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Teoria do Crime- RESUMO DE DIREITO PENAL

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I - CONCEITO DE CRIME 
Conceito Formal se importa com o que o legislador descreve como infração penal, sem se preocupar com a lesividade da conduta. Ex: furto de um objeto de valor significativo é tão “criminoso” quando o furto de um bem de pequeno valor. Está associado com o princípio da legalidade ou reserva legal. 
Conceito Material seria todo comportamento humano que propositada ou descuidadamente lesa ou expõe a perigo de lesão determinado bem jurídico penalmente relevante. 
Propositadamente – significa a existência do dolo.
Descuidadamente – significa negligencia, imprudência, imperícia = CULPA
Lesa ou expõe – significa tentativa
É necessário que haja ofensa ao bem jurídico. 
Conceito Analítico, sob aspecto jurídico, analisa o crime por meio de um estudo de seus elementos estruturais. 
	FATO TÍPICO
	ILICITUDE: contrário as normas jurídicas
	*CULPABILIDADE
	Elementos
	Causas de exclusão da ilicitude
	*Imputabilidade 
	Conduta
	Estado de Necessidade
	Não imputáveis = Inimputáveis (por doença mental, menoridade, embriaguez completa, dependente químico
	Resultado
	Legítima Defesa
	Se for inimputável, não há crime
	Nexo de causalidade
	Estrito Cumprimento do Dever Legal
	*O quesito culpabilidade depende do doutrinário, para que seja considerado crime.
	Tipicidade
	Exercício Regular de Direito
	
	
	Arts. 23 ao 25, CP
	
FATO TÍPICO é o comportamento humano (positivo ou negativo) que provoca, em regra, um resultado, sendo previsto pela lei como infração penal. 
Conduta é toda ação ou omissão humana; dolosa ou culposa; ex: salva vidas que não salva a vítima. (forma omissiva = não fazer)
Resultado é a modificação no mundo exterior causada pelo comportamento humano.
Nexo de Causalidade é a relação de causa e efeito entre conduta e o resultado.
Tipicidade é adequação perfeita entre o fato natural, concreto e a descrição contida na norma penal incriminadora.
 
SE FALTAR UM DESSES QUATRO ELEMENTOS, NÃO HÁ CRIME.
Culpabilidade é a possibilidade de alguém ser punido pelas práticas de um fato descrito como crime.
Maior de idade e capaz. (Imputabilidade);
Potencial consciência da ilicitude. (Mínima capacidade de entendimento)
Exigibilidade de conduta diversa;
II – CONDUTA
É a ação ou omissão consciente e voluntária dirigida a uma finalidade. Existem três teorias:
Teoria Causal (Naturalista) – Franz Von Liszt: O fato típico se caracteriza basicamente pela existência de um resultado previsto como crime em decorrência de um comportamento, de um movimento humano voluntário, como se tratasse de um procedimento mecânico (baseado na relação de causa e efeito entre ação e resultado).
Teoria Finalista – Hanz Welzel: É a atividade final humana e não um comportamento simplesmente causal. Todo comportamento humano tem uma finalidade. Dolo e culpa devem ser avaliados, no fato típico e não na culpabilidade, sendo assim não estando presentes o dolo, nem a culpa trata-se de um comportamento penalmente irrelevante (por atipicidade do fato). 
Teoria Social: O crime é um comportamento humano socialmente relevante. Esta teoria se relaciona com os princípios. Ex: furto de uma caneta, jogo do bicho, manter casa de prostituição. 
Elementos da conduta: CONSCIÊNCIA, VONTADE, FINALIDADE E EXTERIORIDADE.
Excludentes de conduta
	Coação física irresistível 
	Coação moral irresistível
	Não é dono de seu comportamento, quem “age” impulsionado por uma força física Em relação a qual não poderia se opor. 
- Inexistência de conduta, por conseqüência a
 exclusão do fato típico. 
	Não exclui a conduta; 
Afasta a exigibilidade de conduta diversa,
Determinando a exclusão da culpabilidade
Movimentos reflexos são reações puramente físicas, sem que haja intervenção da vontade e qualquer resquício de consciência. Ex: ataques epiléticos, convulsões, sustos etc.
Obs: Movimentos reflexos são diferentes de reações explosivas e ações em curto circuito, já que nessas existem consciência e a vontade, ainda que muito rapidamente.
Estados de inconsciência – ex: sonambulismo, hipnose, embriaguez letárgica
Sujeitos da Conduta
Sujeito Ativo da conduta é a pessoa que pratica o fato típico descrito na norma incriminadora.
Quanto ao sujeito ativo, os crimes se classificam em:
Comuns: podem ser praticados por qualquer pessoa. Ex: homicídio, furto, roubo etc.
Próprios: exigem uma qualidade específica do sujeito ativo. Ex: Crimes praticados por funcionários públicos (Arts. 312 ao 326).
De mão própria: não pode ser por intermédio de alguém. Ex: falso testemunho. 
Capacidade penal: É o conjunto de condições exigidas para que o sujeito possa tornar-se titular de Direitos e Obrigações no campo do Direito Penal. (18 anos)
Personalidade Jurídica como sujeito ativo do crime 
Teoria da Ficção: é descabida a responsabilidade penal da pessoa jurídica uma vez que somente a pessoa física é dotada de consciência e vontade. Sendo assim, uma pessoa jurídica com consciência e vontade é na verdade uma “ficção jurídica tendo em vista que quem atua e toma decisões são os seus membros”. 
Teoria da Realidade: entende perfeitamente cabível a responsabilidade penal da pessoa jurídica, uma vez que está é um organismo próprio com vontade diversa dos seus membros, a qual é extraída de reuniões, assembléias, deliberações etc. 
Sujeito PASSIVO da conduta é o titular do bem/interesse jurídico lesado ou ameaçado pela conduta criminosa.
Sujeito Passivo Constante (Formal): é o Estado, pois é o titular da lei, sempre um delito ofende a ordem jurídica prevista.
Sujeito Passivo Eventual (Material): é a vítima do crime, sobre quem recai em casa caso a conduta criminosa, podendo ser pessoa física, jurídica, o Estado ou uma coletividade destituída de personalidade.
III - CRIMES OMISSIVOS
Omissão – deixar de fazer algo, quando era possível.
Omissivos próprios (puros) é a conduta descrita no tipo penal consiste em deixar de fazer algo, independentemente da ocorrência ou não do resultado. [Inexiste o dever jurídico de agir]. Ex: passar por um acidente com vítimas e não prestar socorro. 
Omissivos impróprios (impuros)/Comissivos por omissão são os crimes em que o agente, mediante omissão, permite a produção de um resultado. [Tem o dever jurídico de agir]. Ex: a mãe que “deixa” o padrasto estuprar sua filha. 
Obs: a mãe responde por estupro junto com o padrasto, pois é dever dos pais dar proteção dos filhos. 
Pressupostos fundamentais dos crimes omissivos impróprios
Poder de agir: é necessário que tenha tido ao menos uma possibilidade física de agir para que alguém possa ser minimamente responsabilizado por uma conduta omissiva.
Além disso, deve-se atentar que a ninguém pode ser imposto um comportamento “heróico”, por mais que algumas profissões tragam consigo o dever de enfrentar riscos.
Evitabilidade com o resultado: assim como o poder de agir, a responsabilidade criminal por uma conduta omissiva que produza um resultado somente pode se dar se for constatado que no caso concreto, a ação exigida seria capaz de evitar o resultado. Isto porque do contrário não se pode reconhecer que a omissão tenha dado causa ao resultado.
Dever de agir/ dever de evitar o resultado – [Art. 13, §2 º]
Ter por lei, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância (DEVER JURÍDICO); ex: pais em relações aos filhos, cônjuges entre si etc.
Assumir, de outra forma, a responsabilidade de impedir o resultado (DEVER LEGAL); ex: babá, que se descuidando da obrigação de cuidar da criança, permite que ela caia na piscina e morra.
Com o comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. Ex: esconder o remédio de um cardíaco tem o dever de socorrê-lo e impedir sua morte (por brincadeira).
IV - RESULTADO 
Ex: crime de lesão corporal – produção de hematoma
É a modificação no mundo exterior provocado pela conduta. 
Teoria Naturalística: resultadoé a modificação provocada no mundo exterior pela conduta. Nem todo crime possui resultado naturalístico, uma vez que há infrações penais que não produzem alteração no mundo.
Crimes quanto ao resultado (adotando a teoria naturalística)
Crime Material: a lei prevê uma conduta, um resultado e exige a ocorrência do resultado para que sejam considerados consumados. Exemplo: Homicídio, só se consuma com a morte. 
Crime Formal: a lei prevê uma conduta, um resultado, mas não exige a ocorrência do resultado para que sejam considerados consumados. Exemplo: Extorsão mediante seqüestro se consuma no momento do seqüestro, sem pensar se houve resgate ou não [Art. 159, CP].
Crime de mera conduta: o legislador descreve apenas o comportamento, sendo irrelevante a descrição do resultado. Ex: omissão de socorro [Art. 135, CP].
Teoria Normativa: resultado é toda lesão ou ameaça de lesão a um interesse penalmente relevante. Todo crime tem resultado jurídico, porque sempre agride um bem jurídico tutelado, quando não houver resultado jurídico, não há crime.

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