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Aulas de Ética e Responsabilidade Social

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ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
CONCEITOS BÁSICOS: ÉTICA, MORAL, CARÁTER, DEVER MORAL, DIREITOS 
HUMANOS. 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
 
1) Distinguir os conceitos de Ética e Moral, caráter e dever moral.
 
2) Listar os Direitos Humanos. 
 
ÉTICA é uma área de concentração de origem filosófica que tem por fim estudar, refletir o 
sentido do agir humano. 
FILOSOFIA é uma das cinco leituras que se pode fazer do real ao lado do senso comum, da 
arte, da religião e da ciência. Sua importância consiste na capacidade de abstração, ou seja, na 
reflexão sobre os objetivos no âmbito do pensamento. FILOSOFIA é uma forma de pensar que 
toma a razão como fundamento e analisa em que medida algo pode ser falso ou verdadeiro 
(lógica), certo ou errado (ética), conhecido ou ideológico (teoria do conhecimento), belo ou 
não (estética), e por fim, em que medida a existência pode espelhar a essência. 
ÉTICA é uma área de concentração de origem filosófica que tem por fim estudar, refletir o do 
agir humano. A ÉTICA enquanto matéria filosófica busca compreender em que medida um ato 
é justo ou não, uma intenção é virtuosa ou não, ou mesmo em que consiste a virtude. Nesse 
sentido, a ÉTICA não nivela as pessoas, apenas pensa o sistema moral como válido ou não a 
partir de uma razão suficiente, ou seja, será que tal moral é universal ou apenas um produto 
determinado por implicações histórico-culturais? Os objetivos morais como intenção do ato, 
consciência do ato, voluntariedade, consequência do ato etc., são elementos de investigação 
da ÉTICA porque são postos em suspensão para verificar a validade e a universalidade dos atos 
humanos. 
A moral, como um conjunto de regras determinantes de condutas, é uma produção 
socialmente determinada pelo ambiente cultural, por isso é datada historicamente, pois o que 
foi válido ontem pode deixar de ser válido hoje vice-versa. Ao contrário da ÉTICA que é 
atemporal porque não estabelece uma tábua de valores, mas apenas discute essa mesma 
tábua de valores para se certificar de sua universalidade. 
 
A palavra ÉTICA vem do grego ETHOS. 
Ética Socrática? Ética Platônica? Ética Aristotélica? 
 
No berço da cultura ocidental, na Grécia Antiga, nasceu a denominada Ética Socrática. 
Expressões hoje usadas por todos nós, como “Só sei que nada sei” e “Conhece-te a ti mesmo”, 
são de autoria de Sócrates, o pai da filosofia ocidental. 
Para Sócrates, o verdadeiro objeto do conhecimento é a alma humana. A verdade vive oculta 
no espírito humano. Diluindo os próprios erros, é possível a cada ser descobri-la. A missão do 
filósofo seria conduzir os homens ao conhecimento. O moralista seria o parteiro da alma. 
Platão, como discípulo de Sócrates, desenvolveu o pensamento do mestre. A Ética Platônica 
estabelece uma hierarquia entre as ideias e reserva o lugar supremo ao "bem". 
A Ética Aristotélica, por sua vez, tem por objetivo descobrir o bem absoluto, denominando-o 
"felicidade". Aristóteles entendia que a felicidade estaria no exercício firme e constante da 
virtude. Para ele, o homem virtuoso é aquele que mergulha no desenvolvimento integral das 
suas faculdades. A virtude é, portanto, o justo meio entre dois vícios extremos. 
 
Segundo Thiry-Cherques (2008) 
 Ética é a parte da filosofia que trata das questões morais, das ideias morais do 
cotidiano humano. 
 O papel da Ética é fundamentar a Moral, pois esta supõe uma crença, inclusive com os 
seus respectivos dogmas. 
 Assim, podemos concluir que Ética é a investigação geral sobre aquilo que é bom. 
 O objetivo da Ética é facilitar a vida do homem de modo a que ele se realize. 
 Naturalmente, a ética existe em todas as sociedades, respeitando as especificidades de 
cada cultura. 
 
 
MORAL 
A exemplo de Thirry-Cherques, estabelecemos para o nosso estudo que: 
ETHOS do grego modo de ser. MOS, mores do latim significa costume, que é a prática de 
determinados atos, que tem como característica = a generalidade, publicidade e continuidade, 
isto é deve ser praticado por todos os membros da sociedade, ser do conhecimento de todos a 
ser continuo. 
MORAL significa o agir consciente do dever e de acordo com os valores contemplados pela 
sociedade contemporânea, onde a ação se realiza. 
ÉTICA tem como objetivo avaliar os atos morais, considerando-os certos ou errados. Portanto 
a Moral é como agimos, e a Ética é a recomendação de como devemos agir. 
*Tanto o termo grego Ethos, como o termo latino mores dizem respeito a COSTUME. 
 
 
A moral consiste em fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre os impulsos egoístas. 
“Estende-se por instintos simpáticos aqueles que aproximam o indivíduo dos outros” 
É interessante o que diz Piaget: 
Toda Moral é um sistema de regras e a essência de toda moralidade consiste no respeito que o 
indivíduo sente por tais regras. 
MORAL É O OBJETO DA ÉTICA. 
Moralidade: Caráter do que se conformar às normas morais. 
 
Na prática, quando nos indignamos, por exemplo, ao vermos na televisão nossos semelhantes 
passando fome, levando uma vida subumana, sentimos responsabilidade e um desejo enorme 
de contribuir de alguma forma para que esta situação seja revertida. 
Exatamente em função desse tipo de sentimento participamos de campanhas contra a fome. 
Isto nos leva a concluir que nossos sentimentos e nossas ações exprimem o nosso senso moral. 
 
Quando sentimos remorso por alguma coisa feita no passado e gostaríamos de fazer diferente 
no presente, exprimimos nosso senso moral. 
Da mesma forma, quando ficamos admirados com alguém cujas palavras e ações denotam 
honestidade, integridade, honradez e outros valores, e chagamos a tentar imitá-los, também 
exprimimos nosso senso moral. 
Podemos concluir que a moral diz sempre respeito a valores que temos em relação aos outros. 
 
VALOR 
Valor é um bem subjetivo. Logo, é o que desperta interesse ou estima. 
A palavra valor vem do grego áksios, que significa o que é valioso, o que merece o seu preço. 
Qualifica aquilo que é bom e que tem utilidade. 
A história do conceito de valor é longa e interessante: 
Protágoras entendia que o homem é a medida de todas as coisas, que os valores são 
conferidos pelos homens. 
Platão entendia que o valor deriva de uma apreciação absoluta. Para ele, teria valor o que 
fosse bom, belo e verdadeiro. 
Já Hobbes vaticinou que o valor de um homem é o preço que se paga para ter o poder. 
Lock foi o primeiro pensador a relacionar valor e trabalho. Tal noção persistiu com Adam Smith 
e outros economistas da época, destacando o valor da mercadoria, o valor da troca de 
mercadorias e o valor da utilidade. 
Kant defendia o valor absoluto: o bem. 
Para Weber, os valores valem como referência do agir e se concretizam em diversas medidas 
ao longo da história da humanidade. Weber entendia que o ser humano tem que escolher 
entre os valores contrastantes. 
Nietzsche entendia valor como a interpretação da vontade de poder. 
Podemos concluir que o conceito de valor nos dá a noção de um atributo das coisas que 
merecem mais ou menos estima por parte do indivíduo ou de um grupo. 
 
DIREITOS HUMANOS 
 
Declaração dos Direitos Humanos 
 A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um dos documentos básicos das Nações 
Unidas. Foi assinada em 1948 e enumera os direitos de todos os seres humanos. 
Declaração dos Direitos Humanos: 
http://estacio.webaula.com.br/Cursos/gra109/doc/aula01_declaracao_dos_direitos_humanos
.pdf 
 
A questão ética afeta a vida do ser humano no cotidiano, seja qual for a sua classe social. 
 
TELETRANSMITIDA 
 
De que maneira conciliar os nossos interesses individuais e coletivos? 
Ética e Moral são termos sinônimos?Qual é a diferença entre Ética e Moral? 
Ambos dizem respeitos a hábitos, costumes, modos de ser. São palavras ligadas, porém com 
significados diferentes. 
Moral diz respeito a conjuntos de valores, princípios, normas que regulam as nossas relações 
em sociedade, normas que derivam de valores, procuram também prescrever o nosso 
comportamento de acordo com valores socialmente reconhecidos como válidos. 
 Valores morais definem o que é certo ou errado, proibido ou permitido, justo ou 
injusto, isto é, envolvem padrões de conduta que reivindicam sua universalidade na 
adesão espontânea dos sujeitos sociais. Valores e normas são profundamente 
vinculados, as normas que definem como cada um deve agir na sua vida, elas 
demandam dos valores morais. A moral é tão antiga quanto a própria humanidade. 
Ética consiste na investigação racional e sistemática dos problemas imanentes à esfera da 
moralidade. Em linguagem mais direta, então, podemos dizer que a ética é o estudo, a 
investigação sistemática e a reflexão teórica sobre a moral. 
A ética surgiu entre os gregos antigos, em meados dos séculos VI e V com os primeiros 
filósofos. Diz respeito, sobre tudo, a reflexão teórica sobre a moral. A ética estuda os 
fenômenos morais, este é o seu objeto de estudo. É a área do saber que estudam os 
problemas morais. 
Quando dizemos que alguém é ético, queremos na realidade significar com isso que essa 
pessoa pensa profundamente sobre os seus atos, avalia as consequências, o significado sobre 
os seus atos, ou seja, desenvolve um senso moral refletido eticamente. 
 
Moral: A moral envolve o plano normativo e factual. 
Plano normativo da moral dizem respeito das normas, o que deve ou não deve ser feito, é 
formado pelos fundamentos, os valores, os imperativos que pretendem direcionar as ações 
dos indivíduos em sociedade. Somos educados de acordo com os valores morais existentes. 
Plano factual diz respeito às nossas ações completas em sociedade. A dimensão normativa diz: 
Não matar, devemos tratas as pessoas de maneira amigável. O plano factual é influenciado 
pelo plano normativo, porém, muitas vezes se desvia. Está inscrita no comportamento dos 
indivíduos, tanto os que consumam as prescrições das normas quanto aqueles que se afastam 
dos preceitos socialmente instituídos. 
A avaliação dos fatos morais tem na adequação das ações as normas o seu critério exclusivo. 
Moral normativa e factual estão devidamente relacionadas. Quando agimos com normas 
morais, estamos necessariamente também nos relacionando com outros seres humanos. 
Indivíduo e coletividade, são polos articulados da vida em sociedade. Nessa intersecção entre 
o normativo e o factual, nota-se também a articulação entre o indivíduo e o coletivo no 
terreno da moralidade. 
 
Moral compreende valores, e a ética compreende a área de estudo da moral reflexivamente. A 
ética estuda o comportamento dos seres humanos em seu universo moral. 
Todas as ações podem ser qualificadas como moralmente positiva ou negativa. 
Quais são as condições necessárias para que uma conduta humana seja passível de avaliação 
moral? 
A liberdade, a possibilidade de escolha do sujeito, ou seja, fazer isso ou fazer aquilo; O 
conhecimento das circunstancias em que estou agindo; a ação ter consequências boas ou ruins 
sobre outras pessoas. 
 
Forum A 
 
Ética e Moral são assuntos bastante interessantes e a base para vivermos melhor em 
sociedade. São assuntos que muitas pessoas não sabem o que é, e no mundo em que vivemos, 
todos deveriam exercer essas condutas socialmente e individualmente. 
Praticar a Moral todos praticam, tanto positivamente quanto negativamente. Praticar a ética é 
mais complicado, porque a ética faz com que a pessoa reflita sobre as suas ações, reflita sobre 
o que fazer, sobre tudo o que lhe foi ensinado, o certo e o errado, reflita sobre a moral. Optar 
pelo certo, muitas vezes, é bem difícil para algumas pessoas. Refletir sobre o que fazer, se 
colocar no lugar do outro. Será que é isso que quero que façam comigo? Esta é a melhor forma 
de refletir. Seja ético ao ponto de fazer com próximo o que você gostaria que fizessem com 
você, e de não fazer ao outro o que não gostaria que fizessem com você. 
Reflita sobre tudo o que faz, questione-se sobre o certo e o errado. 
A nossa mente pode ser nossa melhor amiga, e ao mesmo tempo, nossa pior inimiga, então 
interaja com ela, reflita, questione-se. 
01. Diferencie os significados dos termos moral e ética. 
R: Moral são todas as normas que regulam as relações sociais. Ética é o caráter humano que 
qualifica o que é certo, é a moral positiva, é uma reflexão dos princípios morais. 
02. Explique as dimensões normativa e factual da moral. 
R: O plano normativo, como já diz o nome, é constituído pelas normas morais de uma 
sociedade. O plano factual diz respeito as ações dos indivíduos na sociedade, está relacionado 
ao comportamento. O plano factual é influenciado ao plano normativo, mas pode se desviar. 
 
AS TRÊS FASES DA ÉTICA EMPRESARIAL 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
 
1) Identificar cada fase da Ética Empresarial; 
2) Definir cada uma das fases da Ética Empresarial; 
3) Diferenciar as fases estudadas. 
 
REFLEXÃO ÉTICA 
A ética é parte intrínseca da conduta humana, pois todas as nossas atividades envolvem uma 
carga moral. 
Bem, certo, permitido OU mal, errado, proibido? 
O homem, no seu cotidiano, vive diante de muitos problemas. Veja alguns deles: 
 Devo sempre dizer a verdade ou existem ocasiões em que posso mentir? 
 Será correto tomar tal atitude? 
 Devo ajudar um amigo em perigo, mesmo correndo risco de vida? 
 Será que posso mentir para conquistar meu cliente? 
Esses tipos de perguntas nos levam a refletir sobre o comportamento ético-moral sem nem 
nos darmos conta, não é mesmo? 
Vamos, então, teorizar nosso conhecimento sobre esse assunto, analisando, a partir de agora, 
as diversas fases da questão ética que afetam o nosso comportamento, inclusive no mundo 
corporativo. 
 
ÉTICA EMPRESARIAL 
É a aplicação da ética ao ambiente das empresas, onde os colaboradores e os gestores devem 
agir e interagir com os consumidores e os fornecedores, visando estabelecer relações de 
mercado transparente, que contemplem valores tais como, fidelidade, sinceridade e 
autenticidade, a fim de preservarem o coletivo. 
No mundo corporativo, as questões éticas são especialmente complexas. 
A atividade de ganhar dinheiro sempre teve uma aliança meio desconfortável com o senso 
particular de moralidade das pessoas. 
Questões como o valor, o bem, o mal e, mais ainda, a dedicação ao trabalho, fazem sentido? 
Ter fé é irracional? Devemos respeitar quem não é respeitável? O que é princípio? 
Enfim, estas e outras perguntas que permeiam nossa mente são pertinentes à Ética 
Empresarial. 
A questão ética vem se destacando com o passar dos tempos em todos os setores, e no mundo 
corporativo não poderia ser diferente. 
Como a própria vida, a Ética Empresarial é feita de fases. 
Vamos conhecê-las agora. 
FASE 1: A ERA INDUSTRIAL 
Segundo Cortina (2007: 19), 
1970 > Surge com ímpeto o tema da ética dos negócios ou, como definida pelos europeus, da 
ética das empresas. 
1980 > O tema propaga-se pela Europa. 
1990 > Propaga-se pela América Latina e pelo Oriente. 
Questões com certo grau de complexidade, como: Cultura da empresa, Avaliações de 
qualidade, Recursos humanos, Clima ético, Responsabilidade corporativa, Comunicação e 
balanço social passaram a ter destaque, principalmente, no mundo reflexivo. Na verdade, um 
conjunto de dimensões que compõe o caráter de uma organização. 
Adam Smith e Max Weber fizeram uma grande contribuição naera industrial ao garantir que 
existia uma conexão entre ética e empresa. Eles afirmaram que o sucesso empresarial seria 
alcançado quando a organização, dentro de sua estrutura, se preocupasse com condições 
legais e morais. 
Tanto Adam Smith quanto Max Weber sofreram muitas críticas, mas nada que desmentisse o 
fato de que os dois marcaram a história da ética empresarial. 
Adam Smith escreveu Teoria dos sentimentos morais, antes da sua mais famosa e importante 
obra: Riqueza das nações, onde ressalta que, além do lucro de uma empresa, existem outros 
valores e sentimentos que envolvam a atividade econômica. 
Max Weber, com sua obra A ética protestante e o espírito do capitalismo, também deu uma 
larga contribuição à Ética Empresarial. Com suas postulações a respeito da crença de que o 
empresário chamado a criar riqueza e a fomentar o bem-estar social agradava a Deus 
justificava a busca pela riqueza. Devido as ideias de Weber, houve mudanças nos hábitos 
relacionados à riqueza e à poupança. 
FASE 2: A ERA PÓS-INDUSTRIAL 
Segundo Cortina (2007: 28), novas razões surgem para o fortalecimento da Ética Empresarial 
na década de 1970. 
Primeiro, a necessidade de se criar capital social ou a necessidade premente de redes de 
confiança. 
Depois de vários escândalos, principalmente na sociedade norte-americana, como o 
Watergate, a desconfiança passou a predominar em todo o mundo. 
Segundo, em Making Democracy Work, onde procura mostrar como as redes de confiança 
contribuem para o funcionamento da economia. 
O fim das ideologias trouxe o interesse pelas boas práticas em todas as esferas, inclusive 
corporativa. 
Em terceiro lugar, a concepção da empresa sofreu transformação em vários pontos: 
 Dimensão cultural. 
 Uma nova visão da empresa, não como máquina para obter o máximo de produção, 
mas sim como organização, como empresa. 
 O modelo taylorista foi substituído pelo pós-taylorista. 
 Todos os stakeholders ganhando e não somente os acionistas. 
Em quarto lugar, novos desafios organizacionais levam a entender que a ética se fazia 
necessária na gestão. 
A maturidade do mercado implica em uma postura mais exigente por parte das empresas, 
visando a sua própria sobrevivência em tal mercado. Valores – e não regras – deveriam 
delinear as empresas, dentro de um mundo globalizado e altamente competitivo. É preciso 
buscar a fidelidade do consumidor. 
Em último lugar, Cortina chama atenção para a exigência cada vez maior advinda de uma ética 
cívica, configurada pelos valores compartilhados dentro de uma sociedade pluralista. Assim, a 
revitalização da Ética Empresarial depende de sua reformulação. 
 
FASE 3: A ERA DA INFORMAÇÃO 
Esta Ética Empresarial revitalizada depara-se com novos desafios, como a passagem da 
economia velha para a chamada nova economia e a era da informação. 
Vejamos alguns desses grandes desafios sob a ótica de Cortina (2007: 32-34): 
 Lideranças muito suscetíveis à questão financeira, trocando de empresa em curto 
espaço de tempo. 
 Dificuldade da construção de uma ética global, em um universo com enormes 
diversidades culturais. 
 Trabalhador pouco qualificado, precariedade do trabalho e as justas exigências de um 
salário digno. 
 Os habitantes do ciberespaço têm sua moral individual, porém nada garante que será 
compartilhada. 
Nesta era da informação, as universidades vêm fomentando a necessidade de dois pilares 
vitais relativos à ética empresarial: integridade e transparência, para que haja viabilidade 
empresarial. 
Na era da informação, uma coisa é patente: escândalos empresariais têm largos espaços nos 
veículos de comunicação, o que nos leva a reformular leis e, sobretudo, hábitos. 
A integridade e a transparência devem ser incorporadas ao caráter - das pessoas, do cidadão e 
da empresa. Somente assim haverá mudança de fato. 
A ética empresarial pode ser definida como “um conjunto de princípios e padrões morais que 
orientam o comportamento no mundo dos negócios”, enquanto a responsabilidade social é 
concebida como “a obrigação que a empresa assume para maximizar os efeitos positivos e 
minimizar os negativos que ela produz sobre a sociedade”. Em outras palavras, Ferrel et al. 
(2001) consideram a responsabilidade social como um contrato social com os stakeholders da 
empresa, e a ética empresarial estaria relacionada aos princípios morais e às regras que 
orientam os gestores das organizações em suas decisões. 
TELETRANSMITIDA 
Teorias éticas: 
Teoria Kantiana: desenvolvida por Emmanuel Kant, existe a necessidade de se identificar 
racionalmente leis morais que devem ser seguidas sempre pelos indivíduos, 
independentemente das circunstâncias. Para Kant, assim como existe a lei da gravidade, existe 
as leis morais que devem ser seguidas por nós, seres humanos, segundo ele essas leis morais 
devem ser seguidas por todos os indivíduos independentemente das circunstâncias. As ações 
morais, segundo Kant, são aquelas que praticamos por dever, que muitas vezes, contrariam 
desejos, sentimentos. Segundo ele devemos encontrar racionalmente as leis morais. 
Kant “Devo proceder de maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne 
uma lei universal.” – Eu posso fazer uma promessa sem ter a intenção de cumprir aquilo que 
foi prometido? Segundo Kant, eu não porque se todas as pessoas tiverem o direito de fazer 
uma promessa sem ter a intenção de cumpri-la, a própria lógica de promessa fica sem 
fundamento, jamais saberíamos se a pessoa tem intenção de cumprir a promessa. Para Kant, 
nós podemos até omitir, deixar de fazer algo, mas JAMAIS devemos MENTIR. 
Teoria Utilitarista: Segundo os utilitaristas, Jonh Stuart e Jeremy Benthan, nós devemos buscar 
sempre as consequências melhores para todos que serão afetados por nossas ações, as ações 
humanas devem se orientar para a busca da felicidade para todos aqueles que por ela são 
afetados. Ela é uma teoria ética consequencialista, porque entende que o valor moral de uma 
ação está nas consequências que produz. Para eles, se a mentira for para proteger, se promete 
boas consequências, ela produzirá as melhores consequências para todos, ou seja, os seres 
humanos devem identificar as condutas disponíveis. Se a mentira for utilitária, podemos 
mentir. 
Teoria Relativista: Os sofistas, e as figuras centrais da filosofia, como Sócrates, foram os 
primeiros a examinar os problemas morais. Para os relativistas, bem, mal, justo, injusto, 
entende-se de que essas teorias são legítimas de cada sociedade. A moralidade é, unicamente, 
uma convenção dos homens em sua vida social, uma expressão de um certo consenso acerca 
dos princípios que devem reger as ações morais dos homens. Não são conceitos que podem 
ser identificados racionalmente, como diz Kant, não é medido por consequências como diz os 
utilitaristas, para os Relativistas a norma dos homens em sua vida social, é único de cada 
sociedade. Jamais devemos procurar impor os valores de uma sociedade à outra sociedade. 
Sociedades diferentes desenvolvem diferentes noções acerca do que se considera bem e mal, 
certo e errado, sem que se possa pretender um padrão único para toda a humanidade. 
Ética Empresarial: Até anos atrás poucos se falava de ética empresarial. Atualmente, com 
muita frequência, encontramos essa expressão em todos os lados. A preocupação da ética 
empresarial avança consideravelmente a partir de meados do século XX, com crescentes 
reinvindicações sociais que concebem as empresas não apenas como organizações 
direcionadas ao lucro, mas também com a função de promover benefícios para a sociedade 
em seu conjunto. Tem relação com uma mudança na visão em torno da empresa. Na noção 
ética empresa busca o lucro, porém, deve estarvoltada para promover benefícios no conjunto 
da sociedade. 
Qual é a diferença entre a teoria Kantiana e a teoria Utilitarista? 
A teoria Kantiana presa a verdade acima de tudo, devemos sempre nos pronunciar dizendo a 
verdade. Já a teoria utilitarista estabelece que uma ação é boa se suas consequências forem 
boas, independente se for mentira ou verdade. Ambas estabelecem uma busca racional acerca 
das questões morais, enquanto a teoria kantiana entende que existe leis morais que devem ser 
praticadas sempre, procede com relações mais rígidas, a teoria utilitarista entende que a cada 
circunstancias devemos fazer o que está de acordo com as suas consequências. 
FÓRUM A 
Tema para discussão da aula 2: 
“Como cidadão, somos éticos? ” 
Não, porque achamos normal ver pessoas nas ruas catando comida em grandes lixões da 
cidade e a população, ou seja, nós, não nos mobilizamos para fazer alguma coisa. 
Vivemos num país em que a população não acredita mais no governo. Os grandes golpes de 
políticos estão estampados em todas as capas de jornais, tv, internet, rádios. Há críticas e 
críticas, mas será que você, que não faz parte do meio político, ao chegar até lá, não fará a 
mesma coisa quando ficar diante da quantidade exorbitante de dinheiro que roda sobre o 
país? 
É uma pergunta que todos deveriam se fazer. 
Ao entrar um senhor de idade no ônibus lotado, você cede o seu lugar para esta pessoa que 
não tem mais estrutura física de fazer uma viagem em pé? 
Nós como cidadãos não somos éticos. Precisa-se mudar hábitos de uma nação, todos nós 
somos humanos, nascemos todos nus e quando morrermos não vamos levar nada que está 
neste mundo. Não importa se você tem um título de nobreza, se o seu pai faz parte do meio 
político, somos todos humanos. 
03. Descreva as características das teorias éticas kantiana, utilitarista e relativista. 
R: A teoria Kantiana presa pela verdade, devemos sempre nos pronunciar dizendo a verdade. A 
teoria utilitarista estabelece que uma ação é boa se suas consequências forem boas, 
independente se for mentira ou verdade. Ambas são universais, ou seja, isto é estabelecido 
para todas as sociedades. E a teoria relativista diz que a moral é única para cada sociedade, os 
comportamentos morais sociais diferem de sociedade para sociedade. 
04. Caracterize brevemente a noção de ética empresarial. 
R: A ética empresarial está voltada para a conduta da organização e as normas que orientam 
os gestores. Ela visa o lucro, porém, também visa o bem-estar de seus stakeholders. 
 
EMPRESA E ÉTICA: O CARÁTER DAS ORGANIZAÇÕES 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
 
1) Definir o que é o caráter de uma organização 
2) Descrever como se forma o caráter de uma organização; 
3) Estabelecer claramente o conceito de empresa. 
 
Com certeza, você já ouviu dizerem que o caráter do indivíduo que diz quem ele é. 
Muitas vezes, inclusive, quando um indivíduo tem um comportamento que foge ao padrão 
estabelecido pela sua comunidade, é considerado “sem caráter”. 
Mas, afinal o que é caráter? 
Esta é a primeira pergunta sobre a qual devemos refletir. Aliás, refletir não é um hábito dos 
ocidentais. Somos pouco reflexivos. Mas, no mundo competitivo em que vivemos, precisamos 
exercer a capacidade de pensar, meditar e refletir. É isso que procuraremos fazer nesta aula, 
quando refletiremos sobre nós mesmos e sobre as organizações das quais fazemos parte. 
 
CARÁTER 
Assim, podemos entender que caráter é um conjunto de fatores que incidem sobre cada 
indivíduo tornando-o único da sua própria espécie. 
Na biologia diz-se de cada marco estrutural ou funcional que distingue um indivíduo, sejam 
caracteres congênitos ou adquiridos. É questão controvertida se os caracteres congênitos são 
suficientes para distinguir uma espécie de outras. Na lógica é cada atributo de uma noção que 
faz parte da sua compreensão e é um elemento constituinte, seja essencial ou acidental.Na 
psicologia a unidade e consistência que se manifesta na maneira de sentir e reagir de um 
indivíduo ou de um grupo como distinto de outros grupos. Kant define o caráter de 
conformidade com a sua definição de causa. "É necessário que cada causa, quando age, tenha 
um caráter, quer dizer uma lei da sua causalidade, sem a qual ela nem chegaria a ser causa". 
Ele distingue ademais um caráter empírico ou fenomenal, em virtude do qual as suas "ações, 
enquanto fenômenos, são relacionados integralmente a outros, segundo as leis constantes da 
natureza", e um caráter inteligível, em virtude do qual não deixa de ser a causa dessas ações, 
enquanto fenômenos, mas sem ser ele mesmo submetido às condições da sensibilidade e sem 
ser sequer um fenômeno. 
 Na ética a palavra aceita um sentido laudativo quando significa personalidade completa e que 
revela autodomínio. 
CARÁTER ADQUIRIDO - (Psicol.). Modificação que se apresenta no organismo como 
consequência da própria atividade ou da influência do meio. 
CARÁTER CONGÊNITO - (Psicol.). a) É o que é herdado. Também indica o que é condicionado 
em parte pelo meio pré-natal. 
Entendemos que caráter de um indivíduo é a sua maneira de ser, suas características próprias, 
seus impulsos, seu temperamento. 
É um traço da personalidade, que mostra a forma usual do agir de cada indivíduo. Este grupo 
de atributos, bons ou ruins, denota o comportamento, os valores morais e os princípios de 
cada indivíduo. 
DEFINIÇÃO DE ORGANIZAÇÃO (EMPRESA) 
Para compreendermos melhor as questões do cotidiano empresarial, vamos estudar primeiro 
o que é uma empresa: 
• Semanticamente é um empreendimento, uma atividade produtiva, um negócio; 
• É uma sociedade organizada para a exploração de uma indústria, comércio ou serviços, 
tendo por objetivo final o lucro; 
• No Direito Trabalhista, é a organização do capital e do trabalho, empenhada em atividade 
econômica. 
Quando pensamos em economia, pensamos nas empresas, pois é através delas que a 
economia é ativada. 
Normalmente, diz-se que a economia está aquecida quando há demanda, isto é, quando há 
consumo significando que as empresas estão produzindo e colocando o seu produto no 
mercado, aquecendo assim a economia de um local, estado ou país. 
Basta observarmos a questão de emprego. Ora, quem oferece o emprego? São as empresas, 
portanto é evidente a importância das empresas a nível mundial! 
É importante destacar que algumas empresas chegam a um faturamento superior ao PIB de 
um país. 
Obs.: produto interno bruto (PIB) representa a soma (em valores monetários) de 
todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer 
sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, 
ano, etc). 
 
Formação do Caráter de uma Organização 
Construir Confiança 
“Talvez porque o capitalismo renano, que conforma em tão alto grau o modo europeu de 
entender a empresa, induzisse a concebê-la não só como um negócio, mas como um grupo 
humano que leva adiante uma tarefa valiosa para a sociedade, a de produzir bens e serviços 
mediante a obtenção do benefício”. 
Veja, estamos falando em algo muito mais abrangente do que o marketing que objetiva 
apenas a imagem da empresa. 
O fato é que a ideia de caráter está intimamente ligada às pessoas que fazem parte da 
empresa. Logicamente, a alta direção da empresa, principalmente o seu CEO, terá influência 
decisiva na formação deste caráter. 
No fundo, é o somatório do caráter de cada componente da empresa que formará o caráter 
geral da empresa. Normalmente, os iniciadores da empresa forjam o seu caráter que, ao longo 
do tempo, vai sendo modificado de acordo com o pensamento daqueles que dela fazem parte. 
Assim, cada empresa tem a sua forma de tomardecisões, a sua maneira de fazer os seus 
negócios. Tem os seus hábitos, os seus costumes, que normalmente são identificados pelo 
mercado. 
Podemos entender que a integridade de uma empresa está intimamente ligada ao seu caráter, 
isto é, à sua forma de conduta, pensamento e ação que farão com que ela tenha uma imagem 
no mercado. 
 
TELETRANSMITIDA 
As empresas podem ser avaliadas moralmente por suas condutas? 
ÉTICA EMPRESARIAL: NOÇÕES GERAIS 
 Situadas em sociedades regidas por princípios éticos, normas e regras, as empresas 
não são um universo independente (As suas ações são passíveis de avaliação moral, as 
ações de uma empresa, tem alcance sobre uma comunidade, bairro, cidade), isto é, 
suas ações são avaliadas moralmente, como o são as ações dos indivíduos e dos 
grupos. 
 As transformações socioeconômicas das últimas décadas tornaram a opinião pública 
mais atenta aos problemas sociais e intensificaram o debate sobre a necessidade da 
ética empresarial. (As empresas devem continuar buscando lucro, mas não devem 
colocar o lucro acima de tudo, porque a empresa deve gerar benefício para a 
sociedade, para todos aqueles que estão com ela envolvidos.) 
 As transformações contemporâneas implicam uma ampliação das preocupações 
internas das empresas. 
 O conceito de valorização do shareholders (acionistas) estende-se para a valorização 
dos stakeholders (todos os envolvidos com a empresa). (Tradicionalmente, as 
empresas buscavam a satisfação dos interesses dos shareholders, na nova perspectiva 
ética, afirma que as empresas devem buscar a satisfação dos interesses dos 
stakeholders, todos aqueles que direta ou indiretamente estão envolvidos pela 
empresa, são afetados pelas ações das empresas. A boa empresa não é só aquela que 
consegue lucros, a boa empresa olhada pelo prisma éticos, é aquela que além de 
conseguir lucros, promove o bem estar dos seus stakeholders, respeita os 
consumidores. A boa empresa é aquela que busca o melhor para a sociedade em seu 
conjunto). 
 As ações empresariais possuem impacto social, posto que as empresas não se limitam 
a gerar mercadorias, interferindo nos hábitos, nos comportamentos e na qualidade de 
vida dos cidadãos. (Todos são afetados) 
 Ética empresarial: pode ser definida como “um conjunto de princípios e padrões 
morais que orientam o comportamento no mundo dos negócios” (FERREL) (A ética 
empresarial é uma reflexão que parte de valores e normas, que examinam os próprios 
valores e normas da sociedade, na sua relação com as empresas, nas ações 
empresariais. As ações empresariais dizem respeito aos planos dos fatos, as relações 
entre indivíduos em sociedade). 
 As empresas consideradas éticas são aquelas cujas condutas estão sintonizadas com a 
moral vigente, subordinando as suas atividades e estratégias a uma reflexão ética 
prévia, para que suas ações sejam socialmente responsáveis. (As empresas têm as suas 
ações avaliadas moralmente em sociedade, e são avaliadas no tocante a sua 
responsabilidade social) 
 Responsabilidade social: concebida como “a obrigação que a empresa assume para 
maximizar os efeitos positivos e minimizar os negativos que ela produz sobre a 
sociedade” (FERREL) (Trata-se então de pensar que as ações devem sempre buscar 
benefícios para a sociedade em seu conjunto. Quando se age com responsabilidade 
social, está se buscando o melhor para todos, o benefício do conjunto. Busca daquilo 
que é melhor para a sociedade). 
 As ações empresarias, para serem ética, devem considerar as questões sociais, 
ambientais e culturais relacionadas às sociedades nas quais se inserem. (Elas não 
existem independente, existem em sociedade, portanto, devem considerar as ações 
sociais, ambientais e culturais). 
Ética e responsabilidade social são noções necessariamente articuladas? Por que? 
São, porque não é possível falar de ética sem se remeter a responsabilidade social. São 
assuntos que andam juntos, quando você está sendo ético, está ao mesmo tempo sendo 
responsável socialmente, quando você remete a responsabilidade social, está ao mesmo 
tempo, sendo ético. 
FÓRUM A 
A respeito da aula 3 e a afirmação "A formação do caráter de uma empresa é o 
somatório do caráter daqueles que fazem parte dela.". O caráter é algo 
individual de cada pessoa, diz respeito a sua personalidade, a sua moral, os seus 
valores. Uma organização, que é formada por pessoas, adquire diversos caráteres 
diferentes, a começar com os fundadores da empresa. No princípio a organização 
obtém um caráter provisório de seus fundadores, este caráter é modificado ao 
longo do tempo com a entrada de novo colaboradores. Cada empresa tem a sua 
forma de gerenciar, fazer negócios, tomar decisões, criar o perfil profissiográfico do 
tipo de profissional que ele quer para somar com o caráter da sua empresa. 
Entende-se que uma organização tem caráter coletivo, e este vai definir a sua 
forma de agir no mercado, de pensar, de como será conduzida, qual será o seu 
cliente, como serão fechados os negócios, os seus valores, enfim, o caráter de uma 
organização define a sua imagem no mercado. 
 
O DILEMA DOS VALORES 
 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
 
1. Descrever os conceitos de moral e ética; 
2. Identificar dilemas éticos variados; 
3. Reconhecer a importância da ética para sociedade. 
 
DILEMA 
Em 1989, ocorreu um grande acidente ecológico com o petroleiro Exxon Valdez, no Alasca. Um 
vazamento causou tal acidente porque o capitão do petroleiro estava embriagado. 
A empresa Exxon Corporation decidiu, a partir de então, submeter seus funcionários a um 
exame de detecção do uso de drogas e álcool, orientando todas as filiais espalhadas pelo 
mundo a fazerem o mesmo, respeitando as leis de cada país. 
 
A decisão teve por objetivo assegurar um ambiente de trabalho saudável, garantindo a 
qualidade de vida dos colaboradores. 
Os indicadores foram bastante favoráveis. 
A prevenção funcionou corretamente. Entretanto, houve resistência. 
Os críticos consideram que os resultados podem ser enganosos porque, além de invadir a 
privacidade dos funcionários, conferem uma falsa imagem de competência do empregador, 
sem de fato diminuir os prejuízos para a sociedade. 
As responsabilidades éticas correspondem a valores morais específicos. 
Valores morais dizem respeito a crenças pessoais sobre o comportamento eticamente correto 
ou incorreto, tanto por parte do próprio indivíduo quanto com relação aos outros. 
Assim, valores, moral e ética se complementam. 
 
No mundo corporativo, empresarial, o que deve prevalecer? 
O que deve prevalecer na empresa: o respeito aos prazos de entrega dos produtos ou a 
qualidade dos resultados? 
O respeito estrito à privacidade dos funcionários, permitindo o acesso à internet, ou a 
“tolerância zero”, isto é, a proibição ao uso de equipamentos da empresa para qualquer 
finalidade particular? 
Vejamos um caso verídico: no final da década de 1960, a empresa B.F. Goodrich tinha um 
contrato com a força aérea norte-americana para equipar seus novos aviões A7D com freios de 
ar comprimido. O prazo de entrega era muito curto, mas os executivos resolveram cumprir o 
contrato a todo custo. Os primeiros testes mostraram que os freios estavam falhando. A data 
de entrega chegou e os freios foram entregues assim mesmo. O avião de prova teve um 
acidente. Uma investigação mostrou que as falhas do desenho original nunca foram corrigidas 
e que vários engenheiros tinham falsificado os relatórios dos primeiros testes para cumprir os 
prazos. O interessante é que todos eles estavam convencidos de que fizeram o que a empresa 
esperava que fizessem. 
TELETRANSMITIDA 
 
De acordo com o conceito deresponsabilidade social, as empresas deveriam existir para servir 
à comunidade, sendo que o benefício não poderia ser exclusivamente econômico, 
promovendo também a satisfação das necessidades sociais da comunidade. 
CÓDIGO DE ÉTICA 
Criação de códigos de ética pelas empresas: definição de um sistema de valores que 
direcionam as decisões e as ações no interior da empresa, devendo, para tanto, conter itens 
que contemplem todos os seus públicos envolvidos, ou seja, os seus stakeholders. (Um código 
de ética deve ser criado para se ter um ambiente moralmente gratificante, para que se 
favoreça os critérios claros de promoção, desligamentos da empresa, regras claras de conduta. 
Ele não deve ser um manual de conduto imposto aos trabalhadores da empresa, é importante 
que ele leve em conta se criar um ambiente moralmente gratificante no interior da empresa, a 
elaboração deve ser coletiva) 
Para que o código de ética seja efetivo, é necessário ser conhecido e aceito por todos. 
A implantação do código de ética: sensibilização, conscientização, motivação, capacitação, 
princípios e valores perenes. (Não deve ser vertical a elaboração e a implantação do código de 
ética, deve ser elaborado horizontalmente para que ele seja capaz de implantar aqueles 
princípios, aqueles valores concebidos. 
NORMA MORAL E NOMA JURÍDICA 
A ação moral pressupõe a ação consciente do sujeito, enquanto que a norma jurídica impõe-se 
pela coação explícita. (Tendo uma norma jurídica, eu tenho que segui-la e ponto, mesmo que 
eu não concorde, porque caso contrário, eu responderei por ela juridicamente. A norma moral 
é mais efetiva, é mais objetiva, alcança melhor o conjunto das pessoas envolvidos quando os 
indivíduos aderem conscientemente). 
Maior amplitude da esfera moral diante do plano jurídico, posto que nem tudo o que é 
reprovável moralmente está inscrito no plano da lei. (Não basta para uma empresa cumprir a 
lei para que ela seja moralmente ética, é importante também que se crie um ambiente 
moralmente gratificante, que se remunere adequadamente os seus colaboradores, é 
importante manter uma relação clara com seus consumidores) 
O fato de uma empresa não ferir os princípios legais da sociedade não significa que sejam 
éticas todas as suas ações. 
CÓDGO DE ÉTICA 
O código de ética deve expressar a participação coletiva, o que não apenas produz normas 
mais significativas, como também assegura o comprometimento dos indivíduos que 
pertencem à organização. 
A elaboração de um código de ética deve considerar as relações com acionistas, com 
funcionários, com clientes, com fornecedores, com concorrentes, com a esfera pública, com o 
ambiente e com a comunidade. 
MARKETING SOCIAL 
O marketing social corresponde a variados procedimentos que têm por meta a difusão de 
valores considerados benéficos para o conjunto da sociedade, a promoção de mudanças 
comportamentais e a divulgação das ações sociais empresariais. (Marketing é um conjunto de 
estratégias destinadas a divulgação de uma ideia, mercadoria, produto, serviço. Marketing 
social não se destina a divulgar um produto, ele tem por finalidade estimular mudanças 
comportamentais na sociedade, difundir valores morais considerados positivos na sociedade, e 
com isso, transformar para melhor o comportamento das pessoas. Na empresa, ele visa 
também, reforçar positivamente a imagem da empresa na sociedade. Ou quando uma 
empresa divulga publicamente um reflorestamento que ela fez, ou que realize.) 
Em que medida o marketing social constitui um aspecto importante da responsabilidade 
social? 
Contribui para a disseminação de valores morais, e disseminar mudanças efetivas, práticas, de 
comportamento das pessoas. Na medida em que ele enfatiza valores, também se caracteriza 
como uma ação social. 
A ECOLOGIA 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
 
1) Identificar alguns aspectos ecológicos; 
2) Reconhecer a importância da Ética Ambiental para a preservação do planeta; 
3) Estabelecer a valorização do meio em que vivemos. 
 
A ecologia estuda o ambiente natural e as relações entre os organismos entre si e com o seu 
meio circundante. 
Vejamos, de maneira superficial, os níveis de organização biológica: 
 
 
Que tal entendermos melhor alguns termos ecológicos? 
População é o conjunto de organismo de uma mesma espécie que ocupa uma determinada 
área, mantendo intercambio de informação genética. 
Comunidade é o conjunto de populações que convive em uma determinada área e que 
usualmente interage de forma organizada. 
(Conceito de comunidade: Um dos conceitos mais vagos e evasivos em ciência social, a ideia de 
comunidade continua a desafiar uma definição precisa. Parte do problema tem origem na 
diversidade de sentidos atribuída à palavra e às conotações emotivas que ela geralmente 
evoca. Tornou-se uma palavra passe-partout, usada para descrever unidades sociais que 
variam de aldeias, conjuntos habitacionais e vizinhanças locais até grupos étnicos, nações e 
organizações internacionais. No mínimo, comunidade geralmente indica um grupo de pessoas 
dentro de uma área geográfica que interagem dentro de instituições comuns e que possuem 
um senso comum de interdependência e integração. Não obstante, conjuntos de indivíduos 
vivendo ou interagindo dentro de um mesmo território não constituem em si mesmos 
comunidades, particularmente se esses indivíduos não se consideram como tal. O que une 
uma comunidade não é a sua estrutura, mas um estado de espírito e um sentimento de 
integração.) 
Meio ambiente é a soma total das condições que atuam sobre os organismos: fatores físico-
químico, edáficos, climáticos, hídricos e bióticos. 
Vegetação é o conjunto de vegetais que existem em determinado local. 
Flora é o conjunto de plantas de uma determinada região ou período geológico vinculados a 
um táxon botânico. 
Fauna é o conjunto de animais que ocorre em uma área vinculada a um táxon zoológico. 
Nicho ecológico é o conjunto de relações e atividades próprias de uma espécie. Modo de vida 
único e particular que cada espécie explora no seu próprio habitat. 
Habitat é o ambiente que oferece um conjunto de condições favoráveis para o 
desenvolvimento e a sobrevivência de determinados organismos. 
Biótipos é o espaço (área ou volume) ocupado por uma comunidade biológica; o lugar onde há 
vida. 
Biota é o conjunto de plantas, animais e microorganismos de uma determinada região, 
província ou área biogeográfica. 
Bioma são amplos conjuntos de ecossistemas terrestres e aquáticos caracterizados por tipo 
semelhante de vegetação ou de mesma fisionomia ambiental. 
É importante observar as ações dos fatores ecológicos, que afetam sobremaneira o ambiente. 
Fatores ecológicos são componentes do meio que podem agir diretamente sobre os seres 
vivos, ao menos durante uma fase do seu ciclo de desenvolvimento. 
Algumas ações desses fatores: 
• Variação da densidade das populações, afetando as taxas de natalidade e mortalidade, 
imigração e emigração; 
• Processo de colonização e distribuição espacial e temporal das populações e comunidades; 
• Modificações adaptativas, tais como reações fotoperiódicas, hibernação, estivação, entre 
outras. 
 
Para facilitar o entendimento, Miller (1985) diz que nosso planeta pode ser comparado a uma 
astronave, deslocando-se a cem mil quilômetros por hora pelo espaço sideral, sem 
possibilidade de parada para reabastecimento, mas dispondo de um eficiente sistema de 
aproveitamento de energia solar e de reciclagem de matéria. Há atualmente na aeronave ar, 
água e comida suficientes para manter seus passageiros. 
Tendo em vista o progressivo aumento do número desses passageiros, em forma exponencial, 
e a ausência de portospara reabastecimento, pode-se vislumbrar, em médio e longo prazos, 
problemas sérios para a manutenção de sua população. 
Daí a necessidade da Ética Ambiental. A Ética Ambiental tem seu início marcado pelos grandes 
avanços tecnológicos. A exemplo disso, temos a medicina com suas novas técnicas resultando 
na queda dos índices de mortalidade, alterando o binômio nascimento-morte e superlotando o 
planeta. 
DESCONTROLE DA PRODUÇÃO ALIMENTAR E DEGRADAÇÃO DA CULTURA-MUNDIALIZANDO A 
FOME E A POBREZA. 
“Toda sociedade é responsável pela degradação ambiental, pois o rico polui com sua atividade 
industrial, comercial etc; o pobre polui por falta de condições econômicas de viver 
condignamente e por falta de informações, já que a maioria é semianalfabeta, e o Estado polui 
por falta de informações ecológicas de seus administradores, gerando uma política 
desvinculada dos compromissos com o meio ambiente”. 
A ética ambiental está apoiada em duas teorias recentes: a teoria evolucionista de Darwin e a 
teoria de Gaia, também conhecida como Teia da Vida e defendida por Lovelock. 
A primeira consiste em pensar o homem como todos os outros seres viventes - em constante 
evolução. 
Na outra, Gaia, a mãe Terra, é considerada um organismo vivo interligado a todos os outros 
seres, incluindo o homem, em igualdade de condições. 
As duas teorias contradizem o modelo antropocêntrico, no qual o homem é o centro do 
universo, considerando sua condição de "espécie superior" devido à razão e à capacidade de 
gerar cultura. 
DEFINIÇÃO: 
Conduta ou a própria conduta comportamental do ser humano em relação à natureza, 
decorrente da conscientização ambiental e consequente compromisso preservacionista, tendo 
como objetivo a conservação da vida global. Tem a ética ambiental como base científica e o 
estudo da relação homem X natureza. 
O objetivo da Ética Ambiental é formar uma humanidade consciente de sua posição perante a 
vida no planeta Terra, orientando uma nova postura: a de preservar globalmente a natureza, 
sendo uma nova esperança de vida para o planeta. 
TELETRANSMITIDA 
RESPONSABILIDADE SOCIAL 
Responsabilidade social empresarial é a forma de gestão que se define pela relação ética e 
transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo 
estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da 
sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando 
a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. 
O conceito de responsabilidade social desenvolve-se ao longo do século, estimulado pelas 
crises socioeconômicas que afetaram profundamente o capitalismo. 
As crises socioeconômicas capitalistas, bem como a emergência dos problemas ambientais, 
promoveram a reflexão sobre a necessidade de as ações econômicas serem praticadas com 
responsabilidade social. 
No século XX, evidenciam-se os problemas ambientais decorrentes do modelo de 
desenvolvimento da civilização ocidental (o lucro acima de todas as questões, a utilização 
irresponsável da natureza), assentado na dilapidação dos recursos planetários. 
OS PROBLEMAS AMBIENTAIS 
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a 
humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais 
interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes 
promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica 
diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade 
terrestre com um destino comum. 
Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global e baseada no respeito 
pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. 
Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa 
responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras 
gerações. (A carta da Terra, 2004) 
PACTO GLOBAL 
O Pacto Global é uma iniciativa proposta pela Organização das Nações Unidas para encorajar 
empresas a adotar políticas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade. Esse 
pacto pretende promover um diálogo entre empresas, organizações das Nações Unidas, 
sindicatos, organizações não-governamentais e demais parceiros, para o desenvolvimento de 
um mercado global mais inclusivo e sustentável. (É uma espécie de chamado. 
O Pacto Global recobre 4 áreas: 
Direitos Humanos; (diz respeito aos direitos de todos os seres humanos, a uma alimentação 
digna, moradia, saúde, educação, liberdade. Condições dignas de trabalho, transporte, respirar 
um ar com mais qualidade) 
Trabalho; 
Meio ambiente; 
Combate à corrupção. (Se deve pensar como uma corrupção de atravessa toda a sociedade, 
uma espécie de cultura social) 
O bem estar para toda a sociedade não foi atingido. Os desastres ambientais são bastantes 
evidentes no mundo atual. Pensar em meio ambiente é pensar na própria humanidade. Nós, 
seres humanos, pertencemos à natureza. Somos os autores do futuro, daquilo que virá, 
depende das nossas escolhas. 
Articule responsabilidade social e desenvolvimento da cidadania. 
Responsabilidade social são ações que procuram sempre o bem estar da sociedade. 
Cidadania é direito e deveres, tais como compromissos com a comunidade, sociedade. Falar 
em cidadania significa ter acesso a condições de qualidade materiais de vida, como casa, 
trabalho, fazer esporte. Significa a possibilidade de que cada qual exercite a sua humanidade. 
Uma sociedade que prima pela responsabilidade social, uma sociedade que orienta as suas 
ações pelos critérios de responsabilidade social está investindo em cidadania, está 
potencializando uma sociedade cidadã. Investimentos marcados pela responsabilidade social, 
significam investimentos caracterizados pela promoção da cidadania. A responsabilidade social 
promove o desenvolvimento de uma cultura cidadã. 
 
REVISÃO 1 A 5 
MORAL E ÉTICA 
Moral é um conjunto de normas que organizam a vida em sociedade, informando o que é 
permitido, o que é errado, recomendável, aquilo que deve ser feito ou que não deve ser feito. 
Normas essas que demandam de valores, valores como bem ou mal, justo ou injusto, certo ou 
errado, ou seja, a moral é tão antiga quanto a própria humanidade. A moral se modifica 
historicamente, e muitas vezes, são diferentes de sociedade para a sociedade. É a área do 
saber que investiga os temas da moral. 
A ética estuda a Moral. A ética é uma reflexão sistemática sobre a moral. 
TEORIAS ÉTICAS 
 Teoria Kantiana, teoria de Kant, estabelece que os seres humanos são capazes, 
racionalmente, de identificar as leis morais. Segundo Kant, existem leis morais, como 
existem as leis das naturezas. Devemos colocar sempre, independentemente das 
circunstancias, em prática as leis universais chamadas de imperativos categóricos. Para 
Kant, o imperativo categórico, define-se quando aquilo que atingimos racionalmente, 
que encontramos racionalmente, é algo passível de ser observado e praticado por 
todos os seres humanos. A sua máxima é uma lei universal, ser para qualquer 
sociedade. Kant diz, jamais podemos mentir, podemos até omitir, mentir jamais. Ele 
presa pela verdade, independentemente das circunstancias. 
 Teoria utilitarista, busca uma base racional, porem, por caminhos diferentes. Entende 
que o valor moral de suas ações está nas suas consequências, por isso que os 
utilitaristas são chamados de consequencialistas, ou seja, uma ação é moralmente 
boa, se produz boas consequências para as pessoas por ela afetada, não apenas para 
aquele que protagoniza (age), mas por todosque são afetados pela ação. A ação é 
ruim (negativa), se produz consequências ruins por elas afetadas. São consequências 
pensadas a curto, médio e longo prazos. Eles dizem que devem avaliar as condições 
em que agem, e escolher aquela conduta que provavelmente trará as melhores 
consequências para todos. Dependendo das circunstancias, a mentira é algo aprovável 
nesta teoria, se a mentira produzir consequências benéficas para todos, ela é 
aprovável. Também é universal. 
 Teoria relativista, para os relativistas, não se deve buscar condutas absolutas, valores 
morais absolutos, universais, cada sociedade estabelece os seus valores e as suas 
normas. E esses valores e normas, são respeitados ali naquela sociedade, tem 
efetividade dentro desta sociedade. Para eles, deve existir o respeito entre as 
diferentes culturas, os diferentes povos. Para ele, o que é certo para um povo pode ser 
errado para outro, o que é errado para um povo pode ser certo para outro. Sem que 
tenha critérios objetivos para dizer “Isto é bom”, “Isto é mal”. 
Todas essas teorias levam em conta que, para que uma ação seja praticada e seja passível de 
avaliação moral, é necessário que seja reunida três características ou condições: A liberdade (é 
importante que aquele que age tenha escolhas, pelo menos duas possibilidades), o 
conhecimento das circunstâncias e o alcance sobre outras pessoas. 
ÉTICA EMPRESARIAL E RESPONSABILIDADE SOCIAL 
As empresas devem levar em conta os interesses dos stakeholders, não apenas o lucro em si. 
As ações da empresa determinam o dia a dia dos seus stakeholders, a qualidade do ambiente, 
por isso, entende-se que a empresa deve buscar o benefício para todos da sociedade. 
MORAL E DIREITO 
Norma moral é mais ampla, elas dão conta por um número significativo de casos que não vão 
para a norma jurídica. A norma moral não prevê, não estabelece uma punição. Ex.: Você não 
será punido por ter deixado de ajudar o seu amigo, traído o parceiro. A norma moral depende 
muito mais de uma pressão social sutil ou da adesão consciente do sujeito. 
As normas jurídicas procedem sempre de visões morais. Ex.: A prática de racismo é rejeitada 
moralmente, e é considerado crime judicial. A norma jurídica prevê uma punição possível e 
previamente estabelecida. A norma jurídica se impõe pela força, mesmo não concordando 
com ela, o sujeito deve cumpri-la porque pode ser punido por isso. 
CÓDIGO DE ÉTICA 
O código de ética cria um ambiente moralmente gratificante, capaz de orientar, com sentido 
ético, as relações internas na empresa e as relações da própria empresa com o público 
externo. Para que seja viável, deve ser elaborado coletivamente, horizontalmente (nunca de 
modo vertical). Ele vai estabelecer regras de conduta a partir da consulta, da participação 
coletiva, da busca de um bom senso, que produza um código de ética que estimule a 
participação de todos em um clima favorável, estimulante na empresa. 
MARKRING SOCIAL 
Quando pensamos em ética e em responsabilidade social, pensamos em marketing social. Em 
geral, o marketing é um conjunto de estratégias, procedimentos variados, que procuram 
promover uma ideia, um produto. Isso inclui desde a exposição de um cartaz, até um grande 
comercial, uma propaganda televisiva. Marketing Social são estratégias para difusão de ideias, 
comportamentos, valores moralmente positivos, ou considerados moralmente positivos na 
sociedade, e que sejam capazes de estimular mudanças práticas de atitudes das pessoas, das 
instituições, das próprias empresas. Pode ser praticado por organizações não governamentais, 
organizações governamentais, empresas públicas e privadas. Muito comum que uma empresa 
privada divulgue uma campanha social que ela realiza. Visa suscitar mudanças de 
comportamento de outras empresas, tem por finalidade também reforçar positivamente a sua 
imagem no mercado. 
OS PROBLEMAS AMBIENTAIS CONTEMPORÂNEOS 
Os problemas ambientais entram na pauta de ética porque pensar em uma sociedade justa, 
em que todos tenham acesso ao desenvolvimento da sua humanidade, significa repensar as 
relações dos seres humanos e meio ambiente. O lucro é legítimo, entretanto, ele não pode 
mais ser colocado sobre todas as coisas, sobre a qualidade de vida das pessoas, sobre a 
natureza. O lucro deve ser pensado em sua articulação de benefícios para todos. 
A ESCASSEZ DOS RECURSOS NATURAIS 
RECURSOS NATURAIS 
Recurso natural é qualquer insumo de que os organismos, as populações e os ecossistemas 
necessitam para sua manutenção. Portanto, recurso natural é algo útil. 
Existe um envolvimento entre recursos naturais e tecnologia, uma vez que há a necessidade da 
existência de processos tecnológicos para utilização de um recurso. 
Recursos naturais e economia interagem de maneira bastante evidente, uma vez que algo é 
recurso na medida em que sua exploração é economicamente viável. 
Exemplo dessa situação é o álcool que, antes da crise do petróleo de 1973, apresentava custos 
de produção extremamente elevados diante dos custos de exploração de petróleo. 
Hoje, no Brasil, o álcool ainda pode ser considerado um importante combustível para 
automóveis, além de ser um recurso natural estratégico e de alta significância pela 
possibilidade de renovação e consequente disponibilidade. 
Assim, na definição de recurso natural, encontramos três tópicos relacionados: 
Economia, Meio ambiente e Tecnologia. 
Finalmente, algo se torna um recurso natural caso sua exploração, processamento e utilização 
não causem danos ao meio ambiente. 
O fato de não ter sido levado em conta a questão ecológica nas últimas décadas, gerou 
aberrações. O uso de elementos extremamente tóxicos como recursos naturais é um triste 
exemplo. 
Podemos citar o chumbo e o mercúrio que, dependendo das concentrações utilizadas, chegam 
a causar a morte de seres humanos. 
Classificação dos recursos naturais - Os recursos naturais podem ser classificados em dois 
grandes grupos: os renováveis e os não renováveis. Os recursos renováveis são aqueles que, 
depois de serem utilizados, ficam disponíveis novamente graças aos ciclos naturais (água, ar, 
biomassa etc.). Os recursos não renováveis, como o próprio nome diz, são aqueles que, uma 
vez utilizados, não podem ser reaproveitados. Um exemplo é o combustível fóssil que, depois 
de ser disponibilizado para mover um automóvel, por exemplo, está perdido para sempre 
(como é o caso do petróleo). 
Atenção: Dentro dos recursos não renováveis há duas classes: a dos minerais não energéticos 
(fósforo, cálcio etc.) e a dos minerais energéticos (combustíveis fósseis e urânio). 
É importante ter o conhecimento de que há situações nas quais um recurso renovável passa a 
não ser mais renovável. Isso ocorre quando a taxa de utilização supera a capacidade máxima 
de sustentação do sistema. Veja o exemplo a seguir que ilustra bem esta situação: 
Um campo de pastagem comum é utilizado coletivamente por alguns fazendeiros. O capim, 
evidentemente, é um recurso renovável (biomassa). 
Entretanto, os fazendeiros, visando ao aumento de seus lucros imediatos, colocam o número 
máximo de cabeças de gado neste pasto, uma vez que o campo é comum a todos. 
O resultado dessa atitude é a depleção (Perda ou diminuição de qualquer substância) de um 
recurso, que era renovável, até níveis que inviabilizam sua renovação. 
A poluição é outro fator que mexe muito com os recursos naturais, tornando-os cada vez mais 
escassos. Poluição é uma alteração indesejável nas características físicas, químicas ou 
biológicas da atmosfera, litosfera ou hidrosfera que causa ou pode causar prejuízo à saúde, à 
sobrevivência ou às atividades dos seres humanos e outras espécies. Pode ainda deteriorar 
materiais. 
A partir daRevolução Industrial, o crescente número de indústrias e a aglomeração da 
população nos grandes centros provocou sérios problemas de poluição do ar, da água e do 
solo. 
Por isso começamos a falar em Ética Ambiental. Assim, no mínimo, diminuiríamos os 
problemas gerados pela má administração do nosso planeta. 
ENTENDENDO A CULTURA AMBIENTAL NO BRASIL 
Na década de 1970, o Brasil viveu o período conhecido como “milagre econômico”. As taxas de 
crescimento na economia eram da ordem de 10% ao ano. 
No mundo, se instaurava a discussão sobre como seriam as consequências do 
desenvolvimento econômico a qualquer custo. 
Cientistas americanos elaboravam um relatório denominado “Limites do Crescimento”, 
proliferando a ideia de que os países que não tivessem alcançado o desenvolvimento até 
então, deveriam “abrir mão” disso em favor da vida no planeta. 
O Brasil, em defesa de sua economia, protestou o pensamento de estabelecer um limite para o 
seu crescimento. Saiu vitorioso, porém sua imagem é seriamente abalada em função da falta 
de comprometimento com a saúde ambiental. 
Os principais jornais da época (nacionais e internacionais) divulgaram a atitude do Brasil como 
um “elogio à poluição”. 
Em entrevista, integrantes do ministério da economia declararam que “se os países ricos não 
queriam poluição, suas indústrias seriam benvindas no Brasil”. 
Agora, além da imagem de torturadores, por causa da ditadura militar, ainda éramos 
chamados de poluidores! 
Em 1973, para nos livrar de tal acusação e para dar uma satisfação à opinião pública, criamos 
uma autarquia, subordinada ao Ministério do Interior, para cuidar da conservação do meio 
ambiente e do uso racional dos recursos naturais, a Sema - Secretaria Especial do Meio 
Ambiente. 
A ÉTICA NA PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE 
“É imprescindível que além das normas incriminadoras coexistam a fiscalização, a aplicação 
efetiva e consciente da população sobre a importância de preservar e tutelar esse recurso 
natural, enquanto não sobrevier este conjunto continuar-se-á a observar a impunidade e o 
aumento de animais em extinção”. 
A AÇÃO PREDATÓRIA DO HOMEM. 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
 
1. Identificar como as ações do homem trazem consequências para o planeta;
 
2. Definir como a natureza se comporta face às ações predatórias do homem. 
Ações predadoras do homem agridem a natureza de tal forma que colocam em risco a própria 
espécie humana. Na atualidade, há uma divulgação maior dos graves problemas advindos dos 
males feitos pelo homem ao planeta. 
Na presente aula, vamos observar algumas ações predadoras que poderiam ser evitadas mas 
que, infelizmente, em razão de um pensamento dominante desprovido de Ética Ambiental, 
provocam malefícios tremendos a todos os habitantes do planeta. 
No Brasil, a Mata Atlântica é o segundo bioma mais ameaçado de extinção do planeta. Para se 
ter uma ideia da dimensão do problema, somente as florestas de Madagascar estão mais 
ameaçadas. Apesar disso, a Mata Atlântica ainda mantém índices altíssimos de biodiversidade 
(um dos maiores do mundo). Uma grande diversidade biológica convive com uma grande 
ameaça. 
A emissão e acumulação de gases na atmosfera, como o dióxido de carbono, é conhecida 
mundialmente como efeito estufa. Entre suas principais causas, estão a queima de 
combustíveis fósseis, a devastação e a queima de áreas florestais, como a Floresta Amazônica 
etc. 
CLIMA E EFEITO ESTUFA 
O clima da Terra é um produto de interações complexas da atmosfera, oceanos, calotas 
glaciais, seres vivos e até mesmo rochas e sedimentos. Nessa interação, estão presentes 
diversos gases naturais. Dentre estes, estão aqueles que provocam o famoso efeito-estufa em 
virtude de seu acúmulo (acúmulo este influenciado pela ação humana). 
PRINCIPAIS GASES-ESTUFA DA ATMOSFERA 
O vapor d’água é um dos constituintes variáveis do ar atmosférico, chegando a ter 4% em 
volume. As principais reservas de carbono da natureza, liberado durante a fotossíntese, são a 
biota, o solo e os oceanos. Isto representa cerca de 14% do teor total de CO2 da atmosfera. O 
metano é o segundo gás-estufa em importância, produzido durante a decomposição 
anaeróbica. O óxido nitroso é ainda mais potente que o metano, e sua eficácia é cerca de 230 
vezes superior à do CO2. 
Segundo Legget (1992), gases-estufa são aqueles que provocam a retenção da radiação 
infravermelha na atmosfera, aquecendo a superfície da Terra, além da camada inferior da 
atmosfera. 
Nos últimos anos, a Amazônica passou a ser considerada internacionalmente como a campeã 
mundial de queimadas. 
Dos 8.511.960 Km2 do Brasil, quase 2,9 milhões eram cobertos pela floresta amazônica até o 
final da década de 1960. Hoje, a extensão florestal do país foi reduzida a cerca de 2.200.000 
Km2. 
Kirchhoff afirma que as queimadas em todo o mundo representam 25% do CO2 produzido por 
todas as fontes de produção, sendo as queimadas na região tropical responsáveis por 11,2%, 
deste total. 
A AÇÃO PREDATÓRIA DO HOMEM 
E a depredação não para. Sete de cada dez árvores cortadas na Amazônia brasileira tombam 
em três Estados: Mato Grosso, Pará e Rondônia. O impacto maior vem do leste, com as 
madeireiras e os pecuaristas. Vem também do sul, pelo vigor de um ciclo de avanço recente 
impulsionado pelo sucesso das plantações de soja no centro-oeste. O problema é que a soja 
acaba financiando o pecuarista e este, o madeireiro, incentivado a ir cada vez mais para o 
norte, aumentando a área desmatada. 
Um relatório inédito intitulado “Desmatamento na Amazônia: indo além da emergência 
crônica”, feito pelo Ipam, mostra que, nos últimos dez anos, a pecuária extensiva respondeu 
por 75% da floresta desmatada na região. O rebanho bovino dobrou entre 1990 e 2001. O 
cerrado produziu 46% da soja e 41% do gado de corte do país. 
Segundo dados do Banco Mundial e do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia 
(Imazon), metade da madeira vinda da Amazônia é retirada ilegalmente. As estimativas 
mostram que, mantendo-se o padrão atual de ocupação da floresta, nos próximos vinte anos, 
15% da Amazônia terá perdido sua cobertura vegetal atual. 
Vejamos a questão da água. O Brasil é o país que possui a maior reserva de água doce do 
mundo. Todavia, fatores como poluição, desperdício, usos inadequados, desmatamento ao 
redor dos mananciais, erosão e desertificação ameaçam as águas brasileiras. 
Temos rios, vales e canais assoreados, aterrados e retificados de maneira abusiva, alguns até 
mesmo canalizados, com margens ocupadas, matas ciliares e áreas de várzeas suprimidas. 
O Brasil possui uma das redes hídricas e alguns dos rios mais importantes do mundo, como o 
Amazonas, o São Francisco e o Paraná. Muitos, porém, estão seriamente ameaçados de 
desaparecer ou virar uma verdadeira vala de esgoto a céu aberto. 
Desmatamento das áreas de mananciais, garimpo criminoso com despejo de mercúrio, 
devastação das matas ciliares, aterros e construções dentro de faixas de proteção, projetos de 
irrigação ou de geração de energia mal concebidos e pesca predatória são algumas das 
ameaças a serem combatidas e revertidas. Todo rio tem direito à proteção de sua nascente, às 
suas matas ciliares. 
Uma forma de se evitar tal dano pode ser a educação. Por isso passou-se a falar em Educação 
Ambiental. 
Corrigindo pela Educação - Em razão desses fatos que corroem e depredam a natureza, 
entende-se que uma forma de evitar tal dano começa com na Educação Ambiental. 
A Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988 diz 
que: 
Artigo 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
Em seu parágrafo VI encontramos que “é dever promover a educação ambiental em todos os 
níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente.” 
Percebemos, então, que a Educação Ambiental é um processo permanente que articula 
conhecimentos, atitudes e valores, e não apenas uma transmissão de informações. Ela 
envolve a participação individual em processos coletivos, trabalhando desde a perspectiva 
local até a global. 
A educação ambiental não é uma disciplina, mas um processo permanente que combina 
conhecimentos, atitudes e valores. 
EDUACAÇÃO AMBIENTAL 
A Educação Ambiental envolve a participação individual em processos coletivos, trabalhando 
desde a perspectiva local até a global. Pretende mudar a visão da pessoa em relação ao local 
onde vive. Envolve a família e a coletividade. 
É obrigatória em todos os níveis de ensino, apesar de não constituir uma disciplina. Estimula o 
senso crítico e a compreensão da complexidade dos aspectos que envolvem a realidade em 
torno de si. Não tem uma proposta fechada de metodologia ou prática. 
A Educação Ambiental tem como meta desenvolver uma população mundial consciente e 
preocupada com o meio e com os problemas que lhe são associados, e que tenha 
conhecimento, habilidade, atitude, motivação e compromisso para trabalhar individual e 
coletivamente na busca de soluções para os problemas existentes e para a prevenção de novos 
problemas. 
Veja quais são os seus objetivos: 
 Despertar as pessoas para a importância das questões socioambientais no contexto onde 
elas vivem e atuam; 
 Educar, conscientizar, mobilizar e estimular as pessoas para ações concretas que visem a 
melhoria da qualidade ambiental e de vida; 
 Estimular o senso crítico em relação às mudanças de comportamento necessárias à 
construção de uma cidadania comprometida com a sustentabilidade. 
A Educação Ambiental busca a integração entre as partes, levando a um todo, ou seja, almeja 
uma “interseção constante homem ambiente, valorizando as instâncias da razão, do 
sentimento, da afetividade e do prazer, que somarão energia para uma ação coletiva, 
demonstrativa de um novo modelo de sociedade, fazendo acontecer a nova ética desejada”. 
Veja como ela pode ser dividida: 
 Conscientização: contribuir para que indivíduos e grupos sociais adquiram consciência e 
sensibilidade em relação ao ambiente como um todo e a problemas a ele relacionados; 
 Conhecimento: propiciar aos indivíduos e grupos sociais uma compreensão sobre o ambiente 
como um todo e sobre os problemas a eles relacionados; 
 Atitudes: possibilitar aos indivíduos e grupos sociais vínculos afetivos para com o ambiente e 
motivação para atuarem na sua proteção e desenvolvimento; 
 Habilidades: propiciar aos indivíduos e grupos sociais condições para adquirirem habilidades 
frente aos problemas ambientais. 
" Para ver o universal e o imanente Espírito da Verdade face a face é preciso ser capaz de amar 
a mais íntima das criaturas como se ama a si próprio. E um homem que a isso aspira não pode 
ser omisso em nenhum aspecto da vida ". – Gandhi 
TELETRANSMITIDA 
A economia continua sendo importante, mas o desenvolvimento econômico deve estar 
voltado para o desenvolvimento sustentável. 
POLÍTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL EM UMA EMPRESA 
Ao final desta aula, você será capaz de: 
 
1.Definir o que é responsabilidade social empresarial; 
2.Definir claramente o que é filantropia; 
3. Descrever as diferenças entre responsabilidade social e filantropia; 
4. Identificar o que são políticas de responsabilidade social. 
A Responsabilidade Social tem dois pilares básicos: preservação do meio ambiente e direitos 
dos consumidores. Isto porque envolve a sociedade como um todo. Nesta aula, veremos a 
importância e a formação de uma política social em uma organização. 
O que é Responsabilidade Social Empresarial (RSE)? 
Responsabilidade Social Empresarial é a forma de gestão que se define pela relação ética 
transparente da empresa em relação a todos os públicos com que se relaciona e pelo 
estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da 
sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando 
a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. 
O terceiro Setor é constituído pelas Organizações não governamentais (Ongs), associações 
voluntárias ou organizações sem fins lucrativos. 
“Expressa uma alternativa para a desvantagem tanto do mercado, associadas à maximização 
do lucro, quanto do governo, com sua burocracia inoperante.” – Tavares Coelho (2008: 58) 
Peter Drucker foi quem melhor identificou o surgimento do novo Terceiro Setor, 
caracterizando-o como nova esfera econômica, denominada “economia social”. 
Terceiro setor 
Para Drucker, este foi o setor que mais cresceu e movimentou recursos, que mais gerou 
empregos e lucros nos EUA, nos últimos vinte anos. A economia neste setor é bem específica, 
com características próprias e gira em torno de indicadores socioeconômicos internos e 
externos. 
Segundo Francisco Neto e César Fróes, são seis as principais características deste setor 
emergente: 
1) Desenvolveu-se em decorrência da revolução na estrutura produtiva da sociedade, 
ocorrida No final do século passado, responsável pela fragmentação das cadeias 
produtivas de diversos setores e, consequentemente, pelo deslocamento das grandes 
unidades produtivas e suas indústrias e fornecedores-satélites; 
2) Tem nas empresas socialmente responsáveis o seu principal agente social; 
3) Impulsiona grande mobilização do trabalho voluntário; 
4) Apresenta foco no desenvolvimento sustentável das localidades e regiões; 
5) Requer adoção do modelo de parceria envolvendo governo local, empresas, Ongs e 
demais entidades da sociedade civil, constituído pela formação de redes sociais; 
6) Gera produção de capitais sociais distintos. 
O campo de atuação da RSE foi muito ampliado, passando a ser um espaço de exercício da 
Responsabilidade Social não apenas corporativa, mas também comunitária e individual, a 
partir dos valores éticos e de condutas organizacionais difundidas pelas empresas-cidadãs. 
Este processo de difusão da cidadania social é feito com a mediação das empresas, e não mais 
do Estado, através da formação de redes de emprego e trabalho, estímulo à criação de 
cooperativas, micros ou pequenas empresas. 
Outra característica deste novo Terceiro Setor é a capacidade de gerar novos conhecimentos e 
contribuir para o aumento da empregabilidade e a capacitação profissional de pessoas 
residentes na comunidade. 
Há uma nova visão e ação efetiva. Ao invés de se preocupar com a exclusão do cidadão, a 
preocupação agora é descobrir, buscar novas formas de inclusão e a integração social do 
modelo econômico vigente. 
Indubitavelmente, a Responsabilidade Social começou com ações filantrópicas mas avançou 
bastante, portanto, responsabilidade social e filantropia não têm o mesmo significado. 
Via de regra, a filantropia desenvolve-se através das atitudes e ações individuais de 
empresários. 
Já a Responsabilidade Social diz respeito à consciência social e ao dever cívico (conjunto de 
deveres que se impõe aos cidadãos). 
Assim, a ação de Responsabilidade Social não é individual, mas coletiva. Reflete a ação de uma 
empresa em prol da cidadania. 
A prática da RSE demonstra uma atitude de respeito à cidadania corporativa; 
consequentemente, existe uma associação direta entre o exercício da Responsabilidade Social 
e o exercício empresarial. 
A filantropia é assistencialista, procura

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