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@vem.crm CRONOLOGIADOENÇAS EXANTEMÁTICAS NA INFÂNCIA Momento do contagio: individuo suscetível, que nunca teve a doença, nunca foi vacinada e foi exposta ao agente infeccioso Período incubação: px já foi contaminado, mas não tem nenhuma manifestação clinica, o agente infeccioso está se replicando em órgãos internos. DICA: doenças virais 1-3 semanas Inicio dos sintomas: - PRÓDROMOS: aquilo q antecede o período principal da doença · FEBRE (qual o padrão da febre?) · Sinais típicos · Enantemas · O paciente JÁ TRANSMITE O AGENTE INFECCIOSO!!! - FASE PRINCIPAL: · EXANTEMA · Tipo Maculopapular OU Vesicular · Progressão se começa na cabeça, no tronco · Descamação - FASE FINAL: · Convalescência EXANTEMA COM FEBRE SARAMPO PARAMPO36 - Paramixovírus Transmissão: gotículas respiratórias, por aerossol (maiores distancias) - PI: 8-12 dias / 1-3 sem - PRÓDROMOS: PRÓDROMOS EXANTEMA CONVALESCÊNCIA TOSSE, Febre, Coriza, CONJUNTIVITE (fotofobia): ENANTEMA *Manchas de Koplik: pequenas máculas brancas com halo de hiperemia ao redor na face interna das bochechas (PATOGNOMÔNICO) TIPO: MORBILIFORME (lesões máculo-papulares com tendência à confluência e permeio de pele sã) INÍCIO: pescoço, face e retroauricular (linha de implantação dos cabelos) PROGRESSÃO: crânio-caudal lenta DESCAMAÇÃO: furfurácea aspecto acastanhado, fina descamação da pele, semelhante a farelo A tosse é marcante, sendo um dos primeiros sintomas a surgir e um dos últimos a desaparecer. Quanto à febre, esta atinge o máximo quando surge o exantema. COMPLICAÇÕES - Trato respiratório: pneumonia, OMA, bronquiolite, traqueite, crupe, sinusite, mastoidite, TBC - Gastrointestinal: diarreia e vômitos, apendicite - SNC: convulsões, encefalite, panencefalite esclerosante subaguda (PEES) - Outras complic: sarampo hemorrágico/ sarampo negro, miocardite, infecção na gravidez Complicação + frequente: OMA Principal causa de óbito: PNEUMONIA TRATAMENTO - Vitamina A (fundamental p integridade da mucosa) MS – VITAMINA A 2 doses (no dia do dx e no dia seguinte) - 12 meses: 2000.000 UI em cada dose - NOTIFICAÇÃO IMEDIATA ! OBS: quando internar = isolamento áereo PROFILAXIA * Profilaxia pré-contato: VACINA * Profilaxia PÓS-contato: Vacina: até o 3º dia após a exposição ao vírus A vacina é capaz de fazer produzir anticorpos em menos tempo que o PI do vírus É uma vacina de vírus vivo IG padrão: até o 6º dia após a exposição Imunodeprimidos, Grávidas não vacinada, > doença visceral, coagulopatia VARICELA CONGÊNITA ( 12 anos: a partir dessa idade pode ser + grave · 2º caso no domicilio (contaminado dentro de casa, exposto a uma maior carga viral) · Doença cutânea grave ou pulmonar · Uso de CTC (em dose não imunossupressora) · Usuário crônico de AAS síndrome de reye (degeneração hepática + encefalopatia) Em caso de resistência ao ACICLOVIR indicar FOSCARNET Aciclovir venoso · Imunodeprimidos · RN · Varicela progressiva INTERNAÇÃO: PRECAUÇÃO AÉREA!!! PROFILAXIA Pré contato: imunização Pós contato: - Vacina – Varicela 54 – até o 5º dia de exposição (preferencialmente até o 3º dia) Para fins de bloqueio a vacina pode ser feito em > 9 meses Vacina de vírus vivo atenuado - IGHAVZ – imunoglobulina especifica (anti varicela zoster) – até o 4º dia de expos - Imunodeprimidos e grávidas não vacinadas - RN pré termoCONVALESCENCIA Dç estreptocócica: faringite Enantema peculiar língua em morango (papilas linguais hiperemiadas e hipertrofiadas) 1º língua morango branco/ 2º língua em morango vermelho TIPO: micropapulares eritematosas pele em LIXA (áspera) Sinais clássicos: - Pastia piora previa (PPP) acentuação do exantema nas áreas de dobras (principalmente fossa antecubital) - Filatov (palidez perioral) Centrifuga Descamação lamelar - Dç auto-limitada TRATAMENTO PENICILINA BENZATINA VO - 600.000 UI ( 27 kg) em DU por IM AMOXICILINA: - 50 mg/kg/dia, 2-3 x ao dia x 10 dias Alternativa p px alérgico a penicilina Cefalexina, clindamicina, eritromicina ou azitromicina x 5 dias Principal dx diferencial: DÇ DE KAWASAKI MONONUCLEOSE Virus Epstein barr (EBV) Contato intimo com o paciente Doença do beijo PI: 40 dias · Faringite · Linfadenopatia GENERALIZADA · Esplenomegalia · Fadiga ou astenia · EXANTEMA – após amoxicilina · Sinal de Hoagland: edema palpebral (aparece em 30% dos casos) LABORATÓRIO - hemograma com atipia linfocitária - presença de Ac heterofilos em > 4 anos - Monoteste + Anticapsídeo viral COMPLICAÇÕES Ruptura esplênica Obst de VA superior Síntomas neurológicos: cefaleia, convulsoes, ataxia cerebelar, sd de guillain-barré, sd de reye, sd de alice no pais das maravilhas Anemia hemolítica c Coombs direto + Trombocitopenia Outros: miocardite, pneumonia intersticial, pancreatite, parótide e orquite. TRATAMENTO Não há tto especifico ACICLOVIR em altas doses reduz a replicação viral Em caso de complicações CORTICOTERAPIA: PREDNISONA: 1 mg/kg/dia x 7 dias Max: 60 mg/dia DOENÇA DE KAWASAKI Febre alta de pelo ou menos 5 dias + (4): - Conjuntivite não purulenta, não exsudativa - Alterações nos lábios e cavidade oral - Adenomegalia (manifestação menos encontrada) - Exantema (vai ser pior na região inguinal) - Alterações nas extremidades – descamação nas pontas dos dedos Doença típica em 8 anos ≥ 20 irpm SEM TAQUIPNEIA, SEM ESTRIDOR Infecção das Vias Aéreas Superiores COM ESTRIDOR (FR VARIÁVEL) Doença periglótica COM TAQUIPNEIA, SEM ESTRIDOR Pneumonia IVAS · Resfriado comum · Complicação do resfriado sintomas catarrais - OMA - Sinusite · Faringite aguda (dor de garganta) RESFRIADO COMUM Infecção viral dos seios paranasais Inflamação da mucosa nasal, mucosa dos seios paranasais e mucosa faríngea · ETIOLOGIA - Rinovírus (50% dos casos) Uma criança de até 5 anos de idade (saudável) ficara resfriada de 6-8x ao ano. Se a criança frequenta a creche, ela ficara resfriada 12x/ano - Coronavírus - Parainfluenza - Influenza - VRS Transmitido principalmente pelo contato direto OBS: os vírus que causam doença no trato respiratório podem acometer qualquer ponto da árvore respiratória. O rinovírus e o coronavírus acometem principalmente as vias aéreas superiores. O parainfluenza causa principalmente laringite; o influenza, a gripe; e o VSR, a bronquiolite. · QUADRO CLÍNICO - Coriza no inicio é clara, hialina depois torna-se mucopurulenta - Obstrução nasal presença de roncos na ausculta pulmonar (indica secreção nas grandes vias aéreas) - Tosse nem sempre esta presente, qdo tem é de predomínio noturno - Febre · Obstrução nasal e Coriza RONCOS · Tosse · Hiperemia de mucosas · Febre · TRATAMENTO - Soro Nasal SF - Líquidos - Antipiréticos paracetamol, dipirona, ibuprofeno CI: AAS aumenta o risco de desenvolve síndrome de reye Degeneração hepática + encefalopatia letalidade altíssima O QUE NÃO USAR? - antitussígenos - descongestionantes - mucolíticos Pode recomendar a ingestão de 1 colher de mel para aliviar a tosse em > 1 ano... > celulite orbitária >> infecção e inflamação da órbita e dos tecidos adjacentes CLÍNICA Inflamação da pálpebra Proptose Dor à movimentação ocular Edema na conjuntiva Não confundir com Celulite Periorbitária Celulite periorbitária: a infecção e inflamação ocorrem nos tecidos da face (o globo ocular/órbita e tecidos adjacentes não são acometidos) – apenas a pálpebra estará acometida. Pode ser uma complicação de uma sinusite etmoidal, mas também pode ser consequente a qualquer trauma de face. Criança q tem q ser hospitalizada, admitida em cx para fazer drenagem · DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Rinite Alérgica Prurido e espirros/ Palidez de mucosa Eosinófilos Sífilis 1os 3 meses Obstrução intensa/ Secreção sanguinolenta Corpo Estranho Rinorreia fétida/ Sanguinolenta Obstrução UNILATERAL OTITE MÉDIA AGUDA Infecção bacteriana da orelha média, que desencadeia uma reação inflamatória muito intensa... muito comum, principalmente nos 1os 2 anos de vida. PICO: entre 6-12 meses · QUADRO CLÍNICO - Dor Queixa específica Irritabilidade - Otorreia secreção purulenta do conduto auditivo externo, quando há perfuração FATOR DE RISCO: mamadeira, uso de chupeta, creche,tabagismo passivo · ETIOLOGIA 1. S. pneumoniae 2. H. influenzae (não tipavel) 3. M. catharralis · CONFIRMAÇÃO - OTOSCOPIA NORMAL: - membrana timpânica com estrutura transparente - membrana fina - brilhante (reflete a luz do otoscópio) - estrutura côncava - estrutura móvel (Otoscopia pneumática) OMA: - Hiperemiada - Opaca - ABAULADA (dado de maior especificidade p o dx) - Otorreia (quando evolui p perfuração) · TRATAMENTO Analgésicos/ Antipiréticos ANTIBIÓTICOS ou OBSERVAÇÃO 39º C Dor > 48 hs 6 m – 2 anos: BILATERAL Nos demais casos é possível OBSERVAR 1ª escolha: AMOXICILINA 45 mg/kg/dia (10 dias) ou 80-90 mg/kg/dia Existem 3 bactérias que são responsáveis pela maioria dos casos: S. pneumoniae: a maioria é sensível (as cepas resistentes possuem a chamada “resistência intermediária” >> alteração da afinidade das PBP (PBP de baixa afinidade pela amoxacilina) >> essas cepas podem ser tratadas com amoxacilina, desde que a dose seja aumentada 80-90 mg/kg/dia – mesmo com menor afinidade, ao aumentar a dose, é possível saturar os receptores e com isso erradicar a bactéria) – Quando usar a dose mais alta? · Crianças > para o tratamento desses agentes precisamos prescrever amoxa + clavulanato (como 50% das cepas são sensíveis, não é necessário iniciar com amoxa + clavulanato; além disso, como a maioria dos casos é causado pelo estreptococo, inicia-se o tratamento somente com amoxacilina) M. catarrhalis: beta-lactamase Falha terapêutica: AMOXACILINA + CLAVULANATO (cálculo com base no componente amoxacilina- se a criança estava recebendo amoxacilina na dose de 45mg/kg/dia, diante de falha, iremos aumentar a dose de amoxacilina e, com base nisso, calcular a dose de clavulanato) (hemófilo e moraxela – beta-lactamase) Situação especial: - OTITE + CONJUNTIVITE: Hemófilo! AMOX + CLAVULANATO Duração do tratamento: Não tem consenso, em geral por 10 dias. ATENÇÃO!!! Otite Média com Efusão (OM Serosa) Efusão SEM infecção aguda Evolução favorável Em até 3 meses · COMPLICAÇÕES · PERFURAÇÃO TIMPÂNICA: na maioria das vezes evolui com cicatrização espontânea. · OTITE MÉDIA SEROSA/ EFUSÃO PERSISTENTE: quando há apenas o líquido sem a inflamação exuberante (que causa abaulamento/ dor), dizemos que o paciente tem OM serosa – isso pode ocorrer sem episódio prévio de OMA ou após OMA >> presença de nível hidroaéreo à otoscopia >> acompanhamento por 3 meses – na maioria dos casos há resolução espontânea >> pode ser necessário colocação de ‘tubo de ventilação para escoar a secreção e permitir a ventilação da orelha média · MASTOIDITE AGUDA: a apófise mastoide é toda revestida por espaços aéreos (células aéreas da mastoide) – essas células são revestidas por uma mucosa que é contínua com a mucosa da orelha média >> sempre que temos OMA, temos algum grau de inflamação na mucosa da mastoide >> a complicação ocorre quando a inflamação que está na mucosa torna-se mais profunda e passa a acometer o periósteo (periostite) · - Periostite · Sinais: dor, calor, rubor e edema retroauricular (desaparecimento do sulco retroauricular e deslocamento do pavilhão da criança) · Tratamento: internar a criança + exame de imagem (para avaliar a extensão do processo) – TC + ATB parenteral (ceftriaxone ou amoxicilina + clavulanato) – em alguns casos faz-se a miringotomia. FARINGITE BACTERIANA A faringite aguda pode ocorrer em qualquer fase da vida. Na maioria das vezes, a etiologia é viral – benigna e autolimitada. A faringite que nos preocupa é a bacteriana, e até prova em contrário, o agente etiológico é o Streptococcus beta-hemolítico do grupo A (S. pyogenes) >> risco de evolução com febre reumática. · ETIOLOGIA Streptococcus β hemolítico do grupo A (S. pyogenes) · QUADRO CLÍNICO 5 -15 anos PS: 20 ou 27 kg: 1.200.000 UI - Amoxicilina, VO x 10 dias 50 mg//kg/dia, dose máx 1 gr · COMPLICAÇÕES NÃO SUPURATIVAS · Síndrome nefrótica · Síndrome nefrítica · Febre reumática · COMPLICAÇÕES SUPURATIVAS · Abscesso peritonsilar + comum QUADRO CLÍNICO - amigdalite - disfagia/ sialorreia (marcador de disfagia grave) - TRISMO (não consegue abrir a boca, tem espasmo do pterigoide) - desvio da úvula, em sentido contralateral TRATAMENTO - Internação hospitalar - Antibiótico terapia SGA + anaeróbios + S. aureus Amoxicilina + Clavulanato Clindamicina - Aspiração por agulha OU Incisão e drenagem · Abscesso retrofaríngeo > ruído) Inspiração >> tendência ao colabamento da laringe Expiração >> o calibre das grandes vias tende a aumentar. O paciente com estridor é um paciente que apresenta uma obstrução (ex.: edema na mucosa da laringe) >> o calibre do lúmen da laringe diminui >> ao inspirar o calibre naturalmente se reduz, caso haja edema, haverá uma redução ainda maior do calibre de passagem do ar >> essa oscilação do ar leva ao surgimento do estridor. Na expiração o calibre da via aérea volta a aumentar e assim o ar consegue passar. O estridor também pode estar presente na expiração, mas nesse caso teremos uma obstrução muito mais importante! Com estridor + FR variável Dç periglótica - Abscessos profundos de pescoço - Epiglotite aguda - Laringotraqueobronquite aguda EPIGLOTITE AGUDA QUADRO CLÍNICO Agudo e fulminante Febre alta e toxemia Dor de garganta, disfagia e sialorreia Estridor Posição em tripé CONDUTA IMEDIATA Garantir a via aérea da criança Intubação Traqueostomia ETIOLOGIA/ TRATAMENTO Haemophilus influenzae B S. pneumoniae S. pyogenes S. aureus Antibioticoterapia (Cefuroxima, Ceftriaxona ou meropenem x 10d) Bom prognóstico IMAGEM Radiografia lateral: Sinal do polegar Solicitado apensa em caso de duvidas PREVENÇÃO - Imunização de TODAS crianças - PPE: Rifampicina 20 mg/kg/dia (máx 60 mg/dia) 1x/dia, VO, 4 dias - Recomendado p TODOS contactantes (COMPLEMENTARES Radiografia simples estreitamento da via aérea na região epiglótica Sinal da Torre ou Sinal da Ponta do Lápis TRATAMENTO Com Estridor em Repouso (Tem edema importante) - Adrenalina (NBZ) 0,5 ml/kg (máx 5 ml) - Corticoide Dexametasona (0,6 ml/kg, DU, IM ou VO) Sem Estridor em Repouso - Corticoide - NBZ com adrenalina DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL · Laringite Estridulosa Despertar súbito sem Pródromos · Traqueíte Bacteriana S. aureus S. pneumoniae, S. pyogenes, M. catharralis, H. influenzae não tipavel QUADRO CLÍNICO Febre alta/ piora clínica, toxemia, secreção purulenta espessa Resposta parcial ou ausente à adrenalina TTO Internação hospitalar, ATB venoso (cobertura antiestafilocócica – Ceftriaxona/ Oxacilina) e cuidados intensivos TRATAMENTO LEVE: corticoide MODERADO: corticoide + adrenalina GRAVE: corticoide + adrenalina + considerar IOT Com taquipneia, sem estridor Doença das vias aéreas inferiores PNEUMONIA: Bacteriana Quadro Agudo / Grave Atípica Curso insidioso / forma arrastada Viral (Bronquiolite) SIBILOS > 2 meses S. pneumoniae + comum S. aureus AMB: Amoxicilina, 7-10d / reagendar avaliação em 48 hs HOSP: Penicilina Cristalina IV Se muito grave: Oxacilina + Ceftriaxona > disseminação hematogênica) QUANDO PENSAR? - Quadro grave - Complicações (Derrame pleural, Pneumatocele) - Porta de entrada cutânea PNEUMONIA BACTERIANA QUADRO CLÍNICO Início: Pródromos catarrais (durante 2-3 dias = tosse discreta) Evolui com: Febre alta e tosse intensa TAQUIPNEIA Pode apresentar sinais clássicos: estertores (no começo da dç), broncofonia, alteração do frêmito vocal Sinais de gravidade: tiragem subcostal, batimento de asa nasal (BAN), gemência/ gemido (surge quando exala através de uma glote parcialmente contraída), cianose/ SpO2 > a tiragem surge sempre que o diafragma tem de realizar uma contração muito vigorosa, tracionando seus pontos de inserção nos arcos costais. Para que a tiragem seja considerada sinal de gravidade, é necessário que ela seja mantida = a cada inspiração observa-se a retração do tórax da criança) BATIMENTO DE ASA NASAL (dilatação das narinas a cada inspiração >> essa dilatação tem como objetivo diminuir a resistência ao fluxo aéreo, e assim, diminuir o trabalho respiratório) GEMÊNCIA (som que surge quando a expiração ocorre através de uma glote parcialmente fechada >> a criança tem gemido quando ela está tentando aumentar sua capacidade residual funcional. O paciente com PNM tem uma diminuição da capacidade residual funcional - volume de ar que fica no pulmão ao final da expiração; se os alvéolos estão preenchidos por líquido, a capacidade diminui. Ao manter a glote parcialmente fechada, o ar fica parcialmente aprisionado, aumentando com isso, o tempo de troca gasosa). CIANOSE (criança com infecção respiratória aguda e que está taquipneica e cianótica = PNM muito grave) PNM GRAVE: taquipneia + tiragem subcostal PNM MUITO GRAVE: taquipneia + cianose DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR Radiografia de tórax NÃO É OBRIGATÓRIA! - Indicada nas hospitalizações - Não afasta o diagnóstico - Pode “sugerir” etiologia pneumonia bacteriana CONSOLIDAÇÃO AEROBRONCOGRAMA ar dentro do alvéolo contrastando c exsudato / liquido nos alvéolos CUIDADO! Não confundir com TIMO visível em criança 5 anos QUADRO CLÍNICO: Início gradual: doença + arrastada Cefaleia, odinofagia, rouquidão Tosse + Taquipneia Crioaglutininas em títulos elevados (frio) TTO: Macrolídeos · Chlamydia trachomatis PARTO VAGINAL! QUADRO CLÍNICO: Conjuntivite no RN Pneumonia 1-3 m insidioso Tosse + taquipneia Afebril Hemograma: eosinofilia TTO: Macrolídeos Eritromicina, Claritromicina OU Azitromicina DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL COQUELUCHE – BORDETELLA PERTUSSIS - Fase catarral - Fase paroxística Acessos de tosse / Guincho - Fase de convalescença > produção de acs que passam pela placenta >> o bebê estará protegido antes mesmo dele ter sido imunizado TTO: 1ª opção: Azitromicina 2ª opção: Claritromicina Se CI macrolideos: sulfametoxazol-trimetropim ANTIGAMENTE: usava eritromicina ISSO MUDOU AZITROMICINA, DU x 5 dias 6 meses: 10 mg/kg, DM 500 mg no 1º dia e 5 mg/kg (máx 250 mg) do 2º ao 5º dia BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA Primeiro episódio de sibilância associado a uma infecção viral em uma criança menor de 2 anos A bronquiolite nada mais é do que uma infecção viral do trato respiratório inferior. Na infecção viral, o vírus chega ao trato respiratório inferior propagando-se de célula a célula até alcançarem o interior dos alvéolos. Portanto, antes da infecção atingir os alvéolos, os bronquíolos terão sido infectados – na criança > edema e acúmulo de muco nos bronquíolos >> diminuição do calibre >> doença obstrutiva das pequenas vias aéreas >> o ar consegue entrar na inspiração, mas não consegue sair na expiração >>o ar sai com dificuldade/ oscilando >> SIBILOS) ETIOLOGIA Vírus Sincicial Respiratório (VSR) QUADRO CLÍNICO 3%) Asma: iniciar corticoterapia inalatória TRATAMENTO HOSP: > quando somos vacinados pela primeira vez, são formadas céls de memória >> nas administrações subsequentes, o objetivo é a estimulação das céls de memória – que permanecem no organismo por tempo indefinido >> logo, não há necessidade de se reiniciar o esquema vacinal a partir da primeira dose em casos de esquemas incompletos) AS VACINAS PODEM SER ADMINISTRADAS SIMULTANEAMENTE (exceto: febre amarela e tri/ tetraviral >> intervalo de 30 dias entre as vacinas é recomendado) CALENDÁRIO VACINAL Ao Nascer BeBe BCG + Hepatite B 2 meses 4 P Penta + Polio (V1P) + Pneumo-10 + Rotavírus (Piriri) 3 meses “Vira o 3 p virar um M” Meningo-C 4 meses = 2 m 5 meses = 3 m 6 meses “5 + 1” Saltos em 3 Penta + Polio (V1P) 9 meses Febre amarela 12 meses Aniversário de 1 ano - *Tr*ês *M*elhores *P*resentes Tríplice viral + Meningo-C + Pneumo-10 15 meses 15 anos, macete da debutante: “A Debutante Vomita Tequila” Hepatite A + DTP + VOP + Tetraviral 4 anos “Depois Você Faz Vacina?” DTP + VOP + Febre Amarela + Varicela Adolescente dT: reforço 10/10 anos REGRAS BÁSICAS · Podem ser simultâneas · Exceto: FA/ Tríplice Viral ou FA/ tetraviral em BCG >Rotavírus >febre Amarela >Varicela >vOp >TRÍplice viral >TETRAviral · Atenuados e autorreplicativos · Via ID, VO ou SC · Podem causar doença · Contraindicação · Imunodeprimidos · Gestantes BCG Ao nascer, preferencialmente 1 cm (>12 sem); · Abscesso subcutâneo frio; ISONIAZIDA · Linfadenite supurada; 10 mg/kg/dia - CI / adiamento: · Doença neurológica / viscerotrópica - CI: Adiar se fez uso de Imunoglobulina ou hemoderivados ( min 03 meses) > Revacinar se Ig ou hemoderivados até 2 sem após a vacinação TETRAVIRAL - SCRV - Tríplice viral + vírus varicela atenuado até Hepatite B > Penta > Polio (VIP) > Pneumo-10 > Meningo-C > Hepatite A > HPV > INFLUENZA · · Não causam doença · Podem conter adjuvantes (alumínio) Imunopotencializador / Via IM · Podem ser conjugadas (Pnm-10; MnC; Hib) Sacarídeo + Proteína: Conseguem imunizar 7ª não vacinado: 3 doses (0 – 1 – 6) Considerar doses prévias Mãe HbsAg +: VACINA E IMUNOGLOBULINA O RN tem que receber Podem ser adm simultaneamente, em locais anatômicos ≠ e ambas por via IM Pode adm até o 7º dia de vida - IM, vasto lateral da coxa nos lactentes - no deltoide nos > 2 anos - 0,5 ml ≤ 19 anos - 1 ml > 20 anos PENTAVALENTE - DTP (Difteria + Tetano + Pertussis) + Hib + Hep B - Até(39,5º C) ou choro persistente/ incontrolável (> 3 hs): DTP Analgésico/ antitérmico · Episódio hipotônico-hiporresponsivo (72 hs) e/ou convulsão (48 hs): DTPa · Encefalopatia (até 7d): DT DTP, DTPa e DT: 7 anos dTpa: gestante > 20ª sem (ou puérperas) Reforços: 10/10 anos > 7 anos não vacinado: 3 doses + reforços · SITUAÇÕES ESPECIAIS VACINA DTPa - Dç crônica convulsiva - Cardiopatias ou pneumopatas crônicos c risco de descompensação em vigência de febre - Dçs neurológicas crônicas incapacitantes - Crianças c neoplasias e/ou que necessitem de quimio, radio ou corticoterapia - RN que permaneça internado na unidade neonatal por ocasião da idade de vacinação - RN prematuro extremo 5 anos: HIV, neoplasia, transplante; SEM PNM-10 - Pneumo 23-valente (polissacarídica) · > 2 anos com comorbidade (CRIE) · Idosos institucionalizados MENINGOCÓCICA C - até 5a não precisa de reforço) - PARA TODOS (conforme faixa etária) HPV e Men C DENGUE Dengvaxia, 4 cepas recombinantes vivas atenuadas de vírus da dengue - região deltoide - 3 doses (0, 6 e 12 meses) - recomendada p crianças e adolescentes a partir de 9 anos até no max 45 anos, que já tiveram infecção previa pelo vírus da dengue (soropositividade), em regiões endêmicas. CONTRAINDICAÇÃO: gestantes, mulheres que amamentam e portadores de imunodeficiências - Não deve ser adm simultaneamente c outras vacinas do calendário USUÁRIOS CRÔNICOS DE AAS: - tomar cuidado com a vacina da varicela - tem que suspender uso por 6 semanas Como classificar o recém-nascido? IDADE GESTACIONALNEONATOLOGIA Pode avaliar através de: - DUM/ USG - Exame Físico: Capurro e Ballard O método de Ballard é MAIS adequado para avaliar RN pré-termo (em especial é o único para avaliar RN 42 sem PÓS TERMO 37-41s6d TERMO 37 semanas p90 Adequado p IG (AIG): entre p10 e p90 MACETE PARA PROVA RN de 37 sem Se esta 2 anos) - Nariz em sela - Rágades - Fronte Olímpica - Tíbia em sabre - Articulações em Clutton - Alterações dentárias Hutchinson e Molar em amora OBS: Lesões sifilíticas são ALTAMENTE CONTAGIOSAS ricas em TREPONEMA (CUIDADO na hora de examinar) COMO INVESTIGAR? NA SUSPEITA... SEMPRE: Fazer teste NÃO treponemico VDRL (do sangue periférico) HEMOGRAMA (pode ter infecção medular) - a criança pode ter anemia, plaquetopenia, leucopenia ou leucocitose LIQUOR VDRL +; ↑ Céls (> 25); ↑ Ptn (> 150 mg/dL) RX DE OSSOS LONGOS fazer mesmo q a criança esteja assintomática Avaliação Auditiva/ Visual Av. hepática/ eletrólitos Radiografia de tórax para todas crianças em que tenho que aprofundar a “minha investigação” TRATAMENTO Como foi o TTO da gestante?? Tratamento ADEQUADO: · Penicilina benzatina (em casos de gestante alérgica a penicilina fazer dessensibilização) · Adequado para a fase (doses e intervalo) - Sífilis 1ª OU Sífilis 2ª OU Sífilis latente recente: Pen. G benzatina – 2.400.000 UI/IM, DU - Sífilis 3ª OU Sífilis latente tardia OU com duração ignorada: Pen. G benzatina – 2.400.000 UI/IM, 3 aplicações, com intervalo de 1 semana entre cada aplicação. Dose total: 7.200.000 UI · Iniciado até 30 dias ANTES do parto · Avaliado risco de reinfecção · Queda de VDRL documentada (pelo menos 2 diluições em 3 meses ou de 4 diluições em 6 meses após a conclusão do tto) Mãe NÃO tratada ou INADEQUADAMENTE tratada: · a criança TEM sífilis congênita · tem que ser NOTIFICADA como caso de sífilis congênita! · Realizar todos os exames e tratar todos os casos · Liquor alterado: P. cristalina IV 10d · Liquor normal e outra alteração: - alteração no exame físico, no hemograma, na radiografia, no VDRL ... P. cristalina IV 10d; P. procaína IM 10d Segundo MS o ideal é fazer com P. procaína, ambulatorialmente · Assintomático e TODOS exames normais (VDRL -): P. benzatina IM – dose única Mãe ADEQUADAMENTE tratada: · Fazer o VDRL sempre · Comparar o titulo do VDRL do RN com o materno VDRL > materno em 2 diluições? SIM realizar DEMAIS exames e 10 dias de penicilina (Cristalina ou Procaína) NÃO Exame físico NORMAL? SIM acompanhamento NÃO VDRL reagente: sífilis (10d tto) VDRL NÃO reagente: outras infecções ACOMPANHAMENTO Seguimento de PUERICULTURA: · Teste não treponêmico (VDRL): 1, 3, 6, 12 e 18m - Declinar aos 3 meses; não reagente aos 6 meses · LCR: 6/6 meses (quando havia alteração) – criança que teve neurosífilis · Avaliação auditiva, visual e neurológica: 6/6 meses nos primeiros 2 anos de vida TOXOPLASMOSE CONGÊNITA A transmissão ocorre principalmente quando a mãe adquire a infecção aguda na gestação; na gestante imunodeficiente, pode ocorrer reativação de infecção latente. Agente: Toxoplasma gondii DIAGNÓSTICODA GESTANTE Fazer no 1º trim IgM; IgG – faz parte do pré-natal IgM reagente por muito tempo EXEMPLOS: 1º Trim IgM - / IgG + Infecção prévia (pode ficar despreocupado/ essa mulher não é suscetível / exceto gestante imunodeprimida) 1º Trim IgM + / IgG - Ela acabou de ser contaminada (CUIDADO pode ser FALSO POSITIVO) Então temos que repetir após algumas semanas Observamos IgM+ / IgG + - Infecção Aguda durante a gravidez / essa criança pode ser contaminada 1º trim IgM + / IgG + Ela pode ter acabado de se contaminar OU pode ter adquirido meses antes ... Como saber se ela foi contaminada antes ou após a concepção? Exame de Índice de avidez IgG A avidez da IgG AUMENTA quando a infecção aconteceu a mais de 3/4 meses OBS: As vezes pode demorar mais tempo para o índice de avidez aumentar... por tanto se estiver baixo, não quer dizer que a infecção é aguda por causa disso. Então esse exame serve apenas para confirmar se a infecção é ANTIGA. TRATAMENTO NA GESTANTE: · No momento do diagnóstico: Iniciar Espiramicina + avaliar infecção fetal: USG / PCR líquido amniótico (em geral a partir de 17 sem) · Se infecção fetal: Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido folínico (Ac. Folin por conta dos efeitos colaterais) Esses medicamentos são feito apenas APÓS O 1º TRIM porque tem risco de teratogenia DETALHE: isso é CONTROVERSO! CLÍNICA TRÍADE DE SABIN: - Coriorretinite GRAVE pode ser causa de CEGUEIRA - Hidrocefalia pode ter com aumento cefálico ou com microcefalia (mesmo tendo uma obstrução da drenagem liquórica) - Calcificações difusas – TODO o parênquima cerebral pode apresentar calcificação INVESTIGAÇÃO · Sorologia · Neuroimagem + LCR · Fundoscopia indireta TRATAMENTO TRATAR TODOS OS RN INFECTADOS mesmo que esteja assintomatico, não tenha nenhuma manifestação clinica se não for tratada vai desenvolver sequela com o passar do tempo · Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido Fólico x 1 ano OBS: não é um tto curativo está fazendo o tratamento para REDUZIR a parasitemia no 1 ano de vida / a circulação do parasito na corrente sanguinea · Corticoide - Coriorretinite grave - Ptn LCR > 1g/ dL CITOMEGALOVIROSE ATENÇÃO! Transmissão: Infecção materna AGUDA, REINFECÇÃO ou REATIVAÇÃO. Agente: Citomegalovírus CLÍNICA Na maior parte das vezes pode estar assintomatico Com o passar do tempo pode desenvolver manifestações clinicas: - Microcefalia - Rash petequial / purpúrico - Calcificação periventricular “Circunda o Meu Ventriculo” INVESTIGAÇÃO · Vírus urina / saliva ( 30-40% INSURE INtubar SURfactante Extubar a criança -- Antibióticos PREVENÇÃO - Corticoide Antenatal Betamet ou Dexametasona - Surfactante profilático x CPAP SEPSE NEONATAL Sepse PRECOCE 18 horas 2. Corioamnionite febre materna (grande marcador) 3. Colonização materna por GBS 4. Prematuridade Os 3 primeiros FR para sepse precoce A prematuridade FR para sepse precoce E tardia CLÍNICA Pode haver período assintomático porque ela pode ter sido contaminada no canal do parto Desconforto respiratório Doença sistêmica hipotermia, alteração cardiocirculatória, alteração no estado de alerta RADIOGRAFIA Infiltrado reticulogranular difuso = DMH Exames adicionais: · Hemograma Neutropenia e relação I/ T > 0,2 · PCR não da o dx de sepse! A PCR ajuda a fazer o seguimento da criança Identificação do agente: - Hemocultura - Cultura do LCR - Urinocultura (infecção tardia) TRATAMENTO Infecção Precoce: AMPICILINA + AMINOGLICOSÍDEO Infecção Tardia Temque ser algum antimicrobiano que de cobertura para estafilo Oxacilina (sensível), Vancomicina (se resistente) junto com algum antimicrobiano que de cobertura para Gram Negativo Prevenção sepse GBS Conduta no RN > 35 sem assintomático Posso recomendar uma profilaxia antimicrobiana ANTES do surgimento das manifestações clinica EM RESUMO ... · CORIOAMNIONITE MATERNA - Cultura + Antibióticos (não é consenso...) · PROFILAXIA INTRAPARTO INDICADA - Inadequada: observar 36/48 horas - Adequada: rotina neonatal TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RN SÍNDROME DO PULMÃO ÚMIDO Palavras-Chave: Retardo da absorção do líquido pulmonar Quem é essa criança? HISTÓRIA - Cesárea Eletiva não passa pelo TP, o epitélio respiratório não começa a reabsorver o liquido pra dentro da árvore respiratória - A termo / Pré-termo CLÍNICA - Início nas 1as horas de vida - Desconforto leve / moderado - Rápida resolução ( 95% e diferença