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Banrisul 2015 
facebook.com/ConhecimentoBancario 
1 
 
Banrisul 2015 
facebook.com/ConhecimentoBancario 
2 
Sumário 
1. Introdução e esclarecimentos .................................................. 3 
2. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional ............................... 3 
3. Políticas Econômicas ................................................................ 3 
4. Noções de política monetária .................................................. 4 
5. Noções de política fiscal ........................................................... 4 
6. Noções de política cambial ...................................................... 4 
7. Instrumentos de Política Monetária ........................................ 6 
8. Liquidez .................................................................................... 6 
9. Mercado Primário e Secundário .............................................. 6 
10. Mercado Financeiro: mercado monetário, mercado de crédito, 
mercado de capitais e mercado cambial. .......................................... 6 
11. Mercado de títulos públicos federais ....................................... 7 
12. Conselho Monetário Nacional ................................................. 9 
13. Banco Central do Brasil .......................................................... 10 
14. COPOM - Comitê de Política Monetária ................................ 11 
15. Mercado Bancário - Produtos de serviço, produtos de 
captação, produtos de empréstimo, ............................................... 11 
16. Taxas de juros do mercado financeiro. .................................. 11 
17. Spread Bancário ..................................................................... 12 
18. Depósitos à Vista .................................................................... 12 
19. Depósitos a prazo (CDB e RDB) .............................................. 12 
20. Cadernetas de poupança ....................................................... 13 
21. Letras de câmbio .................................................................... 14 
22. Financiamento de Capital Fixo ............................................... 14 
23. Financiamento de Capital de Giro .......................................... 14 
24. Crédito fixo ............................................................................ 14 
25. Crédito rotativo ...................................................................... 14 
26. Crédito Direto ao Consumidor (CDC) ..................................... 14 
27. Cheque Especial ..................................................................... 15 
28. Contas garantidas .................................................................. 15 
29. Descontos de títulos .............................................................. 15 
30. Hot Money ............................................................................. 15 
31. Vendor Finance ...................................................................... 15 
32. Compror Finance .................................................................... 16 
33. Leasing (tipos, funcionamento, bens) .................................... 16 
34. Crédito Rural .......................................................................... 17 
35. Pronaf .................................................................................... 18 
36. Cobrança e pagamento de títulos, boletos e carnês .............. 18 
37. Arrecadação de tributos e tarifas públicas ............................ 18 
38. Transferências automáticas de fundos .................................. 18 
39. Home / Office Banking ........................................................... 19 
40. Remote banking ..................................................................... 19 
41. Mobile Banking ...................................................................... 19 
42. TED e DOC .............................................................................. 19 
43. Mercado interbancário .......................................................... 19 
44. Operações de Liquidez no Mercado Interbancário ................ 21 
45. Taxas de Juros no Mercado Interbancário ............................. 21 
46. Mercado de Capitais .............................................................. 22 
47. Conselho Monetário Nacional ............................................... 22 
48. Comissão de Valores Mobiliários - CVM ................................ 22 
49. Estrutura e Funcionamento ................................................... 23 
50. Sociedades Anônimas ou Companhias................................... 23 
51. Ação - características ............................................................. 23 
52. Direitos dos Acionistas ........................................................... 24 
53. Desdobramento e Grupamento de Ações .............................. 24 
54. Agentes do Mercado de Capitais ............................................ 24 
55. Valor das Ações ....................................................................... 25 
56. Bolsas de Valores .................................................................... 25 
57. Bolsas de Mercadorias e de Futuros. ...................................... 25 
58. BM&FBovespa ........................................................................ 26 
59. Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e 
Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários ............... 26 
60. Negociando com Ações ........................................................... 27 
61. Funcionamento do mercado à vista de ações......................... 27 
62. Mercado de balcão ................................................................. 28 
63. Operações de Underwriting .................................................... 28 
64. Fundos de Investimento ......................................................... 28 
65. Fundos de investimento em renda fixa ................................... 29 
66. Fundos de investimento de renda variável ............................. 29 
67. Fundos de investimento referenciados em dólar ................... 29 
68. Fundos de investimento orientados à aposentadoria ............ 29 
69. Planos de aposentadoria e pensão privados abertos ............. 30 
70. Planos de aposentadoria e pensão privados fechados ........... 31 
71. Sistema de liquidação e custódia – visão geral ....................... 31 
72. Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) ................. 31 
73. Cetip S.A. - Mercados organizados ......................................... 32 
74. BM&FBOVESPA - Câmara de ações ......................................... 32 
75. BM&FBOVESPA - Câmara de ativos ........................................ 33 
76. BM&FBOVESPA - Câmara de câmbio ...................................... 34 
77. Câmara BM&FBOVESPA .......................................................... 35 
78. C3 - Central de Cessão de Crédito ........................................... 36 
79. Operações com derivativos..................................................... 36 
80. Mercado a termo .................................................................... 36 
81. Mercado futuro....................................................................... 37 
82. Mercado de opções ................................................................ 38 
83. Mercado de swaps .................................................................. 39 
84. Resumo e Revisão ................................................................... 40 
85. Regras prudenciais: ................................................................. 40 
86. Risco de crédito ...................................................................... 41 
87. Risco cambial.......................................................................... 41 
88. Risco de mercado .................................................................... 41 
89. Risco de liquidez ..................................................................... 41 
90. Conceito de patrimônio de referência .................................... 41 
91. Regras prudenciais definidas pelo CMN às instituições 
financeiras. ....................................................................................... 42 
92. Mercado de Câmbio................................................................ 44 
93. Instituições autorizadas a operar ............................................ 44 
94. Operações básicas .................................................................. 44 
95. Contratos de câmbio – características .................................... 45 
96. Taxas de câmbio ..................................................................... 45 
97. Remessas ................................................................................ 45 
98. Posição de Câmbio .................................................................. 47 
99. Cartões de Débito ................................................................... 47 
100. Cartões de crédito .................................................................. 47 
101. Referência Bibliográfica .......................................................... 49 
 
 
Banrisul 2015 
facebook.com/ConhecimentoBancario 
3 
1. Introdução e esclarecimentos 
Seja muito bem-vinda(o) ao curso de Conhecimentos Bancários para 
o concurso do Banrisul – Banco do Estado do Rio Grande do Sul do 
Brasil, prova em 13.12.2015. 
Este curso foi elaborado levando em conta exatamente o conteúdo 
exigido no Edital Banrisul FDRH nº 01/2015, de 07.10.2015, 
disponível em fdrh.rs.gov.br/conteudo.php?cod_conteudo=5742. 
Ao longo do curso teremos a oportunidade de trabalhar todo o 
conteúdo, por meio de aulas teóricas, exemplos da prática bancária 
e vários exercícios. 
Estão inseridos 690 exercícios gabaritados que envolvem somente 
os assuntos que constam no Edital, que foram divididos em três 
blocos de 230 exercícios. No primeiro bloco estão as questões mais 
recentes que caíram nos últimos concursos para instituições 
financeiras públicas. Nos segundo e terceiros bloco estão questões 
mais antigas, todas revistas e atualizadas conforme as normas 
atualmente em vigor. 
Estarei à disposição em sala de aula e também no meio virtual. 
Participem da minha comunidade Conhecimentos Bancários no 
Facebook, acessando facebook.com/ConhecimentoBancario. 
Estude e realize os seus sonhos! 
Conte com a minha experiência profissional, pois trabalho em 
bancos desde 1968. Conte sempre com o meu auxílio e com a minha 
parceria e comprometimento com a sua aprovação. 
Fique na paz! 
Prof. Cid Roberto 
Brasília (DF) 
2. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional 
Sistema Financeiro Nacional 
O Sistema Financeiro Nacional - SFN tem a função básica de fazer o 
encontro dos superavitários (doadores de recursos) com os 
deficitários (tomadores de recursos). 
Para que isso ocorra, existem intermediários financeiros legalmente 
autorizados a fazerem esses encontros. São os operadores do SFN. 
Eles fazem com que os que têm sobra de dinheiro encontrem 
alternativas onde aplicar seus recursos financeiros. 
Esses recursos são repassados para os agentes econômicos que 
necessitam de dinheiro para atender as suas necessidades de 
consumo, que podem ser de caráter pessoal bem como para 
ampliação da capacidade produtiva das empresas. 
A intermediação financeira implica em captar os recursos dos 
superavitários, repassando-os para os deficitários. 
Os intermediários financeiros ganham juros ou comissões, 
dependendo da operação financeira que estiver realizando. 
Os superavitários ao aplicarem seus recursos em geral esperam 
auferir rendimentos positivos. Os deficitários pagam juros pelos 
recursos que tomam emprestados. 
Como consta no sítio do Banco Central do Brasil (bcb.gov.br), o SFN 
está estruturado basicamente em três subsistemas: órgãos 
normativos, entidades supervisoras e operadores. 
Órgãos 
normativos 
Entidades 
supervisoras 
Operadores 
Conselho 
Monetário 
Nacional 
- CMN 
Banco Central 
do Brasil 
- Bacen 
Instituições financeiras 
captadoras de 
depósitos 
à vista 
Outros 
intermediários 
financeiros e 
administradores 
de recursos de 
terceiros 
Demais instituições 
financeiras 
Comissão de 
Valores Mobiliários 
- CVM 
Bolsas de mercadorias 
e futuros 
Bolsas de Valores 
Conselho 
Nacional de 
Seguros 
Privados 
- CNSP 
Superintendência de 
Seguros Privados 
- Susep 
Resseguradores 
Sociedades Seguradoras 
Sociedades de Capitalização 
Entidades Abertas de 
Previdência Complementar 
Conselho 
Nacional de 
Previdência 
Complementar 
- CNPC 
Superintendência 
Nacional de 
Previdência 
Complementar 
- Previc 
Entidades Fechadas de Previdência 
Complementar (fundos de pensão) 
Órgãos Normativos 
Têm a atribuição de traçar as linhas gerais que devem ser 
observadas na parte do Sistema Financeiro que está a cargo de cada 
uma delas. Não executam coisa alguma. 
São os seguintes: 
 Conselho Monetário Nacional - CMN; 
 Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP; e 
 Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC. 
Entidades Supervisoras 
Executam o que foi determinado pelos órgãos normativos, cabendo 
supervisionar, fiscalizar, acompanhar e punir os operadores do 
Sistema Financeiro, dentro das atribuições definidas para cada uma 
delas. 
São as seguintes: 
 Banco Central do Brasil - Bacen; 
 Comissão de Valores Mobiliários - CVM; 
 Superintendência de Seguros Privados - Susep; e 
 Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc. 
Operadores (Intermediários Financeiros) 
São todos aqueles que fazem efetivamente o Sistema Financeiro 
Nacional alcançar o seu objetivo de proporcionar o encontro dos 
superavitários com os deficitários, cabendo-lhes observar as regras 
definidas pelos órgãos normativos e que são implementadas pelas 
entidades supervisoras. 
3. Políticas Econômicas 
Entende-se como política a habilidade no trato das relações 
humanas com vista à obtenção dos resultados desejados. 
De forma mais objetiva, podemos definir política como sendo 
procedimentos, arranjos adotados com um objetivo específico. 
Segundo o Dicionário Aurélio, política Econômica é o meio pelo qual 
um governo busca regular ou modificar os negócios econômicos de 
uma nação. 
A política econômica consiste no conjunto de ações governamentais 
que são planejadas para atingir determinadas finalidades 
relacionadas com a situação econômica do Brasil. 
Têm impacto no preço das mercadorias, no nível de produção, no 
número de empregos, na arrecadação de impostos, à quantidade de 
moeda na economia. 
Banrisul 2015 
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4 
A gestão da economia visa atender às necessidades de bens e 
serviços da sociedade e atingir determinados objetivos sociais e 
macroeconômicos, como: 
 pleno emprego, 
 distribuição de riqueza, 
 estabilidade de preços e 
 crescimento econômico. 
Para tanto, o governo atua na economia por meio de políticas 
econômicas, identificadas, principalmente, pela: 
 política monetária, 
 política fiscal e 
 política cambial. 
Os instrumentos das políticas econômicas são mais eficientes 
quando aplicados em mercados financeiros mais desenvolvidos. 
Em mercados menos evoluídos, cuja pequena dimensão e alta 
concentração de riqueza limitam os efeitos desses instrumentos 
econômicos, o governo costuma promover maior intervenção no 
mercado, por meio, principalmente,da fixação das taxas de juros, 
controle direto do crédito e subsídios ao setor produtivo. 
4. Noções de política monetária 
A política monetária enfatiza sua atuação sobre os meios de 
pagamento, títulos públicos e taxas de juros, modificando o custo e 
o nível de oferta do crédito. 
A política monetária é geralmente executada pelo Banco Central de 
cada país, o qual possui poderes e competência próprios para 
controlar a quantidade de moeda na economia. 
O Banco Central administra a política monetária por intermédio dos 
seguintes instrumentos clássicos de controle monetário: 
 operações de mercado aberto - open market; 
 recolhimentos compulsórios; 
 controle da taxa de juros; 
 emissão de moeda e 
 operações de redesconto de liquidez. 
Uma política monetária é expansionista quando eleva a liquidez da 
economia, injetando maior volume de recursos nos mercados e 
elevando, em consequência, os meios de pagamentos. Com isso, são 
dinamizados o consumo e o investimento agregados com reflexos 
positivos sobre a expansão da atividade econômica. Essa situação é 
geralmente adotada em momentos de retração do nível da 
economia, em que se produz um hiato deflacionário. 
Por outro lado, uma política monetária é restritiva quando as 
autoridades monetárias promovem reduções dos meios de 
pagamento da economia, retraindo a demanda agregada (consumo 
e investimento) e a atividade econômica. 
As medidas restritivas são tomadas sempre que o crescimento da 
demanda e dos investimentos empresariais se situarem acima da 
capacidade da oferta de moeda da economia, visando anular os 
efeitos de um hiato inflacionário. 
Essa política visa, em essência, restringir a oferta de crédito e elevar 
seu custo de forma a adequar o consumo e o investimento 
agregados à oferta monetária da economia. 
5. Noções de política fiscal 
A política fiscal centraliza suas preocupações nos gastos do setor 
público e nos impostos cobrados da sociedade, procurando, por 
meio de maior eficácia no equilíbrio entre a arrecadação tributária e 
as despesas governamentais, atingir determinados objetivos 
macroeconômicos e sociais. 
O governo, ao modificar a carga tributária dos consumidores, 
influencia também em sua renda disponível e, em consequência, no 
consumo agregado. Tendo de pagar mais impostos, por exemplo, o 
consumidor é levado a reduzir seus níveis de poupança e, muito 
provavelmente, a quantidade de bens e serviços que costuma 
adquirir. Logo, um aumento de impostos tem por contrapartida 
esperada uma redução do consumo da população (demanda 
agregada). 
Se o governo elevar a cobrança de impostos das empresas, duas 
importantes repercussões estão previstas: redução dos resultados, o 
que toma o capital investido menos atraente, e também menor 
capacidade de investimento, por acumular menores fluxos de caixa, 
tomando a empresa mais dependente de empréstimos para 
financiar sua atividade. 
Pode-se concluir que alterações na política de cobrança de impostos 
promovem modificações na demanda da economia para consumo e 
investimento e, identicamente, na situação de equilíbrio da renda 
nacional. 
Por outro lado, gastos maiores nas despesas do governo costumam 
promover incremento na demanda agregada, alterando de forma 
positiva a renda nacional. 
Sempre que se verificarem alterações na política fiscal, por meio de 
impostos e gastos, isso se reflete também no orçamento do 
Governo. 
Por exemplo, ao adotar uma política de redução de impostos e 
aumento de suas despesas para incentivar o crescimento econômico 
pelo lado da demanda, os resultados dessas medidas oneram o 
orçamento da União, promovendo um déficit. Esse resultado 
negativo é coberto pelo Governo geralmente mediante a emissão de 
moedas ou de títulos públicos, aumentando a dívida pública. 
No orçamento fiscal do Governo, estão incluídas as receitas 
tributárias, determinadas pelos diversos impostos e taxas cobrados 
dos agentes econômicos (IR, PIS, IOF, ICMS etc.), e as despesas de 
consumo e investimento realizadas. Ocorrendo déficit nesse 
orçamento, ocasionado por um volume de gastos superior às 
receitas de impostos previstas, essa necessidade deve ser coberta 
mediante novas emissões monetárias e de títulos públicos, de 
maneira a promover o equilíbrio do orçamento. 
Tanto a colocação de títulos públicos como a emissão de moedas 
têm reflexos no equilíbrio do sistema monetário, alterando o 
volume dos meios de pagamento e o nível das taxas de juros do 
mercado. É importante, diante disso, que as políticas fiscal e 
monetária sejam estabelecidas de forma complementar, 
minimizando os desequilíbrios que cada uma das políticas 
econômicas impõe isoladamente aos mercados. 
6. Noções de política cambial 
A política cambial está baseada na administração das taxas de 
câmbio, promovendo alterações das cotações cambiais, e, de forma 
mais abrangente, no controle das transações internacionais 
executadas por um país. É fixada de maneira a viabilizar as 
necessidades de expansão da economia e promover seu 
desenvolvimento econômico. 
Identicamente às demais políticas econômicas, a política cambial 
deve ser administrada, evitando-se conflitos com outros agregados 
macroeconômicos. Por exemplo, uma forte expansão das 
exportações pode promover, pela conversão de divisas em moeda 
nacional, um crescimento acentuado da base monetária, gerando 
pressões inflacionárias na economia e prejudicando o controle dos 
juros. 
A principal característica do comércio internacional reside na 
utilização de diferentes moedas, representativas das economias 
envolvidas nas operações. Gera-se, com isso, uma necessidade de 
estabelecer a conversibilidade de uma moeda em outra, definida 
por taxa de câmbio. 
Em verdade, a moeda de uma economia é como se fosse um 
produto, negociável no mercado, que pode ser comprado ou 
vendido a determinado preço em relação a outra moeda. 
Banrisul 2015 
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5 
A taxa de câmbio representa o valor com que a autoridade 
monetária de um país aceita negociar sua moeda, ou seja, vender a 
moeda de sua emissão (compra de moeda estrangeira) ou adquiri-la 
(vender moeda estrangeira). 
O Banco Central de um país deve adquirir moeda estrangeira e 
pagar em moeda nacional os exportadores de bens e serviços e os 
devedores que tenham obtido empréstimos no exterior. As 
operações de venda de moeda estrangeira vinculam-se a diversos 
pagamentos internacionais, como importações, amortizações de 
dívidas internacionais etc. 
A taxa de câmbio expressa uma relação entre unidade de uma 
moeda e outra, ou seja, uma relação entre os valores das moedas. 
Por exemplo, real frente ao euro, dólar diante da libra esterlina, e 
assim por diante. 
Ao admitir-se que são necessários R$ 2,50 para se adquirir € 1,00, 
diz-se que a taxa de câmbio é de R$ 2,50 reais por 1,0 euro. Se, em 
algum momento, forem necessários mais reais para se adquirir a 
mesma quantidade de euros, conclui-se que a moeda nacional se 
desvalorizou; em caso contrário, entende-se que o real se valorizou 
(apreciou) frente à moeda estrangeira. 
A taxa de câmbio é entendida como a quantidade de moeda 
nacional necessária para que se adquira moeda estrangeira. O 
câmbio segue diversos padrões monetários, destacando-se na atual 
ordem econômica mundial as seguintes taxas de câmbio: 
 fixas 
 flutuantes e o 
 currency board. 
Uma taxa de câmbio é fixa quando tem seu valor atrelado a um 
referencial fixo, como ouro, dólar ou até mesmo uma cesta de 
moedas de diversas economias. O valor da moeda passa, assim, a 
ser expresso em determinada quantidade desses padrões de 
maneira fixa. 
Quando ocorrem pressões para alterar a cotação da moeda, o ajuste 
para se manter a taxa de câmbio inalterada é processado, com a 
modificação da quantidade de moeda negociadano mercado. 
Por exemplo, fortes pressões de venda da moeda nacional no 
mercado desequilibram sua paridade diante de outras moedas, 
exigindo um enxugamento quantitativo dessa oferta, para evitar sua 
desvalorização. 
As taxas de câmbio fixas permitem maior nível de certeza ao 
comércio internacional, por revelarem, previamente, o valor futuro 
da moeda. No entanto, a manutenção desse padrão é de maior risco 
aos governos, obrigando, em momentos de desequilíbrio, que 
gastem elevadas somas de suas reservas cambiais para manter a 
cotação da moeda nacional. 
Por outro lado, o câmbio flutuante (ou flexível), apesar de menos 
disciplinador, permite maior liberdade às economias na execução de 
suas políticas monetárias. Atribui, também, agilidade no tratamento 
de eventuais desequilíbrios econômicos, promovendo alterações nas 
taxas de câmbio em consonância com as variações da oferta e 
procura de moeda no mercado. No modelo de câmbio flutuante, as 
taxas acompanham livremente as oscilações da economia, 
ajustando-se mediante alterações em seus valores. 
Em verdade, o equilíbrio de uma taxa de câmbio processa-se pela 
interação entre a oferta de divisas, em que se situam os agentes 
econômicos com disponibilidade de moeda estrangeira para 
conversão, e a demanda, em que estão aqueles que procuram 
divisas estrangeiras para efetuar pagamento no exterior. 
Valorizações ou desvalorizações do câmbio provocam diversas 
consequências relevantes para a economia. Por exemplo, uma 
desvalorização cambial permite maior competitividade ao produto 
nacional no exterior, estimulando as exportações do país; por elevar 
a quantidade de moeda nacional necessária para comprar divisas 
internacionais, há um encarecimento das importações, 
desestimulando essa forma de comércio; os investimentos 
estrangeiros no país também ganham incentivos, dado que com o 
mesmo volume de moeda estrangeira é possível adquirir maior 
quantidade de recursos nacionais; a desvalorização encarece ainda o 
empréstimo no exterior, dificultando os pagamentos da dívida; e 
assim por diante. 
Em diferentes momentos, diversas economias emergentes têm 
adotado o controle do câmbio, o qual define unilateralmente quem 
pode ou não trocar a moeda local pela moeda estrangeira de maior 
poder de compra. Em geral, a adoção do câmbio centralizado pelo 
governo é feita em crises econômicas de grandes repercussões, de 
forma a evitar a saída maciça de moeda forte da economia, o que 
fragilizaria a capacidade de pagamento do país. 
Essa medida, no entanto, apesar de ser eventualmente justificada 
no horizonte de curto prazo, não sobrevive às críticas e deformações 
que promove no ambiente econômico em prazos mais longos. Em 
verdade, o controle cambial costuma promover maior desconfiança 
aos investidores, principalmente com relação ao resgate do capital 
investido, tomando a economia menos atraente para investimentos 
estrangeiros. 
O Brasil, após um longo período de fortes turbulências econômicas, 
adotou durante um período o sistema cambial de bandas, que 
permite uma oscilação da taxa cambial dentro de certos limites 
mínimos e máximos estabelecidos. 
Toda vez que o valor da moeda evidencia sinais de exceder esse 
intervalo, o Banco Central intervém no mercado adquirindo dólares, 
na hipótese de a taxa cambial recuar para níveis abaixo do limite 
mínimo, ou vendendo dólares, no caso de a moeda nacional 
valorizar-se acima do máximo. 
O currency board (conselho de moeda) é um sistema em que a 
autoridade monetária assume o compromisso legal de efetuar o 
câmbio de moeda nacional por moeda estrangeira forte (moeda 
âncora) a uma cotação fixa. A ideia básica é de que a autoridade 
monetária de um país passe a funcionar como uma “caixa de 
conversão”, detendo reservas em moeda forte equivalentes a pelo 
menos 100% da moeda nacional em circulação. 
Nesse regime monetário, a autoridade pode somente emitir moeda 
nacional até o limite das reservas internacionais mantidas no país, 
devendo honrar toda a operação de compra e venda de moeda forte 
a uma taxa de câmbio predeterminada. 
Nesse regime monetário, a aceitação da moeda pelo mercado 
decorre principalmente da realidade de conversibilidade da moeda 
nacional em moeda forte (lastro da emissão nacional), a qualquer 
momento e na quantidade desejada. 
A condição básica para adotar o currency board numa economia é a 
existência de reservas monetárias suficientes para lastrear as 
emissões necessárias de moeda nacional. 
Para atingir os objetivos do currency board, o governo deve atuar 
com bastante disciplina, vinculando as emissões da moeda local ao 
volume de suas reservas internacionais. 
Nesse regime, a autoridade monetária não pode promover 
alterações no valor da moeda como forma de administrar eventuais 
desequilíbrios, devendo atuar com maior rigor e parcimônia sobre as 
contas nacionais. 
No sistema de currency board, ainda, o país não tem como atuar na 
economia através da política monetária. A quantidade de moeda em 
circulação passa a ser função das reservas internacionais, e não de 
decisões soberanas de políticas econômicas. 
Quando adotado esse sistema, espera-se que as taxas de juros e a 
inflação do país aproximem-se dos patamares praticados pelo país 
emitente da moeda forte adotada como âncora. 
O câmbio flutuante é o regime cambial atualmente adotado na 
economia brasileira. Nesse regime não está prevista a obrigação do 
Governo de intervir no mercado, sendo a cotação das moedas fixada 
pela livre interação entre as forças da oferta e procura. 
Em outras palavras, não há obrigação do Governo em manter o 
câmbio fixo. Assim, quanto mais dólar estiver em circulação na 
economia, seja trazido por investidores, turistas, ou resultado 
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superavitário da balança comercial, menor o seu valor em relação à 
moeda nacional. 
Ao contrário, se ocorrer maior saída de dólar da economia, a 
cotação da moeda nacional se desvaloriza. É importante acrescentar 
que, nesse regime cambial, os reflexos de uma crise econômica 
ocorrem sobre a taxa de câmbio, determinando uma variação 
expressiva em sua relação. 
Toda vez que as autoridades monetárias julgarem oportuno, no 
entanto, pode ocorrer alguma intervenção no mercado, seja 
adquirindo moedas estrangeiras ou vendendo. 
Essas atuações do Banco Central não são frequentes, sendo 
justificadas principalmente para reforço das reservas monetárias do 
Governo, para conter eventuais sobrevalorizações da moeda 
nacional ou do dólar, para dar liquidez ao Governo diante de um 
pagamento externo mais vultoso, e assim por diante. 
As taxas de câmbio podem ser cotadas no mercado a vista (câmbio a 
vista ou spot) ou no mercado a prazo (câmbio futuro e câmbio a 
termo ou forward). 
No mercado a vista, ou spot, são realizadas operações de câmbio 
para liquidação imediata. No Brasil, a liquidação da operação 
costuma ocorrer dois dias úteis após a sua contratação, conhecida 
por D + 2. 
As operações de câmbio futuro são realizadas em ambientes 
organizados de bolsas, seguindo as normas e padronizações 
adotadas. 
Por exemplo, as bolsas usualmente impõem certas exigências de 
garantias, depósitos de margens, limites de flutuações das cotações, 
datas predeterminadas de vencimento dos contratos, lotes padrões 
de negociação, e assim por diante. 
O câmbio a termo, ou forward, é também uma operação a prazo, 
porém tem seus principais parâmetros de negociação determinados 
livremente pelas partes contratantes. As operações forward não 
costumam seguir critérios estabelecidos nos mercados futuros de 
bolsas, permitindo que sejam negociados os prazos, preços e 
garantias. 
No que se refere à entrega da moeda estrangeira objeto da 
negociação, o câmbio pode ser: 
 manual ou 
 sacado. 
No mercado de câmbiomanual, as operações são realizadas em 
espécie (cédulas, moedas ou traveller’s checks), envolvendo a troca 
física da moeda nacional pela moeda estrangeira. 
Constitui-se tipicamente em câmbio para turismo e viagens a 
negócios, voltado para atender a gastos fora do país, e realizado por 
instituições financeiras credenciadas a operar (bancos, 
distribuidoras e corretoras) e agências de turismo, desde que 
autorizados pelo Banco Central do Brasil. 
Por exemplo, o viajante que chega ao país compra reais em espécie, 
e o brasileiro que viaja ao exterior adquire cédulas e traveller’s 
checks mediante pagamentos em espécie, cheques ou débitos em 
conta corrente. Em operações de comércio externo são usados para 
o câmbio principalmente ordens de pagamento, letras de câmbio e 
títulos de crédito. 
O mercado de câmbio sacado engloba a maioria das operações de 
compra e venda de divisas realizadas pelas instituições bancárias 
autorizadas a operar em câmbio. As movimentações externas de 
dinheiro (remessa ao exterior ou recebimento) ocorrem geralmente 
através de transferências bancárias entre a instituição nacional e a 
instituição estrangeira selecionada para participar da transação. 
7. Instrumentos de Política Monetária 
São três, basicamente, os instrumentos utilizados pelo governo: 
 compra e venda de títulos públicos (operações do mercado 
aberto) - quando o governo vende (lança) títulos no mercado ele 
retira moeda da economia e quando compra títulos ele coloca 
moeda na economia; 
 depósitos compulsórios - corresponde a um percentual das 
captações que os bancos são obrigados a recolher ao Banco 
Central; quanto maior o percentual do compulsório menos moeda 
na economia e vice-versa; e 
 controle da taxa de juros - quanto maior a taxa de juros menos 
pessoas estarão dispostas a tomar dinheiro emprestado, 
resultando em menos moeda na economia. 
Alguns defendem que o redesconto e a emissão de moeda também 
são instrumentos de política monetária. 
8. Liquidez 
Três conceitos: 
 quantidade de dinheiro na economia; 
 capacidade de honrar compromissos financeiros; e 
 possibilidade de transformar algo em dinheiro. 
9. Mercado Primário e Secundário 
Mercado primário 
As empresas ou o governo emitem títulos e valores mobiliários para 
captar novos recursos diretamente de investidores. 
Mercado secundário 
É composto por títulos e valores mobiliários previamente adquiridos 
no mercado primário, ocorrendo apenas a troca de titularidade, isto 
é, a compra e venda. Não envolve mais o emissor e nem a entrada 
de novos recursos de capital para quem o emitiu. Seu objetivo é 
gerar negócios, isto é, dar liquidez aos títulos. 
10. Mercado Financeiro: mercado monetário, mercado de 
crédito, mercado de capitais e mercado cambial. 
A intermediação financeira desenvolve-se de forma segmentada, 
com base em quatro subdivisões estabelecidas para o mercado 
financeiro: 
 mercado monetário; 
 mercado de crédito; 
 mercado de capitais; 
 mercado cambial. 
Apesar de servirem de referência para o estudo do mercado 
financeiro, esses segmentos sugeridos de mercado muitas vezes se 
confundem na prática, permitindo que as várias operações 
financeiras interajam por meio de um amplo sistema de 
comunicações. 
Apresentam, ainda, uma referência comum para as diversas 
negociações financeiras, a taxa de juros, entendida como a moeda 
de troca desses mercados. 
O mercado monetário envolve as operações de curto e curtíssimo 
prazos, proporcionando um controle ágil e rápido da liquidez da 
economia e das taxas de juros básicas pretendidas pela política 
econômica das autoridades monetárias. 
O mercado de crédito engloba as operações de financiamento de 
curto e médio prazos, direcionadas aos ativos permanentes e capital 
de giro das empresas. Esse mercado é constituído, basicamente, 
pelos Bancos Comerciais e Sociedades Financeiras. 
 
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Estrutura dos Mercados Financeiros 
Mercados Atuação Maturidade 
Monetário 
Controle dos 
meios de 
pagamentos 
(liquidez) da 
economia 
Curtíssimo e curto 
prazos 
Crédito 
Créditos para 
consumo e capital 
de giro das 
empresas 
Curto e médio 
prazos 
Capitais 
Investimentos, 
financiamentos e 
outras operações 
Médio e longo 
prazos 
Cambial 
Conversão de 
moedas 
A vista e curto 
prazo 
Mercado monetário 
O mercado monetário encontra-se estruturado visando ao controle 
da liquidez monetária da economia. Os papéis são negociados nesse 
mercado tendo como parâmetro de referência a taxa de juros, que 
se constitui em sua mais importante moeda de transação. Os papéis 
que lastreiam as operações do mercado monetário caracterizam-se 
pelos reduzidos prazos de resgate e alta liquidez. 
São negociados, principalmente, os papéis emitidos pelo Tesouro 
Nacional, com o objetivo de financiar o orçamento público, por 
exemplo: 
 NTN - Notas do Tesouro Nacional; 
 LTN - Letras do Tesouro Nacional); e 
 diversos títulos públicos emitidos pelos Estados e Municípios. 
São ainda negociados no mercado monetário os certificados de 
depósitos interfinanceiros (CDI), exclusivamente entre instituições 
financeiras, e títulos de emissão privada, como o certificado de 
depósito bancário (CDB) e debêntures. 
O mercado monetário é essencial para o estabelecimento do nível 
de liquidez da economia, controlando e regulando o fluxo de moeda 
convencional (papel-moeda) e de moeda escritural (depósitos a vista 
nos bancos comerciais). Para adequar o volume de moeda com o 
objetivo de manutenção de liquidez da economia, a autoridade 
monetária (Banco Central) atua no mercado financeiro 
disponibilizando ou retirando recursos da economia. 
Para aumentar a oferta de moeda, o Banco Central compra títulos 
no mercado, injetando assim recursos. Ao contrário, para reduzir a 
liquidez, o Banco Central vende títulos para os investidores de 
mercado, retirando assim recursos da economia. 
Mercado de crédito 
O mercado de crédito visa fundamentalmente suprir as 
necessidades de caixa de curto e médio prazos dos vários agentes 
econômicos, seja por meio da concessão de créditos às pessoas 
físicas, seja por empréstimos e financiamentos às empresas. 
As operações desse mercado, dentro de uma política de 
especialização do Sistema Financeiro Nacional, são tipicamente 
realizadas por instituições financeiras bancárias (bancos comerciais 
e múltiplos). As atividades dos bancos, que visam principalmente 
reforçar o volume de captação de recursos, têm evoluído para um 
processo de diversificação de produtos financeiros e também na 
área de serviços prestados. 
Muitas vezes, são também incluídas no âmbito do mercado de 
crédito as operações de financiamento de bens de consumo 
duráveis praticadas pelas sociedades de crédito, financeiro e 
investimento, as financeiras. Nessa estrutura, a atuação do mercado 
torna-se mais abrangente, provendo recursos a médio prazo, por 
meio de instituições financeiras não bancárias, aos consumidores de 
bens de consumo. 
No processo de intermediação financeira para as operações de 
crédito, uma instituição pode atuar como sujeito ativo (credor de 
empréstimos de recursos), ou sujeito passivo (devedor de recursos 
captados). 
A Instituição Financeira recebe recursos de poupador, funding da 
operação de crédito, assumindo a obrigação de devolver o principal 
acrescido de juros. É uma posição passiva, ficando o banco devedor 
dos recursos captados. Exemplos: depósitos a vista e depósitos a 
prazo fixo. 
Com o capital levantado junto a investidores de mercado, o banco 
realiza operações de empréstimos e financiamentos a tomadores 
carentes de recursos, na expectativa de receber no futuro o 
principal acrescido de juros. Exemplos: empréstimose 
financiamentos concedidos pelos bancos. 
As taxas cobradas nas operações ativas são geralmente maiores que 
as pagas nas operações passivas, formando a diferença entre as 
taxas um resultado bruto definido por spread. 
Uma estrutura de intermediação financeira mais avançada envolve a 
participação indireta da instituição. A sua função é a de conciliar os 
interesses de poupadores e aplicadores de recursos para viabilizar 
os negócios, cobrando uma comissão por esses serviços. A 
Instituição Financeira não se envolve diretamente com os recursos, 
atua somente no sentido de colaborar com as partes para a 
realização do negócio. 
Este formato de intermediação financeira é mais representativo de 
operações a longo prazo, próprias de mercado de capitais. 
Os créditos concedidos pelos bancos podem ser realizados por meio 
de recursos livres ou recursos direcionados. 
Uma parcela dos fundos captados pelos bancos (passivos dos 
bancos) deve ser necessariamente direcionada para operações de 
crédito específicas, atendendo condições de taxas, volume e prazo 
preestabelecidos pelo Banco Central. Os beneficiários destes 
recursos direcionados são, basicamente, o setor rural, infraestrutura 
e habitacional. 
Os créditos com recursos livres, que constituem a maior parte das 
operações ativas dos bancos, são concedidos com taxas de juros 
livremente estabelecidas entre os tomadores e as instituições 
financeiras. 
As instituições bancárias realizam diversas modalidades de créditos 
no mercado, de curto e médio prazos, destacando-se o desconto de 
títulos, contas garantidas, créditos rotativos, hot money, 
empréstimos para capital de giro e para pagamento de tributos das 
empresas, vendor, repasse de recursos externos (Resolução 63) e 
crédito direto ao consumidor, assunção de dívidas e adiantamentos 
de contratos de exportação (ACC e ACE). 
Mercado de Capitais e Mercado Cambial 
Os assuntos Mercado de Capitais e Mercado Cambial serão 
estudados com detalhes mais a frente. 
11. Mercado de títulos públicos federais 
O governo federal costuma captar recursos no Mercado Financeiro 
por intermédio da emissão de títulos públicos visando suprir suas 
necessidades de recursos de custeio e investimento. 
Esses títulos constituem-se em alternativa de investimento para o 
mercado e são registrados como dívida mobiliária. 
Os títulos públicos federais têm aceitação e liquidez. 
Essencialmente, os títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional 
estão voltados para a execução da política fiscal do Governo, 
antecipando receitas orçamentárias ou financiando déficits fiscais. 
Anteriormente, o Banco Central podia emitir títulos públicos com o 
objetivo principal de implementação e execução da política 
monetária. No entanto, por resolução do Conselho Monetário 
Nacional, o Banco Central não pode mais emitir títulos da dívida 
pública desde o ano 2.002, por conta das restrições previstas na Lei 
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8 
Complementar nº 101, de 04.05.2000, a chamada Lei de 
Responsabilidade Fiscal. 
Os títulos públicos federais são emitidos e garantidos pelo Governo 
Federal e têm por finalidade financiar a dívida pública, antecipar as 
receitas, ou serem utilizados como instrumento de política 
monetária. 
As vendas de títulos públicos podem ser realizadas mediante três 
formas: 
 oferta pública com realização de leilões; 
 oferta pública sem a realização de leilões (venda direta pelo 
Tesouro); 
 emissões destinadas a atender a necessidades específicas 
previstas em lei. 
Os leilões de títulos públicos no mercado pode ocorrer de duas 
formas: 
 Leilão formal (primário). 
 Leilão informal (go around). 
No leilão formal, a autoridade monetária divulga ao mercado as 
condições dos negócios, como tipo, características, quantidade e 
prazo dos títulos que serão objetos do leilão, entre outras 
informações. 
Os investidores efetivam suas propostas de compra, as quais são 
encaminhadas ao Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) 
para que sejam efetuadas as respectivas transferências de 
titularidade e liquidações financeiras. 
O leilão informal caracteriza-se pela possibilidade do Banco Central 
intervir no mercado, comprando ou vendendo títulos conforme 
sejam seus objetivos. 
Para colaborar neste processo, o Banco Central atua junto com 
instituições credenciadas a operar no mercado aberto, conhecidas 
por dealers. Ao decidir entrar no mercado para comprar ou vender 
títulos, o Banco Central avisa aos agentes de sua intenção através 
dos dealers. 
Os interessados em negociar com o Banco Central enviam suas 
ofertas, as quais poderão ser aceitas ou rejeitadas. 
Desta forma, o Banco Central atua regularmente no mercado 
aberto, negociando títulos públicos de forma definitiva, ou através 
de operações compromissadas, que apresentam uma obrigação de 
recompra. Seu objetivo com estas intervenções é o de direcionar as 
taxas de juros para a meta estabelecida. 
Todas as pessoas residentes no Brasil que possuam Cadastro de 
Pessoa Física (CPF) podem investir diretamente em títulos públicos, 
através do programa conhecido por Tesouro Direto. Estão 
disponíveis para compra diversos títulos emitidos pelo Tesouro 
Nacional, como: LTN - Letra do Tesouro Nacional, LFT - Letra 
Financeira do Tesouro, NTN - Notas do Tesouro Nacional, entre 
outros. 
O Tesouro Direto é um programa de venda de títulos públicos para 
investidores pessoas físicas por via eletrônica (Internet). Nessa 
modalidade, a compra dos títulos é feita diretamente, não 
ocorrendo em custos de intermediação. 
Estes títulos são considerados de baixíssimo risco, e assumem 
somente o risco conjuntural. Por definição, um título público não 
tem o risco do emitente. O Governo Federal é considerado risco 
zero. Ele é considerado o melhor pagador. 
A rentabilidade dos títulos pode ser prefixada, pós-fixada ou 
indexada por algum índice de preços da economia. 
O investidor pode vender os títulos adquiridos a qualquer momento 
do prazo de emissão. Assim, se mantiver os títulos até o 
vencimento, auferirá um retomo exatamente igual à rentabilidade 
(antes dos impostos) definida no momento da aplicação. Ao desejar 
negociar antecipadamente o título, se sujeitará aos preços de 
mercado vigentes na data da venda, podendo o retomo superar ou 
ficar abaixo da taxa contratada. 
Os títulos da dívida pública do Governo Federal, de responsabilidade 
do Tesouro Nacional, classificados pela natureza de suas emissões, e 
suas principais características de negociação, são apresentados a 
seguir: 
 
Títulos do Tesouro Nacional Títulos do Banco Central 
BTN - Bônus do Tesouro 
Nacional 
LTN - Letras do Tesouro 
Nacional 
LFT - Letras Financeiras do 
Tesouro 
NTN - Notas do Tesouro 
Nacional 
CTN - Certificado do Tesouro 
Nacional 
CFT - Certificado Financeiro 
do Tesouro 
BBC - Bônus do Banco 
Central 
LBC - Letras do Banco 
Central 
NBC - Notas do Banco 
Central 
Por resolução do Conselho Monetário Nacional, o Banco Central do 
Brasil não pode mais emitir títulos da dívida pública a partir de 2 
anos após a data de publicação da Lei Complementar nº 101, de 
04.05.2000. 
BTN - Bônus do Tesouro Nacional 
Este título veio substituir a antiga OTN (Obrigações do Tesouro 
Nacional). O valor nominal deste título é de NCz$ 1,00 (um cruzado 
novo), referente a fevereiro de 1989, sendo esse valor corrigido 
monetariamente a cada semestre. O título paga ainda juros de 6% 
a.a. sobre o valor nominal corrigido. Com o fim do período de altas 
taxas de inflação, o Governo decidiu em 1991 extinguir o BTN. 
LTN - Letras do Tesouro Nacional 
Possuem valor nominal múltiplo de R$ 1.000,00 e são negociadas 
com deságio sobre o valor nominal no mercado (desconto), pagando 
o investidor uma quantiainferior a seu valor de face. O resgate se dá 
pelo valor nominal do título. As formas de emissão e colocação das 
LTNs se dão por: 
 oferta pública, com a realização de leilões, podendo ser ao par, 
com ágio ou deságio; 
 forma direta, mediante expressa autorização do Ministério da 
Fazenda, não podendo nesse caso ser colocadas por valor inferior 
ao par. 
O prazo das LTNs é definido no momento de sua emissão. 
LFT - Letras Financeiras do Tesouro 
Têm seus rendimentos definidos pela média da taxa Selic, 
garantindo uma rentabilidade de mercado ao investidor. O resgate 
se dá pelo valor nominal acrescido do respectivo rendimento 
acumulado desde a data-base do título. São papéis atraentes e seus 
prazos de resgate são definidos por ocasião de sua emissão. As 
formas de emissão e colocação desses papéis são idênticas às 
descritas para as LTNs: oferta pública e direta. São emitidas diversas 
séries de Letras Financeiras do Tesouro, alterando-se basicamente a 
forma de remuneração. 
NTN - Notas do Tesouro Nacional 
Oferecem rendimentos pós-fixados e atrelados a um indexador de 
preços da economia. Os juros são pagos periodicamente. São 
lançadas também diversas séries de NTN, pagando rendimentos 
diferenciados. Estes títulos apresentam opções de rendimentos e 
prazos diferentes de acordo com seu tipo de emissão. 
CTN - Certificado do Tesouro Nacional 
Objetiva levantar recursos visando cobrir déficits orçamentários. O 
valor nominal do título é atualizado pela variação de um índice de 
preços da economia. O preço unitário é calculado aplicando-se a 
taxa de desconto de 12% sobre o valor nominal atualizado. 
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CFT - Certificado Financeiro do Tesouro 
Tem por objetivo atender a finalidades específicas previstas em lei. 
O prazo de emissão do CFT é definido no momento de seu 
lançamento. A taxa de juro oferecida pelo título é definida também 
quando de sua emissão, sendo calculada sobre o valor nominal 
atualizado. Há diversas séries emitidas do título, diferenciando-se 
basicamente pelo rendimento oferecido. 
BBC - Bônus do Banco Central 
Caracteristicamente de curto prazo e utilizados nos leilões de títulos 
públicos do Banco Central. Apresentam rendimentos prefixados na 
forma de desconto (deságio). Os prazos desses títulos são de 28, 35, 
42 e 49 dias. 
LBC - Letras do Banco Central 
São títulos bastante semelhantes às Letras Financeiras do Tesouro 
(LFT), tendo sua remuneração definida pela taxa média diária 
(overnight) do Selic. São ativos quase-moeda de grande atratividade 
para os investidores. 
NBC - Notas do Banco Central 
Oferecem rendimentos postecipados e atrelados a um indexador da 
economia. Os juros costumam ser pagos periodicamente, e seu 
prazo de emissão mínimo é de três meses. As autoridades 
monetárias lançaram uma série especial desse título (NBC-E), com 
correção atrelada à variação do dólar. 
A gestão da dívida pública federal, interna e externa, é de 
responsabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O Banco 
Central é o agente financeiro do Tesouro Nacional, e responsável 
pelos negócios (compra e venda) com títulos mobiliários internos. 
Os títulos da dívida pública podem oferecer rendimentos prefixados, 
ou pós-fixados, atrelados a algum indexador, como inflação, taxa 
Selic ou variação cambial. 
O título prefixado tem a rentabilidade definida no momento da 
compra, sendo garantida ao investidor desde que permaneça com o 
papel até o seu vencimento (não realiza venda antecipada). 
O título pós-fixado tem a rentabilidade atrelada à variação de algum 
índice de preços previamente selecionado ou taxa de juros. 
O investidor não é obrigado a manter o título até o seu vencimento. 
A negociação desses papéis no mercado ocorre à taxa do dia, 
podendo ser diferente da taxa contratada na aquisição. O investidor 
garante a rentabilidade prometida pelo título na compra somente se 
manter o título até o seu vencimento. 
O quadro abaixo apresenta um resumo dos rendimentos dos 
principais títulos públicos. 
 
Títulos prefixados Títulos pós-fixados 
LTN 
NTN-F (Série F) 
LFT - Atualizado pela Selic 
NTN-B (Série B) - Atualizado 
pelo IPC-A 
NTN-C (Série C) - Atualizado 
pelo IGP-M 
NTN-D (Série D) - Atualizado 
pela variação cambial (dólar) 
NTN-H (Série H) - Atualizado 
pela TR - Taxa Referencial 
12. Conselho Monetário Nacional 
O Conselho Monetário Nacional (CMN) foi instituído pela Lei nº 
4.595, de 31.12.1964. 
É o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional. 
Tem a responsabilidade de expedir diretrizes gerais para o bom 
funcionamento do SFN. 
Dentre suas funções estão: 
 fixar a meta anual de inflação; 
 adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades 
da economia e seu processo de desenvolvimento; 
 regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do 
balanço de pagamentos; 
 orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras com 
vistas a propiciar, nas diferentes regiões do País, condições 
favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional; 
 propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos 
financeiros; 
 zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; 
 coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e 
da dívida pública interna e externa; 
 regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização 
das instituições financeiras; 
 fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a 
compra e venda de ouro; 
 disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações 
creditícias em todas as suas formas; 
 regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que 
exercerem atividades no SFN, bem como a aplicação das 
penalidades previstas; 
 regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as 
operações de redesconto e de empréstimo, efetuadas com 
quaisquer instituições financeiras públicas e privadas de natureza 
bancária; 
 estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central do 
Brasil - Bacen em suas transações com títulos públicos; 
 estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços 
bancários ou financeiros (juro, tarifas, etc); 
 outorgar ao Banco Central o monopólio das operações de câmbio 
quando necessário; 
 determinar a percentagem máxima dos recursos que as 
instituições financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente 
ou grupo de empresas; 
 expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem 
observadas pelas instituições financeiras; 
 autorizar as emissões de moeda; 
 aprovar os orçamentos monetários preparados pelo Banco 
Central; 
 aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as mesmas 
vedações ou restrições equivalentes, que vigorem nas praças de 
suas matrizes, em relação a bancos brasileiros ali instalados ou 
que nelas desejem estabelecer-se; 
 determinar o recolhimento de até 60% do total dos depósitos 
e/ou outros títulos contábeis das instituições financeiras por: 
 subscrição de letras ou obrigações do Tesouro Nacional ou 
compra de títulos da Dívida Pública Federal, 
 recolhimento em espécie. 
Em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil; 
 fixar e divulgar a TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo até o último 
dia do trimestre imediatamente anterior ao de sua vigência (no 
caso, 31.12, 31.03, 30.06 e 30.09). 
Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito - 
Comoc, composta dos seguintes membros: 
 presidente e quatro diretores do Banco Central do Brasil; 
 presidente da Comissão de Valores Mobiliários; 
 secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Orçamento e 
Gestão; 
 Secretário-Executivo e Secretários do Tesouro Nacional e de 
PolíticaEconômica do Ministério da Fazenda. 
A Comoc possui as seguintes competências: 
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 propor a regulamentação das matérias tratadas na presente Lei, 
de competência do Conselho Monetário Nacional; 
 manifestar-se, na forma prevista em seu regimento interno, 
previamente, sobre as matérias de competência do Conselho 
Monetário Nacional, especialmente aquelas constantes da Lei nº 
4.595, de 31.12.1964; 
 outras atribuições que lhe forem cometidas pelo Conselho 
Monetário Nacional. 
Estão previstas de funcionar também junto ao CMN as seguintes 
Comissões Consultivas: 
 de Normas e Organização do Sistema Financeiro; 
 de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros; 
 de Crédito Rural; 
 de Crédito Industrial; 
 de Crédito Habitacional, e para Saneamento e Infra-Estrutura 
Urbana; 
 de Endividamento Público; e 
 de Política Monetária e Cambial. 
É constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda (Presidente), pelo 
Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento Gestão e pelo 
Ministro de Estado Presidente do Banco Central do Brasil (Bacen). 
Os seus membros reúnem-se ordinariamente uma vez por mês e 
extraordinariamente por convocação do seu presidente para 
deliberarem sobre assuntos relacionados com as competências do 
CMN. 
A data, a hora e o local de cada reunião serão determinados pelo 
presidente do conselho. 
Participam das reuniões do CMN: 
 os conselheiros; 
 os membros da Comoc; 
 os diretores do Banco Central do Brasil, não integrantes da 
COMOC; 
 representantes das Comissões Consultivas, quando convocados 
pelo Presidente do CMN. 
Poderão assistir às reuniões do CMN: 
 assessores credenciados individualmente pelos conselheiros; 
 convidados do presidente do conselho; 
 funcionários da secretaria-executiva do conselho, credenciados 
pelo Presidente do Banco Central do Brasil. 
Somente aos conselheiros é dado o direito de voto. 
As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções, 
normativo de caráter público, sempre divulgado no Diário Oficial da 
União e na página de normativos do Banco Central do Brasil. 
De todas as reuniões são lavradas atas, que informarão o local e a 
data de sua realização, nomes dos conselheiros presentes e demais 
participantes e convidados, resumo dos assuntos apresentados e 
debates ocorridos e as deliberações tomadas, cujo extrato é 
publicado no Diário Oficial da União - DOU. 
As decisões de caráter confidencial serão comunicadas somente aos 
interessados. 
Os serviços de secretaria do CMN são exercidos pelo Bacen. 
As metas de inflação e os respectivos intervalos de tolerância serão 
fixados pelo Conselho Monetário Nacional - CMN, mediante 
proposta do Ministro de Estado da Fazenda até 30 de junho de cada 
segundo ano imediatamente anterior ao da meta. 
13. Banco Central do Brasil 
Trata-se de uma autarquia federal vinculada ao Ministério da 
Fazenda, com diretoria colegiada composta de nove membros 
(presidente e oito diretores), todos nomeados pelo Presidente da 
República, sujeitos à aprovação do Senado Federal. 
É o principal órgão executivo do Sistema Financeiro Nacional. 
O Bacen faz cumprir todas as determinações do CMN (Conselho 
Monetário Nacional). É por meio do Bacen que o governo intervém 
diretamente no Sistema Financeiro. 
As principais atribuições do Bacen são: 
 executar as políticas monetárias e cambiais, de acordo com as 
diretrizes do Governo Federal; 
 regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional; 
 administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) 
 administrar e sanear o meio circulante; 
 emitir papel moeda; 
 autorizar e fiscalizar o funcionamento das instituições financeiras, 
punindo-as se for o caso; 
 controlar o fluxo de capitais estrangeiros; 
 exercer o controle do crédito 
 executar os serviços de meio circulante; 
 determinar os recolhimentos compulsórios de até: 
 até 100% do total de depósitos a vista; e 
 até 60% de outros títulos contábeis (também chamados de 
rubricas contábeis ou contas do balanço patrimonial). 
Seja na forma de subscrição de Letras ou Obrigações do 
Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública 
Federal, seja através de recolhimento em espécie. 
Em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil. 
Pode ser diferente em função das regiões geográficas, das 
prioridades e da natureza das instituições financeiras, 
 receber os recolhimentos compulsórios dos bancos; 
 realizar operações de redesconto; 
 efetuar como instrumento de política monetária a compra e 
venda títulos públicos federais; e 
 regular o serviço de compensação de cheques e outros papeis. 
É vedado ao Banco Central: 
 fazer operações bancárias de qualquer natureza com outras 
pessoas de direito público ou privado, salvo as expressamente 
autorizadas por lei. 
Os encargos e serviços de competência do Banco Central, quando 
por ele não executados diretamente, serão contratados de 
preferência com o Banco do Brasil S. A., exceto nos casos 
especialmente autorizados pelo Conselho Monetário Nacional. 
Constituem receita do Banco Central do Brasil as rendas: 
 de operações financeiras e de outras aplicações de seus recursos, 
 das operações de câmbio, de compra e venda de ouro e de 
quaisquer outras operações em moeda estrangeira, e 
 eventuais, inclusive as derivadas de multas e de juros de mora 
aplicados por força do disposto na legislação em vigor. 
Banco dos bancos 
 Depósitos compulsórios e redesconto de liquidez. 
Gestor do SFN 
 Normas, autorizações, fiscalização e intervenção. 
Executor da política monetária 
 Controle dos meios de pagamento - liquidez do mercado. 
Banco emissor 
 Orçamento monetário, emissão e saneamento do meio circulante. 
Banqueiro do governo 
 Gestor e fiel depositário das reservas internacionais do país, e 
representante do país diante das instituições financeiras 
internacionais. 
 
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14. COPOM - Comitê de Política Monetária 
O Comitê de Política Monetária (Copom), constituído no âmbito do 
Bacen, em 20.06.1996, tem como objetivos implementar a política 
monetária, definir a meta da Taxa Selic e seu eventual viés e analisar 
o Relatório de Inflação. 
É composto pelos Presidente e os Diretores do Bacen, que se 
reúnem ordinariamente oito vezes por ano e, extraordinariamente, 
por convocação de seu Presidente, presentes, no mínimo, o 
Presidente, ou seu substituto, e metade do número de Diretores. 
O Copom deliberará por maioria simples de votos, a serem 
proferidos oralmente, cabendo ao Presidente voto de qualidade. 
Compete ao Copom avaliar o cenário macroeconômico e os 
principais riscos a ele associados, com base nos quais são tomadas 
as decisões de política monetária. 
As decisões do Copom têm como objetivo cumprir as metas para a 
inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional. 
Se as metas não forem atingidas, cabe ao presidente do Banco 
Central divulgar, em Carta Aberta ao Ministro da Fazenda, os 
motivos do descumprimento, bem como as providências e prazo 
para o retorno da taxa de inflação aos limites estabelecidos. 
A taxa de juros fixada na reunião do Copom é a meta para a Taxa 
Selic (taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títulos 
federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a 
qual vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do Comitê. 
Se for o caso, o Copom também pode definir o viés, que é a 
prerrogativa dada ao presidente do Banco Central para alterar, na 
direção do viés, a meta para a Taxa Selic a qualquer momento entre 
as reuniões ordinárias. 
Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e 
dezembro), o Copom publica o documento“Relatório de Inflação”, 
que analisa detalhadamente a conjuntura econômica e financeira do 
País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de inflação. 
15. Mercado Bancário - Produtos de serviço, produtos de 
captação, produtos de empréstimo, 
Segundo o Dicionário Aurélio, a palavra “mercado” em economia, 
significa o conjunto de compradores e vendedores e sua interação. 
No Mercado Bancário temos os agentes econômicos comprando e 
vendendo seus recursos financeiros por meio dos vários produtos e 
serviços bancários ofertados pelas várias instituições financeiras, de 
natureza bancária ou não, públicas ou privadas. 
Os produtos e serviços bancários podem ser divididos da seguinte 
forma em três segmentos: 
Operações passivas 
Ocorrem quando a instituição financeira capta recursos. Nessa hora 
o banco passa a ter um passivo, uma obrigação de devolver ao 
cliente o dinheiro captado. As principais operações passivas são: 
depósitos a vista, depósitos a prazo e depósitos de caderneta de 
poupança. 
Operações ativas 
Acontecem quando a instituição financeira empresta dinheiro. A 
partir do momento do empréstimo o banco passa a ter um ativo, o 
direito de receber do cliente o dinheiro emprestado. São os 
empréstimos e os financiamentos. As principais operações ativas 
são: crédito direto ao consumidor, cheque especial, conta garantida, 
desconto de títulos, operação de arrendamento mercantil e o 
financiamento imobiliário. 
Operações acessórias 
São as prestações de serviços. Não envolve captação nem 
empréstimo de dinheiro. A instituição financeira por meio da sua 
rede agências presta serviços aos clientes. Exemplo: cobrança de 
títulos, carnês e assemelhados, arrecadação de tributos e impostos, 
ordens de pagamento, consórcios, cartão de crédito e etc. 
16. Taxas de juros do mercado financeiro. 
Taxa Referencial de Juros - TR 
A principal razão apontada para a criação da TR (1991) era promover 
a substituição da indexação presente na economia brasileira, a qual 
vinha realizando-se mediante inúmeros índices, como ORTN, OTN, 
BTN, entre outros. Nessa concepção, a taxa referencial devia corrigir 
todos os instrumentos financeiros de mercado que previssem 
alguma forma de indexação em seus valores, além de permitir a 
emissão de títulos públicos e privados com correção atrelada à TR. 
As autoridades monetárias esperavam, ainda, que a introdução da 
TR no mercado funcionasse como a taxa básica da economia, 
referencial para a formação dos juros de seus vários ativos e 
passivos financeiros. Durante muito tempo, o mercado operou 
também com a TRD - taxa referencial diária, que refletia a TR 
rateada pelo número de dias úteis existentes no mês. Essa taxa pro 
rata foi extinta em 1993. 
A TR é apurada e anunciada mensalmente pelo Governo. Sua forma 
de cálculo segue regras próprias, sendo obtida com base na 
remuneração média mensal (taxas prefixadas) dos CDB/RDB com 
prazo de 30 a 35 dias corridos operados pelos maiores bancos. Esta 
remuneração média é conhecida por Taxa Financeira Básica (TBF). 
Atualmente, são consideradas as 20 maiores instituições bancárias 
classificadas por volume de captação. 
Para o cálculo da TR do mês é deduzido, da taxa média de captação 
dos bancos, um redutor que deve refletir a tributação incidente 
sobre os CDB/RDB e a taxa real de juros da economia. Nessa 
metodologia, a TR equivale a uma taxa futura esperada de inflação, 
embutida pelos agentes econômicos na remuneração dos títulos de 
renda fixa. O redutor anunciado reflete, por seu lado, a taxa real de 
juros admitida pelo Governo para os próximos 30 dias. 
A divulgação dessas taxas é importante para o mercado, permitindo 
que os agentes melhorem suas estimativas com relação às várias 
taxas de economia (inflação, juros reais etc.). A determinação do 
redutor TR vem sofrendo diversas alterações em sua metodologia de 
cálculo e periodicidade desde sua criação, sendo necessário um 
acompanhamento das normas vigentes. 
É importante notar, ainda, que a TR é formada a partir das taxas dos 
CDB/RDB, as quais são definidas supondo influências das variações 
da taxa cm. Com isso é ressaltada, uma vez mais, a enorme 
importância da taxa cm para todo o mercado financeiro, atuando 
efetivamente sobre a formação dos preços de seus diversos 
instrumentos financeiros. 
Taxa Financeira Básica - TBF 
A taxa financeira básica foi criada em 1995 com o intuito principal 
de alongar o perfil das aplicações financeiras da economia, meta 
sempre almejada pelas autoridades monetárias. Os rendimentos da 
TBF são superiores aos da TR, pois em seu cálculo não se inclui o 
redutor. 
O Banco Central calcula a TBF com base nos rendimentos médios 
mensais oferecidos pelos CDB pré-fixados com prazo de 30 a 35 dias, 
informando seu percentual periodicamente ao mercado. A taxa 
divulgada é utilizada para remunerar as aplicações financeiras a 
prazo fixo com maturidade mínima de dois meses. 
A TBF é uma taxa futura de juros dos títulos de renda fixa do 
mercado financeiro nacional que transmite aos agentes uma ideia 
sobre o comportamento dos juros previstos para os próximos 30 
dias. 
Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP 
A TJLP é uma taxa de juros aplicada preferencialmente em 
operações de longo prazo, constituída de maneira a viabilizar as 
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operações de maior maturidade e substituir definitivamente a 
indexação da economia. 
O prazo de vigência da taxa de juros de longo prazo (TJLP) é de três 
meses, sendo fixada pelo Conselho Monetário Nacional e divulgada 
pelo Banco Central, como taxa nominal anual, até o último dia do 
trimestre anterior (período de aplicação) ao de sua vigência. 
Pelo calendário anual, as datas máximas para divulgação da TJLP 
são: 31 de dezembro, 31 de março, 30 de junho e 30 de setembro. 
Por exemplo, a TJLP divulgada até 31 de março permanecerá válida 
para o período de 01 de abril a 30 de junho, passando a partir dessa 
data a vigorar a nova TJLP. 
Para cálculo da TJLP são consideradas a taxa meta de inflação 
calculada para o seu período de vigência e as taxas de juros dos 
títulos da dívida interna e externa do Brasil, admitidas quando de 
suas respectivas emissões no mercado primário. A proporção e a 
natureza dos títulos a serem incluídos no cálculo TJLP são definidas 
pelo Banco Central, tendo em seus parâmetros de negociabilidade e 
liquidez. 
Dessa forma, a TJLP é determinada a partir de fatores básicos: 
 meta de inflação dos doze meses seguintes ao primeiro mês de 
vigência da taxa, e calculada pro rata; 
 taxa de juro real internacional; 
 prêmio pelo risco Brasil. 
A TJLP é aplicada em: 
 linhas de financiamento geridas pelo BNDES, sendo seu principal 
fator de correção; 
 Recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), Fundo de 
Participação PIS-PASEP e Fundo de Marinha Mercante (FMM). 
Está autorizada também a aplicação da TJLP componente de 
remuneração de todas as operações ativas e passivas praticadas no 
mercado financeiro nacional, conforme resolução do Conselho 
Monetário Nacional. 
O custo financeiro das operações diretas do BNDES é calculado 
considerando a TJLP mais um spread básico, definido pelo próprio 
BNDES, e um spread de risco, apurado de acordo com a classificação 
de risco do cliente. Quando o financiamento tiver a intermediação 
de um agente financeiro, o spread de risco é substituído pela 
comissão do agente financeiro, sendo acrescida ainda ao custo da 
operação uma taxa de intermediação financeira. 
Taxa básica de juros 
A taxa básica de juros da economia brasileira é definidapela taxa 
SELIC. 
Esta taxa, fixada pelo Copom – Comitê de Política Monetária do 
Banco Central, é a taxa de referência no mercado financeiro, 
exercendo influências diretas sobre o volume da dívida pública,oferta de crédito, nível de inflação, entre outros indicadores 
econômicos importantes. 
A SELIC é usada também para estabelecer o custo do dinheiro nas 
operações de mercado aberto com títulos públicos (open market). A 
taxa média dessas operações em um dia é conhecida no mercado 
por Taxa Média SELIC (TMS). 
Assim, a taxa conhecida por SELIC é uma taxa “over”, válida para 
dias úteis, e definida para operações realizadas com títulos públicos 
de emissão do Governo Federal, e registrados no Sistema Especial 
de Liquidação e Custódia (Selic). 
A taxa SELIC é admitida como a de mais baixo risco no mercado 
financeiro nacional, sendo referência para as demais taxas de juros 
do mercado. O Banco Central do Brasil, através do Copom - Comitê 
de Política Monetária - fixa a taxa SELIC regularmente. Todo dia, 
ainda, é divulgada a Taca Selic Diária, que é média ponderada diária 
de todas as taxas praticadas nas operações com títulos públicos 
daquele dia. 
Por orientação do Banco Central, a taxa SELIC é expressa em termos 
anuais (taxa ao ano over - a.a.o.), fixando-se o ano em 252 dias 
úteis. 
17. Spread Bancário 
Em termos simplificados, o Spread Bancário é a diferença entre a 
taxa de juros cobrada aos tomadores de crédito e a taxa de juros 
paga aos depositantes pelos bancos. 
Em outras palavras, é a diferença entre a remuneração que o banco 
paga ao aplicador para captar um recurso e o quanto esse banco 
cobra para emprestar o mesmo dinheiro. 
O cliente que deposita dinheiro no banco, em poupança ou outra 
aplicação, está de fato fazendo um empréstimo ao banco. Portanto 
o banco remunera os depósitos de clientes a uma certa taxa de juros 
(chamada taxa de juros de captação ou simplesmente taxa de 
captação). 
Analogamente, quando o banco empresta dinheiro a alguém, cobra 
uma taxa pelo empréstimo - uma taxa que será certamente superior 
à taxa de captação. 
A diferença entre as duas taxas é o chamado Spread Bancário. 
18. Depósitos à Vista 
A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é 
atividade típica e própria dos bancos comerciais, o que os configura 
como instituições financeiras monetárias ou bancárias. 
É a chamada captação a custo zero. 
Como há custos para a abertura e movimentação da conta corrente, 
os bancos podem estabelecer valores mínimos para a abertura. 
Os bancos nada podem cobrar a título de manutenção de conta 
corrente. 
A conta corrente é o produto básico de relacionamento entre o 
banco e o cliente, através dela são movimentados os recursos do 
cliente via depósito, cheques, ordens de pagamento, créditos de 
salários e benefícios e débitos de contas agendadas (luz, telefone, 
fatura de cartão de crédito, tv a cabo, internet e etc.). 
A conta corrente pode ser pode ser pessoal ou conjunta. 
A conjunta pode ser: 
 simples (exige a assinatura de, no mínimo, dois participantes) ou 
 solidária (exige a assinatura apenas de um participante). 
19. Depósitos a prazo (CDB e RDB) 
O CDB - Certificado de Depósito Bancário é um título de crédito 
(físico ou escritural) e o RDB - Recibo de Depósito Bancário é um 
recibo que ao serem emitidos geram a obrigação das instituições 
emissoras pagar ao aplicador, ao final do prazo contratado, o capital 
inicial mais a remuneração prevista. 
O investidor ao adquirir um CDB ou RDB está concedendo 
empréstimos ao banco onde é correntista tornando-se credor do 
banco e o banco, naturalmente, torna-se devedor do investidor. 
A principal diferença entre os dois é que o CDB, sendo um título, 
pode ser negociado por meio de transferência. O RDB é inegociável 
e intransferível. 
Trata-se de dívida do setor privado que permite aos bancos 
captarem recursos de pessoas físicas e jurídicas. 
A rentabilidade vem dos juros pagos pela instituição ao cliente pelo 
empréstimo do dinheiro ao fim do término do contrato. A aplicação 
inicial varia conforme o banco. 
Pode ser formalizada por um banco múltiplo, comercial, de 
investimento ou sociedade crédito, financiamento e investimento 
(essa somente na forma de RDB). 
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É um investimento de renda fixa, que pode ser contratado com taxa 
pré-fixada ou taxa pós-fixada. 
Podem ser: 
 pré-fixado - o investidor sabe, no momento da aplicação, quanto 
irá receber no vencimento (ex. 2% a.m.); e 
 pós-fixado - o rendimento é composto por uma taxa de juros 
definida no momento da aplicação e ainda é atrelado a algum 
índice (ex. 1,7% a.m. + TR). 
Pode também ser contratado com taxas flutuantes. Quando a taxa 
flutua, ela varia conforme o seu comportamento no mercado 
financeiro. 
Exemplo de aplicação de taxa flutuante: 
Vamos supor que um investidor tenha feito uma aplicação em 
depósito a prazo por cinco dias, renováveis diariamente. 
 
O público-alvo dos CDBs são tanto pessoas físicas como as jurídicas. 
O CDB pode ser transferido para outra pessoa até o vencimento, 
possibilitando a sua negociação no mercado secundário. 
O resgate antes do vencimento pode ocorrer, caso o banco emissor 
concorde em resgatá-lo antecipadamente. Isso pode gerar a perda 
dos rendimentos previstos inicialmente. 
Não há prazo máximo. 
O prazo mínimo varia conforme o indexador: 
 
Esses investimentos podem ter a incidência de quatro alíquotas 
distintas de Imposto de Renda na Fonte sobre os seus rendimentos, 
conforme o prazo da aplicação: 
 
No primeiro mês há a incidência de IOF, limitado ao rendimento da 
aplicação. 
Começa com 96% do rendimento no 1° dia e vai diminuindo até 
chegar a 0% no 30° dia. 
Para não haver incidência alguma de IOF a aplicação tem o prazo 
mínimo de 30 dias. 
O CDI, Certificado de Depósito Interbancário ou Certificado de 
Depósito Interfinanceiro, é o depósito a prazo realizado entre duas 
instituições bancárias ou financeiras. Essas operações são realizadas 
normalmente no curto prazo, em geral com o prazo de um dia. 
20. Cadernetas de poupança 
É a aplicação mais simples, tradicional, conservadora e popular, 
onde se pode aplicar pequenas somas e ter liquidez, apesar da 
perda de rentabilidade para saques fora da data de aniversário da 
aplicação. 
Não há restrição para aplicação de grandes valores, mas na 
poupança prevalece o pequeno investidor, por conta da facilidade 
operacional, rendimento e a possibilidade de resgatar o valor 
depositado a qualquer momento. 
Trata-se de um investimento de renda fixa com taxa pós-fixada. 
Podem depositar pessoas físicas e jurídicas. 
Remunera a pessoa física e a pessoa jurídica sem fins lucrativos 
mensalmente e a pessoa jurídica com fins lucrativos 
trimestralmente, da seguinte forma: 
 
A abertura da poupança e os depósitos podem ser feitos em 
qualquer dia do mês, sendo que as contas abertas nos dias 29, 30 e 
31, bem como os depósitos realizados nesses dias, começam a 
contar rendimento a partir do primeiro dia do mês seguinte. 
Os rendimentos obtidos por pessoas físicas e jurídicas “não 
tributadas” não pagam imposto de renda. 
As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real pagam o 
imposto de renda sobre os rendimentos auferidos. 
Os riscos em aplicar na poupança são quase inexistentes. 
Não há risco de liquidez, visto que o valor depositado pode ser 
sacado a qualquer momento. 
O risco de crédito é minimizado por ser garantido pelo Fundo 
Garantidor do Crédito - FGC até o limite de R$250.000,00. 
Os rendimentos de depósitos efetuados em cheque, desde que 
esses não sejam devolvidos, começam a ser contados a partir do dia 
depósito e não a partir da liberação do cheque. 
É vedado às instituições financeiras a cobrança de qualquer 
remuneração a título de manutenção de contas de poupança, sem 
exceção. 
Os bancos só podem cobrar as tarifas previstas na Res. CMN 3.919, 
de 25.11.2010. 
Os tipos de serviçosprestados pelas instituições financeiras e 
demais instituições autorizadas a funcionar pelo BCB são 
classificados em quatro modalidades: 
 serviços essenciais: aqueles que não podem ser cobrados 
 serviços prioritários; 
 serviços especiais; e 
 serviços diferenciados. 
Serviços essenciais (sem cobrança): 
1. fornecimento de cartão com função débito; 
2. fornecimento de segunda via do cartão de débito, exceto 
nos casos decorrentes de perda, roubo, furto, danificação e outros 
motivos não imputáveis à instituição emitente; 
3. realização de até dois saques, por mês, em guichê de caixa 
ou em terminal de autoatendimento; 
4. realização de até duas transferências, por mês, para conta 
de depósitos de mesma titularidade; 
5. fornecimento de até dois extratos, por mês, contendo a 
movimentação dos últimos trinta dias; 
6. realização de consultas mediante utilização da internet; 
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7. fornecimento, até 28 de fevereiro de cada ano, do extrato 
consolidado, discriminando, mês a mês, os valores cobrados no ano 
anterior relativos a tarifas; e 
8. prestação de qualquer serviço por meios eletrônicos, no 
caso de contas cujos contratos prevejam utilizar exclusivamente 
meios eletrônicos. 
Atenção: A regulamentação estabelece também que a realização de 
saques em terminais de autoatendimento em intervalo de até trinta 
minutos é considerada como um único evento. 
21. Letras de câmbio 
É uma ordem de pagamento, à vista ou a prazo, que um sacador 
emite contra um sacado, em favor de um beneficiário (tomador), 
que pode ser o próprio sacador ou um terceiro. 
Na letra de câmbio, participam os seguintes personagens: 
 sacador ou emitente ou ordenante - aquele que dá a ordem para 
pagar. 
 sacado - aquele contra quem é dada a ordem. É o devedor do 
título. Aceitando-a, passa a denominar-se aceitante. 
 beneficiário, favorecido ou tomador - aquele a favor de quem é 
dada a ordem. 
São requisitos essenciais da letra de câmbio: 
 a expressão “letra de câmbio"; 
 a quantia que deve ser paga; 
 o nome de quem deve pagar; 
 o nome da pessoa a quem deve ser paga; 
 data e lugar onde a letra é sacada (emitida); 
 assinatura do sacador. 
Na falta de lugar de pagamento, presume-se pagável no domicílio do 
sacado ou no lugar indicado junto a seu nome. 
O vencimento da letra de câmbio pode ser: 
 à vista - na apresentação (neste caso, a letra de câmbio tem 
validade de 1 ano após a emissão); 
 a dia certo (data de vencimento); 
 a tempo certo da data (prazo após a emissão); a tempo certo de 
vista (prazo após o aceite). 
Quanto ao protesto, a letra de câmbio pode ser protestada por falta 
de pagamento, ou por falta ou recusa de aceite. 
Na letra de câmbio, a prescrição da ação cambial ocorre nos 
seguintes prazos: 
 contra o aceitante: 3 anos a partir do vencimento; 
 contra os endossantes e contra o sacador: 1 ano a partir do 
protesto; 
 ação de regresso (do endossante que foi demandado contra os 
anteriores e contra o sacador): 6 meses após ter pago o título. 
Especial atenção deve ser dada à chamada Letra de Câmbio 
Financeira, que só pode ser emitida por instituição financeira, sendo 
uma das principais formas de captação de recursos das sociedades 
de crédito, financiamento e investimento (financeiras). 
22. Financiamento de Capital Fixo 
São os recursos liberados pelas instituições financeiras com a 
destinação específica de financiar a aquisição dos bens fixos das 
empresas. 
Como bens fixos, devemos entender aqueles classificados no ativo 
imobilizado das empresas. 
São os veículos, as instalações, os móveis e utensílios, a infra-
estrutura da empresa, o maquinário, os computadores, as 
instalações complementares, ou seja, tudo aquilo que é necessário 
para que a empresa possa exercer sua atividade produtiva. 
São operações de longo prazo e com juros mais em conta para 
viabilizar o desenvolvimento da empresa e até de uma região. 
Desta forma, as fontes (funding) destas operações têm origem nas 
entidades e instituições governamentais. 
Destaca-se o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social (BNDES) como o grande financiador das empresas no longo 
prazo. 
23. Financiamento de Capital de Giro 
O capital de giro é o conjunto de valores (dinheiro) necessário para a 
empresa fazer seus negócios acontecerem (girar) e está diretamente 
relacionado com o circulante da empresa. 
Tem a ver com os recebimentos e os pagamentos da empresa. 
A necessidade de capital de giro acontece quando a empresa tem 
algum compromisso a pagar e só terá os recursos necessários dali a 
alguns dias. 
Estes compromissos podem ser impostos, aluguéis, folha de 
pagamento, fornecedores e etc. 
O financiamento de capital de giro visa atender essa necessidade de 
capital da empresa. 
Firma-se um contrato específico de abertura de crédito, onde é 
estabelecido o prazo, taxa, valor e garantias. 
24. Crédito fixo 
O contrato de abertura de crédito fixo é a linha de crédito aberta 
com determinado valor para que o cliente utilize de uma única vez. 
É fixo exatamente por ter não ter mobilidade, o cliente é obrigado a 
usar o valor liberado de uma única vez, sendo o fixado o valor de 
cada parcela a ser paga periodicamente, devendo restituir ao banco 
o valor tomado emprestado em prazo também pré-estabelecido 
contratualmente. 
Na prática não se formaliza uma operação de crédito fixo, mas 
alguma das modalidades possíveis de serem realizadas: crédito 
direto ao consumidor, financiamento imobiliário. 
25. Crédito rotativo 
O contrato de abertura de crédito rotativo é a linha de crédito 
aberta com determinado limite para que o cliente utilize conforme 
sua necessidade. 
É rotativo exatamente por ter mobilidade, o cliente utiliza o quanto 
necessita, quando quiser, pelo período que precisar, restituindo ao 
banco assim que puder. 
Como está pré-estabelecido não há data certa para o uso do crédito 
nem para devolver (a data-limite é a data de vencimento do 
contrato). 
Na prática não se formaliza uma operação de crédito rotativo, mas 
alguma das modalidades possíveis de serem realizadas: cheque 
especial, conta garantida ou cartão de crédito. 
26. Crédito Direto ao Consumidor (CDC) 
É a operação realizada pelas financeiras para que seus clientes 
adquiram bens e serviços. 
Sua maior utilização é para a aquisição de veículos e 
eletrodomésticos. 
O bem financiado geralmente serve como garantia da operação, 
ficando alienado à financeira, ou seja, o cliente transfere à financeira 
a propriedade do bem adquirido com o dinheiro emprestado até o 
pagamento total da dívida. 
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Atualmente, os contratos têm sido firmados com a incidência 
somente de juros pré-fixados e não há prazo máximo para a sua 
realização. 
Existe um tipo especial de CDC, chamado CDC-i, que vem a ser o 
Crédito Direto ao Consumidor com a interveniência do lojista 
vendedor. 
A palavra interveniência significa, segundo o Aurélio, entre outros, 
que há prática de intervenção. Esse CDC é chamado com 
interveniência porque o lojista vendedor intervém na operação, 
garantindo-a. Caso o financiado não pague, caberá ao lojista quitar o 
financiamento. 
O financiamento não é realizado somente com a participação da 
financeira e do cliente comprador do produto que estiver sendo 
vendido. 
Esse tipo de operação atende os interesses de lojas varejistas que 
tradicionalmente fazem vendas a prazo. Como essas lojas não são 
instituições financeiras elas não podem financiar seus compradores. 
Assim, esses lojistas firmam contratos com instituições financeiras 
que assumem o compromisso de financiar as vendas desses 
varejistas. 
Quando da formalização do contratocom o lojista, a instituição 
financeira passa a contar com o lojista garantindo adicionalmente a 
operação além da garantia real do produto vendido quando ele fica 
vinculado ao financiamento na forma de alienação fiduciária. 
O risco de crédito é menor nesse tipo de operação, refletindo numa 
menor taxa de juros para o financiado. 
Para o comprador é interessante, pois contrata o financiamento 
diretamente na loja onde estiver comprando, sem haver a 
necessidade de procurar alguma financeira que possa financiar suas 
compras. 
O lojista tem a vantagem de receber a vista as vendas que serão 
pagas parceladamente à financeira pelo seu cliente comprador. 
27. Cheque Especial 
Destina-se praticamente às pessoas físicas. 
É um limite de crédito pré-estabelecido, vinculado à conta corrente 
do cliente, utilizado de forma automática pela emissão de cheques 
quando não há saldo disponível. 
Conforme a conta corrente vai recebendo créditos, os recursos vão 
sendo transferidos para cobrir o saldo devedor utilizado. 
Os encargos são os juros e o IOF incidentes sobre os valores 
utilizados e o respectivo prazo. 
28. Contas garantidas 
São contas de empréstimo separadas, mas vinculadas às contas 
correntes, com limite de crédito de utilização rotativa destinado a 
suprir eventuais necessidades de capital de giro. 
Geralmente são movimentadas diretamente pelos cheques emitidos 
pelos clientes, quando não há saldo disponível na conta corrente. 
São rotativas por que um limite é pré-definido para o cliente utilizar 
quando necessário e conforme a conta corrente vai recebendo 
créditos os recursos vão sendo transferidos à conta garantida até 
cobrir o saldo devedor. 
Destinam-se às pessoas jurídicas. 
São garantidas por que o cliente tem um limite de uso garantido 
previamente e também porque para a abertura da conta o cliente 
oferece garantias que podem ser: 
 nota promissória com aval dos sócios ou terceiros que possam 
apresentar algum bem, 
 caução de títulos de crédito (duplicatas ou cheques pré-datados), 
e/ou 
 alienação fiduciária/hipoteca. 
Os encargos desta operação são calculados diariamente sobre o 
saldo devedor e cobrados, normalmente, no primeiro dia útil do mês 
seguinte ao da movimentação. 
Os encargos são os juros e o IOF incidentes sobre os valores 
utilizados e o respectivo prazo. 
29. Descontos de títulos 
São os adiantamentos de recursos que os bancos fazem aos clientes, 
sobre valores de duplicatas de cobrança ou notas promissórias, para 
antecipar o fluxo de caixa do cliente. 
O cliente garante o recebimento de recursos que, teoricamente, só 
teria disponíveis no futuro. 
Geralmente, o desconto é feito sobre títulos com prazo máximo de 
60 dias e prazo médio de 30 dias. 
O banco tem o direito de regresso, ou seja, no vencimento, caso o 
título não seja pago pelo sacado, o cedente assume a 
responsabilidade do pagamento, inclusive de multas e/ou juros de 
mora por atraso. 
Descontos também podem ser feitos sobre os recibos de venda com 
cartões de crédito e os cheques pré-datados (no caso de cheques 
pré-datados, esses documentos ficam em caução como garantia do 
empréstimo). 
30. Hot Money 
É o empréstimo de curtíssimo prazo, com prazo mínimo de um dia 
máximo de 29 dias. Normalmente é realizado por um dia. 
Têm a finalidade de financiar o capital de giro das empresas para 
cobrir necessidades imediatas de recursos, sem contrato de 
empréstimo de caráter complexo. 
A formação de taxa para o hot money é definida levando em conta a 
taxa do Certificado de Depósito Interbancário (ou interfinanceiro) 
CDI do dia da operação, tributos e ganho pretendido. 
Por ser uma operação de curto prazo o hot money tem a vantagem 
de permitir uma rápida mudança de posição no caso de uma 
variação brusca nas taxas de juros para baixo. 
O Comunicado Bacen 7.569, diz que para efeito de distinção entre as 
operações de “hot money” e de capital de giro deve-se classificar 
como na segunda modalidade aquelas contratadas com prazo igual 
ou superior a 30 dias. 
Sendo assim, hot money tem prazo de até 29 dias. Com prazo igual 
ou superior a 30 dias é operação de capital de giro. 
31. Vendor Finance 
É uma operação de financiamento de vendas com base na cessão de 
crédito, permitindo que uma empresa venda seu produto a prazo e 
receba o pagamento à vista. 
Envolve transações de compra e venda entre pessoas jurídicas. 
Supõe que a empresa compradora seja cliente tradicional da 
vendedora, pois será a vendedora quem assumirá o risco do 
negócio, como intermediadora. 
A empresa vendedora transfere o crédito decorrente da venda ao 
banco que em troca de uma taxa de intermediação paga à vista ao 
próprio vendedor e financia o comprador. 
Como a venda não é financiada diretamente pela empresa 
vendedora, a base de cálculo para a cobrança de tributos, comissões 
e royalties, torna-se menor. 
Reduz também a carga de IPI, ICM, PIS e Cofins que incide sobre o 
preço da Nota Fiscal da empresa vendedora. 
Se a própria vendedora financiasse a venda, iria embutir no preço os 
custos financeiros, aumentando mais ainda os impostos a pagar. 
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16 
Com o vendor é possível vender por um preço mais competitivo, 
além do que ao receber a vista tem imediato reforço no seu caixa. 
O cliente comprador beneficia-se com taxas menores que as do 
mercado para o financiamento isolado de uma empresa, pois estará 
obtendo uma taxa que leva em conta o risco do vendedor. 
Em resumo, é uma modalidade de financiamento de vendas na qual 
quem contrata o crédito é o vendedor do bem, mas quem paga o 
crédito é o comprador. 
Esta operação favorece as vendas da grande empresa e 
naturalmente as compras do pequeno empresário. 
A operação é formalizada com a assinatura de um contrato, com 
direito de regresso entre o banco e a empresa vendedora 
(fornecedora) e um contrato de abertura de crédito entre as partes: 
 empresa vendedora, 
 banco, e 
 empresa compradora. 
32. Compror Finance 
É a operação inversa do vendor. 
É uma operação de financiamento de compras com base na cessão 
de crédito, permitindo que uma empresa compre o seu produto a 
prazo e o vendedor receba o pagamento à vista. 
Ocorre quando pequenas indústrias vendem para grandes fábricas e 
montadoras. 
Diferentemente do compror, onde a grande montadora ou indústria 
compradora funciona como um fiador, no vendor é ela mesmo a 
devedora. 
É um instrumento de crédito que dilata o prazo de pagamento de 
compra sem envolver o vendedor (fornecedor). 
O título a pagar funciona como um “lastro” para o banco financiar o 
cliente que irá lhe pagar em data futura pré-combinada, acrescido 
de juros e IOF. 
Como no compror, este produto exige um contrato-mãe definindo 
as condições básicas da operação, que será efetivada quando do 
envio ao banco dos contratos-filhos, com as planilhas dos dados dos 
pagamentos que serão financiados. 
Esta operação favorece as vendas do pequeno empresário e 
naturalmente as compras da grande empresa. 
33. Leasing (tipos, funcionamento, bens) 
O princípio básico que fundamenta a operação de leasing é que o 
fato gerador de rendimentos para uma empresa é a utilização e não 
a propriedade de um bem. 
No Brasil, o leasing é chamado de arrendamento mercantil. 
Há dois tipos de leasing: 
 financeiro - funciona como uma operação financeira, o total 
recebido a título de contraprestação mais o VRG, será suficiente 
para que a arrendadora recupere o valor gasto na aquisição e 
tenha a rentabilidade financeira esperada na operação 
representada pela taxa pactuada; e 
 operacional - não funciona como uma operação financeira, o total 
recebido a título de contraprestação mais a quantia que for 
apurada ao final do contrato com a venda do bem, deveráser 
suficiente para que a arrendadora recupere o valor gasto na 
aquisição e tenha a rentabilidade financeira esperada no negócio. 
No leasing financeiro é obrigatória a definição do VRG - Valor 
Residual Garantido. 
O VRG Para o cliente exercer uma das três opções que ele pode 
exercer ao final do contrato: 
 comprar o bem arrendado; 
 renovar o contrato; ou 
 devolver o bem arrendado. 
Quanto a forma de pagamento, o VRG pode ser pago: 
 antecipado; 
 diluído; 
 misto; ou 
 no final. 
A descaracterização do contrato de arrendamento mercantil pode 
ocorrer caso a opção de compra seja exercida antes do prazo 
mínimo do contrato de leasing. Após o prazo mínimo isso não 
ocorre. 
 
 diferenças entre o leasing: 
 financeiro operacional 
prazo mínimo 
2 anos para bens 
com vida útil de 
até 5 anos 
3 anos para bens 
com vida útil 
acima de 5 anos 
90 dias 
prazo 
máximo 
não há 
75% da vida útil do 
bem arrendado 
manutenção 
do bem 
arrendado 
a cargo do 
arrendatário 
pode ser a cargo do 
arrendador ou do 
arrendatário 
VRG obrigatório não é permitido 
opção de 
compra 
pelo valor do VRG 
pelo valor de 
mercado 
 
Bens arrendáveis 
Podem ser objeto de arrendamento mercantil os bens móveis e 
imóveis, novos e usados, de fabricação nacional e estrangeira. 
Vantagens para o arrendatário (PJ): 
 “financiamento” total do bem, 
 liberação do capital de giro da empresa, 
 longo prazo da operação, 
 dedução dos valores das contraprestações pagos como despesa 
operacional. 
Vantagens para o arrendatário (PF): 
 mais uma alternativa de financiamento. 
 encargos financeiros mais baixos. 
Sale and Leaseback 
Operação onde o fornecedor e o arrendatário são a mesma pessoa. 
 
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17 
34. Crédito Rural 
É a disponibilização de recursos para aplicação exclusiva nas 
atividades agropecuárias (setor rural). 
Seu objetivo é: 
 estimular os investimentos rurais feitos por produtores ou por 
suas cooperativas; 
 favorecer o oportuno e adequado custeio da produção e a 
comercialização de produtos agropecuários; 
 fortalecer o setor rural; 
 incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de 
produção, visando ao aumento de produtividade, à melhoria do 
padrão de vida das populações rurais e à adequada utilização dos 
recursos naturais; 
 propiciar, pelo crédito fundiário, a aquisição e regularização de 
terras pelos pequenos produtores, posseiros e arrendatários e 
trabalhadores rurais; 
 desenvolver atividades florestais e pesqueiras; 
 estimular a geração de renda e o melhor uso da mão-de-obra na 
agricultura familiar. 
O crédito rural financia: 
 custeio das despesas normais de cada ciclo produtivo; 
 investimento em bens ou serviços cujo aproveitamento se 
estenda por vários ciclos produtivos; 
 comercialização da produção. 
O custeio pode ser: 
 agrícola; 
 pecuário; 
 de beneficiamento ou industrialização. 
O crédito de custeio destina-se às despesas normais de: 
 do ciclo produtivo de lavouras periódicas, da entressafra de 
lavouras permanentes ou da extração de produtos vegetais 
espontâneos ou cultivados, incluindo o beneficiamento primário 
da produção obtida e seu armazenamento no imóvel rural ou em 
cooperativa; 
 de exploração pecuária; 
 de beneficiamento ou industrialização de produtos agropecuários. 
O crédito rural pode ser utilizado por: 
 produtor rural (pessoa física ou jurídica); 
 cooperativa de produtores rurais; e 
 pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, se 
dedique a uma das seguintes atividades: 
a) pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscalizadas ou 
certificadas; 
b) pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial e 
embriões; 
c) prestação de serviços mecanizados de natureza agropecuária, 
em imóveis rurais, inclusive para a proteção do solo; 
d) prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis 
rurais; 
e) exploração de pesca e aquicultura, com fins comerciais; 
f) medição de lavouras; 
g) atividades florestais. 
A contratação de assistência técnica não é obrigatória, cabendo ao 
produtor decidir sobre a necessidade de assistência técnica para 
elaboração de projeto e orientação, salvo quando considerados 
indispensáveis pelo financiador ou quando exigidos em operações 
com recursos controlados. 
São exigências essenciais para que o crédito rural seja concedido: 
 idoneidade do tomador; 
 apresentação de orçamento, plano ou projeto, exceto em 
operações de desconto de Nota Promissória Rural ou de Duplicata 
Rural; 
 oportunidade, suficiência e adequação de recursos; 
 observância de cronograma de utilização e de reembolso; 
 fiscalização pelo financiador; 
 liberação do crédito diretamente aos agricultores ou por 
intermédio de suas associações formais ou informais, ou 
organizações cooperativas; 
 observância das recomendações e restrições do zoneamento 
agroecológico e do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE). 
É necessária a apresentação de garantias para obtenção de 
financiamento rural, que são livremente acertadas entre o 
financiado e o financiador, que devem ajustá-las de acordo com a 
natureza e o prazo do crédito. 
As garantias podem ser qualquer das previstas no Sistema 
Financeiro Nacional: 
 penhor agrícola, pecuário, mercantil, florestal ou cedular; 
 alienação fiduciária; 
 hipoteca comum ou cedular; 
 aval ou fiança; 
 seguro rural ou ao amparo do Programa de Garantia da Atividade 
Agropecuária (Proagro); 
 proteção de preço futuro da commodity agropecuária, inclusive 
por meio de penhor de direitos, contratual ou cedular; 
 outras que o Conselho Monetário Nacional admitir. 
O crédito rural está sujeito às seguintes despesas: 
 remuneração financeira (juros); 
 Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre 
Operações relativas a Títulos e Valores Mobiliários - IOF; 
 custo de prestação de serviços; 
 as previstas no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária 
(Proagro); 
 sanções pecuniárias; 
 prêmio de seguro rural; 
 prêmios em contratos de opção de venda, do mesmo produto 
agropecuário objeto do financiamento de custeio ou 
comercialização, em bolsas de mercadorias e futuros nacionais, e 
taxas e emolumentos referentes a essas operações de contratos 
de opção. 
Nenhuma outra despesa pode ser exigida do mutuário, salvo o exato 
valor de gastos efetuados à sua conta pela instituição financeira ou 
decorrentes de expressas disposições legais. 
O Decreto 6.306 estabelece alíquota zero de IOF para as operações 
de crédito rural, exceto nos casos previstos em norma legal. 
Os recursos para o crédito rural são classificados em controlados e 
não controlados. 
Os controlados são: 
a) os recursos obrigatórios (decorrentes da exigibilidade de 
depósito à vista); 
b) os oriundos do Tesouro Nacional; 
c) os subvencionados pela União sob a forma de equalização de 
encargos (diferença de encargos financeiros entre os custos de 
captação da instituição financeira e os praticados nas 
operações de financiamento rural, pagos pelo Tesouro 
Nacional); 
d) os oriundos da poupança rural, quando aplicados segundo as 
condições definidas para os recursos obrigatórios. 
Os não controlados são todos os demais. 
As taxas praticadas com recursos obrigatórios e controlados são 
mais baixas do que as com recursos não controlados. 
Os prazos, as garantias e os cronogramas de pagamentos do crédito 
rural são definidos em função da capacidade de pagamento do 
mutuário e de forma a fazer os vencimentos coincidirem com os 
períodos de recebimento de recursos pelo produtor rural, quando 
da comercializaçãodos seus produtos. 
Sobre o Crédito Rural, vale a pena conferir as informações 
oferecidas pelo Banco Central do Brasil em goo.gl/Tv9tx. 
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35. Pronaf 
O Pronaf - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura 
Familiar destina-se ao apoio financeiro das atividades agropecuárias 
e não agropecuárias exploradas mediante emprego direto da força 
de trabalho do produtor rural e de sua família. 
Entende-se por atividades não agropecuárias os serviços 
relacionados com turismo rural, produção artesanal, agronegócio 
familiar e outras prestações de serviços no meio rural, que sejam 
compatíveis com a natureza da exploração rural e com o melhor 
emprego da mão de obra familiar. 
Sobre o Pronaf, confira as informações oferecidas pelo Banco 
Central do Brasil em goo.gl/b4hYm. 
36. Cobrança e pagamento de títulos, boletos e carnês 
Trata-se de uma prestação de serviços voltada para o setor privado. 
Entende-se por cobrança a ação de cobrar ou receber uma dívida. 
As empresas podem promover a cobrança de seus títulos mercantis 
de várias formas, entre as quais: 
 recebimento por meio da tesouraria; 
 cobrança no local do estabelecimento ou da residência do cliente 
(devedor), utilizando cobradores; e a 
 cobrança através de estabelecimentos bancários ou financeiros. 
Cobrança bancária é a operação que consiste em o banco receber 
títulos e dívidas em favor de seus clientes cedentes, tais como: notas 
promissórias, duplicatas, etc., cuja cobrança o banco se encarrega, 
por conta dos donos das importâncias neles consignadas. 
É um produto que apresenta um dos maiores potenciais de geração 
de receitas de tarifas bancárias para os bancos, também atuando 
como importante fidelizador de clientes, abrindo caminho para 
outros negócios. 
O valor cobrado é automaticamente creditado na conta corrente do 
cliente em D ou D+1, de acordo com o acertado entre o banco e o 
cliente. 
Pode ainda, ser combinado o “float” que é o número de dias que o 
banco permanece com os recursos do cliente antes do repasse. Esse 
procedimento possibilita a isenção de cobrança da tarifa pelo 
serviço prestado. 
A cobrança bancária é feita por meio dos bloquetos que substituem 
duplicatas, notas promissórias, letras de câmbio ou recibos, e que 
circulam pela câmara de compensação. 
Esses bloquetos são todos emitidos com código de barras, o que 
permite que eles sejam recebidos em qualquer agência bancária. 
Por conta do sistema de compensação, os títulos podem ser 
cobrados em qualquer praça, se pagos: 
 até o vencimento, em qualquer agência bancária; 
 após o vencimento, apenas nas agências do banco emissor do 
boleto. 
Atualmente, a cobrança é eletrônica e totalmente automatizada. Por 
meio do bloqueto, os dados dos títulos a serem cobrados são 
passados aos bancos via computador, e seu valor automaticamente 
creditado na conta do cedente. 
Vantagens do produto 
Para o banco 
 aumento de depósitos à vista, pelo crédito das liquidações; 
 aumento das receitas pela cobrança de tarifas sobre serviços; 
 consolidação do relacionamento com o cliente; 
 inexistência do risco de crédito nessa prestação de serviço. 
Para o cliente 
 capilaridade da rede bancária; 
 não há necessidade de o devedor (sacado) dirigir-se a empresa 
para o pagamento; 
 a empresa não precisa contratar cobradores; 
 crédito imediato do título recebido, a menos que algum “float” 
tenha sido negociado; 
 consolidação do relacionamento com o banco; 
 garantia do processo de cobrança, inclusive com o protesto do 
título, quando necessário. 
37. Arrecadação de tributos e tarifas públicas 
A arrecadação consiste no serviço de recebimento de valores das 
instituições públicas e concessionárias de serviços públicos, por 
meio de acordos e convênios específicos, que estabelecem as 
condições e a forma do repasse desses tributos/tarifas. 
Os prazos que os recursos ficam retidos no banco, o fluxo dos 
documentos e as formas de repasse variam conforme cada 
tributo/tarifa. 
Os bancos por meio de seus pontos de atendimento substituem, na 
verdade, as antigas coletorias; este serviço já foi o maior gerador de 
filas nas agências bancárias, hoje isso está minimizado por conta das 
várias alternativas e facilidades de pagamento que há fora das 
agências, por meio de: 
 terminais de auto atendimento; 
 home/office banking; 
 mobile banking; e 
 correspondentes bancários (lotéricas e outros). 
Os bancos cada vez mais aperfeiçoam a tecnologia de informática e 
criam métodos alternativos para o recolhimento e o repasse mais 
ágeis deste serviço. 
Vantagens do produto 
Para o banco 
 aumento de aplicações graças aos valores arrecadados, com 
consequente aumento das receitas, 
 atrativo para a conquista de novos clientes, 
 ancoragem do cliente no banco (domicílio bancário). 
Para o cliente/instituição pública: 
 certeza do rigor no cumprimento das cláusulas contratuais, 
 eliminação de custos administrativos, 
 segurança e tranquilidade no manuseio dos valores. 
Para o cliente/contribuinte: 
 comodidade do recolhimento/pagamento do tributo num 
domicílio bancário, 
 financiamento/remuneração dos recolhimentos, 
 segurança dos serviços executados, 
 eliminação da perda de tempo e do trabalho de pagamento em 
diferentes órgãos públicos, 
 possibilidade do agendamento através do débito em conta. 
38. Transferências automáticas de fundos 
Como o próprio nome diz, trata-se da transferência automática de 
fundos efetuada a pedido, desde que observadas as condições 
estipuladas pelo cliente. 
É um serviço prestado ao cliente que por gerenciamento de seu 
caixa, necessite ter uma ou mais contas em uma ou mais agências 
do banco. 
O cliente informa previamente ao banco em que contas deseja 
manter este ou aquele saldo; o banco, automaticamente, ao final do 
dia, movimenta as contas do cliente, de forma a fechar o saldo 
diário dessas contas de acordo com o determinado pelo cliente. 
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19 
O DOC e a TED não são consideradas transferências automáticas de 
fundos, visto que são efetuadas de forma manual. 
39. Home / Office Banking 
Trata-se do banco em casa ou no escritório. 
Pode também ser chamado de internet banking, visto que o acesso 
ao banco da casa ou do escritório ocorre por meio da internet. 
Quando o acesso ocorre por meio do telefone celular é denominado 
mobile banking. 
Basicamente, é toda e qualquer ligação entre o computador do 
cliente e o computador do banco, permitindo às partes se 
comunicarem a distância. 
O cliente, sem sair de casa ou do escritório, pode entre outras coisas 
obter/fazer: 
 informações sobre saldo e movimentação em conta corrente, 
 saldo e movimentação de cobrança/contas a pagar, 
 posição, aplicações e resgates em fundos, 
 operações de empréstimos, 
 cotações de moedas/índices e bolsas de valores, 
 saldo em caderneta de poupança, 
 pagar suas contas de cobrança bancária, de concessionárias de 
serviços, de tributos, 
 realizar a transferência de recursos, e 
 realizar operações de câmbio. 
De forma bem objetiva podemos dizer que o home banking permite 
ao cliente pessoa física acessar a sua conta corrente pessoal por 
meio de um computador em qualquer lugar onde esteja enquanto o 
office banking permite ao cliente pessoa jurídica acessar a conta 
corrente da sua empresa por meio de um computador a partir 
também de qualquer lugar onde esteja. 
40. Remote banking 
Trata-se do procedimento que permite acessar a conta bancária de 
forma remota, à distância, sem a necessidade de ir ao prédio da 
agência bancária onde o cliente mantem sua conta corrente. 
Isso acontece por meio de terminaisde autoatendimento localizadas 
na rede de agências dos bancos e também em terminais colocados 
em locais de grande movimentação de pessoas. 
Além dos terminais próprios o acesso pode ser feito por meio da 
rede do Banco 24 Horas. 
No processo de redução de custos, os bancos reconheceram a 
importância de reduzir o trânsito e a fila de clientes nas agências e a 
necessidade de investirem em instalações alternativas de 
atendimento. 
Assim foi intensificado o atendimento remoto (fora das agências), 
segmentado pelo tipo de serviço prestado pelos bancos: 
 saques de dinheiro, 
 depósito fora do caixa dos bancos, 
 entrega em domicílio de talões de cheque, 
 pagamento de contas fora do caixa dos bancos, 
 débito automático em conta corrente de concessionárias de 
serviços públicos e outras empresas, e 
 troca de informações constante com os bancos para obter/fazer 
as várias transações possíveis através do home/office banking. 
41. Mobile Banking 
Mobile Banking tem a ver com Mobile Phone, ou seja, com o 
telefone celular. 
Dessa forma, a expressão mobile banking é utilizada para designar 
qualquer transação realizada pelo cliente junto ao seu banco por 
meio de diapositivos móveis, telefones celulares (mobile phone) e 
tablets. 
É uma forma remota de acesso às contas no banco, permitindo a 
realização das mais variadas transações bancárias. 
Quando se estuda remote banking, a gente aprende que remote tem 
a ver com acessar o banco a distância. 
A tecnologia proporcionada pela informática permite que o cliente 
acesse sua conta bancária e faça as mais diversas transações a 
distância. 
Os acessos remotos ocorrem via terminais de auto-atendimento 
localizados fora da agência bancária, em farmácias, shopping 
centers, postos de gasolina e etc. 
Acontecem também por meio da internet. A pessoa física fazendo 
uso do home banking e a pessoa jurídica usando o office banking. 
E mais recentemente, com os iphones e outros smartphones é 
possível este acesso remoto por meio do mobile banking. 
O Mobile Banking caracteriza transações bancárias com o uso do 
mobile phone, o telefone celular. 
42. TED e DOC 
Tanto o DOC - Documento de Crédito e quanto a TED - Transferência 
Eletrônica Disponível permitem a transferência de recursos de um 
banco para outro banco, a crédito de uma conta no banco 
destinatário. 
A principal diferença entre essas formas de transferência de 
recursos está relacionada ao tempo em que são efetivadas. 
Um DOC, que transita pela Compe - Serviço de Compensação de 
Cheques e Outros Papéis, leva um dia útil para ser compensado, de 
forma que o recebedor somente tem a informação do crédito no dia 
útil seguinte à sua emissão pelo pagador. Já a TED terá liquidação no 
próprio dia, ou seja, atualizará o saldo da conta do recebedor na 
mesma data em que é emitida pelo pagador. 
Para fazer uma transferência entre bancos, tanto por meio do DOC 
quanto da TED, é preciso ter as seguintes informações do 
favorecido: 
CPF (se o beneficiário é pessoa física) ou CNPJ (se o beneficiário é 
pessoa jurídica); 
 nome do beneficiário, para que possa ser conferido antes de 
confirmar a transferência (não obrigatório); e 
 dados bancários do beneficiário: Banco, agência e conta. 
O horário limite para envio de uma TED é às 17h30, visto sendo que 
a grade horária para ordens de transferências de fundos que 
transitam pelo STR - Sistema de Transferência de Fundos, a favor de 
cliente, encerra às 17h30. A maioria dos bancos aceitam TEDs até às 
17h. 
O DOC não tem valor mínimo, mas tem valor máximo de 
R$4.999,99. 
O valor mínimo da TED desde 16.01.2015 é R$500,00 e não possui 
valor máximo. 
Há algumas notícias na internet dando conta de que o valor mínimo 
da TED teria sido reduzido para R$250,00 a partir de 03.07.2015. No 
site da Febraban não há qualquer notícia a respeito. Lá consta como 
sendo ainda R$500,00. Para nós permanece esse valor de R$500,00. 
43. Mercado interbancário 
O sistema financeiro tem, hoje, como único instrumento capaz de 
traduzir suas expectativas, o mercado interbancário de reais. 
A este segmento, o Banco Central não tem acesso. Nele, os preços 
estão livres da intervenção e, portanto, de balizamentos oficiais. 
Este mercado é privativo dos bancos e dos brokers, que fazem a 
ponte entre compradores e vendedores de dinheiro com lastro em 
títulos privados. 
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Não está imune, contudo, às influências sazonais do fluxo de 
recursos mantidos entre o sistema bancário e o governo. 
Normalmente, o custo do dinheiro de um dia negociado no mercado 
interbancário – DI - é muito próximo do custo de troca das reservas 
bancárias disponíveis lastreadas em títulos federais que ocorrem no 
mercado aberto (Selic), podendo, inclusive, ser uma referência para 
o custo do Selic no dia seguinte. 
Eventualmente, pode haver distorções entre esses dois custos por 
causa de impactos mais fortes dos recolhimentos bancários sobre a 
disponibilidade de moeda na economia que levem os bancos a uma 
procura maior por moeda. 
Assim, a sazonalidade típica da primeira quinzena do mês, quando 
aumenta consideravelmente o recolhimento de tributos e 
contribuições federais, normalmente amplia a retirada de moeda do 
sistema bancário. Pequenos ajustes no fluxo dos recursos recolhidos 
pelo BC ou pelo Tesouro contribuem para evitar as flutuações 
exageradas e bruscas dos juros que, naturalmente, tendem a 
diminuir na segunda quinzena do mês, quando o Tesouro Nacional 
passa de arrecadador para pagador, injetando moeda no mercado 
financeiro. 
Certificado de Depósito Interbancário - CDI 
Antes da criação do CDI, atualmente mais conhecido como Depósito 
Interfinanceiro ou Interbancário (CDI ou DI), as instituições 
financeiras monetárias e não-monetárias disputavam no mercado os 
recursos disponíveis para captação. 
Devido à volatilidade das taxas dos diferentes papéis em mercado, 
os recursos financeiros disponíveis procuravam as melhores 
aplicações, quer fossem em Certificado de Depósito Bancário (CDB), 
Letra de Câmbio (LC) ou Letra Interfinanceira (LI). Naturalmente 
existiria, em diferentes momentos, perdas para uns e ganhos para 
outros. 
De forma a garantir uma distribuição de recursos que atendesse ao 
fluxo de recursos demandado pelas instituições, foi criado, em 
meados da década de 80, o CDI. Os Certificados de Depósito 
Interbancário são os títulos de emissão das instituições financeiras 
monetárias e não-monetárias que lastreiam as operações do 
mercado interbancário. 
Suas características são idênticas às de um COB, mas sua negociação 
é restrita ao mercado interbancário. Sua função é, portanto, 
transferir recursos de uma instituição financeira para outra. Em 
outras palavras, para que o sistema seja mais fluido, quem tem 
dinheiro sobrando empresta para quem não tem. 
A regulamentação atual do DI tem como referência básica a 
Resolução 3.399, de 29.08.2006. Nela, o BC autoriza os bancos 
múltiplos, os bancos comerciais, os bancos investimento, os bancos 
de desenvolvimento, as caixas econômicas, as sociedades de 
crédito, financiamento e investimento, as sociedades de crédito 
imobiliário, as associações de poupança e empréstimo, as 
cooperativas de crédito e as sociedades de arrendamento mercantil 
a receberem depósitos interfinanceiros, desde que satisfeitas as 
seguintes condições: 
 não haja emissão de certificado; 
 sejam registrados e liquidados financeiramente em sistema de 
registro e liquidação financeira de ativos autorizada pelo BC; e 
 tenham como depositantes os mesmos tipos de instituições, além 
das sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores 
mobiliários. 
Na realização dos depósitos interfinanceiros, anteriormente 
mencionados, a instituição depositante deveobservar os limites de 
diversificação de risco estabelecidos pela Resolução 2.844, de 
29.06.01, e suas alterações posteriores, sendo que para as 
cooperativas de crédito os limites foram estabelecidos pela 
Resolução 3.859, de 27/10/10 e suas alterações posteriores. A 
maioria das operações é negociada por um só dia. Suas vantagens 
são: não há taxação, é rápida e segura. 
Normalmente, o custo do dinheiro de um dia negociado no mercado 
interbancário é muito próximo do custo de troca das reservas 
bancárias disponíveis lastreadas em títulos federais que ocorrem no 
mercado aberto. 
Os DI prefixados ou com taxa flutuante podem ser negociados por 
um dia ou por mais longos, opcionalmente 30 dias, sempre via Cetip 
S.A. Os DI de um dia estabelecem um padrão de taxa média diária, o 
DI over. É o DI over que reflete a expectativa de custo das reservas 
bancárias para a manhã seguinte à do fechamento das transações. 
Os DI pós- fixados são emitidos com prazo mínimo de um mês, e 
remunerados pela TR, ou TJLP, pelo prazo mínimo de dois meses, 
remunerados pela TBF, e pelo prazo mínimo de um ano, 
remunerados por índice de preços. Os DI podem ser liquidados 
antecipadamente, depois de cumpridos os prazos mínimos. 
As taxas do DI over, que representam o custo da troca de reservas 
interbancárias por um dia, estabelecem o parâmetro de taxas para 
as operações de empréstimo de curtíssimo prazo, o chamado hot 
money, que, normalmente, embute o custo do DI over mais um 
spread mínimo. 
Uma instituição financeira compradora de DI (instituição 
depositante) não pode adquirir em DI mais do que 30% do PR de 
outra instituição financeira vendedora DI (instituição depositária). 
Uma instituição financeira vendedora de DI (instituição depositária) 
não pode captar recursos acima de 2,5 vezes o seu Patrimônio de 
Referência - PR em DI de prazo inferior a 30 dias. 
As vendas de DI podem ser intermediadas pelas sociedades 
corretoras de valores e pelas distribuidoras de valores. 
Os bancos comerciais e os bancos múltiplos com carteira comercial 
podem captar recursos com a emissão do Depósito Interfinanceiro 
Vinculado ao Crédito Rural - DIR - como instrumento complementar 
de operações do setor rural com prazo mínimo de 60 dias pré ou pós 
com TR, TJLP ou TBF. A Resolução 3.224, de 29.07.04, instituiu o DIR-
Pronaf caso uma instituição opte por não cumprir a exigibilidade 
aplicar os recursos no Pronaf, como por ela é definido. 
As instituições financeiras vinculadas ao Sistema Brasileiro de 
Poupança e Empréstimo podem captar recursos, conforme 
condições da Resolução 3.932, de 16.12.10, e seu regulamento 
anexo, com suas alterações posteriores, por meio da emissão do 
Depósito lnterfinanceiro Imobiliário - DII -, nos mesmos prazos 
mínimos demais DI. 
Finalmente, a Circular 3.197, de 31.07.2003, estabeleceu as 
condições de emissão do Depósito Interfinanceiro de Microfinanças 
- DIM -, vinculado às operações de micro crédito com prazo mínimo 
de 30 dias e sua proibição de negociação. 
CDI-Reserva 
A Circular 2.279, de 03/93, abriu a possibilidade de os bancos 
comerciais e/ou múltiplos com carteira comercial e as caixas 
econômicas negociarem recursos no mercado interbancário com 
outra instituição financeira do gênero, com liquidação no mesmo 
dia, ou seja, em D, nas reservas bancárias contabilizadas na 
autoridade monetária. 
Tais operações serão registradas no Selic e nominadas de CDI - 
Reserva. 
Os prazos mínimos destes títulos são, exclusivamente, de dois dias 
com taxas pré, conforme Circular 2.890, de 20.05.99. 
Assim, tal operação possibilita que os bancos troquem reservas sem 
lastro em títulos públicos, permitindo que o fluxo de liquidez entre 
as instituições se faça de maneira mais eficiente. 
Após essa circular, então, são três as alternativas para um banco 
recompor sua posição nas reservas bancárias em D: 
 recorrer ao Redesconto do BC; 
 atuar junto à mesa do mercado aberto do BC com lastro em 
títulos públicos federais; 
 trocar com outros bancos reservas sem lastro em títulos públicos - 
CDI - Reserva. 
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21 
Interbancário em Moeda Estrangeira - Dólar 
Os bancos, entre si, compram e vendem moeda à vista ou no futuro 
de acordo com suas sensibilidades específicas, como forma de 
captar recursos em dólar para operações de empréstimos em reais. 
Por outro lado, o BC, através do Sisbacen, contabiliza e monitora 
todas as operações que envolvem a moeda estrangeira. 
As operações conduzidas sob a sistemática de interbancário 
eletrônico são realizadas com ou sem intermediação de câmara ou 
prestador de serviços de compensação e de liquidação cujo sistema 
tenha sido autorizado pelo BC para liquidação de operações de 
câmbio. 
Elas representam um compromisso firme e irrevogável entre as 
partes, substituindo, para todos os efeitos legais, o formulário de 
contrato de câmbio definido pelo BC. 
A Circular 3.372, de 12.12.07, estabelece que quando do registro das 
operações de câmbio interbancário os bancos devem declarar no 
Sisbacen se as operações têm por finalidade o giro financeiro ou se é 
uma passagem de linha para outra instituição financeira. 
As operações de câmbio interbancárias que têm por finalidade o 
giro financeiro são aquelas contratadas por bancos que atuam em 
posição intermediária e final em uma cadeia de operações 
negociada cujo resultado corresponde a uma operação entre dois 
bancos que não seria comportada por seus próprios limites 
operacionais recíprocos ou por outros fatores impeditivos. 
As operações de câmbio interbancárias que têm por finalidade a 
passagem de linha são aquelas em que um banco entrega moeda 
estrangeira a outro por intermédio de uma operação de venda de 
moeda estrangeira para liquidação em determinada data e, 
simultaneamente, contrata o recebimento dessa mesma moeda 
estrangeira por meio de uma operação de compra para liquidação 
em um dia a mais em relação à data de liquidação da operação de 
venda. 
As movimentações diárias do mercado de câmbio, não só de 
operações financeiras com o dólar, mas, também, as resultantes das 
operações vinculadas às exportações/importações, provocam 
entradas e saídas de moeda nos bancos, que são contabilizadas pelo 
BC e, evidentemente, vão influenciar o volume de recursos 
disponíveis no mercado financeiro. 
44. Operações de Liquidez no Mercado Interbancário 
O Mercado Interbancário envolve as operações realizadas pelas 
instituições bancárias e financeiras. 
As operações de liquidez têm o objetivo de equilibrar o Caixa das 
instituições financeiras. Aquelas que têm sobra de recursos 
repassam esses recursos para aquelas que estão necessitando 
desses recursos. 
Atualmente, pouquíssimas pessoas mantêm muito dinheiro no 
bolso. Elas têm contas correntes em que fazem depósitos. Quando 
precisam de dinheiro, fazem saques ou recorrem a um empréstimo. 
Os bancos não mantêm o dinheiro que você deposita guardado, mas 
fazem empréstimos com ele. Se você e muitos outros resolverem 
sacar recursos de seu banco hoje, ele pode fechar o dia no negativo. 
Por meio do chamado mercado interbancário, os bancos emprestam 
dinheiro uns aos outros. Obviamente, eles cobram e pagam juros 
por isso. 
De forma a garantir uma distribuição de recursos que atenda ao 
fluxo de recursos demandados pelas instituições, foi criado, em 
meados da década de 1980, o CDI. 
Os Certificados de Depósito Interbancário são os títulos de emissão 
das instituições financeiras, que lastreiam as operações do mercado 
interbancário. 
Suas características são idênticas às de um CDB, mas sua negociação 
é restrita ao mercado interbancário. Sua função é, portanto, 
transferir recursos de uma instituição financeira para outra. Em 
outras palavras, para que o sistema seja mais fluido, quem temdinheiro sobrando empresta para quem não tem. 
As operações se realizam fora do âmbito do Banco Central, tanto 
que, neste mercado, não há incidência de qualquer tipo de imposto, 
as transações são fechadas por meio eletrônico e registradas nos 
computadores das instituições envolvidas e nos terminais da CETIP 
S. A. Mercados Organizados. A maioria das operações é negociada 
por um só dia. 
Portanto, pode-se definir como sua função manter a fluidez do 
sistema, ou seja, quem tem dinheiro em excesso empresta para 
quem estiver precisando. 
Grande parte das operações é negociada com período de apenas um 
dia. Apesar disso, tem as vantagens de ser rápido, seguro e não 
sofrer nenhum tipo de taxação. 
Os CDI’s também podem ser negociados em prazos mais dilatados e 
com taxas pré-fixadas e pós-fixadas. Os Certificados de Depósitos 
Interbancários negociados por um dia, também são denominados 
Depósitos Interfinanceiros e detém a característica de funcionarem 
como um padrão de taxa média diária, a CDI over. 
As taxas do CDI over vão estabelecer os parâmetros das taxas 
referentes às operações de empréstimos de curtíssimo prazo, 
conhecidas como hot money que embute, na maioria dos casos, o 
custo do CDI over acrescido de um spread mínimo, além do custo do 
PIS. 
Como o CDI quantifica o custo do dinheiro para os bancos em um 
determinado dia, ele é utilizado pelo mercado como parâmetro para 
fundos de renda fixa e DI. 
O CDI é usado também como parâmetro para operações de Swap 
(contrato de troca de qualquer tipo, seja ele de moedas, 
commodities ou ativos financeiros), na Bolsa de Mercadoria & 
Futuros (BM&F) para o ajuste diário do DI futuro. 
45. Taxas de Juros no Mercado Interbancário 
No contexto de uma operação financeira, o juro é a remuneração 
que o tomador (captador) de um empréstimo paga ao doador 
(aplicador) de recursos. 
Os fatores fundamentais que afetam os juros são: 
 expectativa de inflação; 
 risco do tomador de recursos; 
 liquidez de mercado e risco conjuntural. 
A influência dos juros é sentida em todo o mercado financeiro, 
atuando sobre as decisões de investimentos e financiamentos, tanto 
a curto como a longo prazos. 
Quando os juros apresentam um comportamento de alta, os 
investidores de mercado são atraídos para títulos de renda fixa com 
maior remuneração esperada. 
Em momentos de baixa dos juros, a situação inverte-se, migrando os 
investidores para o mercado de renda variável (ações). 
A definição da taxa de juros promove amplas repercussões em toda 
a economia, influenciando a inflação, o crescimento da atividade, a 
poupança e o investimento. 
A taxa de juro é apropriadamente identificada como o preço do 
crédito, refletindo uma dimensão temporal. O juro exprime o preço 
de troca de ativos disponíveis em diferentes momentos do tempo. 
Quaisquer que sejam os tipos de taxas de juros conhecidos no 
mercado, todos eles exprimem a remuneração pela alocação de 
capital. 
A taxa de juros mais importante no Mercado Interbancário é a Taxa 
DI, que é a taxa praticada pelas instituições financeiras quando 
tomam ou emprestam dinheiro via CDI - Certificado de Depósito 
Interfinanceiro. 
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22 
Como as mais usuais no mercado interbancário, as taxas registradas 
nas operações um dia servem de referência para o cálculo da taxa 
CDI Over. 
A taxa média diária do CDI de um dia, também conhecido como 
Depósito Interfinanceiro, é, portanto, calculada com base nas 
operações de emissão de Depósitos Interfinanceiros pré-fixados, 
pactuadas por um dia útil e registradas e liquidadas na CETIP, 
conforme determinação do Banco Central. 
São selecionadas apenas as operações de um dia útil de prazo 
(conhecidas também como overnight), considerando somente as 
operações realizadas entre instituições de conglomerados 
diferentes, não sendo contabilizadas as taxas de transações dentro 
de um mesmo grupo financeiro. 
Por representar as condições de liquidez do mercado, o CDI Over é 
uma média obtida e divulgada em termos anuais, no começo da 
noite de cada dia útil, após o fechamento do mercado. 
Com isso, esta taxa serve de referência para o custo de reservas da 
manhã seguinte, influenciando na formação da taxa Selic. Embora 
flutue em patamares próximos, esta taxa não é a Selic fixada pelo 
Copom, que é referida no mercado como Selic Meta. 
Por ser uma taxa importante no mercado interbancário, ela acaba 
servindo de referencial para outras taxas praticadas pelos bancos. 
Por exemplo, um aumento no CDI Over pode indicar que o custo de 
captação dos bancos esteja crescendo, de forma que as instituições 
podem decidir pelo aumento nas suas taxas de empréstimos, tanto 
para pessoas físicas como jurídicas, para manter uma margem 
estável. 
Além de patamar para outras taxas, o CDI Over também é utilizado 
como referencial para avaliar a rentabilidade das aplicações em 
fundos de investimento. 
Embora alguns analistas e instituições critiquem esta utilização, já 
que esta é uma taxa de curtíssimo prazo disponível apenas para 
instituições financeiras, este segue sendo o índice de referência mais 
popular na renda fixa. 
46. Mercado de Capitais 
No Mercado de Capitais são negociados valores mobiliários, 
predominando, ações, debêntures e quotas de fundos de 
investimento. 
Entretanto, existem vários outros tipos de valores mobiliários. 
O art. 2º da Lei nº 6.385, de 07.12.76, com alterações feitas pela Lei 
nº 10.303, de 31.10.01, define como valores mobiliários: 
 as ações, debêntures e bônus de subscrição; 
 os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de 
desdobramento relativos aos valores mobiliários; 
 os certificados de depósito de valores mobiliários; 
 as cédulas de debêntures; 
 as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de 
clubes de investimento em quaisquer ativos; 
 as notas comerciais (commercial papers); 
 os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos 
subjacentes sejam valores mobiliários; 
 outros contratos derivativos, independentemente dos ativos 
subjacentes; 
 quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou 
contratos de investimento coletivo, que gerem direito de 
participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante 
de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do 
empreendedor ou de terceiros. 
Nenhuma emissão pública de valores mobiliários poderá ser 
distribuída, no mercado, sem prévio registro na CVM, entendendo-
se por atos de distribuição a venda, promessa de venda, oferta à 
venda ou subscrição, aceitação de pedido de venda ou subscrição de 
valores mobiliários. Estão expressamente excluídos do mercado de 
valores mobiliários os títulos da dívida pública federal, estadual ou 
municipal. 
47. Conselho Monetário Nacional 
Como já visto anteriormente, é o órgão deliberativo máximo do 
Sistema Financeiro Nacional. 
Compete ao CMN estabelecer as diretrizes gerais das políticas 
monetária, cambial e creditícia; regular as condições de 
constituição, funcionamento e fiscalização das instituições 
financeiras; e disciplinar os instrumentos de política monetária e 
cambial. 
Com relação ao Mercado de Capitais, conforme o art. 3º da lei 
6.385, de 07.12.76, compete ao Conselho Monetário Nacional: 
 definir a política a ser observada na organização e no 
funcionamento do mercado de valores mobiliários; 
 regular a utilização do crédito nesse mercado; 
 fixar, a orientação geral a ser observada pela Comissão de Valores 
Mobiliários no exercício de suas atribuições; 
 definir as atividades da Comissão de Valores Mobiliários que 
devem ser exercidas em coordenação com o Banco Central do 
Brasil. 
 aprovar o quadro e o regulamento de pessoal da Comissão de 
Valores Mobiliários,bem como fixar a retribuição do presidente, 
diretores, ocupantes de funções de confiança e demais 
servidores. 
48. Comissão de Valores Mobiliários - CVM 
A Lei que criou a CVM (6.385/76) e a Lei das Sociedades por Ações 
(6.404/76) disciplinaram o funcionamento do mercado de valores 
mobiliários e a atuação de seus protagonistas, assim classificados, as 
companhias abertas, os intermediários financeiros e os investidores, 
além de outros cuja atividade gira em torno desse universo 
principal. 
É administrada por um Presidente e quatro Diretores, nomeados 
pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado Federal. Eles 
formam o chamado “colegiado” da CVM. 
Seus integrantes têm mandato de 5 anos e só perdem seus 
mandatos “em virtude de renúncia, de condenação judicial 
transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar". 
A CVM tem poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a 
atuação dos diversos integrantes do mercado. A Lei atribui à CVM 
competência para apurar, julgar e punir irregularidades 
eventualmente cometidas no mercado. 
Diante de qualquer suspeita a CVM pode iniciar um inquérito 
administrativo, por meio do qual, recolhe informações, toma 
depoimentos e reúne provas com vistas a identificar claramente o 
responsável por práticas ilegais, oferecendo-lhe, a partir da 
acusação, amplo direito de defesa. 
O Colegiado tem poderes para julgar e punir o faltoso. As 
penalidades que a CVM pode atribuir vão desde a simples 
advertência até a inabilitação para o exercício de atividades no 
mercado, passando pelas multas pecuniárias. 
De acordo com a lei que a criou, a Comissão de Valores Mobiliários 
exercerá suas funções, a fim de: 
 estimular a formação de poupanças e a sua aplicação em valores 
mobiliários; 
 promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do 
mercado de ações, e estimular as aplicações permanentes em 
ações do capital social de companhias abertas sob controle de 
capitais privados nacionais; 
 assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados da 
bolsa e de balcão; 
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23 
 proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do 
mercado contra: 
 emissões irregulares de valores mobiliários; 
 atos ilegais de administradores e acionistas controladores das 
companhias abertas, ou de administradores de carteira de valores 
mobiliários. 
49. Estrutura e Funcionamento 
O mercado de capitais é o conjunto de mercados, instituições e 
ativos que viabiliza a transferência de recursos financeiros entre 
tomadores (companhias abertas) e aplicadores (investidores) destes 
recursos. 
Essa transferência ocorre por meio de operações financeiras que 
ocorrem por meio de intermediários financeiros. As operações que 
ocorrem no mercado de capitais, bem como seus participantes são 
regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
As companhias abertas necessitam de recursos financeiros para 
realizar investimentos produtivos, tais como: construção de novas 
plantas industriais, inovação tecnológica, expansão da capacidade, 
aquisição de outras empresas ou mesmo o alongamento do prazo 
de suas dívidas. 
Os investidores, por outro lado, possuem recursos financeiros 
excedentes, que precisam ser aplicados de maneira rentável e 
valorizar-se ao longo do tempo, contribuindo para o aumento de 
capital do investidor. 
Para compatibilizar os diversos interesses entre companhias e 
investidores, estes recorrem aos intermediários financeiros, que 
cumprem a função de reunir investidores e companhias, propiciando 
a alocação eficiente dos recursos financeiros na economia. 
O papel dos intermediários financeiros é harmonizar as 
necessidades dos investidores com as das companhias abertas. 
Por exemplo, uma companhia que necessita captar recursos para 
investimentos, se desejar fazê-lo por meio do mercado de capitais, 
deve procurar os intermediários financeiros, que irão distribuir seus 
títulos para serem oferecidos a diversos investidores, possibilitando 
mobilizar o montante de recursos requerido pela companhia. 
O primeiro passo para isso é o registro de companhia aberta junto à 
CVM. 
O intermediário financeiro irá pedir o registro em nome da 
companhia apresentando uma série de documentos que são 
especificados pela CVM, entre eles os principais atos societários, as 
últimas demonstrações financeiras, parecer de auditor 
independente, entre outros. 
Uma vez obtido o registro de companhia aberta junto à CVM, a 
empresa pode, por exemplo, emitir títulos representativos de seu 
capital, as ações, ou representativos de empréstimos tomados via 
mercado de capitais, como debêntures e notas comerciais 
(“commercial papers”). 
A colocação inicial desses títulos ou valores mobiliários se dá no 
chamado mercado primário, onde as ações e/ou debêntures, por 
exemplo, são vendidas pela primeira vez e os recursos financeiros 
obtidos são direcionados para a respectiva companhia. 
Finalizada essa primeira etapa, os investidores que adquiriram esses 
títulos e valores mobiliários podem revendê-los no chamado 
mercado secundário, onde ocorre a sua negociação entre os 
investidores. 
As negociações no mercado secundário ocorrem nas bolsas de 
valores e nos mercados de balcão organizado e não organizado. 
50. Sociedades Anônimas ou Companhias 
A sociedade anônima ou companhia tem o seu capital dividido em 
ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao 
preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas, conforme o 
Art. 1º da Lei 6.404, conhecida como Lei das S.A. 
A sociedade será designada por denominação acompanhada das 
expressões “companhia” ou “sociedade anônima”, expressas por 
extenso ou abreviadamente mas vedada a utilização da primeira ao 
final. 
Segundo o Art. 4º Lei 6.404, a companhia é aberta ou fechada 
conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não 
admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários. 
Companhia Aberta 
É também chamada de empresa com capital aberto, ou seja, a 
participação no seu capital é acessível a qualquer investidor. 
Uma companhia é considerada aberta quando promove a colocação 
de valores mobiliários em bolsas de valores ou no mercado de 
balcão organizado. 
As companhias abertas estão obrigadas à divulgação de qualquer 
deliberação da assembleia de acionistas, ou qualquer fato relevante 
que possa influir de modo ponderável na cotação de suas ações, na 
decisão de seus investidores em negociar com seus títulos e na 
determinação dos investidores de exercerem quaisquer direitos 
inerentes à condição de titular dos valores emitidos pela companhia. 
Os atos ou fatos considerados relevantes, segundo a instrução CVM 
358. Da sua leitura, constatamos que se trata de procedimentos que 
terão reflexos no resultado da empresa e consequentemente no 
valor das suas ações. 
Companhia Fechada 
É também chamada de empresa com capital fechado, dessa forma, a 
participação no seu capital é limitada a alguns investidores. 
É uma empresa com capital de propriedade restrita, cujas ações não 
podem ser negociadas em bolsas de valores. Sua ações são 
negociadas no próprio balcão da empresa. 
Não está sujeita a divulgar as informações obrigatórias ao Mercado, 
conforme exigência da CVM para as empresas de capital aberto. 
51. Ação - características 
Ação é um valor mobiliário, emitido por sociedades anônimas, que 
representa uma parcela do seu capital social. 
O proprietário de ações emitidas por uma companhia é chamado de 
acionista e tem status de sócio, tendo direitos e deveres perante a 
sociedade, no limite das ações adquiridas. 
Apesar de todas as sociedades anônimas terem o seu capital 
dividido em ações, somente as ações que forem emitidas por 
companhias de capital aberto, asquais possuem registro na CVM, 
poderão ser negociadas publicamente. 
A propriedade da ação é representada por um “Certificado de 
Ações” ou pelo “Extrato de Posição Acionária” emitidos, 
respectivamente, pela companhia e por uma instituição contratada 
pela sociedade para o atendimento aos acionistas. 
Em qualquer caso, no documento deverá constar, dentre outras 
informações, o número de ações possuídas e o nome do acionista. 
Obs.: Atualmente, as ações são predominantemente escriturais, isto 
é, sua propriedade é comprovada por extratos e não mais por 
cautelas. 
O investimento em ações é considerado de renda variável. 
Tipos de Ações 
No Brasil, há três espécies de ações emitidas pelas companhias 
abertas. O que as diferencia são os direitos que concedem a seus 
acionistas. 
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24 
O Estatuto Social das Companhias, que é o conjunto de regras que 
deve ser cumprida pelos administradores e acionistas, define as 
características de cada espécie de ações. 
Ação Ordinária (sigla ON) - Sua principal característica é conferir ao 
seu titular direito a voto nas Assembleias de acionistas. 
Ação Preferencial (sigla PN) - Normalmente, o Estatuto retira dessa 
espécie de ação o direito de voto. 
Em contrapartida, concede outras vantagens, tais como: 
Prioridade na distribuição dos dividendos (sua principal 
característica), o que significa que não podem ser pagos dividendos 
às ações ordinárias sem que se paguem os dividendos às ações 
preferenciais; 
Prioridade no reembolso do capital, o que significa que, no caso de 
liquidação da companhia, depois de pagos os credores, os recursos 
que sobrarem serão destinados primeiramente ao resgate das ações 
preferenciais. 
No que diz respeito aos dividendos, o detentor de ações 
preferenciais terá, no mínimo, uma das seguintes vantagens ou 
preferências: 
 receber, no mínimo, 25% do lucro líquido da empresa, 
proporcional à quantidade de ações possuídas; 
 caso o percentual mínimo de 25% não seja definido, ele receberá 
dividendos de 10% acima do dividendo distribuído ao acionista 
ordinário; 
 em caso de venda da companhia, o acionista preferencial tem 
direito a vender suas ações por, no mínimo, 80% do valor pago 
aos acionistas controladores (ação ordinária). Este direito é 
conhecido no mercado como “tag along”. 
As ações preferenciais devem contar com pelo menos uma das 
vantagens ou preferências acima citadas. 
Caso não haja distribuição de dividendos por três anos (exercícios) 
consecutivos, as ações preferenciais adquirem direito a voto. 
Ações de Fruição - São ações que já foram amortizadas, ou seja, a 
companhia antecipou ao acionista a quantia a que ele teria direito 
no caso de liquidação da companhia. Somente o Estatuto ou a 
Assembleia Geral Extraordinária da companhia poderá autorizar esta 
operação. 
Quanto à forma, as ações serão nominativas, emitidas em nome de 
seu titular, o qual estará inscrito no Livro de Registro de Ações 
Nominativas. 
O controle da posição dos titulares poderá também ser feito por 
instituições financeiras especificamente autorizadas pela Comissão 
de Valores Mobiliários - CVM, sendo essas ações apresentadas na 
forma escritural. 
52. Direitos dos Acionistas 
Quando você compra uma ação de uma companhia aberta se torna 
acionista e participa do lucro da companhia por meio do 
recebimento de dividendos e de bonificações. 
Quando for o caso de emissão de novas ações por parte da 
companhia, haverá ainda o direito de subscrição dessas ações. 
Pode ganhar também caso haja valorização do preço das ações na 
bolsa de valores. 
Obedecida a Legislação e observando o contido no Estatuto Social 
da Companhia, os administradores propõem e os acionistas, em 
assembleia geral, deliberam a distribuição de direitos aos acionistas, 
dentre os quais se destacam: 
Dividendos - O dividendo é a parcela do lucro distribuída em 
dinheiro aos acionistas, sendo deliberado em Assembleia Geral 
Ordinária, anualmente realizada para aprovação das contas do 
exercício social anterior. 
Bonificações - Ao longo das atividades, a Companhia poderá 
destinar parte dos lucros sociais para a constituição de uma conta de 
“Reservas” (termo contábil). Caso a companhia queira, em exercício 
social posterior, distribuir aos acionistas o valor acumulado na conta 
de Reservas, poderá fazê-lo na forma de Bonificação, podendo 
efetuar o pagamento em espécie ou com a distribuição de novas 
ações. 
Subscrições de novas ações - É o ato de adquirir novas ações 
emitidas em decorrência de aumento de capital da Companhia. O 
aumento de capital tem como objetivo suprir as necessidades de 
recursos, seja para ampliar a capacidade produtiva, suprir as 
necessidades de capital de giro ou para sanear o passivo. 
Bônus de Subscrição - É um direito dado ao acionista de subscrever 
novas ações numa data futura a um preço determinado. Esses bônus 
de subscrição podem ser alienados ou atribuídos, como vantagem 
adicional, aos subscritores de ações e debêntures, ou o investidor 
terá que pagar um preço por esse direito que, logicamente, será 
inferior ao preço da ação no mercado. 
53. Desdobramento e Grupamento de Ações 
Desdobramento (Split) 
Consiste em dividir as ações existentes, sem alterar o valor do 
investimento, também conhecido como “split". 
Esta operação é realizada quando a administração da companhia 
acredita que deve aumentar a quantidade de papéis em circulação 
no mercado para facilitar sua negociação. 
Com a divisão da ação, o valor dela no mercado também será 
dividido proporcionalmente. 
Exemplo: se um acionista detém 100 ações ao preço de R$ 8,00 cada 
ação, terá um investimento total de R$ 800,00. Se a companhia 
resolve dividir cada ação em duas, o investidor passará a ter 200 
ações ao preço de R$ 4,00, valendo sua aplicação os mesmos R$ 
800,00. 
Grupamento (Inplit) 
É a operação contrária ao Desdobramento, consistindo em reunir 
várias ações em uma, conhecida como “inplit". 
O grupamento ocorre quando uma companhia decide elevar o preço 
da ação para facilitar sua negociação em bolsa pois, entende que o 
preço baixo está dificultando as operações. 
Da mesma forma que o desdobramento, a operação não altera o 
valor do investimento. 
Exemplo: Se um acionista detém 100 ações ao preço de R$ 2,00 cada 
ação, terá um investimento total de R$ 200,00. Se a companhia 
resolve grupar duas ações em uma, o investidor passará a ter 50 
ações ao preço de R$ 4,00 cada e seu investimento valerá os 
mesmos R$ 200,00. 
54. Agentes do Mercado de Capitais 
Emissores 
 Companhias abertas 
Intermediários 
 Bancos de Investimento 
 Corretoras de Mercadorias 
 Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários 
 Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários 
 Agentes autônomos de investimento 
 Administradores de carteiras 
Administradores de Mercado 
 Bolsas de Valores 
Depositárias 
 Câmaras de Compensação e Liquidação 
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25 
Outros 
 Analistas de Mercado de Valores Mobiliários 
 Empresas de Auditoria 
 Consultorias 
Investidores 
 Pessoas Físicas 
 Institucionais 
 Empresas 
 Estrangeiros 
 Outros 
55. Valor das Ações 
O preço das ações, chamado no mercado de “cotação”, oscila 
conforme a expectativa dos investidores em relação à companhia. 
Vários fatores influenciam os investidores na decisão de comprar ou 
vender as ações, entre eles: 
 a perspectiva de lucro da companhia em suas atividades; 
 o fluxo de dividendos a serem distribuídos; 
 as projeções realizadas pelos analistas de mercado relativas aos 
rumos da Companhia; 
 análises das escolas que estudam a tendência do preço das ações; 
 a liquidezdas ações no mercado; 
 o grau de alinhamento de interesses existente entre 
administradores, acionista controlador e demais acionistas; 
 indicadores de mercado. 
Se o resultado desse conjunto de fatores for favorável, a procura por 
essas ações fará com que sua cotação suba. Se acontecer o 
contrário, sua cotação cairá. 
Os investidores devem comprar ou vender ações emitidas por 
companhias abertas através das corretoras ou distribuidoras de 
valores mobiliários sociedades integrantes do sistema de 
distribuição de valores mobiliários que possuem registro na CVM. 
56. Bolsas de Valores 
A principal função da bolsa de valores é manter local transparente e 
adequado para as negociações de compras e vendas de ações. 
É onde funciona o chamado mercado secundário, é onde os 
investidores conseguem transformar em dinheiro as ações que 
possuem. 
Ali ocorrem as transações entre investidores, sem impacto no caixa 
da empresa emissora da ação. 
Para funcionar dependem de autorização da CVM, sob cuja 
supervisão e fiscalização desenvolvem suas atividades. 
As bolsas de valores podem ser constituídas como associações civis 
ou sociedades anônimas, tendo por objeto social: 
 manter local ou sistema adequado à realização de operações de 
compra e venda de títulos e/ou valores mobiliários, em mercado 
livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado pela própria 
bolsa, sociedades membros e pelas autoridades competentes; 
 dotar, permanentemente, o referido local ou sistema de todos os 
meios necessários à pronta e eficiente realização e visibilidade das 
operações; 
 estabelecer sistemas de negociação que propiciem continuidade 
de preços e liquidez ao mercado de títulos e/ou valores 
mobiliários; 
 criar mecanismos regulamentares e operacionais que possibilitem 
o atendimento, pelas sociedades membros, de quaisquer ordens 
de compra e venda dos investidores, sem prejuízo de igual 
competência da CVM, que poderá, inclusive, estabelecer limites 
mínimos considerados razoáveis em relação ao valor monetário 
das referidas ordens; 
 efetuar registro das operações; 
 preservar elevados padrões éticos de negociação, estabelecendo, 
para esse fim, normas de comportamento para as sociedades 
membros e para as companhias abertas e demais emissores de 
títulos e/ou valores mobiliários, fiscalizando sua observância e 
aplicando penalidades, no limite de sua competência, aos 
infratores; 
 divulgar as operações realizadas, com rapidez, amplitude e 
detalhes; 
 conceder, à sociedade membro, crédito para assistência de 
liquidez, com vistas a resolver situação transitória, até o limite do 
valor de seus títulos patrimoniais ou de outros ativos 
especificados no estatuto social mediante apresentação de 
garantias subsidiárias adequadas, observado o que a respeito 
dispuser a legislação aplicável; e 
 exercer outras atividades expressamente autorizadas pela CVM. 
No desempenho das suas atividades as bolsas de valores possuem as 
seguintes competências: 
 promover a fiscalização direta e ampla das sociedades membros, 
podendo, para tanto, examinar livros e registros de contabilidade 
e outros papéis ou documentos ligados a suas atividades, 
mantendo à disposição da CVM e do BCB os relatórios de inspeção 
realizados por fiscais ou auditores da bolsa de valores; 
 admitir à negociação e à cotação quaisquer títulos e/ou valores 
mobiliários previstos em lei, desde que não se trate de título 
dependente de autorização específica, bem como cancelar tal 
admissão; 
 promover a fiscalização das operações realizadas na bolsa de 
valores; 
 impedir a realização de negociações que estejam sendo realizadas 
em bolsa de valores, que possam configurar infrações a normas 
legais e regulamentares, ou consubstanciar práticas não 
equitativas; 
 suspender a negociação de quaisquer títulos ou valores 
mobiliários admitidos na bolsa de valores; 
 cancelar os negócios realizados na bolsa de valores ou solicitar às 
entidades de compensação e liquidação de operações com títulos 
e valores mobiliários a suspensão da sua liquidação; 
 determinar a apuração, mediante inquérito administrativo, das 
infrações às normas cujo cumprimento incumbe à bolsa de 
valores fiscalizar, bem como de práticas não equitativas e 
modalidades de fraude ou manipulação no mercado; 
 suspender as atividades das sociedades membros relacionadas 
aos negócios realizados nas bolsas de valores ou ao exercício das 
funções de seus administradores, comunicando de imediato à 
Comissão de Valores Mobiliários e ao Banco Central do Brasil; e 
 exercer outras funções que lhe forem atribuídas pelo seu 
Conselho de Administração. 
As bolsas de valores devem manter Fundo de Garantia, com 
finalidade exclusiva de assegurar aos investidores do mercado de 
valores mobiliários, até o limite do Fundo, ressarcimento de 
prejuízos decorrentes da atuação de administradores, empregados 
ou prepostos de sociedade membro ou permissionária, em relação à 
intermediação de negociações realizadas em bolsa e aos serviços de 
custódia. 
57. Bolsas de Mercadorias e de Futuros. 
As bolsas de mercadorias e futuros têm como objetivo efetuar o 
registro, a compensação e a liquidação, física e financeira, das 
operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico. 
Para tanto, devem desenvolver, organizar e operacionalizar um 
mercado de derivativos livre e transparente, que proporcione aos 
agentes econômicos a oportunidade de efetuarem operações de 
hedging (proteção) ante flutuações de preço de commodities 
agropecuárias, índices, taxas de juro, moedas e metais, bem como 
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26 
de todo e qualquer instrumento ou variável macroeconômica cuja 
incerteza de preço no futuro possa influenciar negativamente suas 
atividades. 
Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa e são 
fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários. 
Atualmente, a única bolsa de mercadoria e futuros em 
funcionamento no país é a BM&FBovespa. 
58. BM&FBovespa 
No passado, o Brasil chegou a ter nove bolsas de valores, mas 
atualmente a BM&FBovespa é a única em funcionamento. 
A BM&FBovespa foi criada em maio de 2008 com a integração entre 
Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e Bolsa de Valores de São 
Paulo (Bovespa), tornando-se a maior bolsa da América Latina, a 
segunda das Américas e a terceira maior do mundo. 
Nela são negociados títulos e valores mobiliários, tais como: ações 
de companhias abertas, títulos privados de renda fixa, derivativos 
agropecuários (commodities), derivativos financeiros, entre outros 
valores mobiliários. 
Os mercados de capitais são mais eficientes em países onde existem 
bolsas de valores bem estruturadas, transparentes e líquidas. 
Para que elas desempenhem suas funções, o ambiente de negócios 
do país tem que ser livre e as regras devem ser claras. 
Nestes contextos, as bolsas podem beneficiar todos os indivíduos da 
sociedade e não somente aqueles que detêm ações de companhias 
abertas. 
Até pouco tempo atrás, grande parte dos negócios ainda era 
realizada por meio do pregão viva-voz, mas, atualmente, todos os 
negócios com ações e opções são realizados por meio do sistema 
Mega Bolsa, implantado em 1997. 
Em março de 1999, a Bovespa lançou o sistema Home Broker, que 
permitia que investidores pudessem comprar e/ou vender ações e 
opções em suas casas por meio da Internet. 
59. Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários e 
Sociedades distribuidoras de títulos e valores 
mobiliários 
O investidor que queira vender ou comprar ações na bolsa valores 
não pode negociar diretamente com outro investidor, nem 
diretamente com a bolsa de valores, precisa da intermediação de 
uma instituição credenciada pela bolsa de valores a atuar em seu 
ambiente operacional.Esses intermediários são as SCTVM e as SDTVM, que, hoje, fazem 
praticamente a mesma coisa. 
Para vender ou comprar ações na Bovespa o investidor deve dar 
uma ordem de compra ou de venda para a SCTVM ou SDTVM onde 
for cliente, que irá cumprir a ordem conforme as condições por ele 
definidas. 
As SCTVMs e as SDTVMs funcionam como corretores, ou seja, 
proporcionam o encontro daquele que quer comprar com aquele 
que quer vender e vice-versa. São remuneradas por meio da 
cobrança de taxas pelos serviços prestados. 
A grande diferença que existia entre as duas era por conta de que as 
SCTVM podiam atuar no ambiente das bolsas de valores e as SDTVM 
não. Isso perdurou enquanto a Bovespa era uma sociedade civil sem 
fins lucrativos, quando somente as SCTVM detinham os títulos 
patrimoniais que possibilitavam a atuação no ambiente operacional 
daquela instituição. 
Com o processo de desmutualização, por meio do qual a 
BM&FBovespa deixou de ser sem fins lucrativos para ser com fins 
lucrativos, passando a ser uma Sociedade Anônima, essa diferença 
deixou de existir. Hoje as SDTVMs também podem operar 
diretamente na Bovespa. 
Em 02.03.2009, o BCB e a CVM editaram a Decisão-Conjunta nº 17, 
autorizando as Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores 
Mobiliários a operar diretamente nos ambientes e sistemas de 
negociação das bolsas de valores. 
Embora possam, nem todas as Distribuidoras operam no ambiente 
operacional da Bovespa. Aquelas que operam fazem suas transações 
diretamente com a BM&FBovespa. As Distribuidoras que não 
operam realizam suas operações por meio de uma Corretora. Essas 
Distribuidoras repassam as ordens recebidas de seus clientes para 
alguma Corretora, dividindo a taxa de corretagem com a Corretora. 
Para o cliente da Distribuidora não faz diferença alguma. O 
importante para ele é que a ordem seja cumprida. 
Tanto as Corretoras como as Distribuidoras oferecem, em geral, aos 
seus clientes: 
 suporte para entender o funcionamento da Bolsa e para definição 
do perfil do investidor; 
 fornecimento de informativos sobre o mercado e relatórios de 
recomendação de ações, como forma de auxiliar na escolha de 
ações ou de tipos de investimentos; 
 disponibilização de ferramentas e serviços facilitadores, como o 
home broker (investimento via Internet) e ferramentas de análise 
gráfica; 
 assessoria de especialistas; 
 aviso sobre novos produtos no mercado, possibilitando a 
diversificação de seus investimentos; e 
 informação sobre o recebimento de dividendos e outros valores 
que as empresas pagam aos acionistas. 
Ambas podem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima 
ou por quotas de responsabilidade limitada. 
Na denominação social da SCTVM deve constar a palavra 
“Corretora”, combinada com as expressões “de Títulos” e/ou 
“Valores” e/ou “Mobiliários”. 
Na denominação social da SDTVM deve constar a expressão 
“Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários”. 
Possuem como atividade principal a intermediação no mercado de 
ações (venda, compra e distribuição de títulos e valores mobiliários). 
De forma resumida, podem: 
 promover ou participar de lançamentos públicos de ações; 
 administrar e custodiar carteiras de títulos e valores mobiliários; 
 organizar e administrar fundos e clubes de investimentos; 
 prestar serviços de assessoria técnica em operações inerentes ao 
mercado financeiro; 
 operar, como intermediadora, na compra e venda de moedas 
estrangeiras, por conta e ordem de terceiros (operações de 
câmbio), desde que autorizada pelo Banco Central do Brasil; 
 operar em bolsas de valores e de mercadorias e futuros, por conta 
própria e de terceiros; 
 realizar operações de conta margem com seus clientes; 
 efetuar operações de compra e venda de metais preciosos, por 
conta própria e de terceiros. 
As Corretoras são regulamentadas pela Res. CMN 1.655 e as 
Distribuidoras pela Res. CMN 1.120, que também definem que o 
BCB e a CVM, cada um dentro da sua esfera de competência, 
poderão baixar as normas e adotar as medidas julgadas necessárias 
para que essas sociedades desenvolvam suas atividades. 
De acordo com as Resoluções acima citadas as SCTVMs e as SDTVMs 
possuem objeto social quase idênticos, conforme a tabela abaixo: 
 
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OBJETO SOCIAL 
SCTVM SDTVM 
Operar em recinto ou em sistema 
mantido por bolsa de valores. 
 
Subscrever, isoladamente ou em consórcio com outras sociedades 
autorizadas, emissões de títulos e valores mobiliários para revenda. 
Intermediar oferta pública e distribuição de títulos e valores 
mobiliários no mercado. 
Comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de 
terceiros, observada regulamentação baixada pela Comissão de 
Valores Mobiliários e Banco Central do Brasil nas suas respectivas 
áreas de competência. 
Encarregar-se da administração de carteiras e da custódia de títulos e 
valores mobiliários. 
Incumbir-se da subscrição, da transferência e da autenticação de 
endossos, de desdobramento de cautelas, de recebimento e 
pagamento de resgates, juros e outros proventos de títulos e valores 
mobiliários. 
Exercer funções de agente fiduciário. 
Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento. 
Constituir sociedade de investimento - capital estrangeiro e 
administrar a respectiva carteira de títulos e valores mobiliários. 
Exercer as funções de agente 
emissor de certificados e manter 
serviços de ações escriturais. 
 
Emitir certificados de depósito de 
ações 
 
Intermediar operações de 
câmbio. 
 
Praticar operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes. 
Praticar operações de conta margem, conforme regulamentação da 
Comissão de Valores Mobiliários. 
Realizar operações compromissadas. 
Praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no 
mercado físico, por conta própria e de terceiros, nos termos da 
regulamentação baixada pelo Banco Central do Brasil. 
Operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de 
terceiros, observada regulamentação baixada pela Comissão de 
Valores Mobiliários e Banco Central do Brasil nas suas respectivas 
áreas de competência. 
Prestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência 
técnica, em operações e atividades nos mercados financeiro e de 
capitais. 
Exercer outras atividades expressamente autorizadas, em conjunto, 
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários. 
A constituição e o funcionamento de SCTVM e de SDTVM dependem 
de autorização do Banco Central do Brasil. 
O exercício de atividades de SDTVMs no mercado de valores 
mobiliários depende de prévia e expressa autorização da Comissão 
de Valores Mobiliários. 
Somente podem ser administradores de SCTVM e SDTVM as pessoas 
naturais, residentes no Brasil, que atendam às condições previstas 
na legislação e regulamentação vigentes. 
A sociedade corretora deverá manter, para cada área de atividade 
que desenvolver, administrador tecnicamente qualificado 
responsável pelas operações, admitida a acumulação de áreas, salvo 
nos casos defesos (proibidos) em normas legais e regulamentares. 
Devem manter sistema de conta corrente, não movimentável por 
cheque, para efeito de registro das operações por conta de seus 
clientes. 
São proibidas de realizar operações que caracterizem, sob qualquer 
forma, a concessão de financiamentos, empréstimos ou 
adiantamentos a seus clientes, inclusive através da cessão de 
direitos, ressalvadas as hipóteses de operação de conta margem e as 
demais previstas na regulamentação em vigor. 
Não podem cobrar de seus comitentes (contratante dos serviços) 
corretagem ou qualquer outra comissão referente a negociações 
com determinado valor mobiliário durante seu período dedistribuição primária. 
Estão obrigadas a manter sigilo em suas operações e serviços 
prestados, devendo guardar segredo sobre os nomes e as operações 
de seus comitentes, só os revelando mediante autorização desses, 
dada por escrito. O nome e as operações do comitente devem ser 
informados, sempre que solicitado, à Comissão de Valores 
Mobiliários, às Bolsas de Valores e ao Banco Central do Brasil, 
observadas as respectivas esferas de competência, bem como nos 
demais casos previstos na legislação em vigor. 
Estão sujeitas às normas de escrituração expedidas pelo Conselho 
Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil. 
A SCTVM está sujeita à permanente fiscalização da Bolsa de Valores 
e, no âmbito das respectivas competências, às do Banco Central e da 
Comissão de Valores Mobiliários. 
60. Negociando com Ações 
Negociar com ações implica na compra e venda desses ativos 
mobiliários. 
Quando o investidor pretende negociar diretamente, ou seja, sem 
ser por meio de fundos ou de clubes de investimento, necessita 
dirigir-se ao intermediário financeiro, que pode ser uma corretora 
ou distribuidora de valores credenciada a operar no recinto da 
bolsa. 
Essas instituições são fiscalizadas pelo Banco Central e pela 
Comissão de Valores, que podem estar ou não ligada a um banco. As 
credenciadas são as únicas instituições autorizadas a operar na Bolsa 
de Valores. 
Quando a compra ou venda é feita por outro tipo de instituição, que 
pode ser uma distribuidora não credenciada à bolsa, um banco de 
investimento ou agente autônomo, por exemplo, este intermediário 
repassará as ordens para uma corretora ou distribuidora credenciar 
providenciar a liquidação das operações na Bolsa. 
As corretoras e as distribuidoras oferecem diferentes serviços aos 
seus clientes, tais como indicação de compra e venda de ações, 
informações sobre as maiores altas e maiores baixas da Bolsa, 
análise de empresas, entre outros. 
61. Funcionamento do mercado à vista de ações 
É a compra ou venda de uma determinada quantidade de ações, a 
um preço estabelecido em pregão. 
Assim, quando há a realização de um negócio, ao comprador cabe 
arcar com o valor financeiro envolvido na operação, sendo que o 
vendedor deve fazer a entrega dos títulos-objeto da transação, nos 
prazos estabelecidos pela Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA 
e pela BM&FBOVESPA - Câmara de Ações - (antiga CBLC). 
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São títulos-objeto todas as ações de emissão de empresas admitidas 
à negociação na BOVESPA. 
Os preços são formados em pregão, pela dinâmica das forças de 
oferta e demanda de cada papel, o que torna a cotação praticada 
um indicador confiável do valor que o mercado atribui às diferentes 
ações. 
A maior ou menor oferta e procura por determinado papel está 
diretamente relacionada ao comportamento histórico dos preços e, 
sobretudo, às perspectivas futuras da empresa emissora, aí se 
incluindo sua política de dividendos, prognósticos de expansão de 
seu mercado e dos seus lucros, influência da política econômica 
sobre as atividades da empresa etc. 
A realização de negócios no mercado a vista requer a intermediação 
de uma Sociedade Corretora ou Distribuidora, que seja credenciada 
junto a bolsa, que poderá executar a ordem de compra ou venda de 
seu cliente por meio de um de seus representantes (operadores), ou 
ainda autorizar seu cliente a registrar suas ordens no Sistema 
Eletrônico de Negociação, utilizando para isso o Home Broker da 
Corretora (que permite ao investidor comprar e vender ações pela 
internet). 
O encontro das ofertas e o fechamento de negócios é realizado 
automaticamente pelos computadores da BOVESPA. 
Desde 29.03.1999, também entrou em operação um novo conceito 
de atendimento e de realização de negócios no mercado acionário: 
o Home Broker. 
O Home Broker é um moderno canal de relacionamento entre os 
investidores e as Sociedades Corretoras ou Distribuidoras, que torna 
ainda mais ágil e simples as negociações no mercado acionário, 
permitindo o envio de ordens de compra e venda de ações pela 
internet, e possibilitando o acesso às cotações, o acompanhamento 
de carteiras de ações, entre vários outros recursos. 
A liquidação das operações realizadas na BOVESPA é efetuada pela 
BM&FBOVESPA - Câmara de Ações, que também faz a guarda de 
ativos e se encarrega da atualização e repasse dos proventos 
distribuídos pelas companhias abertas. 
Todo processo de transferência da propriedade dos títulos e do 
pagamento/recebimento do montante financeiro envolvido é 
intermediado pela BM&FBOVESPA - Câmara de Ações, e abrange 
duas etapas: 
1ª) Entrega dos títulos (liquidação física): implica a disponibilização 
dos títulos à BM&FBOVESPA - Câmara de Ações - (antiga CBLC), pela 
Sociedade Corretora intermediária ou pela instituição responsável 
pela custódia dos títulos do vendedor. Ocorre no segundo dia útil 
(D2) após a realização do negócio em pregão. A liquidação física 
ocorre no terceiro dia útil (D3), quando as ações são entregues ao 
comprador após a respectiva liquidação financeira. 
2ª) Pagamento da operação (liquidação financeira): compreende a 
quitação do valor total da operação pelo comprador, o respectivo 
recebimento pelo vendedor e a efetivação da transferência das 
ações para o comprador. Ocorre no terceiro dia útil (D3) após a 
realização do negócio em pregão. 
62. Mercado de balcão 
Mercado de Balcão Não Organizado 
Mercado que negocia títulos e ativos financeiros entre instituições 
financeiras, investidores institucionais e outros investidores, em que 
não existe uma entidade de autorregulação que coordene as 
atividades de compra e venda. Normalmente, as negociações se 
fazem por telefone. 
Mercado de Balcão Organizado 
O mercado de balcão é chamado de organizado quando se estrutura 
como um sistema de negociação de títulos e valores mobiliários 
podendo estar organizado como um sistema eletrônico de 
negociação por terminais, que interliga as instituições credenciadas 
em todo o Brasil, processando suas ordens de compra e venda e 
fechando os negócios eletronicamente. 
O Mercado de Balcão Organizado é um segmento de negociação de 
ativos administrado pela BVSP, em que há a presença da entidade 
autorreguladora exercendo a supervisão dos negócios. Entretanto, 
os parâmetros de negociação e as regras de listagem são menos 
exigentes do que os do Mercado de Bolsa. 
Mais informações no Caderno CVM Mercado de Balcão Organizado, 
disponível em goo.gl/pIIvp (acesso em 12.10.2015). 
63. Operações de Underwriting 
São realizadas por bancos de investimentos e demais instituições do 
sistema de distribuição de valores mobiliários (corretoras e 
distribuidoras). 
Visam intermediar a colocação (lançamentos) ou distribuição valores 
mobiliários (ações e debêntures) no mercado de capitais. 
Recebem uma comissão pelos serviços prestados; 
Podem ser realizadas nos seguintes mercados: 
 primário - a primeira vez os papéis vão a mercado, 
 secundário - quando os papéis são negociados outras vezes além 
da primeira. 
Tipos de underwriting: 
 garantia firme - quando a instituição financeira coordenadora da 
operação garante a colocação de um determinado lote de títulos a 
um determinado preço previamente pactuado com a emissora, 
encarregando-se por sua conta e risco de colocá-la no mercado, 
 melhores esforços (best efforts) - quando a instituição assume o 
compromisso de desenvolver os melhores esforços para revender 
o máximo de uma emissão nas melhores condições possíveis e por 
um prazo determinado, 
 stand-by - quando a instituição assume o compromisso de ela 
própria efetivar a subscrição, após determinado prazo, dos títulos 
que se comprometeu a colocar no mercado mas que não 
encontrou interessados, 
 book building - trata-seda oferta global (global offering) dos 
títulos de uma empresa visando a colocação de seus papéis no 
País e no exterior (exige maior sofisticação na elaboração). 
64. Fundos de Investimento 
Fundo de Investimento é uma comunhão de recursos, captados de 
pessoas físicas ou jurídicas, com o objetivo de obter ganhos 
financeiros a partir da aplicação em títulos e valores mobiliários. Isto 
é: os recursos de todos os investidores de um fundo de investimento 
são usados para comprar bens (títulos) que são de todos os 
investidores, na proporção de seus investimentos. 
Um fundo é organizado sob a forma de condomínio e seu 
patrimônio é dividido em cotas, cujo valor é calculado diariamente 
por meio da divisão do patrimônio líquido pelo número de cotas em 
circulação. 
O patrimônio líquido é calculado pela soma do valor de todos os 
títulos e do valor em caixa, menos as obrigações do fundo, inclusive 
aquelas relativas à sua administração. As cotas são frações do valor 
do patrimônio do fundo. 
Exemplo: Um investidor aplica $2.000 em cotas de um fundo que, na 
data do investimento, possui um patrimônio líquido de $500.000 e 
100.000 cotas. 
A partir destas informações, é possível calcular: 
 o valor da cota na data da aplicação: $500.000 / 100.000 = $5 
 o número de cotas adquiridas pelo investidor: $2.000 / $5 = 400 
Supondo que, num determinado intervalo de tempo, o patrimônio 
líquido sofra um aumento de 20% e o número de cotas aumente 9%. 
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Neste caso, o valor da cota aumentará ($600.000 / 109.000 = $5,5), 
da mesma forma como o valor a resgatar (400 x $5,5 = $2.200). 
E se quisermos calcular a rentabilidade no período, basta dividir o 
valor da cota no resgate pelo valor na data da aplicação e ajustar 
para percentual: $5,5 / $5 = 1,1 ou 10%. 
Fundos Abertos x Fundos Fechados 
O funcionamento dos Fundos de Investimento depende de prévia 
autorização da CVM. 
Os fundos de investimento podem ser organizados sob a forma de 
condomínios abertos ou fechados. 
Nos fundos abertos é permitida a entrada de novos cotistas ou o 
aumento da participação dos antigos por meio de novos 
investimentos, assim como é permitida a saída de cotistas, por meio 
do resgates de cotas, isto é, mediante a venda de ativos do fundo 
para a entrega do valor correspondente ao cotista que efetuou o 
resgate, total ou parcial, de suas cotas. 
Já nos fundos fechados, a entrada e a saída de cotistas não é 
permitida. Após o período de captação de recursos pelo fundo, não 
são admitidos novos cotistas nem novos investimentos pelos antigos 
cotistas (embora possam ser abertas novas fases de investimento, 
conhecidas no mercado como “rodadas de investimento”). Além 
disso, também não é admitido o resgate de cotas por decisão do 
cotista, que tem que vender suas cotas a terceiros se quiser receber 
o seu valor antes do encerramento do fundo. 
É obrigação do administrador fornecer o regulamento e o prospecto 
do fundo a todos os cotistas, assim como relatórios periódicos sobre 
as suas atividades, além de divulgar ampla e imediatamente 
qualquer informação que possa influenciar na decisão do cotista em 
permanecer investindo. 
Cabe também ao administrador efetuar diariamente a marcação a 
mercado do valor da cota e divulgar aos cotistas esse valor. 
O Prospecto contém, dentre outras informações relevantes que 
devem ser analisadas pelo investidor: 
 a apresentação do Administrador do Fundo e sua respectiva 
experiência; 
 as metas e objetivos de gestão do Fundo; 
 a explicação da política de investimentos; 
 o público-alvo a que se destina o Fundo; 
 as hipóteses de contratação de terceiros para prestação de 
serviços; 
 a política de distribuição de resultados, compreendendo prazos e 
condições de pagamento; 
 os riscos envolvidos; 
 o Estudo de Viabilidade. 
65. Fundos de investimento em renda fixa 
Os fundos de renda fixa devem aplicar pelo menos 80% de seus 
recursos em ativos de renda fixa. Portanto, têm como principal fator 
de risco a variação da taxa de juros ou de índice de preços. 
Podem incluir na carteira títulos que apresentam maior risco de 
crédito, como os títulos privados, e podem utilizar derivativos tanto 
para proteção da carteira quanto para alavancagem. 
A Renda fixa não significa resultado garantido ou sempre positivo. 
Ao contrário, há riscos que devem ser considerados. 
66. Fundos de investimento de renda variável 
Fundos de Ações 
São também chamados de fundos de renda variável e devem 
investir, no mínimo, 67% de seu patrimônio em ações negociadas 
em bolsa ou mercado de balcão organizado e em outros valores 
mobiliários relacionados às ações, conforme disposto no artigo 95-B 
ad instrução CVM 409/2004. Alguns fundos deste tipo têm como 
objetivo de investimento acompanhar ou superar a variação de um 
índice do mercado acionário, tal como o IBOVESPA. 
Como seu principal fator de risco é a variação nos preços das ações 
que compõem sua carteira, podem ser compatíveis com objetivos de 
investimento de longo prazo e que suportem uma maior exposição a 
riscos em troca de uma expectativa de rentabilidade mais elevada. 
Geralmente o crédito do resgate se dá quatro dias após a 
solicitação. 
Fundos Multimercado 
Devem apresentar política de investimento que envolva vários 
fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum 
fator em especial, podendo investir em ativos de diferentes 
mercados - como renda fixa, câmbio e ações - e utilizar derivativos 
tanto para alavancagem quanto para proteção da carteira. 
Considerados os fundos com maior liberdade de gestão, buscam 
rendimento mais elevado em relação aos demais, mas também 
apresentam maior risco, sendo, portanto, compatíveis com objetivos 
de investimento que, além de procurar diversificação, tolerem uma 
grande exposição a riscos na expectativa de obter uma rentabilidade 
mais elevada. Nestes fundos, o crédito do resgate nem sempre se dá 
no mesmo dia da solicitação. 
67. Fundos de investimento referenciados em dólar 
Fundos Cambiais 
Devem manter, no mínimo, 80% de seu patrimônio investido em 
ativos que sejam relacionados, direta ou indiretamente (via 
derivativos), à variação de preços de uma moeda estrangeira, ou a 
uma taxa de juros denominada cupom cambial. 
Os mais conhecidos são os chamados Fundos Cambiais Dólar, que 
buscam acompanhar a variação de cotação da moeda americana. 
Geralmente o crédito do resgate se dá no dia seguinte ao da 
solicitação. 
68. Fundos de investimento orientados à aposentadoria 
São aplicações cujas características de longo prazo têm como 
objetivo a complementação da aposentadoria de seu investidor. 
Tais aplicações gozam do benefício da portabilidade, ou seja, a 
possibilidade do segurado-investidor solicitar a transferência dos 
valores acumulados para aposentadorias entre diferentes 
instituições – entidades abertas de previdência complementar e 
seguradoras –, depois de cumpridos os de carência estabelecidos 
em contrato para cada plano - que vão de 60 dias a 24 meses. 
A base legal de portabilidade é a Resolução 66/01 do CNSP e a 
Circular 211/02 da Susep. 
A portabilidade só é permitida entre planos do mesmo segmento, 
isto é, entre planos de previdência complementar aberta, tais como 
o FAPI, o PGBL e o Tradicional, ou entre planos de seguro de vida 
com cobertura por sobrevivência, caso do VGBL. 
Não é possível transferência de recursos de um PGBL para um 
Tradicional ou para um VGBL, por exemplo, ou entre participantes. 
O prazo estabelecido para que a transferência seja efetivada pela 
Susep é de quatro dias úteis, podendo se estender para cinco dias 
úteis, no caso de planos aprovados a partir de 30.01.07. 
Os recursos financeiros são transferidos diretamente entre as 
instituições, sempassar pela conta do titular do plano. 
Independentemente do valor, os participantes dos planos de 
previdência não têm qualquer custo ao migrar de um plano para 
outro, mesmo que seja para outra instituição. 
Fundo de Aposentadoria Programada Individual- FAPI 
A Lei 9.4 77, de 24.07.97, instituiu o FAPI como uma nova forma de 
investimento voltada ao planejamento programado de uma 
aposentadoria individual. 
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30 
É constituído sob a forma de um condomínio aberto e administrado 
prioritariamente por instituições financeiras monetárias, Corretoras 
de Títulos e Valores Mobiliários - CTVM e Distribuidoras de Títulos e 
Valores Mobiliários - DTVM com capital acima de determinado valor, 
e seguradoras autorizadas pela Susep. 
Trata-se, portanto, de um Fundo de investimento, cujo objetivo é 
constituir para o aplicador um plano de complementação da 
aposentadoria básica da Previdência Social. 
Pode ser considerado, portanto, como um produto de previdência 
complementar na forma de um condomínio capitalizado. 
Qualquer pessoa física pode aplicar no FAPI mediante a abertura de 
uma conta específica em banco múltiplo, comercial, de 
investimento, caixa econômica ou seguradora. 
O público-alvo são as pessoas físicas que não dispõem de Fundos de 
pensão, tais como profissionais liberais, empresários e funcionários 
de pequenas e médias empresas. As normas sobre a periodicidade 
dos depósitos são bastante flexíveis. 
No FAPI, como a aplicação é feita em um Fundo de Investimento 
comum, a ele vinculado o cotista é o titular direto das cotas do 
Fundo e, dessa forma, está sujeito à cobrança de Imposto de Renda 
sobre o ganho de capital, mas em compensação eles cobram não 
cobram taxas de carregamento, que podem vir a incidir sobre 
depósitos ou saques outros planos de aposentadoria. 
As empresas que quiserem adotar o FAPI para seus funcionários 
poderão criar o Plano de Incentivo à Aposentadoria Programada 
Individual - PIAPI -, desde que contribuam para, pelo menos, 50% de 
seus funcionários. 
Elas poderão abater estas despesas do IR, até o limite de 20% do 
salário bruto de cada funcionário. Os recursos utilizados pelo 
empregador na compra das cotas do Fundo não serão considerados 
como parte integrante da remuneração do beneficiário. 
Ao final do período de contribuição ao FAPI, o investidor poderá 
sacar todos os recursos acumulados, dando-lhes o destino que lhe 
aprouver. 
Será cobrada pelo administrador do Fundo uma taxa de 
administração que, junto com a rentabilidade obtida, será um 
instrumento de concorrência. Caso queira mudar de administrador, 
o aplicador poderá fazê-lo ao final de seis meses de contribuição 
(portabilidade), sem pagamento de multas ou impostos. 
No FAPI não há, como nos planos de previdência complementar 
rentabilidade mínima prevista, mas, em compensação, todo o 
rendimento será sado ao investidor, da mesma forma que nos PGBL 
e VGBL. 
Os recursos do FAPI podem ser aplicados em uma carteira 
diversificada de títulos, valores mobiliários, demais ativos 
financeiros e modalidades operacionais, prévia e expressamente 
identificadas com limites máximos de composição de composição de 
aplicações e observada a seguinte estrutura básica: 
 até 100% em títulos públicos federais e créditos securitizados do 
Tesouro Nacional; 
 até 80% em investimentos de renda fixa; 
 até 40% em investimentos de renda variável; 
 possibilidade de contratação de operações de empréstimo de 
ações - na condição de emprestador - em mercados organizados 
de derivativos. 
Os limites de diversificação relativos às aplicações do FAPI em ativos 
de emissão e/ou coobrigação de uma mesma pessoa jurídica ou 
conglomerado econômico estão fixados em 10% do PL do Fundo. 
É vedada a aplicação de recursos do Fundo em papéis de 
responsabilidade da instituição administradora e de empresas do 
qual pertença. 
As contribuições ao FAPI, em conjunto com os abatimentos de 
outros planos de previdência complementar, inclusive o PGBL, 
podem ser deduzidas até o limite de 12% do rendimento bruto do 
contribuinte, como benefício fiscal. 
Não se trata de isenção ou dedução, mas sim de diferimento, já que 
deverá ser pago o IR no resgate do Fundo sobre o valor integral 
resgatado, conforme as regras de tributação do IR dos Fundos de 
Aposentadoria. 
69. Planos de aposentadoria e pensão privados abertos 
Funcionam como um fundo de investimento com o objetivo de 
complementar a aposentadoria do seu investidor. 
Aposentadoria básica é a aposentadoria oficial paga pelo Instituto 
Nacional de Seguridade Social (INSS). 
A previdência complementar fechada é uma opção de 
aposentadoria complementar oferecida pelas empresas aos 
empregados, ou seja, a empresa constitui um fundo de pensão para 
o qual contribuem a própria empresa e seus funcionários, não 
sendo, portanto aberto para outras pessoas. 
A previdência complementar aberta oferece uma opção de 
aposentadoria complementar para qualquer pessoa que adquira seu 
plano. 
Ao final do prazo definido para contribuições, tanto na fechada 
como na aberta, o investidor pode sacar todo o valor acumulado de 
uma só vez ou pode passar a receber uma renda vitalícia, com a 
possibilidade de ser transferida para um beneficiário indicado 
quando do falecimento do investidor. 
PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre 
É mais vantajoso para aqueles que fazem a declaração do imposto 
de renda pelo formulário completo. É uma aplicação em que incide 
risco, já que não há garantia de rentabilidade, que inclusive pode ser 
negativa. Ainda assim, em caso de ganho, ele é repassado 
integralmente ao participante. 
O resgate pode ser feito no prazo de 60 dias de duas formas: de uma 
única vez, ou transformado em parcelas mensais. 
Também pode ser abatido até 12% da renda bruta anual do Imposto 
de Renda e tem taxa de carregamento de até 5%. É comercializado 
por seguradoras. 
Com o PGBL, o dinheiro é colocado em um fundo de investimento 
exclusivo, administrado por uma empresa especializada na gestão 
de recursos de terceiros e é fiscalizado pelo Banco Central. 
VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre 
Uma de suas principais vantagens está na possibilidade de se optar, 
já quando da adesão ao plano, pela idade de quando se começará a 
receber o rendimento investido. 
Essa renda poderá ser recebida em uma única parcela ou então em 
quantias mensais. 
Também há a possibilidade de se contribuir com quantias variáveis, 
podendo se fazer um aporte maior quando houver disponibilidade 
para tal. 
O valor acumulado pelo participante também pode ser sacado há 
qualquer momento. 
É aconselhável para aqueles que não têm renda tributável, já que 
não é dedutível do Imposto de Renda, ainda que seja necessário o 
pagamento de IR sobre o ganho de capital. 
 
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 PGBL VGBL 
O Que é 
Tem por finalidade a acumulação de recursos no longo 
prazo com vistas à complementação da renda na 
aposentadoria 
Para quem 
é mais 
indicado 
Mais atraente para quem 
declara Imposto de Renda 
completo, podendo 
aproveitar do abatimento 
da Renda Bruta anual na 
fase de contribuição. 
Para quem declara 
Imposto de Renda 
simplificado ou tem 
previdência complementar 
e/ou já abate o limite 
máximo de 12% da Renda 
Bruta anual. 
Tratamento 
fiscal 
durante o 
período de 
acumulação 
Os recursos aplicados e os rendimentos 
estão isentos de tributação. 
Tratamento 
fiscal no 
resgate 
Abatimento das 
contribuições no Imposto 
de Renda (até o limite de 
12% da Renda Bruta anual) 
durante o período de 
acumulação. 
Sobre os valores de resgate 
e rendas haverá a 
incidência de tributaçãoconforme alíquota da 
tabela do Imposto de 
Renda Pessoa Física em 
vigor. 
No momento do 
recebimento de renda ou 
resgate haverá a incidência 
de Imposto de Renda, 
apenas sobre os 
rendimentos auferidos. 
Tanto o PGBL como o VGBL estão sujeitos à taxa de Administração e 
de Carregamento. 
É possível a portabilidade de planos entre planos do mesmo 
segmento. Não sendo possível a portabilidade de VGBL para PGBL, 
PGBL para VGBL e nem é permitida a transferência (portabilidade) 
de recursos entre pessoas diferentes. 
70. Planos de aposentadoria e pensão privados fechados 
As características desses planos variam dependendo do grupo dos 
trabalhadores a que se refere e também à disposição do 
empregador em arcar com a parte que lhe cabe. 
Destinam-se, exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou 
grupo de empresas ou aos servidores da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados 
patrocinadores ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas 
de caráter profissional, classista ou setorial, denominadas 
instituidores. 
Os planos de benefícios devem ser, obrigatoriamente, oferecidos a 
todos os empregados dos patrocinadores ou associados dos 
instituidores. 
As características desses planos variam dependendo do grupo dos 
trabalhadores a que se refere e também à disposição do 
empregador em arcar com a parte que lhe cabe. 
 
71. Sistema de liquidação e custódia – visão geral 
Como regra, podemos entender os Sistemas de Liquidação e 
Custódia em função das duas coisas que todas elas fazem: 
 Liquidação – fazem a liquidação física e financeira dos títulos ali 
negociados; 
 Custódia – efetuam a guarda eletrônica dos títulos ali negociados. 
No Brasil, a maioria dos títulos é desmaterializada, existindo apenas 
sob a forma de registros eletrônicos. 
Os sistemas de negociação, de compensação e de liquidação são 
automatizados e o STP (straight-through processing) é amplamente 
utilizado. 
O princípio da entrega contra pagamento (EcP) é observado em 
todos os sistemas de liquidação de títulos e valores mobiliários. 
No caso das operações interbancárias de câmbio, o princípio 
equivalente, de pagamento contra pagamento (PcP), é observado se 
a liquidação é feita por intermédio da Câmara de Câmbio da 
BM&FBOVESPA. 
Na liquidação de operações com títulos e valores mobiliários, o SPB 
apresenta segmentação. 
O Selic liquida operações com títulos públicos federais em tempo 
real. 
A Câmara de Ativos da BM&FBOVESPA também liquida operações 
com títulos públicos federais custodiados no Selic, assumindo a 
posição de contraparte central (CPC). 
A Câmara de Ações da BM&FBOVESPA (antiga CBLC) liquida 
operações com ações, títulos de dívida corporativa e derivativos de 
ações. 
A BM&FBOVESPA também opera a Câmara BM&FBOVESPA, que 
liquida operações com derivativos padronizados e de balcão. 
As operações contratadas na BM&FBOVESPA podem ser realizadas 
tanto em bolsa quanto em mercado de balcão. 
Na Câmara de Ativos, o Sisbex é a plataforma de negociação. 
Na Câmara de Ações, assim como nas Câmara BM&FBOVESPA e na 
Câmara de Câmbio, o PUMA é a plataforma de negociação e 
ambiente de registro de balcão, enquanto que o BovespaFix é a 
plataforma de negociação para títulos privados de renda fixa 
(operações definitivas no mercado à vista). 
A Cetip registra derivativos de balcão e títulos de renda fixa 
privados, e faz a custódia de títulos de dívida corporativa e de alguns 
títulos de dívida pública. 
Em 2011, a CIP passou a operar o Sistema Central de Cessão de 
Crédito (C3). A partir de 30.01.2012, o sistema passou a coordenar 
entrega contra pagamento (ECP), liquidando as operações em 
tempo real. 
72. Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) 
O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, do Banco 
Central do Brasil, é um sistema informatizado que se destina à 
custódia de títulos escriturais de emissão do Tesouro Nacional, bem 
como ao registro e à liquidação de operações com os referidos 
títulos. 
O Selic é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro 
Nacional e pelo Banco Central do Brasil e nessa condição processa, 
relativamente a esses títulos, a emissão, o resgate, o pagamento dos 
juros e a custódia. 
Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos exclusivamente na 
forma eletrônica. 
A liquidação da ponta financeira de cada operação é realizada por 
intermédio do Sistema de Transferência de Reservas - STR, ao qual o 
Selic é interligado. 
O STR é um sistema de transferência de fundos com liquidação bruta 
em tempo real (LBTR), operado pelo Banco Central do Brasil, que 
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funciona com base em ordens de crédito, isto é, somente o titular 
da conta a ser debitada pode emitir a ordem de transferência de 
fundos. 
O Selic é gerido pelo Banco Central do Brasil e é por ele operado em 
parceria com a ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos 
Mercados Financeiro e de Capitais tem seus centros operacionais 
(centro principal e centro de contingência) localizados na cidade do 
Rio de Janeiro. 
O horário normal de funcionamento é das 6h30min às 18h30min, 
em todos os dias considerados úteis. 
Tratando-se de um sistema de liquidação em tempo real, a 
liquidação de operações é sempre condicionada à disponibilidade do 
título negociado na conta de custódia do vendedor e à 
disponibilidade de recursos por parte do comprador. 
Se a conta de custódia do vendedor não apresentar saldo suficiente 
de títulos, a operação é mantida em pendência pelo prazo máximo 
de 60 minutos ou até 18h30min, o que ocorrer primeiro (não se 
enquadram nessa restrição as operações de venda de títulos 
adquiridos em leilão primário realizado no dia). 
A operação só é encaminhada ao STR para liquidação da ponta 
financeira após o bloqueio dos títulos negociados, sendo que a não 
liquidação por insuficiência de fundos implica sua rejeição pelo STR 
e, em seguida, pelo Selic. 
73. Cetip S.A. - Mercados organizados 
A CETIP S.A. - Mercados organizados é uma sociedade 
administradora de mercados de balcão organizados, ou seja, de 
ambientes de negociação e registro de valores mobiliários, títulos 
públicos e privados de renda fixa e derivativos de balcão. 
A empresa - instituída pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em 
1984, e que passou a operar em março de 1986 - surgiu como o 
porto seguro das instituições financeiras e ajudou o Brasil a superar 
diversos desajustes financeiros e seus planos econômicos. 
A CETIP, hoje uma sociedade anônima de capital aberto com ações 
negociadas no Novo Mercado, da BMF&Bovespa, é a maior 
depositária de títulos privados de renda fixa da América Latina e a 
maior Câmara de ativos privados do mercado financeiro brasileiro. 
Por meio de soluções de tecnologia e infraestrutura, proporciona 
liquidez, segurança e transparência para as operações financeiras, 
contribuindo para o desenvolvimento sustentável do mercado e da 
sociedade brasileira. 
A Cetip é depositária principalmente de: 
 títulos de renda fixa privados - Certificados de Depósito Bancário 
- CDB, Recibos de Depósito Bancário - RDB, Depósitos 
Interfinanceiros - DI, Letras de Câmbio-LC, Letras Hipotecárias - 
LH, debêntures e commercial papers, entre outros; 
 títulos públicos estaduais e municipais; e 
 títulos representativos de dívidas de responsabilidade do 
Tesouro Nacional - de que são exemplos os relacionados com 
empresas estatais extintas, com o Fundo de Compensação de 
Variação Salarial - FCVS, com o Programa de Garantia da Atividade 
Agropecuária - Proagro e com a dívida agrária (TDA). 
Na qualidade de depositária, a entidade processa a emissão, o 
resgate e a custódia dos títulos, bem como, quando é o caso, o 
pagamento dos juros e demaiseventos a eles relacionados. 
Com poucas exceções, os títulos são emitidos escrituralmente, isto 
é, existem apenas sob a forma de registros eletrônicos (os títulos 
emitidos em papel são fisicamente custodiados por bancos 
autorizados). 
As operações de compra e venda são realizadas no mercado de 
balcão, incluindo aquelas processadas por intermédio do CetipNet 
(sistema eletrônico de negociação. 
Com a ação coordenada entre as funções de custódia, registro e 
liquidação financeira, a Cetip pode assegurar aos vendedores que a 
entrega do objeto vendido será realizada contra o efetivo 
pagamento do valor acordado. Da mesma forma, os compradores 
têm certeza de que o pagamento somente será processado 
mediante o recebimento do objeto da operação. 
A Cetip não é contraparte central das operações negociadas e/ou 
registradas em seus Sistemas e, consequentemente, não é 
responsável direta ou indiretamente pela liquidação ou satisfação 
dos direitos referentes às mesmas, bem como das obrigações 
relativas aos Ativos em Custódia Eletrônica. 
A instituição aplica o conceito da entrega contrapagamento, o 
chamado DVP - Delivery Versus Payment. Para isso, as informações 
do comprador e do vendedor do título são comparadas e, se houver 
alguma divergência, o sistema rejeita a operação. 
A existência de diversos ciclos diários de liquidação, com finalização 
em D+0 (no mesmo dia de sua realização), e a possibilidade de 
agendamento de operações facilitam a interconexão com mercados 
situados em diferentes fusos horários. 
As operações efetuadas pela Plataforma Eletrônica seguem o STP - 
Straight Through Processing, ou seja, são processadas sem a 
descontinuidade e a reentrada de dados, com a integração das 
funções de depósito e de liquidação financeira. 
O Centro de Processamento de Dados está localizado no Rio de 
Janeiro, e está dividido em dois sites: um principal e um secundário 
(fora da sede, que é o site de contingência hot stand-by, no qual 
todas as informações do site principal são instantaneamente 
replicadas). Existe ainda um terceiro site, fora do Rio de Janeiro, 
apto a assumir o desempenho das funções em curto prazo, caso haja 
indisponibilidade dos outros dois. Se houver necessidade de operar 
no ambiente de contingência, as instituições participantes serão 
orientadas, em tempo hábil, sobre os procedimentos de substituição 
de seu endereço fixo (IP). 
As liquidações previstas pra ocorrerem no âmbito da Cetip, ocorrem 
nas datas dos respectivos vencimentos, exceto nas hipóteses 
estabelecidas em norma específica. 
A liquidação financeira final é realizada via STR em contas de 
liquidação mantidas no Banco Central do Brasil (excluem-se da 
liquidação via STR as posições bilaterais de participantes que têm 
conta no mesmo banco liquidante). 
Podem participar da Cetip bancos comerciais, bancos múltiplos, 
caixas econômicas, bancos de investimento, bancos de 
desenvolvimento, sociedades corretoras de valores, sociedades 
distribuidoras de valores, sociedades corretoras de mercadorias e de 
contratos futuros, empresas de leasing, companhias de seguro, 
bolsas de valores, bolsas de mercadorias e futuros, investidores 
institucionais, pessoas jurídicas não financeiras, incluindo fundos de 
investimento e sociedades de previdência privada, investidores 
estrangeiros, além de outras instituições também autorizadas a 
operar nos mercados financeiro e de capitais. Os participantes não 
titulares de conta de reservas bancárias liquidam suas obrigações 
por intermédio de instituições que são titulares de contas dessa 
espécie. 
74. BM&FBOVESPA - Câmara de ações 
A Câmara de Ações liquida operações realizadas por meio dos 
sistemas de negociação “PUMA” e “Bovespa Fix”. O “PUMA” negocia 
títulos de renda variável (mercados à vista e de derivativos - opções, 
termo e futuro) e o “Bovespa Fix” negocia títulos privados de renda 
fixa (operações definitivas no mercado à vista). 
A Câmara de Ações atua também como depositária central de ações 
e de títulos de dívida corporativa, além de operar programa de 
empréstimo sobre esses títulos (BTC), com garantia da 
BM&FBOVESPA. Contas individualizadas permitem a identificação 
do investidor final das operações realizadas. 
Normalmente, a liquidação é feita com compensação multilateral de 
obrigações, sendo que, em situações específicas previstas no 
regulamento do sistema, como as emissões primárias, a liquidação é 
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33 
feita pelo valor bruto em D+3. No caso de compensação multilateral 
de obrigações, a BM&FBOVESPA atua como contraparte central e 
assegura a liquidação das operações entre os agentes de 
compensação. A liquidação financeira final é feita por intermédio do 
STR. 
Nas operações de compra e venda de títulos, o sistema observa a 
entrega contra pagamento para as operações do mercado 
secundário e para o mercado primário. A transferência de custódia, 
no caso dos títulos de renda variável e dos títulos privados de renda 
fixa, é feita diretamente na depositária central da BM&FBOVESPA. 
O dia da liquidação depende do tipo de mercado e do momento em 
que a operação é registrada, conforme resumido a seguir: 
 
Ciclo de liquidação por tipo de título e de operação 
Mercado 
Tipo de 
Operação 
Dia da liquidação 
Títulos privados 
de renda fixa 
À vista 
D para as operações 
registradas até 13h; D+1 
para as demais 
Títulos de renda 
Variável 
À vista D+3 
A termo D+n (dia do vencimento) 
Futuros
1
 
(D+n)+3 (terceiro dia após o 
vencimento) 
Opções
2
 D+1 
Participam do sistema, como agentes de compensação, bancos e 
corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários. 
Os agentes de compensação são divididos em três categorias: 
 agentes próprios, 
 agentes plenos e 
 agentes específicos. 
 Os primeiros liquidam apenas negócios por eles conduzidos em 
nome próprio ou de clientes, incluindo empresas do mesmo grupo 
econômico e fundos de investimento por eles administrados. 
Os agentes plenos liquidam, adicionalmente, operações conduzidas 
por terceiros (outras corretoras e investidores qualificados
3
, tais 
como fundos de investimento, fundos de pensão, seguradoras, etc). 
Os agentes específicos são aqueles que possuem funcionalidades 
direcionadas ao mercado de renda fixa privada. 
Para liquidar suas posições financeiras, o participante sem acesso 
direto ao STR pode utilizar os serviços de uma instituição titular de 
conta de reservas bancárias, na forma de contrato firmado entre 
eles. 
As operações são registradas em sistemas próprios dos ambientes 
de negociação
4
, sendo informadas para os sistemas de pós-
negociação em seguida. 
Na cadeia de responsabilidades, a Câmara de Ações garante a 
liquidação das obrigações de um agente de compensação em 
relação aos demais agentes de compensação. 
Cada agente de compensação, a seu turno, responde pela eventual 
inadimplência de corretoras e investidores qualificados vinculados a 
ele. 
Por fim, as corretoras respondem pela inadimplência de seus 
clientes. 
 
1 Os ajustes diários são liquidados em D+1. 
2 Prazo para liquidação dos prêmios negociados (no caso de exercício da 
opção, é observado o ciclo normal de liquidação do mercado à vista). 
3 O investidor qualificado pode liquidar suas operações diretamente com um 
agente de compensação pleno, independentemente da corretora com a 
qual tenha operado. 
4 PUMA e Bovespa Fix, respectivamente, para títulos de renda variável e 
títulos privados de renda fixa. 
Como regra geral de funcionamento, todos os agentes de 
compensação devem depositar garantias para cobertura dos riscos 
das posições sob sua responsabilidade. 
Com base nas garantias previamente depositadas, aCâmara de 
Ações atribui limite operacional para cada agente de compensação, 
sendo que cada um deles, seguindo critérios próprios de avaliação, 
deve distribuir o limite recebido do sistema entre as corretoras e 
investidores qualificados vinculados a ele. 
O limite operacional pode ser dividido entre os diferentes mercados. 
Para o cálculo de margem das posições nos mercados de derivativos 
e de empréstimo de ativos, é utilizado o sistema CM-TIMS 
desenvolvido pela Options Clearing Corporation - OCC. 
A cobertura dos riscos calculados para esses mercados é feita por 
intermédio de depósitos de garantias realizados pelos investidores 
finais detentores das respectivas posições. 
No processo de gerenciamento de riscos, é utilizado, entre outros, o 
aplicativo RiskWatch, desenvolvido pela Algorithimics Incorporated, 
que foi adaptado para as condições do mercado financeiro nacional. 
Em especial, o RiskWatch é utilizado para monitoramento dos 
limites operacionais (metodologia de Simulação Histórica) e para 
determinação do valor do fundo de liquidação necessário para 
cobrir eventual inadimplência dos dois agentes de compensação que 
apresentem os maiores valores em risco (metodologia de Cenários 
de Estresse). 
O fundo de liquidação, cuja atualização é feita em bases mensais, é 
formado por contribuições dos agentes de compensação, 
proporcionais aos riscos das posições sob responsabilidade de cada 
um. 
Para cumprir a liquidação em situação de inadimplência de 
participante, o sistema utiliza os seguintes recursos, na ordem 
indicada: 
 recursos obtidos com a execução de garantias depositadas pelo 
agente de compensação inadimplente ou por participante a ele 
vinculado; 
 recursos do fundo de liquidação correspondentes à participação 
do agente de compensação inadimplente; 
 recursos do fundo de liquidação correspondentes à participação 
dos demais agentes de compensação; 
 recursos do fundo de liquidação correspondentes à contribuição 
institucional da BM&FBOVESPA; e 
 recursos relacionados ao patrimônio especial do sistema (ativos 
segregados na forma de regulamento do Banco Central do Brasil). 
75. BM&FBOVESPA - Câmara de ativos 
Em 17.05.2004, a Câmara de Ativos entrou em operação para 
compensação e liquidação de operações com títulos públicos 
federais. 
Além das operações contratadas no âmbito do Sisbex, que é uma 
plataforma eletrônica de negociação operada pela própria 
BM&FBOVESPA, a Câmara de Ativos pode liquidar também 
operações do mercado de balcão. 
Em todos os casos, a liquidação é feita com compensação 
multilateral e a entidade atua como contraparte central (CPC). 
É observado o modelo 3 de entrega contra pagamento, sendo que a 
transferência dos resultados líquidos é efetuada por intermédio do 
STR e do Selic, respectivamente no que diz respeito à movimentação 
financeira e à movimentação dos títulos. 
Podem ser objeto de compensação e liquidação na câmara as 
operações definitivas (à vista e a termo), operações 
compromissadas, de empréstimo e de troca. 
As operações à vista podem ser liquidadas no próprio dia (D), se 
negociadas até determinado horário-limite (11h). 
As operações a termo, a seu turno, são liquidadas na data futura 
contratada pelas contrapartes iniciais da operação (até 23 dias úteis 
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34 
após a data da contratação), sendo mais comuns as operações para 
liquidação no dia útil seguinte (D+1). 
Nas operações compromissadas, a “operação de ida” é geralmente 
contratada para liquidação em D+0 e a “operação de volta”, para 
liquidação em D+1 (admitido até D+23)
5
. 
A entidade oferece o Serviço de Empréstimo de Títulos (SET), por 
intermédio do qual os participantes podem oferecer títulos para 
empréstimo
6
. 
Sujeitas a limites quantitativos estabelecidos pela Câmara, são 
admitidas vendas a descoberto (short) para títulos que se 
enquadram no SET ou no programa de empréstimo de títulos do 
Selic. 
Os participantes da Câmara de Ativos se sujeitam a limites 
operacionais, que são fixados com base nas garantias por eles 
previamente depositadas e nos ativos transacionados. 
Os limites operacionais são verificados em tempo real, sendo que os 
ativos (garantias e ativos transacionados) são marcados a mercado 
no mínimo diariamente. 
No gerenciamento do risco das posições em aberto, a Câmara de 
Ativos adota a abordagem de risco de portfólio, considera diversos 
cenários (stress testing) e a agregação intertemporal de riscos. 
Para mensurar sua exposição ao risco, a BM&FBOVESPA, seguindo a 
mesma metodologia geral observada na Câmara de Derivativos, 
decompõe os ativos em fatores primitivos de risco. 
Como mecanismo complementar, a Câmara de Ativos conta com um 
fundo operacional constituído com recursos da própria 
BM&FBOVESPA, que pode ser usado para concluir o processo de 
liquidação em caso de inadimplência de participante, bem como 
para cobrir eventuais prejuízos de terceiros causados por erros no 
registro de suas operações pelas corretoras participantes do Sisbex. 
76. BM&FBOVESPA - Câmara de câmbio 
A Câmara de Câmbio, que entrou em operação em 22.04.2002, 
liquida operações interbancárias de câmbio realizadas na plataforma 
eletrônica de negociação (PUMA) e no mercado de balcão da 
BM&FBOVESPA
7
. 
No ambiente da Câmara de Câmbio, são atualmente aceitas apenas 
operações que envolvem o dólar americano e a liquidação é 
geralmente feita em D+2
8
. 
As obrigações correspondentes são compensadas multilateralmente 
e a BM&FBOVESPA atua como contraparte central. 
O sistema observa o princípio do “pagamento contra pagamento” (a 
entrega da moeda nacional e a entrega da moeda estrangeira são 
mutuamente condicionadas), sendo que, para isso, a 
BM&FBOVESPA monitora e coordena o processo de liquidação nas 
pontas em moeda nacional e em moeda estrangeira. 
Em cada ciclo de liquidação, as posições compensadas são 
liquidadas: 
 em moeda nacional, nas contas de reservas bancárias mantidas 
pelos participantes no Banco Central do Brasil; 
 
5 As operações compromissadas podem ter lastro específico (o pertinente 
título é indicado, em cada operação, no momento da negociação) ou 
genérico (a especificação do lastro é feita para o valor correspondente ao 
resultado da compensação multilateral dessas operações e deve 
compreender título integrante de um conjunto previamente definido). 
6 As operações correspondentes são realizadas na forma de operações 
compromissadas. 
7 quando contratada no mercado de balcão, por opção das partes 
contratantes, a operação pode ser liquidada diretamente entre eles ou por 
intermédio da Câmara de Câmbio. Em caso de liquidação direta entre os 
participantes, a liquidação na moeda nacional é feita por intermédio do 
STR e a liquidação na moeda estrangeira, por intermédio de bancos 
correspondentes no exterior. 
8 A liquidação também pode ser feita em D ou D+1. 
 em dólar americano, em contas mantidas pelos participantes 
junto a bancos correspondentes em Nova Iorque. 
Para limitar sua exposição aos riscos de liquidação, a câmara 
estabelece limites operacionais para os participantes, bem como 
exige garantias, em reais, dólares americanos ou em títulos públicos 
federais, para cobrir a volatilidade da taxa de câmbio. 
Os ativos dados em garantia pelos participantes são marcados a 
mercado diariamente. 
A entidade conta com linhas de crédito em moeda nacional e em 
moeda estrangeira, as quais lhe dão condições de concluir 
tempestivamente o ciclo de liquidação mesmo no caso de 
inadimplência de participante. 
Também para reduzir sua exposição a riscos, a câmara selecionou 
bancos correspondentes no exterior com baixo risco de crédito, 
diversificando suas movimentaçõesentre eles. 
A liquidação das operações é assegurada primeiramente pelas 
garantias constituídas pelos participantes. 
Se os recursos obtidos com a execução das garantias do participante 
inadimplente não forem suficientes para a liquidação de suas 
posições, o valor faltante é repartido entre os bancos adimplentes 
que contrataram operações para liquidação na data em que ocorreu 
a inadimplência. 
A aceitação da operação pela câmara, para fins de liquidação, 
observa processo automático de análise que leva em conta a 
posição líquida já contratada de cada participante, os respectivos 
limites operacionais, as garantias por eles oferecidas e ainda não 
comprometidas, necessárias para cobrir a volatilidade da taxa de 
câmbio, e a razoabilidade da taxa de câmbio contratada em 
comparação com a taxa média que está sendo praticada no 
mercado. 
Se uma operação é contratada fora da faixa de preços considerada 
normal, sua aceitação é condicionada à apresentação de garantias 
extras pelos participantes. 
No dia da liquidação, os participantes com posições líquidas 
devedoras, em moeda nacional e em moeda estrangeira, devem 
transferir os correspondentes recursos para a câmara até 13h05 
(horário de Brasília). 
No caso da moeda nacional, as transferências são efetuadas para a 
conta de liquidação da câmara no Banco Central do Brasil, por 
intermédio do STR, e, no caso da moeda estrangeira, para a conta da 
câmara no banco correspondente que ela indicar. 
Às 14h05 a câmara promove, por intermédio do STR, as 
transferências de fundos em reais para os participantes com posição 
líquida credora nessa moeda (participantes com posição vendedora 
líquida de moeda estrangeira), bem como as transferências de 
fundos em dólares americanos para os participantes com posição 
compradora líquida nessa moeda, utilizando, para comandar as 
transferências no exterior, mensagens Swift para seus bancos 
correspondentes. 
Se deixar de cumprir alguma obrigação financeira, isto é, se deixar 
de entregar a quantidade devida de reais ou de moeda estrangeira, 
conforme seja comprador ou vendedor líquido de moeda 
estrangeira, o participante é considerado devedor operacional ou 
inadimplente, conforme, na avaliação da Câmara, o fato tenha 
decorrido de problemas operacionais ou de incapacidade financeira. 
Em qualquer situação, o problema deve ser solucionado no máximo 
até 15h30 do mesmo dia. 
O participante em situação irregular, nas duas situações (devedor 
operacional e inadimplente), deixa de receber o montante em 
moeda que lhe seria devido, sendo que a câmara utiliza os recursos 
recolhidos pela parte adimplente para a necessária compra de 
moeda, isto é, de reais ou de dólares conforme a contraparte 
adimplente seja, na operação original, vendedora ou compradora de 
moeda estrangeira. 
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35 
Essa compra de moeda é feita em caráter definitivo ou com 
compromisso de revenda, conforme o participante em situação 
irregular seja considerado inadimplente ou devedor operacional. 
Para que a compra seja efetuada na forma compromissada, sujeita, 
portanto, à reversão, o participante considerado devedor 
operacional deve recolher à câmara, até 13h15, o valor referente ao 
custo dessa operação (o recolhimento é sempre feito em reais e por 
intermédio do STR). 
Em qualquer situação, a compra de moeda é feita junto ao banco 
que oferecer a melhor proposta, entre aqueles previamente 
contratados pela câmara. 
A compra com compromisso de revenda passará a ser definitiva se a 
contraparte inadimplente, inicialmente declarada devedor 
operacional, não regularizar a situação até o horário limite para isso 
determinado. 
Se o movimento da taxa de câmbio assim determinar, isto é, na 
hipótese de a parte adimplente ser a compradora da moeda 
estrangeira e houver depreciação da taxa de câmbio, ou se essa 
parte for a vendedora da moeda estrangeira e houver apreciação da 
taxa de câmbio, a Câmara realizará garantias dadas pela parte que 
veio a inadimplir, na quantia necessária para cobertura da variação 
de taxa de câmbio desfavorável ao participante adimplente. 
Em qualquer situação, na própria data de liquidação contratada, a 
parte adimplente receberá os recursos que lhe são devidos, sendo 
que, se houver necessidade, a Câmara recorrerá às linhas de liquidez 
previamente contratadas, em reais ou em dólares, conforme o caso. 
Podem participar da Câmara, sujeitos à avaliação dela, os bancos 
autorizados a operar no mercado de câmbio e corretoras 
autorizadas a intermediar operações de câmbio. 
Enquanto os bancos podem atuar tanto na negociação quanto na 
pós-negociação de moeda estrangeira, as corretoras somente 
podem atuar na negociação (PUMA ou balcão), devendo indicar um 
banco titular de conta de reservas bancárias para a pós-negociação. 
77. Câmara BM&FBOVESPA 
Na BM&FBOVESPA são negociados contratos à vista, a termo, de 
futuros, de opções e de swaps. 
Os principais contratos são referenciados a taxas de juros, taxas de 
câmbio, índices de preços e índices do mercado acionário. 
As obrigações financeiras relacionadas com esses contratos são 
liquidadas por intermédio da Câmara BM&FBOVESPA, operada pela 
própria BM&FBOVESPA. 
Nessa câmara, a liquidação é feita com compensação multilateral 
em D+1, por intermédio do STR, em contas Reservas Bancárias ou 
Conta de Liquidação, e a BM&FBOVESPA atua como contraparte 
central. 
São participantes diretos da Câmara BM&FBOVESPA os membros de 
compensação
9
, os participantes com liquidação direta (PLD)
10
 e os 
participantes de liquidação especial (PLE)
11
. 
Podem atuar como membros de compensação e participantes com 
liquidação direta bancos e corretoras que atendam os requisitos 
para isso estabelecidos no regulamento do sistema, destacando-se 
entre eles a exigência de capital mínimo e a necessidade de 
comprovação de capacidade gerencial, organizacional e operacional. 
 
9 O membro de compensação é geralmente uma corretora, que liquida 
operações próprias e de clientes. 
10 O PLD é uma instituição regularmente cadastrada e habilitada a atuar 
como membro de compensação, diferenciando-se deste por liquidar 
apenas operações da carteira própria, ou de titularidade de investidor não-
residente, fundos de investimento, clubes de investimento e de carteira 
administrada. 
11 Assim como o PLD, o PLE é uma instituição regularmente cadastrada e 
habilitada a atuar como membro de compensação. Porém, habilitam-se 
como PLE apenas empresas cujo principal ramo de atividade seja o 
agronegócio ou a administração/gestão de recursos de terceiros. 
A cadeia de responsabilidades especifica as interrelações de 
responsabilidades pela liquidação de operações entre os diversos 
participantes. 
Dessa forma, cada corretora se responsabiliza pelas posições dos 
seus clientes finais; cada membro de compensação se responsabiliza 
pelas posições das corretoras, próprias e de terceiros, relacionadas a 
ele, bem com pelas posições dos clientes finais que operam 
diretamente com ele; e a Câmara BM&FBOVESPA se responsabiliza 
pelas posições consolidadas dos membros de compensação e dos 
participantes com liquidação direta, isto é, responde pelos riscos de 
liquidação de um membro de compensação ou PLD em relação aos 
demais membros de compensação e PLDs. 
A Câmara registra também operações com derivativos realizadas em 
mercado de balcão, cabendo às partes decidir se a Câmara atua 
como contraparte central (CPC). Caso não optem pela CPC, as 
operações são liquidadas bilateralmente pelas partes contratantes, 
com ou sem intermediação da Câmara. 
Para assegurar a liquidação das operações cursadas, além de 
mecanismos de proteção embasados em limites operacionais e em 
chamadas intradiárias demargem, a câmara conta com três fundos 
de liquidação. 
Quando ocorre a entrega física, a entrega da mercadoria ou do ativo 
está condicionada ao efetivo pagamento, sendo, pois, observado o 
princípio da entrega contra pagamento. 
A Câmara tem capacidade operacional para realizar chamadas de 
margem intradiárias, sempre marcando as garantias a preços de 
mercado e aplicando deságio, maior ou menor conforme o risco de 
crédito e a liquidez de cada ativo. 
O monitoramento do risco observa duas etapas: 
 no próprio dia da contratação (D), em tempo real, com base nas 
posições líquidas dos membros de compensação; 
 nos dias seguintes à contratação (D + n, com n > 0), em base 
bruta, isto é, o risco é gerenciado cliente a cliente. 
A chamada de margem, inicial ou adicional, é atendida 
principalmente por títulos públicos federais, mas também aceita 
depósito em dinheiro, cartas de fiança, ações, certificados de 
depósito bancário e certificados de ouro custodiados na própria 
BM&FBOVESPA. 
Desde a Resolução 3915, de 20 de outubro de 2010, é vedado aos 
participantes não residentes o depósito de garantias de terceiros, 
como cartas de fiança. 
Normalmente, a chamada de margem é atendida em D + 1, mas a 
câmara tem, por regulamento, a prerrogativa de chamar margem 
adicional intradia, se e quando julgar necessário. 
Também com o propósito de gerenciar sua exposição aos riscos de 
liquidação, a BM&FBOVESPA fixa limites de posições em aberto e de 
oscilação de preços. 
Os sistemas de gerenciamento de risco são desenvolvidos 
internamente. 
Para mensurar o risco de cada contrato, a câmara o decompõe em 
fatores primitivos de risco. 
Os riscos mensurados são agregados no conceito de carteira 
(portfolio), sendo que as correlações observadas entre os preços de 
diversos ativos financeiros contribuem para reduzir a exigência de 
garantias para um mesmo nível de proteção. 
No cálculo das necessidades de garantia, são considerados cenários 
de estresse. 
O processo de avaliação do risco associado à determinada carteira 
compreende, assim, quatro etapas: 
 decomposição dos contratos em fatores primitivos de risco; 
 estabelecimento do conjunto de cenários de estresse para cada 
fator de risco; 
 cálculo do risco para as diversas combinações de fatores; e 
 escolha da pior combinação. 
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36 
 
Ocorrendo inadimplência, configurada pelo não atendimento à 
chamada de garantia ou pelo não pagamento de ajuste diário 
requerido pela BM&FBOVESPA, as posições do participante são 
encerradas. 
Se, depois de compensados os contratos, for apurado resultado 
líquido negativo, a BM&FBOVESPA realiza as garantias constituídas 
pelo participante. 
Se for o caso, isto é, se as garantias se mostrarem insuficientes, a 
câmara utiliza recursos disponíveis em diferentes fundos 
constituídos para esse fim e que contam com recursos das 
corretoras, dos membros de compensação e da própria câmara. 
Caso, ainda assim, os recursos se mostrem insuficientes, a câmara 
pode solicitar novos aportes de recursos aos seus participantes e, 
em último caso, utilizar seu próprio patrimônio. 
78. C3 - Central de Cessão de Crédito 
Em julho de 2011, a CIP tornou-se uma Câmara de Custódia e 
Liquidação de Ativos, por meio do lançamento do sistema C3 – 
Central de Cessões de Crédito, que visa assegurar a centralização 
das informações de operações de cessões de crédito efetuadas no 
âmbito do SFN, de forma a permitir aos Participantes a verificação 
de que os créditos em processo de cessão não tenham sido cedidos 
a outro cessionário, evitando a duplicidade de Cessão do Crédito. 
Atualmente, todas as cessões de crédito entre bancos devem 
ocorrer no C3, ou seja, as instituições que desejarem ceder 
contratos ou parcelas de crédito devem primeiramente registrá-los 
no C3. 
O sistema coordena a entrega contra pagamento (EcP) nas cessões 
de crédito. 
A EcP funciona da seguinte maneira: a negociação ocorre sem 
intervenção da CIP, cabendo às partes informá-la sobre os termos da 
cessão de crédito. 
Ocorre então a liquidação financeira das operações pelo valor bruto 
e, em seguida, a troca da titularidade da carteira de crédito. 
A C3 (Câmara de Cessões de Crédito) operacionalizada pela CIP 
permite às Instituições Financeiras e aos Fundos de Investimento 
registrar suas operações de cessão e bloqueio de contratos de 
crédito, de tal forma que um mesmo contrato não seja cedido mais 
de uma vez pela mesma IF ou oferecido como lastro em mais de 
uma operação. 
As informações relacionadas às cessões de crédito de contratos de 
financiamentos de veículos registrados na C3 são verificadas 
automática e periodicamente (validação e monitoramento) com os 
dados registrados na base de dados do Sistema Nacional de 
Gravames. 
A CIP também firmou parceria com o INSS para permitir que os 
contratos de crédito consignado do ente INSS sejam confrontados 
com a base de dados da DATAPREV. 
Todos os contratos submetidos ao processo de validação e 
monitoramento na C3 que estejam consistentes e sem restrição são 
considerados aptos para a negociação na Câmara. Já os contratos 
que apresentam inconsistências ou restrições ficam inabilitados até 
que as mesmas sejam sanadas. Da mesma forma a C3 recebe 
informações sobre os contratos portados na CTC (Central de 
Transferência de Crédito) e os inabilita para negociação na Câmara. 
Por ser uma Câmara de Ativos com significativa contribuição para a 
segurança, integridade e transparência do sistema financeiro 
nacional, o Banco Central do Brasil define a C3 como Câmara 
sistemicamente importante. 
79. Operações com derivativos 
Derivativos são instrumentos financeiros que têm seus preços 
derivados (daí o nome) do preço de mercado de um bem ou de 
outro instrumento financeiro. Por exemplo, o mercado futuro de 
petróleo é uma modalidade de derivativo cujo preço é referenciado 
dos negócios realizados no mercado a vista de petróleo, seu 
instrumento de referência. No caso de um contrato futuro de dólar, 
ele deriva do dólar a vista; o futuro de café, do café a vista, e assim 
por diante. 
Uma operação com derivativos pode ter diferentes objetivos, mas os 
quatro principais são: proteção, alavancagem, especulação e 
arbitragem. 
Entenda cada um deles: 
 Hedge: é como seu fosse um seguro de preço. Objetiva proteger o 
participante do mercado físico de um bem ou ativo contra 
variações adversas de taxas, moedas ou preços. 
 Alavancagem: os derivativos têm grande poder de alavancagem, 
já que a negociação com esses instrumentos exige menos capital 
do que a compra do ativo a vista. Assim, ao adicionar posições de 
derivativos a seus investimentos, você pode aumentar a 
rentabilidade total deles a um custo menor 
 Especulação: o mesmo que tomar uma posição no mercado 
futuro ou de opções sem uma posição correspondente no 
mercado a vista. Nesse caso, o objetivo é operar a tendência de 
preços do mercado. 
 Arbitragem: significa tirar proveito da diferença de preços de um 
mesmo produto negociado em mercados diferentes. O objetivo é 
aproveitar as discrepâncias no processo de formação de preços 
dos diversos ativos e mercadorias e entre vencimentos. 
 
Tipos de derivativos 
Derivativos agropecuário Derivativos Financeiros 
Açúcar cristal Ouro 
Boi Gordo Índices 
Café Arábica Taxas de Câmbio 
Etanol Taxas de Juro 
Milho Títulos da Dívida Externa 
Soja 
Derivativos agropecuário 
80. Mercado a termo 
Uma operação no mercado a termo é a compra ou a venda de uma 
determinada quantidade de ativos-objeto, a um preço fixado, para 
liquidação em prazo determinado, a contar da data da operação, 
resultando em um contrato entre as partes, as quais liquidarão a 
transação na data de entrega acordada pelo preçopreviamente 
combinado. 
Mercado a Termo de Derivativos Sobre Commodities 
Os contratos a termo sobre commodities não são negociados em 
bolsa, pois são acordos particulares entre duas instituições 
financeiras, entre uma instituição financeira e seus clientes ou 
diretamente entre produtor e comprador de uma commodity. 
A maioria dos contratos a termo resulta na entrega do ativo físico ou 
na liquidação financeira final. 
É possível registrar contratos a termo na BM&F, entrando a Bolsa ou 
não como contraparte. Quando a BM&F assume o papel de 
contraparte, o contrato a termo adquire características semelhantes 
às do contrato futuro (que veremos em seguida), mas continua 
mantendo a essência do contrato a termo: um contrato particular 
livremente negociado entre as partes, com compromisso de entrega 
do ativo-objeto em data pré-estabelecida. 
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37 
Mercado a Termo da Bovespa 
Os contratos a termo na Bovespa são padronizados, ao contrário dos 
contratos a termo sobre mercadorias (registrados ou não na BM&F). 
Por esta padronização, os prazos dos contratos a termo na Bovespa 
são pré-estabelecidos. 
O prazo do contrato a termo é livremente escolhido pelos 
investidores, podendo ter o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 
999 dias corridos. 
Todas as ações negociáveis na Bolsa podem ser objeto de um 
contrato a termo 
A realização de um negócio a termo na Bovespa é semelhante à de 
um negócio à vista, necessitando a intermediação de uma sociedade 
corretora, que executará a operação, em pregão, por um de seus 
representantes. 
O preço a termo de uma ação resulta da adição, ao valor cotado no 
mercado à vista, de uma parcela correspondente aos juros - que são 
fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato. 
Toda transação a termo requer um depósito de garantia na 
sociedade corretora, e desta na bolsa. 
Qualquer corretora pode pedir a seus clientes garantias adicionais 
àquelas exigidas pela bolsa. Essas garantias são prestadas em duas 
formas: cobertura ou margem. 
Nos contratos a termo, as garantias são exigidas das duas partes, 
comprador e vendedor, pois ambas assumem obrigações no 
contrato a termo. 
Cobertura - um vendedor a termo que possua os títulos-objeto pode 
depositá-los junto à Bolsa, como garantia de sua obrigação. Esse 
depósito, denominado cobertura, dispensa o vendedor de prestar 
outras garantias adicionais. 
Margem - depósito na Bolsa em dinheiro ou em títulos aceitos pela 
bolsa como garantia. A Bolsa estabelece o valor da margem inicial 
requerida, tendo como referência a diferença entre o preço à vista e 
o preço a termo do papel. 
Margem Adicional - sempre que ocorrer redução no valor de 
garantia do contrato, em função da oscilação na cotação dos títulos 
depositados como margem e/ou dos títulos-objeto da negociação, 
será necessário o reforço da garantia inicial, que poderá ser 
efetuado mediante o depósito de dinheiro ou demais ativos 
autorizados pela bolsa. 
É importante não confundir margem adicional com ajuste diário de 
posição. No contrato a termo, diferentemente do contrato futuro 
que veremos a seguir, não há ajuste diário de posição, pois o valor 
do contrato é pré-estabelecido e fixado. A margem adicional no 
contrato a termo de ações torna-se necessária quando o valor das 
garantias é insuficiente para a cobertura mínima exigida pela 
Bovespa. 
Remuneração das Margens - todas as margens de garantia 
depositadas em dinheiro junto à CBLC (instituição que presta serviço 
de liquidação e custódia à Bovespa) são remuneradas diariamente, 
conforme taxas divulgadas pela CBLC e publica das no Boletim Diário 
de Informações - BDI da Bovespa. O cálculo da remuneração tem 
início no dia em que ocorre o depósito e cessa no dia em que a 
garantia é liberada ou o seu resgate é solicitado. A CBLC informa, 
diariamente, ao Agente de Compensação, os valores das Garantias 
depositadas e a remuneração diária aplicável. 
As garantias prestadas em moeda corrente nacional são passíveis de 
aplicações financeiras por decisão exclusiva da CBLC. Em observação 
à legislação aplicável, a devolução da garantia é passível de 
descontos relativos à tributação aplicável, salvo se houver regime 
tributário diferenciado aplicável ao prestador das garantias. 
A liquidação de uma operação a termo, no vencimento do contrato 
ou antecipadamente, se assim o comprador o desejar, implica a 
entrega dos títulos pelo vendedor e o pagamento do preço 
estipulado no contrato pelo comprador. Ressalvemos que é muito 
rara a liquidação antecipada de um contrato a termo, mesmo os 
padronizados da Bovespa. 
81. Mercado futuro 
O mercado futuro é o segmento do mercado de derivativos 
organizado na BM&F e na Bovespa, no qual as partes intervenientes 
numa operação assumem compromissos de compra e/ou venda 
para liquidação (física ou financeira) em data futura, tendo como 
característica básica o sistema de gerenciamento de posições, que 
engloba: o ajuste diário do valor dos contratos (o qual se constitui 
em ganho ou prejuízo diário para as respectivas posições) e as 
margens de garantia. 
As margens de garantia são uma espécie de caução que o investidor 
tem que depositar para entrar no mercado. Ela deve ser suficiente 
para cobrir o valor de certo número de ajustes diários, ou seja, a 
volatilidade de preço no pregão da bolsa do ativo específico. 
Diferentemente do mercado a termo, no mercado futuro cada uma 
das partes envolvidas em um contrato se relaciona com a 
Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CLBC) no caso do 
mercado futuro de ações, ou com a Clearing de Derivativos da BM&F 
nos derivativos negociados na BM&F - e não diretamente com a 
outra parte do contrato. Ou seja, nas negociações com contratos 
futuros, a contraparte do comprador e do vendedor da posição é a 
própria Bolsa. 
Tal fato permite que ambos tenham o direito de liquidar 
financeiramente sua posição a qualquer momento, entre o registro 
e o vencimento do contrato. 
Esta liquidação financeira se dá por meio da recompra ou revenda 
dos contratos a qualquer momento no mercado, com a simples 
reversão de sua posição. 
A Reversão de Posição consiste em se fazer uma operação inversa à 
anteriormente realizada, ou seja, se quem está comprado vende ou 
se quem está vendido compra, envolvendo a mesma quantidade de 
ativos-objeto com as mesmas características e prazos, a posição está 
encerrada (revertida). 
Em resumo, o mercado futuro representa um aperfeiçoamento do 
mercado a termo: no mercado futuro existe ajuste diário de 
posições, e permite a ambos os participantes de uma transação 
reverter sua posição antes da data do vencimento. 
Vamos entender melhor o que significa o ajuste diário de posições. 
As partes no mercado futuro podem assumir duas posições: 
compradora ou vendedora, conforme estejam manifestando o 
interesse em comprar ou vender determinada commodity ou título. 
Enquanto o contrato futuro não é liquidado, as partes estão 
assumindo o que se chama de posições em aberto. No jargão do 
mercado, as posições compradas e vendidas são também 
conhecidas respectivamente como long e short. 
Para cada lote de contratos futuros - lote este definido pelo ativo-
objeto e período de vencimento, entre outras variáveis - a Bolsa 
define o chamado preço de ajuste, apurado por modelos 
matemáticos e econométricos que verificam a volatilidade do ativo-
objeto e dos derivativos a ele relacionados. As posições 
compradoras e vendedoras em aberto são então diariamente 
ajustadas, com base no preço de ajuste apurado pela Bolsa. 
O ajuste diário de posições em aberto acarreta uma movimentação 
simultânea a crédito (quando a variação for positiva) e a débito 
(quando a variação for negativa) nas contas de ajuste de margem 
das partes envolvidas emum contrato futuro. 
O ajuste das posições compradoras e vendedoras é feito 
diariamente, desde o dia do registro do negócio até o dia de seu 
encerramento. No dia da negociação, o ajuste da posição em aberto 
é determinado confrontando-se o preço da operação com o preço 
de ajuste para a data, definido pela Bolsa. Os ajustes deverão ser 
liquidados financeiramente no dia útil subsequente ao dia do ajuste. 
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38 
Para entendermos melhor a sistemática de ajuste de posição, vamos 
ver o exemplo que é dado pelo próprio site da Bovespa: 
"O investidor comprou, hoje, DØ, no Mercado Futuro de Ações, 
1.000 ações PETR4 por R$ 56,00 por ação, com vencimento para o 
próximo mês. O preço de ajuste do dia, calculado após o 
fechamento do pregão, foi de R$ 55,92. Neste caso, tem-se: 
Preço da compra R$ 56,00 Preço de ajuste do dia R$ 55,92 Ajuste: 
(preço do ajuste do dia - preço do negócio) x quantidade de ações = 
R$ 80,00 = ((55,92 - 56,00) x 1.000) 
Ou seja, o comprador a futuro, no dia seguinte, em D+1, será 
debitado em R$ 80,00 na sua conta, uma vez que comprou por um 
preço superior ao preço de referência do dia. Já o vendedor terá um 
crédito de R$ 80,00 em sua conta, correspondente ao ganho que 
auferiu com sua operação. 
Se, após o encerramento das negociações do dia seguinte, D+ 1, o 
preço de ajuste for de R$ 56,30 e os investidores mantiverem as 
mesmas posições do dia anterior, então, a situação será a seguinte: 
Preço de ajuste do dia R$ 56,30 
Preço de ajuste do dia anterior R$ 55,92 Ajuste: 
(preço do ajuste do dia - preço do dia anterior) x quantidade de 
ações = R$ 380,00 = ((56,30 - 55,92) x 1.000) 
Neste caso, o comprador será creditado em R$ 380,00, porque sua 
posição está valorizada em relação ao dia anterior, e o vendedor 
será debitado em R$ 380,00, pelo motivo inverso.” (fonte: site da 
Bovespa) 
Os dias de vencimento dos contratos futuros de ações da Bovespa 
são os mesmos de vencimento do mercado de opções (ver próximo 
item), permitindo ao investidor a montagem de estratégias entre 
estes dois mercados e o mercado à vista, ampliando e flexibilizando 
suas alternativas. 
No Mercado Futuro há margem de garantia. 
As garantias aceitas são as seguintes: 
 Moeda nacional; 
 Títulos públicos federais nacionais; 
 Títulos privados nacionais; 
 Ouro ativo financeiro; 
 Cotas de ETFs e ações de empresas listadas na BM&FBOVESPA e 
custodiadas na Central Depositária da BM&FBOVESPA; 
 Cotas de fundos de investimento selecionados; 
 Cartas de fiança bancária; 
 Títulos de emissão do Tesouro norte americano; 
 Outros ativos ou instrumentos financeiros. 
Os investidores não residentes no país estão autorizados a constituir 
garantias em moeda estrangeira e títulos de emissão do Tesouro 
norte-americano, sendo estas as únicas formas disponíveis a esses 
investidores. 
Fonte: B&MFBovespa (goo.gl/PCpOj) 
82. Mercado de opções 
O mercado de opções é o segmento do mercado de derivativos em 
que são negociados direitos de compra ou de venda de ativos-
objeto, com preços e prazos de exercício preestabelecidos. Por esses 
direitos, o titular de uma opção paga um prêmio, podendo exercê-
las até a data de vencimento (no caso de opção americana) ou na 
data de vencimento (no caso de opção européia), ou revendê-las no 
mercado. 
Titular, portanto, é aquele que adquire o direito. Ou seja, o titular de 
uma opção de compra terá o direito de comprar o ativo-objeto pelo 
chamado preço de exercício, que é o preço do ativo-objeto definido 
na opção. Aquele que vende o direito - no linguajar do mercado, 
lança a opção - é chamado de lançador, e a venda do direito é 
chamada de lançamento da opção. 
É importante ter muito clara a diferença entre a aquisição da opção 
e o exercício da opção. Na aquisição do direito, o titular passa a ter a 
possibilidade de exercer o direito - direito de comprar ou de vender 
o ativo-objeto: direito de comprar se for uma opção de compra, 
direito de vender se for uma opção de venda. Para adquirir este 
direito - na linguagem do mercado, para assumir uma posição titular 
numa opção - o titular paga um prêmio ao lançador. O prêmio, 
portanto, é o “valor do direito". 
O que existe de surpreendente para muitos no mercado de opções é 
que sempre o titular paga o prêmio ao lançador, mesmo no caso de 
uma opção de venda, na qual o titular terá o direito de vender o 
ativo-objeto. Não é do senso comum que alguém pague para ter 
direito de vender, mas é exatamente isso que ocorre numa opção de 
venda. 
Por outro lado, o lançador é aquele que embolsa o prêmio (“valor da 
opção”), e por conseqüência terá sempre a obrigação de atender ao 
direito do titular, caso o titular exerça o seu direito. Ou seja, em uma 
opção de compra o lançador terá obrigação de vender (para garantir 
o direito de comprar do titular), e numa opção de venda o lançador 
terá a obrigação de comprar (para garantir o direito de vender do 
titular). 
Vamos ver com mais detalhes como são as opções de compra e de 
venda. 
Opção de compra (conhecida no jargão do mercado como “call” - 
uma opção de compra confere ao seu titular o direito de comprar o 
ativo-objeto, ao preço de exercício, obedecidas as condições 
estabelecidas pela bolsa. O lançador de uma opção de compra é 
uma pessoa que, por intermédio de seu corretor, lança uma opção 
de compra no pregão, assumindo assim, perante a Bolsa, a 
obrigação de vender o ativo-objeto a que se refere a opção, após o 
recebimento de uma comunicação de que sua posição foi exercida. 
Opção de venda (conhecida no jargão do mercado como “put”) - 
uma opção de venda dá ao seu titular o direito de vender o ativo-
objeto, ao preço de exercício, obedecidas as condições 
estabelecidas pela Bolsa. O lançador que, por intermédio de seu 
corretor, lança uma opção de venda no pregão, assume perante a 
Bolsa a obrigação de comprar o ativo-objeto, caso sua posição seja 
designada para o atendimento de uma operação de exercício. Nesse 
caso ele pagará o preço de exercício, recebendo as ações-objeto. 
Cabe ressaltar que as opções de venda (puts) possuem reduzida 
liquidez no mercado brasileiro. 
Resumindo, temos o seguinte quadro: 
 
 Titular Lançador 
Opção de Compra 
Direito de 
comprar 
Obrigação de 
vender 
Opção de Venda Direito de vender 
Obrigação de 
comprar 
 
Principais Termos 
Opções Européias x Opções Americanas 
Uma opção européia pode ser exercida apenas na data de seu 
vencimento. É um contrato que permite ao seu detentor optar por 
exercê-lo, ou não, apenas numa determinada data, a data de 
exercício. Uma opção americana pode ser exercida em qualquer dia 
até o vencimento, o que dá aos seus detentores mais direitos, ou 
maiores possibilidades de escolha, e por isso mesmo tem um prêmio 
maior do que uma opção européia. 
Prêmio - Preço da opção 
Em função dos direitos adquiridos e das obrigações assumidas no 
lançamento, o titular (comprador) paga e o lançador recebe uma 
quantia denominada prêmio. O prêmio, ou preço da opção, é 
negociado entre comprador e lançador, através de seus 
representantes no pregão da Bolsa. Ele reflete fatores como a oferta 
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39 
e a demanda, o prazo de vigência da opção, a volatilidade de preço e 
outras características do ativo-objeto. 
O prêmio é pago pelo titular e recebido pelo lançador da opção, seja 
ela de compra ou de venda. No mercado de opções da Bovespa, o 
prêmio é pago em D+1. 
Preço de exercício 
É o preço pelo qual será exercida a opção. Os preços de exercício 
das opções são determinados pela Bolsa, segundo critérios por ela 
estabelecidos. 
Exercício da opção 
É a operação pela qual o titular de uma opção de compra exerce seu 
direito decomprar o ativo-objeto ao preço de exercício. Da mesma 
forma, o titular de uma opção de venda exerce o seu direito de 
vender o ativo-objeto, ao preço de exercício. 
Reversão de posição 
Quando se faz uma operação inversa à anteriormente realizada, ou 
seja, se quem está comprado vende ou se quem está vendido 
compra, envolvendo a mesma quantidade de ativos-objeto com as 
mesmas características e prazos, a posição está encerrada 
(revertida). A reversão de posição é possível tanto no mercado 
futuro (como já vimos anteriormente) como no mercado de opções. 
Vamos tornar mais clara esta possibilidade com um exemplo. 
Suponhamos que um investidor comprou, em janeiro, opções de 
venda sobre 100 mil ações da Empresa A com vencimento em abril, 
ao preço de exercício de R$ 50,00, pagando de prêmio R$ 2,50 por 
ação (R$ 250.000,00 no total). Dois meses depois, como o preço da 
ação objeto no mercado à vista caiu, a opção teve seu prêmio 
elevado para R$ 3,00. O titular pode realizar o lucro vendendo 
opções da mesma série, encerrando sua posição e ganhando o 
diferencial dos prêmios menos os custos de transação (R$ 
50.000,00). 
Portanto, para liquidar opções antes do vencimento o investidor 
deverá assumir no mercado a posição oposta à qual ele 
anteriormente era titular. Se estava comprado, terá de vender, e se 
estava vendido, terá de comprar. Na reversão de posição no 
mercado de opções, os contratos comprados e vendidos devem ser 
idênticos: mesmo ativo-objeto, mesmo vencimento e mesmo preço 
de exercício; só o que varia é o prêmio da opção. 
83. Mercado de swaps 
A prática dessas operações foi autorizada pela Resolução nº 2.042, 
de 13.01.1994, do Conselho Monetário Nacional, que as definiu 
como “as operações consistentes na troca dos resultados financeiros 
decorrentes da aplicação de taxas ou índices sobre ativos ou 
passivos utilizados como referenciais". 
O swap é uma estratégia financeira caracterizada pela possibilidade 
de troca das taxas de juros ou índices contratados, incidentes num 
determinado período, ou seja, duas partes trocam fluxos de 
pagamentos futuros. 
Possibilita, por exemplo, alterar uma taxa de juros flutuante para 
uma fixa ou vice-versa. 
Essa troca permite alterar as características dos pagamentos das 
taxas de juros devidas ou a receber, isto é, ela permite o pagamento 
de uma taxa fixa de juros em lugar de uma taxa flutuante, ou vice-
versa, permitindo uma proteção (hedge) contra os riscos de uma 
variação acentuada das taxas. 
Uma das principais características dessas operações é a de que as 
partes envolvidas no negócio só tomam conhecimento do resultado 
do swap por ocasião da liquidação do contrato. Vale dizer que 
apenas no momento da entrega do contravalor correspondente à 
obrigação assumida é que as partes saberão se auferiram ganho ou 
perda na operação. 
Verifica-se assim que, em face da imprevisibilidade, o ganho ou 
perda na operação de swap é de natureza aleatória, dependendo de 
eventos futuros e incertos. 
Nesse sentido, é importante salientar que a finalidade precípua das 
operações de swap é garantir proteção contra eventuais flutuações 
de taxas, e não a de proporcionar ganho efetivo às partes 
contratantes. 
O swap é considerado no mercado a operação de hedge perfeito, 
pois o objetivo é fundamentalmente proteger-se contra variações 
indesejadas. 
Exemplos de estratégia com swap: 
 aplicação em CDB a taxa prefixada com swap em CDI ou US$; 
 empréstimo de capital de giro pré com swap em CDI ou US$; 
 aplicação em CDB indexado à TR e swap com taxa prefixada; 
captação no mercado interbancário à taxa CDI e swap com US$. 
Uma operação de swap que tem sido bastante comentada é a do 
chamado “swap cambial reverso", no qual o Banco Central vende 
contratos desta operação às instituições financeiras participantes do 
mercado de câmbio. 
No leilão de contratos de “swap cambial reverso", as instituições 
financeiras que compram esses contratos recebem uma taxa de 
juros. 
O Banco Central, que vende os papéis, ganha a variação cambial do 
período de validade dos contratos. 
Esses títulos são chamados de “reversos” porque o mais comum é o 
Banco Central receber uma taxa de juros e pagar a variação do 
câmbio. 
As operações de swap apresentam vantagens significativas como um 
mecanismo de proteção contra as flutuações nas taxas de juros. 
A principal vantagem é que a proteção pode ser feita sob medida, 
incluindo todo o valor da dívida numa única operação. 
Já no mercado futuro as empresas são obrigadas a comprar os 
contratos padronizados do mercado, que têm valores e prazos 
diversos dos seus empréstimos, além de terem que realizar a 
cobertura das margens diárias. 
O swap permite que se faça um hedge ajustado ao prazo e ao valor 
da operação, embora com custos mais elevados. Possibilita ainda 
hedges por prazos muito mais longos do que os possíveis nos 
mercados futuros e de opções, e é mais flexível na escolha dos 
índices das taxas de juros. 
Com o swap, essa preocupação fica por conta dos bancos, que 
negociam os riscos dos contratos. 
Nas operações de swap é o banco intermediador que paga a 
diferença entre as taxas fixas e as flutuantes ao contratante e se 
protege desse risco no mercado futuro de juros. 
Assim, os riscos da operação se assemelham aos de uma concessão 
de crédito às empresas, tornando-o seletivo na escolha dos clientes. 
Numa operação de swap de taxas de juros, haverá sempre além do 
banco intermediário duas empresas envolvidas: uma que tem 
dívidas em taxas flutuantes e quer trocá-Ias por taxas fixas e uma 
segunda empresa disposta a fazer a operação inversa. A troca das 
taxas irá alterar só o cálculo dos juros e a forma de serem pagos - 
não há reflexos sobre o pagamento do valor do empréstimo ou 
compromisso inicial. 
O Mercado de Balcão de Swaps 
O volume de contratos de balcão de swap de taxa de juros é muito 
maior do que o de contratos de swap padronizados da BM&F. 
Utilizam-se mais as operações derivativas de balcão porque assim 
pode-se elaborar contratos de acordo com as características dos 
riscos ou objetivos do cliente, que muitas vezes não encontra nos 
contratos padronizados negociados nos pregões das bolsas o que 
deseja. 
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40 
Invariavelmente os bancos representam a contraparte para seus 
clientes, mas também realizam operações de troca de posições com 
outros clientes. Ao atuar por conta própria, os bancos utilizam-se 
das transações financeiras derivativas para: 
 aumentar o retorno dos seus ativos; 
 fazer arbitragem entre mercados ineficientes; e 
 proteger o patrimônio contra os riscos de flutuações nas taxas de 
juros, de câmbio, índices de ações e cotações das demais 
commodities. 
84. Resumo e Revisão 
Comparação Entre Contrato a Termo Contrato Futuro 
Tratam-se ambos de um acordo para comprar ou vender um ativo 
em certa data, por determinado preço. O contrato a termo é 
semelhante ao mercado futuro, em que as partes assumem 
compromisso de compra e/ou venda para liquidação em data futura. 
No mercado a termo, porém, não há ajuste diário nem 
intercambialidade de posições, ficando os intervenientes vinculados 
um ao outro até a liquidação do contrato. 
Nos contratos a termo, uma única data de entrega é especificada, e 
nos contratos futuros há um período de entrega que pode incluir 
vários dias. 
Resumindo, temos então o seguinte esquema: 
 a termo futuro 
negociação 
direta entre as 
partes 
Bolsa 
vencimento livre e específico 
diversos e 
determinados 
contrato 
não-padronizado 
(commodities) 
padronizado 
objetivo 
entrega das 
mercadorias 
proteção/ 
especulação 
liquidação 
no vencimento 
(antes, se na bolsa) 
a qualquer 
momento 
risco de créditodas partes Bolsa 
caracterização flexibilidade liquidez 
ajuste diário não há há 
margem 
não há 
(se na Bolsa, há) 
há 
 
Hedger e Especulador 
Vamos agora entender o papel e os interesses do hedger e do 
especulador no mercado futuro. A lógica que vamos apresentar 
também se aplica à atuação destes personagens no segmento de 
opções. 
O hedger busca através das operações de compra e venda a futuro 
eliminar o risco de perdas decorrentes das variações de preços das 
commodities. Podemos ter duas posições de hedge no contrato 
futuro: hedger de venda (por exemplo, um produtor de 
commodities agrícolas) ou hedger de compra (por exemplo, um 
industrial que fabrica produtos a partir de commodities). 
O hedger de venda abre mão de realizar a venda por preços 
melhores em troca de não correr o risco de ter que, no futuro, 
vender por preços mais baixos. 
Já o hedger de compra abre mão da possibilidade de comprar por 
menos para deixar de correr o risco de uma alta abrupta nos preços 
da commodity de seu interesse. Ou seja, o hedger de venda procura 
defender-se da queda dos preços da commmodity a ser vendida no 
futuro, e o hedger de compra procura defender-se da alta de preços 
das commodities que tem interesse em comprar no futuro. 
Já o especulador pode ser uma pessoa física ou instituição que busca 
ganhos financeiros com a volatilidade dos mercados futuros. 
Os hedgers tomam uma posição a futuro e a mantêm praticamente 
inalterada, ajustando-a ou transferindo-a para outra data ao 
aproximar-se o vencimento. 
Já os especuladores não têm interesse comercial pela commodity: 
sua intenção é lucrar com a diferença dos preços de compra e 
venda. 
Um hedger de venda pode não encontrar um hedger de compra 
compatível, seja em relação à data de liquidação, à quantidade ou 
outros fatores. Entra aí o especulador, que se torna a contraparte, 
assumindo para si o risco de variação de preços, que pode ser-lhe 
benéfica ou não. 
Os hedgers buscam travar o preço da commodity que negociam, 
enquanto os especuladores aproveitam-se das variações nos preços 
para lucrar entre as diferenças dos preços de compra e venda. O 
especulador vende o que não tem e compra o que não quer adquirir 
com o propósito de lucrar. Enquanto o hedger dá lastro aos 
contratos, ofertando ou demandando commodities ou títulos e 
buscando segurança, o especulador confere-Ihes liquidez. 
Levantamento efetuado pela BM&F no mercado mundial de 
derivativos aponta que, hoje em dia, os derivativos financeiros são 
os mais negociados, tanto em quantidade de contratos quanto em 
volume financeiro de operações. No mercado de derivativos 
brasileiro, entre os derivativos financeiros merece estudo destacado 
o contrato futuro de juros na BM&F. 
85. Regras prudenciais: 
As regras prudenciais de um país com relação ao seu sistema 
financeiro visam: 
 a manutenção da estabilidade e de confiança no sistema 
financeiro nacional, ou seja, a solvabilidade e solidez financeira 
das instituições, e, 
 a proteção dos utilizadores (depositantes, investidores e 
aplicadores de recursos) contra perdas/prejuízos resultantes de 
uma má gestão, fraudes e falências dos fornecedores de serviços 
financeiros. 
Podemos dividir-se essas regras em dois grandes grupos: 
 os que influenciam as condições de acesso ao mercado, com o 
intuito de evitar que nele atuem entidades ou pessoas de 
reputação duvidosa ou que não disponham de solidez financeira e 
patrimonial adequada às operações que se propõem executar e; 
 os que visam, em última análise, o controle dos riscos subjacentes 
às atividades financeiras envolvidas. 
Como em qualquer segmento da economia, os negócios realizados 
na atividade bancária também estão sujeitos aos mais diversos 
riscos. 
Não se pode confundir risco com incerteza. As diferenças são: 
 risco - existe quando o tomador da decisão pode embasar-se em 
probabilidade para estimar diferentes resultados, de modo que 
sua expectativa se fundamente em dados históricos, 
possibilitando a tomada da decisão a partir de estimativas 
consideradas aceitáveis. 
 incerteza - ocorre quando o tomador não dispõe de dados 
históricos acerca de um fato, o que poderá exigir que a decisão se 
faça de forma subjetiva, isto é, apenas por meio de sua 
sensibilidade pessoal. 
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41 
86. Risco de crédito 
O Banco Central do Brasil defino risco de crédito como a 
possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não 
cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas 
obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de 
contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de 
risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às 
vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação. 
A definição de risco de crédito compreende, entre outros: 
 o risco de crédito da contraparte, entendido como a possibilidade 
de não cumprimento, por determinada contraparte, de 
obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a 
negociação de ativos financeiros, incluindo aquelas relativas à 
liquidação de instrumentos financeiros derivativos; 
 o risco país, entendido como a possibilidade de perdas associadas 
ao não cumprimento de obrigações financeiras nos termos 
pactuados por tomador ou contraparte localizada fora do País, em 
decorrência de ações realizadas pelo governo do país onde 
localizado o tomador ou contraparte, e o risco de transferência, 
entendido como a possibilidade de ocorrência de entraves na 
conversão cambial dos valores recebidos; 
 a possibilidade de ocorrência de desembolsos para honrar avais, 
fianças, coobrigações, compromissos de crédito ou outras 
operações de natureza semelhante; 
 a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de 
obrigações financeiras nos termos pactuados por parte 
intermediadora ou convenente de operações de crédito. 
87. Risco cambial 
Pode-se entender por risco cambial a possibilidade das taxas de 
câmbio entre moedas dos países exportadores e importadores se 
moverem adversamente entre a data da cotação e a data da 
liquidação de um negócio. Ou a possibilidade de uma perda ou de 
um ganho resultante de uma variação nas taxas de câmbio entre 
moedas. 
As empresas que trabalham com divisas estrangeiras, deverão 
preocupar-se com a gestão eficiente do risco cambial. 
Essas empresas esperam do Governo - por meio da Política Cambial 
– esclarecimentos dos riscos que correm nesse mercado. 
A partir do momento em que a empresa está ciente, ela assume os 
riscos e sabe que estará vulnerável a fatores externos, os quais 
fogem ao controle da gestão interna da mesma. 
Também cabe à empresa um minucioso planejamento para alcançar 
a minimização dos custos, bem como a maximização dos ganhos, 
determinando qual margem do fluxo de caixa estará vinculado à 
taxa cambial. 
Algumas medidas podem afetar diretamente as empresas que 
operam com o risco cambial, são elas: 
Decréscimo nas taxas de câmbio 
O decréscimo nas taxas de câmbio torna a moeda nacional mais 
barata face às restantes. 
A desvalorização da moeda tem um efeito benéfico sobre as 
exportações, que se tornam mais competitivas. Consequentemente, 
tem um efeito nefasto sobre as importações. 
Funciona como instrumento corretor de desequilíbrios da balança 
de pagamentos. Se um Estado não produz um determinado bem 
essencial, a sua importação não diminui face às alterações das taxas 
de câmbio. 
É preciso ter em conta que, em longo prazo, em Estados com 
elevada dependência das importações, a descida das taxas de 
câmbio é geradora de inflação. 
Subida das taxas de câmbio 
A subida das taxas de câmbio tem o efeito contrário. 
As exportações perdem competitividade no mercado concorrencial, 
tornando as importaçõesmais baratas. 
Consequentemente, as empresas nacionais reduzem o seu volume 
de vendas, o que gera menos receitas fiscais e desemprego. 
Minimizando os efeitos do risco cambial nas empresas 
Os caminhos para se evitar ou minimizar os riscos cambiais nos 
negócios empresariais passa por uma Gestão de responsabilidade, 
eficiência e eficácia. 
Mesmo o melhor administrador, não conseguirá conhecer tudo o 
que se passa na empresa em detalhes, mas o seu trabalho é 
assegurar que os sistemas de controles adequados dos riscos sejam 
implementados. 
Algumas formas de minimizar o risco cambial: 
 Evitá-lo: a melhor forma de evitar o risco cambial é obter 
financiamento na moeda local; 
 Estabelecer políticas sobre a exposição e a gestão cambial: 
determinar políticas e medidas específicas antes de aceitar a 
exposição cambial; 
 Explorar instrumentos de cobertura cambial: é crescente o 
número de instituições que trabalham com este produto, 
disponíveis em algumas divisas, porém, com alto custo. 
88. Risco de mercado 
Está relacionado à flutuação dos preços de ativos ou passivos das 
instituições. 
Em outras palavras, podemos definir risco de mercado como a 
variação (volatilidade) dos preços. Os principais elementos deste 
risco relacionado ao mercado financeiro são: 
 taxas de juro; 
 taxas de câmbio; 
 preço das ações; 
 preços das commodities. 
Uma variação muito grande ou inesperada de um desses elementos 
pode levar a instituição a grandes perdas, ou até mesmo, à falência. 
É fundamental o gerenciamento desses riscos com a finalidade de 
evitar grandes perdas. 
Importante: o risco de mercado depende do comportamento dos 
preços. 
89. Risco de liquidez 
O Banco Central do Brasil define o risco de liquidez como: 
 a possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar 
eficientemente suas obrigações esperadas e inesperadas, 
correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de 
garantias, sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em 
perdas significativas; e 
 a possibilidade de a instituição não conseguir negociar a preço de 
mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em 
relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de 
alguma descontinuidade no mercado. 
90. Conceito de patrimônio de referência 
O Patrimônio de Referência (PR) é uma informação importante para 
as instituições financeiras. 
O seu cálculo é determinado por uma metodologia do Conselho 
Monetário Nacional (Resolução 3444/2007). 
Esta resolução determina que ao valor do patrimônio líquido de 
cada instituição financeira sejam somados alguns itens (provisão, 
dívidas subordinadas, instrumentos híbridos de capital de dívidas) e 
subtraídos outros (reservas, créditos tributários, ativos diferidos, 
entre outros), que resultarão no valor do PR. 
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42 
A implementação das regras de Basileia II no Brasil, especialmente 
com relação à exigência de capital, trouxe diversas modificações na 
forma de mensurar o capital para suportar os riscos inerentes às 
atividades bancárias. 
O cronograma de implementação de Basileia II no Brasil foi 
oficializado pelo Bacen por meio do Comunicado 12.746, de 
09.12.2004, e posteriormente ajustado pelo Comunicado 6.137, de 
27.09.2007. 
Essa agenda foi construída em fases, prevendo no primeiro 
momento, quanto à exigência de capital, a utilização de abordagem 
padronizada (definida pelo Bacen), e no final, a utilização de 
modelos avançados. Em 29.10.2009, o Bacen, por meio do 
Comunicado 19.028, ajustou os cronogramas divulgados 
anteriormente visando complementar as medidas e procedimentos 
necessários à adequada implementação de Basileia II no Brasil. 
Para disciplinar a transição de Basileia I para Basileia II (abordagem 
padronizada), o Bacen publicou diversas normas sobre 
requerimento de capital (Pilar I), processo de supervisão e 
transparência das informações (Pilares II e III). 
Patrimônio de Referência (PR) 
Em 28.02.07, o CMN aprovou alterações nas regras de definição do 
PR das instituições financeiras por meio da Resolução 3.444, 
revogando a Resolução CMN 2.837, de 30.05.2001. Na mesma data, 
foi editada pelo Bacen a Circular 3.343/2007, que dispõe sobre os 
procedimentos a serem adotados na solicitação de enquadramento 
de instrumentos de captação no Nível I4 e Nível II5 do PR. 
O PR é constituído pelo somatório das parcelas Nível I e Nível II , 
deduzidos os saldos dos ativos representados pelos seguintes 
instrumentos de captação emitidos pela instituição financeira: 
ações, instrumento híbridos de capital e dívida, instrumentos de 
dívida subordinada e demais instrumentos financeiros descritos na 
Resolução CMN 3.444/2007, art. 12 e art. 13, § 3º. 
Segundo a Resolução CMN 3.444/2007, para fins de composição do 
PR, o valor das ações preferenciais emitidas com cláusula de resgate 
com prazo original inferior a dez anos, acrescido do valor dos 
instrumentos de dívida subordinada (DS), fica limitado a 50% do PR 
Nível I (art. 14, inciso III). Já o montante de instrumentos híbridos de 
capital e dívida (IHCD) limita-se ao valor do PR Nível I, deduzido o 
montante de DS existente e sua margem de emissão remanescente 
(art. 14, inciso I). Em dezembro de 2009 a margem disponível de 
IHCD para compor o PR era de R$ 17,0 bilhões, ao passo que para 
emissão de DS era de R$ 3,4 bilhões. 
Patrimônio de Referência Exigido (PRE) 
A Resolução CMN 3.490, de 29.08.2007, instituiu o conceito de 
Patrimônio de Referência Exigido (PRE), em substituição ao conceito 
de Patrimônio Líquido Exigido (PLE), revogando o anexo IV da 
Resolução CMN 2.099/1994, e demais normas sobre o assunto. O 
PRE passou a ser composto das seis parcelas a seguir: 
PRE = PEPR + PCAM + PJUR + PCOM + PACS + POPR 
Onde: 
 PEPR - parcela referente às exposições ponderadas pelo FPR a elas 
atribuído; 
 PCAM - parcela referente ao risco das exposições em ouro, em 
moeda estrangeira e em operações sujeitas à variação cambial; 
 PJUR - parcela referente ao risco das operações sujeitas à 
Variação de taxas de juros e classificadas na carteira de 
negociação, na forma da Resolução nº 3.464, de 27.06.2007, onde 
n = número das diferentes parcelas relativas ao risco das 
operações sujeitas à Variação de taxas de juros e classificadas na 
carteira de negociação; 
 PCOM - parcela referente ao risco das operações sujeitas à 
Variação do preço das mercadorias (commodities); 
 PACS - parcela referente ao risco das operações sujeitas à 
Variação do preço de ações e classificadas na carteira de 
negociação, na forma da Resolução nº 3.464, de 27.06 2007; 
 POPR - parcela referente ao risco operacional. 
91. Regras prudenciais definidas pelo CMN às instituições 
financeiras. 
Segundo o Dicionário Aurélio a palavra “prudencial” tem a ver com 
prudência, que é a qualidade de quem age com moderação, 
comedimento, buscando evitar tudo o que acredita ser fonte de erro 
ou de dano. 
Dessa forma, regras prudenciais podem ser entendidas como um 
conjunto de regras visando a preservar a solvência das instituições 
financeiras. 
Controles Internos 
A Res. 2.554, de 1998, determinou a implantação de controles 
internos voltados: 
 as atividades por elas desenvolvidas, 
 seus sistemas de informações financeiras, operacionais e 
gerenciais e 
 o cumprimento das normas legais e regulamentares a elas 
aplicáveis. 
Desse sistema, fazem parte: 
 Auditoria Interna, 
 Compliance, 
 Comitê de Auditoria, e 
 Gestor do Risco Operacional. 
Devem ser efetivos e consistentes com: 
 a natureza, 
 a complexidade e 
 o risco das operações por ela realizadas. 
Responsabilidade da diretoria: 
 a implantação e a implementação de uma estrutura de controles 
internos efetiva mediante a definiçãode atividades de controle 
para todos os níveis de negócios da instituição; 
 o estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes aos 
mesmos; 
 a verificação sistemática da adoção e do cumprimento dos 
procedimentos definidos em função do acima disposto. 
Devem prever: 
 a definição de responsabilidades dentro da instituição; 
 a segregação das atividades para evitar o conflito de interesses, 
bem minimizar e monitorar as áreas de potencial conflito; 
 meios de identificar e avaliar fatores internos e externos que 
possam afetar adversamente os objetivos da instituição; 
 a existência de canais de comunicação que assegurem aos 
funcionários a informações consideradas relevantes; 
 a contínua avaliação dos diversos riscos associados às atividades 
da instituição; 
 o acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas de 
forma a avaliar: 
 se os objetivos da instituição estão sendo alcançados, 
 se os limites estabelecidos e as leis e regulamentos aplicáveis 
estão sendo cumpridos, 
 quaisquer desvios que possam ser prontamente corrigidos; 
 a existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de 
informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico. 
Devem ser periodicamente revisados e atualizados, de forma a que 
sejam a eles incorporadas medidas relacionadas a riscos novos ou 
anteriormente não abordados. 
Auditoria Interna 
Faz parte do SCI e quando não executada por unidade específica da 
própria instituição ou integrante do mesmo conglomerado, poderá 
ser exercida: 
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 por auditor independente devidamente registrado na CVM, 
 pela auditoria da entidade ou associação de classe ou de órgão 
central a que filiada a instituição; 
 por auditoria de entidade ou associação de classe de outras 
instituições autorizadas a funcionar pelo BCB, mediante convênio, 
previamente aprovado por este, firmado entre a entidade a que 
filiada a instituição e a entidade prestadora do serviço. 
A Auditoria Interna exercida por unidade própria deverá essa estar 
diretamente subordinada ao conselho de administração ou, na falta 
desse, à diretoria da instituição. 
Quando a Auditoria Interna não exercida por unidade própria, o 
responsável deverá reportar-se diretamente ao conselho de 
administração ou, na falta desse, à diretoria da instituição. 
A instituição deve manter à disposição e garantir o acesso irrestrito 
do BCB aos papéis de trabalho, relatórios e quaisquer outros 
documentos elaborados pela auditoria interna da instituição. 
O acompanhamento das atividades do SCI deve ser objeto de 
relatórios, no mínimo semestrais, contendo: 
 as conclusões dos exames efetuados; 
 as recomendações a respeito de eventuais deficiências e o 
cronograma de saneamento; 
 a manifestação dos responsáveis a respeito das deficiências e as 
medidas efetivamente adotadas para saná-las. 
As conclusões, recomendações e manifestação antes mencionadas, 
devem: 
 ser submetidas ao conselho de administração ou, na falta desse, à 
diretoria, bem como à auditoria externa da instituição; 
 permanecer à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo de 
cinco anos. 
Incumbe à diretoria da instituição, além das responsabilidades já 
enumeradas, a promoção de elevados padrões éticos e de 
integridade e de uma cultura organizacional que demonstre e 
enfatize, a todos os funcionários, a importância dos controles 
internos e o papel de cada um no processo. 
O BCB pode: 
 determinar a adoção de controles adicionais se constatada 
inadequação dos controles; 
 imputar limites operacionais mais restritivos à instituição que 
deixe de observar determinação; 
 baixar as normas e adotar as medidas julgadas necessárias, 
incluindo a alteração do cronograma previsto para ser implantado 
até 31.01.1999. 
Compliance 
O termo compliance tem origem no verbo “to comply” em inglês, 
que significa “cumprir, executar, satisfazer, realizar o que lhe foi 
imposto”. 
O compliance tem o dever de cumprir, de estar em conformidade e 
de fazer cumprir regulamentos internos e externos impostos às 
atividades da instituição. 
A missão compliance consiste em: 
 assegurar, em conjunto com as demais áreas, a adequação, o 
fortalecimento e o funcionamento do sistema de controles 
internos da instituição, procurando mitigar os riscos de acordo 
com a complexidade de seus negócios, bem como disseminar a 
cultura de controles para assegurar o cumprimento de leis e 
regulamentos existentes. 
Deve atuar também na orientação e conscientização à prevenção de 
atividades e condutas que possam ocasionar riscos à imagem da 
instituição. 
A função compliance busca assegurar a existência de: 
 políticas e normas; 
 pontos de controle nos processos para mitigar os riscos; 
 relatórios, ou outros meios adequados, contendo informações da 
base de dados do risco operacional materializado, para os 
gestores atuarem com a área de compliance na busca da 
regularização e melhoria dos controles internos procurando 
mitigar o risco; 
 práticas saudáveis para a gestão de riscos operacionais. 
A estrutura da função compliance de um banco depende de diversos 
fatores, incluindo porte e sofisticação, natureza e cobertura 
geográfica de suas atividades. 
Porém, seja qual for a estrutura utilizada pelo banco, dois princípios 
básicos devem ser observados: 
 o papel e as responsabilidades da função compliance devem ser 
definidos de forma clara; 
 a função compliance deve ser independente das atividades de 
negócio do banco. 
O custo de não estar em compliance pode gerar aos empregados, 
aos gestores e à organização: 
 processo administrativo; 
 processo criminal (penal); 
 bloqueio de bens e valores (determinados pela justiça); 
 multa; 
 prisão; 
 danos à reputação e à marca; 
 ações do regulador. 
Comitê de Auditoria 
A Res. 3.198 impôs a criação do Comitê de Auditoria nas instituições 
financeiras, demais instituições autorizadas a funcionar pelo BCB e 
para as câmaras e prestadores de serviços de compensação e de 
liquidação. 
Devem constituir este órgão estatutário os que tenham apresentado 
no encerramento dos dois últimos exercícios sociais: 
 PR igual ou superiora R$ 1 bilhão; ou 
 administração de recursos de terceiros em montante igual ou 
superior a R$ 1 bilhão; ou 
 somatório das captações de depósitos e de administração de 
recursos de terceiros em montante igual ou superior a R$ 5 
bilhões. 
O termo "comitê de auditoria" é de uso restrito de órgão estatutário 
constituído na forma da Res. 3.198, que deve reportar-se 
diretamente ao conselho de administração ou, na sua inexistência, à 
diretoria da instituição. 
São várias as suas atribuições, em geral envolvendo as seguintes 
atividades: 
 estabelecimento de regras e procedimentos 
 recomendações 
 revisões 
 avaliações 
 divulgações 
 reuniões 
 verificações 
 outras determinadas pelo BCB 
Deve elaborar, ao final dos semestres findos em 30.06 e 31.12, o 
relatório do comitê de auditoria contendo, no mínimo, as seguintes 
informações: 
 atividades exercidas no âmbito de suas atribuições, no período; 
 avaliação da efetividade dos sistemas de controle interno da 
instituição, com ênfase no cumprimento do disposto na Res. 2.554 
(controles internos) e com evidenciação das deficiências 
detectadas; 
 descrição das recomendações apresentadas à diretoria, com 
evidenciação daquelas não acatadas e respectivas justificativas; 
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 avaliação da efetividade das auditorias independente e interna, 
inclusive quanto à verificação do cumprimento de dispositivos 
legais e normativos aplicáveis à instituição, além de regulamentose códigos internos, com evidenciação das deficiências detectadas; 
 avaliação da qualidade das demonstrações contábeis relativas aos 
respectivos períodos, com ênfase na aplicação das práticas 
contábeis adotadas no Brasil e no cumprimento de normas 
editadas pelo Banco Central do Brasil, com evidenciação das 
deficiências detectadas. 
Deve manter à disposição do Banco Central do Brasil e do conselho 
de administração da instituição o relatório do comitê de auditoria, 
pelo prazo mínimo de cinco anos, contados de sua elaboração. 
Gerenciamento do Risco Operacional 
A Res. 3.380, de 2006, determinou a implementação de estrutura de 
gerenciamento do risco operacional. 
A estrutura deve ser compatível com a natureza e a complexidade 
dos produtos, serviços, atividades, processos e sistemas da 
instituição. 
O risco operacional e a possibilidade de ocorrência de perdas 
resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos 
internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos, incluindo o 
risco legal associado à inadequação ou deficiência em contratos 
firmados pela instituição, bem como a sanções em razão de 
descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a 
terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição. 
Entre os eventos de risco operacional, incluem-se: 
 fraudes internas; 
 fraudes externas; 
 demandas trabalhistas e segurança deficiente do local de 
trabalho; 
 práticas inadequadas relativas a clientes, produtos e serviços; 
 danos a ativos físicos próprios ou em uso pela instituição; 
 aqueles que acarretem a interrupção das atividades da instituição; 
 falhas em sistemas de tecnologia da informação; 
 falhas na execução, cumprimento de prazos e gerenciamento das 
atividades na instituição. 
A atividade de gerenciamento do risco operacional deve ser 
executada por unidade específica nas instituições que deve ser 
segregada da unidade executora da atividade de auditoria interna, 
devendo ser indicado diretor responsável pelo gerenciamento do 
risco operacional. 
O BCB poderá determinar a adoção de controles adicionais, nos 
casos de inadequação ou insuficiência dos controles do risco 
operacional implementados pelas instituições. 
92. Mercado de Câmbio 
Até março de 2005, o mercado de câmbio compreendia dois 
segmentos: o de taxas livres ou, como era chamado comumente, o 
comercial, e o mercado de câmbio de taxas flutuantes, comumente 
chamado de turismo. 
A partir de 04.03.2005, com a Res. 3.265 do CMN, foram unificados 
os segmentos comercial e taxas livres (turismo) num único mercado 
de câmbio, sendo também extinta a Consolidação das Normas 
Cambiais (CNC), substituída pelo Regulamento do Mercado de 
Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI). 
Por lei, compete ao Banco Central o monopólio sobre toda moeda 
estrangeira transacionada no mercado de câmbio. Na prática, o 
Banco Central autoriza bancos e outras instituições a operar nesse 
mercado e estabelece as regras a serem observadas por todos. 
Chama-se mercado de câmbio o ambiente, abstrato, onde se 
realizam as operações de câmbio, entre os agentes autorizados e 
entre estes e seus clientes. 
No mercado de câmbio, também prevalece a lei da oferta e da 
procura. Portanto, existem agentes no mercado de câmbio que 
ofertam moeda estrangeira e outros agentes que demandam moeda 
estrangeira, quais sejam: 
 os que ofertam divisas - são os que trazem recursos financeiros 
estrangeiros para o Brasil. São os exportadores, turistas 
estrangeiros, devedores de empréstimos e investimentos (no 
ingresso dos recursos internacionais) e os que recebem 
transferências do exterior; 
 os que demandam divisas - são os que remetem recursos 
financeiros para o exterior. São os importadores, aqueles que 
enviam remessas para o exterior em forma de dividendos e lucros, 
os que fazem transferência ao exterior, os devedores de 
investimentos e empréstimos (quando remetem ao exterior o 
principal e os juros). 
Entende-se como “divisas” os recursos financeiros em moeda 
estrangeira, tendo o dólar americano como referência. 
No caso dos turistas estrangeiros, eles ofertam divisas ao trocarem 
seus dólares por reais em uma instituição autorizada a operar com 
câmbio. 
93. Instituições autorizadas a operar 
Podem operar no mercado de câmbio, desde que autorizadas pelo 
Banco Central, as seguintes instituições: 
 bancos comerciais, 
 bancos múltiplos, 
 bancos de investimento, 
 bancos de desenvolvimento, 
 bancos de câmbio, 
 caixas econômicas, 
 sociedades de crédito, financiamento e investimento, 
 corretoras de câmbio, 
 corretoras de títulos e valores mobiliários, 
 distribuidoras de títulos e valores mobiliários e 
 agências de fomento. 
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e as administradoras 
de cartões de crédito também são autorizados pelo Bacen a realizar 
operações de câmbio, respectivamente com vales postais e compras 
internacionais. 
94. Operações básicas 
Câmbio é toda operação em que há troca de moeda nacional por 
moeda estrangeira ou vice-versa. 
Compreende também as operações de troca de uma moeda 
estrangeira por outra moeda estrangeira. 
Entende-se por operações de câmbio a troca de moeda de um país 
pela de outro. 
As denominações compra e venda têm como referência a instituição 
autorizada a operar com câmbio. 
Especificando melhor, em relação ao estabelecimento operador as 
operações de câmbio se classificam em: 
 compra - recebimento de moeda estrangeira e entrega de moeda 
nacional; 
 venda - entrega de moeda estrangeira e recebimento de moeda 
nacional; 
 arbitragem - entrega de moeda estrangeira e compra de outra 
moeda estrangeira. 
Assim, a compra de moeda estrangeira significa o banco ou 
instituição receber moeda estrangeira e entregar reais, enquanto a 
operação de venda significa o banco entregar moeda estrangeira e 
receber reais. 
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No que se refere às trocas de moedas, podemos classificá-las em 
duas formas: 
 câmbio manual - operações que envolvem a compra e venda de 
moedas estrangeiras em espécie (inclusive travellers checks); 
 câmbio sacado - quando na troca existem títulos ou documentos 
representativos da moeda. 
95. Contratos de câmbio – características 
No Brasil, toda operação de câmbio deve ser realizada por meio de 
contrato de câmbio, tendo sempre como uma das partes uma 
instituição autorizada a operar em câmbio pelo Banco Central, que 
comprará ou venderá a moeda estrangeira. 
Como toda regra tem exceção, nas operações de compra ou de 
venda de moeda estrangeira de até US$ 3 mil, ou seu equivalente 
em outras moedas estrangeiras, não é obrigatória a formalização do 
contrato de câmbio, mas o agente do mercado de câmbio deve 
identificar seu cliente e registrar a operação no Sistema Câmbio. 
Qualquer pessoa, física ou jurídica, pode ir então, a uma instituição 
autorizada (banco, caixa econômica, agência de turismo, meio de 
hospedagem, corretora de valores. distribuidora de valores), para 
trocar moeda nacional por moeda estrangeira e vice-versa. 
Deve ser observada, porém, a regulamentação específica, que se 
encontra no Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais 
Internacionais (RMCCI), para a perfeita identificação do que se 
refere a operação de câmbio. 
O contrato de câmbio é um instrumento particular, bilateral, no qual 
um vendedor se compromete a entregar determinada quantidade 
de moedas estrangeiras, sob determinadas condições (taxas, prazos, 
formas de entrega) a um comprador, recebendo em contra partida o 
equivalente em moeda nacional. 
O contrato de câmbio é o instrumento por intermédio do qual se 
efetua a operação de câmbio, tanto o câmbio manual quanto o 
sacado. É o documento queformaliza a operação, ou seja, é o 
comprovante a ser apresentado à fiscalização. 
Nele, constam necessariamente, dentre outras informações, a 
moeda estrangeira que o agente do mercado está comprando ou 
vendendo, a taxa contratada, o valor correspondente em moeda 
nacional, os nomes do comprador e do vendedor (e respectivas 
assinaturas). 
À margem da lei, funciona um segmento denominado mercado 
paralelo, mercado negro, ou câmbio negro. 
Os negócios realizados nesse mercado, bem como a posse de moeda 
estrangeira sem origem justificada, são ilegais e sujeitam o cidadão 
ou a empresa às penas da lei. 
Devemos lembrar ainda que e o dólar paralelo possibilita o 
financiamento e a lavagem de dinheiro oriundo das atividades 
ilegais como narcotráfico e superfaturamentos, tanto nas 
importações como exportações. 
96. Taxas de câmbio 
Taxa de câmbio é o preço de uma moeda estrangeira medido em 
unidades ou frações (centavos) da moeda nacional. 
A moeda estrangeira mais negociada é o dólar dos Estados Unidos, 
fazendo com que a cotação de referência utilizada seja a dessa 
moeda. 
Dessa forma, quando dizemos, por exemplo, que a taxa de câmbio 
brasileira é 1,80, significa que um dólar americano custa R$ 1,80. 
A taxa de câmbio reflete apenas um custo de uma moeda em 
relação a outra, não agregando quaisquer custos operacionais 
incorridos pelos bancos para realização do negócio. 
No seu conceito mais simples, a taxa de câmbio divide-se em taxa de 
venda e taxa de compra. 
Pensando sempre do ponto de vista do banco (ou outro agente 
autorizado a operar pelo BC), a taxa de venda é preço que o banco 
cobra para vender a moeda estrangeira (a um importador, por 
exemplo), enquanto a taxa de compra reflete o preço que o banco 
aceita pagar pela moeda estrangeira que lhe é ofertada (por um 
exportador, por exemplo). 
O intervalo entre a taxa de compra (a menor) e a de venda (a maior) 
representa o ganho do banco com a negociação da moeda, e é 
conhecido como spread cambial. 
A seguir descrevemos as várias taxas de câmbio que circulam pelo 
mercado: 
 taxa do mercado de câmbio - estabelece o parâmetro para as 
operações oficiais de compra e venda de moeda no comércio 
exterior e demais operações do mercado de câmbio; 
 taxa de câmbio interbancária pronta - estabelece o parâmetro 
para as operações de compra e venda de moedas entre bancos no 
interbancário em dólar para entrega em 48 horas; 
 taxa de câmbio de mercado de cabo - estabelece o parâmetro de 
compra e venda de moeda que será utilizada para transferência 
direta para o exterior; 
 taxa PTAX do Bacen - é a taxa média do dólar interbancário, 
apurada pelo Bacen ao final do dia; 
 taxa de câmbio de mercado paralelo - estabelece o parâmetro 
para compra e venda de moeda fora dos padrões oficiais via 
doleiros. Relembramos que o mercado paralelo é ilegal, estando 
seus agentes e usuários sujeitos a prisão em flagrante e processo 
criminal. 
Existe ainda no mercado de câmbio a chamada taxa de paridade, 
que é a relação entre uma moeda estrangeira e o dólar americano 
ou outra moeda estrangeira, isto é, quando nenhuma das moedas é 
o real (R$). 
No mercado de câmbio brasileiro, a taxa de paridade é sempre 
obtida em relação ao dólar americano, que é a moeda de referência 
do mercado cambial. 
Mais informações sobre o Mercado de Câmbio Brasileiro estão 
disponíveis em goo.gl/5ja7P. 
97. Remessas 
A desburocratização e a simplificação das leis e das normas cambiais 
brasileiras que aconteceram nos últimos anos tornaram mais 
simples e barato o envio de dinheiro para o Brasil ou para o exterior. 
Essa facilidade também alcançou os cartões de uso internacional, 
beneficiando diretamente os viajantes que os utilizam em suas 
viagens. 
Hoje não é necessário qualquer tipo de autorização governamental 
para fazer remessas do Brasil para o exterior e nem para receber 
recursos do exterior. Atualmente, as operações de câmbio com 
recebimento ou entrega de moeda estrangeira em espécie tem se 
restringido aos casos de viagens internacionais. 
Os recursos recebidos do exterior destinados a residentes devem ser 
obrigatoriamente convertidos em reais em instituição autorizada a 
operar no mercado de câmbio pelo Banco Central do Brasil. Da 
mesma forma, a moeda estrangeira destinada ao exterior deve ser 
adquirida nessas instituições. As operações de câmbio feitas em 
desacordo com essas condições são consideradas ilegais. 
Remessa de dinheiro do exterior para o Brasil 
A remessa de dinheiro do exterior para o Brasil pode ser feita de 
forma prática e segura de três maneiras diferentes: por ordem de 
pagamento, por cartão internacional ou pelos Correios. 
Independentemente da forma utilizada, sempre estão envolvidos o 
remetente do dinheiro e o beneficiário. O remetente é quem está 
no exterior e faz a remessa do dinheiro. A identificação do 
remetente deve seguir a legislação do país da remessa. O 
beneficiário é quem vai receber o dinheiro no Brasil. 
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Remessa por meio de ordem de pagamento 
As ordens de pagamento podem ser remetidas do exterior em 
moeda estrangeira ou em reais, mas sempre serão pagas aos 
residentes no Brasil em reais. 
Se a ordem de pagamento for em moeda estrangeira, será 
necessária a realização da operação de câmbio no Brasil entre o 
beneficiário e uma instituição autorizada a operar no mercado de 
câmbio. 
A taxa de câmbio é aquela negociada entre o beneficiário e a 
instituição financeira autorizada. Sugerimos leitura do capítulo 
referente ao Valor Efetivo Total (VET). 
Se a ordem de pagamento for em reais, a operação de câmbio que 
se fizer necessária irá ocorrer entre o remetente e a instituição no 
exterior. O beneficiário recebe os reais sem necessidade de 
operação de câmbio no Brasil. Nesse caso, o banco do exterior deve 
manter conta em reais em bancos no país para viabilizar os 
pagamentos e os créditos ao beneficiário no Brasil. 
O remetente deve procurar uma instituição no exterior para 
transferir o dinheiro ao beneficiário no Brasil. É possível fazer a 
remessa de moeda estrangeira do exterior por meio de empresas 
não financeiras especializadas em transferências externas, 
dependendo da legislação de cada país. 
Para evitar contratempos, é recomendável que o beneficiário de 
ordem de pagamento do exterior tome previamente algumas 
providências, tais como: 
 procurar uma instituição financeira no Brasil autorizada a operar 
no mercado de câmbio ou, no caso de transferências até o 
equivalente a US$ 3 mil, correspondente contratado por uma 
instituição financeira, próximo de sua residência, e perguntar o 
nome de instituição no exterior que possua ponto de 
atendimento na cidade de onde será efetuada a remessa; 
 informar para a pessoa que vai remeter o dinheiro do exterior: 
a) dados do beneficiário no Brasil (nome completo, documento 
de identidade, endereço residencial, motivo da remessa, 
banco, agência e o número da conta para o depósito, se 
houver); e 
b) identificação da instituição financeira no Brasil (número, 
agência e o código de identificação do banco utilizado em 
transferências internacionais). 
Por sua vez, o remetente dos recursos do exterior, no momento da 
remessa, deve fornecer à instituição no exterior (banco ou 
transferidora de recursos) os dados do beneficiário (nome completo, 
documento de identidade, endereço residencial, o número do 
banco, da agência e da conta destinatária dos recursos, se houver). 
Se o valor não ultrapassar R$ 10 mil, é possível receber o dinheiro 
em espécie ou em qualquer instrumento de pagamento em uso no 
mercado financeiro. A partir desse valor, somente mediante crédito 
em conta, transferência bancária ou cheque. 
Para receber o valor em reais, é sempre necessário o beneficiárioapresentar documento de identificação. Em geral, o banco somente 
solicitará documentação adicional nas seguintes situações: 
a) operações acima de R$ 10 mil no caso de ordens de 
pagamento em reais; ou 
b) operações com valor superior ao equivalente a US$ 3 mil no 
caso de ordens de pagamento em moeda estrangeira. 
Remessa por meio de cartão internacional 
É possível aos bancos brasileiros e à Caixa Econômica Federal aceitar 
remessas de valores dos brasileiros que estão no exterior por meio 
de cartão emitido no exterior. O valor, em reais, pode ser creditado 
em conta corrente ou poupança no Brasil, do próprio remetente ou 
de outro beneficiário, ou ser recebido em dinheiro, diretamente 
pelo beneficiário, desde que observado o limite em vigor de R$ 10 
mil. 
Caso seja de interesse do brasileiro que se encontre 
temporariamente no exterior, é possível abrir uma conta em reais 
simplificada no Brasil, por meio da internet, em banco de sua 
escolha ou na Caixa Econômica Federal. Para conhecer os 
procedimentos para a abertura dessa conta simplificada, visite a 
página na internet da instituição de sua preferência. 
Para fazer a remessa, o remetente, no exterior, deve procurar uma 
instituição que ofereça o serviço de transferência de valores com 
utilização de cartão internacional. 
Remessa pelos Correios 
Os Correios estão autorizados a prestar serviço de transferências 
financeiras internacionais. O envio e o recebimento de valores são 
feitos eletronicamente entre o Brasil e os países conveniados. 
O remetente deve comparecer à empresa de correios do local onde 
se encontra, no exterior, para fornecer as informações necessárias. 
Para conhecer os países conveniados, os limites, as tarifas, os prazos 
e as outras condições das transferências postais, visite o endereço 
www.correios.com.br. 
Remessa de dinheiro do Brasil para o exterior 
A remessa de dinheiro do Brasil para o exterior pode ser feita por 
intermédio de instituição autorizada pelo Banco Central do Brasil a 
operar em câmbio de forma prática e segura por meio de ordem de 
pagamento e pelos Correios. Independentemente da forma 
utilizada, sempre estão envolvidos o remetente do dinheiro e o 
beneficiário. O remetente é quem está no Brasil e que vai fazer a 
remessa do dinheiro. A identificação do remetente deve ocorrer em 
todas as situações, independentemente do valor da remessa. O 
beneficiário é quem vai receber o dinheiro no exterior. 
Remessa por meio de ordem de pagamento 
Diferentemente das ordens de pagamento do exterior para o Brasil, 
as ordens de pagamento do Brasil para o exterior devem ser feitas 
exclusivamente em moeda estrangeira. A taxa de câmbio deve ser 
negociada entre o remetente e a instituição no Brasil. Sugerimos 
leitura do capítulo referente ao Valor Efetivo Total (VET). 
Para transferir o dinheiro ao beneficiário, no exterior, o remetente 
deve procurar uma instituição no Brasil. É possível fazer a remessa 
por meio de instituição autorizada a operar no mercado de câmbio 
ou, no caso de transferências até o equivalente a US$ 3 mil, por 
meio de empresas contratadas por instituições autorizadas a operar 
no mercado de câmbio. 
Pode-se adquirir moeda estrangeira mediante a entrega de reais em 
espécie ou em qualquer instrumento de pagamento em uso no 
mercado financeiro, até o limite de R$ 10 mil. Acima desse valor, 
somente mediante débito em conta, transferência bancária ou 
cheque. 
O remetente deve procurar uma instituição ou um estabelecimento 
contratado de sua preferência e se informar sobre os dados 
necessários para a remessa. Em seguida, deve obter com o 
beneficiário esses dados, que deverão ser informados à instituição 
no Brasil para que a remessa seja feita. 
Normalmente, os dados mais importantes são o nome e a 
localização da instituição no exterior para onde será feita a remessa, 
além do endereço e da identificação do beneficiário. 
Remessa pelos Correios 
Os Correios estão autorizados a prestar serviço de transferências 
financeiras internacionais . O envio e o recebimento de valores são 
feitos eletronicamente entre o Brasil e os países conveniados. 
O remetente deve comparecer a agência dos Correios no Brasil para 
fornecer as informações necessárias. 
Para conhecer os países conveniados, os limites, as tarifas, os prazos 
e as outras condições das transferências postais, visite o endereço 
www.correios.com.br. 
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98. Posição de Câmbio 
A posição de câmbio representa o volume das operações de compra 
e de venda de moeda estrangeira realizadas pelas instituições 
financeiras que podem operar em câmbio. 
Essas operações são consolidadas diariamente pelo seu equivalente 
em dólares dos Estados Unidos e de forma centralizada para cada 
instituição. 
O valor da posição de câmbio é obtido pela diferença entre as 
compras e as vendas do dia, acrescida ou diminuída da posição de 
fechamento do dia anterior, podendo ter os seguintes resultados: 
 nivelada, quando o total de compras é igual ao total de vendas; 
 comprada, quando o total de compras é maior que o total de 
vendas; 
 vendida, quando o total de compras é menor que o total de 
vendas. 
À primeira vista, poderíamos pensar que posição de câmbio seria 
então algo parecido com “saldo de caixa em moeda estrangeira". 
Esta suposição não é correta, pelo simples motivo de que muitas 
transações de câmbio são feitas para liquidação futura, 
especialmente aquelas que envolvem compra e venda de moeda 
estrangeira entre instituições financeiras - o chamado interbancário 
em dólar - e entre uma instituição financeira e um agente de 
comércio exterior. 
Só que, para apuração da posição de câmbio de um agente 
autorizado, são computadas todas as transações fechadas naquele 
dia, independentemente se são para liquidação pronta - até 48 
horas, considerada à vista no mercado de câmbio - ou para 
liquidação futura. 
Não há limite preestabelecido para as posições de câmbio comprada 
ou vendida dos bancos e caixas econômicas autorizados: estas 
instituições podem assumir qualquer valor de posição comprada ou 
vendida, desde que seus ativos comportem o risco assumido. 
Os demais integrantes do Sistema Financeiro Nacional só podem ter 
posição de câmbio comprada. 
Agências de turismo não têm posição de câmbio, pois só operam à 
vista no câmbio manual. 
Estes agentes devem observar um limite operacional diário de US$ 
200 mil para as agências no caso destes consideradas globalmente 
todas as suas dependências no país. 
O valor de eventual excesso sobre os limites atribuídos às agências 
de turismo e aos meios a operar no mercado de câmbio, podendo os 
meios de hospedagem vender também a agências de turismo. 
99. Cartões de Débito 
O dinheiro é um meio de pagamento. 
Por meio dele os seres humanos obtêm as coisas necessárias à 
sobrevivência. 
É o jeito que o mundo inventou para as coisas mudarem de dono. 
O dinheiro de plástico é o meio de pagamento com a utilização dos 
cartões magnéticos, que podem ser de débito, ou de crédito. 
Os cartões de débito não representam um estímulo ao consumo, 
pois permitem compras mediante o saque no presente sobre valores 
já existentes na conta corrente do cliente. 
Os cartões de crédito estimulam o consumo, pois permitem 
compras mediante o saque no presente sobre o limite de crédito do 
cliente, sem que, necessariamente, os valores existam na conta 
corrente dele. 
O cartão de débito é um cartão magnético que possibilita ao 
portador sacar dinheiro em sua conta corrente ou de poupança e 
efetuar o pagamento eletrônico de compras de produtos e serviços. 
Os saques ocorrem na boca do caixa ou em terminais de 
autoatendimento. 
A transação de compra acontece por meio de equipamentos 
disponíveis nas lojas credenciadas, verdadeirosterminais eletrônicos 
conectados aos bancos, chamados POS (Point of Sale), sendo 
efetivada somente após a senha digitada ser aprovada e o sistema 
comprovar que o cliente possui saldo suficiente disponível. 
Embora o cartão de débito tenha o tamanho e aspecto idênticos aos 
do cartão de crédito, na prática funciona de forma semelhante ao 
cheque, sendo uma ordem de pagamento a vista sobre os recursos 
financeiros que o portador possui no banco emissor do cartão. 
Possui as seguintes vantagens para o portador: 
 maior segurança em relação ao cheque, visto que para ser 
utilizado é necessário o uso da senha para que ocorra a liberação 
dos fundos bancários do portador do cartão; 
 maior controle dos gastos por parte do portador, pois as 
transações só são efetivadas se o cliente dispuser efetivamente de 
saldo em conta corrente; 
 não incentiva o consumo, visto que o cliente só poderá efetuar 
compras e saques até o limite do seu saldo disponível; e 
 as compras e saques não geram encargos financeiros. 
Para o lojista, a grande vantagem é ter garantido pelo banco o 
recebimento do valor da compra quando a transação é aprovada, 
oferecendo muito mais segurança do que se o pagamento tivesse 
ocorrido por meio de cheque. 
100. Cartões de crédito 
O uso do cartão de crédito vem crescendo ao longo dos anos, 
acompanhando o aumento da renda e os avanços em geral 
conquistados pela sociedade brasileira. 
Facilidade, segurança e ampliação das possibilidades de compras são 
pontos que agradam à população na hora de efetuar seus 
pagamentos com o cartão. 
É utilizado para a aquisição de bens ou serviços nos 
estabelecimentos credenciados. 
Para esses estabelecimentos trazem a real vantagem de ser um 
indutor ao crescimento das vendas e a suposta desvantagem de um 
rebate no seu preço à vista pela demora no prazo do repasse dos 
recursos provenientes das vendas. 
Para o portador, quando paga os valores no vencimento seguinte a 
compra representa a vantagem de ganhos reais sobre a inflação 
além de ajustar suas necessidades de consumo às suas 
disponibilidades momentâneas de caixa. 
Os cartões de crédito têm a desvantagem de incentivar o consumo 
nos momentos em que o consumidor desejava poupar. 
Além de dinheiro de plástico são, acima de tudo, um crédito 
automático, sendo uma operação de crédito rotativo, visto que um 
limite de crédito é estabelecido para o cliente. 
O cliente não é obrigado a utilizar esse limite, mas quando desejar 
fazer uso poderá consumir pagando com o cartão até alcançar o 
limite estabelecido, sem precisar adotar qualquer outro 
procedimento. 
Trata-se de crédito rotativo porque quando o limite é alcançado, o 
cliente não pode mais fazer uso do cartão. Todavia, quando ele 
efetua o pagamento de algum valor definido em sua fatura, o limite 
de crédito é imediatamente restabelecido. Por isso a rotatividade. 
Podem ser de uso nacional ou internacional (neste último caso a 
conversão é feita pela taxa do dólar do dia do pagamento da fatura). 
Os procedimentos utilizados para realizar compras com cartões de 
crédito, débito e pré-pago, seja em moeda nacional ou em moeda 
estrangeira são considerados arranjos de pagamentos, sujeitos às 
normas disciplinares previstas na Lei nº 12.865, de 09.10.2013. 
As bandeiras Visa, Mastercard e American Express são exemplos de 
arranjos de pagamento. 
O Banco Central definiu três modalidades de instituições de 
pagamento: 
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 as emissoras de instrumento de pagamento pós-pagos (os cartões 
de crédito pós-pagos), 
 as emissoras de moeda eletrônica, quando gerenciam transações 
pré-pagas (os cartões pré-pagos) 
 as credenciadoras de lojistas (empresas como Cielo e Rede, que 
capturam compras com cartão no varejo), 
As atividades das instituições de pagamento estão sujeitas à 
regulamentação baixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e 
pelo Banco Central do Brasil, nos termos dos artigos 6º a 11 da Lei 
12.865, de 09.10.2013. 
Os cartões de lojas varejistas, conhecidos como “private label”, 
emitidos por empresas com destinação exclusiva para a aquisição de 
seus próprios bens ou serviços, não são arranjos de pagamento e 
não estão sujeitos à regulação e supervisão do Banco Central. 
O banco pode debitar em conta os valores relativos à fatura do 
cartão de crédito, desde que o portador tenha, previamente, 
solicitado ou autorizado por escrito ou por meio eletrônico a 
realização do débito. A referida autorização é admitida no próprio 
instrumento contratual de abertura de conta de depósito. 
O contrato de cartão de crédito pode ser cancelado a qualquer 
momento, mesmo que haja compras parceladas no cartão com 
parcelas ainda a serem pagas. No entanto, é importante salientar 
que o cancelamento do contrato de cartão de crédito não quita ou 
extingue dívidas pendentes. Assim, deve ser buscado entendimento 
com o emissor do cartão sobre a melhor forma de liquidação da 
dívida. 
Para tornar as regras mais claras na prestação desse serviço, o CMN 
decidiu, em 25.11.2010, pela edição da Resolução nº 3.919, que, 
entre outras mudanças, padronizou a cobrança de tarifas sobre 
cartões de crédito. 
Segundo essas normas, existem dois tipos de cartões de crédito: 
 básico 
 diferenciado 
Cartão básico 
É o cartão de crédito exclusivo para o pagamento de compras, 
contas ou serviços. O preço da anuidade para sua utilização deve ser 
o menor preço cobrado pela emissora entre todos os cartões por ela 
oferecidos. 
As instituições financeiras, no processo de negociação com os 
clientes, estão obrigadas a oferecer o cartão básico. 
Esse cartão não pode ser associado a programas de benefícios e/ou 
recompensas. 
Cartão diferenciado 
É o cartão de crédito que, além de permitir o pagamento de 
compras, está associado a programas de benefícios e recompensas. 
O preço da anuidade do cartão diferenciado deve abranger, além da 
utilização do cartão para o pagamento de compras, também a 
participação do usuário nos programas de benefícios e recompensas 
associados ao cartão. 
É opção do cliente contratar o cartão básico ou o cartão 
diferenciado. 
Tanto um como o outro pode ser nacional e/ou internacional. 
É admitida a cobrança de cinco tarifas, válidas tanto para os cartões 
básicos quanto para os diferenciados. 
São elas: 
 anuidade; 
 para emissão de 2ª via do cartão; 
 para retirada em espécie na função saque; 
 no uso do cartão para pagamento de contas; e 
 no caso de pedido de avaliação emergencial do limite de crédito. 
Além das tarifas, a fatura do cartão de crédito deve ter informações, 
pelo menos, a respeito dos seguintes itens: 
 limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de 
operação de crédito passível de contratação; 
 gastos realizados com o cartão, por evento, inclusive quando 
parcelados; 
 identificação das operações de crédito contratadas e respectivos 
valores; 
 valores relativos aos encargos cobrados, informados de forma 
separada de acordo com os tipos de operações realizadas com o 
cartão; 
 valor dos encargos a serem cobrados no mês seguinte, no caso de 
o cliente optar pelo pagamento mínimo da fatura; e 
 Custo Efetivo Total (CET), para o próximo período, das operações 
de crédito passíveis de contratação. 
Com o objetivo de diminuir o risco de superendividamento, o CMN 
determinou que, desde 01.06.2011, o valor mínimo da fatura de 
cartão de crédito a ser pago mensalmente não poderia ser inferior a 
15% do valor total da fatura, percentual esse que estava previsto 
subir para 20% a partir de 01.12.2011. Todavia, em 11.11.2011 o 
Banco Central decidiu por manter o mínimo de 15%. Atualmente 
prevalece esse percentual mínimo de 15%. 
Quando ocorre o pagamento do valor mínimo da fatura ou de partedo valor total, o contrato firmado entre o cliente e a instituição 
emissora do cartão de crédito prevê os procedimentos a serem 
adotados nessas situações. 
É usual prever a contratação automática de operação de crédito em 
valor correspondente ao saldo remanescente não liquidado. Essas 
operações de crédito, naturalmente, estão sujeitas à incidência de 
encargos financeiros. 
As taxas de juros cobradas na operação de crédito decorrente do 
não pagamento do valor total da fatura do cartão de crédito são 
livremente pactuadas entre o cliente e a emissora do cartão. 
A regulamentação em vigor proíbe a remessa do cartão de crédito 
sem prévia solicitação. 
No caso de recebimento indevido de um cartão de crédito, não 
solicitado pelo cliente, esse cartão não deve ser utilizado, cabendo 
entrar em contato com a instituição que o emitiu para registrar a 
ocorrência e solicitar o seu cancelamento. 
Tanto no caso de recebimento indevido de cartão como quando da 
cobrança indevida de tarifas do cartão de crédito, o cliente deve 
procurar primeiramente sua agência de atendimento e buscar a 
solução do problema com o gerente responsável por sua conta. 
Essas providências podem ser tomadas nas agências da instituição 
financeira emissora do cartão de crédito e nos serviços de 
atendimento ao consumidor (SAC) disponibilizados pelos bancos por 
telefone e/ou pela internet. 
Se essas tentativas de solução não funcionarem, será necessário 
entrar em contato com a ouvidoria da instituição financeira 
emissora do cartão de crédito. A lista das ouvidorias dos bancos, 
com os nomes dos ouvidores e contatos das ouvidorias, pode ser 
obtida no site do Banco Central (www.bcb.gov.br), no Perfil Cidadão, 
Bancos e Ouvidorias dos Bancos. 
Por fim, caso não consiga solução, o cliente poderá apresentar sua 
reclamação aos órgãos de defesa do consumidor ou ao Banco 
Central, contribuindo, dessa forma, com subsídios para o processo 
de fiscalização das instituições supervisionadas. 
Cartão co-branded 
 
É o cartão de marca compartilhada que carrega o logotipo da 
empresa associada e a bandeira, trazendo vantagens específicas 
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para seus portadores como, por exemplo: milhagem áreas e 
descontos progressivos nas compras. 
Reflete uma parceria em vendas e marketing cujo objetivo é fidelizar 
o cliente. Exemplos: cartões de empresas aéreas, indústria 
automobilística, redes de varejo etc. 
Cartão afinidade 
 
O cartão de afinidade reflete uma parceria entre a administradora 
do cartão de crédito com organizações não lucrativas. 
Trata-se de um cartão que possui um apelo que tem como objetivo 
identificar o cliente com a empresa, sendo que o mesmo opta por 
contribuir financeiramente, mesmo que indiretamente, com essas 
organizações. 
Nesse tipo de cartão o cliente é informado quanto e como ele está 
contribuindo com a empresa. Exemplos: Credicard Unicef, Real USP, 
Bradesco APAE, etc. 
Private Label (retailer card) 
 
É um tipo de cartão de crédito emitido por um varejista e 
usualmente válidos apenas para a realização de compras com este 
varejista ou em qualquer estabelecimento credenciado. 
Charged Card 
 
É o cartão carregado previamente. Como exemplo, temos os cartões 
vale-refeição, vale-alimentação e o travelmoney. 
101. Referência Bibliográfica 
Livros 
ASSAF, A. Mercado Financeiro. 11ª ed. São Paulo: Atlas. 
Cabral, G. Conhecimentos Bancários em tópicos. Brasíia: Alumnus, 
2014. 360 p. 
FORTUNA, E. Mercado Financeiro: produtos e serviços. 19ª ed. Rio 
de Janeiro: Qualitymark. 
Newlands Jr., C. A. Sistema Financeiro e Bancário - Teoria e 
Questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 512 p. 
PINHEIRO, J. L. Mercado Capitais: Fundamentos e Técnicas. 6ª ed. 
São Paulo: Atlas. 
O Mercado de Valores Mobiliários Brasileiro. Rio de Janeiro: 
Comissão de Valores Mobiliários, 2014. 376 p., disponível 
gratuitamente para download em goo.gl/v7if7v 
Sites (consultas em 12.10.2015) 
Banco Central do Brasil - glossário: 
bcb.gov.br/glossario.asp?idioma=P 
Comissão de Valores Mobiliários - CVM 
portaldoinvestidor.gov.br 
Educação Financeira 
brasil.gov.br/economia-e-emprego/educacao-financeira 
Ordem dos Economistas do Brasil - Enciclopédia de Finanças 
enfin.com.br/ 
UOL - Universo On Line - Dicionário Financeiro: 
economia.uol.com.br/glossario/ 
Wikipédia - A enciclopédia livre: 
pt.wikipedia.org 
 
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Exercícios – 1ª parte 
1. (BB/Gran Cursos/2015) O SFN é composto por um conjunto de 
órgãos e instituições que regulamenta, supervisiona e realiza 
operações necessárias à circulação de moeda e de crédito na 
economia. São órgãos normativos do Sistema Financeiro Nacional: 
(A) Conselho Monetário Nacional; Conselho Nacional de Seguros 
Privados; Comitê de Política Monetária (Copom). 
(B) Conselho Nacional de Seguros Privados; Banco Central do Brasil; 
Conselho Monetário Nacional. 
(C) Superintendência de Seguros Privados; Comitê de Política 
Monetária (Copom); Conselho Federal de Valores Mobiliários 
(CFVM). 
(D) Banco Central do Brasil; Comissão de Valores Mobiliários; 
Conselho de Controle de Atividades Finaneiras (Coaf). 
(E) Conselho Nacional de Seguros Privados; Conselho Nacional de 
Previdência Complementar; Fundo Garantidor do Crédito (FGC). 
2. (Basa/Cesgranrio/2015) O SFN é composto por um conjunto de 
órgãos e instituições que regulamenta, supervisiona e realiza 
operações necessárias à circulação de moeda e de crédito na 
economia. São órgãos normativos do Sistema Financeiro Nacional: 
(A) Conselho Monetário Nacional; Conselho Nacional de Seguros 
Privados; Comitê de Política Monetária (Copom) 
(B) Conselho Nacional de Seguros Privados; Banco Central do Brasil; 
Conselho Monetário Nacional 
(C) Superintendência de Seguros Privados; Comitê de Política 
Monetária (Copom); Conselho Federal de Valores Mobiliários 
(D) Banco Central do Brasil; Comissão de Valores Mobiliários; 
Conselho Monetário Nacional 
(E) Conselho Nacional de Seguros Privados; Conselho Nacional de 
Previdência Complementar; Conselho Monetário Nacional 
3. (Banestes/CKM/2015) Classificam-se como entidades operadoras 
no Sistema Financeiro Nacional 
(A) a Sociedade de Arrendamento Mercantil e o Conselho Monetário 
Nacional. 
(B) a Agência Especial de Financiamento Industrial e a 
Superintendência de Seguros Privados. 
(C) o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social e o 
Conselho Nacional de Seguros Privados. 
(D) o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. 
(E) a Bolsa de Valores de São Paulo e a Superintendência Nacional 
de Previdência Complementar. 
4. (Banestes/CKM/2015) Dentre alguns dos órgãos normativos 
integrantes do Sistema Financeiro Nacional (SFN), pode-se 
considerar o(a): 
(A) Comissão de Valores Mobiliários – CVM e a Superintendência de 
Seguros Privados – SUSEP. 
(B) Banco Central do Brasil – BCB e a Superintendência Nacional de 
Previdência Complementar – PREVIC. 
(C) Superintendência de Seguros Privados – SUSEP e o Conselho 
Nacional de Previdência Complementar - CNPC. 
(D) Ministério da Fazenda e a Comissão de Valores Mobiliários – 
CVM. 
(E) Conselho Monetário Nacional – CMN e o Conselho Nacional de 
Seguros Privados - CNSP. 
5. (BB/Cesgranrio/2015) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é 
um órgão que regula e fiscaliza o mercado de capitais no Brasil, 
sendo 
(A) subordinada ao Banco Central do Brasil 
(B) subordinada ao Banco do Brasil 
(C) subordinada à Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) 
(D) independente do poder público 
(E) vinculada ao poder executivo (Ministério da Fazenda) 
6. (BNB/FGV/2014) O Sistema normativo é composto pelas 
entidades que regulam e fiscalizam o funcionamento do Sistema 
Financeiro Nacional. Por esse motivo estão no topo doorganograma, ou seja, as outras instituições têm que, 
obrigatoriamente, acatar as decisões do sistema normativo. Entre as 
entidades que compõem o Sistema Normativo, encontram-se: 
(A) sociedades corretivas e distribuidoras; 
(B) bancos múltiplos e de investimento; 
(C) Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal; 
(D) Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Brasil; 
(E) Bolsa de Valores e Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
7. (Banpara/Inaz-PA/2014/Contador) No que tange a composição e 
a competência do Sistema Financeiro Nacional (SFN) é correto 
afirmar que: 
(A) O Conselho Monetário Nacional (CMN), a Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM) e o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) 
constituem os órgãos reguladores do SFN. 
(B) É atribuição do Conselho Monetário Nacional (CMN) fiscalizar os 
bancos comerciais, os múltiplos, os bancos de desenvolvimento, de 
investimentos, as caixas econômicas e as sociedades de crédito, 
financiamento e de investimento. 
(C) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem a prerrogativa de 
supervisionar os fundos de investimento quanto aos mecanismos de 
gestão e controle de riscos da instituição que administra os recursos 
e verificar se há a segregação entre a administradora e o fundo. 
(D) São operadores do Sistema Financeiro Nacional (SFN) as 
instituições financeiras de depósito a vista, as bolsas de valores, as 
bolsas de câmbio, as demais entidades exportadoras e as outras 
instituições financeiras. 
(E) O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é supervisionado pelo Banco 
Central do Brasil (BACEN), pela Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM), pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e pela 
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC). 
8. (BB/Cesgranrio/2014) O Sistema Financeiro Nacional é composto 
de dois grandes subsistemas: Subsistema Normativo e Subsistema 
de Intermediação. Tendo em vista essa classificação, fazem parte do 
Subsistema 
(A) de Intermediação o Banco Central do Brasil e o Banco do Brasil. 
(B) de Intermediação os Comitês de Política Monetária (Copom) dos 
bancos comerciais. 
(C) Normativo o Banco Central do Brasil e o Banco do Brasil. 
(D) Normativo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social e a Comissão de Valores Mobiliários. 
(E) de Intermediação as Bolsas de Valores e de Mercadorias e 
Futuros atuantes no Brasil. 
9. (Basa/Cesgranrio/2013) O Sistema Financeiro Nacional, em todas 
as partes que o compõem, foi estruturado de forma a promover o 
desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da 
coletividade. Em relação à sua composição, o Sistema Financeiro 
Nacional pode ser dividido em 
(A) órgãos normativos, entidades supervisoras e operadores. 
(B) organizações governamentais, instituições públicas e instituições 
financeiras. 
(C) instituições financeiras, instituições filantrópicas e entidades 
operadoras. 
(D) órgãos fiscalizadores, entidades supervisoras e organizações 
governamentais. 
(E) instituições públicas, organizações não governamentais e 
instituições privadas. 
10. (BB/Cespe/2013/Certificação Interna) As instituições 
integrantes do subsistema de intermediação do Sistema Financeiro 
Nacional (SFN) incluem 
(A) o BACEN. 
(B) o Instituto de Resseguros (IRB). 
(C) a Secretaria de Políticas de Previdência Complementar (SPPC). 
(D) a BOVESPA. 
(E) a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). 
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11. (BB/Cespe/2013/Certificação Interna) A respeito das 
características e das competências das entidades integrantes do 
SFN, assinale a opção correta. 
(A) O IRB é o órgão máximo do Sistema Nacional de Seguros 
Privados. 
(B) A SUSEP é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da 
Fazenda. 
(C) Compete à SPPC do Ministério da Fazenda regular as atividades 
dos fundos de pensão. 
(D) A SPPC é responsável pela fiscalização das entidades de 
previdência privada aberta. 
(E) O BB integra o subsistema de intermediação na categoria de 
banco de investimento. 
12. (BNDES/Cesgranrio/2013/técnico administrativo) O Sistema 
Financeiro Nacional (SFN), estruturado e regulado pela Lei nº 4.595, 
de 31/12/1964, é composto por algumas instituições. NÃO faz(em) 
parte do SFN o(a) 
(A) Banco Central do Brasil (Bacen) 
(B) Conselho Monetário Nacional (CMN) 
(C) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 
(D) Banco do Brasil S.A. (BB) e as demais instituições financeiras 
públicas e privadas 
(E) Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) 
13. (BNDES/Cesgranrio/2013/técnico administrativo) A Lei nº 
4.595, de 31/12/1964, dispõe sobre a política e as instituições 
monetárias, bancárias e creditícias e dá outras providências. À luz 
dessa Lei, considere as afirmativas abaixo sobre as instituições 
financeiras. 
I - As instituições financeiras somente poderão atuar no País 
mediante autorização prévia do Banco Central do Brasil (Bacen) ou 
por decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras. 
II - As pessoas físicas que exerçam, de forma permanente ou 
eventual, quaisquer das atividades atribuídas às instituições 
financeiras não se equiparam a elas. 
III - Instituições financeiras são pessoas jurídicas públicas ou 
privadas, cujas atividades principais ou acessórias são a coleta, 
intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de 
terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor 
de propriedade de terceiros. 
IV - As instituições financeiras terão as condições de concorrência 
reguladas pelo Bacen, que lhes coibirá os abusos com aplicação de 
pena nos termos da lei. 
É correto o que se afirma em 
(A) I e II, apenas 
(B) III e IV, apenas 
(C) I, II e IV, apenas 
(D) I, III e IV, apenas 
(E) I, II, III e IV 
14. (BB/FCC/2013) O Sistema Financeiro Nacional tem como 
entidades supervisoras: 
(A) FEBRABAN e Superintendência Nacional de Previdência 
Complementar. 
(B) Receita Federal do Brasil e Resseguradores. 
(C) Comissão de Valores Mobiliários e Bolsas de Mercadorias e 
futuros. 
(D) Banco Central do Brasil e Superintendência de Seguros Privados. 
(E) Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social. 
15. (BB/Gran/2013) O Sistema Financeiro Nacional tem na sua 
composição, como entidade supervisora, 
(A) o BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico 
Federal. 
(B) o Banco Central do Brasil. 
(C) o Banco do Brasil. 
(D) o Conselho Monetário Nacional. 
(E) o COPOM - Comitê de Política Monetária. 
16. (BB/Cespe/2012/Certificação Interna) A respeito do Sistema 
Financeiro Nacional (SFN), assinale a opção correta. 
(A) A supervisão dos consórcios, sociedades de capitalização e bolsa 
de valores está a cargo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
(B) As funções privativas do CMN incluem fixar as diretrizes e 
normas da política governamental relativa aos seguros privados e à 
capitalização. 
(C) Regular, normatizar e coordenar as atividades das entidades 
fechadas de previdência complementar são funções privativas da 
Superintendência de Seguros Privados. 
(D) A supervisão das instituições financeiras bancárias, tais como os 
bancos comerciais, caixas econômicas e cooperativas de crédito, 
está a cargo do BACEN. 
(E) Cabe ao Conselho Nacional de Seguros Privados fixar as diretrizes 
para a aplicação das reservas técnicas das sociedades seguradoras, 
entidades abertas e fechadas de previdência privada e instituições 
financeiras. 
17. (Banestes/Idecan/2012) O Sistema Financeiro Nacional é 
formado pelo subsistema normativo e pelo subsistema de 
intermediação. Compõem o subsistema normativo 
(A) Caixa Econômica Federal, BNDES e Banco do Brasil. 
(B) Banco Central, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. 
(C) Conselho Monetário Nacional, Banco Central e Banco do Brasil. 
(D) Conselho Monetário Nacional, Banco Central e Comissão de 
Valores Mobiliários. 
(E) BancoCentral, Comissão de Valores Mobiliários e 
BM&FBOVESPA. 
18. (Banestes/Idecan/2012) É órgão responsável por fixar as 
diretrizes e normas da política de seguros privados. Dentre suas 
funções estão: regular a constituição, organização, funcionamento e 
fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao Sistema 
Nacional de Seguros Privados, fixando as características gerais dos 
contratos de seguro, previdência privada aberta, capitalização e 
resseguro; prescrevendo os critérios de constituição das Sociedades 
Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada 
Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos 
das respectivas operações. As características descritas se referem à 
seguinte instituição 
(A) Conselho Monetário Nacional - CMN. 
(B) Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP. 
(C) Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC. 
(D) Banco Central do Brasil - BACEN. 
(E) Comissão de Valores Mobiliários - CVM. 
19. (BRDE/FDRH/2001) De acordo com a lei que instituiu e regula o 
Sistema Financeiro Nacional, Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 
1964, NÃO integra o Sistema Financeiro Nacional 
(A) o Banco do Brasil S/A. 
(B) o Banco Central do Brasil. 
(C) o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social. 
(D) a Casa da Moeda do Brasil. 
(E) o Conselho Monetário Nacional. 
20. (Caixa/Cesgranrio/2012) A gestão da economia visa a atender 
às necessidades de bens e serviços da sociedade e também a atingir 
determinados objetivos sociais e macroeconômicos, tais como pleno 
emprego, distribuição de riqueza e estabilidade de preços. 
Para que isso ocorra, o governo atua por meio de 
(A) ações fiscais 
(B) ações monetárias 
(C) políticas econômicas 
(D) políticas de relações internacionais 
(E) diretrizes fiscais e orçamentárias 
21. (BB/Gran Cursos/2015) O site G1 Economia, divulgou que Na 
quinta reunião de 2015, realizada nos dias 28 e 29.07.2015, o 
COPOM, subiu os juros para 14,75%, atingindo o maior patamar 
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desde julho. O Banco Central do Brasil, ao longo dos últimos onze 
meses, como executor da política monetária, 
(A) adotou uma política monetária expansionista. 
(B) adotou uma política monetária restritiva. 
(C) fez uso do instrumento de política monetária denominado 
depósitos compulsórios. 
(D) adotou uma política monetária restritiva. 
(E) fez uso do instrumento de política monetária denominado 
operações do mercado aberto (open market). 
22. (Banestes/CKM/2015) É CORRETO afirmar que a inflação baixa 
pode ser considerada, na Política Monetária do Brasil, como pré-
condição para o(a): 
(A) Estagnação de preços e de salários. 
(B) Elevação de taxas de juros e crescimento linear. 
(C) Equilíbrio de preços e alta de juros de capitais de importação. 
(D) Aumento do mercado de trabalho informal e estabilização de 
salários. 
(E) Crescimento do país, de forma sustentada e com estabilidade de 
preços. 
23. (Banestes/Gran/2015) O mercado financeiro pode ser 
segmentado em quatro subdivisões: mercados monetário, cambial, 
de crédito e de capitais. 
O mercado monetário visa, fundamentalmente, a 
(A) fiscalizar as operações dos seus agentes econômicos. 
(B) controlar a liquidez da economia com operações de curto e 
curtíssimo prazos. 
(C) realizar as operações de compra e venda de moedas 
internacionais conversíveis. 
(D) financiar o consumo das pessoas físicas. 
(E) suprir as necessidades de caixa de curto e médio prazos dos 
agentes econômicos, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas. 
24. (BB/Cesgranrio/2015) A taxa de inflação acumulada em 12 
meses encontra-se próxima do teto da meta inflacionária. Um dos 
instrumentos da política monetária que o BC tem disponível para 
reduzir a inflação é a(o) 
(A) venda de títulos públicos no mercado aberto. 
(B) redução da taxa de compulsórios junto ao sistema bancário. 
(C) redução da taxa de redesconto para empréstimos de liquidez. 
(D) redução da taxa básica de juros (Selic). 
(E) alongamento de prazos de dívidas junto aos bancos. 
25. (BB/Gran/2015) O Banco Central do Brasil adota como 
instrumento de política monetária 
(A) a meta para a Taxa Selic divulgada pelo Copom. 
(B) a fiscalização das instituições financeiras. 
(C) a fixação das tarifas cobradas pelas instituições financeiras. 
(D) o controle das operações no mercado de câmbio. 
(E) o recolhimento compulsório sobre as operações de crédito rural. 
26. (BB/Gran/2015) O CMN e o Bacen têm a prerrogativa de 
adotar medidas alterando as regras do depósitos compulsório. 
Supondo que essas regras tenham sido modificadas permitindo que 
os bancos com os recursos da caderneta de poupança imobiliária 
possam fazer aplicações adicionais de até R$22,5 bilhões e de até 
R$2,5 bilhões com recursos da poupança rural. Além disso, no 
depósito a prazo espera-se recolher cerca de R$ 25 bilhões a mais 
do sistema bancário. Com essas medidas, percebe-se que a liquidez 
da economia brasileira poderá ser impactada da seguinte forma: 
(A) com a retirada de R$50 bilhões. 
(B) com a entrada de R$50 bilhões. 
(C) não será alterada. 
(D) com a retirada de R$25 bilhões, relativos aos recursos da 
caderneta de poupança 
(E) com a entrada de R$25 bilhões, relativos aos recursos do 
depósito a prazo. 
27. (Metrô-DF/Iades/2014/Economista) O controle da oferta de 
moeda objetiva, entre outras coisas, proporcionar estabilidade de 
preços e assegurar nível adequado de liquidez à economia. Acerca 
dos instrumentos de política monetária à disposição do Banco 
Central, assinale a alternativa correta. 
(A) O aumento da taxa de reservas bancárias reduz a oferta de 
crédito na economia. 
(B) As operações de mercado aberto, realizadas pelo Banco Central, 
correspondem a empréstimos ao sistema bancário para atender 
insuficiência de liquidez. 
(C) A compra de títulos públicos no mercado, pelo Banco Central, 
reduz a oferta monetária. 
(D) O nível da taxa de redesconto afeta os custos financeiros dos 
empréstimos concedidos pelo Banco Central, mas não afeta os 
meios de pagamento. 
(E) Uma elevação nos depósitos compulsórios causa expansão dos 
meios de pagamento. 
28. (Sudam/Iades/2013/Economista) No regime de metas de 
inflação, o Banco Central se compromete a manter a inflação dentro 
de certo intervalo de confiança. Partindo-se de uma situação onde 
os índices de inflação caminham para ultrapassar o intervalo 
superior, assinale a alternativa correta com relação ao que poderá 
proporcionar um maior aumento na velocidade de crescimento dos 
preços. 
(A) Um aumento nos encaixes compulsórios dos bancos comerciais. 
(B) Um aumento na taxa de redesconto. 
(C) Uma redução na taxa Selic. 
(D) A emissão de títulos públicos. 
(E) Uma redução na oferta de moeda. 
29. (BNDES/Cesgranrio/2013) Uma operação de mercado aberto 
do Banco Central, na qual títulos da dívida pública do Governo 
Federal são comprados e sequentemente aposentados, tem como 
objetivo 
(A) diminuir a demanda por moeda estrangeira. 
(B) diminuir a taxa de inflação. 
(C) aumentar a oferta monetária. 
(D) aumentar o volume de depósitos bancários. 
(E) aumentar a liquidez dos títulos públicos federais. 
30. (Banestes/Idecan/2012/analista econômico-financeiro) Em 
relação ao Sistema Financeiro Nacional e à economia brasileira, 
analise as afirmativas. 
I. As políticas fiscal e monetária adotadas pelo governo, ao 
garantirem condições para um ambiente de estabilidade econômica, 
reforçaram as tendências delineadas em anos anteriores no sistema 
financeiro, cuja característica marcante ainda é a busca por ganhos 
de escala, por meio dos quais as instituições financeiras procuram 
compensar perda de receitas, agora não mais decorrentes do fim do 
chamado “lucro inflacionário”, mas resultantes da queda nas taxas 
de juros. 
II. Diante das transformações no Sistema Financeiro Nacional, umatendência que também já se consolida é a segmentação dos 
portfólios das instituições de médio e grande porte, segundo o perfil 
do cliente. 
III. Diante das transformações no Sistema Financeiro Nacional, a 
segmentação dos portfólios busca imprimir maior eficiência 
operacional - redução de custos e aumento da produtividade - às 
instituições pela maior especialização de sua estrutura, segundo 
padrões de estratégia definidos em função das características dos 
nichos de mercado em que atuam. 
IV. Diante das transformações no Sistema Financeiro Nacional, as 
instituições financeiras têm buscado se especializar. Essa maior 
especialização exige equipes profissionais com conhecimentos 
específicos sobre os nichos de mercado em que a instituição está 
presente, de forma a desenvolver produtos com características 
adequadas ao perfil de demanda de cada um, sem perder de vista as 
estratégias do concorrente. 
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s) 
(A) I 
(B) I, II, III 
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(C) II, III, IV 
(D) I, II, III, IV 
(E) III, IV 
31. (Banestes/Idecan/2012) Assinale a afirmativa correta. 
(A) Na execução da política monetária, o Banco Central compra 
títulos públicos quando há excesso de liquidez e vende títulos 
públicos quando há escassez de liquidez. 
(B) Na execução de uma política monetária contracionista, o Banco 
Central reduz o percentual do recolhimento compulsório. 
(C) O contingenciamento do crédito é compatível com uma política 
monetária expansionista. 
(D) As operações de mercado aberto representam o instrumento 
mais eficaz de política monetária porque permitem ao Banco Central 
impactar a liquidez da economia no curtíssimo prazo. 
(E) O Banco Central não utiliza as operações de Open Market como 
instrumento de política monetária. 
32. (Banrisul/FDRH/2010) Com referência ao multiplicador 
bancário, pode-se afirmar que, 
I - quanto maior for o depósito compulsório (reservas compulsórias), 
menor será o multiplicador bancário, mantidas constantes as demais 
circunstâncias. 
II - quanto menor for o encaixe técnico (reservas voluntárias) dos 
bancos, menor será o multiplicador bancário, mantidas constantes 
as demais circunstâncias. 
III - quanto maior for a taxa SELIC, maior tende a ser o multiplicador 
bancário, mantidas constantes as demais circunstâncias. 
Quais afirmações estão corretas? 
(A) Apenas a I. 
(B) Apenas a II. 
(C) Apenas a III. 
(D) Apenas a I e a II. 
(E) Apenas a I, a II e a III. 
33. (Banrisul/FDRH/2010) No Sistema Financeiro Nacional, existem 
operações que podem criar, destruir ou manter os volumes dos 
meios de pagamento. Considere os seguintes exemplos. 
I - Um exportador (empresa não financeira) vende dólares a um 
banco comercial brasileiro e recebe em troca um depósito à vista. 
II - Um banco de investimento compra títulos públicos pertencentes 
a um banco de desenvolvimento, com pagamento em papel-moeda. 
III - Um banco comercial vende um imóvel a uma caixa econômica e 
recebe o pagamento em papel-moeda. 
Quais constituem operações de criação de meios de pagamento no 
SFN? 
(A) Apenas o I. 
(B) Apenas o II. 
(C) Apenas o III. 
(D) Apenas o I e o III. 
(E) O I, o II e o III. 
34. (Banrisul/FDRH/2010) Considerando a classificação dos 
mercados financeiros, avalie as seguintes afirmações. 
I - Segundo a necessidade dos clientes, os mercados financeiros são 
classificados em mercado a vista, a termo, futuro e de opções. 
II - Segundo o grau de formalização, os mercados financeiros são 
classificados em mercado primário e secundário. 
III - Quando considerados os tipos de ativos negociados, os 
mercados financeiros são classificados em mercado de crédito, de 
capitais, cambial e monetário. 
Quais estão corretas? 
(A) Apenas a I. 
(B) Apenas a I e a II. 
(C) Apenas a I e a III. 
(D) Apenas a II e a III. 
(E) Nenhuma das afirmações. 
35. (Banrisul/FDRH/2005) Dentre as afirmativas abaixo, qual NÃO 
corresponde corretamente à política monetária ou à moeda? 
(A) A demanda de moeda é diretamente relacionada à taxa de juros. 
(B) A demanda de moeda é inversamente relacionada à taxa de 
juros. 
(C) A moeda tem como principais funções ser unidade de conta, 
meio de troca e reserva de valor. 
(D) O papel-moeda em poder do público mais os depósitos a vista 
são os ativos com liquidez absoluta. 
(E) O Banco Central do país é o responsável pela oferta de moeda. 
36. (Ceagesp/Vunesp/2010) Constituem políticas monetárias 
contracionistas: 
(A) aumento na taxa de redesconto e aumento das reservas 
compulsórias. 
(B) diminuição na taxa de redesconto e compra de títulos no 
mercado aberto. 
(C) diminuição na taxa de redesconto e venda de títulos no mercado 
aberto. 
(D) diminuição dos impostos e aumento das reservas compulsórias. 
(E) diminuição dos impostos e diminuição das reservas 
compulsórias. 
37. (BRDE/Fundatec/2015) São instrumentos da Política Monetária 
do Banco Central: 
(A) Controle Fiscal, Subsídios e Programas do Governo. 
(B) Taxa de Juros no Mercado de Reserva Bancária, Taxa de 
Redesconto e Alíquotas de Reservas Compulsórias sobre os 
Depósitos. 
(C) Regime de Taxa de Câmbio Fixo e Taxa de Câmbio Flutuante. 
(D) Arrecadação Tributária, Geração de Emprego e Distribuição de 
Renda. 
(E) Controle da Inflação, PAC e Equilíbrio das Contas Externas. 
38. (Procon-RJ/Ceperj/2012) Alguns instrumentos de política 
monetária são utilizados pelo Governo para o controle da inflação. 
Dentre as alternativas abaixo, há exemplo de política monetária 
restritiva em: 
(A) redução da taxa básica de juros 
(B) aumento dos depósitos compulsórios 
(C) aumento dos impostos (T) 
(D) redução dos impostos (T) 
(E) aumento do salário mínimo 
39. (DPE-PR/PUC-PR/2012) Os principais instrumentos de política 
monetária à disposição do Banco Central são três: as reservas 
compulsórias, as operações de mercado aberto e as operações de 
redesconto. Com a utilização adequada de tais instrumentos, será 
possível ao Banco Central implementar uma política monetária 
expansionista ou uma política monetária restritiva. Assinale a 
alternativa que contém apenas ações que caracterizam uma política 
monetária restritiva: 
(A) Aumento da taxa de reservas compulsórias; compra de títulos da 
dívida pública; aumento da taxa de redesconto. 
(B) Redução da taxa de reservas compulsórias; venda de títulos 
públicos; redução da taxa de redesconto. 
(C) Redução da taxa de reservas compulsórias; compra de títulos 
públicos; redução da taxa de redesconto. 
(D) Aumento da taxa de reservas compulsórias; venda de títulos da 
dívida pública; redução da taxa de redesconto. 
(E) Aumento da taxa de reservas compulsórias; venda de títulos da 
dívida pública; aumento da taxa de redesconto. 
40. (Conab/Iades/2014) O instrumento de política monetária 
utilizado pelo Banco Central para cobrir a insuficiência de caixa das 
instituições financeiras, decorrente de problemas de liquidez, 
denomina-se 
(A) reservas bancárias. 
(B) redesconto. 
(C) operações de mercado aberto. 
(D) taxa de juros. 
(E) controle do crédito. 
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41. (Jucesc/Fepese/2013) A venda de títulos pelo Banco Central 
com o objetivo de infuenciar a base monetária é identifcada com a 
seguinte alternativa de política monetária: 
(A) operação de redesconto 
(B) operação de mercado aberto 
(C) operação para estabelecer depósito compulsório. 
(D) operação para estabelecer valor de taxa de juros de 
empréstimos. 
(E) operação para facilitação de normas para concessão de crédito. 
42. (CODESP-SP/FGV/2007) Diante de uma recessão econômica 
intensa, o governo pode adotar as seguintes medidas para estimular 
a economia: 
(A) política fiscal expansionista via redução de tributos e política 
monetária contracionista via aumento da taxa de juros. 
(B) política monetária expansionistavia redução do compulsório e 
política fiscal contracionista via redução do gasto público. 
(C) política fiscal expansionista via aumento de tributos e política 
monetária expansionista via compra de títulos públicos. 
(D) política monetária contracionista via redução da taxa de juros e 
política fiscal expansionista via aumento de gasto público. 
(E) política fiscal expansionista via redução de tributos e política 
monetária expansionista via redução do compulsório. 
43. (Banestes/Gran/2015) Uma diferença marcante entre o 
mercado primário e o mercado secundário é que: 
(A) no primeiro, não há influência direta no caixa da companhia 
emissora, enquanto, no segundo, há influência direta no caixa dessa 
companhia. 
(B) no primeiro, há influência direta no caixa da companhia 
emissora, enquanto, no segundo, não há influência direta no caixa 
dessa companhia. 
(C) no primeiro são produzidos os insumos básicos da economia, 
enquanto, no segundo, ocorre a industrialização do que foi 
produzido no primeiro. 
(D) no primeiro é onde alguém vende pela primeira vez algo que 
tinha comprado anteriormente. 
(E) no segundo é onde os recursos financeiros saem do bolso do 
investidor e vão para o caixa da empresa emissora. 
44. (Banpara/Espp/2012) Leia as afirmações abaixo sobre Mercado 
Primário e Secundário e assinale a alternativa correta. 
I. A operação de mercado primário implica o recebimento ou a 
entrega de moeda estrangeira por parte de clientes no País, 
correspondendo a fluxo de entrada ou de saída da moeda 
estrangeira do País. Esse é o caso das operações realizadas com 
exportadores, importadores, viajantes etc. 
II. Mercado secundário e também denominado mercado 
interbancário quando os negócios são realizados entre bancos. O 
cliente, pessoa física, negocia a compra/ venda da moeda 
estrangeira direto no guichê do banco. 
III. A operação de mercado primário não implica o recebimento ou 
entrega de moeda estrangeira no País. 
(A) Somente a afirmativa I está correta. 
(B) Somente a afirmativa II está correta. 
(C) Somente a afirmativa III está correta. 
(D) Todas as afirmativas estão corretas. 
(E) Todas as afirmativas estão incorretas. 
45. (BB/Gran Cursos/2015) As instituições financeiras e bancárias 
são chamadas de intermediárias financeiras porque captam recursos 
de um lado e emprestam do outro lado. Os bancos ganham dinheiro 
fazendo operações financeiras e operações acessórias. No que diz 
respeito a essas operações assinale a alternativa correta. 
(A) As aplicações e repasses, sob a ótica dos bancos, são operações 
passivas. 
(B) Nas operações acessórias há incidência de juros e correspondem 
às prestações de serviços realizadas pelos bancos. 
(C) Nas operações financeiras o banco efetua a cobrança de títulos, 
carnês e assemelhados e efetua também a arrecadação de tributos, 
recebendo tarifas por essa prestação de serviços. 
(D) As operações ativas correspondem às captações realizadas pelo 
bancos. 
(E) As operações financeiras podem ser classificadas de duas formas: 
passivas e ativas. 
46. (Banestes/Gran/2015) Segundo o Dicionário Aurélio, a palavra 
“mercado” em economia, significa o conjunto de compradores e 
vendedores e sua interação. Os produtos e serviços bancários 
podem ser divididos em três segmentos: operações passivas, 
operações ativas e operações acessórias. 
(A) são operações passivas: depósitos a vista, caderneta de 
poupança e cdc 
(B) são operações ativas: cheque especial, conta garantida e 
desconto de títulos 
(C) são operações acessórias: cobrança de títulos, arrecadação de 
tributos e hot money 
(D) São operações ativas: crédito direto ao consumidor, cartão de 
débito e leasing 
(E) são operações passivas: depósitos a prazo, conta corrente e 
financiamento imobiliário 
47. (BB/Gran/2015) Os empréstimos e os financiamentos são 
contratados junto a instituição financeira autorizada pelo Banco 
Central do Brasil a operar. A respeito das taxas de juros cobradas 
pelos bancos examine as seguintes afirmações: 
I - é a remuneração do capital emprestado. 
II - são aquelas praticadas no mercado, variando de instituição para 
instituição. 
III - são limitadas pelas autoridades monetárias. 
IV - são definidas pelo Copom em reuniões realizadas com a 
periodicidade em torno de 45 dias. 
Estão corretos os itens 
(A) I, II, III e IV. 
(B) I, II e IV, apenas. 
(C) I e III, apenas. 
(D) II e III, apenas. 
(E) I e II, apenas. 
48. (Banestes/Gran/2015) O spread bancário pode ser definido 
como 
(A) o custo total do banco na captação de recursos. 
(B) a taxa que o banco cobra nas suas operações ativas. 
(C) os custos variáveis que o banco tem na concessão dos 
empréstimos. 
(D) as tarifas que o banco cobra nas suas operações acessórias. 
(E) a diferença entre os juros cobrados pelo banco dos tomadores de 
empréstimos e o juros pagos na captação de recursos. 
49. (BB/Cespe/2012/Certificação Interna) O spread bancário pode 
ser definido como 
(A) o custo total do banco na concessão dos empréstimos. 
(B) a taxa que o banco cobra dos tomadores de empréstimos. 
(C) os custos variáveis que o banco tem na concessão dos 
empréstimos. 
(D) os custos fixos com os quais o banco tem de arcar na concessão 
dos empréstimos. 
(E) a diferença entre a taxa que o banco cobra dos tomadores de 
empréstimos e a taxa de captação. 
50. (Banestes/Gran/2015) Ao Conselho Monetário Nacional (CMN) 
compete 
(A) fixar as diretrizes e normas das políticas monetárias e cambiais e 
cuidar da execução dessas políticas. 
(B) zelar pela liquidez e pela solvência das instituições financeiras, 
bem como fiscalizá-las. 
(C) apoiar o Congresso Nacional nos assuntos relativos às políticas 
monetária, cambial e de crédito. 
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(D) reunir-se periodicamente com intervalo aproximado de 45 dias 
entre cada reunião. 
(E) expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem 
observadas pelas instituições financeiras. 
51. (BB/Cesgranrio/2015) A autonomia operacional do Banco 
Central (BC) tem sido um tema de debate entre os economistas. 
Nesse sentido, muitos analistas consideram que a condução da 
política monetária, atribuição do BC, pode eventualmente sofrer 
interferência de instâncias superiores do governo, em especial, no 
estabelecimento da meta inflacionária. Tal conclusão deriva do fato 
de que o estabelecimento dessa meta é atribuição 
(A) unicamente do presidente do BC, que pode sofrer pressões para 
estimular uma meta mais elevada. 
(B) do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos 
ministros da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão e 
pelo presidente do BC. 
(C) da equipe econômica definida pelo presidente da República, que 
anualmente se reúne para fixar a meta inflacionária, e o BC que 
deve persegui-la através da política de juros. 
(D) do presidente do BC e dos bancos públicos, dentre eles o Banco 
do Brasil, que definem as taxas de inflação para um prazo de dois 
anos. 
(E) do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a meta 
inflacionária anualmente e a meta da taxa de juros a ser alcançada 
para que a taxa de inflação convirja para sua meta. 
52. (BNB/FGV/2014) O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o 
órgão responsável pela fixação das diretrizes das políticas 
monetária, creditícia e cambial do país. Não cabem ao CMN funções 
executivas. O número de membros do CMN foi variável desde a sua 
criação (31/12/1964), de acordo com as exigências políticas e 
econômicas de cada Governo. Em razão da Lei nº 9.069/95, em 
vigor, o CMN passou a ser integrado por: 
(A) 11 (onze) membros; 
(B) 10 (dez) membros; 
(C) 8 (oito) membros; 
(D) 4 (quatro) membros; 
(E) 3 (três) membros. 
53. (BNB/FGV/2014) O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o 
órgão superior do Sistema Financeiro. A política do CMN objetiva: 
(A) regular o valor interno e externo da moeda; 
(B)controlar exclusivamente o fluxo de capitais estrangeiros; 
(C) realizar operações de redesconto e empréstimos, como 
instrumento de política monetária como auxílio a problemas de 
liquidez; 
(D) fiscalizar a interferência de outras sociedades nos mercados 
financeiros e de capitais; 
(E) emitir papel moeda e moeda metálica. 
54. (Banpara/Inaz-PA/2014/Contador) De acordo com a Lei n.º 
4.595/1964, são prerrogativas exclusivas do Conselho Monetário 
Nacional (CMN), exceto: 
(A) Estabelecer as diretrizes e normas da política cambial; 
(B) Regular o crédito, incluindo suas modalidades e operações de 
aceites, avais e de garantias. 
(C) Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições 
financeiras bancárias. 
(D) Emitir normas gerais de contabilidade e estatística a serem 
seguidas pelas instituições financeiras. 
(E) Remeter ao Congresso Nacional relatórios sobre o recolhimento 
de compulsórios. 
55. (Banpara/Inaz-PA/2014) Compete a ele fixar as metas de 
inflação e os respectivos intervalos de tolerância de acordo com a 
estratégia governamental: 
(A) CMN 
(B) BACEN 
(C) COPOM 
(D) SFN 
(E) CETIP 
56. (BB/Cesgranrio/2014) O Conselho Monetário Nacional (CMN) é 
a entidade máxima do sistema financeiro brasileiro, ao qual cabe 
(A) intervir diretamente nas instituições financeiras ilíquidas. 
(B) apurar e anunciar mensalmente a taxa de inflação oficial. 
(C) autorizar a emissão de papel-moeda. 
(D) fixar periodicamente a taxa de juros interbancária. 
(E) aprovar o orçamento do setor público federal. 
57. (BB/Cesgranrio/2014) Nos termos da Lei de regência, cabe ao 
Conselho Monetário Nacional determinar recolhimento de 
determinado percentual do total dos depósitos e/ou outros títulos 
contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição 
de letras ou obrigações do Tesouro Nacional, seja na compra de 
títulos da Dívida Pública Federal, ou ainda, através de recolhimento 
em espécie. Esse percentual corresponderá a até 
(A) 60% 
(B) 50% 
(C) 20% 
(D) 30% 
(E) 40% 
58. (Banpara/Espp/2012) Dentro do Sistema Financeiro Nacional, 
existe um subsistema normativo, em que consta um órgão máximo 
que estabelece diretrizes, mas não executa. Entre suas finalidades 
está a de estabelecer diretrizes gerais das políticas monetárias, 
cambial e creditícia, regular as condições de constituição, 
funcionamento e fiscalização das instituições financeiras e 
disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial. A esse 
órgão máximo dentro do SFN damos o nome de: 
(A) CVM 
(B) SUSEP 
(C) CMN 
(D) BACEN 
(E) IFs 
59. (Banestes/Idecan/2012/analista econômico-financeiro) O 
Sistema Financeiro Nacional é composto por instituições 
responsáveis pela captação de recursos financeiros, pela distribuição 
e circulação de valores e pela regulação deste processo. Em relação 
ao Sistema Financeiro Nacional, assinale a alternativa que completa 
correta e sequencialmente as afirmativas a seguir. 
“O _______________________________, seu organismo maior, 
presidido pelo _______________________________, é que define 
as diretrizes de atuação do Sistema Financeiro Nacional. 
Diretamente ligados a ele estão o 
_______________________________, que atua como seu órgão 
executivo e fiscalizador das instituições financeiras monetárias, e a 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que responde pela 
regulamentação e fomento do mercado de valores mobiliários (de 
bolsa e de balcão).” 
(A) Conselho Monetário Nacional (CMN) / Ministro da Fazenda / 
Banco Central do Brasil 
(B) Banco do Brasil (BB) / Ministro da Fazenda / Conselho Monetário 
Nacional (CMN) 
(C) Conselho Monetário Nacional (CMN) / Ministro do Planejamento 
Orçamento e Gestão / Banco Central do Brasil 
(D) Banco Central do Brasil (BACEN) / Ministro da Fazenda / Banco 
do Brasil (BB) 
(E) Ministério da Fazenda / Conselho Monetário Nacional (CMN) / 
Banco Central do Brasil (BACEN) 
60. (Banestes/Idecan/2012) A política do Conselho Monetário 
Nacional objetivará, EXCETO: 
(A) Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais 
necessidades da economia nacional e seu processo de 
desenvolvimento. 
(B) Efetuar o controle dos capitais estrangeiros. 
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(C) Regular o valor interno da moeda. 
(D) Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal 
e da dívida pública, interna e externa. 
(E) Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos 
financeiros. 
61. (FURP-SP/Funrio/2010) Constitui órgão normativo do Sistema 
Financeiro Nacional, sem funções executivas, responsável pela 
fixação das diretrizes das políticas monetária, creditícia e cambial, 
(A) o Banco Central do Brasil. 
(B) o Conselho Monetário Nacional. 
(C) o Banco Nacional de Desenvolvimento. 
(D) a Cooperativa Nacional de Crédito. 
(E) a Agência Nacional de Fomento. 
62. (EPE/Cesgranrio/2014) O Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES) é uma importante fonte de 
financiamento a longo prazo no Brasil. Os juros que ele cobra 
costumam compor-se de um custo financeiro básico, ao qual se 
adicionam taxas como as de remuneração do BNDES e de risco de 
crédito. O custo financeiro básico, em muitos casos, é a Taxa de 
Juros de Longo Prazo (TJLP), a qual atualmente é 
(A) fixada periodicamente nas reuniões do Comitê de Política 
Monetária do Banco Central. 
(B) fixada periodicamente pelo Conselho Monetário Nacional. 
(C) calculada pela média do custo do crédito ao consumidor no 
mercado bancário brasileiro. 
(D) calculada pela média do custo de crédito às empresas no 
mercado bancário brasileiro. 
(E) calculada pela média da inflação (IPCA) do trimestre anterior 
acrescida de 0,25% ao trimestre. 
63. (Basa/Cesgranrio/2015) O Banco Central do Brasil tem como 
missão institucional a estabilidade do poder de compra da moeda e 
a solidez do sistema financeiro nacional. Nesse sentido, é uma 
função do Banco Central 
(A) atuar como depositário das reservas em moeda estrangeira, 
lastreadas na dívida externa. 
(B) emitir papel-moeda e responsabilizar-se pela liquidez. 
(C) supervisionar apenas as instituições bancárias. 
(D) definir políticas e diretrizes para propiciar o aperfeiçoamento 
das instituições financeiras. 
(E) conceder liquidez aos bancos de câmbio e instituições financeiras 
em dificuldade. 
64. (Banestes/CKM/2015) Assinale a alternativa CORRETA quanto a 
uma das competências do Banco Central do Brasil: 
(A) Assegurar e fiscalizar o funcionamento eficiente das bolsas de 
valores, do mercado de balcão e das bolsas de mercadorias e 
futuros. 
(B) Executar a política monetária mediante utilização de títulos do 
Tesouro Nacional. 
(C) Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do 
mercado contra emissões irregulares de valores mobiliários, e 
contra atos ilegais de administradores de companhias abertas ou de 
carteira de valores mobiliários. 
(D) Apurar, mediante inquérito administrativo, atos ilegais e práticas 
não-equitativas de administradores de companhias abertas, e de 
quaisquer participantes do mercado de valores mobiliários, 
aplicando as penalidades previstas em lei. 
(E) Evitar ou coibir modalidades de fraude ou de manipulação que 
criem condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores 
mobiliários negociados no mercado. 
65. (Banestes/Gran/2015) No que diz respeito às atividades do 
Banco Central do Brasil, está correta a seguinte afirmativa: 
(A) está autorizado a instituir recolhimento compulsório de até 
100% sobre os depósitos à vista e de até 60% sobre as demais 
operações passivas das instituições financeiras. 
(B) realiza operações de redesconto bancário com o fim de 
assistência financeira de liquidez ao setor produtivo da economia. 
(C) realiza diariamente operações de mercado aberto, de compra e 
venda de títulos da dívida pública, com o objetivo de controlara 
liquidez das instituições financeiras. 
(D) define a meta para a inflação, medida pelo Índice Nacional de 
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), com intervalos de tolerância de 
mais ou menos 2%. 
(E) pode comprar e vender títulos públicos com o objetivo de 
capitalizar o Tesouro Nacional por meio das chamadas operações de 
redesconto de liquidez. 
66. (BNB/FGV/2014) O Banco Central do Brasil (BC ou BACEN) foi 
criado pela lei nº 4595, de 31/12/1964, para atuar como órgão 
executivo central do sistema financeiro, tendo como funções 
cumprir e fazer cumprir as disposições que regulam o 
funcionamento do sistema e as normas expedidas pelo CMN 
(Conselho Monetário Nacional). Entre as atribuições do Banco 
Central estão: 
(A) emitir papel-moeda, exercer o controle do crédito e exercer a 
fiscalização das instituições financeiras, punindo-as quando 
necessário; 
(B) determinar as taxas de recolhimento compulsório, autorizar as 
emissões de papel-moeda e estabelecer metas de inflação; 
(C) regulamentar as operações de redesconto de liquidez, coordenar 
as políticas monetárias creditícia e cambial e estabelecer metas de 
inflação; 
(D) regular o valor interno da moeda, regular o valor externo da 
moeda e zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; 
(E) determinar as taxas de recolhimento compulsório, regular o valor 
interno e externo da moeda e autorizar as emissões de papel-
moeda. 
67. (BB/Cesgranrio/2014) Em termos teóricos, podem ser 
conferidas ao Banco Central diversas atribuições, destacando-se, 
dentre elas, a de ser o Banco dos Bancos, o Único Banco Emissor ou 
o Banqueiro do Governo. Sob o enfoque de Banqueiro do Governo, 
o Banco Central deve ser o 
(A) financiador das obras de infraestrutura da União 
(B) emprestador de dinheiro para as obras de fomento 
(C) centralizador do caixa do governo 
(D) detentor do monopólio de órgão arrecadador da União 
(E) detentor do monopólio da distribuição do dinheiro 
68. (BB/Cesgranrio/2014) No Brasil, a condução e a operação 
diárias da política monetária, com o objetivo de estabilizar a 
economia, atingindo a meta de inflação e mantendo o sistema 
financeiro funcionando adequadamente, são uma responsabilidade 
do(a) 
(A) Caixa Econômica Federal 
(B) Comissão de Valores Mobiliários 
(C) Banco do Brasil 
(D) Banco Central do Brasil 
(E) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
69. (Basa/Cesgranrio/2013) As instituições que compõem o 
Sistema Financeiro Nacional exercem suas atividades de modo que 
todo sistema funcione adequadamente. O principal executor das 
orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por 
garantir o poder de compra da moeda nacional é 
(A) a Bolsa de Valores 
(B) a Superintendência Nacional de Seguros Privados - SUSEP 
(C) o Banco Central do Brasil 
(D) a Caixa Econômica 
(E) o Conselho Nacional de Seguros Privados 
70. (BB/Cespe/2013/Certificação Interna) Com relação às funções 
da moeda e aos agregados monetários, assinale a opção correta. 
(A) A aceitação da moeda pelo público decorre da existência de 
lastro em ouro armazenado no BACEN. 
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(B) A moeda pode ser utilizada como meio de troca entre os 
indivíduos e como unidade de conta, mas não como reserva de 
valor. 
(C) A base monetária não inclui os encaixes voluntários realizados 
pelos bancos comerciais no BACEN. 
(D) Os títulos públicos federais e as cotas de fundos de 
investimentos, dada sua alta liquidez, fazem parte do agregado 
monetário M2. 
(E) Os meios de pagamento de uma economia, que correspondem 
ao papel-moeda em poder do público e aos depósitos à vista nos 
bancos, possuem liquidez imediata. 
71. (BB/Cespe/2013/Certificação Interna) A realização de 
redesconto pelo BACEN consiste 
(A) no empréstimo de dinheiro aos bancos comerciais, sob taxa de 
juros e prazo determinados. 
(B) na compra de títulos públicos. 
(C) na venda de títulos públicos. 
(D) na custódia de parte dos depósitos à vista realizados pelos 
bancos comerciais. 
(E) no recebimento de dinheiro dos bancos comerciais, sem 
pagamento de juros. 
72. (BNDES/Cesgranrio/2013/Biblioteconomia) O órgão brasileiro 
responsável pelo controle da oferta monetária do país, ou seja, pelo 
montante total de dinheiro disponível para a população é o(a) 
(A) Ministério da Fazenda 
(B) Banco Central do Brasil 
(C) Conselho de Valores Mobiliários (CVM) 
(D) Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) 
(E) Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) 
73. (BB/Gran/2013) O Banco Central do Brasil adota como 
instrumento de política monetária 
(A) a meta para a Taxa Selic divulgada pelo Copom. 
(B) a fiscalização das instituições financeiras. 
(C) a fixação das tarifas cobradas pelas instituições financeiras. 
(D) o controle das operações no mercado de câmbio. 
(E) o recolhimento compulsório sobre as operações de crédito rural. 
74. (BB/Cespe/2012/Certificação Interna) Tendo em vista que o 
Banco Central do Brasil (BACEN) tem a missão de garantir um 
sistema financeiro sólido e eficiente e assegurar a estabilidade do 
poder de compra da moeda, assinale a opção correta. 
(A) O BACEN, como executor da política monetária, é o responsável 
pela produção das cédulas de dinheiro e a cunhagem de moedas 
metálicas no país. 
(B) Para atingir o objetivo de estabilidade da moeda, o BACEN utiliza 
os seguintes instrumentos de política monetária: recolhimento 
compulsório, operações de mercado aberto e operações de 
redesconto. 
(C) Entre as competências privativas do BACEN, entendidas como 
aquelas que não podem ser delegadas para qualquer outra 
instituição, inclui-se o estabelecimento da meta de inflação. 
(D) O BACEN, embora seja denominado de o banco dos bancos, 
delega os serviços de transferências de fundos e liquidações de 
operações entre bancos para instituições denominadas de clearings. 
(E) Compete ao BACEN expedir normas gerais de contabilidade e 
estatística a serem observadas por instituições financeiras. 
75. (Banestes/Idecan/2012/analista econômico-financeiro) Sobre o 
Sistema Financeiro Nacional (SFN), assinale a alternativa 
INCORRETA. 
(A) Considerando outros países da América Latina, o SFN apresenta 
uma estrutura com adequado nível de concorrência, distribuída 
entre instituições públicas e privadas e, no contexto destas últimas, 
entre capital nacional e estrangeiro. 
(B) É forçoso reconhecer que, num sistema financeiro dinâmico 
como o brasileiro, é natural a existência de uma movimentação 
entre agentes determinada pela constante busca por novas posições 
relativas no mercado - subordinada a forças puramente endógenas 
ao sistema. 
(C) É razoável admitir que eventual perda de competitividade de 
alguma instituição implique sua assimilação pelos concorrentes, a 
mudança de objeto social ou de nicho de mercado determinada por 
opções estratégicas ou, ainda, a saída pura e simples do mercado, 
sem que tais movimentos comprometam a higidez do sistema, o 
nível de concorrência entre as instituições e a oferta de serviços à 
população. 
(D) Sintonizados com o movimento de consolidação, os processos de 
reorganização não apresentaram nenhuma operação que 
discrepasse da tendência geral do sistema. Em alinhamento com as 
perspectivas do mercado, sobressaem novos empreendimentos 
autorizados pelo Banco Central nos segmentos de microfinanças e 
de financiamento ao consumo. 
(E) No segmento de crédito ao consumo e crédito pessoal, nos 
últimos meses, tem se observado um aumento considerável no 
custo do crédito, o que tem sido provocado pelas ações de política 
monetária contracionista por parte do Banco Central do Brasil. 
76. (Banestes/Idecan/2012) Marque a afirmativa correta. 
(A) O Conselho Monetário é composto por 3 membros: Ministro da 
Fazenda, Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e 
Presidente do Banco Central. 
(B) O Banco Centralé o órgão normativo máximo do Sistema 
Financeiro Nacional. 
(C) A Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o BNDES 
integram o subsistema normativo do Sistema Financeiro Nacional. 
(D) O Banco Central é responsável por regular e fiscalizar o mercado 
de capitais. 
(E) Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras é 
uma das funções do Banco Central. 
77. (Banestes/Idecan/2012) O Banco Central do Brasil, autarquia 
federal integrante do Sistema Financeiro Nacional, foi criado em 
31/12/64, com a promulgação da Lei nº 4.595. Entre as suas 
atribuições, pode-se destacar 
(A) efetuar operações de compra e venda de títulos públicos 
federais, executar os serviços do meio circulante e exercer o 
controle de crédito. 
(B) exercer a fiscalização das instituições financeiras, autorizar o 
funcionamento das instituições financeiras e orientar a aplicação 
dos recursos das instituições financeiras. 
(C) controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país, 
estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de 
direção nas instituições financeiras e autorizar o funcionamento das 
instituições financeiras. 
(D) exercer a fiscalização das instituições financeiras e centralizar o 
recolhimento e posterior aplicação dos recursos oriundos do Fundo 
de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). 
(E) prescrever os critérios de constituição das Sociedades 
Seguradoras, de Capitalização e Entidades de Previdência Privada 
Aberta e zelar pela adequada liquidez da economia. 
78. (BB/Cespe/2012/Certificação Interna) Como executor da 
política monetária, o BACEN 
(A) controla os meios de pagamento e o orçamento monetário da 
economia. 
(B) representa o SFN junto a instituições financeiras internacionais. 
(C) exerce a fiscalização das instituições financeiras. 
(D) funciona como gestor e fiel depositário das reservas 
internacionais. 
(E) emite papel-moeda e moeda metálica nas condições estipuladas 
pelo CMN. 
79. (Banrisul/FDRH/2005) Considere as seguintes atribuições. 
I - Executar os serviços de meio circulante. 
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II - Exercer o controle do crédito. 
III - Emitir títulos de responsabilidade própria. 
IV - Autorizar as emissões de papel-moeda. 
V - Fiscalizar as sociedades de capital aberto e o mercado de 
capitais. 
Quantas se incluem entre as atribuições do Banco Central do Brasil? 
(A) apenas a I e a II. 
(B) apenas a I, a II e a IV. 
(C) apenas a I, a III e a IV. 
(D) penas a II, a III e a V. 
(E) a I, a II, a III, a IV e a V. 
80. (Banrisul/FDRH/2005) O Banco Central do Brasil poderá 
expandir o agregado Monetário M1, também conhecido por meios 
de pagamento tipo 1, através das seguintes medidas: 
(A) elevação da taxa de redesconto e colocação líquida de títulos 
através de operações de mercado aberto. 
(B) elevação da taxa de compulsório e redução da taxa de 
redesconto. 
(C) elevação da taxa de compulsório e resgate líquido de títulos 
através de operações do mercado aberto. 
(D) redução da taxa de compulsório e colocação líquida de títulos 
através de operações do mercado aberto. 
(E) redução da taxa de redesconto e resgate líquido de títulos 
através de operações do mercado aberto. 
81. (BRDE/FDRH/2001) Os mercados financeiro e de capitais, 
conforme a lei que disciplina o mercado de capitais, Lei nº 4.728, de 
14 de julho de 1965, são disciplinados e fiscalizados, 
respectivamente, pelo 
(A) Banco do Brasil S/A e pelo Banco Central do Brasil. 
(B) Banco do Brasil S/A e pelo Conselho Monetário Nacional. 
(C) Banco Central do Brasil e pelo Conselho Monetário Nacional. 
(D) Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central do Brasil. 
(E) Conselho Monetário Nacional e pelo Ministério da Fazenda. 
82. (Banestes/Gran/2015) O Comitê de Política Monetária 
(Copom) do Banco Central tem o objetivo de estabelecer as 
diretrizes da política monetária e de definir uma determinada taxa 
de juros, denominada: 
(A) taxa de juros de longo prazo 
(B) taxa de juros referencial 
(C) taxa básica de juros 
(D) taxa de juros da poupança 
(E) taxa de juros do mercado monetário 
83. (BB/Cesgranrio/2015) O Banco Central do Brasil é um órgão do 
Subsistema Normativo do Sistema Financeiro Nacional. Ele 
determina, periodicamente, a taxa de juros de referência para as 
operações de um dia com títulos públicos, via atuação de seu(sua) 
(A) Comitê de Estabilidade Financeira (COMEF) 
(B) Comitê de Política Monetária (COPOM) 
(C) Conselho Monetário Nacional (CMN) 
(D) Conselho de Administração 
(E) Câmara de Compensação de cheques e outros papéis 
84. (BB/Gran/2015) O CMN - Conselho Monetário Nacional e o 
COPOM - Comitê de Política Monetária são dois importantes órgãos 
integrantes do Sistema Financeiro Nacional, possuindo as seguintes 
características: 
I. Todos componentes do CMN também fazem parte do COPOM. 
II. O CMN realiza 12 reuniões ordinárias a cada ano, uma a cada 
mês. 
III. O CMN reúne-se ordinariamente exatamente a cada 30 dias. 
IV. O COPOM reúne-se ordinariamente com a periodicidade em 
torno de 45 dias. 
Estão corretas as alternativas 
(A) I, somente. 
(B) I e II, somente. 
(C) I, II e III, somente. 
(D) II, III e IV, somente. 
(E) II e IV, somente. 
85. (BNB/FGV/2014) O Comitê de Política Monetária (Copom) do 
Banco Central tem o objetivo de estabelecer as diretrizes da política 
monetária e de definir a taxa de juros, sendo a sistemática de metas 
de inflação uma das principais diretrizes dessa política. Usualmente 
a meta de inflação tem sido definida por um valor central e as 
margens de tolerância, em pontos percentuais, para cima e para 
baixo. Para 2014, o valor central e as margens de tolerância foram 
fixadas, respectivamente, em: 
(A) dois e meio por cento, 2 pontos percentuais; 
(B) três e meio por cento, 2 pontos percentuais; 
(C) quatro e meio por cento, 2 pontos percentuais; 
(D) cinco por cento, 2 pontos percentuais; 
(E) seis e meio por cento, 1 ponto percentual. 
86. (Banpara/Inaz-PA/2014) Qual o órgão responsável pela 
definição da taxa Selic e seu ocasional viés: 
(A) CVM 
(B) COPOM 
(C) CMN 
(D) AMBID 
(E) ANBIMA 
87. (BB/Cesgranrio/2014) O Comitê de Política Monetária (Copom) 
do Banco Central do Brasil estabelece as ações que definem a 
política monetária do governo. O Copom 
(A) administra as reservas em divisas internacionais do Brasil. 
(B) determina periodicamente a taxa de juros interbancários de 
referência, a taxa Selic. 
(C) é presidido pelo Ministro da Fazenda. 
(D) impõe limites mínimos de capitalização aos bancos comerciais. 
(E) impede a entrada de capitais financeiros especulativos no país. 
88. (BB/FCC/2013) O Comitê de Política Monetária (COPOM), 
instituído pelo Banco Central do Brasil em 1996 e composto por 
membros daquela instituição, toma decisões 
(A) sobre a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). 
(B) a respeito dos depósitos compulsórios dos bancos comerciais. 
(C) de acordo com a maioria dos participantes nas reuniões 
periódicas de dois dias. 
(D) a serem ratificadas pelo Ministro da Fazenda. 
(E) conforme os votos da Diretoria Colegiada. 
89. (BNDES/Cesgranrio/2013/Contador) O Comitê de Política 
Monetária (Copom) realiza, mensalmente, duas sessões distintas: na 
terça-feira, a primeira, e, na quarta-feira, a segunda, com o objetivo 
formal de 
(A) estabelecer as metas de inflação. 
(B) implementar a política monetária. 
(C) efetuar o controle dos capitais estrangeiros. 
(D) disciplinar a emissão e a distribuição de valores monetários. 
(E) determinar a metodologia aplicada nas avaliações atuariais. 
90. (Manausprev/FCC/2015) Integram o Conselho Monetário 
Nacional − CMN: 
(A) o Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, o 
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, o Presidente do 
Banco Central do Brasil, o Presidente da Caixa Econômica Federal 
(Presidente) e o Presidentedo Banco do Brasil. 
(B) o Ministro-Chefe da Casa Civil, o Ministro do Planejamento, 
Orçamento e Gestão (Presidente), o Presidente do Banco Central do 
Brasil e o Presidente do Banco do Brasil. 
(C) o Ministro da Fazenda (Presidente), o Ministro do Planejamento, 
Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central do Brasil. 
(D) o Ministro da Integração Nacional, o Ministro do Planejamento, 
Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco do Brasil (Presidente). 
(E) o Ministro da Fazenda, o Presidente do Banco Central do Brasil e 
o Presidente do Banco do Brasil (Presidente). 
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91. (BB/Gran/2013) O ministro da Fazenda confirmou em 
entrevista à imprensa nesta quinta-feira, 03.05.2012, que para 
baixar juros, governo muda regra do rendimento da poupança. O 
Rendimento da caderneta de poupança será atrelado a variações na 
taxa básica de juros, a Selic 
http://revistaepoca.globo.com/Negocios-e-carreira/noticia/2012/05/para-baixar-juros-governo-muda-
regra-do-rendimento-da-poupanca.html 
Essa Selic mencionada pelo ministro é 
(A) a taxa calculada periodicamente pelo Copom - Comitê de Politica 
Monetária. 
(B) a taxa calculada periodicamente pelo CMN - Conselho Monetário 
Nacional. 
(C) a taxa que remunera os depósitos em caderneta de poupança 
realizados até 03.05.2012. 
(D) a taxa que incide nas operações de câmbio. 
(E) garante a rentabilidade dos Planos de Previdência Complementar 
Fechados. 
92. (Banestes/Idecan/2012) Em relação à política monetária, todas 
as afirmativas estão corretas, EXCETO: 
(A) No Sistema de Metas de Inflação implantado no Brasil em 1999, 
o CMN estabelece a meta de inflação com intervalo de tolerância de 
mais ou menos dois pontos percentuais. 
(B) O COPOM é responsável pela definição da meta SELIC e seu 
eventual viés. 
(C) Divulgar o Relatório de Inflação trimestralmente é uma das 
atribuições do COPOM. 
(D) O BACEN define as diretrizes e normas da política monetária, 
cuja execução fica a cargo do CMN. 
(E) O CMN é responsável pela definição da Meta de Inflação e o 
Banco Central é responsável pela definição da Meta SELIC. 
93. (Banrisul/FDRH/2010) Considere as seguintes afirmações sobre 
o Sistema Financeiro Nacional (SFN). 
I - O Banco Central do Brasil é o órgão responsável pela 
determinação da meta de inflação, de acordo com o Sistema de 
Metas de Inflação adotado no Brasil. 
II - O Comitê de Política Monetária (COPOM), composto por 
membros da Diretoria do Banco Central do Brasil, é quem fixa a 
meta para a taxa SELIC. 
III - O Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão normativo 
máximo do SFN, tem como atribuição a emissão do papel-moeda e 
da moeda metálica e a execução dos serviços do meio circulante. 
Quais estão corretas? 
(A) Apenas a I. 
(B) Apenas a II. 
(C) Apenas a III. 
(D) Apenas a I e a II. 
(E) Apenas a II e a III. 
94. (Banrisul/FDRH/2005) Em relação ao Certificado de Depósito 
Bancário (CDB), podemos afirmar que 
(A) é um título de renda variável. 
(B) é um título com alto risco de crédito e alta rentabilidade. 
(C) é um título intransferível por endosso. 
(D) os recursos captados por seu intermédio são repassados aos 
clientes na forma de empréstimo. 
(E) os seus rendimentos são sempre isentos de Imposto de Renda. 
95. (Basa/Cesgranrio/2015) As instituições financeiras que captam 
recursos para serem repassados às pessoas físicas e às pessoas 
jurídicas na forma de empréstimos, através da emissão de 
certificado de depósito bancário – CDB, são as(os) 
(A) corretoras de títulos e valores mobiliários 
(B) fundos de investimento 
(C) sociedades de arrendamento mercantil 
(D) distribuidoras de títulos e valores mobiliários 
(E) bancos comerciais 
96. (Basa/Cesgranrio/2015) Os bancos de investimentos foram 
criados para canalizar recursos de médio e longo prazos para capital 
fixo ou de giro das empresas. Uma das formas de captação desses 
bancos para essa finalidade é através de 
(A) emissão de debêntures 
(B) contas-correntes de livre movimentação 
(C) concessão de empréstimos para empreendimentos imobiliários 
(D) emissão de títulos públicos 
(E) emissão de CDB 
97. (Banpara/Inaz-PA/2014) Com relação a CDB é incorreto afirmar 
que: 
(A) Título de renda fixa, representativo de depósito à prazo, emitido 
por bancos múltiplos, de investimentos e comerciais. 
(B) É uma modalidade de aplicação que proporciona ao cliente 
remuneração sobre o seu capital, sendo obrigatoriamente emitido 
na forma nominativa, ou seja, com a identificação do investidor. 
(C) É admitida a sua negociação antes do vencimento, que depende 
das condições estabelecidas pela instituição emissora, e terá o seu 
valor de mercado apurado em função da taxa de juros corrente. 
(D) O CDB em qualquer modalidade não possui carência, no entanto, 
o investidor deve atender a incidência de IOF sobre resgates com 
prazo inferior a 30 dias da data de aplicação. 
(E) É um depósito à prazo, remunerado, que não pode ser resgatado 
antes do seu vencimento. Isso significa que é um investimento sem 
liquidez, ou seja, o investidor terá que esperar o dia do seu 
vencimento para ter o seu dinheiro de volta, acrescido da taxa de 
juros contratada. 
98. (Metrô-DF/Iades/2014/Economista) Os bancos comerciais 
atuam como parte na intermediação financeira, captando recursos 
dos agentes econômicos superavitários, os investidores, e 
disponibilizando-os para os agentes econômicos deficitários, os 
tomadores. A captação de recursos por meio de depósitos a prazo 
constitui-se, para o banco, em uma 
(A) operação ativa. 
(B) operação passiva. 
(C) aplicação financeira. 
(D) intermediação financeira. 
(E) aplicação de renda variável. 
99. (Basa/Cesgranrio/2013) Os títulos de renda fixa emitidos pelos 
bancos comerciais e pelos bancos de investimento destinados a 
lastrear operações de capital de giro são os 
(A) recibos e letras de câmbio 
(B) registros e títulos públicos federais 
(C) certificados e letras do tesouro nacional 
(D) certificados e recibos de depósito bancário 
(E) títulos federais e debêntures 
100. (Banestes/Idecan/2012) O certificado de depósito bancário é 
uma tradicional forma da captação de recursos no mercado 
financeiro. Entre suas características, pode-se destacar 
(A) emissão por bancos comerciais, bancos de investimento, bancos 
múltiplos e financeiras. 
(B) conta com a cobertura do fundo garantidor de crédito até o 
limite de R$250.000,00. 
(C) o prazo mínimo de emissão é 30 dias. 
(D) não permite a transferência de titularidade por endosso. 
(E) só pode ser emitido com remuneração prefixada. 
101. (Banrisul/FDRH/2005) Em relação ao Certificado de Depósito 
Bancário (CDB), podemos afirmar que 
(A) é um título de captação de recursos de utilização exclusiva de 
sociedade de crédito, financiamento e investimento (financeiras). 
(B) é um título que pode ser emitido por credores de crédito 
imobiliário. 
(C) é um título intransferível por endosso. 
(D) os recursos captados por seu intermédio são repassados aos 
clientes na forma de empréstimo. 
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(E) os seus rendimentos são sempre isentos de Imposto de Renda. 
102. (BB/Gran Cursos/2015) A respeito da caderneta de poupança, 
analise as seguintes afirmações: 
I. Os rendimentos da pessoa física são pagos a cada 30 dias e os da 
pessoa jurídica com fins lucrativos são pagos a cada 90 dias. 
II. As instituições financeiras podem cobrar tarifa de manutenção de 
contas de poupança quando não houver movimentação nos últimos 
seis meses, mediante autorização expressa do depositante. 
III. Um dos componentes da sua remuneração é a TR – Taxa 
Referencial, que varia diariamente, sendo por isso considerada 
como uma forma de investimento de renda variável. 
IV. Para os depósitos feitos até 03.05.2012, a poupança rende 0,5% 
ao mês, mais a variação da taxa de jurosde longo prazo (TJLP). 
Está(o) correta(s) 
(A) I, II e III, somente. 
(B) II e III, somente. 
(C) I e III, somente. 
(D) Nenhuma das alternativas. 
(E) III e IV, somente. 
103. (Basa/Cesgranrio/2015) Os rendimentos sobre depósitos de 
poupança realizados após 04/05/2012 são compostos de duas 
parcelas: 
I - a remuneração básica, dada pela Taxa Referencial - TR, e 
II - a remuneração adicional, correspondente a: 
a) x% ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for superior a 
y%; ou 
b) z% da meta da taxa Selic ao ano, mensalizada, vigente na data de 
início do período de rendimento, enquanto a meta da taxa Selic ao 
ano for igual ou inferior a y%. 
Para que o texto acima corresponda à remuneração da poupança tal 
como descrito pelo Banco Central do Brasil, os valores de x, y e z 
são, respectivamente 
(A) 0,5 ; 8,5 e 60 
(B) 0,6 ; 12 e 70 
(C) 0,5 ; 12 e 70 
(D) 0,5 ; 8,5 e 70 
(E) 0,6 ; 8,5 e 60 
104. (BB/Cesgranrio/2015) Tradicionalmente, o rendimento da 
Caderneta de Poupança sempre foi determinado pela variação da TR 
(Taxa Referencial) mais juros de 0,5% ao mês. Entretanto, os 
depósitos realizados a partir de 04/05/2012 têm rendimento 
vinculado à meta da taxa Selic. Desde então, se esta meta for igual 
ou menor que 8,5% ao ano, os juros da Caderneta de Poupança são 
(A) aumentados para 130% da Selic 
(B) aumentados para 130% da Selic mais a TR 
(C) aumentados para 100% da Selic 
(D) reduzidos para 70% da Selic 
(E) reduzidos para 70% da Selic mais a TR 
105. (BNB/FGV/2014) Com relação aos serviços bancários e 
financeiros, considere as seguintes afirmativas: 
(I) A conta especial de depósitos à vista (conta simplificada para 
clientes de baixa renda) é individual (apenas um titular). Cada 
cliente pode ter apenas uma conta e não pode ser correntista em 
qualquer outra instituição financeira. Essa conta está isenta de tarifa 
e possui franquia mensal de cinco extratos, cinco depósitos e cinco 
saques. 
(II) Bancos de investimento captam depósitos à vista e depósitos de 
poupança, atuando mais fortemente no crédito agrícola. 
(III) Depósitos a prazo, tais como CDB e RDB, são modalidades de 
investimento, geralmente classificadas em pós-fixadas, pré-fixadas e 
flutuantes. 
(IV) Só é possível a abertura de conta de investimento ao cliente que 
possuir pelo menos uma conta corrente de depósitos à vista, ainda 
que em instituição distinta. 
Assinale se: 
(A) somente II e III estiverem corretas; 
(B) somente III e IV estiverem corretas; 
(C) somente I, II e IV estiverem corretas; 
(D) I, II, III e IV estiverem corretas; 
(E) nenhuma afirmativa estiver correta. 
106. (Basa/Cesgranrio/2013) A caderneta de poupança é 
essencialmente uma alternativa de aplicação financeira bastante 
conservadora e segura ao aplicador, pois o governo garante os 
depósitos até certo limite. Outra vantagem deste tipo de aplicação é 
a 
(A) isenção de imposto de renda até certo limite de aplicação. 
(B) rentabilidade acima do mercado, quando comparada a outras 
aplicações. 
(C) ausência dos riscos de mercado nas aplicações. 
(D) isenção de taxas e tarifas bancárias. 
(E) possibilidade de sorteio de prêmios na data de aniversário da 
caderneta. 
107. (BB/FCC/2013) Para depósitos a partir de 04 de maio de 2012, 
caso a taxa básica de juros (Selic) seja de 8,5% ao ano ou inferior, o 
rendimento passa a ser de 70% dela acrescido da taxa referencial 
(TR). Trata-se de investimento em 
(A) Letra do Tesouro Nacional. 
(B) Caderneta de Poupança. 
(C) Recibo de Depósito Bancário. 
(D) Fundo de Renda Fixa. 
(E) Título de Capitalização. 
108. (BB/Gran/2013) O Ministro da Fazenda afirmou, em 
03.05.2012, que as novas regras da poupança aumentarão 
concorrência entre bancos. Ao explicar a nova fórmula de cálculo do 
rendimento, o ministro declarou que os fundos de investimento 
terão de reduzir a taxa de administração para manter os clientes. 
http://exame.abril.com.br/economia/noticias/novas-regras-da-poupanca-estimularao-concorrencia-
entre-os-bancos-avalia-mantega 
As novas regras na caderneta de poupança possibilitaram a seguinte 
situação: 
(A) cada banco pode pagar ao depositante de caderneta de 
poupança o rendimento que julgar conveniente. 
(B) quanto maior o porte da instituição financeira maior será o 
depósito mínimo inicial exigido do investidor. 
(C) a possibilidade de saque em qualquer momento sem perda 
alguma nos rendimentos. 
(D) as aplicações em fundos de investimento ficaram sujeitas ao 
pagamento de taxa de administração estipuladas pela Comissão de 
Valores Mobiliários. 
(E) a necessidade de redução da taxa de administração como forma 
de evitar a migração de investidores de fundos de investimentos 
para a Caderneta de Poupança. 
109. (BB/Gran/2012) Em 03.05.2012, o Ministro da Fazenda, fez 
pronunciamento afirmando que quem aplicou na poupança até 
aquele dia (3) não será afetado pelas novas regras de remuneração 
da caderneta. A alteração valerá apenas para os depósitos feitos e 
para as contas abertas a partir do dia seguinte (4). Ao explicar o 
novo cálculo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que 
os demais direitos dos aplicadores, como isenção de Imposto de 
Renda, possibilidade de resgate a qualquer momento e garantia dos 
depósitos até R$ 250 mil, em caso de quebra do banco, foram 
mantidos. 
adaptado de http://exame.abril.com.br/economia/noticias/poupadores-atuais-nao-perderao-
vantagem-com-nova-remuneracao-da-caderneta
 
As novas regras na caderneta de poupança envolvem: 
(A) valor mínimo de depósito. 
(B) uma única data de aniversário para cada conta. 
(C) diminuição do rendimento pago pela poupança. 
(D) prazo máximo para a aplicação 
(E) tributação pelo Imposto sobre Operações Financeiras - IOF. 
Banrisul 2015 
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110. (Sesc-BA/Funcab/2012) O ano de 2012 ficou marcado por 
algumas políticas econômicas que provocaram discussões até 
mesmo entre os leigos. Uma das ações econômicas adotadas pelo 
Governo Federal em 2012 foi: 
(A) a proibição das importações de produtos industrializados 
provenientes dos países asiáticos 
(B) o aumento sistemático da taxa de juros denominada Selic a um 
patamar superior a 15%. 
(C) a mudança na regra dos juros para depósitos em novas 
cadernetas de poupança. 
(D) o congelamento dos salários dos servidores públicos federais 
com 20 anos de serviço 
(E) a isenção de imposto de renda para todo contribuinte com 
salário de até 3 mil reais por mês. 
111. (Basa/Cesgranrio/2013) Atualmente os bancos oferecem 
diversas modalidades de crédito. A operação de crédito concedida 
para a aquisição de bens e serviços, com a opção de antecipação de 
pagamento das parcelas com deságio, é o 
(A) cartão de crédito 
(B) cheque especial 
(C) certificado de depósito interbancário 
(D) caderneta de poupança 
(E) crédito direto ao consumidor 
112. (Basa/Cesgranrio/2013) Atualmente os bancos oferecem 
diversas modalidades de crédito. A operação de crédito concedida 
para a aquisição de bens e serviços, com a opção de antecipação de 
pagamento das parcelas com deságio, é o 
(A) cartão de crédito 
(B) leasing 
(C) certificado de depósito interbancário 
(D) hot money 
(E) crédito direto ao consumidor 
113. (BB/FCC/2013) As operações denominadas Crédito Direto ao 
Consumidor são caracterizadas 
(A) pela não incidência de IOF para contratos com pessoa física. 
(B) por destinação ao financiamento de bens e serviços para pessoas 
físicas ou jurídicas. 
(C) pela dispensa da informação do Custo Efetivo Total para clientes 
correntistas dos bancos. 
(D) pela impossibilidade de antecipação de pagamento de parcelas. 
(E) pela ausência de gravame no caso de financiamento de veículos 
usados. 
114. (BNB/FGV/2014) Pedreira Pedra Mole Ltda. pretende 
descontar duplicatas perante o Banco X. Todos os títulos estão 
vencidos há mais de quarenta dias e sem pagamentopelo aceitante; 
também não houve protesto por falta de pagamento. Considerando-
se que a orientação do Banco X para desconto de duplicatas é 
sempre poder cobrar do endossante através de processo de 
execução, a conduta a ser adotada, com a correspondente 
justificativa, é: 
(A) recusar o desconto das duplicatas, porque, caso o Banco figure 
como endossatário, não poderá exercer o direito de regresso em 
face do endossante; 
(B) recusar o desconto das duplicatas, porque o aceite na duplicata é 
proibido, e seu descumprimento acarreta a perda do direito de ação 
em face dos coobrigados; 
(C) aceitar o desconto das duplicatas, porque será possível 
promover ação de execução em face do endossante, já que este é 
sempre um coobrigado pelo pagamento; 
(D) aceitar o desconto das duplicatas, porque será possível 
promover ação de execução em face do endossante, já que este é 
sempre um coobrigado pelo pagamento; 
(E) aceitar o desconto das duplicatas, desde que os títulos estejam 
protestados por falta de pagamento e acompanhados do 
comprovante de entrega da mercadoria. 
115. (Basa/Cesgranrio/2013) Os bancos oferecem diversas 
modalidades de crédito para as empresas ajustarem seu fluxo de 
caixa. Uma dessas modalidades é o desconto de títulos, que consiste 
na 
(A) liquidação antecipada de títulos dos clientes com um desconto 
nos juros proporcional ao prazo de antecipação. 
(B) antecipação de um direito (recebível), seja um boleto ou um 
cheque, feito pelo banco ao cliente, mediante a cobrança de uma 
taxa de juros. 
(C) prorrogação do vencimento de títulos (deveres) dos seus clientes 
para uma data futura, mediante a cobrança de uma taxa de juros. 
(D) alienação de recebíveis atrelados a bens móveis e imóveis com 
desconto na taxa de juros. 
(E) geração de descontos em tarifas e taxas bancárias para os 
clientes que realizarem os pagamentos de títulos pela internet. 
116. (Banpara/Inaz-PA/2014) Refere-se à deslocação de fundos ou 
capital de um país para outro por forma a conseguir ganhos rápidos 
devido a grandes diferenças nas taxas de juros. 
(A) Letra de Câmbio 
(B) TED 
(C) Hot Money 
(D) SISCOMEX 
(E) SWAP 
117. (Banpara/Espp/2012) Leia as sentenças sobre hot money e 
assinale a alternativa correta. 
I. Hot money, em sua origem, designa fundos aplicados em ativos 
financeiros, em diversos países, que atraem pela possibilidade de 
ganhos rápidos devido a elevadas taxas de juros ou a grandes 
diferenças cambiais. 
II. No Brasil, o termo hot money, amplamente empregado por 
bancos comerciais, por extensão de sentido aplica-se também a 
empréstimos de curtíssimo prazo com a finalidade de financiar o 
capital de giro das empresas para cobrir necessidades imediatas de 
recursos, sem contrato de empréstimo de caráter complexo. 
III. São operações de curtíssimo prazo. 
(A) Somente a afirmativa I está correta. 
(B) Somente a afirmativa II está correta. 
(C) Somente a afirmativa III está correta. 
(D) Todas afirmativas estão corretas. 
(E) Todas afirmativas estão incorretas. 
118. (BB/Cespe/2012/Certificação Interna) O imposto sobre 
serviços de qualquer natureza 
(A) é de competência exclusiva da União. 
(B) é de competência exclusiva dos estados. 
(C) não incide sobre a prestação de serviços relacionados ao setor 
bancário. 
(D) incide sobre a prestação de serviços de arrendamento mercantil 
(leasing). 
(E) incide sobre as operações de crédito, câmbio e seguro, ou 
relativas a títulos ou valores mobiliários. 
119. (Banpara/Espp/2012) O leasing é um contrato denominado na 
legislação brasileira como “arrendamento mercantil”. Sobre o 
leasing, leia as sentenças abaixo e assinale a alternativa correta. 
(A) Pessoa física não pode contratar uma operação de leasing. 
(B) Não existe limitação de prazo no contrato de leasing. É aplicado 
de acordo com a vida útil de cada bem. 
(C) O contrato de arrendamento mercantil pode prever ou não a 
opção de compra, pelo arrendatário, do bem de propriedade do 
arrendador. 
(D) O leasing é considerado uma operação de financiamento. 
(E) Não podemos afirmar que leasing é um arrendamento mercantil. 
120. (Banrisul/FDRH/2005) Chama-se leasing a operação 
(A) de financiamento do BNDES através da FINAME. 
(B) através da qual se obriga um fiador a garantir operação de 
crédito. 
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(C) que permite ao arrendatário o uso de um bem sem precisar 
comprá-lo. 
(D) de swap de taxa de juros. 
(E) que permite a internalização de recursos externos. 
121. (BB/Cespe/2013/Certificação Interna) Constituem objetivos do 
crédito rural, 
(A) favorecer o custeio oportuno e adequado da produção, estimular 
o incremento ordenado dos investimentos rurais e fortalecer o setor 
rural. 
(B) fortalecer o setor rural, financiar o pagamento de dívidas e de 
atividades deficitárias e incentivar a introdução de métodos 
racionais de produção. 
(C) antecipar a realização de lucros presumíveis, financiar o 
pagamento de dívidas e de atividades deficitárias e favorecer o 
custeio oportuno e adequado da produção. 
(D) incentivar a introdução de métodos racionais de produção, 
estimular o incremento ordenado dos investimentos rurais e 
amparar atividades sem caráter produtivo. 
(E) melhorar o padrão de vida das populações rurais, incentivar a 
introdução de métodos racionais de produção e antecipar a 
realização de lucros presumíveis. 
122. (BB/Cespe/2013/Certificação Interna) Os beneficiários do 
crédito rural no Brasil incluem 
(A) os produtores rurais, as cooperativas de produtores rurais e os 
estrangeiros residentes no exterior. 
(B) os projetos de incentivo à criação do caramujo gigante africano 
(Achatina fulica) e os sindicatos rurais. 
(C) as cooperativas de produtores rurais, os sindicatos rurais e as 
filiais de empresas com sede no exterior. 
(D) os produtores rurais, as cooperativas de produtores rurais e os 
prestadores de serviços mecanizados para fins agropecuários. 
(E) os estrangeiros residentes no exterior, os produtores rurais e os 
sindicatos rurais. 
123. (BB/Cespe/2013/Certificação Interna) De acordo com o BACEN, 
o crédito de custeio destina-se a cobrir despesas normais dos ciclos 
produtivos. O prazo máximo de reembolso desse tipo de crédito é 
de até 
(A) um ano, para atividades agrícolas, e de até 2 anos, para 
atividades de pecuária. 
(B) um ano, independentemente da atividade, podendo ser 
estendido por mais 6 meses. 
(C) seis meses, tanto para atividades agrícolas como para atividades 
de pecuária. 
(D) seis meses, para atividades agrícolas, e de até 1 ano, para 
atividades de pecuária. 
(E) dois anos, para atividades agrícolas, podendo ser estendido por 
mais 6 meses, para alguns tipos de cultivo de mandioca. 
124. (BB/Cespe/2013/Certificação Interna) O crédito de 
comercialização destina-se 
(A) ao custeio de atividades sem calendário climático definido. 
(B) à cobertura de despesas de atividades cujo retorno se estenda 
por diversos ciclos de produção. 
(C) à cobertura de despesas próprias da fase posterior à colheita da 
produção. 
(D) à cobertura de despesas da exploração das atividades agrícolas e 
pecuárias em um ciclo produtivo. 
(E) ao apoio de operações no mercado futuro de commodities 
agrícolas, de forma exclusiva. 
125. (BB/Cespe/2013/Certificação Interna) No Plano Agrícola e 
Pecuário 2013/2014, os grandes produtores rurais terão R$ 136 
bilhões para financiar a próxima safra. O volume disponibilizado será 
distribuído em R$ 97,6 bilhões para financiamentos de custeio e 
comercialização e R$ 38,4 bilhões para programas de investimento. 
A taxa de juros anual média será de 5,5%, podendo chegar a 3,5% 
em programas de aquisição de máquinas agrícolas, equipamentos 
de irrigação e estruturas de armazenagem. 
Internet: <www.ebc.com.br/noticias>. 
Tendo como referência o texto acima, assinale a opção correta a 
respeito do crédito rural

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