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FACULDADE DE TECNOLOGIA CENTEC 
CURSO DE ELETROMECÂNICA 
JOSÉ FERREIRA ROCHA 
 
 
 
 
 
 
 
A SOCIEDADE HUMANA COMO OBJETO DE ESTUDO 
 
 
 
 
 
Francisco Robson de Brito Gonçalves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUAZEIRO DO NORTE 
2006 
 
 
 1 
Sumário 
 
 
1.0 Introdução.................................................................................................. 02 
2.0 Ciências Sociais........................................................................................ 03 
2.1 Objeto das Ciências Sociais.................................................................... 03 
2.2 Objetivos.................................................................................................... 03 
2.3 Disciplinas das Ciências Sociais............................................................. 04 
3.0 Grécia Antiga – Fenômenos Sociais....................................................... 04 
4.0 Filosofia e Religião – O Século XV.......................................................... 06 
5.0 Platão......................................................................................................... 07 
6.0 Aristóteles................................................................................................. 07 
7.0 Os Primeiros Sociólogos......................................................................... 08 
8.0 Augusto Comte......................................................................................... 09 
9.0 Émile Durkheim......................................................................................... 10 
10.0 Sociologia do Trabalho.......................................................................... 11 
11.0 Taylor………………………………………………………………………….. 12 
12.0 Ford……………………………………………………………………………. 13 
13.0 Alvin Toffler…………………………………………………………………… 14 
14.0 Sociologia e a Sociedade Contemporânea.......................................... 15 
14.1 As Mudanças Sociais............................................................................. 16 
15.0 Globalização – Os Blocos Econômicos................................................ 18 
16.0 Conclusão................................................................................................ 26 
Referências Bibliográficas............................................................................. 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
1.0 INTRODUÇÃO 
 
 
O estudo tece considerações referentes ao homem, por meio das ciências sociais, 
abrangendo desde o início sociológico até a sociedade contemporânea promovido pelos 
primeiros sociólogos.Os aspectos que envolveram o homem até sua formação atual como: 
filosofia, religião, política, cultura e as mudanças sociais no decorrer do tempo. 
No presente trabalho, a grande importância de abranger a sociologia, uma das 
disciplinas das ciências sociais, desde a sua formação até as suas transformações ao longo do 
tempo, é uma maneira de estudar e compreender o comportamento do homem em meio à 
sociedade e os acontecimentos sociais provocados pelo o mesmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
2.0 Ciências Sociais 
 
A compreensão do conceito de ciência social nasce a partir da Revolução Industrial, 
quando problemas sociais aumentam, com o êxodo rural e crescimento das cidades, de forma 
prescritiva visando, basicamente, melhorar produção e distribuição. 
Entretanto, as ciências sociais são um ramo do conhecimento científico que estuda os 
aspectos humanos do mundo. Diferenciam-se das artes e das humanidades, em sentido lato, 
pela adoção de posturas teórico-metodológicas científicas e de rigorosos padrões de evidência 
no estudo da dimensão social do homem, incluindo métodos qualitativos e quantitativos. 
 
2.1 Objeto das Ciências Sociais 
 
É importante salientar que nas ciências sociais o objeto de estudo é subjetivo, e esta 
subjetividade é constituinte, portanto, da história, dos métodos, e da escrita das mesmas. As 
ciências sociais são a tentativa de entendimento das ações do homem e das representações 
que este forma sobre si mesmo e sobre o mundo. 
 
2.2 Objetivos 
 
Ao longo da história, os homens se defrontaram com diversos problemas, esses de 
ordens pessoal e social. Ocorreram, no entanto, diversas tentativas de resolução, mas 
infelizmente pouco foi resolvido e ainda mais nesse sentido, muito se agravou. É nesse dilema 
que o mundo moderno se instaura, e, as ciências sociais possibilitam a compreensão desse, em 
todos os seus movimentos, principalmente no que se diz respeito à composição social. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homem
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Humanidades&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_cient%C3%ADfico
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=M%C3%A9todo_qualitativo&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=M%C3%A9todo_qualitativo&action=edit
 4 
O principal objetivo dessa ciência é permitir a compreensão, de que tudo o que 
acontece no mundo interfere na vida particular dos seres. Nem todos os homens reconhecem 
isso e ainda muitos confundem seus dilemas pessoais com os sociais.Para explicar os de 
ordem pessoal, existem a Psicologia, a Psiquiatria, etc; Já os sociais são estudados pela: 
Sociologia, Ciência Política, Economia, Antropologia, História, etc. 
 
2.3 Disciplinas das Ciências Sociais 
 
São compostas pelas vertentes: antropologia, sociologia, ciências políticas (ou 
politologia), geografia e história. Segundo Max Weber, as ciências sociais seriam dotadas de 
uma "eterna juventude", ou seja, um espírito crítico e inquieto, que a tudo e a todos observa. 
Para outros autores, entre eles Merton esta "imaturidade" foi incômoda, revelaria uma 
fragilidade das disciplinas quanto ciências. Um dos grandes debates acerca das ciências sociais 
sempre girou em torno da "cientificidade" das mesmas. 
Entretanto, no Brasil, as ciências sociais e, respectivamente os seus cursos, 
resumem-se à sociologia, à antropologia e à ciência política (muitas vezes, para resumir, alguns 
dizem apenas que o curso é sociologia). 
 
3.0 Grécia Antiga – Fenômenos Sociais 
 A Grécia Antiga estava dividida em três regiões: Grécia Asiática (estreita faixa na Ásia 
Menor), Grécia Insular (ilhas dos mares Jônio e Egeu, inclusive Creta) e Grécia Continental (sul 
dos Bálcãs). O relevo montanhoso e o solo pouco fértil estimularam a navegação e dificultaram 
as comunicações internas das cidades – Estado, dedicadas ao pastoreio e ao comércio. 
 Os fenômenos sociais da Grécia Antiga ocorreram conforme os períodos. No Período 
Homérico começou com violentas invasões dos dórios. A llíada descreve a guerra de Tróia, e a 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_pol%C3%ADtica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Politologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Weber
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Merton&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_pol%C3%ADtica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia
 5 
Odisséia conta as aventuras de Ulisses (Odisseu) em seu retorno para casa. Nessa época, a 
sociedade organizava-se em génos, grandes famílias com antepassados comuns. Cada génos 
era chefiado por um patriarca e sua economia era natural e autosufiente. 
 O crescimento da população e a falta de solos férteis geraram conflitos que levaram à 
divisão dos bens e da terra. Daí resultou a desagregação dos génos, substituídos pela 
propriedade privada da terra e pela divisão da sociedade em classes. Surgiu também a 
escravidão. 
 No Período Arcaico os génos para se protegerem, uniram-se em fratrias, que por sua 
vez, agruparam-se em tribos. As tribos estabeleceram-seem lugares elevados, em fortalezas 
com muralhas. O local era a acrópole e em torno dela formaram-se as cidades, que estavam 
ligadas entre si por meio de laços culturais. 
 Entre os séculos VII a VI a.C., houve a colonização no litoral dos mares Mediterrâneo, 
Egeu e Negro. As pessoas iam para lá fugindo da miséria ou em busca de mercadores 
consumidores. 
 No Período Clássico, a Grécia Antiga atingiu o apogeu. Esse foi um tempo em que o 
mundo grego prosperou, com o fortalecimento das cidades-Estado e a produção de obras que 
marcariam profundamente a cultura e a mentalidade ocidental. Mas, foi também o período em 
que o mundo grego viu-se envolvido em longas e prolongadas guerras. 
 
4.0 Filosofia e Religião – O Século XV 
 
 A Idade Média inicia-se com a desorganização da vida política, econômica e social do 
Ocidente, agora transformado num mosaico de reinos bárbaros. Depois vieram as guerras, a 
fome e as grandes epidemias. O cristianismo propaga-se por diversos povos. A diminuição da 
atividade cultural transforma o homem comum num ser dominado por crenças e superstições. 
O período medieval não foi, porém, a "Idade das Trevas", como se acreditava. A 
filosofia clássica sobrevive, confinada nos mosteiros religiosos. O aristotelismo dissemina-se 
 6 
pelo Oriente bizantino, fazendo florescer os estudos filosóficos e as realizações científicas. No 
Ocidente, fundam-se as primeiras universidades, ocorre a fusão de elementos culturais greco-
romanos, cristãos e germânicos, e as obras de Aristóteles são traduzidas para o latim. 
Sob a influência da Igreja, as especulações se concentram em questões filosófico-
teológicas, tentando conciliar a fé e a razão. E é nesse esforço que Santo Agostinho e Santo 
Tomás de Aquino trazem à luz reflexão fundamental para a história do pensamento cristão. 
Ao longo do século V d.C, o Império Romano do Ocidente sofreu ataques constantes 
dos povos bárbaros. Do confronto desses povos invasores com a civilização romana decadente 
desenvolveu-se uma nova estruturação européia de vida social, política e econômica, que 
corresponde ao período medieval. 
Em meio ao esfacelamento do Império Romano, decorrente, em grande parte, das 
invasões germânicas, a Igreja católica conseguiu manter-se como instituição social mais 
organizada. Ela consolidou sua estrutura religiosa e difundiu o cristianismo entre os povos 
bárbaros, preservando muitos elementos da cultura pagã greco-romana. 
Apoiada em sua crescente influência religiosa, a Igreja passou a exercer importante 
papel político na sociedade medieval. Desempenhou, por exemplo, a função de órgão 
supranacional, conciliador das elites dominantes, contornando os problemas da fragmentação 
política e das rivalidades internas da nobreza feudal. Conquistou, também, vasta riqueza 
material: tornou-se dona de aproximadamente um terço das áreas cultiváveis da Europa 
ocidental, numa época em que a terra era a principal base de riqueza. Assim, pôde estender 
seu manto de poder "universalista" sobre diferentes regiões européias. 
 
 
 
 
 
http://www.mundodosfilosofos.com.br/aristoteles.htm
 7 
5.0 Platão 
 
 
 
 Um dos filósofos mais famosos da Grécia antiga, Platão foi o primeiro a usar o termo 
filosofia, que significa "amor à sabedoria". Platão, que nasceu por volta de 428 a.C., estudou 
uma grande variedade de assuntos. Entre suas idéias, destaca-se a teoria das formas, que 
declara que os objetos do mundo físico são apenas semelhantes ou partes das formas perfeitas 
do mundo ideal e que só as formas perfeitas podem ser objeto do verdadeiro conhecimento. 
O objetivo do filósofo, segundo Platão, é conhecer as formas perfeitas e instruir os 
demais para este conhecimento. 
 
6.0 Aristóteles 
 
 
 
 
 8 
Discípulo de Platão, filósofo da Grécia antiga, Aristóteles compartilhava com o mestre 
sua reverência em relação ao conhecimento humano, porém modificou muita das idéias 
platônicas para sublinhar a importância dos métodos fundamentados na observação e na 
experiência. 
Aristóteles estudou e sistematizou quase todos os ramos do conhecimento então 
existentes, elaborando as primeiras relações organizadas da biologia, da psicologia, da física e 
da teoria literária. Além disso, delimitou o campo conhecido como lógica formal, iniciou a 
zoologia e se manifestou acerca de quase todos os principais problemas filosóficos 
reconhecidos em seu tempo. 
Conhecido pelos pensadores medievais como "O filósofo", Aristóteles é talvez, 
historicamente, o pensador que tenha tido maior influência individual no desenvolvimento 
intelectual do Ocidente. 
 
7.0 Os Primeiros Sociólogos 
 
Existem quatro sociólogos considerados os principais precursores da sociologia: 
 Henri de Saint-Simon 
 Pierre-Joseph Proudhon 
 August Comte 
 Herbert Spencer 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_de_Saint-Simon
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre-Joseph_Proudhon
http://pt.wikipedia.org/wiki/August_Comte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Herbert_Spencer
 9 
8.0 Augusto Comte 
 
 Isidore Auguste Marie François Xavier Comte foi um filósofo francês e o pai da 
Sociologia. Nasceu em Montpellier, no dia 19 de janeiro de 1798. Filho de pais católicos e 
monarquistas fervorosos, sempre manteve relações com a família tempestuosas e Comte, que 
rejeitou as convicções dos pais ainda bem jovem, foi aluno brilhante, dos estudos básicos aos 
superiores, na Escola Politécnica de Paris. Nesse período, seu melhor amigo foi Henri de Saint-
Simon (1760-1825), expoente do socialismo utópico, com quem viria a romper mais tarde por 
questões ideológicas. 
Comte trabalhava intensamente na criação de uma "filosofia positiva" quando sofreu 
um colapso nervoso, em 1826. Recuperado, mergulhou na redação do Curso de Filosofia 
Positiva, que lhe tomou doze anos. Em 1842, por divergências com os superiores, perdeu o 
emprego de pesquisador na Politécnica e começou a ser ajudado por admiradores, como o 
pensador escocês John Stuart Mill (1773-1826). 
No mesmo ano, Comte se separou de Caroline Massin, após dezessete anos de 
casamento. Em 1845, apaixonou-se por Clotilde de Vaux, que morreria de tuberculose no ano 
seguinte. Clotilde seria idealizada por Comte como a expressão perfeita da humanidade. O 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia
 10 
filósofo, que dedicou os anos seguintes a escrever Sistema de Política Positiva, morreu de 
câncer em 1857, em Paris. 
 
9.0 Émile Durkheim 
 
 
 
Nasceu no dia 15 de abril de 1858 — Paris e, faleceu em 15 de novembro de 
1917.Foi o fundador da escola francesa de sociologia, posterior a Marx, que combinava a 
pesquisa empírica com a teoria sociológica. É reconhecido amplamente como um dos melhores 
teóricos do conceito da coerção social. 
Partindo da afirmação de que "os fatos sociais devem ser tratados como coisas", 
forneceu uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade, em que o normal 
seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa 
que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma 
existência tangível. Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve permitir a 
realização desse, desde que consiga integrar-se a essa estrutura. Para que reine certo 
consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento de uma solidariedade entre seus 
membros. Uma vez que a solidariedade varia segundo o grau de modernidade da sociedade, a 
norma moral tende a tornar-se norma jurídica, pois é preciso definir, numa sociedade moderna, 
regras de cooperação e troca de serviços entre os que participam do trabalho coletivo 
(preponderância progressiva da solidariedade orgânica). 
http://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_abril
http://pt.wikipedia.org/wiki/1858
http://pt.wikipedia.org/wiki/Parishttp://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_novembro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Marx
http://pt.wikipedia.org/wiki/Patologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Moral
http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito
http://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho
 11 
A sociologia fortaleceu-se graças a Durkheim e seus seguidores. Suas principais 
obras são: Da divisão social do trabalho (1893); Regras do método sociológico (1894); O 
suicídio (1897); As formas elementares de vida religiosa (1912). Fundou também a revista 
L'Année Sociologique, que afirmou a preeminência durkheimiana no mundo inteiro. 
 
10.0 Sociologia do Trabalho 
 
A sociologia surgiu como uma disciplina no século XIX, na forma de uma resposta 
acadêmica para um desafio de modernidade: se o mundo está ficando menor e mais integrado, 
a experiência de pessoas do mundo é crescentemente atomizada e dispersada. Sociólogos não 
só esperavam entender o que unia os grupos sociais, mas também desenvolver um "antídoto" 
para a desintegração social. 
Entretanto a sociologia é uma ciência que estuda as sociedades humanas e os 
processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições.Essa ciência não 
é apenas matéria de interesse de sociólogos, envolve também todas as áreas do convívio 
humano, desde as relações na família até a organização das grandes empresas e, desde o 
papel da política na sociedade até o comportamento religioso. 
 A sociologia interessa de modo acentuado a administradores, políticos, empresários, 
juristas, professores em geral, publicitários, jornalistas, planejadores, sacerdotes, mas, também, 
ao homem comum. 
Não compete à sociologia explicar tudo o que ocorre na sociedade em relação a todo 
o comportamento humano, pois muitos acontecimentos humanos escapam aos seus critérios. 
Ela toca, porém, em todos os domínios da existência humana em sociedade. 
 Por esta razão, a abordagem sociológica, através dos seus conceitos, teorias e 
métodos, podem constituir para as pessoas um excelente instrumento de compreensão das 
situações com que se defrontam na vida cotidiana, das suas múltiplas relações sociais e, 
conseqüentemente, de si mesmas como seres inevitavelmente sociais. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX
http://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%B5es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3o
 12 
Contudo a sociologia se ocupa com as observações do que é repetitivo nas relações 
sociais para daí formular generalizações teóricas. 
 
11.0 Taylor 
 
 
 
Frederick Winslow Taylor (Filadélfia, Pensilvânia, EUA,20 de Março de 1856 - 
Filadélfia, Pensilvânia, EUA, 21 de Março de 1915). 
Estadunidense, inicialmente técnico em mecânica e operário, formou-se engenheiro 
mecânico estudando à noite. É considerado o ―Pai da Administração Científica‖ por propor a 
utilização de métodos científicos cartesianos na administração de empresas. Seu foco era a 
eficiência e eficácia operacional na administração industrial. 
Sua orientação cartesiana extrema é ao mesmo tempo sua força e fraqueza. Seu 
controle inflexível, mecanicista, elevou enormemente o desempenho das indústrias em que 
atuou, todavia, igualmente gerou demissões, insatisfação e estresse para seus subordinados e 
sindicalistas. 
Elaborou os primeiros estudos essenciais: 
 Em relação ao desenvolvimento de pessoal e seus resultados, acreditava que 
oferecendo instruções sistemáticas e adequadas aos trabalhadores, ou seja, treinando-
os, haveria possibilidade de fazê-los produzir mais e com melhor qualidade. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Filad%C3%A9lfia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pensilv%C3%A2nia
http://pt.wikipedia.org/wiki/EUA
http://pt.wikipedia.org/wiki/20_de_Mar%C3%A7o
http://pt.wikipedia.org/wiki/1856
http://pt.wikipedia.org/wiki/21_de_Mar%C3%A7o
http://pt.wikipedia.org/wiki/1915
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estadunidense
 13 
 Em relação ao planejamento a atuação dos processos, achava que todo e qualquer 
trabalho necessita, preliminarmente, de um estudo para que seja determinada uma 
metodologia própria visando sempre o seu máximo desenvolvimento. 
 Em relação à produtividade e à participação dos recursos humanos, estabelecida a co-
participação entre o capital e o trabalho, cujo resultado refletirá em menores custos, 
salários mais elevados e, principalmente, em aumentos de níveis de produtividade. 
 Em relação ao autocontrole das atividades desenvolvidas e às normas procedimentais, 
introduziu o controle com o objetivo de que o trabalho seja executado de acordo com 
uma seqüência e um tempo pré-programados, de modo a não haver desperdício 
operacional. 
 Inseriu, também, a supervisão funcional, estabelecendo que todas as fases de um 
trabalho devem ser acompanhadas de modo a verificar se as operações estão sendo 
desenvolvidas em conformidades com as instruções programadas. Finalmente, apontou 
que estas instruções programadas devem, sistematicamente, ser transmitidas a todos os 
empregados. 
 
12.0 Ford 
 
 
Nasceu em Greenfield, Michigan, no ano de 1863 e, faleceu em Dearborn, no ano de 
1947. Criado numa fazenda, passou a infância desmontando coisas, especialmente relógios. 
 14 
Começou a carreira como mecânico, engenheiro e, depois, tornou-se dono de um império com 
siderúrgicas, usinas, navios, ferrovia e minas de carvão. Apesar de empresário genial, era mau 
administrador simplesmente gostava da fábrica e não do escritório, pois não tinha paciência 
para balanços, detestava banqueiros e mantinha dinheiro vivo no cofre. 
Também não era muito bom em marketing. Durante 19 anos, produziu apenas o 
Modelo T preto que era um dos slogans da campanha de vendas. Lançou o Modelo A em 1927, 
com mais cores, mas já estava sendo ultrapassado pela General Motors. 
Ford sofreu seu primeiro acidente vascular cerebral em 1938, o que o afastou da vida 
pública e morreu aos 83 anos de hemorragia cerebral. 
O fordismo teve seu ápice após a Segunda Guerra, e, nos anos 1970, houve queda 
da produtividade e lucros, o que obrigou a uma revisão da filosofia produtiva criada e 
implantada. 
 
 
13.0 Alvin Toffler 
 
Alvin Toffler tem hoje 70 anos e prepara-se para, depois de passado todo o 
'barulho' do milénio, nos voltar a surpreender, com uma obra cujo título ainda está no 
segredo dos deuses, mas cujo miolo essencial ele nos revelou nesta entrevista exclusiva 
realizada na cidade californiana onde agora vive. O que o preocupa, nos conturbados 
tempos que correm, é a transição complexa que a parte mais substancial do planeta, 
 15 
onde ainda campeia a pobreza em massa, vive num momento em que a nova economia 
e sociedade baseadas no conhecimento não são mais uma coisa do futuro. Basta olhar 
para o que se passa nos 'grandes' a Oriente, a Rússia ou a China. 
Também, a Europa lhe mereceu um comentário preocupado. Por detrás da 
euforia do euro, ele continua a ver um velho continente que resiste a mergulhar 
decididamente na Terceira Vaga. Se lhe perguntar uma marca européia símbolo desta 
vaga, ele apenas se lembra da SAP AG, a multinacional que dá cartas no software 
empresarial. 
Toffler tornou-se uma referência para a geração da 'terceira revolução industrial' 
quando cunhou com sucesso em 1980 o slogan da 'Terceira Vaga' na obra que definitivamente 
o colocou como um dos futuristas mais respeitados no mundo. 
 
14.0 Sociologia e a Sociedade Contemporânea 
 
A sociologia desde os séculos passados até os dias atuais, assim como as 
históricas experiências vividas pela sociedade, inspiradas com mais ou menos clareza 
em achados sociológicos, obrigam o ser humano a reconhecer a importância do 
esforço racional de um conhecimento sistemático das formas e conteúdos das 
relações sociais. 
 Nunca pretendendo monopolizar conhecimentos da vida e do homem, a 
sociologia apenas pode fornecer forma e conteúdo racionais e partilháveis dos 
processos e dasinterações dos homens entre si e deles com os ambientes que os 
cercam. É com as armas da racionalidade científica que a sociologia disputa com 
outras formas de conhecimento a aplicação prática de seus resultados em meio a 
sociedade. E mesmo essa aplicação, quando ocorre, é sempre contaminada por 
interesses e valores extras científicos, pois o ambiente onde se desenvolve a 
sociologia, desde a concepção até a aplicação, não é esterilizado. 
A sociologia está aparelhada atualmente, suficientemente forte para enfrentar 
as incertezas de uma sociedade e de uma realidade em mutação profunda e 
acelerada sem precisar apelar para muletas extra-científicas como são as crenças na 
 16 
vitória do bem sobre o mal ou no poder crescente e definitivo da racionalidade. Tais 
crenças são próprias de outras esferas do conhecimento e são pouco compatíveis 
com a modéstia que deve caracterizar a busca sistemática do conhecimento 
fidedigno, próprio da ciência. 
O século atual ensinou que a teoria sociológica não deve pretender ser 
abrangente no sentido de não deixar lugar para o desconhecido, para o indefinido, 
pois isso não é desejável e nem necessário. A ciência apenas é possível porque se 
pode afirmar algo sem que se saiba tudo, ou seja, a ciência é inexaurível. 
Contudo, a sociologia para a sociedade contemporânea se torna cada vez 
mais indispensável para o ser humano, no qual, o mesmo ainda é manipulado pelos 
veículos de massa e domesticado pela vida moderna. Mas, felizmente, de forma 
positiva, a produção sociológica parece ter, competentemente, exorcizado a lógica 
binária do sim e do não, do certo e do errado com a introdução de nuances 
conceituais e de múltiplas estratégias metodológicas que, deverá possibilitar, nas 
próximas décadas, uma sociologia adequada ao dinamismo do mundo produzido pela 
revolução científico-tecnológica. 
É essa revolução, de multidisciplinaridade e previsibilidade da ação social 
que define o panorama da sociologia contemporânea em uma sociologia de equipe e 
compatível com os desafios da sociedade do conhecimento, que já se iniciou desde 
os séculos passados. 
É em meio a todos a esses acontecimentos que a sociologia convive com 
uma sociedade de cultura múltipla e complexa, democraticamente tolerante, cujos 
problemas terão solução apenas quando apoiada no esforço de profissionais 
competentes em suas diferentes especialidades, cuja prática deriva da racionalidade 
científica. 
 
14.1 As Mudanças Sociais 
 
A revolução científico-tecnológica introduziu profundas mudanças nas bases 
e processos produtivos dominantes no mundo contemporâneo, tendo acarretado 
transformações radicais nas formas e nos conteúdos da interação social.Tais 
 17 
processos continuam em andamento e suas conseqüências, portanto, ainda irão 
aprofundar-se nas já instaladas economia e sociedade do conhecimento. 
A aproximação das distâncias, resultante da maior rapidez e melhor 
qualidade da comunicação, a transparência de conteúdos, igualmente decorrente das 
possibilidades criadas pelas novas tecnologias da informação, são exemplos desse 
fenômeno popularizado como globalização. Aproximam-se regiões e culturas, 
encurtam-se distâncias geográficas e sócio-culturais, aumenta o controle humano 
sobre processos físicos e vitais como fruto da utilização concreta dos conhecimentos 
científicos. 
São amplas as possibilidades de maior interação entre formas diversas 
(econômicas, políticas e culturais), criadas pelo avanço da ciência e da tecnologia, na 
constituição de um sistema global mais integrado. Entretanto, é ingênuo e falacioso 
supor que desse processo de globalização derive alguma homogeneização do 
mundo. Não há porque imaginar que toda a humanidade dele participe e nem que os 
participantes o façam de modo semelhante. 
Há resistências diversas à expansão dos efeitos da revolução científico-
tecnológica que se expressam nas múltiplas manifestações de fundamentalismos 
diversos, religiosos ou políticos, que grassam pelo mundo. 
O êxito da revolução científico-tecnológica, ainda em andamento, faz da 
ciência e da tecnologia fatores produtivos não apenas da economia, mas também das 
formas de comunicação, de organização e de mudança social. Essa sociedade do 
conhecimento em que a humanidade ingressa deverá sofrer, ainda, mudanças 
profundas, segundo se pode antecipar pelas inovações em curso. 
Nas próximas décadas prevê-se que todas as formas de comunicação do 
mundo sejam de voz, dados ou imagens que poderão ser transmitidas através de 
uma única fibra ótica, em apenas um segundo. Um transistor poderá ser feito de 
apenas um átomo e, os microprocessadores mais avançados não serão maiores do 
que uma molécula. Esses são, apenas, alguns exemplos do que está para vir e, 
evidentemente a produção e a distribuição desses bens e serviços não serão 
igualmente feitas pela face do planeta. 
 18 
A natureza e a extensão da diferenciação que se produz às mudanças entre 
sociedades e grupos constituem o desafio para a sociologia atualidade. 
 
15.0 Globalização – Os Blocos Econômicos 
 
 A globalização é um conjunto de transformações políticas, econômicas e 
culturais que pretende a integração do mundo e do pensamento em um só mercado. A 
idéia da globalização é conseqüência da velocidade com que, cada vez mais, as 
informações são processadas. 
A economia globalizada permite que haja um movimento em direção à 
globalização cultural. Hoje, por exemplo, através da Internet, um estudante ou 
pesquisador acessa, sem sair de casa, qualquer biblioteca ou universidade do planeta, 
assim como os acontecimentos no outro lado do mundo podem ser acompanhados on-
line e em tempo real. 
Apesar de a globalização uniformizar o pensamento, ela também o diferencia 
por sublinhar as características regionais e não deixar dúvidas, nos consumidores, de 
que aqueles que não detêm tecnologia estão excluídos do grande sistema que 
pretende gerar um pensamento universal. Porém, ainda é cedo para avaliar as 
conseqüências que esta interação terá sobre as culturas nacionais, principalmente nas 
dos países do terceiro mundo. Mas já se sabe que a vivência humana globalizada está 
criando uma nova ética, uma nova forma de pensamento e, nas novas gerações, uma 
posição mais compreensiva diante de outras maneiras de ser e viver. 
Atualmente, os blocos econômicos representam verdadeiros trampolins para 
a estruturação de um mercado globalizado formando assim, uma estrutura orgânica da 
economia mundial. 
A multiplicação dos acordos e blocos econômicos regionais constitui um dos fenômenos mais 
marcantes do pós-Guerra Fria. A antiga paisagem plana, onde se destacava o cume 
praticamente solitário da Comunidade Européia, foi preenchida por cordilheiras, montanhas e 
 19 
morros de blocos poderosos, intermediários ou pífios, ou apenas de projetos ambiciosos de 
megablocos transcontinentais. 
Atualmente, ao lado da União Européia, perfilam-se o Nafta, a Bacia do Pacífico e, 
em outra escala, o Mercosul, o Pacto Andino, o Mercado Comum Centro-Americano e muitos 
outros ainda menos significativos. Há também uma declaração política de países da APEC 
(Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) projetando para as primeiras décadas do novo século a 
formação de uma zona comercial envolvendo países asiáticos e americanos. 
A selva de blocos regionais não é habitada por uma única espécie de animais. 
Efetivamente, deve-se distinguir quatro tipos de tratados econômicos diferentes, e ainda uma 
modalidade de bloco regional espontâneo. 
O tipo de tratado econômico menos ambicioso consiste na Zona de Livre Comércio. A 
sua constituição envolve apenas um acordo entre Estados destinado a, na etapa final. eliminar 
as restrições tarifárias e não-tarifárias que incidem sobre a circulação de mercadorias entre os 
integrantes. Trata-se de um acordo circunscrito à esfera comercial, que não implica 
compromissos a respeito do intercâmbiode cada Estado com países externos ao bloco. 
Teoricamente, um integrante de determinada zona de livre comércio pode se associar a outras 
zonas similares. 
A finalidade de um tratado de livre comércio, do ponto de vista da teoria econômica, é 
ampliar a exposição da economia dos países integrantes à concorrência externa, a fim de 
estimular ganhos de produtividade na estrutura produtiva nacional. O Nafta é, atualmente, o 
mais ilustre representante dessa espécie que vaga pelas planícies da selva de blocos regionais. 
Um pouco mais ambicioso é o tratado de União Aduaneira. Trata-se também de um 
acordo circunscrito à esfera comercial, mas define duas metas: a eliminação das restrições 
alfandegárias e a fixação de uma tarifa externa comunitária. Essa tarifa externa consiste em um 
imposto de importação comum cobrado sobre mercadorias provenientes de países externos ao 
bloco. Obviamente, um integrante de determinada união aduaneira não pode se associar a 
outro tratado econômico que projete a eliminação de restrições comerciais. 
 20 
A finalidade de uma união aduaneira é atrair investimentos produtivos para o interior 
do território recoberto pelo tratado. As empresas que nele se instalam, sejam elas controladas 
por capitais internos ou externos, beneficiam-se do tamanho do mercado consumidor gerado 
pela regra de livre comércio e da proteção alfandegária comum contra a concorrência de 
empresas exteriores ao bloco. O Mercosul projeta tornar-se uma união aduaneira. 
Nos planaltos da selva dos blocos encontra-se o hábitat de um animal superior: o 
Mercado Comum. O tratado de Mercado Comum engloba as regras da união aduaneira, mas 
não se contenta com elas. Ele tem por objetivo assegurar, além da livre circulação de 
mercadorias, a de capitais, serviços e pessoas, através das fronteiras políticas dos países 
integrantes. Dessa forma, não se restringe à esfera comercial, invadindo os domínios da 
legislação industrial, ambiental, financeira e educacional. 
Em termos de teoria econômica, o mercado comum almeja estimular a integração 
internacional das corporações produtivas e financeiras no interior do bloco. A idéia consiste em 
unificar praticamente todas as dimensões dos mercados nacionais, criando um mercado 
regional poderoso, capaz de funcionar como trampolim para que as empresas instaladas no seu 
interior possam concorrer vantajosamente no espaço global. O grande representante dessa 
espécie é a União Européia. 
Nos cumes mais altos da selva, existe um animal mítico, que jamais viveu realmente: 
a União Econômica e Monetária, no qual é um mercado comum acrescido de uma moeda única. 
No seu interior, as moedas nacionais seriam substituídas por uma divisa comunitária, emitida e 
controlada por um banco central supranacional. 
Por isso, diferentes análises podem conduzir a distintas delimitações dessas áreas. 
Pelo mesmo motivo, com o tempo, áreas desse tipo se alastram ou se contraem, 
independentemente da vontade dos governos ou da ação dos diplomatas. 
UNIÃO EUROPÉIA 
 21 
O mais antigo dos blocos regionais nasceu no ambiente bipolar da Guerra Fria, que a 
estruturou internamente. Essa estrutura herdada de um sistema internacional que desapareceu 
encontrasse atualmente em crise. 
O Tratado de Roma de 1957 criou a Comunidade Européia (CE), ampliando o 
alcance da Comunidade do Carvão e do Aço que tinha sido estabelecida cinco anos antes. Na 
base desse primeiro acordo europeu estava a reaproximação entre a França e a Alemanha – 
que era, então, a Alemanha ocidental - promovida pela bipartição do Velho Continente em 
esferas geopolíticas antagônicas. Franceses e alemães enterravam séculos de desconfianças e 
guerras e assentavam os alicerces para a cooperação política através,, de um tratado 
econômico. A sombra da União Soviética funcionava como solda da liga franco-alemã. Os 
alargamentos geográficos da Europa comunitária, durante a Guerra Fria, transformaram o bloco 
inicial de seis Estados na Comunidade dos Doze, configurada em 1986. A adesão mais 
importante, política e economicamente, foi a da Grã-Bretanha, em 1973, alcançada depois de 
quinze anos de desacordos e intrigas entre Paris e Londres. Essa adesão representou a 
completa integração geopolítica da Comunidade ao ocidente liderado pelos Estados Unidos. 
Mas o percurso que conduziu à Comunidade dos Doze jamais alterou a estrutura 
básica do bloco, definida pelo limite estratégico da Cortina de Ferro e pelo eixo franco-alemão, 
que determinava o sentido e o conteúdo da existência comunitária. 
O encerramento da Guerra Fria e a reunificação alemã representaram uma completa 
reformulação do equilíbrio geopolítico europeu. As suas repercussões na Comunidade Européia 
continuam a se fazer sentir, principalmente sob a forma da crise do eixo franco-alemão. 
O primeiro alargamento comunitário no pós-Guerra Fria, em 1995, envolveu o 
ingresso de três antigos Estados neutros: Áustria, Suécia e Finlândia. Simultaneamente, a 
transição para a economia de mercado nos países do antigo bloco soviético sustentava novos 
pedidos de adesão. Na virada do século, a União Européia poderá abrigar a Polônia, a Hungria, 
a República Tcheca, a Eslovênia e, talvez, outros países da Europa centro-oriental. 
Os alargamentos comunitários projetados representam a reconstituição do espaço 
europeu integrado que existiu antes da Segunda Guerra Mundial. A nova organização do 
 22 
espaço europeu significará a soldagem da periferia centro-oriental ao núcleo econômico da 
União. Entretanto, também significará um realinhamento na geometria européia, com a 
consolidação da liderança da Alemanha unificada. A maior economia do Velho Mundo retomará 
a sua função de elo de ligação entre o oeste e o leste do continente e espraiará a sua influência 
para os países do antigo bloco soviético. Em contrapartida, o peso e a influência da França 
serão reduzidos. 
O novo alargamento comunitário acentua as diferenças entre as economias da União, 
multiplicando as dificuldades associadas à implantação da moeda única prevista no Tratado de 
Maastricht. A necessidade de combinar o alargamento geográfico com o cronograma de 
aprofundamento da integração gerou a idéia da "Europa a múltiplas velocidades". Segundo 
esse esquema, um pequeno núcleo de cinco ou seis países adotaria a moeda única nos prazos 
de Maastricht, enquanto o restante dos países permaneceria, por mais algum tempo, com as 
suas moedas nacionais. Esse duplo processo desenha os novos contornos da Europa 
comunitária, no pós-Guerra Fria. 
Do bloco econômico europeu emana um campo vasto de influência, que se estende 
para o leste na direção da Rússia e das repúblicas ocidentais da CEI, e para o sul na direção da 
África do Norte e Oriente Médio. Esse amplo espaço geográfico orienta-se cada vez mais para 
a órbita do marco alemão e, no futuro, do Euro, a moeda única comunitária. 
NAFTA E MERCOSUL 
O Nafta surgiu como fruto das políticas comerciais do,, Estados Unidos para o pós-
Guerra Fria. Ele foi constituído em duas etapas: na primeira, os Estados Unidos firmaram um 
acordo bilateral de livre comércio com o Canadá; na segunda, em 1994, o México foi 
incorporado ao bloco. 
A estratégia do Nafta representava uma cartada americana para a eventualidade de 
fracasso das negociações comerciais multilaterais do GATT. Nesse caso, o Nafta estava 
projetado para constituir a pedra inicial de uma imensa zona de livre comércio das Américas. O 
alvo visado era a União Européia que, liderada pela França, entravava as negociações sobre o 
comércio de produtos agro-industriais. 
 23 
O acordo finalmente alcançado nas negociações com a União Européia refreou o 
ímpeto de Washington. Quase ao mesmo tempo, o colapso econômico mexicano de 1995, 
provocado por uma crise aguda nas contas externas do país, reativou as críticas de setores 
políticos e sindicais dos Estados Unidos aos projetos de ampliação do Nafta. O Chile, quenegociava a sua adesão, foi levado a orientar-se para o Mercosul, sem abandonar a meta de 
associação ao Nafta. Entretanto, a política externa americana não abandonou a meta da zona 
hemisférica de livre comércio: afinal, a América Latina constitui a única macro-área geográfica 
com a qual os Estados Unidos exibem saldos comerciais positivos. 
O Mercosul, instituído pelo Tratado de Assunção de 1991, surgiu também a partir de 
motivações Políticas: tratava-se de romper o padrão de rivalidade histórica entre o Brasil l e a 
Argentina. Além disso, ele representava uma estratégia dos governos de Brasília e Buenos 
Aires para promover a abertura das economias de ambos os países, expondo-os à concorrência 
externa e atraindo investimentos internacionais. 
Mas, na ótica da política externa brasileira, o Mercosul constitui também uma 
resposta às iniciativas comerciais americanas e ao projeto de uma zona hemisférica de livre 
comércio negociada nos termos de Washington. A estratégia brasileira - definida no jargão 
diplomático como "política de building blocks" - consiste em consolidar o bloco do Cone Sul e, 
em seguida, estabelecer uma área de livre comércio sul-americana. Essas iniciativas formariam 
o alicerce para as negociações futuras da zona hemisférica proposta pelos Estados Unidos. Os 
acordos de livre comércio firmados pelo Mercosul com o Chile e a Bolívia e a abertura de 
negociações para a cooperação entre o Mercosul e a União Européia inscrevem-se nessa 
estratégia. 
O Nafta e, em outra escala, o Mercosul, estruturam blocos econômicos nos dois 
extremos latitudinais do continente americano. Contudo, entre eles, outros tratados comerciais 
agrupam os países da região andina, do Caribe e do istmo centro-americano. Esse conjunto 
heterogêneo de blocos comerciais novos ou antigos atravessa processos de redefinição 
impulsionados pela abertura das economias latinoamericanas à concorrência externa. A 
configuração de uma zona hemisférica de livre comércio representa apenas uma das 
possibilidades para a integração dos países do continente na economia global. 
 24 
A BACIA DO PACÍFICO 
A expressão Bacia do Pacífico associou-se à noção de um bloco econômico na 
década de 1970, quando os chamados Dragões Asiáticos - Hong Kong, Cingapura, Taiwan e 
Coréia do Sul - empreenderam a sua acelerada arrancada industrial. 
Em parte, essa arrancada foi impulsionada por investimentos japoneses diretos, 
deslocados do arquipélago pelo aumento dos custos de produção associado aos choques de 
preços do petróleo e à elevação dos salários internos. 
Uma década depois, outros Dragões despontavam: Tailândia, Malásia e Indonésia. 
Mais uma vez, os capitais industriais japoneses desempenharam o papel de alavancagem. Em 
meados da década de 1980, o iene conhecia um movimento de valorização diante do dólar, 
puxando para cima os custos de produção no interior do Japão e favorecendo os investimentos 
no exterior. Atualmente, a difusão da economia industrial na macro-área alcança as Filipinas e o 
Vietnã, evidenciando o vigor da dinâmica regional de integração. 
Esse percurso de difusão regional da indústria gerou a crença de que se tratava de 
um fenômeno vinculado exclusivamente à internacionalização da base produtiva japonesa. 
Contudo, a análise dos investimentos estrangeiros diretos na Ásia revela uma realidade mais 
complexa. 
No início do processo, os capitais japoneses (e americanos) efetivamente cumpriram 
funções decisivas nas arrancadas industriais. Porém, um pouco mais tarde, declina a 
importância dos investimentos americanos e, principalmente, verifica-se uma explosão de 
investimentos internacionais provenientes de grupos econômicos dos próprios Dragões 
Asiáticos. São capitais de Hong Kong, Cingapura, Taiwan e Coréia do Sul procurando 
oportunidades na Tailândia, na Indonésia, na Malásia e, acima de tudo, na China Popular. 
A modernização da economia industrial da China Popular - empurrada pela política de 
abertura conduzida a partir da cúpula do Partido Comunista - é um componente fundamental do 
chamado "milagre asiático". Os baixos custos da abundante força de trabalho, os vastos 
recursos naturais, as oportunidades de investimento em infra-estruturas de transportes, 
 25 
comunicações e hotelaria, as garantias fornecidas pelos donos do poder na China tudo isso 
atrai as corporações empresariais asiáticas para o novo oceano da economia de mercado que 
se abre. 
A dinâmica desses investimentos relaciona-se com a presença de uma vasta elite 
econômica de origem chinesa disseminada pela Ásia meridional e oriental. A diáspora de 
chineses étnicos na macro-área compreende mais de 50 milhões de pessoas, que se 
deslocaram da China desde o século XVII. Em Taiwan e Hong Kong - as "Chinas exteriores" - 
eles são quase a totalidade da população. Na cidade-Estado de Cingapura, formam a maioria 
da população, mas também representam minorias significativas na Malásia e Tailândia. Porém, 
o que mais impressiona é a sua participação nas economias locais: os chineses étnicos 
controlam as economias de Cingapura e Malásia e têm um peso determinante nas economias 
da Tailândia, da Indonésia e das Filipinas. A antiga colônia britânica de Hong Kong funciona 
como porta de entrada na China Popular dos investimentos dos chineses étnicos que têm as 
suas bases no exterior. 
Os Dragões Asiáticos surgiram como "plataformas de exportação", orientando a sua 
economia industrial para os mercados do Ocidente e para o Japão. Do ponto de vista comercial, 
portanto, a integração regional era bastante fraca e tornava-se difícil, inclusive, caracterizar 
esse conjunto heterogêneo de países e cidades-Estado como um bloco econômico. 
Entretanto, as sucessivas ondas de investimentos internacionais e o próprio 
crescimento econômico regional modificaram esse panorama. De um lado, ampliou-se o 
consumo interno de países como Taiwan e Coréia do Sul, onde a renda da população 
conheceu um forte aumento. De outro, as unidades de produção implantadas na região 
passaram a importar máquinas, equipamentos e serviços das suas matrizes, muitas vezes 
situadas em outros países asiáticos. Esses fenômenos dinamizaram as trocas intra-regionais, 
configurando um verdadeiro bloco econômico. 
 
 
 26 
16.0 Conclusão 
 
Apesar de uma sociedade contemporânea marcada pela sofisticação, 
tecnologia, conhecimento, globalização, o homem ainda convive com muitos problemas 
sociais, no qual, estão estagnados desde séculos passados. 
Contudo vivemos num mundo que ainda busca o desconhecido, 
transformações essas que chamamos de mudanças sociais. Mas, a grande convicção 
de mudança e desenvolvimento para o ser humano, não está apenas nas teorias 
científicas mas, também, em outras até então utópicas que se baseia na harmonia do 
ser humano e das transformações ocorrida, principalmente, em seu interior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
FLORENZANO, Maria Beatriz B. O mundo antigo; economia e sociedade. 
 13ª ed. São Paulo, Brasiliense, 1994. (Coleção Tudo é história) 
 
BIASOLI, Vítor. O mundo grego. São Paulo, FTD, 1995.(Coleção Para conhecer melhor) 
 
BOULOS, Júnior Alfredo. História geral; antiga e medieval.São Paulo, FTD, 1997.] 
 
CAMPOS, Raymundo Carlos Bandeira. História Geral. São Paulo, FTD, 1991. 
 
Textos que retratam sobre diversas biografias. Disponível 
em:http://www.netsaber.com.br/biografias. Acesso em: 17 mai. 2006. 
 
Enciclopédia da wikipedia. Contém vários artigos sobre ciências sociais, filósofos, religião, etc. 
Disponível em:http://pt.wikipedia.org/wiki. Acesso em: 12 mai. 2006. 
 
Site de busca no qual, foi pesquisado sobre sociólogos. Disponível em: 
http://www.culturabrasil.pro.br/durkheim.htm. Acesso em: 22 mai. 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.netsaber.com.br/biografias
http://www.culturabrasil.pro.br/durkheim.htm

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