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RELATÓRIO REFERENTE À AULA PRÁTICA INTITULADA COMO “VERIFICAÇÃO DA PRESENÇA DE LACTOBACILOS VIVOS EM LEITE FERMENTADO POR COLORAÇÃO DE GRAM”, DA DISCIPLINA “MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA; MÓDULO DE MICROBIOLOGIA GERAL”, MINISTRADA POR DÉBORA LEANDRO RAMA GOMES. O RELATÓRIO FOI FEITO POR ROBERTHA BACH BARRETO E GABRIELLA DE PAULO PAULA, ACADÊMICAS DO CURSO DE BACHAREL EM FARMÁCIA DO IFRJ – CAMPUS REALENGO. INTRODUÇÃO Os lactobacilos são bactérias anaeróbias do gênero facultativa, gram positiva, com formato de bastenete (bacilo), que convertem lactose e outros açúcares simples em ácido lático. Eles ajudam a prevenir infecções e doenças causadas por outras bactérias, não combatendo diretamente estes microorganismos prejudiciais, mas ajudam a reduzir sua proliferação através de seus antibióticos naturais, principalmente devido à competição por nutrientes. Os lactobacilos são inúmeros e se reproduzem muito rápido, desta forma, não permitem a sobra de nutrientes para as bactérias patogênicas. Quando ocorre um desequilíbrio na proporção entre bactérias saprófitas (ajudam a manter o intestino saudável) e patológicas (causadoras de doenças), manifesta-se um estado conhecido como disbiose. OBJETIVO Verificar a presença de lactobacilos vivos no leite fermentado, a fim de confirmar a formulação descrita na embalagem. MATERIAS E REAGENTES Leite fermentado da marca “Yakult”; Para a realização da verificação, foram disponibilizados pelo Laboratório de Bases Biológicas do IFRJ Campus Realengo, os seguintes materiais: Lâmina; Alça bacteriológica de aço inox; Bico de Bunsen; Óleo de imersão; Microscópio óptico; Para a realização da verificação, foram disponibilizados pelo Laboratório de Bases Biológicas do IFRJ Campus Realengo, os seguintes reagentes: Cristal violeta Lugol – Iodo Álcool - acetona Fucsina – safranina PROCEDIMENTOS E COLORAÇÃO DE GRAM Referencial teórico A coloração de Gram foi desenvolvida em 1884 pelo bacteriologista dinamarquês Hans Christian Gram, que é uma técnica de coloração para diferenciação de microorganismos através de cores, para serem observados ao microscópio ótico. O mecanismo da coloração de Gram se refere à composição da parede celular, sendo que as Gram positivas possuem uma espessa camada de peptideoglicano e ácido teicoco, e as Gram negativas, uma fina camada de peptideoglicano, sobre a qual se encontra uma camada composta por lipoproteínas, fosfolipídeos, proteínas e lipopolissacarídeos. Procedimento I) Utilizando a alça bacteriológica esterilizada por flambagem, esfregou- se na lâmina, cerca de 20 μL do material Yakult, com movimentos circulares para que o material não fosse comprometido. II) Para a fixação do material, a lâmina é rapidamente passada no bico de Bunsen. III) Em seguida, corou-se a mesma com Cristal Violeta, deixando-o agir por um minuto. Terminado o tempo, a lâmina foi lavada com um filete de água corrente, na posição vertical. Esse processo resultou na cor roxa, porque os carboidratos da parede celular da bactéria se ligaram ao Cristal Violeta. IV) O próximo passo foi a utilização do Lugol, que também foi deixado agir por um minuto. O processo de lavagem foi repetido, resultando em um roxo mais escuro devido à presença do Lugol. V) Aplicou-se por 30 segundos o álcool-acetona, repetindo o processo de lavagem, resultando em uma cor mais clara, pela presença do álcool-acetona que “descolore” parcialmente a lâmina, devido à diminuição do diâmetro dos poros da camada de peptideoglicano da parede, e extração dos lipídeos. VI) Por último, foi aplicado por 45 segundos o contra corante Fuscina. Repetiu-se o processo de lavagem, resultando na cor rosa. RESULTADOS E DISCUSSÃO Não apareceu nenhum lactobacilo vivo na lâmina do Yakult. O resultado deveria ser: Na imagem acima, observada pelo microscópio óptico ampliado 1000 vezes, tem-se a lâmina contendo lactobacilos vivos em forma de bastonete no leite fermentado Chamyto, da marca Nestlé. CONCLUSÃO Realizou-se a verificação de lactobacilos vivos no leite fermentado da marca “Yakult”, onde os mesmo não foram encontrados, contrariando o descrito no rótulo. Já no leite fermentado da marca “Chamyto, Nestlé”, obteve-se resultado positivo à presença dos lactobacilos vivos, confirmando a propaganda da empresa. BIBLIOGRAFIA E REFERÊNCIAS TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, CL. Microbiologia. 10. ed., Porto Alegre: Artmed, 2010.
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