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Haletos de Alquilas Reações de Substituição Nucleofílica Aula 11 QO-427 Prof. José Augusto 2 Introdução A polaridade de uma ligação carbono-halogênio leva ao carbono ter uma carga parcial positiva Em haletos de alquila esta polaridade torna o carbono ativado para reações de substituições com nucleófilos Ligações carbono-halogênio tornam-se menos polares, maiores e mais fracas indo do fluor para o iodo 3 Reações de Substituição Nucleofílica Nesta reação um nucleófilo é uma espécie com um par não-compartilhado de elétrons que reage com um carbono deficiente em elétrons Um grupo abandonador é substituido pelo nucleófilo Exemplos de reações nucleofílicas 4 Nucleófilo O nucleófilo reage no carbono deficiente de elétrons Um nucleófilo pode ser qualquer molécula com um par de elétrons não compatilhado; É uma base de Lewis. 5 Grupo Abandonador Um grupo abandonador é um substituinte que pode deixar o carbono como uma entidade estável Ele pode abandonar como um ânion ou uma espécie neutra 6 Cinética de uma Reação de Substituição Nucleofílica: Uma Reação SN2 A velocidade (taxa) inicial da seguinte reação é medida A velocidade é diretamente proporcional às concentrações iniciais de ambos cloreto de metila e íon hidróxido A equação de velocidade reflete esta dependência Reação SN2: substituição, nucleofílica, 2a. ordem (bimolecular) 7 Um Mecanismo para a Reação SN2 Um estado de transição é o estado de energia mais alto da reação Ele é uma entidade instável (não pode ser isolada) com existência muito breve (10-12 s) No estado de transição desta reação ligações são parcialmente formadas e quebradas Ambos clorometano e hidróxido estão envolvidos no estado de transição e isto explica porque a reação é de segunda ordem 8 Teoria do Estado de Transição: Diagramas de Energia Livre Reação exotérmica: DGo negativo (produto favorecido) Reação endotérmica: DGo positivo (produto não favorecido) A reação do diclorometano com hidróxido é altamente exotérmica A constante de equilíbrio é muito grande 9 Um diagrama de energia de uma típica reação SN2 Uma barreira de energia é evidente, pois uma ligação está quebrando indo para o estado de transição (que é o topo da barreira de energia) A diferença em energia entre o material de partida e o estado de transição é a energia livre de ativação (DG‡ ) A diferença em energia entre moléculas iniciais e produtos é a troca de energia da reação, DGo 10 Em uma reação altamente endotérmica tem barreira de energia bem elevada (DG‡ é muito grande) 11 Existe um relacionamento direto entre DG‡ e a temperatura da reação Maior a temperatura, mais rápida é a velocidade Próximo da temperatura ambiente, um aumento de 10oC dobra a velocidade Maior temperatura provoca maior colisão entre as moléculas com energia suficiente para atingir o estado de transição e reagir 12 O diagrama de energia para a reação de diclorometano com hidróxido : Uma reação com DG‡ acima de 100 kJ mol-1 vai requerer aquecimento para prosseguir com velocidade razoável Esta reação tem DG‡ = 103 kJ mol-1 de modo que vai requerer aquecimento 13 A Estereoquímica de Reações SN2 Ataque do nucleófilo pela retaguarda resulta na inversão da configuração Em sistemas cíclicos um composto cis pode reagir e tornar-se produto trans 14 A Reação do Cloreto de terc-Butila com Íon Hidróxido: Uma Reação SN1 Cloreto de terc-Butila sofre substituição por íon hidróxido A velocidade é independente da concentração do hidróxido e depende apenas da concentração do cloreto de terc-butla Reação SN1 : Substituição nucleofílica de 1a ordem (unimolecular) A velocidade depende apenas da concentração do haleto de alquila Apenas o haleto de alquila (e não o nucleófilo) está envolvido no estado de transição na etapa que controla a velocidade (etapa determinante da velocidade de reação, a etapa mais lenta) 15 Reações de Múltiplas-etapas e Etapa Determinante da Velocidade Nas reações de múltiplas-etapas, a velocidade da etapa mais lenta será a velocidade de toda a reação Esta é chamada velocidade da etapa determinante No caso abaixo k1<< k2 or k3, e a primeira etapa é a etapa determinante da velocidade 16 Um Mecanismo para Reação SN1 (próximo slide) A etapa 1 é determinante de velocidade (etapa lenta) pois ela requer a formação de produtos iônicos instáveis Na etapa 1 a água (é polar, elevada constante dielétrica) ajuda estabilizar os produtos iônicos 17 18 Carbocátions Um carbocátion tem apenas 6 elétrons, é hibridizado sp2 e tem um orbital p vazio Quanto mais altamente substituido um carbocátion, mais estável é Quanto mais estável um carbocátion, mais fácil ele se forma 19 Hiperconjugação estabiliza o carbocátion pela doação de elétrons de uma ligação s adjacente a uma ligação carbono-hidrogêmio ou carbono- carbono para um orbital vazio p Maior substituição fornece maior oportunidade para hiperconjugação 20 A Estereoquímica de Reações SN1 Quando o grupo abandonador deixa um centro esterogênico de um composto oticamente ativo em uma reação SN1, ocorrerá racemização (perda de atividade ótica) Isto acontece porque é formado um intermediário aquiral, sp2 que é planar (ou trigonal), ângulo de ligação de 120o Racemização: transformação de um composto oticamente ativo para uma mistura racêmica (sem atividade ótica) 21 22 Solvólise Um molécula do solvente é o nucleófilo na reação de substituição Se o solvente for água a reação é de hidrólise 23 Fatores que Afetam a Velocidade de Reações SN1 e SN2 Os Efeitos da Estrutura do Substrato Reações SN2 Nas reações SN2 haletos de alquilas mostram a seguinte ordem geral de reatividade Impedimento estérico: o arranjo espacial de átomos ou grupos no local ou proximidades do sítio reagente impede ou retarda a reação Nos haletos terciários e neopentílicos, o carbono reagente é muito impedido estericamente para reagir 24 Reações SN1 Geralmente haletos terciários sofrem reações SN1 devido poderem formar carbocátions estabilizados O Postulado Hammond-Leffler O estado de transição para uma reação exergônica (exotérmica) se assemelha muito ao material de partida O estado de transição para uma reação endergônica (endotérmica) se assemelha muito aos produtos Geralmente o estado de transição se assemelha mais das espécies próximas a ele em energia 25 Na primeira etapa da reação SN1 o estado de transição se parece muito com carbocátion O estado de transição parecido com carbocátion é estabilizado pelos mesmos fatores que estabilizam carbocátions O estado de transição levando a carbocátions terciários é muito mais estável e menor em energia do que estados de transição que levam a outros carbocátions 26 Os Efeitos de Concentração e Poder do Nucleófilo Reação SN1 Velocidade não dependeda identidade e concentração do nucleófilo Reação SN2 Velocidade é diretamente proporcional à concentração do nucleófilo Nucleófilos fortes também reagem rápido Um nucleófilo carregado negativamente é sempre mais reativo do que seu ácido conjugado neutro Quando comparando nucleófilos com o mesmo átomo nucleofílico: nucleofilicidades seguem a basicidade Metóxido é muito melhor nucleófilo do que metanol 27 Efeitos de Solventes nas Reações SN2: Solventes Polar Prótico e Aprótico Solventes Polar Prótico Solventes polares próticos possuem átomo de hidrogênio ligado a átomos fortemente eletronegativos Eles solvatam nucleófilos e o tornam menos reativo Átomo nucleofílicos grandes (volumosos) são menos solvatados e em decorrência mais reativos em solventes polar e prótico Nucleófilos volumosos são também mais polarizáveis e podem doar mais densidade eletrônica Nucleofilicade relativa em solventes polares: 28 Solventes Polares Apróticos Solventes polares apróticos não possuem um átomo de hidrogênio ligado ao átomo eletronegativo Eles solvatam bem cátions mas deixam os ânions não-solvatados pois o centro positivo no solvente é estericamente impedido Solventes polares apróticos levam a geração de nucleófilos “nus” e muito reativo Tendências para a nucleofilicidade são as mesmas da basicidade Eles são excelentes solventes para reações SN2 29 Efeitos de Solventes em Reações SN1: A Habilidade Ionizante do Solvente Solventes polares próticos são excelentes solventes para reações SN1 Solventes polares próticos estabilizam o estado de transição parecido com carbocátion que levam ao carbocátion e então diminuindo o DG‡ Mistura de água-etanol e água-metanol são as mais comuns 30 A Natureza do Grupo Abandonador Os melhores grupos abandonadores são bases fracas O grupo abandonador pode ser um ânion ou uma molécula neutra A habilidade de haletos como grupos abandonadores Esta tendência é oposta a da basicidade: Outras bases muito fracas que são bons grupos abandonadores O pobre grupo abandonador hidróxido pode ser trocado para um bom grupo abandonador como a água pela sua protonação 31 Sumário SN1 vs. SN2 Em ambos tipos de reações iodetos de alquilas reagem rápido devido a sua habilidade superior como grupo abandonador 32 Síntese Orgânica: Transformações de Grupo Funcional Usando Reações SN2 Estereoquímica pode ser controlada em reações SN2 Inversão da configuração CN-, íon cianeto 33 Reações de Eliminação de Haletos de Alquilas Desidro-halogenação Usada para síntese de alquenos Eliminação compete com reação de substituição Bases fortes tais como alcóxidos favorecem eliminação 34 As bases alcóxidos são feitas a partir dos alcoóis correspondentes 35 A Reação E2 Reação E2 envolve a remoção concertada (sincronizada) de próton, formação de ligação dupla, e saída do grupo abandonador Ambos, haleto de alquila e concentração da base afetam a velocidade da reação e portanto, a reação é de 2a. ordem 36 A Reação E1 A reação E1 compete com a reação SN1 e da mesma maneira passa pelo intermediário carbocátion 37 Substituição versus Eliminação SN2 versus E2 Substrato primário Se a base for pequena, SN2 compete fortemente pois deve se aproximar de crbono fortmente impedido Substrato secundário Aproximação ao carbono é estericamente impedido e a eliminação E2 é favorecida 38 Substrato terciário Aproximação ao carbono é extremamente impedida e predomina a eliminação, especialmente em temperaturas elevadas Temperatura Aumentando a temperatura favorece a eliminação sobre a substituição Tamanho da Base/Nucleófilo Bases volumosas estericamente impedidas favorecem eliminação pois elas não podem se aproximar diretamente do carbono para reagir em uma substituição Terc-butóxido de potássio é uma base extremamente volumosa e rotineiramente é empregada para favorecer reação E2 39 Sumário Global
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