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18/11/2015 1 IB608 Biologia e Taxonomia de Criptógamas I Ciências Biológicas UFRRJ Prof. Nivea Dias Prof. Ivo Abraão Departamento de Botânica Sargassum sp. Sargassum sp. ALGA! Caracterização Algae (= algas) – romanos Sargassum Algae: Linnaeus (1753) – Species Plantarum “Algas” = conjunto de organismos; = não constituem um grupo taxonômico; = diverso quanto à: • organização • origem • características morfológicas, fisiológicas e ecológicas Caracterização “Algas” - termo genérico - clorofila a; - organismos talosos (sem raiz, caule ou folhas); - hábito predominantemente aquático; - estruturas reprodutivas não recobertas por células estéreis (exceto Carofíceas – Coleochaetales, Charales e Zygnematales). Algas = polifilético BACTERIA Procarióticos (Cyanobacteria = “algas azuis”) EUKARIA Eucarióticos (“Reino Protista”) Caracterização 18/11/2015 2 ALGAS x PLANTAS Introdução CH das Crianças Similaridades • Fotossíntese • Presença de clorofila “a” Introdução Diferenças • Não possuem raízes, caule, folhas ou outras estruturas típicas de plantas terrestres. • Ausência de tecido vascular • Não formam embriões • Pigmentação variada • Variações nas formas de vida —unicelular, colonial e pluricelular. Introdução Por que estudar? Fonte: Monet 18/11/2015 3 Transição AMBIENTE TERRESTRE Importância • Compreensão da origem e evolução dos seres vivos; • Produtores primários no mar e em água doce; • Econômica; • Abrigo. Importância Sem as algas, plantas e animais terrestres existiriam? BIOINDICADORAS Eutrofização e poluição Ex.: Ulva sp. Importância Importância • São produtores primários no mar e em água doce • Produzem substâncias com emprego em diversos setores da atividade humana • Também produzem efeitos indesejáveis • São importantes para a compreensão da origem e evolução dos seres vivos. Podem ser classificadas em: • Bentônicas: fixas ao substrato • Perifíton: crescem sobre vegetação aquática • Fitoplanctônicas: em suspensão na coluna de água • Lênticas: ambientes de águas paradas • Lóticas: ambientes de águas correntes 18/11/2015 4 Microalga x Macroalga Microalgas Morfologia Macroalgas Morfologia “MICROALGAS” FITOPLÂNCTON Algas microscópicas unicelulares (coloniais ou solitárias) ou filamentosas, que vivem na água doce ou salgada. NECESSIDADES - Luz – fotossíntese; - Nutrientes – principalmente fósforo e nitrogênio IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA - Produtores primários (O2) - Base da cadeia alimentar aquática Coleta de Fitoplâncton PRINCIPAIS GRUPOS DE MICROALGAS 18/11/2015 5 • Cianofíceas (cianobactérias = algas azuis) – ca. 7.500 spp. • Cryptophyta - ca. 200 spp. • Euglenophyta – ca. 900 spp. • Dinophyta – ca. 2.000-4000 spp. • Haptophyta – ca. 300 spp. Euglenophyta Dinophyta Cryptophyta Haptophyta • Bacillariophyta – ca. 10.000 spp. • Chrysophyta - ca. 1.000 spp. • Xantophyta – ca. 500 spp. • Chlorophyta – ca. 8.000 spp. Xantophyta Crysophyta Bacillariophyta Diversidade Chlorophyta Macroalgas Phaeophyceae (Heterocontophyta) Rhodophyta Chlorophyta 1.500 spp. - mundo 88 - Brasil Divisão Heterokontophyta Família Phaeophyceae (algas castanhas, feofíceas) phaeo = pardo phyton = planta Oliveira et al. (2002); Raven et al. (2007) Divisão Rhodophyta (algas vermelhas, rodofíceas) rhodon = rosa phyton = planta Coralline sp. 4.000-6.000 spp. - mundo 338 - Brasil Oliveira et al. (2002); Raven et al. (2007) 18/11/2015 6 Divisão Chlorophyta (algas verdes, clorofíceas) chloro = verde phyton = planta Acetabularia sp. 17.000 spp. - mundo 167 - Brasil Oliveira et al. (2002); Raven et al. (2007) Palmer et al. 2004 Sistemática algas - polifilético sedundária sedundária Macroalgas - polifilético Tree of life project (2009) Eucarioto ancestral Endossimbiose Primária Endossimbiose Secundária Endossimbiose Terciária Cianobactéria Clorofíceas Rodofíceas Feofíceas e Diatomáceas Haptófitas Euglenofíceas Dinoflagelados Teoria da Endossimbiose dos Cloroplastos Glaucófitas Endossimbiose? • CLOROPLASTOS – simbiose de uma cianobactéria (Margulis – 1981); • Interação mutualmente benéfica; Célula - proteção e nutrientes Microrganismo - alimento Lynn Margulis (1938-2011) Teoria da Endossimbiose dos Cloroplastos 18/11/2015 7 FASES • Endossimbiose primária – origem do cloroplasto clássico = duas membranas. Ex.: Glaucophyta, Chlorophyta e Rhodophyta. Teoria da Endossimbiose dos Cloroplastos • Endossimbiose secundária – fagocitose de uma alga que já continha cloroplasto (End. Primária) = três membranas. Ex.: Euglenophyta – englobamento de uma Chlorophyta; Phaeophyta, Cryptophyta Haptophyta etc – englobamento de uma Rhodophyta. • Endossimbiose terciária – fagocitose de uma alga com End. Secundária = quatro membranas. Ex.: alguns Dinophyta – provável englobamento de uma Haptophyta. Eucarioto ancestral Endossimbiose Primária Cianobactéria Rodofíceas Clorofíceas Teoria da Endossimbiose dos Cloroplastos PIGMENTOS Glaucófitas Clorofila a e b + azuis + vermelhos Clorofila a + azuis Clorofila a + azuis + vermelhos DOMINANTES Clorofila a e b Eucarioto ancestral Endossimbiose Primária Cianobactéria Rodofíceas Clorofíceas Teoria da Endossimbiose dos Cloroplastos Glaucófitas Eucarioto ancestral Endossimbiose Primária Endossimbiose Secundária Cianobactéria Clorofíceas Rodofíceas Feofíceas , Crisófitas e Diatomáceas Haptófitas Teoria da Endossimbiose dos Cloroplastos Glaucófitas Dinoflagelados Eucarioto ancestral Endossimbiose Primária Endossimbiose Secundária Cianobactéria Clorofíceas Rodofíceas Feofíceas e Diatomáceas Haptófitas Teoria da Endossimbiose dos Cloroplastos Glaucófitas Euglenofíceas Dinoflagelados Eucarioto ancestral Endossimbiose Primária Endossimbiose Secundária Endossimbiose Terciária Cianobactéria Clorofíceas Rodofíceas Feofíceas e Diatomáceas Haptófitas Euglenofíceas Dinoflagelados Teoria da Endossimbiose dos Cloroplastos Glaucófitas 18/11/2015 8 Palmer et al. 2004 Sistemática sedundária sedundária Tipos de CICLO DE VIDA Tipos de Ciclo de Vida Haplobionte Diplonte Haplobionte Haplonte Diplobionte mitose zigoto mitose fertilização meiose gametas Organismo adulto HAPLÓIDE MEIOSE ZIGÓTICA MEIOSE GAMÉTICA zigoto gametas meiose fertilização mitose Organismo adulto DIPLÓIDE MEIOSE ESPÓRICA meiose fertilização mitose mitose mitose zigoto gametas esporos Organismo adulto DIPLÓIDE (esporófito) Organismo adulto HAPLÓIDE (gametófito) PLANTAS Ciclos de Vida 1) Haplobionte haplonte – indivíduo adulto n Meiose zigótica Ex.: Spirogyra 2) Haplobionte diplonte – indivíduo adulto 2n Meiose gamética Ex.: Fucus 3) Diplobionte – indivíduo adulto n e 2n Meiose espórica Gerações isomórficas Ex.: Ulva*Rodofíceas – ciclo trifásico (gametófito n + carposporófito 2n e tetrasporófito 2n) Gerações heteromórficas Ex.: Laminaria Haplobionte haplonte Conjugação Filamentos adultos (n) Zigoto (2n) R! Ciclo Spirogyra (clorofícea) 18/11/2015 9 Haplobionte diplonte Ciclo Fucus (Feofícea) Anterozóides (n) Anterídeo (2n) Oosfera (n) Oosferas (n) Oogônio imaturo (2n) R! R! Anterídeo imaturo (2n) Organismo adulto (2n) Organismos jovens (2n) Zigoto (2n) Receptáculo (2n) Fecundação Diplobionte isomórfico Gametas (n) R! Zigoto (2n) Zoósporos (n) Esporófito (2n) Gametófito (n) Ciclo Ulva (clorofícea) Diplobionte heteromórfico Zoósporos ♂ (n) Zoósporos ♀ (n) Gametófito ♂ (n) Gametófito ♀ (n) Esporângios (2n) Oosfera (n) Zigoto (2n) Anterozóide (n) Lâmina Estipe Apressório Esporófito (2n) Ciclo Laminaria (Feofícea) Lâmina R! 18/11/2015 10 Ecologia e Diversidade • Predominantemente aquáticas • Larga importância: – Produtores de O2 – Alimento para animais aquáticos. • Habitam mares, lagos, rios, solo, gelo, fontes termais Ulva lactuca Sargassum spp. Bacillariophyta Ecologia Diversidade no Brasil • 29 classes, • 1.018 gêneros, • 4.747 espécies, • 12 subspecies, • 1.424 variedades Diversidade Regiões Regiões 18/11/2015 11 Táxons x Regiões Uso de algas -221 espécies de macroalgas úteis: 125 rodofíceas (algas vermelhas), 64 feofíceas (algas pardas) , 32 clorofíceas (algas verdes). ALIMENTAÇÃO: 145 spp.(66%): 79 rodofíceas, 38 feofíceas, 28 clorofíceas. Dados referentes aos anos 1994/95 (Zemke-White e Ohno, 1999) Uso de algas INDÚSTRIA DE EXTRAÇÃO DE FICOCOLÓIDES: 101 spp.: 41 alginófitas (algas que produzem ácido algínico), 33 agarófitas (algas que produzem agar), 27 carragenófitas (algas que produzem carragenana). Dados referentes aos anos 1994/95 (Zemke-White e Ohno, 1999) Ficocolóides: polissacarídeos que de soluções aquosas passam a subst. viscosas (géis) com o decréscimo da temperatura sem formar cristais de gelo. Carragenanos: ind. farmacêutica, cosmética, tintas, alimentícia (sorvetes, queijo, cremes e gelatinas). Ex: Kappaphycus alvarezii ,Chondrus, Gigartina, Iridae, Eucheuma, Hypnea Uso Ágar: polissacarídeos com alta força de gel. Meios de cultura. Ex: Gelidium, Gracilaria Gracilaria gracilis Gelidium sp. Uso Medicina uso de Porphyra contra escorbuto * indústria farmacêutica Uso 18/11/2015 12 Uso de algas AGRICULTURA: 25 spp (rações e adubos) - MEDICINA: 25 ssp Vídeos Uso e cultivo de algas (Ondas Biomar) https://www.facebook.com/Ondas-Biomar-Cultivo-e-Processamento-de- Algas-Marinhas-174027639325800/ BIOINVASORAS 18/11/2015 13 Problemas de introdução de esp. exóticas. Algas exóticas ( sem predadores naturais no ecossistema) podem se reproduzir rapidamente tornando-se pragas muito difíceis de serem erradicadas. • Gênero Caulerpa na Europa • Kappaphycus striatum no Hawai. Didymo (Didymosphenia geminata) BACILLARIOPHYTA - Alga nativa de águas doces e frias - Regiões temperadas do Hemisfério Norte - Colônias Didymo (Didymosphenia geminata) BACILLARIOPHYTA - Principal alga bioinvasora - Desde 1980 - Áreas naturais e onde foi introduzida (Nova Zelândia - 2004) - Blooms afetam ecosistemas aquáticos, e geram impactos na economia http://www.issg.org/database/species/ecology.asp?si=775&fr=1&sts=sss&lang=EN Caulerpa no Mediterrâneo Caulerpa taxifolia - provavelmente introduzida em um esvaziamento acidental de um aquário do museu de Mônaco no mar. - 1990, cobria 3 hectares, - 1992, 100 hectares, -1996, mais de 1 500 hectares, Ninguém sabe como deter seu avanço – multiplicação favorecida pela inexistência de organismos predadores devido à presença de toxinas sintetizadas pela alga. • Havaí: 25 anos após a introdução • Cuba, Venezuela e Colômbia: cultivos embargados Kappaphycus alvarezii, Eucheuma denticulatum ou Kappahycus striatum? Kappaphycus striatum no Hawai Kappaphycus striatum no Hawai 18/11/2015 14 Vídeo Espécies invasoras Ilha Grande Cronograma 12/11 (08:00 às 10:00 h) - Teoria da endossimbiose dos cloroplastos, Classificação, Evolução e Importância das algas 12/11 (10:00 às 12:00 h e 13:00 às 15:00 h) – Aulas práticas: Importância das algas 19/11 (08:00 às 10:00 h) - Caracterização, reprodução, ecologia e classificação de Euglenophyta, Dinophyta e Heterokontophyta (Chrysophyceae, Bacillariophyceae e Phaeophyceae) 19/11 (10:00 às 12:00 h e 13:00 às 15:00 h) – Aulas práticas: características morfológicas de Euglenophyta, Dinophyta, Bacillariophyceae e Phaeophyceae 26/11 (08:00 às 10:00 h) - Caracterização, reprodução, ecologia e classificação de Glaucophyta, Rhodophyta e Chlorophyta 26/11 (10:00 às 12:00 h e 13:00 às 15:00 h) – Aulas práticas: características morfológicas de Glaucophyta, Rhodophyta e Chlorophyta. 03/12 (08:00 às 10:00) – Caracterização, reprodução, ecologia de liquens 03/12 (10:00 às 12:00 h e 13:00 às 15:00 h) – Aulas práticas de liquens. 10/12 (08:00 às 10:00) – PROVA TEÓRICA 10/12 (10:00 às 12:00 h e 13:00 às 15:00 h) – APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS 17/12 (8:00 às 10:00 h) – Optativa 23/12 - Prazo final para divulgação das notas finais (recesso escolar) Notas – módulo II • Trabalho em grupo (TG) - seminário • Prova individual (PI) e sem consulta Composição da nota: TG + (2xPI)/3 Notas – módulo II Temas seminário: Importância ecológica e utilização econômica de algas no mundo e no Brasil. GRUPOS 1) Microalgas 2) Feófitas 3) Rodófitas 4) Clorófitas APRESENTAÇÃO (15 min.) E ENTREGA DE RELATÓRIO IMPRESSO (Introdução, Objetivo, Metodologia, Resultados e Discussão e Conclusão)
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