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Resoluc¸a˜o Pergunta a) Falso. O fluxo e´ a soma do produto ~E · nˆda avaliado em cada ponto da superf´ıcie, onde cada um deles pode ser positivo ou negativo ale´m de na˜o precisar ter mesmo valor absoluto, de tal forma que os termos possam se cancelar. Como exemplo, imaginamos uma carga pontual e uma regia˜o pro´xima a` carga. Definimos uma superf´ıcie gaussiana aleto´ria nesta regia˜o - uma que na˜o englobe a carga - pela qual o fluxo e´ zero, mas definitivamente ha´ campo. b) Verdadeiro. Uma superf´ıcie gaussiana que engloba um dipolo ele´trico conte´m duas cargas, mas a carga l´ıquida e´ zero. Portanto o fluxo e´ nulo. c) Falso. O teorema das cascas foi demonstrado para cargas distribu´ıdas uniformemente sobre uma superf´ıcie esfe´rica. Embora seja verdade que para condutores quaisquer o campo interior e´ nulo, o mesmo na˜o pode ser afirmado para na˜o-condutores em casos gerais. d) Verdadeiro. Qualquer perturbac¸a˜o e a carga e´ acelerada para longe do ponto de equil´ıbrio. e) Falso. O campo e´ realmente sempre perpendicular a` superf´ıcie no ponto, entretanto na˜o ha´ nenhuma exigeˆncia de homogeneidade. Como exemplo, pensemos em um garfo meta´lico carregado, ha´ uma densi- dade de cargas muito maior nas extremidades dos dentes do garfo que em seu corpo suave. Dessa forma o campo nas pontas tem valor absoluto muito maior, enquanto a superf´ıcie inteira permanece equipotencial. Problema 1 Queremos um valor de A para o qual o campo e´ uniforme dentro do material. Em outras palavras, o mo´dulo do campo e´ o mesmo em qualquer ponto que o avaliemos (dentro do material). Enta˜o, calculamos o campo em dois pontos quaisquer e os igualamos. Como temos os valores de a e b, sa˜o estes os pontos nos quais devemos calcular. Pela lei de Gauss, o campo em qualquer ponto de uma superf´ıcie esfe´rica de raio a centrada na carga q e´: Ea = 1 4πǫ0 q a2 . (1) A superf´ıcie esfe´rica de raio b engloba tanto a carga central quanto as cargas do meio material. Para calcular estas u´ltimas, fazemos Q = ∫ V ρdV = ∫ V A r dV = ∫ b a A r 4πr2dr = 4πA ∫ b a rdr = 2πA(b2 − a2), (2) de tal forma que o campo em b e´ Eb = 1 4πǫ0 q b2 + A 2ǫ0 b2 − a2 b2 . (3) Igualamos estes campos para garantir a uniformidade, assim 1 4πǫ0 q a2 = 1 4πǫ0 q b2 + A 2ǫ0 b2 − a2 b2 → q πa2 = q πb2 + 2A b2 − a2 b2 , (4) e resolvendo para A A = q 2πa2 = 6, 28× 10−15 2π(5× 10−2)2 C/m 2 = 4, 00× 10−13C/m 2 . (5) 1 Problema 2 O ponto em questa˜o esta´ a uma distaˆncia x da carga 1 e x−L da carga 2. Ademais, esse e´ um ponto de equil´ıbrio e portanto as forc¸as resultantes sobre o ele´tron sa˜o nulas: 0 = ~F1e + ~F2e = F1erˆe1 + F2erˆe2, (6) onde os versores rˆe1 e rˆe2 apontam do ele´tron para as cargas 1 e 2, respectivamente. A equac¸a˜o acima so´ e´ coerentes de as intensidades F1e e F2e forem igual e os versores estiverem sobre uma mesma linha. Como as cargas esta˜o sobre o eixo x, estes versores so´ podem estar ali tambe´m. Assim, o ele´tron tem que estar sobre este mesmo eixo. Ademais, para se cancelarem, estes versores devem ser opostos rˆe1 = −rˆe2. Com isso, descartamos qualquer posic¸a˜o intermedia´ria a`s das cargas, pois como as cargas sa˜o opostas em sinal, elas exerceriam - sobre uma terceira carga posta entre elas - forc¸as na mesma direc¸a˜o. Igualando o mo´dulo das forc¸as, obtemos 1 4πǫ0 eq1 x2 = 1 4πǫ0 eq2 (x− L)2 1 x2 = 1 4(x− L)2 . (7) A relac¸a˜o acima fornece uma equac¸a˜o quadra´tica para x, mas apenas uma soluc¸a˜o e´ f´ısica: aquela para a qual x na˜o esta´ dentre as cargas. Resolvendo por Bha´skara, encontramos x = 2L. Este ponto e´ de equil´ıbrio insta´vel, um pequeno momento para a esquerda e o ele´tron e´ acelerado contra a carga positiva. Similarmente, um pequeno momento a direita e a forc¸a repulsiva da carga negativa torna-se dominante e ela foge para o infinito. Na˜o importa o valor absoluto da carga, vemos que na relac¸a˜o final entre o ponto de equil´ıbrio e a distaˆncia entre as cargas o valor da terceira esta´ ausente. O ponto de equil´ıbrio permanece o mesmo tambe´m se trocarmos o ele´tron por um pro´ton. O desenvolvimento das equac¸o˜es seriam iguais. O que muda, fisicamente, e´ o sentido de cada uma das forc¸as, mas ambas se invertem e o efeito e´ desapercebido. Problema 3 Lembrando que o potencial e´ um escalar, devemos sempre manter r em sua expressa˜o como uma quan- tidade positiva, ja´ que representa a distaˆncia absoluta entre carga e ponto. Como queremos um ponto entre as cargas, L > x0 e a distaˆncia do ponto a` carga q2 deve ser r2 = L − x0. Como o potencial se sobrepo˜e, fazemos V = 1 4πǫ0 q x0 − 1 4πǫ0 q 4(L− x0) 0 = 1 x0 − 1 4(L− x0) . (8) E resolvendo para x0/L temos x0 = 4L/5, ou x0 = 0, 8L. 2
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