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* Geração de diversidade FACIMPA 2011 Imunologia Básica * Receptores que reconhecem o antígeno No SI inato: são as PPRs PPRs reconhecem PAMPs (moléculas que estão na superfície de patógenos, relativamente “estáveis” ou que mudaram pouco durante a evolução) Assim, o SI inato estaria em desvantagem frente a inúmeros microrganismos com enorme capacidade genética de evoluir e gerar novas moléculas. Foi preciso criar mecanismos para gerar diversidade e a capacidade de reconhecer novas e diferentes moléculas. * Receptores que reconhecem o antígeno especificamente Ideal: para cada antígeno deve haver um receptor no SI que o reconheça. Os receptores que reconhecem o antígeno no SI são: 1. TCR presente na superfície do linfócito T. 2. Anticorpos presentes na superfície dos linfócitos B e presentes no líquidos orgânicos. * B T TCR Anticorpo de superfície Anticorpos solúveis Parte constante Parte constante Parte variável Parte variável * Total de linfócitos O organismo possui de 1015 a 1018 linfócitos. Premissa: se para cada proteína existe um gen, para cada anticorpo deveria haver um gen mais de 90% do genoma seria necessário para produzir anticorpos (?). Tonegawa (prêmio Nobel em 1987) esclareceu este quebra-cabeça. Descreveu o fenômeno da RECOMBINAÇÃO GENÉTICA. * Susumo Tonegawa Prêmio Nobel em 1987 * L EXON L L DNA GENÔMICO TRANSCRITO PRIMÁRIO RNA RNA MENSAGEIRO PROTEÍNA TRANSCRIÇÃO RECOMPOSIÇÃO TRADUÇÃO INTRON COOH NH2 * Pontos importantes Cada linfócito expressa somente uma especificidade de receptor. a parte variável é codificada em locus diferente da parte constante (isto vale tanto para as cadeias L quanto H). 2. A expressão dos gens que codificam as cadeias L e H segue a regra de exclusão de alelos. * Cadeia leve к Codificada no cromossoma 2 A cadeia leve possui 108-110 aa na parte variável Possui: aproximadamente 40 genes VL cada um codifica um “bloco” de 95 aa 4 genes J cada um codifica um “bloco” de 13 aa 1 gen C к codifica um “bloco” de 120 aa (parte constante da cadeia) * V1 V2 V3 V4 V40 J1 J2 J3 J4 J5 Cк L Gens VL Gens J Gen CK Peptídeo 95 aa Peptídeo 13 aa Peptídeo 120 aa Cadeia completa com 228 aa * Cadeia leve Codificada no cromossoma 22 A cadeia leve possui 108 aa na parte variável Possui: aprox. 40 genes VL cada um codifica um “bloco” de 95 aa 5 genes J cada um codifica um “bloco” de 13 aa 1 gen C codifica um “bloco” de 120 aa (parte constante da cadeia) * V1 V2 V3 V4 V40 J1 J2 J3 J4 J5 Cк V3 J4 J5 Cк J4 V3 Cк J5 V3 J4 Cк L L RECOMBINASES V1 V2 L V2 RAG 1 e RAG 2 * Cadeia pesada Codificada no cromossoma 14 A cadeia pesada possui aprox. 110 aa na parte variável Possui: aprox. 50 genes VH cada um codifica um “bloco” de 95 aa 20 genes DH cada um codifica um “bloco” de 5 aa 6 genes J cada um codifica um “bloco” de 10 aa 9 gens C para cada tipo de cadeia pesada. Codifica para um “bloco” de 340 a 390 aa. * V1 3 1 1 2 4 ξ 2 V2 V3 V50 Gens V V1 - V50 Gens D D1 – D20 Gens J J1 – J6 V12 D15 J4 1 L VL CL L Cadeia pesada do tipo IgA1 * Enzimas que possibilitam a recombinação genética Complexo de enzimas chamadas recombinases VDJ Expressos somente em linfócitos B e T Importantes: RAG 1 e RAG 2 DNA ligase, proteína kinase DNA dependente, Artemis e outras. * Troca de classe Acontece depois que a parte variável foi definida. O linfócito B produz primeiro IgM e IgD. Citocinas liberadas por linfócitos T e macrófagos induzem a célula a trocar a classe do anticorpo. A parte variável da cadeia pesada não se altera. A parte constante é trocada. Este fenômeno é conhecido como “switch”. * Parte variável Parte constante IgG IgE Switch * Troca de classe ou “switch” O linfócito B segue a ordem dos gens que está em sequência no cromossomo 14. Sendo assim o linfócito B primeiro produz IgD e IgM, porém quando faz o switch, não poderá voltar a produzir IgM ou IgD. Depois poderá produzir IgG3, IgG1, IgA1, IgG2, IgG4, IgE e IgA2, nesta sequência. * Fatores que geram diversidade de anticorpos Multiplos gens V. Associação combinatória de V+J ou V+D+J. Pareamento das cadeias leves e pesadas. Diversidade de junção: pequenos erros nos pontos de junção, adicionando ou retirando um ou outro aminoácido * Fatores que geram diversidade de anticorpos 5. Diversidade de inserção devido a ação de uma enzima TdT (desoxinucleotídeos terminais transferase) Capaz de inserir fragmentos de nucleotídeos nas junções V/J e D/J. * Fatores que geram diversidade de anticorpos 6. Hipermutação somática das regiões V taxa de mutação dos gens V é elevadíssima. (10.000 X maior em comparação a outros gens) Este fenômeno é responsável pela sintonia fina entre antígeno e anticorpo. * MUTAÇÃO * Questões para estudo Se uma pessoa possui 30 gens V e 4 gens J na cadeia leve e na cadeia pesada tem 20 gens V, 5 gens D e 8 gens J, quantos anticorpos diferentes ela poderá produzir? Qual a vantagem da troca de classe para a resposta imune? O que significa exclusão de alelos? Porque na produção de anticorpos é necessário excluir um dos alelos? O DNA de uma cadeia H de um linfócito B possui a seguinte estrutura: 5`L-V17-D5-J2-C2. Quantos rearranjos foram necessários para chegar a este DNA? * Questões para estudo 5. Qual a vantagem para o SI do fenômeno da hipermutação somática? 6. Porque um linfócito B pode expressar IgM e IgD ao mesmo tempo, porém não pode expressar simultaneamente IgG, IgA ou IgE com outras classes de anticorpos? 7. Descobriu-se que uma tribo de índios da Amazônia possui somente 10 gens V na cadeia L e 20 gens V na cadeia H. Entretanto parecem saudáveis e adaptados. Como isto é possível? * Leituras Imunobiologia – Janeway – pag 135-149 Imunologia Ilustrada – Thao Doan – cap 89 Imunologia Básica e Clínica – Peakman – pag 42-45 Imunologia – Benjamini – cap 6 Imunologia Médica – Parslow – pag 93 -97
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