Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* Paradigma Th1 - Th2 - Treg Eliúde Costa Manso FACIMPA - 2011 * Paradigma Def: modelo, padrão. Paradigma é um padrão de modelos a ser seguido. É um pressuposto aceito, ou seja, uma referência inicial para estudos e pesquisas. * Linfócitos T helper Importância: as citocinas liberadas pelos linfócitos T helper regulam a atividade de linfócitos B, linfócitos T (helper e citotóxicos), monócitos-macrófagos e outras células do SI. O auxílio de linfócitos T é imprescindível ao linfócito B. Ambos devem estar muito próximos durante o processo de ativação do linfócito B. Não há produção de anticorpos sem o auxílio do linfócito T. * Citocinas liberadas pelos linfócitos T helper – T CD4 (+) Os linfócitos T ativados podem se comportar de formas distintas. Os 3 tipos mais bem caracterizados são: Linfócitos Th1: liberam principalmente IFN-, IL-2, TNF β. Linfócitos Th2: liberam principalmente IL-4, IL-5, IL-6, IL-10 e IL-13. Linfócitos T reg: liberam principalmente IL-10 e TGF- β. * Fatores de transcrição Th1: T-bet, STAT-4 e STAT-1 Th2: GATA-3 e STAT-6 T reg: FOXp3 * * Linfócitos Th1 Promovem reações de defesa que são mediadas por macrófagos e outros fagócitos e também estimulam os linfócitos T citotóxicos. Exemplo: o IFN-: induz a produção de IgG1, anticorpo que aumenta fortemente a fagocitose (opsonina). ativa o macrófago ao aumentar a síntese de óxido nítrico sintetase aumenta a atividade bactericida (“a munição”) do macrófago. * Resposta do tipo Th1 O efeito global dos Th1 consiste em potencializar a fagocitose e a ação de linfócitos T citóxicos. Este tipo de resposta é mais eficiente para combater patógenos intracelulares. Ex: infecções virais infecção pelo M tuberculosis * Linfócitos Th2 Promovem reações de defesa que ativam linfócitos B, mastócitos, basófilos e eosinófilos. Ex: IL-4 induz a produção de IgE e aumenta a expressão de receptores para a IgE em mastócitos e eosinófilos. Este tipo de resposta é particularmente eficaz contra helmintos e acarídeos. * * T reg Característica principal: fator de transcrição FOXP3. expressão de CD25, expressão de CTLA 4, receptor de IL-7 (CD 127). Há 2 tipos: Treg naturais (formadas no timo) e Treg adaptativas (formadas nos órgãos linfóides secundários). Função: supressão de linfócitos T. * Possíveis funções das T regs Essencialmente as T regs tem função de inibir (modular) a resposta inflamatória. Postula-se que seriam as principais células efetoras de respostas “tolerogênicas”. Importância: modular reações autoimunes, modular reações alérgicas, modular a RI contra agentes infecciosos (infecções crônicas), modular a RI contra o câncer, etc. * IFN- TNF-β IL-2 IL-10 IL-13 IL-4 IL-5 Th1 Th2 Treg Treg * Outros sub-grupos Th0: seriam precursoras do Th1 e do Th2, podendo produzir um ou outro padrão de citocinas. Th17: secreta IL-17 e IL-6. Seria importante na defesa das mucosas pois facilita o switch para IgA e IgG2. Ativa o neutrófilo. Importantes na defesa contra bacterias comensais e de visa extracelular como Klebisiela, Bordetela e imunidade contra fungos. * Linfócito T virgem IL-4 IL-10 IFN- IFN- TNF-β IL-2 IL-10 IL-13 IL-4 IL-5 Th1 Th2 INIBE INIBE Th0 * IL-4 IL-10 Th1 Th2 IL-12 IFN TGFβ Th0 Treg TGFβ APC inibe inibe Th17 TGFβ IL-6 Defesa contra patógenos intracelulares Defesa contra patógenos extracelulares Defesa contra parasitas * Th1 IL-12 Th0 IFN-γ APC ativa IFN-γ * Th1 X Th2 em modelos de doenças A RI pode tornar-se fortemente polarizada no decorrer de infecções crônicas. Este fato pode ser vantajoso em algumas situações. Nas doenças causadas por helmintos há forte polarização Th2. Nas doenças causadas por parasitas intracelulares há polarização Th1. * Th1 X Th2 em modelos de doenças Em algumas doenças infecciosas o tipo de resposta imune determina a forma clínica da doença. por exemplo: na lepra, na leishmaniose As doenças alérgicas podem ser explicadas por uma polarização Th2 contra certos antígenos (alérgenos). * Leishmaniose cutânea Leishmaniose visceral predomínio da imunidade celular pouca produção de anticorpos predomínio da imunidade humoral produção policlonal de anticorpos Lesões ulceradas na pele podem evoluir para cura expontânea. Respondem bem ao tratamento. Lesões em órgãos internos perda de tecidos. Tratamento deve ser prolongado. * resposta Th1 resposta Th2 Leishmaniose cutânea Leishmaniose visceral leishmania * Lepra tuberculóide Lepra lepromatosa predomínio da imunidade celular pouca produção de anticorpos fraca resposta do tipo celular produção de anticorpos não protetores Placas finas, sêcas e sem pelos, hipopigmentadas e dormentes. Baixa infectividade. Nódulos entumescidos que evoluem para necrose tecidual. Alta infectividade (lesões c/ muitos bacilos) Lepra intermediária * lepra tuberculóide * lepra lepromatosa * Ácaro da poeira domiciliar Resposta do tipo Th2 Produção de IgE anti-ácaro Ácaro da poeira domiciliar Via respiratória Encontro com a IgE Degranulação de mastócitos Rinite / asma * Fatores que direcionam o tipo de resposta imune Não são bem elucidados, sabemos que: fatores genéticos são importantes fatores relacionados aos antígenos fatores relacionados ao indivíduo: idade concomitância com outras infecções história “imunológica” do indivíduo estado nutricional, etc * Fatores que direcionam o tipo de resposta imune O “ambiente” no momento da apresentação do antígeno (sinapse imunológica) pode direcionar a RI em um ou outro sentido. O tempo que o antígeno permanece no organismo também pode levar a uma modulação na RI. Muitas situações na prática clínica podem ser explicados pelo paradigma Th1-Th2-Treg. Falta falar mais do T reg *
Compartilhar