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Resolução-cap 8-12 (VAL DUSEK-FILOSOFIA DA TECNOLOGIA)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE
CAMPUS – RECIFE
FILOSOFIA DA TECNOLOGIA
Discente: Dilena Balde Sanca
Curso: Administração/ Período: 1º / Turno: Matutino
Docente: Sérgio Benécio
Disciplina: Ética e Filosofia para o Administrador
RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES DO CAPÍTULO SÉTIMO AO DÉCIMO SEGUNDO
Capítulo 7
A tecnologia autônoma
A noção de Winner de “adaptação inversa” descreve com exatidão o efeito dos sistemas tecnológicos importantes na sociedade? Isto é, os sistemas tecnológicos moldam a opinião de políticos, consumidores e outros para apoiar e promover os objetivos do sistema? Winner está certo quanto a coisas como a exploração espacial ou a tecnologia militar? Dê um exemplo ou contraexemplo diferente dos que estão no texto.
A noção de adaptação inversa de Winner descreve como as tecnologias geralmente são inseridas na sociedade. Bastantes vezes, a opinião pública preferiria utilizar determinado tipo de tecnologia, porém vemos constantemente o governo submetendo modelos que acreditam ser mais rentáveis, e ele se vale dos meios de comunicação para persuadir e impor sua posição à sociedade. Pode-se citar como exemplo nesse contexto a escolha do modelo de TV digital pelo nosso país. Onde, embora boa parte dos tecnólogos e da população até desejassem a opção pelo modelo norte-americano de TV digital, o próprio governo demonstrou impor esse modelo, e utilizou a publicidade para convencer a sociedade de que a decisão tomada havia sido a melhor.
A afirmação de Ellul de que os tecnólogos são ignorantes em política, os políticos e negociantes são ignorantes em tecnologia e os cidadãos em geral são ignorantes nos aspectos técnicos e sociais ainda é válida hoje? As firmas de computadores e biotecnologia geridas por cientistas e tecnólogos refutam essa afirmação? O desenvolvimento de textos populares de ciência e tecnologia demonstra que os cidadãos estão mais informados do que afirma Ellul?
A afirmação Ellul é válida até certo momento. Certamente Jacques Elluh está correto ao afirmar que as partes envolvidas não têm conhecimento do todo sistema tecnológico. Entretanto, quando Jacques Elluh fez tal afirmação, o contexto político, social e de informação era distinto dos atuais. Atualmente a informação é amplamente divulgada, e cada vez mais acessível. Ou seja, a informação acerca da tecnologia está mais difundida e acessível em relação há alguns anos atrás. Isso torna o cidadão detentor, não de todo o âmbito tecnológico, porém de um conhecimento básico concernente à tecnologia.
Os fracassos ocasionais de grandes estratégias de comercialização (como o carro Edsel da Ford Motor Company, amplamente divulgado, mas sem sucesso de vendas) mostram que a tese da “adaptação inversa” de Winner está errada?
Particularmente, o caso do automóvel da Ford Edsel não é suficiente para ser tido como regra à tese da adaptação inversa de Winner considerada errada. Diante disso, vale ressaltar que a tese da adaptação inversa de Elluh chega a tratar a propaganda como tecnologia, além da mesma possuir caráter persuasivo na aceitação de novas tecnologias. No caso do carro Edsel, apesar de sua grandiosa publicidade, as vendas foram um fracasso. Mediante isso, pode-se chegar à conclusão de que a publicidade tem o poder de persuadir, mas fatores externos influenciam no resultado da coisa ou objeto do qual se está fazendo a propaganda. No caso da adaptação inversa, precisa-se, separar as forças sociais de um sistema particular.
Capítulo 8
A NATUREZA HUMANA: CONFECÇÃO DE FERRAMENTAS OU LINGUAGEM?
Você vê a confecção de ferramentas e a linguagem humanas como parte de um continuo quantitativo com a fabricação de ferramentas e a linguagem animais ou você vê uma ruptura qualitativa entre as capacidades humanas e animais, no caso?
Enxergo a confecção de ferramentas e a linguagem como uma ruptura qualitativa entre as capacidades humanas e animais. Isso porque para ter convicção de que ambas são características essências dos humanos deve-se afirmar que a ferramenta humana discerne da ferramenta animal e a linguagem humana, por sua vez, distingue-se qualitativamente da comunicação dos animais. Logo, a construção de ferramentas assim como a linguagem são habilidades que permitem diferenciar o homem dos demais animais.
Qual é o seu julgamento quanto a qual, se alguma, é mais fundamental para a natureza humana, a confecção de ferramentas ou a linguagem?
A meu ver, a confecção de ferramentas pode ser benéfica, uma vez que os indivíduos tendem a fabricar ferramentas da tecnologia, já a linguagem pode ser usada em diversos contextos, até mesmo por aqueles que enxergam a tecnologia como prejudicial e fazem usufruto da linguagem para se opuser a domínios e posturas impostas pela tecnologia de modo a buscar uma compreensão da natureza humana. Retornando a questão anterior, acredito que para a natureza humana a linguagem seja a mais fundamental. Principalmente se levarmos em consideração que para se confeccionar determinadas as ferramentas é necessário que se estabeleça comunicação entre os indivíduos, comunicação está realizada através da linguagem.
Se distinguirmos o trabalho alienado do trabalho não alienado, a afirmação de Arendt de que Marx tem mais de um conceito de trabalho ou um conceito ambíguo de trabalho ainda é valida?
Segundo Karl Marx, o trabalho alienado consistência na alienação da falta de propriedade privada e controle dos meios de produção, falta de condições de trabalho, alienação dos humanos e da natureza. Por outro lado, o trabalho não alienado caracteriza-se como um trabalho positivo, dotado de caráter recompensador e criador. Diante disso, percebemos que em uma situação ele dizia que o trabalho produzia um ambiente humana e o mundo, já em outra, ele dizia que o trabalho se tornava cansativo e desconfortável. Logo, vemos que a afirmação de Arendt sobre ambiguidade de Karl Marx está correta. 
A natureza recorrente da fabricação humana de ferramentas (produzir ferramentas para fazer ferramentas para fazer ferramentas...) mostra uma diferença genuína com a feitura animal de ferramentas destrói a caracterização dos humanos como fabricantes de ferramentas?
A feitura animal de ferramentas é substancialmente inferior quando comparada à fabricação de ferramentas confeccionadas pelo homem. Os animais não são capazes de confeccionarem ferramentas sofisticadas, ao contrário do ser humano, que sempre está aprimorando sua técnica. O homem tem a capacidade de criar uma ferramenta que é usada para conceber outra e assim por diante, diferentemente dos animais, que constroem ferramentas rudimentares ou ainda modificam ligeiramente elementos naturais que lhes favorecem durante sua sobrevivência.
A análise de Arendt de obra, trabalho e ação ainda é válida na fabrica computadorizada após a transição da era industrial para a era pós-industrial ou da informação? A Internet reinventa o espaço político que Arendt afirma que desapareceu no mundo moderno?
É imprescindível elucidar que a filosofia também possuía uma visão pessimista sobre os rumos da tecnologia. Segundo os pensamentos de Arendt, os trabalhos executados nas fábricas computadorizadas não produziriam obras duradouras, como as que existiam em épocas passadas. Entretanto, acredito que está afirmação não faria sentido na sociedade atual, principalmente por vemos constantemente obras duráveis serem concebidas. Com certeza a Internet reinventa o caráter do espaço político. Percebemos as fronteiras de um espaço para o outro cada vez mais flexível, devido também aos efeitos da globalização do mundo moderno, obtido a partir do avanço tecnológico.
 
A ascensão da tecnologia da informação e da comunicação eletrônica solapa o dualismo de Habermas, entre a ação instrumental, tecnológica e a ação comunicativa? Se é assim, como? Considere uma sociedade na qual a produção da informação em vez de objetos físicos seja a atividade central. Isto esmaece a distinção entre ação e trabalho, ou a informação torna-se meramente outro artefato?
SegundoHabermas, a ação instrumental diferencia-se da ciência natural e a tecnologia, e a aça comunicativa engloba a linguagem, além de seu exercício simbólico e a interpretação. Para ele, a tecnocracia tentava “colonizar” o mundo com sua autoridade de pensar a cerca dos problemas humanos. Ou seja, a relação pessoal, face a face, é substituída pelo domínio dos especialistas sociais da tecnologia. Sendo assim, a ascensão da tecnologia da informação e da comunicação eletrônica solapa o dualismo de Habermas. Numa sociedade na qual a produção da informação for uma atividade principal, isso ira esmaecer a distinção de ação e trabalho, isso por que no trabalho os produtos são permanentes, já na ação são novidades não permanentes. Principalmente se observamos uma sociedade como a nossa, cuja característica é a propriedade do acesso a informação. Esta é para Habermas, uma particularização da ação comunicativa do ser humano, ao passo que o mesmo também defende a tecnologia como característica principal do homem.
Capítulo 9
MULHERES FEMINISMO E TECNOLOGIA
O impulso para dominar e controlar a natureza é particularmente masculino? É um subproduto do capitalismo? Ou da tradição Judáico-cristã? É a natureza humana.
O impulso para dominar e controlar a tecnologia é particularmente masculina, pois a tecnologia masculina manipula e domina a natureza geralmente vista como mulher, ou seja, a atitude masculina diante da tecnologia controla a natureza feminista. Vale ressaltar que desde séculos passado, certas atividades foram marcadamente atribuídas como sendo próprias da natureza masculina, tais quais a caça e a pesca; e algumas atribuídas a figura da mulher, como por exemplo afazeres domésticos e cuidar dos filhos. Diante disso, vemos que a “racionalização” não possui um caráter unicamente ligado ao sexo, mas sim a fatores culturais que e estão enraizados no contexto em sociedade. E com o estabelecimento do Sistema Capitalista dos meios de produção e o avanço de certas tecnologias as atividades passaram a ser cada vez mais separadas sendo dotadas de caráter masculino e feminino. E atualmente, embora a mulher tenha conquistado um abrangente espaço no mercado de trabalho, as mesmas ainda não dispõem das mesmas oportunidades e direitos que os homens. O que os pode remeter ao processo de subproduto do capitalismo.
Você acha que a representação inferior das mulheres nos campos da física e da engenharia física mudará muito no futuro próximo? Por que?
Acredito que sim, a representação inferior das mulheres nos campos da física e da engenharia física mudará bastante no futuro próximo. Por muito tempo, as mulheres foram impedidas de imergir em quaisquer campos que compreendesse ao ramo científico. Isso devido à coerção social que lhe era imposta. Na contemporaneidade, a mulher já pode desfrutar de algumas condições de paridade com a figura masculina, como por exemplo poder exercer profissões que compreendem ao campos da física e engenharia física, ou seja, ao campo científico. Mediante observações e pesquisas, percebe-se que as mulheres já contribuíram bastante para o avanço do ramo científico a partir de invenções e pesquisas por exemplo. Verifica-se nesse sentido que as mulheres estão conquistando seu espaço como ser ativo nas ciências, sobretudo em áreas antes rotuladas tipicamente como masculinas, tais como as engenharias.
A noção de que a tecnologia tem “valência”, são estruturadas de maneira que sejam mais fáceis de usar para fins de alguns grupos, mas não outros (como o homem, mas não mulheres), tem sentido ou a tecnologia é intrinsecamente neutra no que diz respeito a usos e usuários? 
A noção de que as tecnologias têm valência não temais sentido. A tecnologia não é separada por gêneros, a mesma é estruturada de uma forma acessível a todos no que diz respeito a usos e usuários. Entretanto, seu manuseio, ou seja, a condução de uma determinada tecnologia depende do conhecimento que o indivíduo, o usuário, detém sobre tal tecnologia. Isso implica dizer que a utilização de uma tecnologia é proporcional ao conhecimento que se tem sobre a mesma, podendo facilitar ou dificultar seu uso. Nesse sentido, não se pode afirmar que as tecnologias surgem voltadas para determinado sexo. As tecnologias são dotadas de caráter neutro quanto ao seu aspecto e à sua utilidade prática. Vale ressaltar que a tecnologia é ambivalente e que não é boa nem ruim, é o que nós fazemos dela.
Capítulo 10
A TECNOLOGIA NÃO-OCIDENTAL E O CONHECIMENTO LOCAL
É possível separar com nitidez o aspecto puramente tecnológico de uma atividade cultural e os aspectos cerimonias, religiosos ou outros da atividade? 
Acredito que puramente não. Isso porque não dá para dissociar totalmente ambos os aspectos colocados em questão. Além disso, esses aspectos encontram-se conectados de tal forma que chegam a se completar. Diante desse contexto, vale ressaltar que conhecimento que o ser humano detém encontra-se alicerçado em sua cultura, assim como na religião e costumes sociais. Podemos até chegar a dizer que em certo aspecto isso é mais científico que aquilo quando comparado a isto, porém não se pode se pode dizer aqui começa um determinado aspecto cultural e aqui começa a tecnologia. 
Como você distinguiria magia, ciência e religião?
Definiria esses três termos da seguinte forma: Magia- crença que consiste no uso ou domínio de forças impessoais que possuem efeitos contrários às leis naturais, ou seja, é a crenças em forças ocultas para explicar o que não pode ser explicado através da ciência, isto é, crença em um fenômeno que não se mensura em números; Ciência- Consiste na obtenção do conhecimento através de métodos científicos comprovados a partir de observações e experimentos; Religião- conjunto de crenças em algo divino baseada na fé, além de apresentar embasamento científico no que diz respeito a sua formação como uma instituição social.
O conhecimento científico é uma descrição verdadeiramente universal da natureza em si ou é um tipo de “conhecimento” local ocidental que se espalhou pelo globo por intermédio da construção de laboratórios de estilo ocidental como ambientes para aquele “conhecimento local”?
O conhecimento científico caracteriza-se como um tipo de conhecimento local ocidental. Pode-se inferir isso a partir da ciência e da tecnologia de base científica ocidental que são modos de conhecimento local. Sendo assim, pode-se dizer que o conhecimento científico está inserido nos laboratórios para serem analisados por seus méritos, no que se refere a empregabilidade das condições locais. 
O conhecimento indígena (digamos de agricultura e medicina) é meramente um exemplo simplificado ou impreciso do conhecimento científico ou é um tipo de coisa completamente diferente do conhecimento científico?
Acredito que o conhecimento indígena acerca da agricultura e/ou medicina caracterizam-se meramente como um exemplo simplificado e impreciso do conhecimento científico. Para reforçar essa visão, é importante sabermos que a própria ciência faz usufruto de alguns conhecimentos indígenas, para a partir desses conhecimentos poder-se extrair parcialmente ou integralmente o conhecimento científico necessário para determinados experimentos, pesquisas e observações. 
Você pensa que a China, se isolada do ocidental até hoje, teria desenvolvido seu próprio tipo de ciência avança e alta tecnologia? 
Depende do referencial. Mas se partimos do pressuposto de que a China séculos a.C. já era detentora de grandes avanços tecnológicos frente ao mundo ocidental, sim, acredito que a China mesmo isolada do ocidental teria desenvolvido seu próprio tipo de ciência avança e alta tecnologia. E ao fazer um paralelo com o contexto mundial atual verifica-se o bom conhecimento dos chineses no ramo científico e tecnológico, o que evidencia seus avanços em termos tecnológicos quando comparado ao ocidente.
Capítulo 11
ANTITECNOLOGIA: O ROMANTISMO, O LUDDISMO E O MOVIMENTO ECOLÓGICO
O termo “luddita” é historicamente preciso quando usado para descrever críticos contemporâneosda tecnologia?
O termo “Luddita” não é historicamente preciso quando utilizado para abordar críticos contemporâneos da tecnologia. Isso porque os primeiros ludditas do século XX demostraram certa aversão à tecnologia, uma vez que as mesmas provocavam desemprego ou os fazia receber um salário aquém do processo produtivo. Dessa forma, pode-se inferir que os luddistas históricos encontravam-se preocupados com assuntos que concerne a questões econômicas associadas às tecnologias, que resultam em empobrecimento direto e/ou desemprego. Em contra partida, os críticos da contemporaneidade tecnológica, demonstram-se preocupados por questões relativas ao estilo de vida, além de priorizar as mesmas, passando a enxergar a tecnologia como algo prejudicial a vida além de alienar o ser humano. Diante desse contexto, pode concluir que os críticos contemporâneos aproximaram-se dos românticos na rejeição da tecnologia, onde a mesma é considerada inimiga da “vida bem vivida”, e se afastam dos primeiros luddistas, preocupados, de modo geral, com problemas econômicos que permeavam a sociedade durante a Revolução Industrial.
Você pensa que o holismo é uma abordagem valiosa da natureza? O holismo é uma abordagem valiosa para ciência, ou a abordagem analítica e atomista é a única viável? 
Acredito que o holismo é uma abordagem válida e possui sua devida importância. Entre tanto, o que não se pode é fazer usufruto dessa abordagem em seus extremos. Optando assim por um holismo flexível. O holismo racional e o organicismo são graus de holismo que promovem interpretações de um organismo como um todo, que nos permite compreender a interligação das coisas com o meio ambiente evidenciando a importância do todo, elucidando assim um campo bastante importante pra a ciência. Vale ressaltar que essas duas visões, o holismo racional e o organicismo, são visões menos extremas do holismo. A abordagem analítica e atomista, que consiste na análise em primeira instância, das partes para compreender o todo, também possui sua importância e contribuição, mas não é a única abordagem viável. Dessa forma, verifica-se que a abordagem holística assim como a analítica e atomista caracterizam-se como abordagens viáveis para a ciência e podem-se complementar.
A ecologia profunda é uma ética mais ampla e mais decente que as visões centradas no humano, ou é desumana e sem consideração pelos seres humanos?
Acredito que a ecologia profunda é mais um tipo de abordagem, todavia a mesma destaca-se por querer analisar a natureza com ausência da interferência do homem. Digamos que é o estudo da ecologia perfeita que prioriza o valor intrínseco da natureza selvagem, ou seja, a ecologia estudando apenas o meio natural. A visão profunda da ecologia enxerga o meio ambiente apenas como um organismo independente. Sendo assim, não se pode analisa-la de modo quase que ortodoxo como algo desumano, pois é apenas mais uma alternativa de reflexão e visão de mundo que é elucidada com outro foco que não o homem. Vale ressaltar que não pode ser supervalorizada como mais ampla e mais decente, pois consiste apenas em outra opção de analise da natureza sem contemplar as necessidades humanas.
Você acha que existem conflitos entre os resultados da ciência ecológica e os objetivos do movimento ecológico? Se acha que sim, por quê? Se acha que não, por quê não? 
Acredito que em determinadas situações sim. Pois a ciência ecológica, segundo Tansley, criticava o modelo organicista de comunidade viva, tão defendidos pelos movimentos ecológicos, que também pregavam a comunidade clímax, buscando assim um equilíbrio, a harmonia. Em contra partida, tem-se a ecologia cientifica que bastantes vezes priorizam o processo do desequilíbrio desenvolvendo concepções de ecologia de fluxo de energia com base nas leis da termodinâmica, alogo que não se aplica aos movimentos ecológicos que enxergavam a natureza em “perfeito equilíbrio estático”. Diante desse contexto, conclui-se que os conflitos que podem existir dependerá dos parâmetros que o movimento ecológico adote. Pode-se citar como exemplo a sustentabilidade, onde o próprio termo caracteriza-se como ambíguo. Sendo assim, pode-se acreditar que as convicções e conclusões que se tem hoje da ciência ecológica, podem ser utilizadas como fatores distoantes tanto quanto para enriquecer teorias do movimento ecológico e seus participantes.
Você acha que a superpopulação é a principal origem dos problemas de escassez de alimentos, poluição e pobreza? 
Não acredito que a superpopulação seja a principal origem de escassez de alimentos, poluição ou pobreza, e sim que a lógica é inversa, como Marx e Engels. Tais problemas como a pobreza estão mais ligados à questões capitalistas e imperialistas que dominou durante bastante tempo muitos países, em sua maioria subdesenvolvidos. Pois a tecnologia e a produção que dispomos nos dias atuais são suficientes para alimentar a população mundial e dirimir problemas como pobreza e a poluição. Entretanto, o que as pessoas não possuem são os recursos para adquirir tais tecnologias ou bens materiais e de serviços. Por sua vez, a poluição está mais associada às questões de rentabilidade ambiental e consciência ecológica, por exemplo. Ainda nesse contexto, é importante mencionar que o sistema capitalista dos meios de produção faz com que determinada parcela da população não tem a sua disposição certos bens de consumo essenciais. Sendo assim não se pode culpar a superpopulação, mas sim a falta de acesso.
Qual é, na sua opinião, a melhor definição de sustentabilidade? Por que ela é superior as outras? 
Em minha opinião, a melhor de sustentabilidade consiste em “atender as necessidades presentes sem comprometer a possibilidade das futuras gerações satisfazerem as suas próprias necessidades”. Definição esta atribuída pela Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela organização das Nações Unidas (ONU) para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: O desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. Essa definição consegue elucidar o conceito de manutenção dos recursos e a integridade ambiental, sem ferir a geração atual. Além de ser clara, objetiva e de simples entendimento.
Capítulo 12
O CONSTRUCIONISMO SOCIAL E A TEORIA DA REDE DE ATORES
Que versões do construcionismo social você acha que são corretas ou incorretas? A "construção social de fatos e artefatos” localiza ambos corretamente como socialmente construídos?
O construcionismo social talvez seja a tendência dominante na sociologia do conhecimento cientifico (SCC). O construcionismo social foi posteriormente aplicada à tecnologia e está se tornando uma tendência importante na teoria social da tecnologia. Entretanto, a construção social da tecnologia (CST) é menos controversa, principalmente se comparamos com a teoria construtivista social da ciência, devido ao fato de não confrontar as teorias do conhecimento em sua forma mais controvertida. Além disso, a CST parece mais razoável e menos controvertida que o construtivismo social da natureza ou realidade física, no sentido de que os artefatos tecnológicos são realmente feitos. Pois os dispositivos, artefatos ou invenções são construídos na medida em que sua construção envolve a cooperação de pessoas, a utilização de técnicas e pontos de vista, por exemplo, o que torna mais evidente a construção social. Em relação à construção social de fatos e artefatos ambos são localizados como socialmente construídos. Entretanto, vale ressaltar que a construção social da tecnologia está além da construção de fatos e artefatos, pois tem que haver um fator social. 
Você acha que o construcionismo social é mais razoável aplicado à ciência ou à tecnologia?
O construtivismo social tornou-se abordagem comum para uma variedade de tópicos, em uma variedade de campos das humanidades e das ciências sociais. E o construcionismo social se tornou uma tendência importante à teoria social da tecnologia após sua aplicação à tecnologia. Mediante a leitura do respectivocapítulo, percebe-se que a aplicação da construção social a tecnologia ficou menos controvertida quando comparada a aplicação à ciência. Isso devido ao fato de não confrontar as teorias do conhecimento em sua forma mais controvertida, confronto este que ocorre quando aplicado à ciência. Além de torna mais evidente a construção social, uma vez que a construção de artefatos ou invenções envolve a colaboração de pessoas, a utilização de técnicas e pontos de vista. Dessa forma o construtivismo social é mais razoável aplicado à tecnologia.
As críticas de Winner ao construcionismo social atingem seu objetivo? Por exemplo, o construcionismo social é um tipo de pluralismo que ignora os interesses dominantes que realmente dirigem o desenvolvimento da tecnologia?
Acredito que não. Ao elucidarmos que Winner crítica esse construtivismo social porque para ele a tecnologia, mesmo sendo socialmente construída, ela é socialmente construída por um grupo específico, por determinantes econômicos, ou seja, é construída a partir de valores de grupos dominantes que tem o poder de “controlar” essa construção social. Diante desse contexto, na minha concepção, Winner se aproxima do atual cenário social, uma vez que afirma que os artefatos tecnológicos são construídos em função dos objetos e valores de um determinando grupo. Se partirmos do pressuposto de que o construcionismo social visa trazer os interesses de todos, ou seja, da sociedade, um exemplo bem claro de influência de um grupo específico, nesse caso o de maior poder aquisitivo, no construtivismo social são os viadutos construídos para ligar Nova Iorque às praias de Long Island. Diante disso, segundo Winner a construção social acabam adquirindo um caráter excludente.
Você acha que pode ser construído um argumento em favor da afirmação de que a "eficiência" dos dispositivos tecnológicos é uma construção social, não simplesmente uma questão de medir input e output em função de quantidades físicas?
Acredito que sim, a eficiência dos dispositivos tecnológicos é uma construção social apesar de ter uma menção de input e output. Os dispositivos tecnológicos também são considerados dotados de eficiência ou sem ineficiência em termos de input e output, relação que compreende a entrada e saída desses dispositivos do sistema social, ou seja, o produto entra e ele sai do contexto social e são melhorados a partir disso. Vale ressaltar que essa relação é constante. Então não podemos afirmar que é somente essa relação que diz que um dispositivo é eficiente ou não, tem que existir uma construção social. Podemos adotar como exemplo a construção do que chamamos hoje de bicicleta, pois, inicialmente, sua forma era bem diferente da que conhecemos hoje, como por exemplo, possuía uma roda grande e outra menor, e por não atender todos os membros da sociedade tornou-se um dispositivo tecnológico ineficiente, mas ao retornar ao processo de input e output, a mesma se adequou as necessidades evidenciadas na sociedade e configurou-se de outra forma. Diante disso, vemos a presença de um fator social, além do processo de entrada e saída dos dispositivos tecnológicos. O que nos permite inferir que de acordo com os construcionistas sociais os artefatos podem ser enfatizados pela qualidade de significados e interpretações dados a ele por vários indivíduos, dependendo de seus objetivos, critérios e necessidades.

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