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MINI CURSO ENADE_AULA 3_WILSON OLIVEIRA

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TEORIAS DA COMUNICAÇÃO
Aula 4- 
	Marshall McLuhan e os meios
	Teoria das Materialidades da comunicação
	 Martin-Barbero e as mediações
Tema da Apresentação
NOME DA AULA – AULA1
NOME DA DISCIPLINA
Conteúdo Programático desta aula
Em torno de Marshall McLuhan
 -Contexto
 -Conceitos
 -Críticas
As materialidades das comunicações
Dos meios às mediações: A contribuição de Martín-Barbero
Tema da Apresentação
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Marshall McLuhan (1911-1980)
 Teórico canadense que a partir dos anos 60 revolucionou o pensamento comunicacional. McLuhan teorizou e se colocou como um pensador categoricamente dos media. Suas formulações foram criticadas e na contemporaneidade são retomadas, fazendo do autor uma espécie de “guru das novas mídias” que anteviu a vida pautada pelos meios de comunicação, pelas tecnologias. Leitor de Shakespeare, influenciado por James Joyce, pelo economista canadense Harold Innis, pelo historiador Lewis Mumford, crítico de Paul Lazarsfeld e do funcionalismo americano problematizava questões que as teorias da comunicação deixavam de lado.
Tema da Apresentação
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Aldeia Global
	Observando que a “interdependência eletrônica recria o mundo em uma imagem de uma aldeia global”, McLuhan foi um leitor atento das transformações que as tecnologias traziam entre os anos 60 e 80. “Aldeia global” foi o termo que parecia prever a ideia de globalização. O mundo unificado pelas mídias. Cinema, rádio e TV como “salas de aula sem paredes”, sintetizando a ideia de que novos ambientes trazem novas percepções. A força dos meios enquanto máquinas e a potência da arte como ambiente radar levou McLuhan a mostrar que “já percebemos a futilidade que é mudar nossos 
objetivos quando 
mudamos nossas tecnologias”.
Tema da Apresentação
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Antes de caminharmos vamos ver um trecho de um filme Woody Allen em que McLuhan aparece interpretando a si mesmo:
“Noivo neurótico, noiva nervosa” (Annie Hall, 1977) . Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yZdpVAY8CgA 
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 “O meio é mensagem”/ “O meio é a massagem”
 Com a palavra escrita o homem trocou um “olho por um ouvido”. Com o rádio, meio quente, um só sentido (audição) é prolongado; a TV, meio frio que prolonga o sistema nervoso (assiste-se TV com o corpo ou literalmente a imagem mosaicada da tv é audiotátil, todo-inclusiva, sinestésica) é mídia de baixa definição, mas de envolvimento alto.
 O meio como mensagem. As consequências sociais e pessoais surgem de meios como um estalo e nos mudam. Os meios são também massagens nos corpos e mentes na era eletrônica.
Fonte: http://luizfranciscocoelho.blogspot.com.br/2011/06/mcluhan-e-seu-conceito-de-aldeia-global.html 
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Compreendendo McLuhan:
As tecnologias, os ambientes midiáticos, os meios em geral permitem uma nova experiência, percepção e são prolongamentos do homem
Para o autor, “a tecnologia significa constante revolução social``. McLuhan explora as mudanças na sociabilidade, subjetividade, cultura e no pensamento, a partir das invenções tecnológicas, meios ou prolongamentos do homem. Sua máxima “o meio é mensagem” aparece em sua principal obra “Os meios de comunicação com o extensões do homem” (Understanding media -The extension of man, 1964) e demanda atenção por todos nós estudiosos dos meios. A forma pensada como conteúdo.
Tema da Apresentação
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Compreendendo McLuhan (cont.)
“O conteúdo de um meio ou veículo é outro meio ou veículo”. O conteúdo do cinema é a ópera, a sinfonia. O conteúdo da TV é o cinema, o rádio é um tambor tribal que nos aproxima e ecoa, forçando memórias e momentos a virem à tona
A luz elétrica, meio puro, aparentemente sem conteúdo, é o primeiro exemplo que McLuhan usa para nos interrogar sobre a primazia do conteúdo - aquilo que na verdade é outro meio . A luz e os media em geral criam a participação em profundidade. Meio e mensagem em si.
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Fundo
Marshall McLuhan: Um autor a ser lido sob a ilusão de uma Figura/Fundo
Martshall McLuhan
Figura
MEIO
MENSAGEM
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cRÍTICAS e iNFLUÊNCIAS
	Teóricos da mídia, filósofos, sociólogos e comentadores da obra acusaram McLuhan de louco ou de ser o intelectual favorito da Madison Square avenue, de suas teorias não fazerem sentido. Guy Debord escreveu que McLuhan de o “imbecil mais convicto do século XX”. Todas essas criticas quase desaparecem nos dias de hoje, quando a mídia toma outro rumo com fenômenos como a web e as questões materiais da comunicação. Sua generosidade para com seus mestres Eric Havelock e Harold Innis é resumida em uma bela observação que diz que todo seu esforço teórico é uma nota de pé de página na obra de Innis. Leitor de filósofos como Bergson e Spengler, mas também de literatos como James Joyce e de matemáticos como Tobias Dantizg, McLuhan é taxativo quando afirma estar disposto a rever sua teoria se um meio mostrar que ele deve fazê-lo; complementava ainda provocando que não concordava com tudo que dizia. Faz falta um pensamento assim, não acham?
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http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=6578 
A herança do pensamento mcluhaniano encontra-se na consolidação de uma Escola Canadense ( Escola de Toronto ) e em desbravadores de seu legado como Derrick de Kerckhove, Paul Levinson, Robert K. Logan, Vinicius Andrade Pereira e outros.
Matéria sobre a morte do teórico canadense no Jornal do Brasil
Reparem no título!
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Materialidades da Comunicação
Vejam essa bela animação de uma televisão querendo ver TV:
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=nF0pNxNPW14A “A Tv Movie”
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	Para ingressarmos na discussão sobre a materialidade dos meios que McLuhan e o pensamento da Escola de Toronto e novas teorias da mídia como o pensamento alemão tentam dar conta devemos ir além da ideia hermenêutica de que “toda espécie de matéria constitui apenas um suporte, um veículo para a apreensão daquilo que realmente importa, o sentido dos fenômenos” (FELINTO, PEREIRA, 2004).
	Uma dimensão material retorna a cultura entendendo uma produção de presença que afirma e demanda o corpo como propôs o pai dessa teoria das materialidades, Hans Ulrich Gumbrecht. Uma linhagem rica de pensadores como Georg Simmel,Siegfried Kracauer, Walter Benjamin, Harold Innis, Marshall McLuhan e Jacques Derrida são arautos de um pensamento sobre a materialidade dos meios.
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Materialidades dos meios
Materialidades
O usuário de mídias está envolvido em uma situação material , em uma presença ou liveness. O corpo em seus ritmos e compassos interage com ferramentas, espaços, interfaces. Um mouse ou óculos 3d estendem o corpo e lhe dá uma materialidade comunicacional. Passamos a ter no contemporâneo um modelo de cultura que confere ao corpo um novo lugar. E isso é uma via de mão dupla para os estudos materiais dos meios. Os objetos como profetizou o pintor Paul Klee nos percebem...
Presença
Fonte: http://forum.outerspace.terra.com.br/index.php?threads/jornalista-do-r7-assiste-%E2%80%98wolverine-imortal-3d%E2%80%99-sem-%C3%B3culos-3d.342861/ 
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Materialidades
	A "Materialidade" pretende derrubar a hegemonia da interpretação ou balançar os estudos comunicacionais puramente hermeneuticos, significa ter em mente que o ato de comunicação exige a presença de um suporte.
 Como
observa Zielinski em sua obra “Arqueologia da mídia”, trata-se de “revelar a heterogeneidade no registro midiático-arqueológico, e, desse modo entrar numa relação de tensão com os vários momentos do presente, relativizá-los e torná-los mais decisivos” Os artefatos arqueológicos da mídia se relacionam as curiosidades ou “achados da rica história da visão, da audição e do uso combinado dos meios técnicos: coisas em que algo centelha ou brilha (...) nesse sentido refiro-me a objetos de atração, sensações, eventos ou fenômenos, que criam alvoroço e chamam a nossa atenção” (2006,p.56).
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Materialidades
Uma Coletânea de textos de 1987 “Materialidades da comunicação” de Hans Ulrich Gumbrecht e Karl Ludwig Pfeiffer foi o esboço de uma teoria das materialidades que hoje, quase 40 anos depois ainda é muita criticada e lida de forma muito inicial nos estudos comunicacionais Os esforços de teóricos brasileiros como Erick Felinto demonstram como o tema é importante para a área. O termo “produção de presença”, chave para entendermos as materialidades, aponta para todo fenômeno “em que, antes mesmo da constituição de qualquer sentido, um objeto, uma materialidade, um “meio”, um efeito de tangibilidade irão tocar e afetar o corpo” (FELINTO;PEREIRA, 2004). Este torna-se objeto e extensão dos meios de certa forma. Obsoleto como afirma o artista Stelarc, um corpo-mídia pós-humano eclode.
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Stelarc e o corpo obselto. Disponível em: http://noholodeck.blogspot.com.br/2012/07/arte-transhumanista-sterlac.html 
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A teoria material dos meios se consolida como uma teoria das tecnologias, uma análise das ferramentas criadas pelo homem e que recriam-no como profetizou McLuhan. Como destaca Felinto, parece bem propício nessa nova cofiguração homem/meio que se avizinha entender os laços “entre corpo e máquina, entre sistemas de pensamento humanos e sistemas binários, entre o real e o virtual” (2001).
Disponível em: http://www..3d-matrix-corridors-screensaver.en.softonic. 
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Dos meios Às mediações
 Jesus Martín-Barbero (1937 –) é espanhol de nascimento e colombiano por adoção. Autor de Dos meios às mediações: Comunicação, cultura e hegemonia, Editora UFRJ, 2001, obra que marca e contribui para a projeção de uma teoria latino-americana de Comunicação.
 O teórico tenta estabelecer definitivamente a relação entre comunicação e cultura. Os meios de comunicação de massa em sua relação com os processos de formação de identidades sociais
Disponível em: http://www. estafeta-gabrielpulecio.blogspot.com 
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Teoria das Mediações
 “Vinha eu da filosofia e, pelos caminhos da linguagem, me deparei com a aventura da comunicação. E da heideggeriana morada do ser fui parar com meus ossos na choça-favela dos homens, feita de pau-a-pique mas com transmissores de rádio e antenas de televisão. Desde então trabalho aqui, no campo da mediação de massa, de seus dispositivos de produção e seus rituais de consumo, seus aparatos tecnológicos e suas encenações espetaculares, seus códigos de montagem, de percepção e reconhecimento”. (2001, p.27)
Fonte: www.djibnet.com 
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Teoria das Mediações
 “
Foco da obra e contribuições de Barbero estão relacionadas à realidade da América Latina, que ele tão bem conhece e que o provocam constantemente. Esse campo da mediação de massa e seu diálogo com a recepção dos produtos midiáticos, do consumo e de uma semiótica. Na Universidad del Valle, cria a escola de Comunicação Social em l975, onde promove grande debate sobre o currículo do curso: segundo ele, processos de comunicação de massa só podem ser compreendidos a partir das Ciências Sociais, especialmente aquelas que tratam das dinâmicas culturais, da Semiótica, da Estética, da Linguística e da Antropologia
 
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Mediações
Proposta multidiciplinar que entende que o eixo do debate deve se deslocar dos meios às mediações, isto é, para as articulações entre práticas de comunicação e movimentos sociais, para as diferentes temporalidades e para a pluralidade de matrizes culturais”. (Martín-Barbero, 2001, p.270) .
Barbero apresenta uma perspectiva histórica das categorias massa, povo, popular e cultura antes de empregá-las. Movimentos da cultura popular são dinâmicos e precisam ser levados em conta para entender os meios. Barbero aposta na passagem da análise do discurso dos meios para a investigação das culturas populares.
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Mediações
MARTIN-BARBERO, , Jésus. Dos meios às mediações. Rio de Janeiro: UFRJ, 2001, p.16
Mapa das mediações, das novas complexidades entre cultura, comunicação e política
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Mediações
“E quando existiu maior circulação cultural que na sociedade de massa? Enquanto o livro manteve e até reforçou durante muito tempo à segregação cultural entre as classes, foi o jornal que começou a possibilitar o fluxo e o cinema e o rádio que intensificaram o encontro” (2001, p.71)
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Mediações
Estabelece uma relação entre culturas populares e cultura massiva a partir da análise das mediações acontecidas nos meios desde a literatura de cordel, no século XVI na Espanha, até os meios massivos, como rádio, cinema e televisão, na América Latina atual. Com ênfase em gêneros como o melodrama e as telenovelas e a possibilidade de “redscoberta do popular”.
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Mediações: Cultura e Hegemonia
Barbero vai buscar o conceito de cultura, segundo ele mais dinâmico e menos elitista, no paradigma marxista de Gramsci. 
Não trata de uma, mas de várias culturas: a cultura hegemônica e as culturas subalternas que desenvolvem entre si uma relação constante. O povo é assumido como parte da memória constituinte do processo, como sujeito.
A Hegemonia não é estática ou absoluta, como
sugeriam alguns, mas algo que se faz e se refaz permanentemente. Há, portanto, resistências, também
culturais, que no povo latino se processam a partir de uma cotidiana e constante reelaboração simbólica.
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Teoria das mediações
O pensamento de Barbero em suma:
 É um marco no pioneirismo dos latino-americanos nos estudos de recepção em comunicação.
 Compreende recepção não apenas como uma etapa do processo de comunicação, mas como lugar novo, de onde devem ser repensados os estudos e pesquisa da área.
 Assume posição contrária aos americanos, os quais atribuem poder absoluto ao emissor e à mensagem. A Proposta de Barbero é pensar com os pilares:
RECEPÇÃO – MEDIAÇÃO – SENTIDO
- É contra o modelo mecânico, que considera comunicação como processo de fazer chegar uma informação.
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PARA SABER MAIS - MCLUHAN :
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marshall_McLuhan
http://www.mutaciones.pe/wp
content/uploads/2011/03/Comprender-a-Marshall-McLuhan.pdf
http://mcluhan.ischool.utoronto.ca/
OLIVEIRA, Wilson. Desconstruindo McLuhan. Rio de Janeiro: E-papers, 2009
PEREIRA,Vinicius. Andrade. EstendendoMcLuhan. Porto Alegre: Sulina, 2011
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Para saber mais – Materialidades e mediações: 
FELINTO, Erick. ; PEREIRA Vinícius A. A vida dos objetos. Disponível em: http://www.academia.edu/3059934/A_Vida_dos_Objetos_Um_Di%C3%A1logo_com_o_Pensamento_da_Materialidade. 
 FELINTO, Erick. Materialidades da Comunicação:
Por um Novo Lugar da Matéria na Teoria da Comunicação. Ciberlegenda, Niterói: UFF, n. 5, 2001. 
HANKE, Michael. Materialidade da comunicação. Disponível em: http://www.uff.br/contracampo/index.php/revista/article/view/522 
Martin-Barbero, Jésus. Entrevista Programa Roda Viva Disponível em: http://www.rodaviva.fapesp.br/materia/62/entrevistados/jesus_martinbarbero_2003.htm 
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BONS ESTUDOS 
PARA O ENADE 2015!
Prof. Wilson Oliveira Filho
Para terminar fiquem com uma videoclipe animado inspirado na obra de McLuhan: 
Disponível em https://vimeo.com/8022406 
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