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Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 1 APRESENTAÇÃO DO CURSO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TÓPICO A SEREM ABORDADOS NO PRÓXIMO SLIDE Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 2 Apresentação do curso Esta disciplina tem a função de transmitir aos alunos, os conceitos físicos, envolvidos na hidráulica e pneumática e apresentar as características e funcionamento dos elementos que constituem estas tecnologias. Tem a função, também, de capacitar o aluno para analise e a criação de projetos de circuitos hidráulicos e pneumáticos. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 3 A1 – Conceitos e princípios básicos de hidráulica. A2 – Produção e distribuição do fluido hidráulico. A3 – Válvulas hidráulicas. A4 – Atuadores hidráulicos. A5 – Fluidos hidráulicos. A6 – Elementos de eletrohidráulica. A7 – Projeto de circuitos hidráulicos e Pneumáticos. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. BONACORSO, N. G. e NOLLI, V., Automação Eletropneumática. São Paulo: Editora Érica, 2009. 2. FIALHO, A. B., Automação Pneumática – Projetos, dimensionamento e análise de circuitos. São Paulo: Editora Érica, 2003. 3. FIALHO, A. B., Automação Hidráulica – Projetos, dimensionamento e análise de circuitos. São Paulo: Editora Érica, 2002. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 5 1.0 - Introdução à hidráulica Objetivo: Aprimorar os processos produtivos e a busca da qualidade. Para se buscar a otimização de sistemas nos processos industriais, faz-se o uso da junção dos meios de transmissão de energia, sendo estes: Mecânica Elétrica Eletrônica Pneumática e Hidráulica Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 6 A hidráulica vem se destacando e ganhando espaço como um meio de transmissão de energia nos mais variados segmentos do mercado, sendo a Hidráulica Industrial e Móbil as que apresentam um maior crescimento. O termo “Hidráulica” derivou-se da raiz grega Hidro, que tem o significado de água, por essa razão entendem-se por Hidráulica todas as leis e comportamentos relativos à água ou outro fluido, ou seja, Hidráulica é o estudo das características e uso dos fluidos sob pressão. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 7 2.0 - CONCEITOS E PRINCÍPIOS BÁSICOS DA HIDRÁULICA Para compreendermos a hidráulica e suas aplicações, se faz necessário o conhecimento básico de conceitos físicos. 2.1 Força Força é qualquer influência capaz de produzir uma alteração no movimento de um corpo. Temos como unidade de medida de força o newton (N). 2.2 Resistência A força que pode parar ou retardar o movimento de um corpo é uma resistência. Exemplos de resistência são: o atrito e a inércia. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 8 2.3 O Atrito como Resistência A resistência por atrito ocorre sempre que dois objetos estejam em contato e que as suas superfícies sem movam uma contra a outra. 2.4 A Inércia como Resistência A inércia é a relutância de um corpo em aceitar uma alteração no seu movimento. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 9 A inércia está diretamente relacionada à quantidade de matéria no corpo. Quanto maior a massa ou a matéria em um corpo, mais pesado é este e, consequentemente, mais difícil movê-lo ou Pará-lo. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 10 2.5 Energia Uma força que pode causar o movimento de um corpo é energia. 2.6 A Inércia como Energia A inércia, sendo a relutância de um corpo a uma alteração no seu movimento, pode também ser energia. Um corpo em movimento exibe uma relutância ao ser parado, e pode assim bater em outro corpo e causar o seu movimento. Com uma bola de madeira e outra de chumbo movendo-se na mesma velocidade, a bola de chumbo exibe uma inércia maior, desde que é mais difícil Pará-la. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 11 A bola de chumbo tem mais energia do que a bola de madeira. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 12 2.7 Lei da Conservação de Energia A lei da conservação de energia diz que a energia não pode ser criada nem destruída, embora ela possa ser transformada de uma forma à outra. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 13 2.8 O Estado Cinético da Energia A energia no estado cinético está em movimento. Ela causa o movimento quando toca a superfície de um objeto. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 14 Quando no estado potencial a energia está acumulada, ela está pronta e esperando para entrar em ação, para transformar-se em energia cinética tão logo surja a oportunidade. A energia potencial tem a propriedade de transformar-se em energia cinética por causa do seu constituinte físico, ou da sua posição acima de certo ponto de referência. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 15 Por causa da elevação, a água contida em uma torre de água é energia potencial. Ela tem a propriedade de escoar por gravidade pela torneira de uma residência que estiver em um nível mais baixo. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 16 2.9 O Estado de Alteração de Energia A energia potencial tem a propriedade de se transformar em energia cinética. E a energia cinética pode ser também transformada em energia potencial. A água na torre contém energia potencial que se transformará em energia cinética hidráulica quando a torneira abrir. Esta energia cinética pode se transformar em energia potencial à medida que se enche um outro recipiente (por exemplo, um copo). Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 17 2.10 Trabalho É o movimento de um objeto através de uma determinada distância. Temos como unidade para trabalho o: newton * metro (Nm) A expressão que descreve o trabalho é: Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 18 2.11 Potência A unidade para medir "potência" é o N.m/s. James Watt, o inventor da máquina a vapor, quis comparar a quantidade de potência que a sua máquina poderia produzir com a potência produzida por um cavalo. Por métodos experimentais, Watt descobriu que um cavalo poderia erguer 250 kgf à altura de 30,5 cm em um segundo, que é igual a: Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 19 A expressão que descreve potência é: Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 20 2.12 Definição de Pressão Pressão é a força exercida por unidade de superfície. Em hidráulica, a pressão é expressa em kgf/cm2, atm ou bar. A pressão também poderá ser expressa em psi (Pound per square inch) que significa libra força por polegada quadrada, abrevia-se lbf/pol2. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 21 2.13 Lei de Pascal A pressãoexercida em um ponto qualquer de um líquido estático é a mesma em todas as direções e exerce forças iguais em áreas iguais. Vamos supor um recipiente cheio de um líquido, o qual é praticamente incompressível. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 22 Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 23 Quando aplicamos uma força de 10 kgf em uma área de 1 cm2, obtemos como resultado uma pressão interna de 10 kgf/cm2 agindo em toda a parede do recipiente com a mesma intensidade. Este princípio, descoberto e enunciado por Pascal, levou à construção da primeira prensa hidráulica no princípio da Revolução Industrial. Quem desenvolveu a descoberta de Pascal foi o mecânico Joseph Bramah. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 24 2.14 Princípio Prensa Hidráulica Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 25 Sabemos que: Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 26 Portanto, Temos que a pressão, agindo em todos os sentidos internamente na câmara da prensa, é de 10 Kgf/cm2. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 27 Esta pressão suportará um peso de 100 Kgf se tivermos uma área A2 de 10 cm2, sendo: Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 28 Portanto, Podemos considerar que as forças são proporcionais às áreas dos pistões. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 29 2.15 Fatores de Conversão de Unidades de Pressão Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 30 Equivalência entre Unidades de Pressão Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 31 2.16 Conservação de Energia Relembrando um princípio enunciado por Lavoisier, onde ele menciona: "Na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma." Realmente não podemos criar uma nova energia e nem tão pouco destruí-la e sim transformá-la em novas formas de energia. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 32 Quando desejamos realizar uma multiplicação de forças significa que teremos o pistão maior, movido pelo fluido deslocado pelo pistão menor, sendo que a distância de cada pistão seja inversamente proporcional às suas áreas. O que se ganha em relação à força tem que ser sacrificado em distância ou velocidade. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 33 Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 34 Quando o pistão de área = 1 cm2 se move 10 cm desloca um volume de 10cm3 para o pistão de área = 10 cm2. Consequentemente, o mesmo movimentará apenas 1 cm de curso. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 35 2.0 - VANTAGENS E DESVANTAGENS DO SISTEMA HIDRÁULICO 2.1 Vantagens 1.1.1 A hidráulica tem a grande vantagem de suportar muito mais pressão e com isso o sistema ganha em força, podendo levantar grande peso, ou aplicar grande força com o mínimo esforço, utilizando mangueiras finas. 1.1.2 Na hidráulica pode-se aplicar uma pressão maior que na pneumática e, como Força = Pressão x área, quanto maior pressão, maior será a força no cilindro. 1.1.3 Mantém uma força alta e constante em diferentes velocidades e por muito tempo. Pelo fato do óleo ser um fluido incompressível, o sistema hidráulico permite precisão de operação, um pouco menor que o acionamento de motores elétricos (servomotores), mas bem maior que os pistões pneumáticos. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 36 2.2 Desvantagens 2.2.1 A hidráulica requer uma fonte de energia cara, às vezes inviável economicamente para o projeto, 2.2.2 Apresenta altos custos de manutenção. 2.2.3 Alguns sistemas hidráulicos são lentos e podem vazar. 2.2.4 As válvulas devem ser precisas e são caras. 2.2.5 O sistema hidráulico está sujeito a vazamentos de óleo do sistema. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 37 2.3 Conclusão: Portando, se o projeto hidráulico precisa de pouca precisão e pequena força, é melhor optar pela pneumática, que pode ser adquirida por um preço mais baixo e requer menos manutenção que a hidráulica. Em geral hidráulica se emprega quando se quer maior força, porém se perde em velocidade. Se o projetista optar por mais velocidade, o sistema pneumático é o mais indicado, mas leve sempre em consideração onde o mesmo vai ser empregado, porque outros fatores agravantes devem ser levados em conta. O sistema hidráulico tem a desvantagem de não poder ser utilizado em trabalhos que exijam rapidez. Tende a ser um pouco mais lento que o sistema pneumático. Nesse caso, a pneumática é melhor. Derly Ferreira dos Santos – CCE 0353 SISTEMAS HIDRÁULICOS E PNEUMÁTICOS 38 Tópico a ser abordado no próximo slide: 3.0 – ELEMENTOS BÁSICOS
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