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COMPUTAÇÃO EM NUVEM: Os principais aspectos de sua aplicação no ambiente organizacional

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INSTITUTO SUPERIOR DE MONTES CLAROS 
FACULDADE DE COMPUTAÇÃO DE MONTES CLAROS 
Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 
 
 
 
Júnior Tadeu de Jesus Lima 
 
 
 
COMPUTAÇÃO EM NUVEM: os principais aspectos de sua 
aplicação no ambiente organizacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Montes Claros/MG 
2015 
 
 
 
Júnior Tadeu de Jesus Lima 
 
 
 
 
 
COMPUTAÇÃO EM NUVEM: os principais aspectos de sua 
aplicação no ambiente organizacional 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado como 
exigência parcial para obtenção do diploma de 
Bacharel em Sistemas de Informação da Faculdade de 
Computação de Montes Claros. 
 
 
Orientador: Especialista Richard Wagner Abreu Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Montes Claros /MG 
2015 
 
 
 
Júnior Tadeu de Jesus Lima 
 
 
 
 
 
COMPUTAÇÃO EM NUVEM: os principais aspectos de sua 
aplicação no ambiente organizacional 
 
 
Trabalho de conclusão de curso apresentado como 
exigência parcial para obtenção do diploma de 
Bacharel em Sistemas de Informação da Faculdade de 
Computação de Montes Claros. 
 
 
Aprovado em: 26/11/2015 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Ass. ________________________________________________________ 
1º Exam.: Rogério Santos Brant – Mestre – Facomp 
 
 
 
Ass. ________________________________________________________ 
2º Exam.: Wagner José dos Santos Júnior – Especialista – Facomp 
 
 
 
Ass. ________________________________________________________ 
3º Exam.: Richard Wagner Abreu Silva – Especialista – Facomp 
 
 
 
Montes Claros /MG 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho a Deus, meus pais (in 
memorian) e à minha família. 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Em primeiro lugar agradeço a Deus pelo privilégio de poder concluir mais essa 
etapa na minha vida. Agradeço também aos meus pais que sempre me ensinaram 
a lutar pelos meus sonhos e nunca desistir. A minha esposa, pela paciência, 
compreensão, por sempre me incentivar, e por me apoiar em todas as minhas 
decisões. Ao meu orientador Richard Wagner pela disposição, paciência e ajuda e 
aos mestres que me ensinaram que é preciso a cada dia buscar expandir o 
conhecimento e que é preciso fazer a diferença para que alcancemos nossos 
objetivos. Enfim, aos demais amigos, familiares, o meu sincero agradecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A tecnologia vai reinventar o negócio, mas as 
relações humanas continuará a ser a chave 
para o sucesso”. 
 
(Stephen Covey) 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
As soluções de gestão corporativas e estratégias de negócio como ERP ou BI, estão 
cada vez mais presentes nas organizações que buscam melhores resultados em seus 
processos organizacionais e de negócio. Esse trabalho vem apresentar como as 
organizações podem melhorar ainda mais seus resultados utilizando esses sistemas 
em ambiente de computação em nuvem. A computação em nuvem é uma tecnologia 
que surge com o propósito de proporcionar grandes benefícios como redução de 
custos, melhora na produtividade e agilidade nos negócios. Assim, a utilização desses 
sistemas aliados a nuvem, pode ser uma grande alternativa para as empresas que 
buscam maximizar seus resultados e melhorar seus processos com qualidade e em 
menor tempo se comparado a utilização desses sistemas de forma tradicional. Esse 
trabalho foi desenvolvido baseando-se no método de pesquisa exploratório. 
 
Palavras-Chave: Benefícios, computação em nuvem, estratégias de negócio, 
soluções de gestão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
Corporate management solutions and business strategies as ERP or BI, are 
increasingly present in organizations seeking better results in their organizational and 
business processes. This work hereby presents how organizations can further improve 
your results using these systems to cloud computing environment. Cloud computing is 
a technology that comes with the purpose of providing great benefits as reduced costs, 
improved productivity and business agility. Thus, the use of these systems combined 
with cloud, can be a great alternative for companies looking to maximize your results 
and improve your processes with quality and in less time compared to use of these 
traditionally systems. This work was developed based on the exploratory research 
method. 
 
Keywords: Business strategies, benefits, cloud computing, management solutions 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
FIGURA 1 - Representação da computação em nuvem .............................................14 
FIGURA 2 - Representação da nuvem privada ..........................................................19 
FIGURA 3 - Representação da nuvem pública ...........................................................20 
FIGURA 4 - Representação da nuvem híbrida ...........................................................21 
FIGURA 5 - Representação da nuvem comunitária ....................................................22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
AWS: Amazon Web Services 
BI: Business Intelligence (Inteligência de Negócio) 
CEO: Chief Executive Officer (Chefe Executivo de Ofício) 
CIO: Chief Information Officer (Chefe de Informação de Ofício) 
CRM: Customer Relationship Management (Gestão de Relacionamento com o 
Cliente) 
DaaS: Database as a Service (Banco de Dados como Serviço) 
DW: Data Warehouse (Armazenamento de Dados) 
ERP: Enterprise Resource Planning (Planejamento dos Recursos Empresariais) 
ETL: Extract Transform Load (Extração, Transformação e Carga) 
IaaS: Infrastructure as a Service (Infraestrutura como Serviço) 
HaaS: Hardware as a Service (Hardware como Serviço) 
IBM: International Business Machines 
IDC: International Data Corporation 
IEC: Instalações e Engenharia de Corrosão 
ODS: Operational Data Store (Armazenamento de dados Operacionais) 
OLAP: On-line Analytical Processing (Processamento analítico on-line-line) 
ONU: União das Nações Unidas 
PaaS: Platform as a Service (Plataforma como Serviço) 
PC: Personal Computer (Computador Pessoal) 
ROI: Return on Investment (Retorno sobre Investimento) 
SaaS: Software as a Service (Software como Serviço) 
SAP: Systems Applications and Products (Sistemas, Aplicativos e Produtos) 
SI: Sistemas de Informação 
SLA: Service level Agreement (Acordo de Nível de Serviço) 
TIaaS: TI as a Service (TI como Serviço) 
TI: Tecnologia da Informação 
TLC: Travel & Living Channel 
VOIP: Voice Over Internet Protocol (Voz sobre o Protocolo da Internet IP) 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................12 
 
2 ASPECTOS BASICOS DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM ......................................14 
2.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM ..................16 
2.2 MODELOS DE IMPLANTAÇÃO ...........................................................................182.2.1 Nuvem Privada ................................................................................................18 
2.2.2 Nuvem Pública ................................................................................................19 
2.2.3 Nuvem Híbrida .................................................................................................21 
2.2.4 Nuvem Comunitária ........................................................................................22 
2.3 MODELOS DE SERVIÇO ....................................................................................23 
2.3.1 Software como Serviço (SaaS) .......................................................................23 
2.3.2 Plataforma como Serviço (PaaS) ...................................................................24 
2.3.3 Infraestrutura como Serviço (IaaS) ................................................................25 
 
3 A COMPUTAÇÃO EM NUVEM NAS EMPRESAS .................................................27 
3.1 ANTES DE MIGRAR PARA A NUVEM .................................................................27 
3.2 AMBIENTE DE TESTES PARA APLICAÇÕES EM NUVEM.................................29 
3.3 INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS DE TI NA MEDIDA CERTA ...........................30 
3.3 PRINCIPAIS BENEFÍCIOS POSSIBILITADOS PELA NUVEM ............................31 
3.3.1 Redução de Custos .........................................................................................31 
3.3.2 Produtividade ..................................................................................................32 
3.3.3 Agilidade nos Negócios ..................................................................................33 
3.3.4 Segurança ........................................................................................................33 
 
4 METODOLOGIA .....................................................................................................37 
 
5 SOLUÇÕES DE GESTÃO E ESTRATÉGIA DE NEGÓCIO NO AMBIENTE 
 DECOMPUTAÇÃO EM NUVEM .............................................................................38 
5.1 SISTEMAS ERP (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING) ................................39 
5.1.1 Principais Características e Vantagens do ERP............................................40 
5.1.2 ERP na Nuvem .................................................................................................42 
5.2 BIG DATA (MEGA DADOS) .................................................................................45 
 
 
 
5.2.1 Tecnologias e Vantagens do Big Data ...........................................................46 
5.2.2 O Big Data e a Computação em nuvem ..........................................................48 
5.2.3 Serviço de Nuvem para Análise .....................................................................50 
5.3 GESTÃO DE RELACIOANMENTO COM O CLIENTE (CRM) ..............................51 
5.3.1 Marketing de Relacionamento e CRM ............................................................53 
5.3.2 CRM na Nuvem ................................................................................................56 
5.4 BUSINESS INTELLIGENCE (BI) ..........................................................................60 
5.4.1 Arquitetura do BI .............................................................................................60 
5.4.2 Data Mining (Mineração de Dados) ................................................................61 
5.4.3 Benefícios do BI ..............................................................................................62 
5.4.4 BI na Nuvem .....................................................................................................63 
 
6 CONCLUSÃO .........................................................................................................67 
 
REFERÊNCIAS .........................................................................................................68 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
As organizações buscam constantemente formas de melhorar seus processos 
organizacionais, tanto internos como externos, através de tecnologias da informação 
(TI) e estratégias de negócios, utilizando-se de sistemas de gestão empresarial, 
obtendo assim melhores resultados em suas transações e em seus processos 
gerenciais. De acordo com Laudon e Laudon (2010), através desses sistemas, as 
empresas buscam obter vantagem competitiva, excelência operacional, estreitar o 
relacionamento com clientes e fornecedores e melhorar a tomada de decisão. 
 
Há uma grande necessidade de melhora nos processos, coordenando e mantendo o 
controle da organização e melhorando a tomada de decisão (LAUDON; LAUDON, 
2010). Sendo assim, torna-se necessária a busca por tecnologias que proporcionem 
esses resultados. Mesmo podendo alcança-los, implantar, adequar e manter esses 
sistemas, demanda tempo e os custos são altos. É nesse cenário que surge a cloud 
computing (computação em nuvem), que é uma tecnologia que vem mudando a 
maneira de se trabalhar com TI. 
 
A computação em nuvem traz uma nova perspectiva sobre a forma de aquisição de 
recursos computacionais, onde esses recursos agora passam a ser ofertados como 
serviço (VERAS, 2012). Esta é uma tecnologia que traz inúmeras possibilidades para 
as empresas devido a características como elasticidade e serviço sob demanda, e que 
pode possibilitar grandes benefícios. A utilização de soluções de gestão e estratégias 
de negócio presentes nas empresas em ambiente de nuvem, além de poder 
proporcionar benefícios, podem vir a resolver problemas decorrentes da utilização 
desses sistemas na forma tradicional, tais como equipamento ocioso, custos autos, 
processos lentos, dentre outros. (AMAZON, 2015) 
 
13 
 
 
De acordo com Velte, Velte, Elsenpeter (2013), tais benefícios podem ser 
operacionais, onde pode-se alterar os processos de negócio através da redução de 
custos com tecnologia, automação da equipe de TI, flexibilidade para testar e 
implantar aplicações com facilidade, e etc. Ainda segundo o autor, esses benefícios 
também podem ser econômicos com a redução de pessoal, redução de hardware, 
pois pode-se contratar armazenamento ou ciclos computacionais, dispensando a 
compra de servidores físicos, e tempo, pois com a nuvem, pode-se ter um aplicativo 
funcionando mais rápido do que no cenário convencional. 
 
Essa nova forma de se trabalhar com TI pode favorecer as organizações, pois o uso 
desses sistemas aliados a computação em nuvem, pode maximizar os benefícios 
existentes além de propiciar novos benefícios, melhorando ainda mais os resultados 
de suas transações e processos organizacionais. 
 
Diante disso, esse trabalho tem como objetivo abordar os principais aspectos da 
aplicação da computação em nuvem no ambiente organizacional, levando em 
consideração a utilização de sistemas de gestão e estratégia de negócios através 
desta tecnologia, visando a melhora de seus processos de negócio. 
 
Este trabalho está dividido de maneira que o referencial teórico vem conceituar 
computação em nuvem e apresentar seus aspectos básicos como principais 
características, modelos de implantação e modelos de serviço, apresentar alguns 
aspectos importante quanto a adoção da nuvem, a nova forma de se adquirir 
infraestrutura e serviços de TI sob demanda e os possíveis benefícios proporcionados 
pela computação em nuvem. Em seguida, a metodologia é descrita quanto a sua 
classificação como exploratória, e procedimentos técnicos como bibliográfica e 
documental. E por fim, como principal estudo, o trabalho aborda as principais soluçõesde gestão e estratégias de negócio no ambiente organizacional e sua aplicação no 
ambiente ne nuvem. 
 
14 
 
 
2 ASPECTOS BASICOS DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM 
 
 
Essa sessão do referencial teórico, busca abordar o conceito de computação em 
nuvem bem como apresentar suas principais características, modelos de implantação 
e serviços oferecidos. 
 
O conceito de computação em nuvem ainda vem se aprimorando. De acordo com 
Veras (2012, p. 33), computação em nuvem “[...] é um conjunto de recursos virtuais 
facilmente utilizáveis e acessíveis, tais como hardware, software, plataformas de 
desenvolvimento e serviços.” 
 
Tais recursos podem se ajustar de acordo com a necessidade de cada organização, 
permitindo a otimização de seu uso, o corte de custos e deixando os departamentos 
de TI estrategicamente mais focados na empresa (VELTE; VELTE; ELSENPETER, 
2013). Segundo o autor, a internet é representada por uma nuvem, o que deu origem 
ao nome computação em nuvem, que é representada conforme mostra a figura 1. 
 
 
 
FIGURA 1 – Representação da computação em nuvem 
Fonte: SOUSA; MOREIRA; MACHADO, 2009 
 
15 
 
 
A imagem da nuvem representa tudo que funciona na rede. Todos os dispositivos que 
fazem acesso e os que permitem que a mesma funcione. “[...] a computação em 
nuvem é uma ideia que nos permite utilizar as mais variadas aplicações via internet, 
em qualquer lugar e independente da plataforma [...]”. (VELTE; VELTE; 
ELSENPETER, 2013) 
 
Cloud computing traz novas funcionalidades e serviços que são desenvolvidos com o 
auxílio de novas tecnologias como a virtualização (VERAS, 2012). A virtualização 
possibilitou as empresas a utilizarem melhor os recursos de hardware e a separação 
entre o mesmo e software possibilitando uma melhor utilização de seus recursos e um 
melhor aproveitamento da capacidade de TI. 
 
De acordo com Veras (2012), a virtualização consiste na separação entre hardware e 
software, onde o software é isolado para que não haja acesso direto aos recursos do 
hardware. Ela permite a emulação de sistema operacional e de rede. É como se a 
máquina física fosse dividida em várias máquinas lógicas, podendo assim ter mais de 
um sistema em uma única máquina. 
 
Com a virtualização então, pode-se ter até mais de um servidor rodando em uma única 
máquina, explorando ao máximo sua capacidade, evitando assim o desperdício 
econômico e de seus recursos. 
 
Ao se entender o conceito de virtualização, pode-se entender o conceito de 
computação em nuvem, pois a nuvem também é um ambiente virtualizado. A ideia de 
virtualização é justamente a separação do hardware específico dos recursos 
computacionais, que é o que ocorre com a computação em nuvem (CHEES; 
FRANKLIN, 2013). Percebe-se então que existe uma importante relação entre essas 
duas tecnologias pois a implementação de cloud computing, depende em muito da 
virtualização. 
16 
 
 
2.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA COMPUTAÇÃO EM NUVEM 
 
 
Para que a computação em nuvem seja realmente denominada nuvem, seus 
provedores precisam dispor de alguns requisitos que são necessários a essa 
tecnologia. De acordo com o Mell, Grance (2011), a computação em nuvem deve 
apresentar 5 características essenciais que representam algumas vantagens dessa 
tecnologia. 
 
- Serviços Sob Demanda: Todos os serviços oferecidos pela nuvem devem ser 
providos automaticamente, conforme a necessidade do cliente e 
independentemente da quantidade de recursos necessários sem a 
necessidade de interação humana com o provedor do serviço. (MELL; 
GRANCE, 2011) 
 
- Elasticidade: É a capacidade de prover recursos computacionais com rapidez, 
aumentando ou diminuindo esses recursos ao mesmo tempo em que são 
executados (MELL; GRANCE, 2011). O cliente pode, em determinadas épocas, 
pouco utilizar os serviços como também aumentar essa demanda 
consideravelmente, logo esses serviços precisam estar sempre disponíveis ao 
cliente, independentemente de sua necessidade. Com isso, para os clientes, 
os recursos parecem ilimitados e estarão à disposição e em qualquer 
quantidade quando precisarem. 
 
- Pool de Recursos: Todo ambiente de nuvem deve dispor de uma grande 
quantidade de recursos que devem estar disponíveis a qualquer momento 
sempre que o cliente necessitar. Alguns desses recursos devem ser: 
processamento, memória, armazenamento e largura de banda (MELL; 
GRANCE, 2011). Esses recursos devem servir a múltiplos usuários em um 
modelo chamado de multi-tenant (multi-clientes). É como uma caixa de 
ferramentas que está sempre à disposição de quem precisar. Geralmente, o 
17 
 
 
cliente não tem nenhum conhecimento de onde esses recursos estão, mas 
pode especificar alguns detalhes como país, estado ou datacenter1. 
 
- Serviço Mensurável: Além de provisionar recursos sob demanda, um 
ambiente de nuvem deve disponibilizar a seus usuários um sistema para 
monitoração, que forneça informações sobre quais recursos foram utilizados e 
a quantidade consumida (MELL; GRANCE, 2011). Isso traz transparência tanto 
para provedor quanto para o cliente que pode ter um controle do que está sendo 
utilizado. Para que isso seja possível, são utilizados SLAs (Service level 
Agreement) ou acordo de nível de serviço, que especificam características, 
qualidade e os valores a serem cobrados pelo serviço. (SOUZA; MOREIRA; 
MACHADO, 2009) 
 
- Amplo Acesso a Serviços de Rede: Segundo Mell, Grance (2011), “recursos 
devem estar disponíveis através da rede e acessados por mecanismos que 
promovam o padrão utilizado por plataformas heterogêneas (por exemplo, 
telefones celulares, laptops e PDAs2).” Hoje em dia, as empresas fazem uso 
de dispositivos móveis e portáteis além de computadores com sistemas 
operacionais variados como Windows, Linux ou Mac, logo a nuvem deve 
proporcionar um ambiente de fácil acesso através desses dispositivos. 
Nenhuma empresa tem obrigação de mudar aplicativos ou plataformas em 
virtude de serviços de nuvem, muito pelo contrário, a nuvem é que deve se 
adequar ao ambiente de trabalho das empresas. 
 
 
1 “É um conjunto integrado de componentes de alta tecnologia que permitem fornecer serviços de 
infraestrutura de TI [...]”. (VERAS, 2012) 
 
2 Personal Digital Assistant, ou assistente numérico pessoal é um computador de bolso. Disponível em 
<http://br.ccm.net/contents/397-pda>. Acesso em 04 de nov. 2015. 
18 
 
 
2.2 MODELOS DE IMPLANTAÇÃO 
 
 
Quanto à implantação de cloud computing, há diferentes possibilidades levando em 
consideração as necessidades das empresas. A aceitação ou rejeição a determinado 
modelo, varia de acordo com tipo de negócio, informação, e a visão do empreendedor. 
(SOUZA; MOREIRA; MACHADO, 2009) 
 
Para se implantar um modelo de nuvem, deve-se estar certo de suas reais 
necessidades e levar em consideração os riscos para seu negócio. Mell, Grance 
(2011), apresentam quatro modelos de implantação de computação em nuvem que 
são nuvens: privada, pública, híbrida e comunitária. Esses modelos têm como 
principal objetivo, estabelecer um ambiente de trabalho que venha suprir as 
necessidades de cada organização. 
 
 
2.2.1 Nuvem Privada 
 
 
No ambiente corporativo, empresas que trabalham com informações altamente 
confidencias, tem grandes preocupações com relação à segurança. 
 
 
Diante dessa situação, a nuvem privada é a melhor opção, pois é 
administrada pela própria empresa ou por terceiros, não sendo 
disponibilizada publicamente e também possibilitando um maior controle de 
sua infraestrutura, além de oferecer várias opções de configuração,a mesma 
ainda pode ser local ou remota. (SOUZA; MOREIRA; MACHADO, 2009) 
 
 
Por estar em um ambiente interno, uma opção de configuração é a de restrição de 
acesso. De acordo com a política de segurança da empresa, algumas aplicações 
podem ser restritas a níveis hierárquicos, o que aumenta ainda mais a segurança. 
(SOUZA; MOREIRA; MACHADO, 2009) 
 
19 
 
 
A figura 2 exemplifica a representação de um modelo de nuvem privada. Neste 
ambiente é feito o controle de permissões de acesso e somente usuários devidamente 
habilitados podem acessar aplicações e usuários não habilitados são barrados. 
 
 
 
FIGURA 2 – Representação do modelo de nuvem privada 
Fonte: BORGES et al, 2011 
 
 
Segundo Veras (2012), existem dois tipos básicos de nuvem privada: aquela onde a 
nuvem é hospedada pela própria empresa e a outra é quando a nuvem é hospedada 
por um provedor de serviços. Alguns benefícios da nuvem privada incluem maior 
controle de segurança e qualidade de serviços, fácil integração, custos totais mais 
baixos, despesas de capital e despesas operacionais. 
 
 
2.2.2 Nuvem Pública 
 
 
Esse é um modelo ofertado publicamente, onde o cliente paga somente pelo que usar 
e são oferecidos por empresas públicas ou grandes grupos industriais. Esse modelo 
possui alguns benefícios exclusivos como baixo custo inicial, economia de escala, 
20 
 
 
simplicidade para gerenciamento e pagamento como despesas operacionais. 
(VERAS, 2012) 
 
Na nuvem pública qualquer usuário pode fazer acesso através da internet, mas 
também existe o ambiente do cliente onde usuários habilitados podem acessar suas 
aplicações com segurança. Na figura 3 tem-se uma representação desse modelo. 
 
 
 
FIGURA 3 – Representação do modelo de nuvem pública 
Fonte: BORGES et al, 2011 
 
 
Taurion (2012), diz que as vezes, para as empresas, torna-se dispendioso manter um 
datacenter que não agrega valor, então torna-se muito mais vantajoso transferir sua 
infraestrutura, ou pelo menos parte dela, para uma nuvem pública. Com isso, a uma 
troca de despesa de capital para despesa operacional, sem falar que a nuvem pública 
é mais segura que um datacenter. 
 
Esse tipo de nuvem oferece serviços sem nenhuma complexidade. Todo o processo 
de implantação, gerenciamento, disponibilização e manutenção, é de total 
responsabilidade de seu provedor. 
 
 
21 
 
 
2.2.3 Nuvem Híbrida 
 
 
A nuvem híbrida é uma combinação de dois modelos que mantem suas características 
originais e são unidas por uma tecnologia que permite a transferência mutua de 
informações e aplicações entre os mesmos (SANTOS, 2012). O mais comum é a 
junção da nuvem privada e da nuvem pública, onde a criação, geralmente fica a cargo 
das empresas e o seu gerenciamento é dividido entre as mesmas e os provedores de 
nuvem pública. 
 
Na figura 4 pode ser observado que através da união da nuvem privada e da nuvem 
pública, surge a nuvem híbrida. 
 
 
 
FIGURA 4 – Representação do modelo de nuvem híbrida 
Fonte: BORGES et al, 2011 
 
 
Esse modelo torna-se interessante para empresas que necessitam de serviços para 
aplicativos internos e ao mesmo tempo precisam ser atendidos em situações como 
teste e validação de sistemas ou capacidade extra de recursos computacionais. 
(SANTOS, 2012) 
 
22 
 
 
2.2.4 Nuvem Comunitária 
 
 
Nesse modelo, a nuvem é compartilhada entre várias empresas que possuem 
interesses comuns como requisitos de segurança, políticas, dentre outros. (VERAS, 
2012) 
 
Esse tipo de nuvem pode existir localmente ou remotamente e pode ser gerida por 
uma das empresas participantes ou por terceiros. Conforme pode ser visto na figura 
5, as comunidades compartilham os mesmos recursos com acesso restrito aos 
usuários habilitados de cada comunidade. 
 
 
 
FIGURA 5 - Representação do modelo de nuvem comunitária 
Fonte: BORGES et al, 2011 
 
23 
 
 
2.3 MODELOS DE SERVIÇOS 
 
 
A computação em nuvem oferece hoje três modelos de serviço que são responsáveis 
por definir um padrão arquitetural na forma em que as soluções são disponibilizadas 
(SOUZA; MOREIRA; MACHADO, 2009). Mell, Grance (2011) definem esses modelos 
em: SaaS (Software as a Service - Software como Serviço), PaaS (Platform as a 
Service - Plataforma como Serviço), e IaaS (Infrastructure as a Service - Infraestrutura 
como Serviço). 
 
 
2.3.1 Software como Serviço (SaaS) 
 
 
Neste modelo de serviço, as aplicações são ofertadas aos usuários em substituição 
ao armazenamento e processamento local, e são acessados através do navegador 
(VERAS, 2012). Segundo o mesmo autor, o conceito de software como serviço é 
semelhante ao de ASPs3, onde se disponibiliza o acesso a aplicações aos usuários 
pela internet. 
 
Para Velte, Velte, Elsenpeter (2013), é fácil pensar em SaaS quando se pensa em 
serviços de e-mail oferecidos por empresas como Microsoft e Google. Os critérios 
básicos são satisfatórios. O fornecedor hospeda os dados e os programas de forma 
centralizada e fornece o acesso aos usuários através da web. 
 
Com o SaaS, já não há a necessidade de adquirir licenças para rodar a aplicação, o 
aplicativo SaaS é ofertado em um modelo de assinatura onde os clientes pagam uma 
taxa contínua para poder usá-lo. (VERAS, 2012) 
 
 
 
 
3 (Aplication Service Provider, em português FAA para fornecedor de aplicações alojadas) Trata-se do 
fornecimento de serviços e aplicações através da rede. Disponível em: < http://br.ccm.net/contents/196-
aplicacao-service-provider-asp>. Acesso em 11 de nov. 2015. 
24 
 
 
No modelo tradicional das empresas, elas precisão adquirir um conjunto de licenças 
para seus PCs (Personal Computer – Computador Pessoal) ou servidores em diversos 
departamentos (BORGES et al, 2011). Como o software está na web os usuários 
podem acessa-lo de qualquer lugar, o que permite maior integração entre as 
empresas e também com outros softwares. 
 
“O SaaS pode ser dividido em duas grandes categorias:” (VELTE; VELTE; 
ELSENPETER, 2013, p. 174) 
 
 
Linha de serviços empresariais: estas são soluções empresariais[...]. Eles são 
vendidos através de um serviço de subscrição[...], incluem processos de 
negócio como gerenciamento de aplicações de cadeia de fornecimento, 
aplicações de relacionamento com o cliente e ferramentas similares de 
orientação aos negócios. Serviços de orientação ao cliente: estes serviços 
são oferecidos ao público em geral em forma de assinatura. Mas 
frequentemente, entretanto, são oferecidos gratuitamente e suportados pela 
publicidade. (VELTE; VELTE; ELSENPETER, 2013, p. 174) 
 
 
De acordo com Veras (2012), o SaaS traz duas grandes oportunidades para as 
empresas. Melhora o gerenciamento de riscos de aquisição de software, e traz 
mudanças no foco da equipe de TI, que podem se concentra em outras atividades. 
 
 
2.3.2 Plataforma como Serviço (PaaS) 
 
 
O PaaS é uma plataforma vinculada ao desenvolvimento de aplicações (VERAS, 
2012). O PaaS disponibiliza todo um ambiente para criação, hospedagem e testes de 
software, além de sistema operacional, linguagens de programação e banco de dados 
(BORGES et al, 2011), evitando assim os custos e dificuldades que normalmente se 
tem com a aquisição e gerenciamento de software e infraestrutura que são 
necessários a um ambiente de desenvolvimento. 
 
PaaS faz uso de plataforma de terceiros e a grande diferença para o modelo 
convencional é que a plataforma se encontra em datacenters externos como o 
Windows Azure da Microsoft. (VERAS, 2012) 
 
25 
 
 
Neste caso, a equipede TI fica responsável somente por desenvolver o código 
enquanto todo o ambiente para desenvolvimento e operações fica por conta do 
fornecedor. O usuário não tem controle sobre o ambiente mas pode controlar as 
aplicações que estão nela e até algumas configurações. (SOUZA; MOREIRA; 
MACHADO, 2009) 
 
 
2.3.3 Infraestrutura como Serviço (IaaS) 
 
 
IaaS é o serviço responsável por dar suporte fornecendo toda a infraestrutura a PaaS 
e SaaS (SOUZA; MOREIRA; MACHADO, 2009). Conforme Veras (2012, p. 147), 
infraestrutura como um serviço “[...] é a capacidade que o provedor tem de oferecer 
uma infraestrutura de processamento e armazenamento de forma transparente para 
o cliente, normalmente uma organização”. Assim, os usuários não têm nenhum 
controle sobre a infraestrutura, mas sim sobre os recursos que são oferecidos por ela 
através de sua virtualização. 
 
Orlando (2011) afirma que: 
 
 
Para negócios, o maior valor de IaaS é por meio de um conceito chamado 
cloud bursting4 — o processo de transferir tarefas para a nuvem nos 
momentos em que o máximo de recursos de computação é necessário. O 
potencial para economia de capital por meio de cloud bursting é significativo, 
pois as empresas não precisam investir em servidores adicionais que operam 
a 70% da capacidade duas ou três vezes por ano, ficando, no resto do ano, 
em uma carga de 7 a 10%. 
 
 
Esse serviço é uma ótima alternativa para as empresas que precisam de recursos 
computacionais por breves períodos de tempo. Elas podem simplesmente alugar os 
recursos necessários por um tempo determinado ao invés de compra-los, evitando 
custos e o desperdício de recursos. 
 
4 cloud bursting ou estouro de nuvem é modelo de implantação de aplicativos em que um aplicativo é 
executado em uma nuvem ou centro de dados privado explode em uma nuvem pública quando há 
demanda por computação e picos de capacidade. Disponível em: 
<http://searchcloudcomputing.techtarget.com/definition/cloud-bursting>. Acesso em: 11 de nov. 2015. 
26 
 
 
Além dos modelos de serviços aqui apresentados, existem outros como TIaaS 
(Tecnologe Information as a Service – Tecnologia da informação como serviço), onde 
se fornece serviços de TI que agreguem algum tipo de valor de forma intangível. HaaS 
(Hardware as a Service – Hardware como Serviço), e DaaS (Database as a Service – 
Banco de Dados como Serviço). 
 
A computação em nuvem prove uma grande variedade de serviços, de acordo com a 
necessidade de cada empresa, que podem pagar conforme o uso e que podem 
proporcionar grandes benefícios. Isso tudo se torna um grande atrativo para as 
empresas, mas é preciso estar bem preparado antes de tomar uma decisão favorável 
a adoção dessa tecnologia. 
 
A cessão seguinte, vem sugerir alguns aspectos importantes que devem ser levados 
em consideração antes de decidir migrar para a nuvem além de apresentar os 
principais possíveis benefícios da computação em nuvem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
3 A COMPUTAÇÃO EM NUVEM NAS EMPRESAS 
 
 
Atualmente as organizações são um conjunto de processos que devem responder a 
diversas demandas. Devido as constantes mudanças das estratégias empresarias, 
esses processos acabam sofrendo alterações (VERAS, 2012), com isso, o ideal é uma 
reconfiguração que acompanhe essas mudanças através de uma TI flexível. 
 
A arquitetura cliente/servidor e a arquitetura distribuída, trouxeram essa flexibilidade 
que a TI precisava, mas a utilização desses recursos ficou degradada (VERAS, 2012). 
De acordo com este autor, esses recursos eram mais baratos e ficaram sem 
importância em comparação a flexibilidade que proporcionavam. 
 
Teoricamente, a computação em nuvem pode otimizar o uso de recursos sem perder 
a flexibilidade. A nuvem ganhou destaque por uma TI com crescimento de base de 
dados e mobilidade devido a diversidade de dispositivos de acesso e a variedade de 
aplicativos. (VERAS, 2012) 
 
 
3.1 ANTES DE MIGRAR PARA A NUVEM 
 
 
Ao pensar em migrar para nuvem, a primeira pergunta que se faz é: por onde 
começar? A questão é que, é preciso conhecer a empresa, saber o que quer e o que 
deve ser migrado. (VELTE; VELTE; ELSENPETER, 2013) 
 
O processo de migração deve ser gradual, assim, tem-se a oportunidade de ver como 
os dados estão se adequando a nuvem, tendo a chance de perceber como as coisas 
funcionam (VELTE; VELTE; ELSENPETER, 2013). Se algo der errado, pode-se tomar 
medidas para correção ou então simplesmente cancelar o serviço. Com planejamento 
e esforço, as coisas podem ficar bem encaminhadas. 
 
28 
 
 
Diógenes (2011), ressalta que existem desafios com relação a computação em nuvem 
no que diz respeito à segurança, mas muitos desses desafios podem ser identificados 
com um bom planejamento de migração. “A maioria dos casos de fracassos na 
migração para nuvem acontece por falta de um planejamento inicial [...]”. (DIÓGENES, 
2011, p. 9) 
 
Mesmo com todos os benefícios que a computação em nuvem pode proporcionar, os 
gerentes de negócios e de TI ainda são um pouco cautelosos ao migrar dados 
importantes para a nuvem (SEVERINO, 2014). Ainda segundo ele, existem nove 
passos para uma migração segura e bem-sucedida: 
 
1. É importante fazer uma profunda avaliação das aplicações da empresa, pois 
algumas podem estar muito fixadas ao seu sistema, logo a migração não 
atingira o grau satisfatório desejado. 
 
2. Para a escolha certa do tipo de nuvem que será adotado, é fundamental 
classificar dados e determinar quais dados e processos são mais importantes. 
 
3. É preciso saber quais as reais necessidades da empresa, saber qual a nuvem 
é mais adequada: SaaS, PaaS ou IaaS. 
 
4. Escolher o modelo a ser adotado: nuvem pública, privada, híbrida ou 
comunitária. 
 
5. Especificar uma arquitetura para a plataforma a ser implantada. Isso deve 
incluir especificações para computação, armazenamento, backup, roteamento 
de rede, virtualização e hardware dedicado. 
 
6. Especificar os serviços de segurança tais como firewall, detecção de intrusos, 
gerenciamento de identidades, prevenção contra perda de dados, criptografia, 
entre outros. 
 
7. Verificar minuciosamente se as políticas do provedor de nuvem estão de 
acordo com os requerimentos da empresa. 
29 
 
 
8. Analisar bem o provedor do serviço. A análise deve levar em conta se o serviço 
está geograficamente disperso, se podem ser feitas atribuições de recursos de 
forma autônoma e se o provedor tem capacidade suficiente para atender o 
crescimento do negócio. 
 
9. É importante também avaliar se o provedor possui documentação da 
metodologia para monitoramento do tráfego de seus usuários evitando assim 
os ataques de negação de serviço que podem ocorrer sem intenção, quais os 
acordos de níveis de serviço (SLAs) e estabilidade financeira da empresa. 
 
 
3.2 AMBIENTE DE TESTES PARA APLICAÇÕES EM NUVEM 
 
 
Antes de comprar um carro o cliente faz um teste drive para analisar o desempenho, 
consumo, tecnologias e etc., com a computação em nuvem não é diferente. Testar a 
nuvem antes de decidir para saber se a mesma suporta as soluções utilizadas pela 
empresa é importante, pois ajuda a determinar qual o caminho certo para sua 
empresa. É importante conhecer bem o serviço que vai utilizar antes de decidir por 
ele, seja SaaS, PaaS ou IaaS. 
 
Algumas empresas provedoras de serviços em nuvem como Amazon, IBM e VMware, 
provem ambientes de testes para seus clientes. A Amazon por exemplo, disponibiliza 
o AWS Test Drive onde as empresas podem entendero funcionamento de soluções 
consagradas de empresas como a Microsoft, Oracle e CISCO. Os resultados obtidos 
podem ser usados para uma avaliação preliminar antes de tomar uma decisão, seja 
ela a favor ou contra a migração. (AMAZON, 2015) 
 
 
30 
 
 
3.3 INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS DE TI NA MEDIDA CERTA 
 
 
A computação em nuvem oferece às empresas uma forma simples e rápida para 
adquirir serviços de TI sob demanda, pagando pelo que usar, seja para tarefas simples 
ou operações específicas sempre com flexibilidade e a um baixo custo. 
 
A computação em nuvem elimina suposições quanto a sua capacidade de 
infraestrutura, além de eliminar problemas com ociosidade de recursos caros e de 
capacidade limitada (AMAZON, 2015). No ambiente de nuvem, os recursos de TI 
estão disponíveis em menor tempo em relação a contratação de serviços de forma 
tradicional. Com a nuvem, as empresas não necessitam mais gastar tanto dinheiro 
com hardware e nem tempo com manutenção e gerenciamento. A nuvem provisiona 
exatamente o tipo e a quantidade de recursos necessários para gerenciar o 
departamento de TI. 
 
Por ter como uma característica a elasticidade, a computação em nuvem permite que 
a empresas consumam aquilo que realmente precisam. A carga de trabalho das 
empresas pode variar (MYERSON, 2011). Há períodos em que existem cargas 
maiores, o que implica em uma maior quantidade de recursos como mais 
armazenamento, maior poder de processamento, mais recursos de rede, enfim, além 
dos custos a mais, há também desperdício desses recursos, pois em períodos de 
cargas menores, os mesmos caem em desuso. 
 
Com a computação em nuvem, não existe mais esse problema. Se houver à 
necessidade de mais recursos para sua infraestrutura, basta contrata-los pelo tempo 
necessário (MYERSON, 2011), voltando ao consumo normal ao final desse período, 
economizando tempo e recursos de investimentos que podem ser redirecionados para 
operações e projetos que agreguem maior valor aos negócios, além de manter sua 
infraestrutura sempre na medida certa. Para se aproveitar melhor a elasticidade da 
nuvem, faz-se necessário um bom planejamento sobre a capacidade de cargas de 
trabalho, o que com certeza não é nada fácil. (MYERSON, 2011) 
 
31 
 
 
3.4 PRINCIPAIS BENEFÍCIOS POSSIBILITADOS PELA COMPUTAÇÃO EM NUVEM 
 
 
O modelo de nuvem pode trazer muitos benefícios para as operações de TI e equipes 
de apoio. Tudo que é necessário para construir uma solução de TI tradicional, pode 
sair caro e o esforço as vezes torna-se ineficiente. (WINKLER, 2013) 
 
 
Uma infraestrutura de nuvem inteligentemente planejada e organizada pode 
ser mais eficaz e mais eficiente se construído e operado por uma equipe 
menor do que se você tivesse que tomar a mesma quantidade de hardware 
e dispersá-la através de inúmeras salas de servidores. (WINKLER, 2013) 
 
 
3.3.1 Redução de Custos 
 
 
Manter uma infraestrutura com servidores e softwares, traz um grande custo com 
manutenção e atualizações, sem contar o custo com energia e com recursos humanos 
(CHEES; FRANKLIN, 2013). 
 
Um dos grandes benefícios da computação em nuvem é a redução de custo. 
Aplicações executadas em nuvem tendem a ser mais baratas do que investir em 
infraestrutura, compra e administração das mesmas. (VELTE; VELTE; ELSENPETER, 
2013) 
 
Além dos gastos com hardware, as empresas também têm altos custos com software. 
Se existe à necessidade de uma melhor gestão e integração dos departamentos da 
empresa, logo a aquisição de um software mais robusto como um ERP (Enterprise 
Resource Planning – Planejamento de Recursos Empresariais), é indispensável. 
Assim, além de custos com licença do software e banco de dados, ainda haveria os 
custos com pessoal especializado para configuração de tudo. 
 
Veras (2012) afirma que há uma economia em escala do lado do fornecimento que é 
proporcionada por grandes datacenters que baixam os custos por servidor. Isso ocorre 
devido à redução de custos com energia, pois os datacenters estão localizados em 
32 
 
 
lugares estratégicos, o que reduz mais os custos se comparados a datacenters 
mantidos em grandes companhias, e também há a redução dos custos de pessoal, 
pois um administrador de nuvem pode gerenciar mais servidores do que um 
administrador com um único datacenter. 
 
 
3.3.2 Produtividade 
 
 
Bueno (2010) afirma que a nuvem oferece vários meios que podem agilizar os 
negócios. Hoje, tem-se por exemplo serviços gratuitos de e-mail como o OneDrive e 
o Gmail, que além do serviço de mensagem, também oferecem serviço de 
armazenamento com um certo limite é claro, tendo a opção de aumentar a capacidade 
pagando um preço bem razoável. Outra opção ofertada é a de edição online de 
documentos de texto e planilhas com suporte a vários formatos, além de sincronização 
de arquivos e chat. 
 
Comunicação integrada, documentos e multimídia, são apenas alguns dos recursos. 
Outro grande serviço, é o de telefonia com VOIP5 onde pode-se citar o Skype For 
Business (BUENO, 2010). O Skype possui chat, chamadas com vídeo e 
compartilhamento de tela, serviços que ajudam em reuniões e atendimento a clientes 
a longa distância. Esse tipo de serviço pode reunir toda a empresa, funcionários, 
clientes e colaboradores para trabalharem em perfeita harmonia. 
 
Esses são apenas alguns recursos que veem demonstrar um pouco da grande 
capacidade da computação em nuvem e o quanto ela pode melhorar a produtividade 
das empresas com um preço bastante acessível e muitas vezes até de forma gratuita. 
(BUENO, 2010) 
 
 
 
5 Voice over Internet Protocol, ou voz sobre IP, permite que chamadas telefônicas sejam feitas 
utilizando a internet. Disponível em: <http://nfs.net.br/2013/11/25/o-que-e-voip-e-quais-sao-seus-
beneficios/>. Acesso em 11 de nov. 2015. 
33 
 
 
3.3.3 Agilidade nos Negócios 
 
 
Cloud computing deve ser visto também como uma estratégia de negócio e não 
somente como mais uma tecnologia (TAURION, 2011). A agilidade nos negócios pode 
incluir a redução de custos com a adoção da nuvem, de forma a reorientar seus 
recursos para inovação (COMPUTERWORLD, 2012). Também o SaaS permite uma 
maior agilidade ao proporcionar flexibilidade na utilização de softwares. Nesse 
sentido, os colaboradores podem terminar mais rapidamente suas tarefas. 
 
Quando se dispõe de práticas de trabalho eficientes, tem-se mais espaço para que a 
criatividade das pessoas cresça, ajudando as empresas a aumentar o valor da 
informação que possuem. (COMPUTERWORLD, 2012) 
 
Segundo Taurion (2011), ao migrar seus sistemas não-ERP para a nuvem, além da 
redução do custo operacional, ao mesmo tempo há uma maior agilidade nas novas 
demandas de TI por partes dos usuários. 
 
 
3.3.4 Segurança 
 
 
A segurança sempre foi um requisito essencial nas áreas de TI. De acordo com Chees 
e Franklin (2013), a segurança nos departamentos de TI era voltada em dois aspectos: 
proteger o hardware e proteger os dados. A situação hoje em dia é totalmente 
diferente. Ainda de acordo com os mesmos autores, as empresas já não consideram 
os ativos de hardware como uma prioridade, e sim como uma condição necessária 
para proteger seus dados, que agora são parte fundamental nos processos de 
sistemas de informação. 
 
34 
 
 
Segundo Vinícius Roveda CEO6 – ContaAzul, a nuvem é um ambiente seguro sim. 
Todo dispositivo eletrônico é passível de falha, perda, roubo dentre outros. A perda 
de dados pode ocorrer em qualquer dispositivo físico (ROVEDA, 2015). A computação 
em nuvem proporciona segurança e integridadede seus dados mesmo que um 
dispositivo de hardware venha a falhar, além de permitir o acesso a eles de qualquer 
outro dispositivo. 
 
Chees e Franklin (2013), ressaltam que a nuvem dispõe de algumas funções de 
segurança. Autenticação de usuários, onde somente usuários autorizados podem ter 
acesso aos recursos e informações. O recurso de filtro, garantindo que apenas dados 
autorizados possam trafegar pela rede e se existe o envolvimento de usuários 
autorizados, e a encriptação dos dados, que garante a não utilização dos mesmos 
caso sejam transferidos de forma não autorizada. 
 
Paulo Pabliusi, presidente do Cloud Security Alliance Brasil Chapters afirma que “são 
sete importantes princípios a seguir, quando o assunto é a segurança da informação 
em computação em nuvem:” (CHAPTERS, 2014) 
 
1. Acesso privilegiado de usuários – A sensibilidade de informações 
confidenciais nas empresas obriga um controle de acesso dos usuários e 
informação bem específica de quem terá privilégio de administrador, para que 
então esse administrador controle os acessos. 
 
2. Compliance7 com regulamentação – As empresas são responsáveis pela 
segurança, integridade e confidencialidade de seus próprios dados. Os 
fornecedores de computação em nuvem devem estar preparados para 
auditorias externas e certificações de segurança. 
 
 
6 CEO (Chief Executive Officer – Chefe Executivo Oficial), pode ser considerado o principal chefe da 
empresa. Disponível em: <http://www.mundocarreira.com.br/guia-de-carreiras/siglas-corporativas-
entenda-o-que-significa-ceo-cio-cfo-e-coo/ >. Acesso em 11 de nov. 2015. 
 
7 Significa agir de acordo, estar em conformidade com as leis. Disponível em: 
<http://michaellira.jusbrasil.com.br/artigos/112396364/o-que-e-compliance-e-como-o-profissional-da-
area-deve-atuar>. Acesso em: 13 de nov. 2015 
35 
 
 
3. Localização dos dados – A empresa que usa nuvem provavelmente não sabe 
exatamente onde os dados estão armazenados, talvez nem o país onde as 
informações estejam guardadas. O fornecedor deve estar disposto a se 
comprometer a armazenar e a processar dados em jurisdições específicas, 
assumindo um compromisso em contrato de obedecer aos requisitos de 
privacidade que o país de origem da empresa pede. 
 
4. Segregação dos dados – Geralmente uma empresa divide um ambiente com 
dados de diversos clientes. É importante entender o que é feito para a 
separação de dados e que tipo de criptografia é seguro o suficiente para o 
funcionamento adequado da aplicação. 
 
5. Recuperação dos dados – O fornecedor em nuvem deve saber onde estão os 
dados da empresa e o que acontece para recuperação de dados em caso de 
catástrofe. Qualquer aplicação que não replica os dados e a infraestrutura em 
diversas localidades está vulnerável a falha completa. Importante ter um plano 
de recuperação completa e um tempo estimado para tal. 
 
6. Apoio à investigação – A auditabilidade de atividades ilegais pode se tornar 
impossível em computação em nuvem, uma vez que há uma variação de 
servidores conforme o tempo, e onde estão localizados os acessos e os dados 
dos usuários. 
 
7. Viabilidade em longo prazo – No mundo ideal, o fornecedor de computação 
em nuvem jamais vai falir ou ser adquirido por uma empresa maior. A empresa 
precisa garantir que os seus dados estarão disponíveis caso o fornecedor de 
nuvem deixe de existir ou seja migrado para uma empresa maior. Importante 
haver um plano de recuperação de dados. 
A cloud computing pode estar se tornando uma tendência, mas as empresas precisam 
avaliar como ela pode ser benéfica aos seus negócios em comparação a forma 
tradicional de se trabalhar com TI. Com ela, podem-se abrir novas possibilidades que 
ajudem no crescimento das empresas. Agilidade, produtividade, redução de custos e 
36 
 
 
segurança, são apenas alguns dos possíveis benefícios que a nuvem pode trazer para 
as empresas que buscam por melhores resultados. 
Visando sempre a melhor forma de conduzir seus negócios, as empresas buscam por 
uma melhor administração através de sistemas de gestão e estratégias de negócio. 
Esses sistemas proporcionam grandes benefícios, mas também podem trazer 
possíveis dificuldades. Com a computação em nuvem, os benefícios proporcionados 
por esses sistemas podem ser maximizados, além de eliminar os problemas que 
podem surgir decorrentes de sua utilização de maneira tradicional. 
 
37 
 
 
4 METODOLOGIA 
 
 
Segundo Gil (2002) pode-se classificar uma pesquisa com base em seus objetivos 
gerais como exploratória, descritiva e explicativa. A presente pesquisa se classifica 
como exploratória. A pesquisa exploratória objetiva o aprimoramento de ideias e a 
construção de hipóteses, chegando assim, a uma solução satisfatória para o problema 
determinado. 
 
De acordo com Gil (2002) os diversos tipos de delineamento da pesquisa podem ser 
classificados de acordo com dois grandes grupos: aqueles que se valem das 
chamadas fontes de “papel” (pesquisa bibliográfica e pesquisa documental.) e aqueles 
cujos dados são fornecidos por pessoas (pesquisa experimental, pesquisa ex-post-
facto, o levantamento e o estudo de caso, pesquisa-ação e pesquisa participante.). 
 
Quanto às chamadas fontes de “papel” a pesquisa se enquadrou como bibliográfica. 
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, 
constituído principalmente de livros e artigos científicos. Mesmo com dificuldades na 
realização de pesquisa de campo devido as características da região que não fornece 
as informações necessárias, segundo Gil (2002), é possível a realização de pesquisas 
que sejam satisfatórias exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. 
. 
Segundo Duarte e Furtado (2002, p.150) “a investigação cientifica é um procedimento 
racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas, 
curiosidades ou desafios quando são propostos”. A pesquisa bibliográfica atende a 
esses requisitos e pode perfeitamente alcançar os objetivos desejados. 
 
38 
 
 
5 SOLUÇÕES DE GESTÃO E ESTRATÉGIA DE NEGÓCIO EM AMBIENTE DE 
 COMPUTAÇÃO EM NUVEM 
 
 
O principal objetivo desse estudo é descrever as principais soluções tecnológicas no 
ambiente empresarial, levando em consideração suas vantagens estratégicas na 
gestão de negócios no que se refere a integração dos sistemas, relacionamento com 
o cliente, coleta e armazenagem de dados e no suporte a tomada de decisão, bem 
como sua aplicação no ambiente de computação em nuvem. Assim as soluções a 
serem abordadas serão: ERP (Enterprise Resource Planning – Planejamento de 
Recursos Empresariais), CRM (Customer Relationship Management – Gestão de 
Relacionamento com o Cliente), Big Data (Mega Dados) e BI (Business Intelligence – 
Inteligência de Negócios) 
 
Alguns estudos indicam que a adoção desse tipo de sistema tem tido um grande 
crescimento nos últimos anos. De acordo com o IDC8, o mercado de ERP no brasil 
tem um crescimento anual de 11% (BRANDÃO, 2014). A taxa de crescimento anual 
do mercado de CRM é de 10% (COMPUTERWORLD, 2014). Outra pesquisa 
realizada pelo IDC aponta um crescimento anual do mercado de Big Data de 23%. 
(COMPUTERWORLD, 2015) 
 
Essas soluções são tão importantes para as empresas que alguns especialistas 
apontam uma importância na integração entre elas. Segundo Oliveira, Calvo (2012, p. 
12), O sistema ERP com recursos analíticos, passou a assumir uma posição mais 
estratégica. “O BI precisa de uma fonte de dados e o ERP tem todos os registros da 
empresa, que podem se transformar em informações valiosas para o negócio. É uma 
uniãofavorável.” 
 
Fernando Lima, analista de software da IDC, afirma que a maioria das empresas já 
tem implementado um ERP e agora buscam adicionar módulos como CRM e BI. 
 
 
8 Empresa provedora de inteligência de mercado, consultoria e serviços estratégicos de marketing para 
os mercados de Tecnologia da Informação e Telecomunicações. Disponível em: 
<http://br.idclatin.com/about/whyidc.aspx>. Acesso em: 13 de nov. 2015. 
39 
 
 
Mario Tiellet, diretor de vendas e aplicativos da Oracle do Brasil, afirma que houve um 
aumento da busca pela aliança ERP + BI + CRM, e através dessa aliança, tem-se 
uma visão 360º da empresa (OLIVEIRA; CALVO, 2012). A maioria das grandes 
empresas já tem conseguido registrar grandes avanços nos negócios por contarem 
com uma ferramenta de BI (OLIVEIRA; CALVO, 2012). “As ferramentas do BI dão 
suporte aos gestores na tomada de decisão por fornecerem o histórico, a visão do 
cenário atual e auxiliarem em certas previsões quanto às operações [...] ”. (GARCIA, 
2015) 
 
Com toda a quantidade de dados gerada dentro e fora das empresas, entra em cena 
o Big Data. O Big Data está sendo considerado como um ativo de grande importância 
estratégica para o futuro das empresas (STACKPOLE, 2012). Para Eric Williams, CIO9 
da Catalina Marketing, “os gestores de tecnologia devem evoluir a arquitetura e cultura 
de gestão da informação corporativa para oferecer suporte a análises avançadas em 
armazenamentos de dados”. [...] (STACKPOLE, 2012) 
 
As soluções de gestão e estratégias de negócio, são apresentadas a seguir, 
apresentando seu conceito e aplicação tradicional e posteriormente sua aplicação no 
ambiente de nuvem. 
 
 
5.1 SISTEMAS ERP (ENTERPRISE RESOURCE PLANNING) 
 
 
O ERP (Planejamento de Recursos Empresariais) de acordo com Caiçara (2012, p. 
90), é “[...] um sistema de informação adquirido em forma de pacotes comerciais de 
software que permitem a integração entre dados dos sistemas de informações 
transacionais e dos processos de negócios de uma organização.” Em termos gerais, 
é um software que pode ser instalado em vários setores de uma empresa permitindo 
sua integração e compartilhando uma única base de dados, automatizando assim 
diversas transações. 
 
9 CIO (Chief Information Officer) ou diretor de tecnologia da informação, é o responsável por toda 
informática da empresa. Disponível em: <https://www.linkedin.com/pulse/ceo-cfo-cio-cmo-
voc%C3%AA-sabe-o-significado-raphael-da-rocha-le%C3%A3o>. Acesso em: 12 de nov. 2015. 
40 
 
 
O grande objetivo dos sistemas ERP é justamente a unificação dos dados tornando-
os disponíveis em tempo real operando através de uma única base de dados que é 
compartilhada por todos os sistemas (CAIÇARA, 2012). Essa unificação é que permite 
uma melhor comunicação entre as diversas áreas funcionais de uma empresa 
proporcionando a alta administração tomar decisões mais acertadas para um melhor 
controle e planejamento de seus processos de negócios. 
 
De acordo com Camargo, Pires e Souza (2010), a grande vantagem proporcionada 
pela implantação desses sistemas está na padronização dos processos existente que 
se tornam mais ágeis e aprimorados e no conhecimento adquirido desses processos. 
 
 
5.1.1 Principais Características e Vantagens dos Sistemas ERP 
 
 
De acordo com Caiçara (2012), um sistema ERP é dotado de algumas características 
das quais são essenciais para que se cumpra o objetivo do sistema. 
 
- Possui banco de dados único – O principal objetivo de sistema ERP é a 
integração de seus diversos setores, logo se faz necessário um banco de dados 
único compartilhado por toda a empresa. 
 
- São pacotes comerciais – A estrutura de um sistema ERP é adaptável a 
diversas áreas de negócios. 
 
- Apresenta estrutura modular – Os diversos setores de uma empresa são 
denominados módulos, sendo assim, um sistema ERP é composto por vários 
módulos integrados que compartilham a mesma base de dados. 
 
- É desenvolvido com base nas best pratices – Durante o desenvolvimento 
de um ERP, são realizados estudos de mercado identificando assim melhores 
práticas que são aplicadas a cada seguimento, objetivando a criação de um 
produto que realmente traga vantagens competitivas para a organização na 
qual será implantado. Dessa maneira, ao adquirir o sistema, a empresa estará 
41 
 
 
adquirindo na verdade uma espécie de consultoria que a ajuda a trabalhar de 
uma maneira mais otimizada, o que muitas vezes, justifica o investimento e 
permite analisar o retorno sobre investimento, o ROI (Return on Investment – 
Retorno Sobre Investimento). 
 
“Informação correta, para pessoa correta, na hora correta. [...]. Com efeito, tal 
afirmação aponta para um produto que pode trazer à empresa inúmeras vantagens. 
Dentre as principais, apontamos a seguir as mais significativas.” (CAIÇARA, 2012, p. 
96) 
 
- Elimina a redundância e redigitação dos dados – Como os dados que 
são digitados no sistema ficam armazenados em um banco de dados único e 
compartilhado, é possível evitar a ocorrência de dados duplicados e o 
retrabalho na sua inserção. 
 
- Possibilita maior integridade das informações – Sempre que um dado 
é alterado no sistema, este se reflete em todos os módulos, permitindo, 
assim, que a informação esteja sempre atualizada. [...] 
 
- Aumenta a segurança sobre os processos de negócios – A arquitetura 
de um ERP, que tem base nas best pratices, concede aos processos de 
negócios maior segurança. Além disso, os controles de permissões de acesso, 
baseados em login e senha, também favorecem o aumento de segurança. 
 
- Permite rastreabilidade de transações – Como uma pessoa, para se tornar 
usuária do sistema, deve possuir login e senha, todas as transações 
efetuadas ficam armazenadas em um arquivo de log, passível de auditoria. 
 
- Pode ser implantado por módulos – Como um ERP é composto por 
módulos, que podem trabalhar independentemente uns dos outros, alguns 
fornecedores abordam seus clientes através de vendas parciais, contribuindo 
para a empresa que não possui recurso financeiro necessário para adquirir 
um sistema completo.Padronização de sistemas – É comum nas 
42 
 
 
organizações a existência de mais de um SI (Sistemas de Informação), 
funcionando paralelamente, de fabricantes diferentes, desenvolvidos com 
tecnologias distintas e que apresentam interfaces nada padronizadas. Esse 
fato acaba gerando um problema de falta de padronização de sistemas, 
ocasionando vários problemas para a empresa. [...] Através da implantação 
de um sistema ERP, todas as aplicações são padronizadas 
independentemente do departamento. 
 
Assim, é possível entender que os sistemas ERP não só permitem um melhor controle 
e planejamento dos processos empresariais, mas também apoiam e facilitam a 
tomada de decisão por parte dos administradores. 
 
 
5.1.2 ERP na Nuvem 
 
 
As organizações têm os sistemas ERP como ponto central de suas operações, pois 
eles ajudam a acompanhar o status e o progresso dos negócios, alinham os custos, 
diminuem os riscos e melhoram a eficiência operacional ajudando no crescimento do 
negócio. (GONSALES, 2013) 
 
De acordo com Gonsales (2013), “mudar seu atual ERP para tecnologias baseadas 
na nuvem é uma decisão estratégica que pode trazer muitos benefícios ao negócio 
[...]”. Uma vantagem percebida é a de não haver necessidade de instalação do 
sistema, pois como se trata de computação em nuvem, o sistema é acessado 
diretamente pela internet, o que acaba levando a outra que é a dispensa de toda 
infraestruturaque seria necessária para implantação do sistema já que agora faz-se 
necessário apenas uma estrutura simples com computadores pessoais. (GONSALES, 
2013) 
 
O aplicativo roda diretamente na nuvem com uma estrutura simples, contando apenas 
com computadores pessoais. Percebe-se assim, uma provável economia no 
investimento com recursos computacionais. A implantação de um sistema no modelo 
tradicional requer a compra de servidores de grande capacidade, computadores mais 
43 
 
 
robustos e licenças com programas de banco de dados (CAMARGO; PIRES; 
SOUZA,2010). No modelo em nuvem não há essa necessidade, o que pode 
proporcionar essa economia. 
 
Os servidores e sistemas são de responsabilidade do provedor, o que reduz os custos 
operacionais, inclusive o suporte de TI. De acordo com o modelo contratado, pode-
se prever os custos mensais. (GONSALES, 2013) 
 
Poder controlar os gastos com o sistema torna-se uma possível vantagem. Quando 
se contrata o sistema, o pagamento é realizado de acordo com o uso, diminuindo o 
desperdício, haja vista uma subutilização de hardware e software em algumas 
empresas. As empresas acabam adquirindo equipamento com uma capacidade maior 
do que realmente precisam como forma de prevenção futura, caso necessitem de 
alguma alteração ou para dar conta de picos de utilização (CAMARGO; PIRES; 
SOUZA, 2010). Com o uso da computação em nuvem, essa preocupação já não existe 
pois pode-se contratar mais serviços sempre que necessário. 
 
Transferindo o ERP para a nuvem, a contratação passa a ser sob demanda, ou seja, 
pode-se ajustar o número de usuários e as aplicações necessárias com maior 
facilidade para atender as novas exigências do seu negócio e do mercado. 
(GONSALES, 2013) 
 
Segundo Gonsales (2013), é possível testar novas aplicações sem investir muito 
(compra de hardware e software, por exemplo), podendo assim diminuir o risco de 
oportunidade caso a solução não atenda às necessidades do negócio. Com isso, à 
uma melhoria na capacidade de escala. 
 
Hoje, os fornecedores de nuvem têm uma grande preocupação e desafio que é a 
continuidade dos serviços prestados, garantindo assim uma alta disponibilidade para 
os clientes (GONSALES, 2013). Ainda de acordo com este autor, esses fornecedores 
possuem várias contingências no que diz respeito a hardware, conectividade, energia 
elétrica, para evitar que os serviços oferecidos não fiquem inoperantes. Em caso de 
inoperância dos serviços, são previstos em acordos de níveis de serviços (SLA), 
44 
 
 
multas equivalentes ao comprometimento da operação do cliente. O sistema ERP na 
nuvem acaba por se tornar uma estratégia para alcançar alta disponibilidade. 
 
“Caso sua operação esteja sob sua responsabilidade (em casa) certamente não 
haverá orçamento para atingir os níveis de contingência dos fornecedores de nuvem, 
nem tão pouco orçamento para ressarcir os prejuízos de uma eventual parada.” 
(GONSALES, 2013) 
 
Os usuários do sistema ERP podem acessa-lo de qualquer lugar. Segundo Gonsales 
(2013): 
 
A computação em nuvem pode ajudar iniciativas para satisfação de 
funcionários por permitir que eles realizem todas as suas tarefas de qualquer 
lugar, inclusive de suas próprias casas, bastando para isso terem uma 
conexão de internet. Você também pode reduzir significativamente que dados 
de sua empresa sejam perdidos ou desviados, eliminando a necessidade de 
transportar arquivos em laptops e pendrives. 
 
 
A Artsoft Sistemas, empresa especializada em soluções de sistemas de gestão ERP 
e computação em nuvem, afirma que o ERP na web, além de reduzir custos também 
aumenta a produtividade das instituições. Segundo a empresa, a redução de custos 
de TI pode chegar a 71% em comparação ao modelo tradicional. Com relação a 
produtividade, as equipes de TI economizam até 90% de tempo na administração de 
sistemas. Além disso, o ERP na web promove a colaboração, facilitando a conexão 
entre matriz e filial e a integração com soluções móveis e o comércio eletrônico. 
 
A Artsoft Sistemas também cita alguns casos de sucesso na implantação do ERP na 
nuvem, como é o caso da IEC, empresa nacional com mais de 40 anos no mercado 
de engenharia e instalações de estruturas metálicas, migra com total segurança seu 
setor de faturamento e custos para a nuvem da AWS (Amazon Web Services), 
obtendo uma maior disponibilidade com acesso remoto a dados e backup automático, 
redução de custos operacionais, além de poder atender às complexidades do sistema 
tributário brasileiro eficientemente. (ARTISOFT SISTEMAS, 2015) 
 
 
45 
 
 
"Tínhamos um grande gargalo no fluxo de informações. Tivemos atrasos no 
cronograma e experimentamos alguns problemas com a fragilidade de nossos bancos 
de dados, escalonamento do sistema e principalmente, no atendimento às 
obrigatoriedades do sistema tributário brasileiro, que é um dos mais complexos do 
mundo", explica Rodrigo Sollero Paulo, gerente financeiro da IEC. (ARTISOFT 
SISTEMAS, 2015) 
 
Por essas razões, a IEC teve que adaptar sua antiga estrutura e otimizar seu sistema 
financeiro, por meio de um gerenciamento eletrônico mais ágil, disponível e elástico, 
a fim de acomodar novas demandas e assegurar seu desenvolvimento. (ARTISOFT 
SISTEMAS, 2015) 
 
"A melhoria foi sentida pela facilidade da consultoria SAP e dos próprios funcionários 
conectarem ao sistema de maneira simples e remota, sem depender de infraestrutura 
interna. Consequentemente os serviços ao cliente final tendem a melhorar", ressalta 
o especialista. (ARTISOFT SISTEMAS, 2015) 
 
 
5.2 BIG DATA (MEGA DADOS) 
 
 
Siewert (2013) diz que “Big Data é amplamente definido como captura, gerenciamento 
e análise de dados que vão além de dados estruturados típicos, que podem ser 
consultados por sistemas de gerenciamento de banco de dados relacional [...]”. 
 
Taurion (2013) afirma que: 
 
 
Pode-se usar a seguinte formula para conceitua-lo. Big Data = volume + 
variedade + velocidade + veracidade + valor. Volume, pela grande quantidade 
de dados que é gerado a cada dia. Variedade, pois os dados vêm de diversas 
fontes. Velocidade porque na maioria das vezes é preciso agir quase que em 
tempo real sobre um grande volume de dados. Veracidade porque é preciso 
saber se os dados são verdadeiros e fazem sentido. E valor porque é 
necessário que haja retorno sobre o investimento em big data. 
 
 
46 
 
 
Há uma grande quantidade de dados que passam despercebidos pelas empresas e 
que poderiam ser utilizados para melhorar os processos ou a tomada de decisões, e 
o Big Data pode ser utilizado para a descoberta desses dados. (TAURION, 2013) 
 
Existem diversas fontes de onde vem essas informações, como os seiscentos milhões 
de sites, cem mil twites por minuto, os 2,7 bilhões de comentários gerados pelo 
compartilhamento de mais de um bilhão de usuários diariamente [...] (TAURION, 
2013). Siewert (2013) ainda acrescenta que o big data possui novas origens como os 
arquivos de log, dispositivos móveis e máquina a máquina, onde é informado, através 
da internet das coisas, o status com o objetivo de planejar a manutenção de veículos 
e aeronaves. 
 
Taurion (2013) diz que os dados são recursos que só tem valor se tratados, analisados 
e assim, serem utilizados para a tomada de decisão. O autor ainda ressalta que a 
gerência dos negócios não deve se ater apenas a base de planilhas, pois esse tipo de 
gestão não atende à complexidade e à velocidade que as decisões exigem. 
 
 
5.2.1 Tecnologias e Vantagens do Big Data 
 
 
Existem duas formas de se analisar as tecnologias que sustentam a big data: as 
envolvidas com analytics10, tendo comonomes principais o hadoop11 e mapreduce12 
e tecnologia de infraestrutura responsáveis por armazenar e processar os dados 
(TAURION, 2013). É aqui que se destacam os bancos de dados NoSQLl. 
 
 
 
10 Habilidade de utilizar dados, análises e raciocínio no processo de tomada de decisão. Disponível em: 
<http://metanalytics.com.br/artigos/o-que-e-analytics/>. Acesso em: 12 de out. 2015. 
 
11 É um conjunto de bibliotecas que permite o processamento distribuído de um grande volume de 
dados. Disponível em: <https://hadoop.apache.org/>. Acesso em: 12 de out. 2015. 
 
12 É um modelo de processamento que permite o processamento de dados. Disponível em: 
<http://www.devmedia.com.br/hadoop-mapreduce-introducao-a-big-data/30034>. Acesso em 12 de 
out. 2015. 
47 
 
 
E porque destas tecnologias? De acordo com Taurion (2013, p. 69), “porque big data 
é a simples constatação prática de que o imenso volume de dados gerados a cada dia 
excede a capacidade das tecnologias atuais de os tratarem adequadamente.” Devido 
ao grande volume, variedade e velocidade do big data, os softwares tradicionais já 
não dão conta, e aí surgem os softwares de banco de dados NoSQL, que tratam 
imensos volumes de dados estruturados e não estruturados. (TAURION, 2013) 
 
A resiliência é algo que vem se tornando extremamente importante. Os dados agora 
são tratados em tempo real, começam a influenciar na execução de um processo. É 
de suma importância que alta resiliência e disponibilidade façam parte do projeto de 
big data (TAURION, 2013). 
 
É fundamental ter em mãos uma tecnologia capaz de eliminar ruídos e sujeira dos 
imensos volumes de dados que são coletados, tornando-os utilizáveis (TAURION, 
2013). Nisto são implicados diversos formatos e padrões de dados e desenhos de 
arquitetura que vem a analisar está complexidade. A época onde o modelo relacional 
era o padrão de dados já se foi, agora arquitetos e sistemas devem se preparar para 
trabalhar com vários formatos de dados, tanto relacional quanto a NoSQL, bem como 
integrar as tecnologias legadas e tecnologias estranhas a TI como hadoop. 
(TAURION, 2013) 
 
Taurion (2013) afirma que no cenário dos negócios, o Big Data já se mostra como um 
fator diferencial, assim, pode-se identificar algumas das vantagens proporcionadas 
pelo Big Data: maior transparência, segmentação mais precisa, maior potencial em 
análises preditivas, a complementação nas decisões com algoritmos automatizados 
e a criação de novos processos de negócios. (TAURION, 2013) 
 
Taurion (2013, p. 44) faz a seguinte afirmação: 
 
 
Portanto, big data não é teoria ou futurologia. Geramos um imenso volume 
de dados a cada dia e análises de padrões e correlações nessa massa de 
dados pode produzir informações valiosíssimas em todos os setores da 
sociedade humana, desde governos buscando entender demandas da 
população, até empresas buscando se posicionar mais competitivamente no 
mercado. 
 
 
48 
 
 
5.2.2 O Big Data e Computação em Nuvem 
 
 
“Duas iniciativas de TI estão atualmente no topo da lista de prioridades das 
organizações em todo o mundo: a análise de Big Data e a computação em nuvem 
(INTEL, 2013).” A nuvem pode ser um grande impulsionador para big data devido a 
capacidade da nuvem pública de suportar um grande volume de dados além da 
característica de elasticidade permitindo acionar servidores virtuais apenas no 
momento de se tratar os dados. (TAURION, 2013) 
 
Taurion (2013) afirma que o modelo de computação em nuvem faz todo sentido quanto 
ao Big Data, devido não se saber o montante de dados que poderá ser tratado. Há 
uma imensa variação no ajuste da capacidade de processamento e armazenamento, 
logo fica muito difícil de se planejar uma configuração exata. 
 
De acordo com Costa et al (2012, p. 3) “atributos das arquiteturas em nuvem como 
escalabilidade, baixo custo, agilidade e elasticidade permitem de fato não somente a 
criação de enormes massas de dados como o tratamento desses dados.” O autor 
ainda afirma que existe um ciclo que é formado devido à necessidade de novas 
soluções e desafios que surgem, pois cada vez mais os dados são introduzidos na 
nuvem. 
 
Cada vez mais grandes massas de dados (big data) e nuvem computacional 
se associam atrás de um mesmo conceito. Alguns analistas preveem que por 
volta de 2020 a maior parte dos dados digitais no mundo serão manuseados, 
monitorados e/ou armazenados em nuvens – se não durante todo o ciclo de 
vida, pelo menos em parte. (COSTA et al, 2012, p. 3) 
 
 
Há uma transição nas organizações que estão passando da fase de se perguntar o 
que e como armazenar big data para a discussão de como extrair uma análise 
significativa que responda às necessidades de negócios reais. Um grande número de 
empresas, que continua a aumentar, está construindo ambientes eficientes e ágeis na 
nuvem, na medida que a computação em nuvem continua a amadurecer e os 
provedores de nuvem continuam a expandir a oferta de serviços. (INTEL, 2013) 
 
 
49 
 
 
Segundo Matos (2015), 
 
 
Por permitirem infraestrutura mais centralizada e flexível, a Cloud privada se 
une ao Big Data para acompanhar o desafio de crescimento de TI nas 
empresas, unificando e facilitando todo o processo de organização de dados, 
que muitas vezes ainda é feito de forma segmentada, o que toma tempo, 
torna mais difícil a administração de diversas plataformas e sistemas ao 
mesmo tempo, consequentemente aumentando as chances de ocorrerem 
falhas. 
 
 
Faz sentido, então, que as empresas de TI enxerguem a computação em nuvem como 
uma estrutura que oferece suporte a seus projetos de big data. Há uma necessidade 
de clusters13 de servidores em ambientes de big data para oferecer suporte às 
ferramentas que processam os grandes volumes, alta velocidade e os vários formatos 
de dados. (INTEL, 2013) 
 
“As nuvens já estão implementadas em conjuntos de servidores, armazenamento e 
recursos de rede e podem ter sua capacidade aumentada ou diminuída, conforme 
necessário.” (INTEL,2013). A nuvem viabiliza uma alternativa econômica para prover 
suporte a tecnologias de big data e os aplicativos de análise avançada que podem 
aumentar o valor dos negócios. (INTEL,2013) 
 
 
A interação entre grandes conjuntos de dados para gerar inteligência 
depende diretamente de efetiva rapidez nas consultas, fácil localização das 
informações e maior organização dos arquivos, de modo a acelerar todos os 
processos que as envolvem, mas que demandariam muito mais tempo — e 
talvez não fossem tão bem executados — caso tivesse que se realizar 
manualmente toda essa busca e confronto de informações. (MATOS, 2015) 
 
 
Os modelos de serviço em nuvem oferecem flexibilidade excepcional, permitindo 
assim que a TI avalie qual a melhor abordagem para cada solicitação de usuário de 
negócios. (INTEL, 2013) 
 
 
 
13 Sistema que compreende dois ou mais computadores ou sistemas (denominados nodos) na qual 
trabalham em conjunto para executar aplicações ou realizar outras tarefas. Disponível em: 
<http://www.clubedohardware.com.br/artigos/computacao-em-cluster/153>. Acesso em: 11 de nov. 
2015. 
50 
 
 
Utilizar a nuvem para fazer análise de Big Data faz sentido por alguns motivos 
que são: os investimentos em análise de Big Data podem ser significativos e 
levar a uma necessidade de infraestrutura eficiente e econômica, Big Data 
pode combinar fontes internas e externas e os serviços de dados são 
necessários para extrair valor de Big Data. (INTEL, 2013) 
 
 
5.2.3 Serviços de Nuvem para Análise (AaaS) 
 
 
De acordo com Intel (2013), pode-se utilizar vários tipos de

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