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Políticas públicas de
saúde
Autora
Patricia Silva de Figueiredo
139_202503674817@aluno.admcsc.com.br - Aluno - Impresso em 12/05/2025 17:53 - 139
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Objetivos
Nesta unidade vamos compreender as principais políticas desenvolvidas para a garantia de
assistência à saúde, como estratégia de saúde da família, políticas para o enfrentamento dos
diversos tipos de câncer e políticas para o combate e controle de doenças transmissíveis. Vale
ressaltar que essas são algumas das diversas políticas de saúde, mas fique tranquilo, pois ao
decorrer desta unidade serão indicados materiais para complementar seus estudos.
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Políticas públicas de saúde1
Antes de iniciar o assunto de ESF, vamos entender o conceito de políticas públicas de saúde.
A base institucional das Políticas Públicas em Saúde é o Sistema Único de Saúde (SUS).
Ele é uma rede serviços e ações, hierarquizada e regionalizada, que assiste todo
território nacional. Ele tem como princípios: a universalização, a integralidade, a
descentralização e a participação popular. A política de saúde está inserida num
contexto [da] política pública: a Seguridade Social, que abarca também as políticas de
assistência e previdência social (Lucchese et al., 2004).
Um breve histórico
Agente Comunitário de Saúde (ACS), criado pelo Ministério da Saúde, foi oficializado como
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs) em 1991. A Estratégia Saúde da Família
(ESF) surgiu na década de 1980, por meio da experiência de Agentes Pacs, teve grande
capilaridade em vários municípios brasileiros e, em 1994, o Programa Saúde da Família (PSF)
foi formalizado, com equipe de profissionais de saúde mais completa em relação ao Pacs,
implantando-se polos de capacitação para os novos profissionais em 1997. No ano 2000, foi
criado o Departamento de Atenção Básica para dedicar-se aos assuntos relacionados à
reestruturação da atenção básica no País, fundamentada nos pressupostos da saúde da
família e, em 2003, iniciou-se a execução do Programa para Expansão da ESF, para que ela
pudesse ser ampliada para grandes cidades.
Características da ESF
A ESF é o modelo de atenção fundamentado na Vigilância da Saúde e indicado pelo Ministério
da Saúde brasileiro para substituir o modelo tradicional e para promover aproximação das
ações de saúde a famílias e comunidades, de modo a reverter a forma predominante de
atenção à saúde, medicalocêntrica e curativa. Seus ideários estão embasados nos princípios
da Reforma Sanitária Brasileira e possuem enfoque na família e não no indivíduo, com ações
preventivas sobre a demanda e integradas à comunidade e em que se prioriza o trabalho em
equipe multiprofissional:
a. médico;
b. enfermeiro;
c. auxiliar e/ou técnico de enfermagem;
d. ACS.
Cada equipe ESF é responsável por uma população adscrita de 2.000 a 3.500 pessoas, sendo
quatro equipes por Unidade Básica de Saúde (em municípios ou territórios com menos de
2.000 habitantes, esse parâmetro muda para apenas uma equipe). Destaca-se que a definição
do número de ACS por equipe pode variar com base nos seguintes critérios: demográficos,
epidemiológicos e socioeconômicos.
Estratégia de saúde da família (ESF)1.1
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Figura – Estratégia de saúde da família
Fonte: InformaSUS/UFSCAR.
Apesar de possuir características e modo de organização e funcionamento que se adequam às
necessidades atuais da população brasileira, a ESF ainda tem ações de vigilância da saúde
incipientes, que precisam ser aprimoradas para qualificação do cuidado ofertado. Por outro
lado, quando se tem a atenção básica funcionando de modo adequado, com equipes ESF
responsáveis por seu território, a demanda por serviços de média e alta complexidade
aumenta, pois os fluxos de encaminhamento para outros níveis de atenção tendem a ficar mais
efetivos.
Veja, de maneira dinâmica, o trabalho das equipes de saúde da família.
Acesse: youtu.be [https://youtu.be/EvAbGkvf3Yw?si=k85akb4p4SUpFfTu]
Para que a ESF avance na integralidade da atenção, é preciso que os profissionais que nela
atuam visualizem os indivíduos como um todo, e isso requer algumas alterações no perfil do
egresso de cursos de graduação em saúde, que favoreça esse olhar ampliado da saúde e,
especialmente, humanização no atendimento, com acolhimento adequado e favorecimento do
estabelecimento de vínculos. Também é necessária a mudança da mentalidade dos atores
envolvidos, em que se altere a crença de que serviços simples são “ruins e ineficazes” e de que
a área da saúde só trabalha bem com recursos altamente especializados. Ou seja, ainda é
necessária a adequada reversão para o modelo da vigilância da saúde. Além do exposto, a ESF
precisa de mecanismos e ferramentas avaliativas mais claras e sistemáticas.
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https://youtu.be/EvAbGkvf3Yw?si=k85akb4p4SUpFfTu
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Diretrizes da atenção básica à saúde da ESF
Entre as diretrizes, encontram-se:
a. Regionalização e hierarquização, em que a atenção básica é o ponto de comunicação dos
outros pontos de atenção da rede de atenção à saúde (RAS), tendo-a entre eles. A região
de saúde é um recorte espacial estratégico para o planejamento e para a organização e
gestão da RAS. A hierarquização é a organização de pontos de atenção à saúde entre si
(fluxos de referências), especialmente para otimização de recursos.
b. Territorialização e adstrição, que permite o planejamento, a programação descentralizada
e o desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais com base territorial, com foco num
território específico para produção de impacto na situação de saúde da população adstrita,
compreendida como aquela que está presente no território da Unidade Básica de Saúde
(UBS). Assim, há estímulo ao vínculo, à responsabilização entre equipes e população, à
longitudinalidade do cuidado e ao estabelecimento de referência no cuidado.
c. Cuidado centrado na pessoa, que representa o cuidado em saúde de forma singularizada.
Isso auxilia os indivíduos em seu autocuidado por considerar as necessidades e
potencialidades das pessoas e por envolver a família, a comunidade e outras coletividades
na produção de saúde.
d. Resolutividade, que é a utilização e a articulação de diferentes tecnologias de cuidado
individual e coletivo para conferir maior resolutividade da maioria dos problemas de saúde
da população, principalmente por meio da coordenação do cuidado em outros pontos de
atenção.
e. Longitudinalidade do cuidado, que significa a continuidade da relação de cuidado com a
construção de vínculo, a responsabilização entre profissionais e usuários, o
acompanhamento dos efeitos das intervenções em saúde e de outros elementos na vida
das pessoas, a minimização de perda de referências e a redução dos riscos de iatrogenia.
f. Coordenação do cuidado, por meio da elaboração, do acompanhamento e da organização
do fluxo dos usuários, em que a atenção básica atua como centro de comunicação entre
os diversos pontos de atenção numa relação horizontal, contínua e integrada com outros
pontos de atenção à saúde, e com articulação com outras estruturas intersetoriais das
redes.
g. Ordenação das redes, reconhecendo-se as necessidades de saúde da população sob sua
responsabilidade e a organização das necessidades dessa população em relação aos
outros pontos de atenção à saúde.
h. Participação da comunidade, em que há estímulo à participação das pessoas, a orientação
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https://www.scielo.br/j/icse/a/RJqDYVvr7985ndrDrxmvBsy/
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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/8_conferencia_nacional_saude_relatorio_final.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/8_conferencia_nacional_saude_relatorio_final.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/8_conferencia_nacional_saude_relatorio_final.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9656compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9656compilado.htm
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de
Humanização da Atenção e Gestão do SUS. Clínica ampliada e compartilhada. Brasília:
Ministério da Saúde, 2009.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010. Estabelece
diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de
Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 2010. Seção 1, p. 88. Disponível em:
conselho.saude.gov.br
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UNIDAS. Autogestão em Saúde no Brasil: 1980-2005: história da organização e consolidação
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VASCONCELOS, L. L. C. de. Redes temáticas de atenção à saúde. Apresentação. Brasília:
Conasems, 2013. Disponível em: slideplayer.com.br [https://slideplayer.com.br/slide/292620/] .
Acesso em: 12 fev. 2019.
WHITEHEAD, M. The concepts and principles of equity and health. Health Promotion
International, v. 6, n. 3, 1991. Disponível em: doi.org [https://doi.org/10.1093/heapro/6.3.217] .
Acesso em: 7 fev. 2019.
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https://doi.org/10.1093/heapro/6.3.217cultural no cuidado, cujos objetivos
envolvem a ampliação da autonomia e da capacidade das pessoas e articulação e
integração de ações intersetoriais.
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Figura – Princípios do SUS
Fonte: InformaSUS/UFSCAR.
Atenção
Não confunda diretrizes com princípios, todos norteiam o atendimento na saúde pública. Leia
mais em: informasus.ufscar.br [https://informasus.ufscar.br/afinal-o-que-e-a-estrategia-de-
saude-da-familia-e-qual-o-seu-papel-no-enfrentamento-a-pandemia/]
Estratégia de saúde da família
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Essa política implica a produção e a gestão do cuidado em saúde compartilhadas, com a
inclusão de trabalhadores, gestores e usuários nos processos de planejamento, tomada de
decisão e avaliação.
Princípios do HumanizaSUS
De acordo com o texto-base do HumanizaSUS (Brasil, 2013), seus princípios são:
a. transversalidade, ou seja, presença e inserção da humanização em todo o SUS, com
ampliação do contato e da comunicação, redução das relações de poder hierarquizadas e
produção compartilhada do saber;
b. indissociabilidade entre atenção e gestão, para isso sendo necessário o envolvimento de
trabalhadores e usuários: no funcionamento e nas ações dos serviços de saúde, na gestão
e nas tomadas de decisões e nas ações de saúde coletiva;
c. protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos, com ampliação
da autonomia e da vontade das pessoas, compartilhamento de responsabilidades,
reconhecimento do papel de cada um, cujo resultado é a legitimação da cidadania.
Diretrizes do HumanizaSUS
As diretrizes que comandam o HumanizaSUS são (Brasil, 2013):
a. acolhimento;
b. gestão participativa e cogestão;
c. ambiência;
d. clínica ampliada e compartilhada;
e. valorização do trabalhador; e
f. defesa dos direitos dos usuários.
A seguir, é apresentada breve explicação de cada um deles.
O acolhimento implica o reconhecimento da necessidade de saúde do outro, com realização de
escuta qualificada e garantia de acesso oportuno (em tempo hábil) a todos e atendendo-se
prioritariamente aqueles de maior vulnerabilidade, gravidade e risco, independentemente do
ciclo de vida em que se encontram.
A gestão participativa e a cogestão promovem a inclusão dos sujeitos nos processos
decisórios, fazendo destes espaços de aprendizado conjunto a partir da utilização de alguns
dispositivos, tais como: colegiados gestores, rodas de conversa e gerência de porta aberta.
A ambiência prevê a criação de espaços saudáveis, acolhedores, confortáveis e com
privacidade, bem como a inclusão dos sujeitos nas decisões sobre o ambiente físico dos
serviços de saúde.
A clínica ampliada e compartilhada leva em consideração a singularidade do sujeito, suas
particularidades e complexidade do processo saúde-doença. A partir dela enfrenta-se a
fragmentação do cuidado, pois prioriza-se a qualificação do diálogo entre os membros da
equipe multiprofissional e usuário do serviço para a construção conjunta de projeto
terapêutico singular (que é o plano de tratamento proposto para o indivíduo).
HumanizaSUS1.2
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A valorização do trabalhador consiste em dar visibilidade e valorizar a experiência dos
profissionais de saúde e a inclusão destes na tomada de decisão, e no estímulo à capacitação
profissional.
A defesa dos direitos dos usuários prevê a divulgação e o incentivo do conhecimento sobre os
direitos legais dos usuários, e a equipe deve envidar esforços para assegurar o cumprimento
desses direitos.
Leia o artigo Potencialidades e limitações das práticas de saúde desenvolvidas por apoiadores
institucionais da Política Nacional de Humanização. Disponível em: redehumanizasus.net
[https://redehumanizasus.net/acervo/potencialidades-e-limitac%cc%a7o%cc%83es-das-
praticas-de-saude-desenvolvidas-por-apoiadores-institucionais-da-politica-nacional-de-
humanizac%cc%a7a%cc%83o/]
Mas qual seria, nessa perspectiva, o diferencial proposto pela Política Nacional de
Humanização (PNH) na discussão da atenção básica?
Por sua condição de política transversal, a PNH é convocada a lidar com os limites territoriais e
modos de funcionamento das políticas do SUS, construindo composições que resultem em
entendimento comum e permitam a inclusão em suas formulações e modos de fazer dos
princípios, diretrizes e método da humanização (Brasil, 2010).
A Política Nacional de Atenção Básica incluiu a humanização como uma de suas orientações;
da mesma forma, a estratégia do NASF tomou a humanização como diretriz e princípio, e
vários de seus dispositivos, como Projeto Terapêutico Singular, Apoio Matricial, Acolhimento
com Classificação de Risco e Vulnerabilidade, entre outros, foram incluídos como ferramentas
de ação (Brasil, 2010).
Mas, sobretudo, a inclusão do conceito-ferramenta apoio institucional, principal tecnologia de
ação da humanização, é uma contribuição indelével da PNH para a atenção básica (Brasil,
2010).
Dessa forma, a atenção básica, além de se constituir em importante local de contato entre
população e sistema de saúde, fornecer atenção para os problemas e agravos de saúde mais
frequentes, produzir cuidado longitudinal, articular ações assistenciais e não assistenciais,
entre outros, se apresenta como estratégia de organização da atenção à saúde, de onde se
formariam compromissos e contratos sanitários que dão forma e concretude a redes de
cuidados (Brasil, 2010).
A atenção básica, portanto, deveria ser concebida como ethos fundamental na produção de
saúde em sistemas integrados, sendo responsável pela resolutividade da maioria dos
problemas sanitários do conjunto da população, agindo sobre um território. Além disso, deveria
ser elemento estratégico da integração das diferentes formas e modalidades de cuidado,
orientado pelas diretrizes das políticas públicas, no caso brasileiro, a base discursiva do SUS.
Vamos explorar mais sobre a Clínica Ampliada?
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A Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS aposta na indissociabilidade
entre os modos de produzir saúde e os modos de gerir os processos de trabalho, entre atenção
e gestão, entre clínica e política, entre produção de saúde e produçãode subjetividade. Tem por
objetivo provocar inovações nas práticas gerenciais e nas práticas de produção de saúde,
propondo para os diferentes coletivos/equipes implicados nessas práticas o desafio de
superar limites e experimentar novas formas de organização dos serviços e novos modos de
produção e circulação de poder (Brasil, 2010).
Entre as muitas correntes teóricas que contribuem para o trabalho em saúde, podemos
distinguir três grandes enfoques: o biomédico, o social e o psicológico. Cada uma dessas três
abordagens é composta de várias facetas; no entanto, pode-se dizer que existe em cada uma
delas uma tendência para valorizar mais um tipo de problema e alguns tipos de solução,
muitas vezes de uma forma excludente (Brasil, 2010).
Nesse contexto, a proposta da Clínica Ampliada busca se constituir numa ferramenta de
articulação e inclusão dos diferentes enfoques e disciplinas. A Clínica Ampliada reconhece que,
em um dado momento e situação singular, pode existir uma predominância, uma escolha, ou a
emergência de um enfoque ou de um tema, sem que isso signifique a negação de outros
enfoques e possibilidades de ação (Brasil, 2010).
Nesse contexto, a Clínica Ampliada busca ser uma ferramenta de inclusão em diferentes
enfoques, em cada momento uma situação singular.
Todos sabemos que as pessoas não se limitam às expressões das doenças de que são
portadoras. Alguns problemas, como a baixa adesão a tratamentos, as iatrogenias (danos), os
pacientes refratários (ou “poliqueixosos”) e a dependência dos usuários dos serviços de saúde,
entre outros, evidenciam a complexidade dos sujeitos que utilizam serviços de saúde e os
limites da prática clínica centrada na doença (Brasil, 2010).
Por exemplo: se a pessoa com hipertensão é deprimida ou não, se está isolada, se está
desempregada, tudo isso interfere no desenvolvimento da doença. O diagnóstico pressupõe
uma certa regularidade, uma repetição em um contexto ideal. Mas, para que se realize uma
clínica adequada, é preciso saber, além do que o sujeito apresenta de “igual”, o que ele
apresenta de “diferente”, de singular. Inclusive um conjunto de sinais e sintomas que somente
nele se expressam de determinado modo (Brasil, 2010).
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Humaniza SUS
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Política pública em saúde mental
A Reforma Psiquiátrica é um movimento que busca transformar os modelos de assistência em
saúde mental, especialmente no que diz respeito ao tratamento de pessoas com transtornos
mentais. Surgiu no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, como resposta à crise do
modelo de assistência centrado no hospital psiquiátrico e aos esforços dos movimentos
sociais pelos direitos dos pacientes psiquiátricos.
Essa reforma propõe a substituição dos hospitais psiquiátricos por serviços comunitários e
alternativos, baseados no acolhimento, na humanização do cuidado e na inclusão social das
pessoas com transtornos mentais. Defende também a promoção da autonomia e da
participação social desses indivíduos, buscando reintegrá-los à sociedade.
A Reforma Psiquiátrica visa garantir os direitos das pessoas com transtornos mentais,
respeitando sua dignidade e promovendo sua inclusão social. Além disso, propõe uma
abordagem mais ampla e humanizada da saúde mental, considerando não apenas os aspectos
clínicos, mas também os sociais, culturais e econômicos que influenciam a saúde mental das
pessoas.
O início do processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil é contemporâneo da eclosão do
“movimento sanitário”, nos anos 1970, em favor da mudança dos modelos de atenção e gestão
nas práticas de saúde, defesa da saúde coletiva, equidade na oferta dos serviços e
protagonismo dos trabalhadores e usuários dos serviços de saúde nos processos de gestão e
produção de tecnologias de cuidado (Brasil, 2005).
Exemplos de políticas públicas no
Brasil
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Embora contemporâneo da Reforma Sanitária, o processo de Reforma Psiquiátrica brasileira
tem uma história própria, inscrita num contexto internacional de mudanças pela superação da
violência asilar. Fundado, no final dos anos 1970, na crise do modelo de assistência centrado
no hospital psiquiátrico, por um lado, e na eclosão, por outro, dos esforços dos movimentos
sociais pelos direitos dos pacientes psiquiátricos, o processo da Reforma Psiquiátrica
brasileira é maior do que a sanção de novas leis e normas e maior do que o conjunto de
mudanças nas políticas governamentais e nos serviços de saúde (Brasil, 2005).
A Reforma Psiquiátrica é um processo político e social complexo, composto de atores,
instituições e forças de diferentes origens, e que incide em territórios diversos, nos governos
federal, estadual e municipal, nas universidades, no mercado dos serviços de saúde, nos
conselhos profissionais, nas associações de pessoas com transtornos mentais e de seus
familiares, nos movimentos sociais e nos territórios do imaginário social e da opinião pública.
Compreendido como um conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e
sociais, é no cotidiano da vida das instituições, dos serviços e das relações interpessoais que o
processo da Reforma Psiquiátrica avança, marcado por impasses, tensões, conflitos e desafios
(Brasil, 2005).
LEI N. 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001 POLÍTICA NACIONAL DA SAÚDE MENTAL.
Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e
redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
Artigo 1º - Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de
que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à
raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família,
recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno,
ou qualquer outra.
Artigo 2º - Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus
familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no
parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único - São direitos da pessoa portadora de transtorno mental: I - ter acesso
ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades;
II - Ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua
saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na
comunidade;
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou
não de sua hospitalização involuntária;
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu
tratamento;
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.
Artigo 3º - É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental,
a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais,
com a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em
estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que
ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais.
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Artigo 4º - A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os
recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.
Dica
Assista ao filme Nise: o Coração da Loucura, que conta e mostra a história de uma médica
psiquiatra antes da reforma psiquiátrica. Disponível em:youtu.be [https://youtu.be/-
m4F6HA1gyE?si=pdTdoXv54AWz93gM] .
E vejam quão importante é uma política que protege os direitos do paciente.
Figura – Imagem do filme Nise: o Coração da Loucura (2015)
Fonte: CRESS/RN.
Redução de leitos
O processo de redução de leitos em hospitais psiquiátricos e de desinstitucionalização de
pessoas com longo histórico de internação passa a tornar-se política pública no Brasil a partir
dos anos 1990, e ganha grande impulso em 2002 com uma série de normatizações do
Ministério da Saúde, que instituem mecanismos claros, eficazes e seguros para a redução de
leitos psiquiátricos a partir dos macro-hospitais.
Para avaliar o ritmo da redução de leitos em todo o Brasil, no entanto, é preciso considerar o
processo histórico de implantação dos hospitais psiquiátricos nos estados, assim como a
penetração das diretrizes da Reforma Psiquiátrica em cada região brasileira, uma vez que o
processo de desinstitucionalização pressupõe transformações culturais e subjetivas na
sociedade e depende sempre da pactuação das três esferas de governo (federal, estadual e
municipal). O gráfico a seguir ilustra o processo de redução de leitos da segunda metade da
década de 1990 até 2005.
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https://youtu.be/-m4F6HA1gyE?si=pdTdoXv54AWz93gM
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Figura - Leitos Psiquiátricos SUS por ano (1996-2005)
Fonte: Brasil (2005).
A Política de Saúde Mental (Lei nº 10.216/2001) “tem como uma de suas principais diretrizes a
reestruturação da assistência hospitalar psiquiátrica, objetivando uma redução gradual,
programada e pactuada dos leitos psiquiátricos de baixa qualidade hospitalar” (Brasil, 2011).
Apesar de ser considerada um importante ganho para o Movimento de Reforma Psiquiátrica,
essa lei traz elementos muito distantes do projeto original (do deputado Paulo Delgado). A
extinção dos manicômios e a substituição por outros serviços foram substituídas pelo
redirecionamento e pela política de proteção de direitos (Luzio; Yasui, 2010).
A Lei nº 10.216/2001 define uma redução gradual, mas somente em 2004 o Ministério da
Saúde (MS) aprova a Portaria 52, que estabelece o Programa Anual de Reestruturação da
Assistência Psiquiátrica Hospitalar no SUS (PRH). Nas considerações dessa Portaria, o MS
indica a “necessidade de estabelecer critérios técnicos para a redução progressiva de leitos,
especialmente nos hospitais de maior porte, de modo a garantir a adequada assistência extra-
hospitalar aos internos” (Brasil, 2004).
Um dos critérios usados é o redirecionamento dos recursos financeiros para a rede extra-
hospitalar de saúde mental. Para impor essa redução de leitos, uma das propostas é a
remuneração menor para os hospitais de maior porte.
Os números atuais
Entre 2012 e 2022, o número de leitos de saúde mental habilitados em hospitais gerais no
Estado de Minas Gerais cresceu enquanto houve redução do número de leitos psiquiátricos.
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Figura - Evolução do número de LSMHG versus número de leitos
psiquiátricos habilitados no Estado de Minas Gerais entre 2012 e 2022
Fonte: Souza (2023).
Portanto, a Política Nacional de Saúde Mental traz humanização ao cuidado dos pacientes e
por meio dela foram criadas diretrizes para diminuição de leitos psiquiátricos. O estudo da
reforma psiquiátrica mostra o quanto esses pacientes sofreram antes de tais políticas, e nos
tempos atuais os esforços estão concentrados em diminuir os leitos e aumentar a rede de
atenção ambulatorial e programas de reinserção do paciente na comunidade.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança
O Brasil assumiu, na Constituição Federal de 1988, a garantia do direito universal à
saúde, com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e, em 1990, a proteção integral
da criança, com o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Além disso,
ratificou os mais importantes pactos, tratados e convenções internacionais sobre os
direitos humanos da criança. Desde então, a saúde da criança vem apresentando
melhora significativa (Brasil, 2018).
O País conquistou grande diminuição nas taxas de mortalidade infantil (menores de 1 ano) e
de mortalidade na infância (menores de 5 anos), tendo com isso cumprido o Objetivo de
Desenvolvimento do Milênio (ODM) número quatro para 2015, com três anos de antecedência e
com redução de 77%, uma das maiores do mundo. Também se observa admirável controle da
morbimortalidade por doenças imunopreveníveis e diarreia, grande diminuição dos índices de
desnutrição e melhora crescente nos indicadores de aleitamento materno (Brasil, 2018).
Por outro lado, o Brasil vem enfrentando novos desafios. A identificação de novos agentes
infecciosos e o ressurgimento de doenças, até então consideradas sob controle, ao lado dos
efeitos do envelhecimento populacional e da violência urbana, estão hoje como centro das
atenções de profissionais da saúde, acadêmicos, gestores, agentes e atores de políticas
públicas, das instituições governamentais e não governamentais. Os mesmos determinantes
que, acreditava-se, reduziriam as doenças infecciosas também podem atuar na direção
inversa, propiciando o surgimento e a disseminação de novas e antigas doenças
infectoparasitárias (Brasil, 2018).
As altas taxas de parto cesáreo e prematuridade, ao mesmo tempo que crescem a prevalência
da obesidade na infância e os óbitos evitáveis por causas externas (acidentes e violências),
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além das doenças em razão das más condições sanitárias, apontam a complexidade
sociocultural e de fenômenos da sociedade contemporânea que afetam a vida das crianças
(Brasil, 2018).
Apesar dos avanços nos indicadores de saúde infantil e dos investimentos nas políticas
públicas federais voltadas à saúde da criança, como a Rede de Atenção à Saúde
Materna, Neonatal e Infantil (Rede Cegonha), o Programa Intersetorial Brasil Carinhoso e
o Programa Criança Feliz, fica evidente a necessidade de ampliar o enfrentamento das
iniquidades relacionadas às condições de saúde e, ao mesmo tempo, universalizar
todos os avanços para grupos de maior vulnerabilidade, tais como as crianças
indígenas, quilombolas, ribeirinhas, com deficiências
e as com doenças raras, além de garantir não só a sobrevivência, mas o
desenvolvimento integral de todas as crianças, condição essencial para o exercício da
cidadania e a garantia do desenvolvimento nacional, bem como para o cumprimento dos
compromissos do País diante das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
2015-2030 (ODS) (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2015).
Frente a desafios tão complexos e plurais e visando à qualificação das estratégias e ações
voltadas à saúde da criança na agenda da saúde pública brasileira, nas esferas federal,
estadual e municipal, mostrou-se necessária a elaboração de uma Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde da Criança (Pnaisc) que venha ao encontro do pleito de entidades da
sociedade civil e militantes da causa dos direitos da criança e do adolescente, como a Rede
Nacional da Primeira Infância (RNPI),a Pastoral da Criança, o Conselho Nacional dos Direitos
da Criança e do Adolescente (Conanda), além de organismos internacionais como o Fundo das
Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)
(Brasil, 2018).
A Pnaisc
está estruturada em princípios, diretrizes e eixos estratégicos. Tem como objetivo
promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno, mediante atenção e
cuidados integrais e integrados, da gestação aos nove anos de vida, com especial
atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando à redução
da morbimortalidade e um ambiente facilitador à vida com condições dignas de
existência e pleno desenvolvimento (Brasil, 2018).
O reconhecimento de que a criança é prioridade e que se trata do grupo mais vulnerável da
humanidade dá suporte à importância da atenção integral à sua saúde, pelos impactos
potenciais no presente e no futuro. A absoluta dependência dos adultos, seja no âmbito das
famílias, seja no da sociedade, de forma mais ampla, e o fundamental interesse em garantir o
desenvolvimento adequado de gerações futuras, com indivíduos mais saudáveis e socialmente
adaptados, explicam, em parte, porque as políticas que priorizam a atenção às crianças se
constituem, frequentemente, em políticas de consenso (Brasil, 2018).
A perspectiva de atenção integral é exigente e pressupõe vínculos muito bem estabelecidos
entre a criança, o cuidador/família e o profissional responsável. Nesse sentido, fala-se em
corresponsabilização como um dos princípios fundamentais dessa abordagem. A opção de
atuação em linhas de cuidado contempla uma visão global das dimensões da vida, numa
perspectiva de integração de experiências, em que se inclui a articulação do trabalho em rede e
das práticas dos profissionais que compõem uma equipe, tomada também como fator
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determinante de saúde. Assim, é importante a organização de ações e serviços para a criança
e sua família, articulados com a rede de atenção à saúde como potencializadora dos recursos
disponíveis para oferecer a resposta mais adequada, completa e resolutiva à sua necessidade,
garantindo a continuidade do cuidado integral, desde as ações de promoção, diagnóstico,
tratamento e reabilitação, com fluxo ágil e oportuno em cada nível de atenção até a
recuperação completa da criança (Brasil, 2018).
Figura – Princípios da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da
Criança (Pnaisc)
Fonte: Brasil (2018).
Os avanços no acesso universal às políticas de saúde para a população brasileira são
inquestionáveis, porém a mortalidade infantil – notadamente o componente neonatal – e na
infância persiste em níveis acima do aceitável, especialmente em algumas regiões do País.
Além disso, novos desafios apresentam-se como resultantes dos contextos de mudanças
sociais, econômicas e demográficas, da transição epidemiológica, das situações de
vulnerabilidades sociais, como os acidentes, as violências, os desastres e as calamidades, o
acesso ao uso de álcool e drogas por crianças (Brasil, 2018).
Outro desafio é em relação ao reconhecimento e à afirmação dos direitos relacionados à
diversidade cultural e especificidades de crianças com deficiências, indígenas, negras,
quilombolas, ciganas, população rural e das águas, crianças em situação de rua, em serviços
de acolhimento, filhos e/ou filhas de mulheres no sistema prisional e crianças de famílias em
que há situação de uso abusivo de álcool ou outras drogas (Brasil, 2018).
Ainda se colocam os desafios dos processos de medicalização da vida, desde o parto e
nascimento, passando pela patologização das dificuldades escolares, de terceirização do
cuidado com a criança, do bullying no ambiente escolar, entre outros. Para superar tamanhos
desafios e para qualificar a Atenção Integral à Saúde da Criança nesses contextos, a Política
Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (Pnaisc) estrutura-se em oito eixos
estratégicos, a seguir relacionados (Brasil, 2018):
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Figura – Eixos estratégicos da Pnaisc
Fonte: Brasil (2018).
A definição de uma Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança pretende
sistematizar e articular as diferentes ações, programas e políticas existentes no campo da
saúde da criança no País, com o compartilhamento de responsabilidades entre setores
governamentais e sociedade, com especial atenção à primeira infância e às áreas e
populações de maior vulnerabilidade, visando reduzir a morbimortalidade e contribuir para um
ambiente facilitador da vida e do pleno desenvolvimento (Brasil, 2018).
O fio condutor do cuidado da criança deve ser por intermédio da Pnaisc. A política traz a
possibilidade para o Brasil se consolidar como um país que vem melhorando em relação aos
cuidados com suas crianças e adolescentes, e que ainda apresenta grandes desafios nessa
área a serem vencidos (Brasil, 2018).
Programa Nacional de Imunização
O PNI é responsável por definir a política de vacinação do país, desde a definição do
Calendário Nacional de Vacinação (CNV) até a aquisição dos imunobiológicos e sua
disponibilização nas salas de vacinação da rede pública - mais de 38 mil serviços de
saúde -, incluindo o estabelecimento de normas e diretrizes sobre as indicações e
recomendações da vacinação em todo o território nacional.
Em meio século de existência, o PNI passou de quatro para 48 diferentes
imunobiológicos (entre vacinas, soros e imunoglobulinas) ofertados a toda a população.
Atualmente, são mais de 20 vacinas, capazes de prevenir com segurança diversas
doenças, disponibilizadas para cada fase de vida conforme os CNVs - crianças,
adolescentes, gestantes, adultos, idosos e populações especiais (indígenas e pessoas
vivendo com condições especiais) (Pércio et al., 2023).
As vacinas e a vigilância foram responsáveis pela eliminação da varíola, pela interrupção da
transmissão da poliomielite e do sarampo autóctone. Há quatro anos o País está livre de casos
de rubéola! Os resultados positivos se sucedem graças a um trabalho articulado que envolve
as três esferas de gestão, por meio de ações coordenadas de planejamento, capacitação,
infraestrutura e logística, capazes de permitir que na linha de frente do SUS, na ponta do
Sistema, no contato da equipe com a população, seja entregue um produto com qualidade,
com todas as suas características e especificidades preservadas (Brasil, 2023).
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Figura - Vacinação
Fonte: BBC News Brasil.
Figura - Taxa de cobertura vacinal no Brasil
Fonte: Universidade Federal de São Paulo - Unifesp.
Na Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial de Saúde
(OMS), o PNI brasileiro é citado como referência mundial. Por sua excelência comprovada, o
nosso PNI organizou duas campanhas de vacinação no Timor Leste, ajudou nos programas de
imunizações na Palestina, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Nós, os brasileiros do PNI, fomos
solicitados a dar cursos no Suriname, recebemos técnicos de Angola para serem capacitados
aqui. Estabelecemos cooperação técnica com Estados Unidos, México, Guiana Francesa,
Argentina, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Colômbia, Peru, Israel, Angola, Filipinas.
Fizemos doações para Uruguai, Paraguai, República Dominicana, Bolívia e Argentina (Brasil,
2003).
Hoje, os quase180 milhões de cidadãos brasileiros convivem num panorama de saúde pública
de reduzida ocorrência de óbitos por doenças imunopreveníveis. O País investiu recursos
vultosos na adequação de sua Rede de Frio, na vigilância de eventos adversos pós-vacinais, na
universalidade de atendimento, nos seus sistemas de informação, descentralizou as ações e
garantiu capacitação e atualização técnico-gerencial para seus gestores em todos os âmbitos.
As campanhas nacionais de vacinação, voltadas em cada ocasião para diferentes faixas
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etárias, proporcionaram o crescimento da conscientização social a respeito da cultura em
saúde (Brasil, 2003).
Covid-19: Pesquisa avalia resposta gerada por vacinas ao longo de um ano
Fazer uma avaliação completa da imunidade gerada por duas vacinas contra a Covid-19
foi a proposta de um estudo de fase 4 realizado pela Fiocruz Minas. Ao longo de um ano,
os pesquisadores acompanharam 1.587 pessoas vacinadas, para avaliar como se deu a
resposta de anticorpos, verificando se houve queda ou se os índices foram mantidos
com o passar do tempo. Os cientistas avaliaram também a resposta celular específica,
de forma a verificar a capacidade do organismo em reconhecer o vírus ao longo do
tempo. Coordenado pela pesquisadora Rafaella Fortini, o estudo teve como foco
pessoas vacinadas com a primeira e segunda doses de Coronavac, e a Pfizer, como dose
de reforço na maioria dos participantes, aplicada seis meses após o protocolo primário.
Entre as principais constatações da pesquisa está a importância da dose de reforço, já
que as análises mostraram uma queda significativa nos níveis de anticorpos, entre três
e seis meses após a aplicação da segunda dose de Coronavac. A taxa de
soropositividade passou de 98%, após 30 e 60 dias da aplicação do imunizante, para
69%, no período que compreendeu entre 91 e 180 dias após a vacinação. Mas, com a
aplicação do reforço da Pfizer, tais índices foram restabelecidos, chegando a 100% de
soropositividade, 15 dias após a aplicação.
[...]
O estudo também confirmou a eficácia da vacina em relação ao desenvolvimento da
infecção, mostrando uma redução de casos de Covid-19 entre os indivíduos vacinados.
Antes da vacinação, dentre os 1.587 participantes, um total de 247, ou seja, 15,6%, havia
testado positivo e, desse montante, 136 (8,6%) foram diagnosticados com Covid longa.
Após a vacinação, apenas 75 (4.7%) testaram positivo, dentre os quais somente 5 (0,3%)
tiveram Covid longa.
Os participantes que tiveram Covid-19 antes da vacinação apresentaram índices de
anticorpos superiores após a vacinação, em relação aos não infectados. Tal
constatação reforça a importância da imunização mesmo para as pessoas que já
tiveram a doença, uma vez que a imunidade natural gerada pela doença é inferior à
induzida pela vacina (Fiocruz, 2022).
Veja qual a importância da imunização como recurso estratégico para prevenção de doenças.
Acesse: sp.unifesp.br [https://sp.unifesp.br/epm/noticias/a-importancia-da-imunizacao-como-
recurso-estrategico-para-prevencao-de-doencas]
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https://sp.unifesp.br/epm/noticias/a-importancia-da-imunizacao-como-recurso-estrategico-para-prevencao-de-doencas
https://sp.unifesp.br/epm/noticias/a-importancia-da-imunizacao-como-recurso-estrategico-para-prevencao-de-doencas
Exemplo de política pública (Política pública de saúde mental)
Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link:
"https://player.vimeo.com/video/942392937".
No Brasil, é considerada baixa a adesão ao tratamento medicamentoso e tem-se observado
que tratamentos de saúde feitos com mais de um médico possuem menor adesão por parte
dos pacientes (Tavares et al., 2013). Isso demonstra falhas na integralidade do processo de
cuidado e na comunicação entre os profissionais de saúde e, além disso, fica evidente a
ineficácia dos métodos de melhoria da adesão e a necessidade de avanços nesse campo para
que haja ações coordenadas em saúde eficazes.
A adesão em saúde envolve a cooperação voluntária do usuário em seguir um esquema
prescrito por profissional de saúde.
Para Tavares et al. (2013), há vários fatores relacionados à baixa adesão. Dentre eles
destacam-se:
a. características individuais do paciente;
b. autopercepção de saúde;
c. tipo de doença;
d. melhora clínica;
e. custo e quantidade de medicamentos;
f. posologia e efeitos adversos do medicamento;
g. interação entre profissional e usuário;
h. falhas na integralidade do cuidado.
Percebe-se, assim, que as ações que podem reverter a baixa adesão devem ser multifacetadas
e incluir todos os atores envolvidos no processo do cuidar, especialmente o binômio
profissional-usuário.
Adesão ao tratamento de saúde1.4
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Aumentar a adesão ao tratamento proposto demanda o envolvimento de trabalhadores e
usuários na educação do paciente e no delineamento de esquemas de tratamento mais
factíveis, o que, por sua vez, requer melhor comunicação entre médicos e profissionais de
saúde e usuários dos serviços.
Pacientes com doenças crônicas no Brasil apresentam piora do quadro clínico muitas vezes
pela baixa adesão medicamentosa.
Vamos refletir a respeito?
As doenças crônicas em geral estão relacionadas a causas múltiplas e são caracterizadas por
início gradual, de prognóstico usualmente incerto, com longa ou indefinida duração.
Apresentam curso clínico que muda ao longo do tempo, com possíveis períodos de
agudização, podendo gerar incapacidades (Brasil, 2013).
Figura – Grupo de pacientes em atividade
Fonte: Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
Atualmente, um dos desafios para as equipes da atenção básica é a própria atenção em saúde
para as doenças crônicas, como: Aids, diabetes mellitus, hipertensão, entre outras. Essas
condições possuem uma alta prevalência, são multifatoriais, com coexistência de
determinantes biológicos e socioculturais, e a eficácia de sua abordagem envolve,
necessariamente, as diversas categorias de profissionais das equipes de saúde e exige o
protagonismo dos indivíduos, de suas famílias e da comunidade (Brasil, 2014).
Normalmente o usuário portador de doenças crônicas é um constante frequentador da
Unidade Básica de Saúde, buscando-a para a renovação de receitas, consulta de
acompanhamento, verificação da pressão e/ou glicemia, atendimento para a agudização de
sua condição crônica, entre outras situações (Brasil, 2014). Porém, muitas dessas visitas
podem estar relacionadas a não adesão a um tratamento medicamentoso prescrito, situação
essa que pode ocorrer por vários fatores.
Opções para enfrentar o problema:
Opção 1
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Técnicas educacionais, motivacionais, cognitivas e desenvolvimento de sistemas de
lembretes.
Opção 2
Oferta de incentivos ao paciente.
Opção 3
Intervenções para auxílio na gestão dos medicamentos pelo paciente.
Opção 4
Combinação de intervençõesvoltadas ao paciente.
Existem estudos relacionados a causas e sugestões de soluções para a baixa adesão. Veja mais
em: bvsms.saude.gov.br
[https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sintese_evidencias_politicas_tratamento_medicam
entoso.pdf]
Exemplo de política pública (Política nacional de saúde da
criança)
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"https://player.vimeo.com/video/942393034".
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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sintese_evidencias_politicas_tratamento_medicamentoso.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sintese_evidencias_politicas_tratamento_medicamentoso.pdf
No dicionário online dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS, 2017), consta que liderança
é a “função de dirigir ou de controlar as ações e atitudes de um indivíduo ou grupo, com a
aquiescência praticamente voluntária dos seguidores”.
A liderança é um dos temas que tem merecido atenção por parte dos investigadores na
área da enfermagem. São inúmeros os trabalhos realizados, com predominância no
contexto hospitalar, sendo ainda restrita a produção científica sobre liderança na
Atenção Primária à Saúde (APS). A liderança é um processo de influência através do
qual alguém, individual ou coletivamente, conduz outras pessoas ou entidades a
atuarem em prol de objetivos comuns. Entretanto, verifica-se evolução de diversas
abordagens, sob diferentes perspectivas ao longo dos anos, no campo da
administração, da psicologia organizacional, entre outros campos do conhecimento
sobre o processo de liderar. Há definições para todos os gostos, definições simples,
incompletas, e definições complexas e pouco práticas. Diferentes propostas conceituais
que, por sua vez, são consideradas abundantes e inconclusivas.
Estudos apontam que profissionais de enfermagem se constituem como a principal
força de trabalho em saúde, responsáveis pela coordenação do processo de trabalho em
equipe em diferentes níveis de atenção e, especialmente, na Atenção Primária à Saúde.
Todavia, é imprescindível desenvolver a liderança da enfermagem e a formação de redes
de pesquisa, a nível mundial, conforme aponta o relatório Triple impact of nursing,
ratificado pela OMS.
No complexo contexto da APS, o enfermeiro desempenha o papel fundamental de
“assegurar a integralidade da atenção e a qualidade e humanização do atendimento”
(Brasil, 2001, p. 2). O seu processo de trabalho constitui-se como prática social
relevante para promoção da integralidade do cuidado, da intervenção frente aos fatores
de risco, da prevenção de doenças e da promoção da saúde e da qualidade de vida,
contribuindo, por conseguinte, para mudanças no modelo de saúde e consolidação do
SUS (Barros et al., 2021, p. 2).
A liderança do(a) enfermeiro(a) na APS se restringe aos aspectos gerenciais, tendo a maioria
dos estudos voltados para teorias comportamentais, com predomínio do estilo democrático.
Há um número ainda restrito de pesquisas na Atenção Primária à Saúde; e o maior número de
pesquisas sobre liderança se concentra na área hospitalar. As pesquisas apontam fragilidades
na função gerencial e na função de liderança dos/as enfermeiros/as na APS. Desse modo, faz-
se necessário o gestor do SUS adotar programas de desenvolvimento de líderes e projetos de
educação permanente nos serviços de saúde, a fim de capacitar esses profissionais para o
exercício da liderança na APS.
Comunicação é a “transferência de informação dos peritos nas áreas de medicina e saúde
pública para os pacientes e o público. Estudo e uso de estratégias de comunicação para
informar e influenciar decisões individuais e comunitárias”.
Esses atributos de liderança, comunicação e corresponsabilização têm sua relevância no
contexto atual porque são elementos necessários à escuta ativa. Esta, por sua vez, é uma
Liderança, comunicação e
corresponsabilização na atuação em
saúde
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estratégia de humanização em que são necessárias tecnologias duras, leve-duras e leves
(Merhy, 2005; Oliveira et al., 2018).
A escuta qualificada é o interesse pelo que está sendo dito e requer aproximação corporal
entre os sujeitos, identificação da real demanda do paciente e exige concentração e energia por
parte do profissional, voltado ao acolhimento e à humanização da assistência.
A escuta ativa é como o mais alto e efetivo nível de escuta. Trata-se de uma habilidade de alto
nível que possibilita uma comunicação mais eficaz. É baseada em direcionar plenamente a
atenção ao que o interlocutor está dizendo, ouvindo atentamente sem interromper e
demonstrando total interesse (Gonzalez, 2009 apud Malta; Carmo, 2020).
Dessa forma, considerando não apenas as definições da literatura, mas também nossa própria
experiência profissional, entendemos que a escuta ativa é um ato intencional de atenção plena
que cria um ambiente emocionalmente acolhedor e livre de julgamentos. Isso permite que a
pessoa que fala se sinta verdadeiramente ouvida e possa se compreender melhor por meio da
interação com o ouvinte (Gonzalez, 2009 apud Malta; Carmo, 2020).
Figura – Profissional de saúde e paciente
Fonte: Rede Dandaras.
Estamos nos referindo à capacidade de estar completamente presente durante o diálogo com o
interlocutor, demonstrando um interesse genuíno em sua história e assegurando um espaço de
fala sem interrupções. Embora o tema da importância da escuta nas interações entre
profissionais de saúde e pacientes seja frequentemente abordado em aulas, discussões e na
literatura, deparamo-nos com dados de estudos que revelam não apenas uma fragilidade
nessa habilidade, mas também falhas na autopercepção por parte de alguns profissionais de
saúde em relação às suas próprias habilidades de escuta (Malta; Carmo, 2020).
A escuta ativa na área da saúde refere-se a uma abordagem de comunicação em que o
profissional de saúde se dedica a ouvir ativamente o paciente, demonstrando interesse
genuíno, atenção plena e empatia. Envolve não apenas ouvir as palavras do paciente, mas
também compreender suas emoções, preocupações e necessidades subjacentes. A escuta
ativa na saúde é essencial para estabelecer uma relação terapêutica sólida, promover a
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confiança do paciente, melhorar a comunicação e garantir que o cuidado seja centrado no
paciente.
Para Oliveira et al. (2018), a baixa adesão à escuta qualificada está relacionada à configuração
dos serviços de saúde, à insuficiência de tempo versus excesso de trabalho e ao despreparo
dos profissionais de saúde para realizar atendimento adequado de escuta.
Ao definir empatia em relação a profissionais de saúde, Hojat (2013) se refere a um
atributo cognitivo que possibilita ao profissional a compreensão das preocupações,
experiências e perspectivas do paciente, aliado a habilidade de comunicar essa
compreensão. Hegazi e Wilson (2013) sugerem que a empatia no âmbito do cuidado de
saúde é a “ferramenta mais poderosa” disponível, enquanto Stepien e Baernstein (2006)
defendem que a empatia pode influenciar significativamente não apenas a satisfação do
paciente, mas a adesão às recomendações médicas e os resultados clínicos (Malta;
Carmo, 2020, p. 45-46).
Corresponsabilização é a “responsabilização compartilhada e pactuada entre os sujeitos
envolvidos na terapêutica”.
Figura - Corresponsabilização
Fonte: Autossustentável - Conteúdo de Sustentabilidade.
Benevides e Passos (2005a) defendem a ideiade que a aposta da humanização do SUS
se faz pela produção de subjetividades, e esclarecem que tal proposição não pressupõe
a busca de uma equivalência ou indiferenciação entre os múltiplos atores presentes no
campo da saúde. Eles refutam esta hipótese apoiados na convicção de que a posição
diferenciada que ocupa o conjunto de sujeitos da saúde resulta em subjetividades
díspares e conflitivas que produzem a realidade e são produzidas por ela. Ao entender
que as subjetividades são produzidas, estes autores propõem que o trabalho de
explicitação do plano de produção do instituído deve ser acompanhado por um outro
trabalho, que é o de criar condições para a emergência de efeitos-subjetividades
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compatíveis com as mudanças das práticas de saúde preconizadas pelo SUS. Advertem
ainda que a predeterminação daquilo que se espera alcançar em termos de ação
inventiva dos sujeitos envolvidos com o processo de produção de saúde, dificulta o
processo de valoração dos processos de autonomia, protagonismo, corresponsabilidade
ou cogestão.
Os desafios para a participação no âmbito da gestão em saúde no Brasil,
particularmente pela via dos conselhos de saúde e/ou conferências, vêm sendo alvo
privilegiado no debate na produção mais recente sobre o tema. Um entusiasmo inicial
sobre as potencialidades destes mecanismos, enquanto vetores de participação política
e de controle social, cede lugar a uma posição mais cética, ou quiçá mais crítica. Com
efeito, termos como "dilemas", "utopias", "desafios", "problemas" são evocados por
diferentes autores para realçar as dificuldades evidenciadas nos processos de
participação social no Brasil (Martins et al., 2008; Guizardi, Pinheiro 2006; Morita et al.,
2006; Silva, 2006).
Ribeiro (2007) destaca três questões essenciais na produção de políticas públicas
comprometidas com a garantia do direito à saúde e valorização dos direitos humanos e
da cidadania: a integridade e a dignidade como fundamentos para a organização e
regulação das intervenções públicas; o reconhecimento e o respeito à diferença como
condição para a realização do direito à saúde; a territorialização dos problemas e das
políticas na produção de respostas às novas realidades (Trad; Esperidião, 2009).
Corresponsabilidade na gestão e no cuidado: a visão dos usuários
Trad e Esperidião (2009) discutiram limites e possibilidades de incorporação da gestão
participativa e incorporação do princípio da corresponsabilidade no âmbito da Estratégia
Saúde da Família (ESF). Para tanto, desenvolveram um estudo de casos múltiplos, integrando
estratégias qualitativas (dominante) e quantitativas, no qual se privilegiou a percepção de
profissionais e usuários. O estudo abrangeu seis municípios da Bahia, Sergipe e Ceará.
Ao examinar a perspectiva dos usuários de forma abrangente, esses autores observaram, nos
seis municípios pesquisados, diversos sinais de fragilidade, tanto em termos conceituais
quanto práticos, relacionados aos temas de participação ou controle social, cidadania e direito
à saúde. Os depoimentos revelam uma tendência ao conformismo diante dos problemas do
sistema de saúde local, mesmo aqueles que têm um impacto direto no dia a dia dos territórios
investigados. Embora expressem insatisfação com o tempo de espera e/ou com a dificuldade
de acesso a certos serviços, ao fazerem uma análise retrospectiva e compararem a situação
atual com a anterior à implantação da Estratégia Saúde da Família (ESF), muitos usuários
tendem a reconhecer tais ocorrências como "normais" ou, pelo menos, "aceitáveis".
Chama atenção, sobretudo, o fato de que a maioria dos usuários consultados mantém
uma postura de gratidão diante de avanços identificados em termos de ampliação do
acesso ou qualidade dos serviços de saúde. São raros aqueles que reconhecem os
progressos no sistema de saúde como um direito de cidadania. Nestes termos, a
qualidade dos serviços e as melhorias no funcionamento da unidade são percebidas
quase como favores (Trad; Esperidião, 2009).
Por sua vez, é interessante identificar, entre os usuários, depoimentos que revelam um
exercício de autocrítica diante desse quadro:
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Eu acho que há relaxamento, muitas vezes, por parte da comunidade [...]. Isso vem de
longe, é uma falta de informação, mais por parte, por causa da questão social, que muita
gente se acomoda mesmo. Nós estamos aqui, né? Somos todos iguais. Então, eu acho
que falta conscientização da comunidade de também buscar. A gente sabe muito
reclamar em casa, com o vizinho, mas na hora de recorrer pras autoridades, a gente se
inibe. Eu não sei por quê, isso acontece muito (Usuário, Jardim Bandeirantes,
Maracanaú, Ceará) (Trad; Esperidião, 2009).
A educação permanente e o apoio institucional surgiram como estratégias objetivando
qualificar o processo de cuidado em saúde, para garantir os princípios do SUS e a efetivação
dos atributos da Atenção Básica à Saúde, no cotidiano das práticas. Surgiram por causa das
limitações do modelo biomédico frente às complexidades das questões do processo saúde-
doença, processo este que comporta diversas dimensões da vida dos indivíduos. Esse
conjunto de fatores apontou para um modelo de atenção à saúde com olhar ampliado no
desenvolvimento de atenção/intervenções que atendam aos determinantes sociais da saúde e
compreendam as demandas de saúde não apenas físicas, mas sociais e psicológicas (RHS,
2015).
Por mais que o processo de adoecimento dos sujeitos passe pelas condições genéticas,
existem evidências de uma importante contribuição de aspectos relacionados ao ambiente
social e físico, aos comportamentos culturais ou socialmente construídos/determinados e à
natureza da atenção à saúde oferecida (Brasil, 2015).
A fragmentação das ações e serviços de atenção em saúde com a finalidade de instituir
sistemas integrados e capazes de garantir acesso, a integralidade e continuidade da atenção,
visando garantir a integralidade do cuidado, todos esses fatores apontam para a necessidade
da organização do serviço em redes. A RAS incorpora três elementos: um território-população,
uma estrutura operacional que a viabilize e a adoção de modelos de atenção. Os modelos são
sistemas lógicos que organizam o funcionamento da RAS, articulando as necessidades da
população às intervenções de saúde, considerando suas vulnerabilidades e riscos, bem como a
situação demográfica, epidemiológica e os determinantes sociais (Brasil, 2015).
O apoio institucional aparece como uma estratégia de corresponsabilização e gestão
participativa, fortalecendo a cogestão (Brasil, 2015).
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Programa nacional de imunização
Escaneie a imagem ao lado com um app QR code para assistir o vídeo ou acesse o link:
"https://player.vimeo.com/video/942393211".
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Recapitulando
A saúde pública no Brasil é tema que merece constante atualização e aprofundamento, pois
sofre influência da conjuntura que se apresenta e dos atores envolvidos na produção do
cuidado. Os conteúdos aqui apresentados são a base para esse contínuo aprendizado e
servem como ponto de partida para se acompanhar as novas conformações e estruturas que
fazem e poderão fazer parte do Sistema Único de Saúde brasileiro, sem deixar de lado seus
princípios doutrinários – que a saúde seja ofertada com qualidade, de modo universal,
equitativo e integral.
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Autoria
Autora
Graduação em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (EERP/USP) no curso de
Licenciatura e Bacharelado em Enfermagem, pós-graduação em Centro Cirúrgico, CME e SRPA,
experiência assistencial em UTI de pós-operatório em cirurgia cardíaca. Recuperação pós-
anestésica e CC. Enfermeira, Educação Permanente em Pronto Atendimento (UPA), atualmente
docente do curso de pós-graduação em Enfermagem, Técnico de Enfermagem e preceptora do
curso de graduação em Enfermagem.
Patricia Silva de Figueiredo
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Glossário
Dividir responsabilidade(s) entre duas ou mais pessoas ou entidades.
Uma estratégia é um plano de ação projetado para atingir um objetivo específico.
Corresponsabilização
Estratégia
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Bibliografia
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Bibliografia Clássica
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