrial e residencial. Um dos 
casos mais graves de poluição da água é o da bacia do 
alto Tietê, onde se localiza a região metropolitana de São 
Paulo. Os rios Tietê e Pinheiros estão muito poluídos, o 
que compromete o uso da água pela população. 
 
Avalie se as ações apresentadas abaixo são adequadas 
para se reduzir a poluição desses rios. 
 
I. Investir em mecanismos de reciclagem da água 
utilizada nos processos industriais. 
 
II. Investir em obras que viabilizem a transposição 
de águas de mananciais adjacentes para os rios 
poluídos. 
 
III. Implementar obras de saneamento básico e 
construir estações de tratamento de esgotos. 
 
É adequado o que se propõe 
 
(A) apenas em I. (D) apenas em II e III. 
(B) apenas em II. (E) em I, II e III. 
(C) apenas em I e III. 
.6. (INEP-MEC) 
 
Consumo mundial de água por setor, 
segundo a renda dos países (em%) 
 
 
 
O consumo de água é maior: 
 
(A) Na agricultura mundial, devido à produção de 
biocombustíveis. 
(B) Nos domicílios que na agricultura, nos países de 
industrialização tardia. 
(C) No setor domiciliar, em países de renda média com 
altos índices de urbanização. 
(D) Na indústria que na agricultura, em países da 
primeira revolução industrial. 
(E) Na agricultura, em países com uso intensivo do solo 
e de renda elevada. 
 
.7. (INEP-MEC) 
 
 
 
 INFOGRÁFICO ESTÚDIO PINGADO 
 
Fonte: Veja, 10/2/2010. 
 CHG  Geografia  
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SEE-AC  Coordenação de Ensino Médio CHG  Geografia  39 
O verão 2009/2010 bateu recordes de índices 
pluviométricos no Sudeste brasileiro, com sérias 
consequências para a população da região. No 
infográfico apresentado, podemos observar as principais 
causas desse excesso de chuva. De acordo com os 
mecanismos descritos, não podemos afirmar que: 
 
(A) O fenômeno do EI Niño tem relação com a oscilação 
de temperatura do oceano Pacífico. 
(B) A média de temperatura de São Paulo em 2010 
excedeu em 1,4 grau a média considerada normal 
para o estado. 
(C) A grande evaporação das águas do Atlântico 
contribui para a alta pluviosidade. 
(D) A umidade que chegou a São Paulo foi gerada em 
diversas regiões, exceto na Amazônia, que se situa 
muito distante da região Sudeste. 
(E) As chuvas que caíram no inverno também 
contribuíram, indiretamente, para o aumento da 
pluviosidade no verão. 
 
.8. (ENEM-MEC) 
 
 Os ingredientes que compõem uma gotícula de 
nuvem são o vapor de água e um núcleo de 
condensação de nuvens (NCN). Em torno desse núcleo, 
que consiste em uma minúscula partícula em suspensão 
no ar, o vapor de água se condensa, formando uma 
gotícula microscópica, que, devido a uma série de 
processos físicos, cresce até precipitar-se como chuva. 
 Na floresta Amazônica, a principal fonte natural de 
NCN é a própria vegetação. As chuvas de nuvens baixas, 
na estação chuvosa, devolvem os NCNs, aerossóis, à 
superfície, praticamente no mesmo lugar em que foram 
gerados pela floresta. As nuvens altas são carregadas 
por ventos mais intensos, de altitude, e viajam centenas 
de quilômetros de seu local de origem, exportando as 
partículas contidas no interior das gotas de chuva. Na 
Amazônia, cuja taxa de precipitação é uma das mais 
altas do mundo, o ciclo de evaporação e precipitação 
natural é altamente eficiente. 
 Com a chegada, em larga escala, dos seres humanos 
à Amazônia, ao longo dos últimos 30 anos, parte dos 
ciclos naturais está sendo alterada. As emissões de 
poluentes atmosféricos pelas queimadas, na época da 
seca, modificam as características físicas e químicas da 
atmosfera amazônica, provocando o seu aquecimento, 
com modificação do perfil natural da variação da 
temperatura com a altura, o que torna mais difícil a 
formação de nuvens. 
 
Paulo Artaxo et al. O mecanismo da floresta para fazer 
chover. In: Scientific American Brasil, ano 1, n.º 11, 
abr./2003, p. 38-45 (com adaptações). 
 
Na Amazônia, o ciclo hidrológico depende 
fundamentalmente 
(A) da produção de CO2 oriundo da respiração das 
árvores. 
(B) da evaporação, da transpiração e da liberação de 
aerossóis que atuam como NCNs. 
(C) das queimadas, queproduzem gotículas 
microscópicas de água, as quais crescem até se 
precipitarem como chuva. 
(D) das nuvens de maior altitude, que trazem para a 
floresta NCNs produzidos a centenas de quilômetros 
de seu local de origem. 
(E) da intervenção humana, mediante ações que 
modificam as características físicas e químicas da 
atmosfera da região. 
 
.9. (ENEM-MEC) 
 
 O aquífero Guarani, 
megarreservatório 
hídrico subterrâneo da 
América do Sul, com 
1,2 milhão de km2, não 
é o “mar de água doce” 
que se pensava existir. 
Enquanto em algumas 
áreas a água é 
excelente, em outras, é 
inacessível, escassa ou 
não potável. O aquífero 
pode ser dividido em 
quatro grandes compartimentos. No compartimento 
Oeste, há boas condições estruturais que proporcionam 
recarga rápida a partir das chuvas e as águas são, em 
geral, de boa qualidade e potáveis. Já no compartimento 
Norte-Alto Uruguai, o sistema encontra-se coberto por 
rochas vulcânicas, a profundidades que variam de 350 m 
a 1.200 m. Suas águas são muito antigas, datando da 
Era Mesozoica, e não são potáveis em grande parte da 
área, com elevada salinidade, sendo que os altos teores 
de fluoretos e de sódio podem causar alcalinização do 
solo. 
 
Scientific American Brasil, n.º 47, abr./2006 (com adaptações). 
 
Em relação ao aquífero Guarani, é correto afirmar que 
 
(A) seus depósitos não participam do ciclo da água. 
(B) águas provenientes de qualquer um de seus 
compartimentos solidificam-se a 0 ºC. 
(C) é necessário, para utilização de seu potencial como 
reservatório de água potável, conhecer 
detalhadamente o aquífero. 
(D) a água é adequada ao consumo humano direto em 
grande parte da área do compartimento Norte-Alto 
Uruguai. 
(E) o uso das águas do compartimento Norte-Alto 
Uruguai para irrigação deixaria ácido o solo. 
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********** ATIVIDADES 2 ********** 
 
 
 
C4 
Entender as transformações técnicas e tecnológicas 
e seu impacto nos processos de produção, no 
desenvolvimento do conhecimento e na vida social. 
 
 
H16 
Identificar registros sobre o papel das técnicas e 
tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida 
social. 
 
.10. (ENEM-MEC) 
 
 Depois de lutar contra a exploração capitalista, os 
trabalhadores têm agora que lutar contra a falta dela. Do 
sistema de exploração passiva para uma situação de 
exclusão porque os grandes centros capitalistas 
precisam cada vez menos do trabalho... 
 
Adaptado de KURZ, R. O Colapso da Modernização. 
São Paulo: Paz e Terra, 1992. 
 
Ao mencionar, no texto, a situação de exclusão dos 
trabalhadores, o autor refere-se 
 
(A) ao crescimento dos governos socialistas que, 
tomando para o Estado as empresas privadas, 
despedem os trabalhadores para empregar 
funcionários públicos. 
(B) ao crescimento de forças sindicais muito mais 
representativas dos interesses das empresas do que 
dos direitos dos trabalhadores. 
(C) à redução da participação da mão de obra nas 
indústrias como resultado da utilização de 
tecnologias modernas de produção. 
(D) ao contrato de aumento salarial para uma parte dos 
trabalhadores em troca da demissão dos operários 
mais qualificados. 
(E) aos baixos salários pagos aos trabalhadores, 
impossibilitados de competir com as máquinas. 
 
 
H17 
Analisar fatores que explicam o impacto das novas 
tecnologias no processo de territorialização da produção. 
 
.11. (ENEM-MEC) 
 
O texto trata de um exemplo da atual distribuição 
espacial das indústrias. 
 
 (...) Um carro esporte Mazda é desenhado na 
Califórnia, financiado por Tóquio; o protótipo é criado em 
Worthing (Inglaterra) e a montagem é feita nos Estados 
Unidos e no México, usando componentes eletrônicos 
inventados em Nova Jersey e fabricados no Japão (...) 
 
ORTIZ, Renato. Mundialização e Cultura. In O trabalho 
na Economia Global. CARMO, Paulo Sérgio do, 
Coleção Polêmica. Editora Moderna, 1998. 
 
A principal característica das indústrias, abordada no 
texto, é 
(A) a centralização de todos os setores da indústria em 
áreas de grande disponibilidade de matérias-primas. 
(B) a dispersão dos setores da indústria para países da 
América do Sul com grande mercado consumidor. 
(C) a concentração dos setores da indústria em países 
ricos, de alta tecnologia e mão de obra barata. 
(D) a descentralização dos setores da indústria como 
resultado da ampliação dos meios de transporte e 
comunicação, barateando os custos. 
(E) a independência dos setores industriais, dificultando 
a globalização. 
 
.12. (ENEM-MEC) 
 
 (...) O cidadão norte-americano desperta num leito 
construído segundo padrão originário do Oriente 
Próximo, mas modificado na Europa setentrional, antes 
de ser transmitido à América. Sai de baixo de cobertas 
feitas de algodão, cuja planta se tornou doméstica na 
Índia; ou de linho ou de lã de carneiro, um e outro 
domesticados no Oriente Próximo; ou de seda cujo 
emprego foi descoberto na China. Todos esses materiais 
foram fiados e tecidos por processos inventados no 
Oriente Próximo. Ao levantar da cama faz uso dos 
mocassins que foram inventados pelos índios das 
florestas do leste dos EUA e entra no quarto de banho 
cujos aparelhos são uma mistura de invenções europeias 
e norte-americanas, uma e outras recentes (...) 
 
LlNTON, Ralph. O Homem: Uma Introdução à Antropologia. 
8.ª ed. São Paulo: Martins, 1971. 
 
Pode-se afirmar que os diversos produtos destacados no 
texto foram 
 
(A) incorporados e consumidos apenas nos países ricos. 
(B) incorporados sucessivamente por diversos povos ao 
longo do tempo. 
(C) criados por muitos povos e industrializados apenas 
nos Estados Unidos. 
(D) incorporados apenas pelo cidadão norte-americano. 
(E) a superioridade dos EUA com relação ao conforto 
dos cidadãos. 
________________________________________________ 
*Anotações* 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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*MÓDULO 4* 
 
Meio ambiente – Aquecimento global 
 
Fenômeno útil 
 
 Muita gente até se arrepia quando ouve falar em 
efeito estufa. E não é de frio – até porque o efeito estufa 
está relacionado a calor –, mas de susto mesmo. Afinal, 
sempre se diz que ele é o grande vilão do aquecimento 
global. Mas uma coisa precisa ficar clara: é graças a ele 
que existe vida em nosso planeta. O efeito estufa é um 
fenômeno natural que faz com que a temperatura média 
do globo se conserve nos limites necessários para a 
manutenção da vida, em torno de 14,5 ºC. Ele ocorre 
graças a gases como o carbono, que existem 
naturalmente na atmosfera e impedem a dissipação para 
o espaço de parte da radiação vinda do Sol que é 
absorvida e refletida pela Terra (veja o infográfico 
abaixo). O problema é que, devido à ação do homem – 
sobretudo por meio da emissão de gases poluentes e da 
queima de florestas –, esse benéfico cobertor atmosférico 
está se transformando num forno. 
 Há tempos o uso maciço de combustíveis fósseis 
(carvão e petróleo) e a utilização predatória da terra 
(desmatamentos, queimadas, depósitos de lixo) vêm 
liberando na atmosfera uma imensa quantidade de gases 
que retêm calor. Acredita-se que, por isso, a temperatura 
do planeta tem aumentado progressivamente. 
 Essa foi a principal conclusão do 4.º Painel 
lntergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), 
divulgado pela ONU em 2007. A principal evidência que 
sustentou o relatório foi a relação direta entre o aumento 
da temperatura global e o aumento da concentração de 
CO2 na atmosfera. Rebatendo o relatório do IPCC, outros 
cientistas afirmam que a Terra já teria passado por 
diversas mudanças climáticas no decorrer dos séculos, 
independentemente da ação do homem. Mesmo assim, 
fenômenos explícitos, como o derretimento de geleiras e 
a morte de ursos-polares em blocos de gelo 
despedaçados, contribuíram, em 2007, para um alarme 
generalizado sobre o aquecimento global. 
 Soluções para estancar o problema consistem em 
utilizar aparelhos e equipamentos que consumam menos 
energia, cortar a emissão de carbono das queimadas de 
florestas e o uso de combustíveis fósseis. Nesse sentido, 
um exemplo bem-sucedido foi a redução da emissão 
mundial de gases clorofluorclorados (CFC), que 
atacavam a camada de ozônio. Estudos recentes já 
apontam uma redução significativa no tamanho do 
buraco.
 
 
 
 
Fonte: Guia do Estudante – Geografia, Vestibular + ENEM 2009. 
 CHG  Geografia  
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 O efeito estufa é um fenômeno natural que faz com 
que a temperatura média do globo se conserve nos 
limites necessários para a manutenção da vida, em 
torno de 14,5 ºC. Ele ocorre graças a gases como o 
carbono, que existem naturalmente na atmosfera e 
impedem a dissipação para o espaço de parte da 
radiação vinda do Sol que é absorvida e refletida 
pela Terra. O problema é que, devido à ação do 
homem – sobretudo por meio da emissão de gases 
poluentes e da queima de florestas –, esse benéfico 
cobertor atmosférico está se transformando num 
forno. 
 
 Os clamores sobre o aquecimento global ganharam 
eco em 2007, quando o derretimento de geleiras e as 
imagens de ursos-polares em blocos de gelo 
despedaçados deram sinais evidentes de que o 
planeta estava esquentando. O 4.º Painel 
Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), 
daquele ano, vinculou o aumento da temperatura 
global ao aumento da concentração de CO2 na 
atmosfera. 
 
 Entre o fim de 2009 e o começo de 2010, o IPCC 
sofreu um revés quanto à validade de suas 
informações. A liberação de uma série de e-mails 
trocados por cientistas da Unidade de Pesquisa 
Climática de East Anglia, na Grã-Bretanha, mostrou 
que eles exageravam nos números sobre o aumento 
da temperatura. 
 
 Os cientistas que negam o aquecimento global ou 
seus riscos afirmam que não há base científica para 
prever, com antecedência de décadas, como será o 
clima da Terra. Defendem também a ideia de que 
não se pode confiar nos dados climáticos que 
mostram o aquecimento global: eles foram 
influenciados pela opinião pessoal dos cientistas. 
Também acreditam ser muito difícil provar a 
responsabilidade do homem: o clima seria muito 
mais influenciado pelas glaciações, pelo vulcanismo, 
pela quantidade de nuvens e por fenômenos 
astronômicos, como as manchas solares. 
 
 A maior parte do carbono da atmosfera é captada 
não pelas florestas, mas pelos oceanos. Quando se 
combina com a água do mar, o dióxido de carbono 
se transforma em ácido carbônico, dissolve-se no 
mar e forma carbonatos. Esses materiais constituem 
animais marinhos e também se depositam 
lentamente no fundo do mar, formando, com a 
passagem do tempo, as rochas calcárias. 
________________________________________________ 
*Anotações* 
 
 
 
 
 
 
********** ATIVIDADES 1 ********** 
 
Texto para as questões 1 e 2. 
 
O desafio de crescer sem poluir 
 
As nações emergentes assumem o posto 
de vilãs do aquecimento global 
 
 Quando se fala em aquecimento global, logo vem ao 
debate a importância de diminuir a poluição dos gases de 
efeito estufa. Dióxido de carbono, óxido nitroso e metano, 
os principais gases que prendem o calor na atmosfera, 
são liberados tanto por plantas e animais quanto pela 
indústria, pelos sistemas de transporte e por grande parte 
das usinas de energia elétrica. O esforço em cortar as 
emissões é mais polêmico para nações emergentes e 
populosas que estão se desenvolvendo, como a Índia e, 
principalmente, a China. Esses dois países se esforçam 
para crescer e acabar com a miséria. Segundo a Unicef, 
a China tem pelo menos 100 milhões de miseráveis e a 
Índia, cerca de 250 milhões – uma população maior que 
a do Brasil. Tirar esse enorme contingente da miséria é 
um desafio dos governos que, à primeira vista, vai contra 
a luta pelo corte das emissões de carbono na atmosfera. 
Quanto mais a economia crescer, mais a população vai 
consumir – e consumir implica emitir carbono na 
atmosfera. 
 Desde os anos 1990, quando começaram as pressões 
pela redução da poluição, as emissões na China 
aumentaram 40%. Analistas preveem que só em 2050 
poderá ser possível falar de uma redução concreta dos 
gases de efeito estufa. Com 1,3 bilhão de habitantes, a 
China ganhou recentemente o posto de o país mais 
poluidor do mundo, ocupando a posição que por décadas 
foi dos Estados Unidos. Apesar disso, cada chinês, em 
média, polui

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