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vantagens e desvantagens custeio variável e absorção

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Administração
Contabilidade de Custos
Prof. Ms. Nilton Rogério Marcondes
MÉTODOS DE CUSTEIO
Administração
Contabilidade de Custos
Prof. Ms. Nilton Rogério Marcondes
Custeio Variável x Custeio Absorção
Introdução
Custeio variável: peça gerencial, própria para
tomada de decisão, fundamental para relatórios
internos.
Custeio por absorção: vantagem de não ferir a
legislação fiscal e os princípios fundamentais de
contabilidade, próprio para geração de relatórios
externos.
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Custeio por Absorção
O Custeio por absorção consiste na
apropriação de todos os custos
incorridos no processo de fabricação,
mediante rateio.
Passam a integrar o valor contábil tanto
os custos variáveis quando os fixos, ou
seja, o resultado do custo sofre
influência direta do volume produzido.
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Figura 3 – Representação do fluxo de recursos no sistema de 
custeio por absorção.
- Mão obra direta
- Materiais diretos,
- Gastos gerais de 
Fabricação
Processo
Produtivo
Custos Fixos
Custos Variáveis
Estoques
de
Produtos
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MÉTODOS DE CUSTEIO
• Custeio por absorção: todos os custos são considerados na 
produção, nos estoques e nos custos das vendas, quer sejam 
variáveis quer sejam fixos.
RESULTADO DAS 
VENDAS
VARIÁVEIS
- MATÉRIA-PRIMA
- MÃO-DE-OBRA 
DIRETA
- ENERGIA ELÉTRICA 
(FORÇA)
- COMBUSTÍVEIS DAS 
MÁQUINAS
FIXOS
- MÃO-DE-OBRA 
INDIRETA
- DEPRECIAÇÃO
- ALUGUEL-
- ENERGIA ELÉTRICA 
CUSTOS DE 
PRODUÇÃO
PRODUÇÃO EM 
ELABORAÇÃO
ESTOQUE DA 
PRODUÇÃO 
ACABADA
(-) C.P.V.
(=) RESULTADO 
BRUTO
VARIÁVEIS
- DE VENDAS 
FIXAS
- ADMINISTRATIVAS
- DE VENDAS
DESPESAS
(-) DESPESAS DE 
VENDAS
(-) DESPESAS 
ADMINISTRATIVAS 
E DE VENDAS
LUCRO (=) RESULTADO 
LÍQUIDO
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Vantagens
 Fixação de preços de venda mais reais.
 Atende à legislação fiscal.
 Só é considerado custo a parcela dos materiais
utilizados na produção.
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Desvantagens
 A principal desvantagem do custeio por absorção
consiste na utilização dos rateios, uma vez que
dependendo do critério pode penalizar determinado
produto e beneficiar outro.
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Custeio Variável
É o método de custeio em que somente os custos
claramente identificados com os produtos devem
ser apropriados.
No processo de seleção e produção no sistema de
custeio variável o fluxo dos componentes dos
custos de produção são separados em dois
grupos, os custos fixos e os custos variáveis,
sendo que os custos variáveis tomam a direção
dos estoques e o fixos são direcionados para
resultado do exercício.
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Figura 4 – Representação gráfica do fluxo no custeio variável
- Mão obra direta
- Materiais diretos,
- Gastos gerais de 
Fabricação
Processo
Seleção e
Produção
Custos Fixos
Custos Variáveis Estoques
Resultado
Do
Período
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 Custeio direto ou variável: apenas os custos variáveis 
são considerados na produção, nos estoques e nos 
custos das vendas.
RESULTADO DAS 
VENDAS
VARIÁVEIS
- MATÉRIA-PRIMA
- MÃO-DE-OBRA DIRETA
- ENERGIA ELÉTRICA (FORÇA)
- COMBUSTÍVEIS DAS 
MÁQUINAS
CUSTOS DE 
PRODUÇÃO
PRODUÇÃO EM 
ELABORAÇÃO
ESTOQUE DA 
PRODUÇÃO 
ACABADA
(-) C.P.V.
VARIÁVEIS
- DE VENDAS 
FIXAS
- ADMINISTRATIVAS
- DE VENDAS
DESPESAS
(-) DESPESAS 
VARIÁVEIS DE VENDAS
(-) CUSTOS FIXOS DE 
PRODUÇÃO 
LUCRO
(=) RESULTADO 
LÍQUIDO
(=) MARGEM DE 
CONTRIBUIÇÃO
(-) DESPESAS 
ADMINISTRATIVAS 
(-) DESPESAS FIXAS DE 
VENDAS 
FIXOS
- MÃO-DE-OBRA INDIRETA
- DEPRECIAÇÃO
- ALUGUEL
- ENERGIA ELÉTRICA (ILUM)
- SUPERVISÃO
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Vantagens
 Não esconde lucro no estoque e sua variação não
interfere no cálculo do resultado do período;
 Por conta da separação dos custos em fixos e
variáveis, fornece mais facilmente dados
necessários para o planejamento de lucro e
simulação de resultados;
 É um sistema mais compreensível aos gestores,
facilitando uma melhor avaliação de desempenho
para correção de rumos.
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Desvantagens
 Não aceitação pela legislação tributária para fins
de avaliação de estoques.
 Fere Princípios Fundamentais de Contabilidade,
alterando o resultado do exercício;
 As informações geradas são voltadas
especificamente para o público interno.
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EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL 
E POR ABSORÇÃO
Uma empresa apresentou os seguintes dados:
Produção: 1.000 unidades totalmente acabadas
Custos variáveis: R$ 20.000,00
Custos fixos: R$ 12.000,00
Despesas Variáveis: R$ 4.000,00
Despesas Fixas: R$ 6.000,00
Não há estoques iniciais e finais de produtos em elaboração.
Vendas líquidas: 800 unidades a R$ 60,00 cada uma: R$ 
48.000,00
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Caso a empresa utilizasse o Custeio por 
Absorção, a demonstração de resultado seria da 
forma descrita a seguir:
Custo de Produção do Período ( CPP)
Custos fixos R$ 12.000,00
(+) Custos variáveis R$ 20.000,00
(=) CPP R$ 32.000,00
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Custo da Produção Acabada no Período (CPA)
Como não há estoques iniciais e finais de produtos 
em elaboração:
CPA=CPP= R$ 32.000,00
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Custos de Produtos Vendidos (CPV)
Custo unitário de produto: R$ 32.000,00/ 1.000 = 
R$ 32,00
CPV= 800 x R$ 32,00 = 25.600,00
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Estoque Final de Produtos Acabados
200 unidades x R$ 32,00 = R$ 6.400,00
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Demonstração do Resultado
Vendas líquidas R$ 48.000,00
(-) CPV R$ ( 25.600,00)
(=) Resultado Industrial R$ 22.400,00
(-) Despesas Fixas e Variáveis R$ ( 10.000,00)
(=) Lucro Líquido R$ 12.400,00
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Caso a empresa utilizasse o Custeio Variável, a 
demonstração de resultado seria da forma descrita 
a seguir:
Custo de Produção do Período ( CPP)
Como somente os custos variáveis são computados
como custos de produção, o CPP seria igual o valor
dos custos variáveis.
Custos variáveis = R$ 20.000,00
CPP = R$ 20.000,00
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Custo da Produção Acabada na Período (CPA)
Como não há estoques iniciais e finais de produtos 
em elaboração:
CPA=CPP= R$ 20.000,00
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Custos de Produtos Vendidos (CPV)
Custo unitário de Produção: R$ 20.000,00/ 1.000 = R$ 20,00
CPV= 800 unidades vendidas x R$ 20,00 = 16.000,00
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Estoque Final de Produtos Acabados
200 unidades x R$ 20,00 = R$ 4.000,00Administração
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Demonstração do Resultado
Vendas Líquidas R$ 48.000,00
(-) CPV R$ ( 16.000,00)
(-) Despesas variáveis R$ ( 4.000,00)
(=) Margem de Contribuição R$ 28.000,00
(-) Custos fixos R$ ( 12.000,00)
(-) Despesas Fixas R$ ( 6.000,00)
(=) Lucro Líquido R$ 10.000,00
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O quadro a seguir resume as diferenças entre os 
dois tipos de custeamento
ITEM CUSTEIO POR 
ABSORÇÃO (A)
CUSTEIO 
VARIÁVEL ( B)
DIFERENÇA
(A) –(B)
CPP = CPA 32.000,00 20.000,00 + 12.000,00
CPV 25.600,00 16.000,00 + 9.600,00
Estoque final dos 
PA
6.400,00 4.000,00 + 2.400,00
Lucro Líquido 12.400,00 10.000,00 + 2.400,00
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O Custo de Produção no Período (CPP), no Custeio
por absorção, é maior em R$ 12.000,00.
Esta diferença corresponde exatamente ao valor dos
Custos fixos que, no Custeio Variável, não são
considerados custos e sim despesas do exercício.
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O Custo dos Produtos Vendidos (CPV), no Custeio por
Absorção, é maior em R$ 9.600,00.
Esta diferença corresponde ao valor dos Custos fixos
descarregados nas unidades. Cada unidade produzida recebeu
R$ 12,00 de custos fixos (R$ 12.000,00/1.000).
Como foram vendidas 800 unidades, o total de Custos Fixos
correspondente será 800 x R$ 12,00 = R$ 9.600,00.
No Custeio Variável, os Custos Fixos não são considerados
custos de produção e, portanto, não integram o CPV.
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O Estoque Final dos Produtos Acabados, é maior em
R$ 2.400,00 no Custeio por Absorção.
Este valor corresponde aos Custos Fixos
descarregados nas unidades acabadas e não
vendidas, ou seja, 200 unidades x R$12,00 =
R$ 2.400,00.
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No Custeio variável, o estoque final contém custos 
variáveis e pode assim ser calculado:
Custo Variável Unitário: R$ 20.000,00 / 1.000 = 
R$ 20,00
Unidades em estoque no fim do período: 200
Valor do Estoque Final: 200 x R$ 20,00 =
R$ 4.000,00
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No Custeio por Absorção, o estoque final pode ser assim 
decomposto:
Custo Variável Unitário: R$ 20.000,00/1.000 =
R$ 20,00
Custo Fixo Unitário: R$ 12.000,00/1.000 = 
R$ 12,00
Custo Unitário Total: R$12,00 + R$ 20,00 = 
R$ 32,00
Unidades em estoque no fim do período: 200
Valor do Estoque Final: 200 x 32,00 = R$ 6.400,00
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CONCLUSÃO
Do ponto de vista decisorial, verifica-se que o
custeio variável tem condições de propiciar muito
mais rapidamente informações vitais à empresa;
também o resultado medido dentro do seu critério é
mais informativo à administração.
Mediante a utilização de ajustes contábeis a
empresa poderá adequar essa modalidade gerencial
às exigências legais.
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CAPÍTULO 17
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 7ª ed. 
São Paulo: Atlas, 2000.

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