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Resumo -Geografia, Pequena História Crítica

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Resenha
 Pequena história crítica: de
 Antonio Carlos Robert Moraes
SUMÁRIO
1 - O objetivo da Geografia…………………………………………………………………03
2 - O positivismo como fundamento da Geografia tradicional……………………..………04
3 - Origens e pressupostos da Geografia…………………………………………………....06
4 - Sistematização da Geografia: Humboldt e Ritter………………………………………..08
5 - Ratzel e a Antropogeografia…………………………………………………….………09
6 - Vidal de la Blache e a Geografia Humana……………………………..………………..11
7- Os desdobramentos da Proposta Lablachiana…………………………………...……….13
8- Além do Determinismo e do Possibilismo: A proposta de Hartshorne………………….15
9 - O Movimento de Renovação da Geografia……………………………….…………….17
10- A Geografia Pragmática…………………………………………………………...…...18
11- A Geografia Crítica………………………………………………………….…………19
 
1 - O objetivo da Geografia
 O que é a Geografia? Essa é uma questão de certa controvérsia no mundo científico, pois múltiplas definições lhe são atribuídas.
 A Geografia seria o estudo da superfície terrestre, essa definição é bastante usual, porém bastante abrangente. Essa definição tem seu significado etimológico no próprio termo Geografia, ou seja, a descrição da Terra.
 O estudo geográfico seria a síntese das ciências. De acordo com Kant, a Geografia define-se como sintética, descritiva e que visa o planeta como um todo. Outros autores relacionam a Geografia com a biosfera, a crosta terrestre, encobrindo em muitas casos, a vaguidade da definição do objeto de estudo.
 Para alguns autores, a Geografia é definida como o estudo da paisagem, montando a ideia de síntese, porém, dividindo-se em duas variantes, uma sendo mais descritiva enumerando os elementos e formas, a outra preocupando-se em mostrar as relações desses elementos. Da contemplação surgiria a explicação. A paisagem funcionaria como um organismo, com funções vitais e elementos que interagem. A Geografia busca as inter-relações entre fenômenos. Esta visão introduz a Ecologia no domínio geográfico.
 Outra proposta existente para a definição da geografia seria a diferenciação das áreas, através dessa diferenciação há a comparação. Dentre as definições, essa possui uma perspectiva mais restritiva em termos de abrangência do pensamento geográfico.
 A Geografia ainda é definida por alguns como o estudo do espaço. Tese não muito utilizada devido ser pouco desenvolvida e bastante vaga.
 Por fim, a ciência geográfica ainda é definida por alguns autores como o estudo das relações entre homem e o meio, ou seja, entre sociedade e natureza. Seria uma disciplina entre ciências humanas e naturais. Outros autores ainda definem a geografia como o estudo do homem e a natureza, porém, diferente do último, seria um estudo voltado sobre a ação do homem sobre a transformação do meio. Dentre todas essas definições, encontra-se a ideia de que a geografia trabalha, unitariamente, com os fenômenos naturais e humanos.
 Essas definições mostram a dificuldade da definição do objeto, definições tais que são genéricas, ainda não sendo específicas, nem a autores particulares.
 Essas perspectivas são da Geografia, Tradicional, ainda não sendo elaboradas as propostas do movimento de renovação. Isso mostra a complexidade da questão.
 Pode-se definir, que inexiste um consenso a respeito da matéria tratada na geografia, As várias definições mostram controvérsia. 
2 - O positivismo como fundamento da Geografia tradicional
Os postulados do positivismo dão unidade ao pensamento geográfico tradicional. O positivismo restringe-se aos aspectos visíveis do real, do que é mensurável, palpável, pondo o cientista como um mero observador da realidade. Isso é claramente observado na máxima - “A Geografia é uma ciência empírica, pautada na observação.”
 A Geografia tradicional se limita a descrição, a enumeração e classificação dos fatos relativos ao espaço, demonstrando que essas funções definiriam o trabalho científico. Desta forma, comprometendo estes próprios procedimentos, fazendo relações entre elementos de qualidade distinta. Por essa razão, a Geografia geral sempre se restringiu aos compêndios enumerativos e exaustivos.
 Ainda no positivismo há a ideia da existência de uma única interpretação, ou seja, não aceitando as diferenças de qualidade entre o domínio das ciências humanas e naturais, ideia demonstrada na máxima - “A Geografia é uma ciência de contato entre o domínio da natureza e o da humanidade.” Nesse contexto, o homem surge como um elemento da paisagem, como um fenômeno que acontece na superfície da Terra. A Geografia procurou ser uma ciência natural sobre os fenômenos humanos. Para C. Vallaux, o ser humano seria um agente de modelagem de relevo, o homem causaria uma certa “erosão”. Prova clara da visão sobre o homem de uma forma naturalista.
 O pensamento geográfico muitas vezes é definido pela máxima: “A Geografia é uma ciência de síntese”, o que mostra certa hierarquização das ciências. Isso mostra uma disciplina que relaciona e ordena conhecimentos produzidos por todas as demais ciências. Seria a função da análise geográfica trabalhar sobre os fenômenos como um todo,que compõe o real indo desde a Física aos domínios da Economia ou da Antropologia. Isso torna a análise geográfica exaustiva. Toda a vida e o que compõe a superfície da Terra seriam temas estudados.
 A continuidade do pensamento geográfico se sustenta em alguns princípios elaborados no processo de constituição dessa disciplina, tido como inquestionáveis. Formuladas a partir da pesquisa de campo, seriam conhecimentos definitivos de análise. São como elemento de unidade da Geografia. O “princípio da unidade terrestre” - A Terra só pode ser analisada como um todo; o “princípio da individualidade” - Cada lugar tem sua feição; “princípio da atividade”- Tudo na natureza está em constante dinamismo; “O princípio da conexão” - Todos os elementos da superfície terrestre e como os lugares se inter-relacionam. - “O princípio da comparação”- contraposição das individualidades dos lugares, o “princípio da extensão”- todo fenômeno manifesta-se numa porção variável do planeta; O “princípio da localização” - manifestação de todo fenômeno é passível de ser delimitada. Tais princípios definem os traços de estudos da Geografia. A generalidade de tais princípios permite que posicionamentos metodológicos antagônicos que convivem em aparente unidade.
 Essas máximas são responsáveis pela continuidade e unidade da Geografia. As dualidade geográficas afloram no trabalho prático da pesquisa em vista da não resolução do problema, ao nível teórico. As soluções são formais, e se diluem na pesquisa de campo. Se dá enfase a fenômenos humanos, ou aos naturais, ou então com visão global sobre o planeta, hora se avança na busca pela individualidade do lugar, ou se analisa superficialmente o todo. Estas dualidades perseguem a geografia tradicional, como uma sombra.
 São esses os princípios que sustentam a autoridade e legitimidade dessa disciplina. Essa prática mostra receio ás inovações e na falta de perspectiva, ainda são muitas vezes assimilados pelos autores de forma automática, sem avaliação detalhada, mesmo sem consciência de seus fundamentos implícitos.
 Diante todas essas razões, surgem as dificuldades de explicar o que é a Geografia. Ainda assim, não foi introduzido o movimento de renovação da Geografia, que aconteceu a partir dos anos sessenta, o qual engendra uma série de outras definições, além de abrir possibilidade para muitas outras. Com fundamentações fora do positivismo clássico ( fenomenologia, estruturalismo, neopositivismo, marxismo entre outras)., abrindo a discussão geográfica a outros caminhos, o que acaba por multiplicar a matéria aplicada a essa disciplina.
 Há também um temário geral ao qual se associa a designação da Geografia a outros caminhos, o que acaba por multiplicar a matéria aplicada a essa disciplina.
 Há também um temário geral ao qual se associa a designaçãoda Geografia, isso facilita a tarefa de definir essa disciplina, pois fornece uma indicação genérica e implícita da matéria por ela tratada, servindo mais para dizer o que não serve a geografia, isso acaba por criar um elo entre a geografia tradicional e pelo movimento renovador, principalmente por ter sido constituído nesse período.
 Pelo temário geral, essa disciplina discute fatos referentes ao espaço e mais, um espaço concreto, finito e delimitado - a superfície terrestre. Somente sendo geográfico quando o estudo aborde a forma, a formação ou a dinâmica e transformação do espaço terrestre. Qualquer outra tentativa de definir o objeto da Geografia, redundando novamente em “definição formal”. Sendo uma sociedade de classes, logo conflituosa, e sendo as ciências expressões dessa sociedade, como esperar que neles reine a harmonia? 
 A existência da diversidade metodológica expressa o conflito, que reina numa sociedade dividida em classes.
 A Geografia acaba por aceitar o rótulo que nomina os estudos abarcados pelo temário geral. As diferentes propostas sempre vinculam interesses de classes.
 Sendo essas as questões, fica a principal dúvida - o que é a Geografia? A Geografia nada mais é que apenas um rótulo, referenciado ao temário geral. Sua definição depende da postura política e do engajamento social de quem realiza o estudo. Assim, existem tantas geografias quanto foram os posicionamentos sociais existentes.
 A explicação fica subjacente a cada proposta, assim enfatiza-se os interesses e tarefas vinculadas a essa disciplina. A Geografia é uma prática social que pode ser de dominação (na maioria das vezes) mas também de libertação. Através das propostas e suas análises será possível identificar os agentes e práticas sociais. Em outras palavras investigar a luta geológica e o debate do que é a Geografia, propondo direcionamentos gerais que permitam pensar essa disciplina como libertadora.
3 - Origens e pressupostos da Geografia
 O termo Geografia é bastantes antigo, tendo sua orgiem na Antiguidade Clássica, especificamente ao pensamento grego. Esse rótulo já possuía diversas interpretações, como a definição de Tales e Anaximandro, que foca na medição do espaço e discute a forma da Terra, englobando assuntos que hoje são chamados de Geodésia; outra como a de Heródoto, que se preocupa com a descrição dos lugares em uma perspectiva regional. Também podemos citar a obra de Hipócrates, cuja principal obra chama-se “Dos ares, dos mares e dos lugares”. Muitas vezes, aparecem diferentes definições da Geografia na obra do mesmo autor, tendo como exemplo Aristóteles, que discute a concepção de lugar, meteorologia e suas descrições regionais, como sobre o Egito. 
 Podemos dizer que o conhecimento geográfico era muito diversificado, não tendo unidade. Por outro lado, muito do que hoje entendemos como geografia não era tema pautado nesse período. Esse quadro permanece até XVII. existem autores importantes desse período, como Cláudio Ptolomeu, que escreveu a obra Síntese Geográfica, principalmente na sua versão árabe Almagesto, que trazem de volta o pensamento grego na idade mádia. Também temos Bernardo Varenius, cuja obra Geografia Generalis se torna os fundamentos da teoria de Newton. Porém, podemos observar que nenhum dos temas tratados tem relação a Geografia atual. Definem-se como Geografia os relatos de viagem, escritos literários, compêndios e curiosidades sobre lugares exóticos, áridos relatórios estatísticos de administração e relatórios sobre fenômenos naturais, estudos sobre os continentes e o globo. Período chamado “pré-história da Geografia”.
 A sistematização do conhecimento geográfico no século XIX, sendo um conhecimento autônomo, assim, ajudando na própria constituição do modo de produção capitalista.
 O primeiro pressuposto diz respeito ao conhecimento sobre a extensão real do planeta. Essa condição começa a se realizar com as “grandes navegações”, e consequentes descobertas a partir do quinhentismo. Tendo por centro difusor a Europa, com elemento de processo de transição do feudalismo para o capitalismo. Esse processo de formação do espaço defini-se na humanidade no século XIX, havia consciência sobre os contornos gerais da superfície terrestre.
 Outro pressuposto de sistematização da Geografia é definido como um repositório de informações sobre os mais variados lugares da Terra, sendo uma base empírica para a Geografia, aparece como fundamento para a reflexão geográfica sólida. Era preciso muito mais que apenas conhecer as novas terras, era necessário montar estabelecimentos constantes para, enfim, apropriá-las. Com o desenvolvimento do comércio colonial, os Estados europeus acabam incentivando o inventário sobre recursos naturais, presentes em suas possessões, que acabaram por gerais mais observações científicas e dados sistemáticos. Entretanto, existe outra classe de pressupostos, essa sendo referida a evolução do pensamento, que é observado no movimento ideológico. Esses pressupostos implicam na valorização dos temas geográficos, que legitimam a criação de uma disciplina específica dedicada a temas de nível econômico e político.
 A valorização geográfica ocorre na discussão filosófica, principalmente no século XVII, propondo explicações globais e explicando os fenômenos do real.
 A meta das escolas nesse período é da afirmação das possibilidades da razão humana;, tendo uma explicação racional do mundo. Também haviam discussões filosóficas , como a Filosofia do conhecimento, tendo como exemplo Liebniz e Kant, que posta o nível da “razão pura” ou “razão prática”. Também podemos citar Hegel e Herder, que estudaram a Filosofia da História, que destaca a evolução do meio sobre a evolução da sociedade.Herder vê a Terra como “Teatro da Humanidade”, todos esses temas acabaram por trazer uma valorização a Geografia.
 Outra fonte da sistematização da geografia é identificada nos pensadores políticos do Iluminismo. Esses autores são porta vozes do regime político, sendo ideólogos da revolução burguesa, propuseram a organização institucional, que interessa ao modo de produção emergente. Em suas argumentações, era notável a discussão da forma de poder e organização do Estado. Rosseau, por exemplo discute a relação da gestão do Estado e as formas de representação e extensão de uma sociedade. Ele diz que a democracia só era possível nas nações pouco extensas, que os Estados de grandes dimensões territoriais tendiam necessariamente a formas de governo autocráticas. Outro autor, Monstesquieu, na obra O espírito das leis dedica um capítulo sobre a ação do meio no caráter dos povos. Em suas teses deterministas, os povos que habitam as regiões montanhosas tem indole pacífica (devido proteção natural do meio) já os povos que vive na planície seriam naturalmente guerreiros.
 Nos trabalhos da Economia Política há a valorização dos temas geográficos. Essa disciplina é responsável para a análise sistemática de fenômenos na vida social. Seu desenvolvimento se deve ás próprias necessidades práticas postas pelo comércio e relações públicas em geral. Os economistas discutiam questões geográficas, ao tratar de temas, como produtividade natural dos solos, dotação diferenciada dos lugares, recursos minerais, o problema da distância, o aumento populacional, entre outros.
 Finalmente, o temário geográfico tem autoridade, com o Evolucionismo, legitimando cientificamente essa disciplina. O Evolucionismo parte dos pensamentos de Darwin e Lamarck, nas obras dos primeiros geógrafos. Aparecem explicações sobre condições dos ambientes, tendo a adaptação ao meio como processo fundamental. Haeckel também é citado, pois ele acabou por desenvolver a ideia de Ecologia.
 No início do século XIX a sistematização estava sólida. A Terra já era toda conhecida. A Europa articulava um espaço de relações econômicas mundializado, e com o desenvolvimento do comércio até os lugares mais distantes. O uso dos mapas era cada vez mais constante e desenvolvido. A fé na razão humana, postada pela Filosofia abria um novoconceito, que abria a possibilidade de explicação racional para a realidade. As bases da ciência moderna já estavam assentadas. As ciências naturais eram um cabeçal de conceitos e teorias, que acabam por formular o seu método. Principalmente com temas geográficos legitimados com questão relevante, sobre o qual havia indagação científica. 
 Tal condição de constituiu no próprio processo de formação, no avanço e no domínio das sociedades capitalistas. Tal processo realiza pressupostos materiais, vinculados a evolução do pensamento. A Geografia foi, na verdade, um instrumento para a etapa final deste processo de consolidação do capitalismo, em determinados países da Europa. Na “fase heróica” da burguesia essa classe agia e pensava no sentido de transformar a ordem social existente.Sua luta dava um conteúdo progressista à sua prática do pensamento. Por outro lado, a sistematização geográfica ocorre num momento de domínio, trazendo a manutenção da ordem social existente. Esse é um dado para se compreender o que é a Geografia.
 O processo de transformação do feudalismo para o capitalismo manisfestou-se no continente europeu, porém, não de forma homogênea. Surgiram, assim, as singulares vias capitalistas, tendo a Geografia como filha de uma dessas vias. Os autores responsáveis por essa Geografia são Ritter e Humboldt, geógrafos alemães, país base para a elaboração geográfica no século XIX. Lá, aparecem os primeiros institutos e os primeiros compêndios para essa disciplina. Se formam então, as primeiras correntes desse pensamento, tal relação, entre o aparecimento da Geografia e o desenvolvimento do capitalismo na Alemanha não é gratuita, por isso é importante discuti-la.
4 - Sistematização da Geografia: Humboldt e Ritter
No início do século XIX, época da eclosão da Geografia, a Alemanha estava em umasituação de relações capitalistas tardias. O país ainda não existia devido não haver o Estado, a Alemanha ainda era formada por feudos, cuja única ligação reside em traços culturais. A primeira unidade econômica alemã surge no decorrer do século XIX, após isso surge a segunda unidade, que se tornou efetiva em 1870, com a unificação nacional. O poder sempre esteve presente nas mãos dos proprietários de terras, sendo absoluto a nível local. A estrutura feudal permanecia intacta. Com a influência das relações capitalistas, surge o “feudalismo modernizado”, ou seja, um relativo desenvolvimento do capitalismo, enquadrado por agentes sociais do feudalismo.
 O capitalismo então, entra no quadro agrário alemão sem afetar a estrutura feudal, ou seja, o poder permanece nas mãos dos elementos pré-capitalistas. Não ocorre na Alemanha, uma revolução burguesa, grupo este que acaba por se desenvolver à sombra do Estado, esse é o quadro da Alemanha na virada do século XVIII.
 O expansionismo napoleônico acaba por acender a ideia de unificação nacionalnas classes dominantes. Além de impulsionar o comércio interno, esta ação propiciou a industrialização em algumas cidades alemãs. Esse ideal de unidade tem sua primeira formação concreta em 1815, da chamada “Confederação germânica”, unindo Áustria e Prússia.
 As primeiras colocações no sentido da geografia esquematizada aparecem nas obras de dois prussianos ligados a aristocracia, Ritter e Humboldt. Ambos vivenciaram a revolução francesa: Humboldt nasce em 1769 e Ritter em 1779, ambos morrem em 1859, ocupando altos cargos da hierarquia universitária alemã.
Humboldt possuía formação naturalista e realizou inúmeras viagens. Seu trabalho não tinha conteúdo normativo explícito. Seus principais livros são Quadros da natureza e Cosmos, ambos publicados no primeiro quartel do século XIX. Humboldt entendia a Geografia como parte terrestre da ciência do cosmos, isto é, como uma síntese dos conhecimentos relativos a Terra. Cabe ao estudo geográfico reconhecer a unidade na variedade d fenômenos, pelo pensamento e observações. Dessa forma, a Geografia seria uma disciplina sintética, buscando a causalidade na natureza através de conexões. Humboldt propõe o “empirismo raciocinado”, a partir da observação. A paisagem deve causar uma impressão sintética no geógrafo (observador) e ser filtrada pelo raciocínio lógico. Daí a citação de Humboldt: “A causalidade introduz a unidade entre o mundo sensível e o mundo do intelecto”.
 Já a obra de Ritter é explicitamente metodológica, em seu principal trabalho “Geografia Comparada” sua norma é claramente normativa. A formação de Ritter é totalmente distinta a de Humboldt , enquanto aquele era geólogo e botânico, este possui formação em filosofia e história. Ritter define o conceito de “sistema natural”, isto é, uma área delimitada dotada de uma individualidade. Assim, a Geografia de Ritter trata dos estudo sobre os lugares, em busca da individualidade destes. Para Ritter a ordem natural obedeceria a um fim previsto por Deus, a causalidade da natureza obedeceria à designação divina ao movimento dos fenômenos. Sua proposta é, por essas razões, antropocêntrica, regional, valorizando a relação homem-natureza. A obra desses dois autores compõe a Geografia tradicional, sendo que todos os trabalhos posteriores vão remeter sobre suas postulações. Dá assim, a Geografia uma cidadania acadêmica.
 Podemos citar alunos geógrafos de Ritter, como E. Reclus, Semenov Tyan-Shanskiy, F. von Richthofen, entre outros. Porém, mesmo estes possuem formulações próprias. Isto não quer dizer que inexistam geógrafos importantes em outros países, basta pensar em Eliseé Reclus, da França, que mantém o eixo da discussão geográfica na Alemanha durante todo o século XIX.
 próxima geração mostra avanço na sistematização de estudos especializados, é o caso de W. Pecnk, com a Geomorfologia ( estudo do relevo ) e Hann Koppen, com a Climatologia. Dois alemães merecem destaque: O. Pershel e F. von Richthofen. O primeiro realizou uma revisão crítica sobre a obre de Ritter. Já Richthofen realizou inúmeros trabalhos de campo, aprimorando as atécnicas de descrição. Estes autores ajudaram a manter aberta uma via na história do pensamento geográfico, ora na Alemanha, ora em outros países da Europa, a Geografia sempre se constituiu de levantamentos empíricos e enumerações exaustivas sobre diferentes lugares da Terra.
 5 - Ratzel e a Antropogeografia
 Um revigoramento do processoa da sistematização da geografia surge com as formulações de Frierich Ratzl, autor prussiano, com suas obras lançadas durante o século XIX. Ratzel vivencia a constituição do real do estado nacional alemão. A Geografia de Ratzel foi um poderoso instrumento de legitimação dos desígnios expansionistas do Estado alemão recém-constituído.
 As relações capitalistas penetram tardiamente nesse país, numa conciliação herdada do feudalismo. Observou-se também que a Confederação germânica foi o primeiro passo da unificação. Mesmo assim, em meados do século passado, o poder encontrava-se disperso pelas unidades confederadas. A Prússia e a Áustria buscavam hegemonia dentro da Confederação. O segundo passo foram os levantes populares em 1848. A vitória da Prússia estabeleceu a prussianização da Alemanha. A principal característica prussiana era a organização militarizada da sociedade e do Estado. A direção estava na mão da aristocracia junker, os proprietários de guerra,os mais claros representantes da velha ordem feudal. Erguia-se então uma monarquia extremamente burocratizada, que estendeu as ações do Estado aos domínios civil. Essa unificação reacionária, essa organização militarizada e o expansionismo alemão pode ser explicado pela situação concreta da Alemanha. Este país emergia como mais uma unidade do centro do mundo capitalista, industrializada, porém sem colônias; sua unificação tardia deixou-a de fora da partilha dos territórios coloniais. Isso alimentou um expansionismo latente, que aumentou o próprio desenvolvimento interno.
 Ratzel é um representante típico do intelectual engajado no projeto estatal, sua obra propõe uma legitimação do expansionismo bismarckiano.
 A principal obra de Ratzel, denomina-seAntropogeografia - fundamentos da aplicação da Geografia à História, esta obra acaba por fundar a geografia humana. Nela, Ratzel define o objeto geográfico como o estudo da influência que as condições naturais exercem sobre a humanidade, atuando na fisiologia, psicologia e através desses, na sociedade. Em segundo lugar, a natureza influenciaria na própria constituição social, pela riqueza que o propicia. 
Para Ratzel, a sociedade cria o Estado: “Quando a sociedade se organiza para organizar o território, e acaba por transformar-se em Estado. A perda de território seria a maior prova de decadência de uma sociedade. Por outro lado, o progresso exige aumento de território, justificando a conquista de novas áreas. Com isso, Ratzel elabora o conceito de espaço vital, que representa uma proporção de equilíbrio. É clara a influência imperialista alemã na obra de Ratzel, nas justificativas a favor do expansionismo como algo inevitável.
 A geografia poposta por Ratzel privilegiou o elemento humano, e abriu várias frentes de estudo, valorizando questões referentes ao espaço e a história, formação de territórios, difusão dos homens no Globo, o isolamento e suas consequências. Em termos de métodos, a obra de Ratzel não avançou muito, Manteve a ideia de uma Geografia como ciência empírica, cujos procedimentos seriam observação e descrição. Ele mantém uma visão naturalista: reduzindo o homem a um animal, não diferenciando-o.
 Os discípulos de Ratzel constituíram a chamada “Escola Determinista” da Geografia.
 Um grande exemplo dessa corrente foi a primeira geógrafa Americana, aluna de Ratzel, e a primeira a levar as teses deterministas para o EUA.
Seu nome é Ellem Semple, e em sua teoria que relaciona os aspectos das regiões e sociedades. Ela relacionou o relevo das regiões com as culturas em que observou 
e concluiu que: nas regiões planas os povos eram Monoteístas, já nas regiões em que havia relevo os povos eram Politeístas.
Outro grande exemplo foi o inglês Elsworth Huntington, cuja principal obra denomina-se clima e sociedade. O autor concebia um determinismo invertido, dizia que quando o ambiente era complexo para a adaptação, maior era seu desenvolvimento de sociedade.
Usou como exemplo: Nos rigores do inverno as necessidades eram impostas para abrigo e estoque de alimento. E essa teoria diz que com isso teria contribuído para o desenvolvimento das sociedades Europeias.
 E coloca também que , territórios ou países tropicais são mais estagnados e consequentemente menos produtivos, ou seja tem tendências a serem subdesenvolvidos ou/e dominados por outras sociedades. Essa corrente está dedicada ao estudo de dominação de territórios, partiu das colocações Ratzilianas, a ação do Estado sobre o espaço. Os autores principais, que desenvolveram e aperfeiçoaram técnicas e teorias, que colocavam em pratica o imperialismo e expansionismo. Estudavam firmemente exaustivamente formas de defesas , conquistas e como manter os territórios.
Os exemplos principais dessa corrente são: Kjelen , Mackinder e Haushofer
O Sueco Kjelen, como criador do rótulo da Geopolítica.
O inglês Mackinder, coloca em pauta os estados-maiores, tratou de temas como domínios de rotas marítimas, e relações internacionais. Mackinder também desenvolve a teoria das “áreas pivôs”, que ele tratava como o coração de um dado território (ponto fraco) . E quem descobrisse esse dado, dominaria o território por completo.
E por ultimo e não menos importante, o general alemão Haushofer, amigo de Hitler, presidente da academia germânica no seu governo.
Foi outro teórico de geopolítica, e desenvolveram varias estratégias militares, desenvolvendo teorias referentes a clima sobre soldados e planos de extensão nazistas.
Contudo, até os dias de hoje a geopolítica esta presente nas academias militares.
 Outra corrente formada foi a chamada: “escola ambientalista”, está bem mais recente.
Essa linhagem estuda e propõe , o homem em relação aos elementos do meio onde vive.
A junção dos elementos naturais é dado como ambiente vivenciado pelo homem.
Essa corrente é muito mais sutil do que as demais, pois não é completamente determinista, absoluta e fatalista. A natureza agora é vista como suporte para a vida. Novamente, como Ratzel citava, sua ciência era natural.
O ambientalismo se desenvolveu apoiado na Ecologia, que estuda as relações dos organismos no meio em que estão inseridos.
Haeckel, foi o primeiro a formular a Ecologia, e Ratzel acrescenta e desenvolve a ecologia no determinismo e consequentemente no ambientalismo.
6 - Vidal de la Blache e a Geografia Humana
Paul Vidal de la Blache formulou as colocações que se opõe as de Ratzel. O enfoco vai para os traços gerais do desenvolvimento histórico francês no século XIX, em conjuntura da terceira república e o conflito de interesses na Alemanha.
 A França foi quem realizou de uma forma mais pura, a revolução burguesa, a burguesia deu afeição ao Estado que mais respondia a seus interesses. A centralização do poder estava garantida pela monarquia. Isso havia propiciado a formação de uma burguesia sólida, com aspirações consolidadas, com uma ação nacional. Napoleão Bonaparte completou esse processo do desenvolvimento capitalista, o qual teve sua ruptura na revolução francesa, no momento que a burguesia tomou uma postura revolucionária, e fizeram um projeto que atendia os interesses do conjunto da sociedade.
 Isso trouxe, para a arena política, as camadas populares da sociedade. Inicia-se então, a luta de classes, por essa razão, a França foi o berço do socialismo militante, lugar onde o caráter classista da democria burguesa se revelou. As jornadas de 1848 e da Comuna de Paris revelaram a dominação burguesa, refletindo no fim da fase heróica desta classe, que era dominante e lutava para manter o poder sobre o Estado. Forjou-se uma ideologia da defesa das liberdades formais, subjugada a ordem. A ciência acaba por cumprir um papel importante nesse movimento ideológico, foi posta distante dos interesses sociais, envolvida num manto de neutralidade.
 Na segunda metade do século XIX, a França e a Alemanha, no caso ainda a Prússia, disputavam o controle continental da Europa. Havia choque de interesses entre França e Alemanha, uma disputa entre imperialismos, que acabou por gerar a guerra franco-prussiana, em 1870, na qual a Prússia saiu vencedora. A França acaba por perder seus territórios Alsácia e Lorena, que eram vitais para sua industrialização, pois neles estavam suas minas de carvão. Cai então o segundo império de Luís Bonaparte, e ocorre o levante da Comuna de Paris. Nesse período a Geografia se desenvolveu, e com o apoio deliberado do Estado francês. A disciplina foi colocada em todas as séries do ensino básico,e forma criados os Institutos de Geografia.
 A Geografia de Ratzel legitimava a ação imperialista do estado Bismarckiano. O pensamento geográfico francês nasceu da vontade de derrubar essa ação. Por terem sido diferenciadas as vias do desenvolvimento capitalista na Alemanha e França, forma diferentes as formas de dominações de conteúdo. A proposta de Ratzel exprimia o autoritarismo, enquanto a de Vidal mostrava um tom mais liberal. Vidal, vestindo uma capa de objetividade, condenou a vinculação entre o pensamento geográficos e a defesa de interesses políticos imediatos. Isso não quer dizer, que a geografia vidaliana não veiculasse uma legitimação ideológica dos interesses franceses. Os temas políticos não eram tratados diretamente, a legitimação do imperialismo francês. Vidal imprimiu o mito da ciência asséptica, que acabou originando o recuo do pensamento burguês. Entretanto, a Geografia francesa esconjurou a Geopolítica e veio a criar uma especialização denominada Geografia Colonial.
 Outro carácter de Ratzel é seu tom naturalista. Ou seja, Vidal criticou a minimização do elemento humano, que era passivo nas condições do meio. Na visão de Ratzel, “a Geografia é uma ciência de lugares, não de homens”.
 Uma crítica de Vidal a Antropogeografia, ataca a concepção mecanicistada relação homem e natureza. A partir desses pontos, Vidal construiu sua proposta para Geografia, sempre com diálogo crítico com sua congênere alemã. Nesse período e com esse autor, observamos a Geografia com uma nova visão, que ia além das enumerações exaustivas e dos relatos de viagem. Lembrando de outros autores, podemos citar Elisée Reclus, menos por suas formulações do que por seu engajamento político, ímpar entre os geógrafos. Reclus foi militante anarquista e participou da Comuna de Paris. Porém, Reclus passou grande parte de sua vida exilado, tendo pouca influência na evolução da geografia francesa.
 Vidal argumenta que, uma vez estabelecido, o gênero da vida tenderia a reprodução simples. Entretanto, alguns fatores podem agir, impondo uma mudança no gênero da vida. Relaciona a possibilidade de exaurimento dos recursos existentes, o que obrigaria certa população a migrar, cruzando as barreiras naturais. Outro fator de mudança seria o crescimento populacional, que poderia impulsionar a busca por novos recursos, para dividir entre a comunidade existente e a criar novos núcleos, gerando assim um processo de colonização. Finalmente, o contato com outros gêneros de vida foi destacado por Vidal como fator de mudança. Em sua visão, os contatos proporcionariam arranjos mais ricos. As comunidades seriam “oficinas de civilização”, assim os gêneros se difundiriam pelo globo, num processo de enriquecimento mútuo, o que levaria ao fim dos localismos. Vidal intitulava este termo de “domínios da civilização”. A Geografia estudaria então os gêneros de vida e sua difusão, tudo isso tendo em vista as obras humanas sobre o espaço, criadas pelas sociedades, na sua relação histórica e cumulativas com diferentes meios naturais.
 Já é possível observar o sutil argumento que, num mesmo discurso, acaba por criticar o expansionismo germânico ao mesmo tempo que resguarda a ação colonial francesa. Qualquer tentativa de não respeitar os domínios era considerada agressão, visto que esses estavam nos limites da civilização. Vidal abriu a possibilidade de falar da “missão civilizadora do europeu na África, assim legitimando a ação colonialista francesa.
 Em termos de método, a proposta La blachiana não rompeu com as formulações de Ratzel. Vidal era mais relativista, negando a ideia de causalidade e determinação de Ratzel; assim seu enfoque era menos generalizador. Ele, mais que Ratzel, hostilizou o pensamento abstrato e o raciocínio especulativo, propondo o método indutivo, com dados de observação direta. Considera-se a realidade no mundo dos sentidos, limita-se a explicação dos processos e elementos visíveis. La Blache propõe a seguinte análise geográfica: observação de campo, indução a partir da paisagem, particularização da área enficada, o que acaba culminando numa tipologia.
 Vidal de La Blache acentuou o propósito humano da Geografia, vinculando seus estudos geográficos à Geografia Humana. A Geografia Vidalina fala da população, de agrupamento, e nunca da sociedade;fala de estabelecimentos humanos; não de relações sociais; fala das técnicas e dos instrumentos de trabalho, porém não do processo de produção. Enfim, discute o elemento homem-natureza, não abordando a relação entre homens. Por isso está presente a visão naturalista, apesar do apelo a história, que está em sua proposta.
7- Os desdobramentos da Proposta Lablachiana
Vidal fundou a corrente que se tornou majoritária no pensamento Geográfico. Pode-se dizer que, após suas formulações, o núcleo central dessa disciplina estava constituído.
Influenciando diversos outros geógrafos.
La Blache criou uma doutrina, o Possibilismo, e fundou a escola francesa de Geografia.
Onde se iniciou debates e discussões Geográficos.
Seus seguidores, desenvolveram a proposta lablachiana, em toda sua potencialidade. Cada um com um ponto de vista, mas mantinham a essência fundamental das colocações de La Blache.
A Própria geografia Francesa, foi uma continuação, dessas propostas geográficas.
Alguns discípulos tentaram completar as propostas de La Blache;
Tais como:
E. Demartonne, que escreveu uma Geografia Física, com colocações Vidalinas.
Outros geógrafos, tomaram seus fundamentos e desenvolveram propostas próprias de definição do Objeto.
Que foi o caso do J. Brunhes, que escreveu a Geografia Humana. ( classificação positiva dos fatos Geográficos).
Outros ainda, enfocaram um ponto especifico da proposta vidalina, que foi o caso de A. Demangeon, que relevou a problemática econômica, dando enfase nas instalações humanas perante as atividades produtivas. E elaborou o conceito de "meio geográfico", que seria diferente do meio fisico.
Outros autores como C. Vallaux, que aceitou algumas propostas polemicas e fundamentalistas de La Blache. Ele dizia que a Geografia Humana, deveria estudar o "quarto estado da matéria".
Que seria, debater sobre as transformações criadas pelo trabalho humano, ou melhor;
"Discutir a transformação aparente das coisas da superfície, realizadas pelo homem".
Outros discípulos de La Blache,como: H. Bauling, R. Blanchard ou J. Sion... Entre outros;
Enfatizaram temas específicos, como a Geografia Histórica, comercio e Relações internacionais.
Vidal de La Blache, planejou uma obra coletiva, a Geografia Universal. Que foi executada por seus discípulos. Neste trabalho como tema central, temos o conceito de "Região", que agora se torna uma unidade de analise geográfica, assim a região não seria apenas uma instrumento teórico de pesquisa, mas agora era também, um dado da própria realidade.
As regiões existiriam de Fato, e caberia ao geografo descrevê-las, delimitá-las, e explicá-las.
E assim, pela observação, seria possível estabelecer a dimensão territorial, localizá-la e traçar seus limites, E daria ao território singularidade e caráter individual.
Desta forma, a geografia seria um trabalho de identificação das regiões do Globo.
A noção de região, se originou na Geologia, e trazida para a geografia por L. Gallois.
Com Vidal, e de forma progressiva apartir dele, o conceito de Região foi humanizado.
Apesar de muitos autores terem associado, os processos históricos de povoamento e organização de uma região ás condições naturais aí existentes.
A região foi considerada um produto histórico, que expressaria a relação dos homens com a natureza. Este processo de historiacização do conceito de região expressou o próprio fortalecimento de Geografia Humana, tal como a proposta de La Blache.
E assim, a região viria ser majoritária e usual na analise geográfica.
Assim os estudos de Geografia Regional esquadrinharam o Globo, gerando uma considerável acervo de análises Locais.. O acúmulo de estudos regionais propiciou o aparecimento de especializações, que tentavam fazer a síntese de certos elementos por eles levantados. 
Com esses levantamentos de regiões, e predominantemente a região agrária, foi necessário desenvolver a Geografia Agrária.
Com os estudos e levantamentos de Redes de cidades, hierarquias,funções de cidadania e etc. Foi desenvolvida a Geografia Urbana.
 E assim por diante com os levantamentos e estudos de outras áreas, deram origem a Geografia das Industrias, da População, ou do comercio…
Isto levou a uma setorização dos estudos, e, no limitem a análise regionais especializadas.
Destas especializações dos estudos regionais, a que manteve a perspectiva mais globalizante foi, sem duvida, a Geografia econômica. Que envolvia diversas áreas, industria, comercio, agricultura, transportes e etc.
A geografia econômica desenvolveu-se bastante, chegando a se constituir num domínio autônomo do pensamento geográfico, diferenciando e igualando em importância a Geografia Humana.
Na verdade a Geografia Econômica, foi um dos focos destacados de surgimento do movimento de renovação de pensamento geográfico, estando assim no limite da Geografia tradicional. Entretanto, sua origem remonta, em duvida, à Geografia Regional de inspiração vidalina. La Blache influenciou também, alguns historiadores. Como o exemplo das colocações de LucienFebvre ,o livro: A terra e a evolução humana.
que apresenta diversas ideias de La Blache, confrontando as ideias de Ratzel.
Foi Febvre que criou os termos Determinismo e Possibilismo, assumindo integralmente o conteúdo deste ultimo. Assim também, se desdobrou uma Geografia Histórica.
Foram diversas propostas Vidalinas. Porém o autor que realmente avançou suas formulações, e dando uma proposta mais elaborada, foi Max Sorre. 
O conceito central foi o de Habitat, uma porção do planeta vivenciada por uma comunidade que a organiza. “A morada do Homem”.
A Geografia de Sorre pode ser entendida por um estudo da Ecologia , isto é as alterações que o homem faz no meio natural. É possível considerar que o estudo de Sorre é como uma Ecologia Humana.
As propostas posteriores, que fecharam o ciclo da Geografia Tradicional na França, foram as de M. Le Lannou e A. Cholley.
Le Lannou concebeu a Geografia eminentemente regional, definindo-lhe o objeto como o “o homem habitante”. Assim, entendeu a questão das formas de ocupação e exploração do solo. Este autor, privilegiou a organização social, criticando o naturalismo. Reforçou o caráter humanodo estudo geográfico.
Cholley concebeu a Geografia como uma “Ciência de Complexos”, tentando nesta proposta restaurar a unidade entrea Geografia Fisica e Humana.
8- Além do Determinismo e do Possibilismo: A proposta de Hartshorne 
 A outra grande corrente do Pensamento Geográfico, que poderia se denominar com certa impropriedade Geográfica Racionalista, vinculou-se aos nomes de A. Hettener e R. Hartshorne. Com menor carga empirista em relação a outros.
Isto decorreu da diferenciada fundamentação filosófica desses autores. A Geografia de Hettener e Hartshorne fundamentava-se no neokantismo de Rickert e Windelband.
Alfred Hettener foi um Geografo alemão, publicou suas obras entre 1890 e 1910, tendo sido assim influenciado pelo refluxo das criticas francesas ás colocações de Ratzel. Por essa razão, suas teorizações foram a busca de um terceiro caminho para análise Geográfica, que não fosse o do Determinismo e do Possibilismo. 
Hettner vai propor a Geografia como a ciência que estuda “a diferenciação das áreas”.
Diferença está que ,para ele é apreendida ao nível do próprio senso comum.
Para Hettener, o caráter singular das diferentes parcelas do espaço adviria da particular forma de inter-relação dos Fenômenos já existente.
Foi somente através de sua retomada por Richard Hartshorne, um renomado Geógrafo americano, que a proposta de Hettener passou a ser amplamente discutida.
Os Eua haviam sido, no pensamento Geográfico, meros repetidores das teses européias,
Hartshorne introduziria o pensamento de Hettener, ao contrário dos anteriores, desenvolvendo e aprimorando a ideia.
Foi somente a partir dos anos trinta que a Geografia americana se desenvolveu.
 Após 1930, desenvolveram-se aí duas grandes escolas de Geografia. Uma na California, aproximou-se bastante da antropologia, elaborando a Geografia Cultural.
“As Paisagens Culturais”, isto é, a analise das formas que a cultura de um povo cria, na organização de seu meio. A outra, batizada de Escola do Meio Oeste, aproximou-se da Sociologia funcionalista e da Economia.
Esta escola, ainda hoje bastante ativa, foi pioneira no uso dos modelos e da quantificação.
Hartshorne publicou em 1939 um livro, “A natureza da Geografia”, que foi mundialmente discutido.
E está vai ser a Ultima tentativa de Agilizar a Geografia Tradicional. 
A primeira diferença da proposta de Hartshorne, é a de defender a ideia de que as ciências se definiram por método próprio, não por objetivos singulares .
 E assim, a Geografia teria sua individualidade e autoridade, para analisar a realidade.
Isto viria do fato, de que a Geografia é uma disciplina aborda variados temas complexos abordados em diversas outras ciências.
Desta forma, Hartshorne deixou de procurar um objeto para a geografia, entendendo-a como um “Ponto de Vista”. Seria um estudo das inter-relações, entre fenômenos heterogêneos, apresentando-as numa visão sintética. 
Pois para ele, a Geografia seria um estudo da “variação de áreas”
Os conceitos Básicos Formulados do Hartshorne , foram os de “área” e de “integração”,
ambos Referidos ao método. A área seria uma parcela da superfície terrestre, diferenciada pelo observador, que a delimita por seu caráter, isto é, a distingue das demais.
Dependendo do dados selecionados, a delimitação, será diferente. A área é construída idealmente pelo pesquisador, a partir da observação dos dado selecionados.
Assim, a área seria construída no processo de investigação, onde a área seria uma fonte inesgotável de inter-relações.
Hartshorne, argumentou que os fenômenos variam dependendo do lugar, e consequentemente as inter-relações também se alteram, e os elementos possuem relações no externo e no interno da área.
A forma de estudo de Hartshorne, denominou a Geografia Idiográfica, um analise singular de cada área ( de um só lugar).
E propôs também, a Geografia Nomotética. Esta deveria ser generalizadora, apesar de parcial. 
Desta forma ele articulou a Geografia Geral e a Regional. diferenciando pelo nível de profundidade de suas colocações. A geografia Nomotética, possibilitou analise tópicas, isto é centradas em um conjunto de temas articulados ( Por exemplo: A Geografia do Petróleo).
Está segunda perspectiva instrumentalizou os “diagnósticos”, e deu possibilidade para o uso da quantificação e da computação em Geografia. 
9 - O Movimento de Renovação da Geografia
A Crise da Geografia Tradicional, e o movimento de renovação a ela associado, começam a se manifestar já em meados da década de cinquenta e se desenvolvem aceleradamente, nos anos posteriores.
A partir de 1970, a Geografia Tradicional está definitivamente enterrada; suas manifestações, dessa data em diante, vão soar como sobrevivências, resquícios de um passado já superado
Está crise é benéfica, pois introduz um pensamento crítico , frente ao passado desta disciplina e seus horizontes futuros. Introduz a possibilidade de novo, de uma Geografia mais Generosa.
Em primeiro lugar, o desenvolvimento do modo de produção capitalista havia superado seu estágio concorrencial, entrando na era monopolista, não se tratava mais de múltiplas empresas, com burgueses médios concorrendo no mercado. Vivia-se a época de grande trustes, do monopólio e do grande capital. Uma revolução tecnológica entrepunha aos dois momentos . O Liberalismo econômico estava já enterrado; a grande crise de 1929 havia colocado a necessidade da intervenção estatal na economia. 
Propunha-se agora a ação do Estado na ordenação e regularização da vida econômica.
Em segundo lugar, o desenvolvimento do capitalismo, A urbanização atingia graus até então desconhecidos, apresentando novos fenômenos desconhecidos e complexos, como a megalópoles, o quadro Agrário bem modificado e mais complexo com a industrialização, em varias partes do mundo.
O lugar já não se explicava em sí mesmo; os centros de decisão das atividades ali desenvolvidas localizavam-se, muitas vezes, a milhares de quilômetros.
Vivia-se o capitalismo das empresas multinacionais, dos transportes e das comunicações interoceânicas. A realidade local era apenas ole de uma cadeia, que articulava todo o planeta.
Isto defasou o instrumental de Pesquisa da Geografia, colocando em crise as técnicas tradicionais de analises Geográficas. As coisas nesse momento se tornam mais complexas, e precisariam de renovação, para descrever os fenômenos e descrição da superfície terrestre.
Estabelece-se uma crise de Linguagem,de metodologia de pesquisa.
Em terceiro lugar, o Próprio fundamento filosófico, sobre o qual se assentava o pensamento geográfico tradicional, havia ruído. Sofria críticas internas e renovações, das quais a Geografia passou a largo. O desenvolvimento das ciências e do pensamento Filosófico ultrapassaram em muito os postulados positivistas. Assim, mesmo ao nível desse pensamento , ocorrerá uma renovação, à qual a Geografiapermanecerá alheia. 
A própria complexidade da realidade e dos instrumentos de pesquisa, havia envelhecido as formulações do positivismo clássico. A crise deste, foi também uma das razões da crise da Geografia, que nele se fundamentava .
A indefinição do objeto de análise seria um desses primeiros pontos. Outro ponto, foi a questão da generalização, A falta de Leis. 
O fundamento positivista clássico é negado por todos, porém o que deve substituí-lo é a matéria das mais polêmicas. Assim, conforme as propostas e perspectivas que cada autor vislumbra ou defende, cada um possuirá um nível de questionamento, enfocará sua crítica do conhecimento tradicional, num determinado ângulo, destacando aqueles pontos que melhor se adequem a introduzir sua proposta. 
O movimento de Renovação, ao contrário da Geografia tradicional, não possui uma unidade; representa mesmo uma dispersão. Entretanto, é possível agrupá-las, em função de seus propósitos e de seus posicionamentos políticos, em dois grandes conjuntos: Um pode ser denominado Geografia Pragmática, outro Geografia Crítica. 
10- A Geografia Pragmática 
A Geografia Pragmática é um conhecimento voltado para o futuro, uma geografia Aplicada. Desta forma , seu intuito geral seus intuito geral é uma “renovação metodológica”, o de buscar novas técnicas e uma nova linguagem, que de conta das novas tarefas postas pelo planejamento. A finalidade explícita é criar uma tecnologia Geográfica, um móvel utilitário. 
É um questionamento da superfície da crise, não de seus fundamentos. É um instrumento de dominação, a serviço do Estado Burgues. A Geografia Pragmática é uma tentativa de contemporaneizar um conhecimento que levanta informações e legitima a expansão das Relações capitalistas. Duas tarefas diferentes, em dois momentos históricos distintos, servindo a um mesmo fim. Neste sentido, o pensamento geográfico pragmático e o tradicional possuem uma continuidade. A renovação conservadora da Geografia do positivismo clássico para o neopositivismo, produz um empobrecimento do grau de concretude do pensamento Geográfico. A geografia quantitativa,o temário geográfico poderia ser explicado totalmente com uso de métodos matemáticos. Para eles, os avanços da estatística e da computação, propiciam uma explicação geográfica.
Outra via da Geografia Pragmática vem da teoria de sistemas; daí ser chamada a Geografia Sistêmica ou Modelística. O investigador deve preencher os itens do modelo assumido, com os dados da realidade enfocado. A articulação entre esses dados constantes e variáveis, fornecerá, por uma por uma elaboração no computador, os resultados em termos de padrões e tendências. Os modelos originaram-se basicamente na economia. 
Estes modelos expressariam um grande nível de generalidade sendo válidos para qualquer ponto da superfície terrestre .
Assim os modelos seriam tanto quanto os sistemas existentes no real, passíveis de uma analise geográfica. A analise modelística permite selecionar os elementos do estudo, relacioná-los de acordo com os interesses do pesquisador. A geografia quantitativa, o uso dos modelos e da teoria dos sistemas articulam-se numa proposta que, no Brasil se desenvolveu da Geografia Teorética.
Tal perspectiva constitui-se na espinha dorsal da renovação pragmática.
Estas teorias, elaboram-se com o uso do instrumental quantitativo, sistêmico e modelístico. São operalizações especificas da Geografia pragmática..
A Geografia pragmática, aquela que se aproxima da psicologia, formulando o que se domina Geografia da percepção, ou comportamental. 
Esta buscaria entender como os homens percebem o espaço, os seguidores dessa corrente tentam explicar a valorização subjetiva do território, a consciência do espaço vivenciado, o comportamento em relação ao meio.
Esta é uma perspectiva bastante recente, que ainda não acumulou uma produção significativa. Todas interessam a um fim utilitário.
A quantitativa permite a elaboração de “Diagnósticos” .
A ideia de sistema está presente, pois a ação do planejamento se efetiva fundamentalmente pela criação ou reordenação de “fluxos”, pela organização de “partes”, visando o equilibro do “todo”.
A Geografia pragmática, desenvolve uma tecnologia de intervenção na realidade.
Aposição politica do planejador manifesta-se na escolha dos modelos, pois estes já indicam o caminho a ser seguido. Seus fundamentos, enquanto um saber de classe, estão indissoluvelmente ligados ao desenvolvimento do capitalismo monopolista.
Fora da órbita estatal, o planejamento é diretamente um elemento de gerencia das empresas capitalistas. A polêmica, entre as duas vertentes, reflete o antagonismo político existente na sociedade burguesa; Manifesta a contradição de classe, na discussão de um campo especifico do conhecimento, Uma luta ideológica.
Ao conceber a superfície da terra, como um espaço abstrato de fluxos, ou uma superfície isotrópico, sob a qual se inclina o planejador, e assim a desistoricizam e a desumanizam.
Conceber a região como região -plano, a área de intervenção, cuja a dinâmica é dada pela a ação do planejador.
11- A Geografia Crítica 
 
Uma Postura frente a realidade, frente a ordem constituída, mostram o trabalho dos geógrafos, como articulado ás razões do Estado . Enfim, os Geógrafos críticos apontaram a relação entre a Geografia e a Superestrutura da dominação de classe, na Sociedade capitalista. Os compromissos Sociais do discurso geográfico, seu caráter classista. As razões da crise foram buscadas fora da Geografia.
-“A geografia serve, antes de mais nada, para fazer a guerra.”
Essa geografia seria feita, na prática ao se estabelecer estratégias de ação de domínio.
Porém, sempre existe vinculada à gestão do poder. A “Geografia dos Professores”, seria a denominada tradicional, e teria dupla função: Em primeiro lugar, mascarar a existência da
 “Geografia do Estados-Maiores”. Apresentando a geografia como um saber inútil. 
Em segundo lugar, a Geografia dos Professores, serve para levantar uma, de uma forma camuflada, dados para a “Geografia do Estados-Maiores”.
-“É necessário saber pensar o espaço, para nele se organizar, para saber nele se combater”
A Geografia Crítica assume inteiramente um conteúdo politico explicito, que aparece de forma cabal na sua afirmação “ A Geografia é uma prática social em ralação à Superfície terrestre”
Ou “ A questão do espaço não pode ser uma resposta filosófica para problemas filosóficos, mas uma resposta calcada na prática social” .
E aparece na afirmação de M. Santos, “ O espaço é a morada do homem, mas pode ser também a sua prisão. 
Vê-se que a renovação geográfica pode ser pensada. 
A geografia critica tem suas raízes na ala mais progressista da Geografia Regional Francesa.
E assim, a Geografia Regional Francesa aproximou-se da história da economia, e desse processo surgem as primeiras manifestações de um pensamento geográfico crítico, ao se introduzir na análise regional de novos elementos. A primeira manifestação clara, foi proposta como Geografia Ativa. Que marcou a geração de Geógrafos.
Fazendo da geografia, um instrumento de ação politica,assim abrindo novos horizontes e ideias.
Vê-se que os caminhos buscados pelas várias propostas de geografia Crítica são numerosos, diferentes e todos igualmente importantes.
Porém as velhos pensamentos e didáticas são continuamente aplicadas nos homens e no espaço. E M. Santos cita que: “Produzir, é produzir espaço”.
Afirma que a organização do espaço é determinada pela tecnologia, pela cultura e pela organização social e os indivíduos que os administram.
A unidade da Geografia Crítica Manisfesta-se na postura de Oposição a uma realidade social e espacial contraditória e injusta, fazendo-se conhecimento geográfico uma arma de combate à situação existente.
Os geógrafos críticos, em suas diferenciadas orientações, assumem a perspectiva popular, a da transformação da ordem social.

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