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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA 
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO 
DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS / ICH 
ESTUDOS AMBIENTAIS PARA ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO II 
EIA - RIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALUNA: 
Glaucy Hellen Herdy Ferreira Gomes 
 
PROFª. Msc.: 
Camila Neves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juiz de Fora, Maio de 2015. 
 
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) 
são documentos técnicos que avaliam as consequências ambientais de um determinado 
projeto e, por meio deles, são identificados e avaliados, de forma imparcial e técnica, os 
impactos ambientais que esse projeto poderá causar e as medidas que podem ser tomadas 
para amenizá-los. No Brasil, o EIA-RIMA foi instituído dentro da Política Nacional do 
Meio Ambiente (PNMA), por meio da resolução 001/1986 do Conselho Nacional do 
Meio Ambiente (CONAMA), definindo quais são as atividades sujeitas à elaboração do 
EIA e seu respectivo RIMA, quando houver solicitação de licenciamento de alguma obra 
que gere impacto ambiental considerável. 
O RIMA é um relatório gerado a partir do EIA, mas possui uma especificidade 
em relação à sua formatação, pois é um documento destinado exclusivamente para 
esclarecimento do público sobre as vantagens e desvantagens do empreendimento 
estudado, portanto, deve ser escrito com leitura acessível, termos de fácil entendimento e 
portando gráficos, imagens e tabelas. 
No geral, a obrigatoriedade do EIA significou um grande avanço na legislação 
brasileira em relação ao meio ambiente, pois anteriormente o Poder Público não impedia 
a construção de obras de grande porte (altamente comprometedoras para o meio 
ambiente) fossem erguidas sem o devido estudo de seus impactos regionais e locais. O 
artº.1 da Resolução 001/1986 define impacto ambiental como: 
“(...) qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio 
ambiente, causadas por qualquer forma de matéria ou energia resultante das 
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança, e o 
bem estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições 
estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais”. 
A partir dessa definição, é possível entender a importância que tem o EIA-RIMA 
no diagnóstico e busca de solução desses impactos que podem ser causados pela 
construção da obra e, por isso, deve ser elaborado antes de outorgada a licença para 
implementação de obras ou atividades com efeito ambiental, e todas as obras que geram 
esse impacto e são obrigadas a ter um EIA-RIMA estão descritas no artº. 2 da Res. 001/86. 
O fato de haver na resolução a descrição das atividades que são obrigadas a 
apresentar EIA-RIMA antes do licenciamento, gerou uma lacuna para as possíveis 
atividades que não se encaixam nos termos prescritos, mas, provavelmente, gerarão 
algum impacto ambiental. Foi uma falha da lei que não permitia aos órgãos competentes 
solicitarem a elaboração dos documentos àquelas construções que não se encontravam na 
listagem presente na 001/1986. Entretanto, o órgão ambiental competente, assim como o 
Poder Judiciário através do Ministério Público por meio de uma Ação Civil Pública, 
podem suprir essas lacunas e determinar a realização do EIA-RIMA sempre que uma obra 
ou atividade resultar em dano sensível ao meio ambiente, a partir do que rege a 
Conferência das Nações Unidas - ECO 92, no artº. 17 : 
“Estudo do Impacto Ambiental, compreendido como instrumento nacional, deve ser 
levado a efeito nos casos atividades propostas, que apresentarem o risco de ter 
efeitos nocivos importantes sobre o meio ambiente e que dependam da decisão de 
autoridade nacional competente”. 
Além disso, a Resolução CONAMA 006/87 veio com um modelo interessante que 
pode servir para a regularização de obras que, por razões gerais, ficaram imunes à prévia 
avaliação de seus impactos ambientais, como por exemplo obras que foram ou estavam 
sendo construídas antes da data de vigor da 001/86. Segundo Antônio Inagê de Assis 
Oliveira: 
“(...)ainda nos casos em que não seja obrigatória a apresentação de um estudo de 
avaliação de impacto ambiental complexo e integrado (o legalmente denominado de 
estudo de impacto ambiental – EIA), nem do respectivo RIMA, tem o empreendedor 
que atender a pedidos de esclarecimento do órgão ambiental, mesmo que isso o 
obrigue a custear a realização de estudos sob aspectos particulares do projeto e suas 
consequências sobre o meio ambiente”. 
Conclui-se que, independente da validade da licença expedida, sempre poderá ser 
exigido um EIA, desde que seja possível remediar uma situação crítica ao meio ambiente, 
sendo que o não cumprimento acarretará em ações de responsabilidade administrativa, 
civil e penal sobre o omissor da implementação ou da exigência do documento. 
No geral, a função do EIA e seu consequente RIMA é informar à população sobre 
os impactos de uma construção sobre o local em que ela será inserida. A obrigatoriedade 
de realização desses documentos em algumas obras específicas serve para controlar a 
forma como são planejadas e executadas, de maneira a causar o menor dano possível e 
respeitar o direito constitucional dos cidadãos que é o acesso à informação. Podemos 
esperar que, futuramente, a necessidade de elaboração desses documentos surja também 
em projetos fora da lista de obrigatórios mas que exerçam algum tipo de dano à sua 
localidade, evoluindo os conceitos de cuidado com o meio ambiente do país. 
A partir disso, podemos concluir que tais medidas são formas de frear o 
desenvolvimento a todo custo, buscando um crescimento sustentável. Conforme Viviane 
de Carvalho Singulane cita em seu artigo, “o Estudo de Impacto Ambiental surge como 
um instrumento de controle prévio (...) e visa, portanto, a conciliação do desenvolvimento 
econômico com a preservação ambiental (...)”, é fato que ter uma legislação que obriga a 
elaboração desses estudos demonstra que a preocupação com o meio ambiente está se 
inserindo mais em nossa sociedade, apesar de que melhorias nas leis ainda precisem ser 
feitas. A importância do EIA-RIMA se resume no fato de que busca melhorar a qualidade 
de vida das pessoas e do ambiente a ser modificado pelo empreendimento, e também a 
comunicação e acesso da população à informação. 
REFERÊNCIAS: 
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 01, de 
23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para o Relatório 
de Impacto Ambiental – RIMA. Disponível 
em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=23>. Acesso em 11 
maio 2015. 
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 06, de 
16 de setembro de 1987. Correlaciona a requisição e obtenção de Licença Prévia à 
apresentação e aprovação do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto 
Ambiental – EIA/RIMA. Disponível em: < 
http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res87/res0687.html>. Acesso em 11 maio 
2015. 
SINGULANE, Viviane de Carvalho. A obrigatoriedade dos estudos dos impactos 
ambientais. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 91, ago 2011. Disponível em: 
<http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=10167>. 
Acesso em 11 de maio de 2015.

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