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EXAME ANDROLÓGICO EM CÃES CLAUDIO SANTOS BRUNO BENEVIDES MARAIRLA TAINARA RAFAELY sOUSA WERCAUTERES GARCES 1 Faculdades INTA Curso: Medicina Veterinária Disciplina: Fisiopatologia da Reprodução dos Animais Domésticos Prof.: Carlos Henrique Acadêmicos: Acervo: internet 1 HISTÓRICO DA TECNOLOGIA DO SÊMEM CANINO Em 1776, SPALLANZANI, observou que uma diminuição na temperatura proporcionava uma redução, de forma reversível, na atividade metabólica do espermatozóide, permitindo assim o seu armazenamento (ENGLAND, 1993). 2 HISTÓRICO DA TECNOLOGIA DO SÊMEM CANINO Após a descoberta da ação crioprotetora do glicerol: POLGE et al. (1949), iniciou-se um extenso desenvolvimento de metodologias de criopreservação de células espermáticas em diversas espécies; Sendo que o primeiro êxito na congelação de sêmen canino relatado foi por ROWSON (1954). 3 HISTÓRICO NO BRASIL No Brasil, a primeira notificação de sucesso em inseminação artificial (IA) com sêmen canino congelado foi realizada aproximadamente à 33 anos; Tendo sido obtida uma ninhada de seis cães normais da raça Boxer (VSKE et al., 1981). 4 HISTÓRICO NO CEARÁ Uma segunda gestação oriunda de IA com sêmen canino congelado foi confirmada por ultra-sonografia em 2000 através de um trabalho realizado pelo Laboratório de Reprodução de Carnívoros (LRC) da Universidade Estadual do Ceará (UECE - SILVA et al., 2001), no entanto a cadela abortou, sendo constatada infecção por Erlichia canis e Leishmania chagasi. 5 Anatomia sistema reprodutor masculino Divide-se da seguinte maneira: Órgãos genitais masculino Glândulas Genitais Acessórias Partes Genitais Externa 6 Anatomia e fisiologia clinica para medicina veterinária, 2° edição. Órgãos Genitais Masculino ESCROTO É uma bolsa membranosa dividida por um septo mediano em duas cavidades, cada uma das quais é ocupada pelo testículo, epidídimo e a parte distal do funículo espermático. 7 Acervo: internet Órgãos Genitais Masculino TESTÍCULO São relativamente pequenos e possuem um formato redondo-ovalado. EPIDÍDIMO É grande, extremamente convoluto e intimamente inserido ao longo da parte dorsal da superfície lateral do testículo. 8 Anatomia dos animais domésticos, 5° edição. Espermatogênese A Espermatogênese ocorre a nível dos tubos seminíferos dos testículos e divide-se em quatro fases: Período Germinativo (Multiplicação); Mitose Crescimento; Maturação; Meiose Diferenciação ou Espermiogênese. Tem início na puberdade e termina no fim da vida do homem. Processo que ocorre nos testículos, as gônadas masculinas. 9 Acervo: internet Órgãos Genitais Masculino FUNÍCULO ESPERMÁTICO É longo e cruza o lado do pênis muito obliquamente. A extremidade superior da túnica é as vezes fechada, de modo que não há ânulo vaginal. DUCTO DEFERENTE É a continuação da cauda do epidídimo, possui ampola estreitas no cão. Penetra na região craniodorsal da próstata. 10 Acervo: internet Glândulas Genitais Acessórias Glândulas vesiculares Ausente Glândulas bulbouretrais Ausente Próstata É relativamente grande e de coloração amarelada e de estrutura densa. 11 Acervo: internet Partes Genitais Externa PÊNIS Composta: raiz, corpo e glande. Sua parte cranial há um osso. A glande é muito longa, que estende-se sobre todo o comprimento do osso do pênis. PREPÚCIO Forma uma bainha completa ao redor da parte cranial do pênis. Onde a camada externa é o tegumento comum Já a camada interna são finas, de coloração avermelhada e isentas de glândulas. 12 Acervo: internet INTRODUÇÃO EXAME ANDROLÓGICO EM CÃES Tem o intuito de estimar o potencial de desempenho dos machos como reprodutores; Servindo também para diagnosticar doenças e anormalidades do organismos ou do trato reprodutivo. Para afins de ser tratadas e aumentar a produção. 13 INTRODUÇÃO Sendo ainda indicada em outras circunstâncias como: Compra ou venda de reprodutores; Seleção de doadores para uso em programas de inseminação artificial; Diagnóstico de patologias do sistema genital masculino. 14 INTRODUÇÃO É necessário realizar: Uma boa anamnese e um exame físico completo do animal. Observando-se a possibilidade da existência de doenças sistêmicas que podem interferir na esfera reprodutiva. Após isso, o trato reprodutivo do macho deve ser completamente avaliado. 15 INTRODUÇÃO O exame andrológico reflete as atuais condições reprodutivas de um macho. O potencial reprodutivo do animal deve ser verificado sempre quando este for para: Exposições; Iniciar uma estação de monta; Diagnostico de sub ou infertilidade; Ocorrência da puberdade; Destinado a criopreservação de sêmen, etc. 16 INTRODUÇÃO A avaliação destina-se a observação das: Condições semiológicas; Bem como as condições de sanidade; Alterações genéticas; Saúde geral; Deficiências na cópula por alterações locomotoras ou alterações do sistema genital; Problemas espermáticos. 17 INTRODUÇÃO O laudo de um exame andrológico nunca é definitivo; Sempre deve-se levar em consideração que o animal logo após o exame pode vir a sofrer de alguma patologia que leve-o a depreciações em sua qualidade espermática; Por isso o laudo não deve ser emitido com uma validade superior a 60 dias; 18 Acervo: internet PARA QUER SERVE? Para a avaliação dos fatores que contribuem para a função reprodutiva normal do animal. É uma forma de diagnosticar e prevenir patologias do trato reprodutivo. Desde anomalias relacionadas ao desenvolvimento ate a presença de doenças infectocontagiosa. Ou seja o exame é capaz de detectar quaisquer alterações: Que possam levar à diminuição da eficiência reprodutiva; Ou ate mesmo á incapacidade de fecundação. 19 Acervo: internet COMO É REALIZADO? O exame pode se dividir em duas partes: Primeira é constituído em: Anamnese; Exame clinico; Andrológico. Na segunda: Na avaliação da qualidade seminal. 20 Acervo: internet MATERIAL NECESSÁRIO Ficha para anotações + caneta Paquímetro Fita métrica Luva de palpação Vagina artificial Copo coletor Microscópio Mesa aquecedora (37°C) Lâminas e lamínulas Câmara de Neubauer 21 Acervo: internet ANAMNESE Realizado de forma cuidadosa para se obter uma historia completa. Todos os órgãos devem ser analisados antes de examinar os órgão reprodutivos. 22 Fonte: internet Acervo: internet ANAMNESE Doenças de outros órgãos ou sistemas podem afetar o trato reprodutivo. Direta: infecções ou neoplasias Indireta: alteração nos padrões hormonal . (testosterona, FSH, LH, GnRH.) 23 ANAMNESE Deve-se considerar também; Adição exógena de drogas Condições de estresse Traumas Doenças sistêmicas previas 24 Exame Físico Importância do exame físico. Reconhecimento de problemas crônicos de outros sistemas Síndromes, defeitos genéticos... 25 Fonte: internet Acervo: internet Exame Físico Deve ser solicitados exames complementares e patológicos. Hemogramas, brucelose. Preocupações com a monta natural. Processos patológicos 26 27 Figura 1: Cão. Bolsa escrotal. Orquite. 1- Acúmulo de líquido que levou ao aumento de volume da bolsa escrotal causado por brucelose canina. Exame Físico Fonte: Artigo exame andrológico do cão EXAME ESPECÍFICO DO TRATO REPRODUTIVO DO CÃO Completamente avaliado; Bolsa escrotal, testículos, epidídimo, pênis e glândula prostática; 28 Fonte: Artigo exame andrológico do cão BOLSA ESCROTAL Recoberta por pelos; Espessura; Relação ao testículo; Sem dor; Ispeção visual-objetivo? 29 BOLSA ESCROTAL 30 Fonte: Artigo exame andrológico do cão TESTÍCULOS Descida-10 dias; Palpação; Criptorquidismo; Cães jovens; Avaliação; 31 TESTÍCULOS Esquerdo caudal ao direito; Padrão de tamanho; Par de testículos: oval, com contorno fino e regula e posicionado dorsoventralmente. Palpação de irregularidade-sugestão. 32 TESTÍCULOS Palpação sem dor; Dor sugere orquite aguda ou torção; Consistência; Consistência macia ou pastosa sugere; 33 Acervo: internet EPIDÍDIMO E CORDÃO ESPERMÁTICO É fixado dorsolateralmente à superfície do testículo; Continua como ducto deferente, localizado dentro do corão espermático, que contém: ducto deferente, artéria espermática, veias do plexo pampiniforme , linfáticos, nervos e cordão espermático; Palpação; 34 PÊNIS E PREPÚCIO Prepúcio sem ereção; Descargas purulentas, sangue ou urina; Pênis-removido e exposto; Prepúcio-bulbo da glande exposto; Falhas na exposição do pênis-suspeita? 35 PÊNIS E PREPÚCIO Exposição-avaliação, pênis; 36 Fonte: Artigo exame andrológico do cão PÊNIS E PREPÚCIO 37 Fonte: Artigo exame andrológico do cão PÊNIS E PREPÚCIO Mucosa peniana; Balanopostite; Deformação congênita ou fratura; Diminuição congênita do osso peniano; 38 GLÂNDULA PROSTÁTICA Glândula acessória; Normalmente, cranial a pelve; Um septo médio divide a glândula em dois lobos iguais, finos e firmes; Tamanho e peso; A presença de tamanho e consistência anormais, assimetria entre lobos ou dor a palpação suporta a presença de disfunção prostática 39 Avaliação do sêmen A análise do sêmen deve ser incluída na avaliação andrológica para detectar: Infertilidade, Subfertilidade além de Fazer parte da rotina pré-cobertura ou inseminação em cães. 40 Acervo: internet Técnicas para obtenção do sêmen A coleta do sêmen pode ser realizada excitando-se o macho na presença ou ausência de uma fêmea no cio, por estimulação manual do pênis ou, ainda, em casos excepcionais, por meio de eletroejaculação. 41 Acervo: internet Acervo: internet Acervo: internet Avaliação macroscópica do sêmen. o sêmen deve ser examinado imediatamente após sua obtenção. temperatura + ou - 32ºC Cuidados com equipamento de coleta: lâminas e vidrarias. evitar contaminação com álcool detergente, excesso de lubrificantes. 42 Acervo: internet Todo o material que será utilizado para a coleta e exame do sêmen deverá ser de vidro ou plástico aquecido a 37ºC. Visando diminuir o risco de acidente entre o coletador e o animal. 43 Acervo: internet Acervo: internet Acervo: internet Causas de falhas na coleta 44 falha em expor o pênis; tempo inapropriado de exposição do pênis; aplicação de força excessiva no pênis; uso de material de coleta frio; toque digital do pênis; local que desvie a atenção do macho; grande número de observadores; ausência do proprietário; Google.com Acervo: internet O Ejaculado: O ejaculado canino apresenta três frações distintas: 1º é chamada de uretral ou pré-espermática. Aspecto aquoso, cujo pH varia de 6,2 a 6,5 com um volume médio de 2,4 ± 1,8ml. 45 Acervo: internet 2º é chamada de fração rica em espermatozóides ou espermática. Aspecto cremoso a aquoso, Sua coloração fisiológica varia de branco opalescente ao marfim, pH entre 6,3 a 6,6 volume médio varia de 0,5 a 3,5ml. 46 Acervo: internet 3º chamada de fração prostática ou pós-espermática. Origem prostática, apresenta um aspecto aquoso pH oscila entre 6,5 e 7. volume desta fração é proporcional à atividade secretória da glândula prostática, volume médio 6,48 ± 4,32 ml. 47 Acervo: internet 48 Acervo: internet Frequência de coleta de sêmen Podem ser: 1) uma coleta a cada 48 horas; 2) uma coleta ao dia durante 3 dias consecutivos e um repouso de 2 dias ou 3) duas coletas ao dia e repouso de 2 dias. Podendo ocorrer um aumento na concentração total de espermatozoides após alguns dias de repouso sexual. 49 Acervo: internet a) Volume e PH: Podem variar de acordo com a idade, tamanho, freqüência de coletas, método e duração das coletas. normal vai de 1 a 40ml por ejaculado. PH de 6,5 até 7,5. 50 Acervo: internet b) Cor e aspecto: Cor pode variar de branco opalescente ao turvo. Aspecto vai do leitoso ao aquoso. 51 Acervo: internet Avaliações microscópicas do sêmen Motilidade e Vigor: Gota de sêmen lâmina aquecida (35-37°C); Exame realizado por microscopia de contraste de fase; Resultado expresso: Porcentagem (0-100) Motilidade; Escore (0-5) Vigor; 52 Acervo: internet Avaliações microscópicas do sêmen Movimento retilíneo e progressivo; Rotineiramente; Avaliação computadorizada (Iguer-Ouada e Vest-stergen – 2001); Avaliar qualidade do Movimento; 53 Acervo: internet Avaliações microscópicas do sêmen Ressalta-se possíveis avaliações: Motilidade espermática total (MT); Motilidade progressiva total (MP); Padrão médio de velocidade espermática (VAP); Velocidade de deslocamento em linha reta (VSL); Velocidade de deslocamento curvilíneo (VCL); 54 Acervo: internet Avaliações microscópicas do sêmen Sobreposição do deslocamento retilíneo e do deslocamento curvilíneo VSL/VCL (STR); Linearidade do movimento (LIN); Ellington et al. (1993): Motilidade progressiva pode variar consideravelmente entre indivíduos; 55 Acervo: internet Avaliações microscópicas do sêmen Concentração espermática; Contagem das células em câmara de Neubauer (1:20 em água), expresso em mm³; Avaliação da morfologia espermática; Metodologia utilizada pode ser: Coloração do esfregaço do sêmen; Avaliados em microscopia de campo claro – 1000x: cabeça, colo, peça intermediária e cauda; 56 Acervo: internet Avaliações microscópicas do sêmen Devem ser avaliadas 200 células em cada esfregaço; Feldman e Nelson (1996) e Jhonston et al. (2001); Classificaram modificações como: Primárias – defeitos na espermatogênese; Secundárias – Surgidas durante o trajeto entre o testículo e o epidídimo, no interior do epidídimo ou devido a manipulação do sêmen; 57 Avaliações microscópicas do sêmen Manual para Avaliação Andrológica do CBRA; Alterações morfológicas: 1) Defeitos Maiores; 2) Defeitos Menores; Oettlé (1993); 58 Acervo: internet Acervo: internet Avaliações microscópicas do sêmen Avaliação da integridade das membranas espermáticas: Importante que a célula finalize sua função primordial que é a de fertilização; Membrana intacta realiza transporte de fluidos e em condições de hiposmolaridade; Teste Hiposmótico (HOS): Também é indicativo da capacidade funcional da membrana em realizar trocas com o meio extracelular; 59 Avaliações microscópicas do sêmen Para realização do Teste Hiposmótico; Espermatozóides são incubados e posteriormente avaliados quanto sua morfologia; Células íntegras apresentam enrolamento de caudas; 60 Avaliações microscópicas do sêmen Um novo teste hiposmótico utilizando a água como solução foi desenvolvido: Parte do sêmen deve ser misturada a quatro partes de água (diretamente da torneira); Incubada em banho-maria a 37°C por 5 minutos; Resultado conferido por microscopia, utilizando a câmara de Neubauer; Reativos – cauda enrolada e expressos em porcentagem; 61 61 Avaliações microscópicas do sêmen Outro método para verificar a integridade das membranas espermáticas de cães: Sondas fluorescentes: - Iodeto de Propídio e Carboxifluoresceína (Harrison e Vickers – 1990); Amostras avaliadas sob iluminação epifluorescente (400x) e contadas em número de 200 células, classificadas como: Íntegras (fluorescência verde); Lesadas (núcleo emitindo fluorescência vermelha); 62 CONCLUSÃO 63 Acervo: internet 64 Obrigado!
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