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Curso de Oceanografia Geral - Portal Educação Módulo I

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Programa de Educação 
Continuada a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de 
Oceanografia Geral 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
 
 
 
EAD - Educação a Distância 
 Parceria entre Portal Educação e Sites Associados 
 
 
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Curso de 
Oceanografia Geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na bibliografia consultada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO I 
 
 
SUMÁRIO: 
 
1 O que é Oceanografia? 
2 Onde estudar? 
2.1 Graduação 
2.2 Especialização 
3 Perfil do profissional Oceanógrafo 
4 Mercado de trabalho e campos de atuação 
5 Reconhecimento profissional 
6 Reportagem especial 
7 História da Oceanografia 
8 Instrumentação oceanográfica 
8.1 Navio oceanográfico 
8.2 Equipamentos oceanográficos 
8.2.1 Oceanografia geológica 
8.2.2 Oceanografia física: 
8.2.3 Oceanografia Química: 
8.2.4 Oceanografia biológica: 
9 Referências bibliográficas, dicas e links interessantes. 
 
 
 
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DESCOBRINDO A OCEANOGRAFIA 
 
1 O que é Oceanografia? 
 
A Oceanografia (também chamada oceanologia ou ciências do mar) é a 
ciência que estuda os oceanos e ambientes costeiros, procurando compreender, 
descrever e prever os processos que ocorrem nestes ambientes. É uma ciência com 
caráter multi, inter e transdisciplinar, que aborda conhecimentos de quatro principais 
áreas: Oceanografia Física, Oceanografia Química, Oceanografia Biológica e 
Oceanografia Geológica. 
 
2 Onde estudar? 
 
2.1 Graduação 
 
Atualmente (primeiro semestre do ano de 2007) existem nove cursos de 
graduação em Oceanografia no Brasil, nas seguintes Instituições de Ensino 
Superior: 
 
1) Curso de Oceanologia da Fundação Universidade Federal do Rio Grande 
(FURG) 
Caixa Postal 474 
Cep: 96.200-190 - Rio Grande (RS) 
www.oceano.furg.br. 
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2) Curso de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro 
(UERJ) 
Rua São Francisco Xavier, 524 / 4º andar sala 4015 bloco E. 
Cep: 20.550-013 - Rio de Janeiro (RJ). 
Fone: (0**21) 2587-7920 e 2587-7689 - e-mail: oceano@uerj.br 
www.uerj.br 
 
3) Curso de Oceanografia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) 
Rua Uruguai, 458. 
Cep: 88.301-970 - Itajaí (SC) 
Fone: (0**47) 341-7725; 341-7975 e 341-7578 
e-mail: oceanografia.cttmar@univali.br 
www.univali.br/ 
 
4) Curso de Oceanografia do Centro Universitário Monte Serrat 
(UNIMONTE) 
Avenida: Almirante Saldanha da Gama, 89 Ponta da Praia. 
Cep: 11.030-400 - Santos (SP) 
Fone: (0**13) 3261-7757 
e-mail: coord.oceanografia@unimonte.br 
www.unimonte.br 
 
5) Curso de Oceanografia da Universidade Federal do Espírito Santo 
(UFES) 
Avenida: Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras. 
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Cep: 29.075-110 - Vitória (ES) 
Fone: (0**27) 4009 2877 Fax (0**27) 4009 2500 
e-mail: oceanografia@prograd.ufes.br 
www.dern.ufes.br/oceano. 
 
6) Curso de Oceanografia da Universidade Federal do Pará (UFPA) 
Campus Universitário do Guamá - Caixa Postal 8617 
Cep: 66.075-110 - Belém (PA) 
Fone/Fax: (0**91) 3183-1747 
e-mail: jsouto@ufpa.br 
www.ufpa.br 
 
7) Curso de Oceanografia da Universidade de São Paulo (USP) 
Praça do Oceanográfico, 191. 
Cidade Universitária - Butantã 
 
8) O décimo curso de Oceanografia no Brasil foi aprovado na Universidade 
Federal de Santa Catarina (UFSC). A previsão é que o curso passe a ser ofertado já 
no vestibular de 2008. 
Mais informações com professor Jarbas Bonetti. Laboratório de 
Oceanografia Costeira. 
Departamento de Geociências - CFH 
Universidade Federal de Santa Catarina 
Tel.: (48) 3231-3416; Fax: (48) 3231-3434 
e-mail: bonetti@cfh.ufsc.br 
 
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2.2 Especialização 
 
Por se tratar de uma ciência multidisciplinar a Oceanografia oferece uma 
gama muito ampla e diversa de especializações, tanto no campo da Oceanografia 
como de áreas correlatas. A seguir são destacadas algumas opções: 
 
1) Universidade de São Paulo (USP) 
- Mestrado e Doutorado em Oceanografia Biológica; 
- Mestrado e Doutorado em Oceanografia Física; 
- Mestrado e Doutorado em Oceanografia Química e Geológica; 
- Mestrado e Doutorado Engenharia Naval e Oceânica. 
 
2) Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG) 
- Mestrado e Doutorado em Oceanografia Biológica; 
- Mestrado e Doutorado em Oceanografia Física, Química e Geológica; 
- Mestrado em Engenharia Oceânica; 
- Mestrado em Aqüicultura. 
 
3) Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) 
- Mestrado e Doutorado em Engenharia Oceânica. 
Centro de Tecnologia, Bloco C, sala 203. Cidade Universitária - Ilha do 
Fundão 
CEP: 21.945-970. Rio de Janeiro – Brasil. 
Fone: (0**21) 2562-8730 - e-mail: secexpeno@peno.coppe.ufrj.br. 
www.oceanica.ufrj.br 
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4) Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) 
- Mestrado e Doutorado em Geociências (Estratigrafia, Geologia Marinha, 
Geoquímica e Paleontologia). Instituto de Geociências. 
Avenida: Bento Gonçalves, 9500. Bloco I, Campus do Vale – Agronomia. 
CEP: 91.509-900. Porto Alegre (RS). 
Fone: (0**51) 3308-6340. 
E-mail: ppggeo@ufrgs.br. 
www.ufrgs.br/cpggeo/cpggeo.htm 
 
5) Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) 
- Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental. 
 
6) Universidade Federal da Bahia (UFBA) 
- Mestrado e Doutorado em Geologia Costeira e Sedimentar. Instituto de 
Geociências. Rua: Caetano Moura, 123 s/ 315-C. Federação. 
CEP: 40.210-340 SSA/BA. Tel.: (0**71) 3203-8534 
E-mail: pgeol@cpgg.ufba.br. www.pggeologia.ufba.br. 
 
7) Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) 
Mestrado em Aqüicultura. 
 
8) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) 
- Mestrado e Doutorado em Sensoriamento Remoto e Meteorologia. 
Avenida. dos Astronautas, 1758 - Jd. da Granja. 
CEP 12.227-010 - Fone: 55-12-3945. 6000. www.inpe.br/pos_graduacao. 
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No exterior há diversos centros de pesquisa naárea da Oceanografia, a 
seguir estão destacadas algumas Instituições: 
 
- Woods Hole Oceanographic Institution: http://www.whoi.edu 
- Scripps Institutions of Oceanography: http://www.sio.ucsd.edu 
- IFREMER: http://www.ifremer.fr 
- NOAA: http://www.noaa.gov 
- Instituto Oceanográfico de Paris: http://www.oceano.org 
- Comissão Oceanográfica Internacional – COI: http://ioc.unesco.org 
- The Oceanography Society: http://www.tos.org. 
 
Obs.: As informações acima mencionadas serão atualizadas anualmente. 
 
3 Perfil do profissional Oceanógrafo 
 
O oceanógrafo é um profissional de formação técnico-científica direcionada 
ao conhecimento e à previsão do comportamento dos oceanos e ambientes 
transicionais sob todos seus aspectos, capacitado a atuar de forma transdisciplinar 
nas atividades de investigação, uso e exploração racional de recursos marinhos e 
costeiros renováveis e não renováveis. É um profissional dotado de visão crítica e 
criativa voltada para a identificação e resolução de problemas, com atuação 
empreendedora e abrangente no atendimento às demandas da sociedade. Esse é o 
grande diferencial do profissional Oceanógrafo. Mesmo atuando em uma área 
específica, sua formação abrangente confere-lhe capacidade ímpar de compreender 
os processos naturais, além de versatilidade e dinamismo para a resolução dos 
problemas complexos do domínio marinho. A reportagem abaixo, retirada do site 
www.universia.com.br, permite avaliar a carreira de oceanógrafo sob três diferentes 
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visões: um vestibulando, um estudante e um profissional, que contam porque 
escolheram esta profissão. 
Abaixo seguem alguns tópicos interessantes da matéria: 
 
Fonte: Universia Brasil S.A. 
Profissão: Estudante 
Curso: Cursinho Pré-
Vestibular 
 
 
 
Porque escolheu a 
profissão? 
"Sempre quis estudar o 
mar e suas curiosidades, 
acho a vida marinha 
fantástica e este foi o 
principal motivo que me 
levou a optar por 
oceanografia". 
 
Profissão: Estudante da 
UERJ (Universidade Estadual 
do Rio de Janeiro) 
Curso: Oceanografia 
Ano: 3º ano 
Entrou na Faculdade aos: 
22 anos 
Por que escolheu a 
profissão? 
"Quando cursava o colégio 
militar assisti a uma palestra 
sobre o tema e resolvi ir atrás 
de mais informações. Acabei 
optando por abandonar a 
carreira militar e entrar nesta 
área Foi uma decisão difícil, 
mas valeu a pena". 
Profissão: Presidente da 
Aoceano (Associação 
Brasileira de 
Oceanografia) 
Curso: Oceanografia 
Ano de Formação: 1984
Entrou na Faculdade 
aos: 19 anos 
Por que escolheu a 
profissão? 
"Entre as diversas 
profissões apresentadas 
na época, estava 
procurando uma que me 
agradasse e escolhi a 
oceanografia pelo contato 
com a natureza e ecologia 
marinha. Posso até dizer 
que fui um pouco imaturo, 
mas o que me fez decidir 
foi à perspectiva de 
vivenciar uma profissão 
na qual eu teria muito que 
descobrir”. 
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Quanto espera 
ganhar? 
"Espero atuar na área de 
pesquisa e ganhar entre 
2000 e 3000 reais". 
O que você acha que 
vai encontrar de melhor 
na profissão? 
"A liberdade que o 
oceanógrafo tem para 
trabalhar, pois ele é um 
profissional mais livre que 
foge da rotina das 
grandes cidades". 
Que dica você daria a 
estudantes que estão 
em dúvida entre 
oceanografia e outras 
áreas? 
"Deve prestar para 
oceanografia aquele 
estudante que tiver muita 
curiosidade e interesse 
pelo assunto (mar). Eu sei 
que não vai ser fácil, mas 
acredito ter escolhido o 
curso certo". 
O curso 
corresponde as suas 
expectativas? 
"Sim. O curso, numa visão 
geral, é perfeito. Mas eu 
gostaria que ele concentrasse 
um maior número de aulas 
práticas em embarcações, 
reunindo todos os níveis de 
matérias ligadas a 
oceanografia". 
Quanto espera ganhar 
depois de formado? 
“O profissional formado em 
oceanografia que presta 
concurso público começa 
com salário inicial de 2.500 
reais”. Pretendo ingressar 
nesta área, prestar o 
concurso e seguir na carreira 
pública que atualmente está 
em expansão. O profissional 
que trabalha em auditorias e 
consultorias para empresas 
particulares ganha em torno 
Que dica você daria aos 
estudantes interessados 
em Oceanografia? 
“O estudante que escolher 
O curso 
correspondeu às suas 
expectativas? 
“O curso de graduação 
contribuiu muito para 
minha formação e foi 
perfeito em termos de 
grade, professores e 
estrutura”. No entanto, 
acredito que falta uma 
maior aproximação com o 
mercado de trabalho. 
Quanto ganha? 
"Um bom profissional 
iniciante ganha no mínimo 
1500 reais. Já o salário de 
um oceanógrafo com 
cinco anos de experiência 
varia entre 2500 e 4500 
reais, dependendo muito 
da área escolhida pelo 
profissional. Hoje as 
grandes contratadoras 
são as empresas de 
auditoria e consultoria 
ambiental, as empresas 
petrolíferas e de gás. O 
setor que está em grande 
expansão é o de gestão 
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oceanografia como curso de 
graduação deve se preparar 
bastante”. O curso não é feito 
somente de prática. A teoria é 
forte e puxada. 
ambiental. Nas empresas 
a preocupação com 
política ambiental cresceu 
e a procura por 
profissionais 
especializados nesta área 
é muito grande". 
 
 
● FIQUE LIGADO: Você pretende cursar Oceanografia? 
Então se prepare para estudar matemática, cálculo (diferencial e integral), 
física, química, biologia e geologia, além de disciplinas que abordam o manejo de 
recursos vivos, poluição marinha, pesca e gerenciamento de sistemas marinhos e 
costeiros. 
 
4 Mercado de trabalho e campos de atuação 
 
O amplo conteúdo curricular dos Cursos de Graduação de Oceanografia 
permite ao profissional Oceanógrafo atuar com competência e precisão em diversas 
áreas de análise ambiental. O setor público, incluídas aí as Universidades, 
representa uma importante parcela do mercado de trabalho para o Oceanógrafo. Na 
iniciativa privada, o setor com maior potencial de mercado é a aqüicultura e a pesca, 
a engenharia oceânica e a prospecção petrolífera. A solução de problemas 
relacionados à poluição ambiental nos ambientes costeiros representa uma das 
principais oportunidades de trabalho para os profissionais. A expansão da atividade 
de prospecção e produção de petróleo na plataforma continental brasileira abre 
novas e grandes perspectivas para a Oceanografia. 
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A seguir são citadas algumas das diversas áreas de atuação do 
Oceanógrafo: 
• Universidades e centros de pesquisa, nas atividades de ensino, 
pesquisa e/ou extensão; 
• No setor público pode atuar em órgãos federais, estaduais e municipais 
como secretarias de Meio-Ambiente, secretarias de Agricultura e Pesca; secretarias 
de Obras e de Saneamento e em diversas divisões do Ministério da Marinha. 
• Empresas ou centros que atuam na preservaçãode espécies em 
extinção e de ecossistemas agredidos pela ação antrópica; 
• Empresas de consultoria técnica e ambiental; 
• Empresas do setor pesqueiro na prospecção, produção e 
beneficiamento de pescado; 
• Empresas de aqüicultura e maricultura; 
• Empresas privadas de diferentes setores produtivos que de alguma 
forma devem adequar-se às modernas tecnologias de gerenciamento ambiental, 
principalmente no atual momento de adequação à ISO 14.000; 
• Empresas de planejamento territorial; 
• Empresas de saneamento e abastecimento de água; 
• ONG´s ligadas ao meio ambiente; 
• Empresas de exploração e desenvolvimento turístico, etc. 
 
Atividade sugerida: Após a leitura das diversas formas de atuação do 
Oceanógrafo, reflita sobre a seguinte questão: 
a) Como o oceanógrafo poderia atuar nas atividades de uso e exploração 
racional de recursos marinhos e costeiros, renováveis e não renováveis? 
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Deixe sua opinião no fórum. Mas, vamos procurar postar todos no primeiro 
tópico a ser criado por um de nosso colegas, Ok!!! 
 
 
5 Reconhecimento profissional 
 
Como profissão nova no Brasil, a Oceanografia ainda enfrenta problemas 
decorrentes de sua pouca divulgação. O curso de oceanografia já foi reconhecido 
pelo MEC, mas a profissão ainda não está regulamentada. Em discussão desde 
1993, o projeto de lei que dispõe sobre a regulamentação da profissão de 
Oceanógrafo continua como projeto, ainda que não haja nenhum tipo de ressalva à 
sua aprovação. Acredita-se, entretanto, que em pouco tempo a Oceanografia 
ocupará o seu lugar de destaque no cenário nacional. 
 
A PROPÓSITO: Qual é sua opinião sobre a regulamentação da profissão 
de oceanógrafo? 
Mais uma vez você poderá deixar sua opinião no fórum. Não vamos nos 
esquecer de postar sempre no mesmo tópico! 
 
6 Reportagem especial 
 
Mitos encobrem a oceanografia 
Fonte: Jornal Folha de S.Paulo, Dez/2005 (www.folha.uol.com.br) Folha de S. Paulo, 
13 de dezembro de 2005 – FOVEST. 
Carreira 
A admiração por Jacques Cousteau ou o amor por golfinhos mascaram 
peso do curso de exatas. A paixão pelos golfinhos encontrados com freqüência pela 
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costa brasileira, à vontade de contemplar as baleias e a admiração pelo oceanógrafo 
francês Jacques Cousteau (morto em 1997), que popularizou o estudo da vida 
marinha em seus programas de televisão, pouco têm em comum com a profissão do 
oceanógrafo. Esses mitos, no entanto, confundem e podem até tirar do foco os 
interessados no conhecimento dos processos sobre o mar. 
"É um curso da área de exatas, exige conhecimento de química, física, 
biologia, matemática e geologia. É pesado", afirma o coordenador da graduação no 
Instituto Oceanográfico da USP, Moisés Gonsalez Tessler. "Tem muito 
deslumbramento em torno da profissão. Para se formar, os alunos têm de ficar 150 
horas num barco de pesquisa", afirma. 
E a vida em embarcação não é das melhores. Pelo menos, segundo a 
experiência de Ana Carolina da Rocha Lammardo, 26, oceanógrafa que trabalha em 
uma empresa de consultoria. "Para embarcar no Brasil você passa mal. Os barcos 
são pequenos, não têm estrutura. Mas também fiquei um mês em um barco alemão, 
que foi do Recife até o Caribe. Lá a estrutura era outra", conta. 
O espírito aventureiro é visto por Tessler como um ponto necessário ao 
profissional. "Mas também isso não quer dizer que o oceanógrafo vai ser um surfista, 
um mergulhador. Na verdade, ele tem de ter certo desprendimento de uma vida 
metódica." Ana Carolina acrescenta: "Para fazer oceanografia não é preciso nem 
saber nadar. Quando você entra num barco, coloca seu colete salva-vidas". 
 
A profissão 
A profissão do oceanógrafo não é regulamentada no Brasil. Não há, como 
na medicina, na engenharia ou na odontologia, um conselho federal. Com mais de 
30 anos de existência, a classe é representada pela Aoceano, a Associação 
Brasileira de Oceanografia. Mas o presidente da associação, Fernando Luiz Diehl, 
afirma que as empresas estão abertas ao oceanógrafo. "O entendimento que 
algumas organizações têm de que o profissional precisa estar protegido por um 
organismo de classe está caindo por terra", afirma. "No próprio Ibama, isso mudou. 
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Não se contrata mais veterinário, biólogo, oceanógrafo. Agora contrata um analista 
ambiental, que precisa mostrar conhecimento", disse Diehl. 
 
Por que escolher? 
Optar pelo curso, cuja profissão ainda é pouco difundida na sociedade, pode 
se tornar um dilema. Mas Tessler, da USP, dá uma dica: "Você tem de saber do que 
gosta. Se quer entender das plantas e dos animais do mar, faça biologia. Para fazer 
oceanografia, tem de gostar do meio, que é o mar." Para o professor, quem gosta 
dos filmes de navegadores e oceanógrafos tem de ficar bem atento para não se 
confundir. Os vídeos mostram apenas uma parte do trabalho, mas, para haver 
gravação, cientistas se dedicaram a um tema por anos. "E, na televisão, não 
aparece mau tempo no mar, tempestade nem ninguém passando mal do estômago." 
 
SEM EMBARCAÇÃO - Profissional realiza estudos sobre impacto de 
projetos no ambiente. Parte dos formados vai para consultoria 
Encontrar um oceanógrafo em barco de pesquisa pode parecer óbvio. Mas 
o lugar onde esses pesquisadores mais têm se refugiado atualmente nada tem a ver 
com uma cabine apertada. É na frente dos computadores, em escritórios, que mais e 
mais profissionais vêm conseguindo trabalho. É que as empresas de consultoria 
passaram a absorver boa parte dos graduados e pós-graduados na ciência. 
Especializada em oceanografia geológica, Ana Carolina da Rocha Lammardo, 26, já 
está a três anos em uma empresa de consultoria ambiental. "Para a Petrobrás obter 
licenciamento para construir uma plataforma, por exemplo, ela precisa fazer um 
estudo de impacto ambiental", explica. 
Dentre as atividades, a pesquisadora estuda como avançaria um 
derramamento de óleo no mar, como se dispersariam materiais descartados por 
emissários submarinos ou como agiria um solvente químico. "Tudo isso é feito por 
modelos matemáticos. Nós tentamos reproduzir uma região do oceano no 
computador, incluímos as variáveis de vento, maré, correntes, ondas e do tempo na 
época do ano, com as previsões meteorológicas. Aí conseguimos prever como o 
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óleo se espalharia e como fazer para conter a mancha", conta. Para o presidente da 
Aoceano (Associação Brasileira de Oceanografia), Fernando Luiz Diehl, o mercado 
de consultoria valoriza o oceanógrafo por sua formação. "É um profissional com 
capacidade de transitar em várias áreas de conhecimento. São poucos que têm esse 
olhar." 
 
7 História da Oceanografia 
 
O interesse do homem pelo mar é antigo, mas ele pôde velo com os olhos 
de cientista a partir do século XVII, depois da Revolução Científica na Europa 
Ocidental. Vários dos cientistas que tiveram papel de destaque nesta revolução 
também ocasionalmente estudaram o mar. Isaac Newton (1643-1742) que é 
conhecido pelos seus trabalhos com as leis de gravitação,e é esse fenômeno, a 
atração gravitacional entre a Terra e a Lua, que explica as marés. Edmund Halley 
(1656-1742) que calculou a órbita do cometa que leva seu nome estudou os ventos 
alísios. O “pai da Química”, o francês Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794), 
também foi o primeiro a analisar quimicamente a água do mar. 
Um velejador, astrônomo e matemático inglês, James Cook, foi um dos 
primeiros exploradores científicos dos oceanos. Em 1768, com o navio Endeavour, 
fez diversos estudos astronômicos no Pacífico Sul, realizou sondagens de 
profundidades, mediu correntes, ventos, mapeou ilhas e obteve informações sobre 
recifes de corais. 
O norte americano Benjamin Franlin atuou em diversas áreas da ciência, 
inclusive a oceanografia. Ele percebeu que os navios que iam dos Estados Unidos à 
Europa moviam-se mais rapidamente do que em sentido inverso. Através de 
medições da temperatura da água descobriu a Corrente do Golfo (nomeada por ele) 
em 1768. 
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Entre 1831 e 1836 ocorreu a viajem do HMS Beagle, na qual Charles 
Darwin coletou informações que o levaram a desenvolver a sua revolucionária teoria 
sobre a origem das espécies. 
Edward Forbes (1815-1845), um pioneiro em Oceanografia Biológica, 
estudou a vida nos oceanos e postulou a falta de vida abaixo dos 600m de 
profundidade (Teoria Azóica). Porém a sua teoria foi refutada a partir de 1860, 
quando cabos oceânicos içados à superfície para reparos, trouxeram inúmeros 
organismos vivos fixos em suas estruturas. Esta descoberta estimulou muitos 
cientistas a investigar a vida marinha. 
Em 1853 o cientista americano, Matthew Fontaine Maury, organizou a 
primeira Conferência Internacional de Meteorologia em Bruxelas (Bélgica) para 
estabelecer uma uniformização dos métodos náuticos e observações meteorológicas 
no mar. Em 1855, Maury publicou o primeiro Livro de Oceanografia em Inglês “The 
Physical Geography of the Sea”, um Atlas das condições do mar e direção dos 
ventos. Por estas iniciativas, Maury é freqüentemente referido como o pai da 
Oceanografia moderna. 
A primeira expedição que marca o início da oceanografia moderna foi à 
expedição de um navio da Marinha Real britânica, o HMS Challenger sob direção do 
Sir C. Wyville Thompson, que iniciou em 23 de dezembro de 1872. Este navio, com 
243 tripulantes e 6 cientistas, percorreu 110 mil quilômetros por todos os oceanos 
durante três anos e meio. Os pesquisadores a bordo descreveram um número 
recorde de novas espécies marinhas (4.417), realizaram 492 medidas de 
profundidade, 133 dragagens e 362 estações oceanográficas. Os resultados da 
viagem do Challenger geraram uma publicação com 50 volumes, num total de 
29.500 páginas com 3.000 ilustrações, o que marcou o nascimento da moderna 
ciência oceanográfica. A partir dessa época, a Oceanografia experimentou um 
desenvolvimento crescente, que se intensificou especialmente com os progressos 
tecnológicos que permitiram a construção de equipamentos cada vez mais 
sofisticados para a exploração direta e indireta do ambiente marinho. 
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Entre os diversos homens que contribuíram imensamente para a 
oceanografia moderna, destaca-se o Sueco Fridjof Nansen (1861-1930), um 
grandioso zoologista, artista e ganhador do Prêmio Nobel. Apesar de Nansen ter 
falhado em chegar ao pólo norte (seu navio congelou num pacote de gelo do 
Oceano Ártico), ele foi o homem que alcançou a posição mais ao Norte que um 
homem jamais havia ido naquela época. A garrafa de coleta de águas que ele 
projetou é até hoje utilizada para coleta de amostras (Garrafa de Nansen). 
Já no século XX, a viagem do navio alemão Meteor (1925 – 1927) 
proporcionou grande contribuição sobre a circulação oceânica no Atlântico Sul. Nos 
anos 50 a Oceanografia teve um grande impulso devido à Segunda Guerra Mundial, 
quando foram desenvolvidos diversos equipamentos para a utilização na guerra que 
puderam ser aperfeiçoados e utilizados na pesquisa oceanográfica. 
Entre 1957 e 1958, a realização do Ano Geofísico Internacional mobilizou 
uma força tarefa de mais de 20 mil pesquisadores de 66 países para a investigação 
dos fenômenos físicos da Terra, incluindo os fenômenos oceanográficos. Como 
parte desse programa foi lançada os primeiros satélites artificiais: Sputnik e Explorer. 
Os anos 70 foram designados como a “Década Internacional de Exploração dos 
Oceanos”. A necessidade de se investigar o oceano de forma sistemática forçou a 
formação de comissões científicas internacionais, como o Comitê Científico de 
Pesquisa Oceânica (SCOR), ainda na década de 50, e vários experimentos, como o 
Oceano Tropical e Atmosfera Global (TOGA), em 1984, e o Experimento da 
Circulação Oceânica Mundial (WOCE), em 1988. Neste último, durante 10 anos, 
mais de 30 países fizeram observações amostrais locais e por satélites em todos os 
oceanos do planeta, tentando entender melhor os processos físicos até então pouco 
conhecidos. 
No Brasil o primeiro estudo oceanográfico importante ocorreu em 1857, 
quando a Marinha realizou um levantamento hidrográfico entre a foz do rio Mossoró 
(RN) e a foz do rio São Francisco. A pesquisa oceanográfica acadêmica originou-se 
com o pesquisador francês Wladimir Besnard (1890-1960), convidado pelo governo 
do estado de São Paulo para organizar o Instituto Paulista de Oceanografia (criado 
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através de Decreto-Lei em dezembro de 1946), sendo então a primeira instituição 
nacional dedicada à investigação dos recursos vivos, minerais e energéticos do mar 
brasileiro. Em 1950, foi publicado pelo Instituto recém-criado, primeiro periódico 
nacional na área de Oceanografia, o Boletim do Instituto Paulista de Oceanografia. 
Em 1951, o Instituto Paulista de Oceanografia foi incorporado à 
Universidade de São Paulo (USP), recebendo o nome de Instituto Oceanográfico. 
Dois anos após, foi contratado pelo Instituto, o islandês Ingvar Emilsson, 
considerado o primeiro oceanógrafo físico acadêmico brasileiro. Em 1967, chegou 
ao Brasil o navio oceanográfico da USP Professor Wladimir Besnard, construído na 
Noruega. 
Outro importante personagem que contribuiu para o desenvolvimento da 
Oceanografia brasileira foi o almirante Paulo Moreira da Silva, que transformou no 
navio-escola Almirante Saldanha no primeiro navio oceanográfico brasileiro, em 
1964. 
Na década de 1970, foram criados dois cursos de graduação em 
Oceanografia no Brasil: o primeiro, em 1971, pela Fundação Universidade Federal 
do Rio Grande (FURG) e o segundo, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro 
(UERJ), em 1977. Em 1992, a Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) consolida o 
interesse pela Oceanografia no Brasil implementando seu curso de graduação. 
No dia 5 de janeiro de 1983, o Brasil desembarcou pela primeira vez na 
Antártida com o navio oceanográfica Professor W. Besnard e com o navio de apoio 
oceanográfico Barão de Teflé, primeiro navio polar brasileiro, pertencente à Marinha. 
A estação brasileira, fundada em fevereiro de 1984, foi denominada Comandante 
Ferraz, que teve um importante papel no desenvolvimento do PROANTAR 
(Programa Antártico Brasileiro). 
Anos mais tarde, o interesse pela ciência e pela demanda do profissional 
oceanógrafoexpandiu-se para outras regiões e estados do Brasil, estimulando a 
criação de novos cursos de graduação em Oceanografia nas seguintes instituições: 
UNIMONTE (SP), em 1998; UFES (ES) e UFPA (PA), em 2000; USP (SP), em 2002; 
e UFBA (BA), em 2004. No final de 2004 o curso de Ciências do Mar da UFPR 
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transformou-se no nono curso de Oceanografia do país. A expectativa é que o 
décimo curso de graduação em Oceanografia passe a ser ofertado a partir do 
vestibular de 2008, na Universidade Federal de Santa Catarina, localizada na cidade 
de Florianópolis. 
Apesar da crônica falta de recursos, o Brasil possui grupos em geral bem 
consolidados, cursos de boa qualidade e produção científica e técnica quantitativa e 
qualitativa muito boa. Entre 1987 e 1991 foram produzidos cerca de mil trabalhos 
científicos na área, dando em média, aproximadamente dezesseis trabalhos por 
mês. Hoje há cerca de 500 pesquisadores que desenvolvem regularmente 
atividades oceanográficas, embora existam ainda poucos cursos de graduação em 
Oceanografia. 
 
Questão para reflexão: Qual a sua opinião sobre o homem ter iniciado a 
corrida espacial antes mesmo de conhecer completamente o seu próprio planeta? O 
conhecimento principalmente sobre as regiões mais profundas dos oceanos 
continua sendo uma grande incógnita. Quer um exemplo? Apenas dois homens 
estiveram na parte mais profunda dos oceanos até então conhecida (11.000 metros). 
A propósito quantos astronautas já pisaram na Lua? 
 
8 Instrumentação oceanográfica 
 
A seguir serão apresentados de forma geral alguns equipamentos 
oceanográficos utilizados em estudos oceanográficos: 
 
8.1 Navio oceanográfico 
 
Os navios oceanográficos e embarcações em geral são os mais importantes 
instrumentos na pesquisa oceanográfica, sem os quais os oceanógrafos não 
conseguem nem sequer acessar seu local de estudo ou transportar e utilizar os seus 
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instrumentos de trabalho. As embarcações utilizadas na pesquisa oceanográfica 
apresentam dimensões muito variadas, conforme o local de trabalho (regiões 
costeiras ou oceânicas) e os equipamentos que se deseja operar. Podem ser 
pequenas lanchas ou botes até grandes navios oceanográficos, que operam em 
grandes profundidades. 
O Brasil com 8 mil quilômetros de litoral, um dos maiores do mundo, é um 
país que tradicionalmente não investe na pesquisa oceanográfica comparativamente 
com outros países em desenvolvimento. A Índia, por exemplo, que possui uma costa 
muito menor, conta com seis navios oceanográficos e tem desenvolvido estudos de 
alto nível de seu potencial marinho. O Brasil possui dois navios oceanográficos que 
pertencem às instituições de pesquisa: o N/Oc. Prof. W. Besnard (Figura 1) do 
Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP); o N/Oc. Atlântico Sul 
da Fundação Universidade do Rio Grande (FURG). Existem ainda alguns navios de 
pesquisa e apoio oceanográfico da Marinha do Brasil, como o N/Oc. Antares, Navio-
hidrográfico Sírius (Figura 2), Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel, e o 
Almirante Saldanha que ó o mais antigo navio oceanográfico brasileiro. 
 
 
Figura 1: Vista geral do navio N/Oc. Prof. W. Besnard. Fonte: www.io.usp.br. 
 
 
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Figura 2: Navio Hidrográfico Sirius. Fonte: www.mar.mil.br. 
 
A seguir são apresentadas algumas informações sobre os navios 
oceanográficos das instituições de ensino IO/USP e FURG, confira: 
Nome da embarcação: N/Oc. Prof. W. Besnard
Instituição Responsável: IO/USP 
Local e ano da construção: A/S Mjellem & Karlsen, Bergen, Noruega, em 
1967. 
Data de Lançamento ao Mar: 18/08/1966 
Dimensões: (comprimento/boca/calado máximo) 
49,35 metros de comprimento, 9,33 metros de boca, 4,20 metros de calado. 
Autonomia: 15 dias de aguada 
Tripulação: 22 
Vagas para Pesquisa: 15 
Principais Equipamentos para Pesquisa: Sistema de aquisição de dados 
com os parâmetros: salinidade e temperatura da água da superfície, correntes, 
dados meteorológicos (intensidade e direção do vento, temperatura e umidade 
relativa do ar e pressão barométrica), posição da embarcação via GPS, agulha 
giroscópica e ecosonda. Para o trabalho de convés o navio possui guinchos 
oceanográficos com até 5.000 metros de cabo. 
Principais Comissões Realizadas: REMAC, PROANTAR, COROAS, 
OPISS, PADCT, REVIZEE, DEPROAS, entre outras comissões. 
Outras informações pertinentes: 
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No convés principal possui um laboratório molhado, um laboratório químico, 
um laboratório de temperatura constante e um laboratório seco geral. 
Fonte: www.io.usp.br. 
 
Nome da embarcação: N/Oc. Atlântico Sul. 
Instituição Responsável: FURG 
Ano da construção: 1977. 
Dimensões: (comprimento/boca/calado máximo) 
36,0 metros de comprimento, 8 metros de boca, 4,5 metros de calado. 
Autonomia: 25 dias (6.500 milhas). 
Tripulação: 12 
Vagas para Pesquisa: 12 
Principais Equipamentos para Pesquisa: Unidade de sondagem científica 
com impressora. Sistema de sonda de rede. Ecosonda com monitor colorido. Sonar. 
Sala para trabalhos de hidroacústica científica, área 6,5 m2. Laboratório Úmido para 
amostragem, área de 8,0 m2. Guinchos oceanográficos. 
Principais atividades: Monitoramento do ambiente marinho nos aspectos 
biológicos, geológicos, físicos e químicos. Estudos de distribuição e abundância de 
organismos marinhos, planctônicos, pelágicos e demersiais, com capacidade de 
amostragem que permite operar redes de tamanhos comerciais e amostradores 
científicos entre 10 e 1.500 m de profundidade. Mapeamentos batimétricos entre 10 
e 2.000 m. Treinamento de pessoal de nível médio, superior e técnico especializado. 
Fonte: www.oceano.furg.br. 
 
8.2 Equipamentos oceanográficos 
 
8.2.1 Oceanografia geológica 
 
a) Dragas (amostradores superficiais não-pontuais): 
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b) Busca-fundo (amostradores superficiais pontuais): 
 
 
 
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c) Testemunhadores e caixas (amostradores pontuais de subsuperfície): 
 
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Observação: As imagens e a classificação acima foram retiradas do 
seguinte artigo: 
 
Fonte: FIGUEIREDO JR., Alberto G.; BREHME, Isa. Geological sampling 
in mineral exploration. Rev. Bras. Geof. , São Paulo, v. 18, n. 3, 2000. 
Disponível em: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102261X2000000300006
&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 09 Aug 2007. 
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8.2.2 Oceanografia física: 
 
a) CTD (temperatura, condutividadee pressão). 
 
Fonte: www.coolclassroom.org/... /ctdtutorial.html. 
 
b) ADCP (Perfilador Acústico Correntes por Efeito Doppler) 
 
Fonte: www.sontek.com. 
 
 
 
 
c) Correntógrafo 
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Fonte: www.tvcultura.com.br/... /maravista/1/1mar2.htm. 
 
 
 
d) Marégrafo eletrônico (sensor de pressão) 
 
Fonte: http://www.geocities.com/mpcarvalho_2000/maregraf.htm. 
 
 
 
 
 
8.2.3 Oceanografia Química: 
 
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a) pH, turbidez e oxigênio. 
 
 
pH metro, turbidímetro e oxímetro. Fonte: Arquivo do autor. 
 
 
 
b) Coleta de água 
 
Garrafa de Niskin (esquerda) e de Nansen (direita). 
Fonte: http://paginas.terra.com.br/educacao/sariego/instrumentos.htm; e 
www.mares.io.usp.br 
 
c) Disco de Secchi (transparência da água, penetração luz). 
 
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Fonte: www.scubla.it. 
 
 
8.2.4 Oceanografia biológica: 
 
a) Rede de plâncton: 
 
 
Fonte: Arquivo do autor. 
 
 
 
b) Redes de arrasto: 
 
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Operação de arrasto duplo. Fonte: www.marelec.com/en/trawlcontrolinh.htm. 
 
 
 
 
Exemplo de uma amostra obtida após uma operação de arrasto duplo. Fonte: Arquivo do 
autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: 
 
• Algumas informações do texto acima foram retiradas dos seguintes 
sites, acesse e confira: 
 
http://cursos.unisanta.br/oceanografia/historia_oceanografia.htm, 
www.aoceano.org.br 
http://oceanografiaonline.com 
 
• Livros interessantes sobre o assunto: 
 
“História das Ciências no Brasil” (Ferri, M.G. & Motoyama, S. 1980. 
EDUSP/E.P.U./CNPq, São Paulo). 
 
“História da hidrografia brasileira” (Ferrenho R.C. Rio Grande. Imago Maris, 1993, 
v.1, n.1, p.3-10). 
 
“O que é Oceanografia” (Gallo, J. & Verrone, L. V. Coleção Primeiros Passos, 284. 
Ed. Brasiliense, São Paulo, 1993, 80 p.). 
 
“As fronteiras do mar - a história da exploração oceanográfica” (R. C. Cowen. 
Cultrix, 1965, 327 p.). 
 
“Cousteau - A Enciclopédia dos Mares”. (Salvat, 1984. 6 vols.). 
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• Dicas interessantes: 
“Inventors” – principalmente a oceanografia nos EUA. 
http://inventors.about.com/library/inventors/bloceanography.htm?iam=dpile&terms=+
oceanography. 
“Cumulativa bibliography on the history of oceanography” – site de busca através de 
termos em inglês. http://scilib.ucsd.edu/sio/indexes/cbho.html. 
Uma interessante descrição dos institutos de pesquisa oceanográfica no mundo (em 
português!): http://paginas.terra.com.br/educacao/sariego/instituicoes.htm. 
Confira o interessante site do programa “Mar à vista” produzido pela TV cultura: 
www.tvcultura.com.br/aloescola/ciencias/maravista/. 
A Associação Brasileira de Oceanografia (http://www.aoceano.org.br) traz diversas 
informações do mundo oceanográfico, como: - notícias, - informações sobre a 
carreira de oceanógrafo; oportunidades de bolsas de estudos, concursos e 
empregos, cursos e eventos, e muito mais. 
Recomendo como um texto introdutório o primeiro capítulo do livro Biologia Marinha 
(Pereira & Soares-Gomes, 2002). 
Para os curiosos, amantes da natureza e aspirantes a estudar oceanografia, vale a 
pena conferir o site “Oceanografia OnLine” (www.oceanografiaonline.com/) por 
conter informações básicas sobre ciências marinhas e ambientais, e sobre ensino 
básico e superior. 
Para os interessados em navegação há no site da Diretoria de Hidrografia e 
Navegação (DHN) duas apostilas em meio digital sobre navegação (grátis para 
download!). Basta acessar: www.mar.mil.br/dhn/dhn/ - (serviços => cartas e 
publicações => download de publicações). Além de informações sobre Oceanografia 
e Meteorologia. 
Mantenha-se informado através do “Jornal do Meio Ambiente” que dispões de 
notícias ambientais diárias, inclusive com um sistema de recebimento de notícias 
diárias através do seu e-mail (grátis!). Acesse: www.jornaldomeioambiente.com.br/ e 
confira. 
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Interessado em mergulho? Então seu lugar é no “Clube do Mergulhador” 
(http://www.clubedomergulhador.com.br/) que traz diversas informações e 
curiosidades. 
Se o inglês não é problema, acesse: “Ocean Portal” (www.oceanportal.org/) com 
informações internacionais da oceanografia. 
Outra referência (muito interessante) é o “United Nations Atlas of the Oceans” 
(http://www.oceansatlas.org), com informações sobre o estudo, os usos e as 
políticas internacionais de preservação dos oceanos, além de dados divididos por 
"regiões" oceânicas (em inglês é claro!). 
Informação nunca é demais, visite e cadastre-se no “EcoAgência Solidária de 
Notícias Ambientais” (www.ecoagencia.com.br/) e receba diariamente notícias 
ambientais em seu e-mail. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
----------------FIM DO MÓDULO I---------------- 
	1 O que é Oceanografia? 
	2 Onde estudar? 
	2.1 Graduação 
	2.2 Especialização 
	3 Perfil do profissional Oceanógrafo 
	4 Mercado de trabalho e campos de atuação 
	5 Reconhecimento profissional 
	6 Reportagem especial 
	7 História da Oceanografia 
	8 Instrumentação oceanográfica 
	8.1 Navio oceanográfico 
	8.2 Equipamentos oceanográficos 
	8.2.1 Oceanografia geológica 
	8.2.2 Oceanografia física: 
	8.2.3 Oceanografia Química: 
	8.2.4 Oceanografia biológica: 
	BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

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