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FACULDADE DE TECNOLOGIA CENTEC CURSO DE ELETROMECÂNICA JOSÉ FERREIRA ROCHA A SOCIEDADE HUMANA COMO OBJETO DE ESTUDO Francisco Robson de Brito Gonçalves JUAZEIRO DO NORTE 2006 1 Sumário 1.0 Introdução.................................................................................................. 02 2.0 Ciências Sociais........................................................................................ 03 2.1 Objeto das Ciências Sociais.................................................................... 03 2.2 Objetivos.................................................................................................... 03 2.3 Disciplinas das Ciências Sociais............................................................. 04 3.0 Grécia Antiga – Fenômenos Sociais....................................................... 04 4.0 Filosofia e Religião – O Século XV.......................................................... 06 5.0 Platão......................................................................................................... 07 6.0 Aristóteles................................................................................................. 07 7.0 Os Primeiros Sociólogos......................................................................... 08 8.0 Augusto Comte......................................................................................... 09 9.0 Émile Durkheim......................................................................................... 10 10.0 Sociologia do Trabalho.......................................................................... 11 11.0 Taylor………………………………………………………………………….. 12 12.0 Ford……………………………………………………………………………. 13 13.0 Alvin Toffler…………………………………………………………………… 14 14.0 Sociologia e a Sociedade Contemporânea.......................................... 15 14.1 As Mudanças Sociais............................................................................. 16 15.0 Globalização – Os Blocos Econômicos................................................ 18 16.0 Conclusão................................................................................................ 26 Referências Bibliográficas............................................................................. 27 2 1.0 INTRODUÇÃO O estudo tece considerações referentes ao homem, por meio das ciências sociais, abrangendo desde o início sociológico até a sociedade contemporânea promovido pelos primeiros sociólogos.Os aspectos que envolveram o homem até sua formação atual como: filosofia, religião, política, cultura e as mudanças sociais no decorrer do tempo. No presente trabalho, a grande importância de abranger a sociologia, uma das disciplinas das ciências sociais, desde a sua formação até as suas transformações ao longo do tempo, é uma maneira de estudar e compreender o comportamento do homem em meio à sociedade e os acontecimentos sociais provocados pelo o mesmo. 3 2.0 Ciências Sociais A compreensão do conceito de ciência social nasce a partir da Revolução Industrial, quando problemas sociais aumentam, com o êxodo rural e crescimento das cidades, de forma prescritiva visando, basicamente, melhorar produção e distribuição. Entretanto, as ciências sociais são um ramo do conhecimento científico que estuda os aspectos humanos do mundo. Diferenciam-se das artes e das humanidades, em sentido lato, pela adoção de posturas teórico-metodológicas científicas e de rigorosos padrões de evidência no estudo da dimensão social do homem, incluindo métodos qualitativos e quantitativos. 2.1 Objeto das Ciências Sociais É importante salientar que nas ciências sociais o objeto de estudo é subjetivo, e esta subjetividade é constituinte, portanto, da história, dos métodos, e da escrita das mesmas. As ciências sociais são a tentativa de entendimento das ações do homem e das representações que este forma sobre si mesmo e sobre o mundo. 2.2 Objetivos Ao longo da história, os homens se defrontaram com diversos problemas, esses de ordens pessoal e social. Ocorreram, no entanto, diversas tentativas de resolução, mas infelizmente pouco foi resolvido e ainda mais nesse sentido, muito se agravou. É nesse dilema que o mundo moderno se instaura, e, as ciências sociais possibilitam a compreensão desse, em todos os seus movimentos, principalmente no que se diz respeito à composição social. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia http://pt.wikipedia.org/wiki/Homem http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Humanidades&action=edit http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_cient%C3%ADfico http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=M%C3%A9todo_qualitativo&action=edit http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=M%C3%A9todo_qualitativo&action=edit 4 O principal objetivo dessa ciência é permitir a compreensão, de que tudo o que acontece no mundo interfere na vida particular dos seres. Nem todos os homens reconhecem isso e ainda muitos confundem seus dilemas pessoais com os sociais.Para explicar os de ordem pessoal, existem a Psicologia, a Psiquiatria, etc; Já os sociais são estudados pela: Sociologia, Ciência Política, Economia, Antropologia, História, etc. 2.3 Disciplinas das Ciências Sociais São compostas pelas vertentes: antropologia, sociologia, ciências políticas (ou politologia), geografia e história. Segundo Max Weber, as ciências sociais seriam dotadas de uma "eterna juventude", ou seja, um espírito crítico e inquieto, que a tudo e a todos observa. Para outros autores, entre eles Merton esta "imaturidade" foi incômoda, revelaria uma fragilidade das disciplinas quanto ciências. Um dos grandes debates acerca das ciências sociais sempre girou em torno da "cientificidade" das mesmas. Entretanto, no Brasil, as ciências sociais e, respectivamente os seus cursos, resumem-se à sociologia, à antropologia e à ciência política (muitas vezes, para resumir, alguns dizem apenas que o curso é sociologia). 3.0 Grécia Antiga – Fenômenos Sociais A Grécia Antiga estava dividida em três regiões: Grécia Asiática (estreita faixa na Ásia Menor), Grécia Insular (ilhas dos mares Jônio e Egeu, inclusive Creta) e Grécia Continental (sul dos Bálcãs). O relevo montanhoso e o solo pouco fértil estimularam a navegação e dificultaram as comunicações internas das cidades – Estado, dedicadas ao pastoreio e ao comércio. Os fenômenos sociais da Grécia Antiga ocorreram conforme os períodos. No Período Homérico começou com violentas invasões dos dórios. A llíada descreve a guerra de Tróia, e a http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_pol%C3%ADtica http://pt.wikipedia.org/wiki/Politologia http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria http://pt.wikipedia.org/wiki/Max_Weber http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Merton&action=edit http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_pol%C3%ADtica http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia 5 Odisséia conta as aventuras de Ulisses (Odisseu) em seu retorno para casa. Nessa época, a sociedade organizava-se em génos, grandes famílias com antepassados comuns. Cada génos era chefiado por um patriarca e sua economia era natural e autosufiente. O crescimento da população e a falta de solos férteis geraram conflitos que levaram à divisão dos bens e da terra. Daí resultou a desagregação dos génos, substituídos pela propriedade privada da terra e pela divisão da sociedade em classes. Surgiu também a escravidão. No Período Arcaico os génos para se protegerem, uniram-se em fratrias, que por sua vez, agruparam-se em tribos. As tribos estabeleceram-seem lugares elevados, em fortalezas com muralhas. O local era a acrópole e em torno dela formaram-se as cidades, que estavam ligadas entre si por meio de laços culturais. Entre os séculos VII a VI a.C., houve a colonização no litoral dos mares Mediterrâneo, Egeu e Negro. As pessoas iam para lá fugindo da miséria ou em busca de mercadores consumidores. No Período Clássico, a Grécia Antiga atingiu o apogeu. Esse foi um tempo em que o mundo grego prosperou, com o fortalecimento das cidades-Estado e a produção de obras que marcariam profundamente a cultura e a mentalidade ocidental. Mas, foi também o período em que o mundo grego viu-se envolvido em longas e prolongadas guerras. 4.0 Filosofia e Religião – O Século XV A Idade Média inicia-se com a desorganização da vida política, econômica e social do Ocidente, agora transformado num mosaico de reinos bárbaros. Depois vieram as guerras, a fome e as grandes epidemias. O cristianismo propaga-se por diversos povos. A diminuição da atividade cultural transforma o homem comum num ser dominado por crenças e superstições. O período medieval não foi, porém, a "Idade das Trevas", como se acreditava. A filosofia clássica sobrevive, confinada nos mosteiros religiosos. O aristotelismo dissemina-se 6 pelo Oriente bizantino, fazendo florescer os estudos filosóficos e as realizações científicas. No Ocidente, fundam-se as primeiras universidades, ocorre a fusão de elementos culturais greco- romanos, cristãos e germânicos, e as obras de Aristóteles são traduzidas para o latim. Sob a influência da Igreja, as especulações se concentram em questões filosófico- teológicas, tentando conciliar a fé e a razão. E é nesse esforço que Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino trazem à luz reflexão fundamental para a história do pensamento cristão. Ao longo do século V d.C, o Império Romano do Ocidente sofreu ataques constantes dos povos bárbaros. Do confronto desses povos invasores com a civilização romana decadente desenvolveu-se uma nova estruturação européia de vida social, política e econômica, que corresponde ao período medieval. Em meio ao esfacelamento do Império Romano, decorrente, em grande parte, das invasões germânicas, a Igreja católica conseguiu manter-se como instituição social mais organizada. Ela consolidou sua estrutura religiosa e difundiu o cristianismo entre os povos bárbaros, preservando muitos elementos da cultura pagã greco-romana. Apoiada em sua crescente influência religiosa, a Igreja passou a exercer importante papel político na sociedade medieval. Desempenhou, por exemplo, a função de órgão supranacional, conciliador das elites dominantes, contornando os problemas da fragmentação política e das rivalidades internas da nobreza feudal. Conquistou, também, vasta riqueza material: tornou-se dona de aproximadamente um terço das áreas cultiváveis da Europa ocidental, numa época em que a terra era a principal base de riqueza. Assim, pôde estender seu manto de poder "universalista" sobre diferentes regiões européias. http://www.mundodosfilosofos.com.br/aristoteles.htm 7 5.0 Platão Um dos filósofos mais famosos da Grécia antiga, Platão foi o primeiro a usar o termo filosofia, que significa "amor à sabedoria". Platão, que nasceu por volta de 428 a.C., estudou uma grande variedade de assuntos. Entre suas idéias, destaca-se a teoria das formas, que declara que os objetos do mundo físico são apenas semelhantes ou partes das formas perfeitas do mundo ideal e que só as formas perfeitas podem ser objeto do verdadeiro conhecimento. O objetivo do filósofo, segundo Platão, é conhecer as formas perfeitas e instruir os demais para este conhecimento. 6.0 Aristóteles 8 Discípulo de Platão, filósofo da Grécia antiga, Aristóteles compartilhava com o mestre sua reverência em relação ao conhecimento humano, porém modificou muita das idéias platônicas para sublinhar a importância dos métodos fundamentados na observação e na experiência. Aristóteles estudou e sistematizou quase todos os ramos do conhecimento então existentes, elaborando as primeiras relações organizadas da biologia, da psicologia, da física e da teoria literária. Além disso, delimitou o campo conhecido como lógica formal, iniciou a zoologia e se manifestou acerca de quase todos os principais problemas filosóficos reconhecidos em seu tempo. Conhecido pelos pensadores medievais como "O filósofo", Aristóteles é talvez, historicamente, o pensador que tenha tido maior influência individual no desenvolvimento intelectual do Ocidente. 7.0 Os Primeiros Sociólogos Existem quatro sociólogos considerados os principais precursores da sociologia: Henri de Saint-Simon Pierre-Joseph Proudhon August Comte Herbert Spencer http://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_de_Saint-Simon http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre-Joseph_Proudhon http://pt.wikipedia.org/wiki/August_Comte http://pt.wikipedia.org/wiki/Herbert_Spencer 9 8.0 Augusto Comte Isidore Auguste Marie François Xavier Comte foi um filósofo francês e o pai da Sociologia. Nasceu em Montpellier, no dia 19 de janeiro de 1798. Filho de pais católicos e monarquistas fervorosos, sempre manteve relações com a família tempestuosas e Comte, que rejeitou as convicções dos pais ainda bem jovem, foi aluno brilhante, dos estudos básicos aos superiores, na Escola Politécnica de Paris. Nesse período, seu melhor amigo foi Henri de Saint- Simon (1760-1825), expoente do socialismo utópico, com quem viria a romper mais tarde por questões ideológicas. Comte trabalhava intensamente na criação de uma "filosofia positiva" quando sofreu um colapso nervoso, em 1826. Recuperado, mergulhou na redação do Curso de Filosofia Positiva, que lhe tomou doze anos. Em 1842, por divergências com os superiores, perdeu o emprego de pesquisador na Politécnica e começou a ser ajudado por admiradores, como o pensador escocês John Stuart Mill (1773-1826). No mesmo ano, Comte se separou de Caroline Massin, após dezessete anos de casamento. Em 1845, apaixonou-se por Clotilde de Vaux, que morreria de tuberculose no ano seguinte. Clotilde seria idealizada por Comte como a expressão perfeita da humanidade. O http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia 10 filósofo, que dedicou os anos seguintes a escrever Sistema de Política Positiva, morreu de câncer em 1857, em Paris. 9.0 Émile Durkheim Nasceu no dia 15 de abril de 1858 — Paris e, faleceu em 15 de novembro de 1917.Foi o fundador da escola francesa de sociologia, posterior a Marx, que combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica. É reconhecido amplamente como um dos melhores teóricos do conceito da coerção social. Partindo da afirmação de que "os fatos sociais devem ser tratados como coisas", forneceu uma definição do normal e do patológico aplicada a cada sociedade, em que o normal seria aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo e superior a ele, o que significa que a sociedade e a consciência coletiva são entidades morais, antes mesmo de terem uma existência tangível. Essa preponderância da sociedade sobre o indivíduo deve permitir a realização desse, desde que consiga integrar-se a essa estrutura. Para que reine certo consenso nessa sociedade, deve-se favorecer o aparecimento de uma solidariedade entre seus membros. Uma vez que a solidariedade varia segundo o grau de modernidade da sociedade, a norma moral tende a tornar-se norma jurídica, pois é preciso definir, numa sociedade moderna, regras de cooperação e troca de serviços entre os que participam do trabalho coletivo (preponderância progressiva da solidariedade orgânica). http://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_abril http://pt.wikipedia.org/wiki/1858 http://pt.wikipedia.org/wiki/Parishttp://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_novembro http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia http://pt.wikipedia.org/wiki/Marx http://pt.wikipedia.org/wiki/Patologia http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade http://pt.wikipedia.org/wiki/Moral http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito http://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho 11 A sociologia fortaleceu-se graças a Durkheim e seus seguidores. Suas principais obras são: Da divisão social do trabalho (1893); Regras do método sociológico (1894); O suicídio (1897); As formas elementares de vida religiosa (1912). Fundou também a revista L'Année Sociologique, que afirmou a preeminência durkheimiana no mundo inteiro. 10.0 Sociologia do Trabalho A sociologia surgiu como uma disciplina no século XIX, na forma de uma resposta acadêmica para um desafio de modernidade: se o mundo está ficando menor e mais integrado, a experiência de pessoas do mundo é crescentemente atomizada e dispersada. Sociólogos não só esperavam entender o que unia os grupos sociais, mas também desenvolver um "antídoto" para a desintegração social. Entretanto a sociologia é uma ciência que estuda as sociedades humanas e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições.Essa ciência não é apenas matéria de interesse de sociólogos, envolve também todas as áreas do convívio humano, desde as relações na família até a organização das grandes empresas e, desde o papel da política na sociedade até o comportamento religioso. A sociologia interessa de modo acentuado a administradores, políticos, empresários, juristas, professores em geral, publicitários, jornalistas, planejadores, sacerdotes, mas, também, ao homem comum. Não compete à sociologia explicar tudo o que ocorre na sociedade em relação a todo o comportamento humano, pois muitos acontecimentos humanos escapam aos seus critérios. Ela toca, porém, em todos os domínios da existência humana em sociedade. Por esta razão, a abordagem sociológica, através dos seus conceitos, teorias e métodos, podem constituir para as pessoas um excelente instrumento de compreensão das situações com que se defrontam na vida cotidiana, das suas múltiplas relações sociais e, conseqüentemente, de si mesmas como seres inevitavelmente sociais. http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX http://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%B5es http://pt.wikipedia.org/wiki/Institui%C3%A7%C3%A3o 12 Contudo a sociologia se ocupa com as observações do que é repetitivo nas relações sociais para daí formular generalizações teóricas. 11.0 Taylor Frederick Winslow Taylor (Filadélfia, Pensilvânia, EUA,20 de Março de 1856 - Filadélfia, Pensilvânia, EUA, 21 de Março de 1915). Estadunidense, inicialmente técnico em mecânica e operário, formou-se engenheiro mecânico estudando à noite. É considerado o ―Pai da Administração Científica‖ por propor a utilização de métodos científicos cartesianos na administração de empresas. Seu foco era a eficiência e eficácia operacional na administração industrial. Sua orientação cartesiana extrema é ao mesmo tempo sua força e fraqueza. Seu controle inflexível, mecanicista, elevou enormemente o desempenho das indústrias em que atuou, todavia, igualmente gerou demissões, insatisfação e estresse para seus subordinados e sindicalistas. Elaborou os primeiros estudos essenciais: Em relação ao desenvolvimento de pessoal e seus resultados, acreditava que oferecendo instruções sistemáticas e adequadas aos trabalhadores, ou seja, treinando- os, haveria possibilidade de fazê-los produzir mais e com melhor qualidade. http://pt.wikipedia.org/wiki/Filad%C3%A9lfia http://pt.wikipedia.org/wiki/Pensilv%C3%A2nia http://pt.wikipedia.org/wiki/EUA http://pt.wikipedia.org/wiki/20_de_Mar%C3%A7o http://pt.wikipedia.org/wiki/1856 http://pt.wikipedia.org/wiki/21_de_Mar%C3%A7o http://pt.wikipedia.org/wiki/1915 http://pt.wikipedia.org/wiki/Estadunidense 13 Em relação ao planejamento a atuação dos processos, achava que todo e qualquer trabalho necessita, preliminarmente, de um estudo para que seja determinada uma metodologia própria visando sempre o seu máximo desenvolvimento. Em relação à produtividade e à participação dos recursos humanos, estabelecida a co- participação entre o capital e o trabalho, cujo resultado refletirá em menores custos, salários mais elevados e, principalmente, em aumentos de níveis de produtividade. Em relação ao autocontrole das atividades desenvolvidas e às normas procedimentais, introduziu o controle com o objetivo de que o trabalho seja executado de acordo com uma seqüência e um tempo pré-programados, de modo a não haver desperdício operacional. Inseriu, também, a supervisão funcional, estabelecendo que todas as fases de um trabalho devem ser acompanhadas de modo a verificar se as operações estão sendo desenvolvidas em conformidades com as instruções programadas. Finalmente, apontou que estas instruções programadas devem, sistematicamente, ser transmitidas a todos os empregados. 12.0 Ford Nasceu em Greenfield, Michigan, no ano de 1863 e, faleceu em Dearborn, no ano de 1947. Criado numa fazenda, passou a infância desmontando coisas, especialmente relógios. 14 Começou a carreira como mecânico, engenheiro e, depois, tornou-se dono de um império com siderúrgicas, usinas, navios, ferrovia e minas de carvão. Apesar de empresário genial, era mau administrador simplesmente gostava da fábrica e não do escritório, pois não tinha paciência para balanços, detestava banqueiros e mantinha dinheiro vivo no cofre. Também não era muito bom em marketing. Durante 19 anos, produziu apenas o Modelo T preto que era um dos slogans da campanha de vendas. Lançou o Modelo A em 1927, com mais cores, mas já estava sendo ultrapassado pela General Motors. Ford sofreu seu primeiro acidente vascular cerebral em 1938, o que o afastou da vida pública e morreu aos 83 anos de hemorragia cerebral. O fordismo teve seu ápice após a Segunda Guerra, e, nos anos 1970, houve queda da produtividade e lucros, o que obrigou a uma revisão da filosofia produtiva criada e implantada. 13.0 Alvin Toffler Alvin Toffler tem hoje 70 anos e prepara-se para, depois de passado todo o 'barulho' do milénio, nos voltar a surpreender, com uma obra cujo título ainda está no segredo dos deuses, mas cujo miolo essencial ele nos revelou nesta entrevista exclusiva realizada na cidade californiana onde agora vive. O que o preocupa, nos conturbados tempos que correm, é a transição complexa que a parte mais substancial do planeta, 15 onde ainda campeia a pobreza em massa, vive num momento em que a nova economia e sociedade baseadas no conhecimento não são mais uma coisa do futuro. Basta olhar para o que se passa nos 'grandes' a Oriente, a Rússia ou a China. Também, a Europa lhe mereceu um comentário preocupado. Por detrás da euforia do euro, ele continua a ver um velho continente que resiste a mergulhar decididamente na Terceira Vaga. Se lhe perguntar uma marca européia símbolo desta vaga, ele apenas se lembra da SAP AG, a multinacional que dá cartas no software empresarial. Toffler tornou-se uma referência para a geração da 'terceira revolução industrial' quando cunhou com sucesso em 1980 o slogan da 'Terceira Vaga' na obra que definitivamente o colocou como um dos futuristas mais respeitados no mundo. 14.0 Sociologia e a Sociedade Contemporânea A sociologia desde os séculos passados até os dias atuais, assim como as históricas experiências vividas pela sociedade, inspiradas com mais ou menos clareza em achados sociológicos, obrigam o ser humano a reconhecer a importância do esforço racional de um conhecimento sistemático das formas e conteúdos das relações sociais. Nunca pretendendo monopolizar conhecimentos da vida e do homem, a sociologia apenas pode fornecer forma e conteúdo racionais e partilháveis dos processos e dasinterações dos homens entre si e deles com os ambientes que os cercam. É com as armas da racionalidade científica que a sociologia disputa com outras formas de conhecimento a aplicação prática de seus resultados em meio a sociedade. E mesmo essa aplicação, quando ocorre, é sempre contaminada por interesses e valores extras científicos, pois o ambiente onde se desenvolve a sociologia, desde a concepção até a aplicação, não é esterilizado. A sociologia está aparelhada atualmente, suficientemente forte para enfrentar as incertezas de uma sociedade e de uma realidade em mutação profunda e acelerada sem precisar apelar para muletas extra-científicas como são as crenças na 16 vitória do bem sobre o mal ou no poder crescente e definitivo da racionalidade. Tais crenças são próprias de outras esferas do conhecimento e são pouco compatíveis com a modéstia que deve caracterizar a busca sistemática do conhecimento fidedigno, próprio da ciência. O século atual ensinou que a teoria sociológica não deve pretender ser abrangente no sentido de não deixar lugar para o desconhecido, para o indefinido, pois isso não é desejável e nem necessário. A ciência apenas é possível porque se pode afirmar algo sem que se saiba tudo, ou seja, a ciência é inexaurível. Contudo, a sociologia para a sociedade contemporânea se torna cada vez mais indispensável para o ser humano, no qual, o mesmo ainda é manipulado pelos veículos de massa e domesticado pela vida moderna. Mas, felizmente, de forma positiva, a produção sociológica parece ter, competentemente, exorcizado a lógica binária do sim e do não, do certo e do errado com a introdução de nuances conceituais e de múltiplas estratégias metodológicas que, deverá possibilitar, nas próximas décadas, uma sociologia adequada ao dinamismo do mundo produzido pela revolução científico-tecnológica. É essa revolução, de multidisciplinaridade e previsibilidade da ação social que define o panorama da sociologia contemporânea em uma sociologia de equipe e compatível com os desafios da sociedade do conhecimento, que já se iniciou desde os séculos passados. É em meio a todos a esses acontecimentos que a sociologia convive com uma sociedade de cultura múltipla e complexa, democraticamente tolerante, cujos problemas terão solução apenas quando apoiada no esforço de profissionais competentes em suas diferentes especialidades, cuja prática deriva da racionalidade científica. 14.1 As Mudanças Sociais A revolução científico-tecnológica introduziu profundas mudanças nas bases e processos produtivos dominantes no mundo contemporâneo, tendo acarretado transformações radicais nas formas e nos conteúdos da interação social.Tais 17 processos continuam em andamento e suas conseqüências, portanto, ainda irão aprofundar-se nas já instaladas economia e sociedade do conhecimento. A aproximação das distâncias, resultante da maior rapidez e melhor qualidade da comunicação, a transparência de conteúdos, igualmente decorrente das possibilidades criadas pelas novas tecnologias da informação, são exemplos desse fenômeno popularizado como globalização. Aproximam-se regiões e culturas, encurtam-se distâncias geográficas e sócio-culturais, aumenta o controle humano sobre processos físicos e vitais como fruto da utilização concreta dos conhecimentos científicos. São amplas as possibilidades de maior interação entre formas diversas (econômicas, políticas e culturais), criadas pelo avanço da ciência e da tecnologia, na constituição de um sistema global mais integrado. Entretanto, é ingênuo e falacioso supor que desse processo de globalização derive alguma homogeneização do mundo. Não há porque imaginar que toda a humanidade dele participe e nem que os participantes o façam de modo semelhante. Há resistências diversas à expansão dos efeitos da revolução científico- tecnológica que se expressam nas múltiplas manifestações de fundamentalismos diversos, religiosos ou políticos, que grassam pelo mundo. O êxito da revolução científico-tecnológica, ainda em andamento, faz da ciência e da tecnologia fatores produtivos não apenas da economia, mas também das formas de comunicação, de organização e de mudança social. Essa sociedade do conhecimento em que a humanidade ingressa deverá sofrer, ainda, mudanças profundas, segundo se pode antecipar pelas inovações em curso. Nas próximas décadas prevê-se que todas as formas de comunicação do mundo sejam de voz, dados ou imagens que poderão ser transmitidas através de uma única fibra ótica, em apenas um segundo. Um transistor poderá ser feito de apenas um átomo e, os microprocessadores mais avançados não serão maiores do que uma molécula. Esses são, apenas, alguns exemplos do que está para vir e, evidentemente a produção e a distribuição desses bens e serviços não serão igualmente feitas pela face do planeta. 18 A natureza e a extensão da diferenciação que se produz às mudanças entre sociedades e grupos constituem o desafio para a sociologia atualidade. 15.0 Globalização – Os Blocos Econômicos A globalização é um conjunto de transformações políticas, econômicas e culturais que pretende a integração do mundo e do pensamento em um só mercado. A idéia da globalização é conseqüência da velocidade com que, cada vez mais, as informações são processadas. A economia globalizada permite que haja um movimento em direção à globalização cultural. Hoje, por exemplo, através da Internet, um estudante ou pesquisador acessa, sem sair de casa, qualquer biblioteca ou universidade do planeta, assim como os acontecimentos no outro lado do mundo podem ser acompanhados on- line e em tempo real. Apesar de a globalização uniformizar o pensamento, ela também o diferencia por sublinhar as características regionais e não deixar dúvidas, nos consumidores, de que aqueles que não detêm tecnologia estão excluídos do grande sistema que pretende gerar um pensamento universal. Porém, ainda é cedo para avaliar as conseqüências que esta interação terá sobre as culturas nacionais, principalmente nas dos países do terceiro mundo. Mas já se sabe que a vivência humana globalizada está criando uma nova ética, uma nova forma de pensamento e, nas novas gerações, uma posição mais compreensiva diante de outras maneiras de ser e viver. Atualmente, os blocos econômicos representam verdadeiros trampolins para a estruturação de um mercado globalizado formando assim, uma estrutura orgânica da economia mundial. A multiplicação dos acordos e blocos econômicos regionais constitui um dos fenômenos mais marcantes do pós-Guerra Fria. A antiga paisagem plana, onde se destacava o cume praticamente solitário da Comunidade Européia, foi preenchida por cordilheiras, montanhas e 19 morros de blocos poderosos, intermediários ou pífios, ou apenas de projetos ambiciosos de megablocos transcontinentais. Atualmente, ao lado da União Européia, perfilam-se o Nafta, a Bacia do Pacífico e, em outra escala, o Mercosul, o Pacto Andino, o Mercado Comum Centro-Americano e muitos outros ainda menos significativos. Há também uma declaração política de países da APEC (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) projetando para as primeiras décadas do novo século a formação de uma zona comercial envolvendo países asiáticos e americanos. A selva de blocos regionais não é habitada por uma única espécie de animais. Efetivamente, deve-se distinguir quatro tipos de tratados econômicos diferentes, e ainda uma modalidade de bloco regional espontâneo. O tipo de tratado econômico menos ambicioso consiste na Zona de Livre Comércio. A sua constituição envolve apenas um acordo entre Estados destinado a, na etapa final. eliminar as restrições tarifárias e não-tarifárias que incidem sobre a circulação de mercadorias entre os integrantes. Trata-se de um acordo circunscrito à esfera comercial, que não implica compromissos a respeito do intercâmbiode cada Estado com países externos ao bloco. Teoricamente, um integrante de determinada zona de livre comércio pode se associar a outras zonas similares. A finalidade de um tratado de livre comércio, do ponto de vista da teoria econômica, é ampliar a exposição da economia dos países integrantes à concorrência externa, a fim de estimular ganhos de produtividade na estrutura produtiva nacional. O Nafta é, atualmente, o mais ilustre representante dessa espécie que vaga pelas planícies da selva de blocos regionais. Um pouco mais ambicioso é o tratado de União Aduaneira. Trata-se também de um acordo circunscrito à esfera comercial, mas define duas metas: a eliminação das restrições alfandegárias e a fixação de uma tarifa externa comunitária. Essa tarifa externa consiste em um imposto de importação comum cobrado sobre mercadorias provenientes de países externos ao bloco. Obviamente, um integrante de determinada união aduaneira não pode se associar a outro tratado econômico que projete a eliminação de restrições comerciais. 20 A finalidade de uma união aduaneira é atrair investimentos produtivos para o interior do território recoberto pelo tratado. As empresas que nele se instalam, sejam elas controladas por capitais internos ou externos, beneficiam-se do tamanho do mercado consumidor gerado pela regra de livre comércio e da proteção alfandegária comum contra a concorrência de empresas exteriores ao bloco. O Mercosul projeta tornar-se uma união aduaneira. Nos planaltos da selva dos blocos encontra-se o hábitat de um animal superior: o Mercado Comum. O tratado de Mercado Comum engloba as regras da união aduaneira, mas não se contenta com elas. Ele tem por objetivo assegurar, além da livre circulação de mercadorias, a de capitais, serviços e pessoas, através das fronteiras políticas dos países integrantes. Dessa forma, não se restringe à esfera comercial, invadindo os domínios da legislação industrial, ambiental, financeira e educacional. Em termos de teoria econômica, o mercado comum almeja estimular a integração internacional das corporações produtivas e financeiras no interior do bloco. A idéia consiste em unificar praticamente todas as dimensões dos mercados nacionais, criando um mercado regional poderoso, capaz de funcionar como trampolim para que as empresas instaladas no seu interior possam concorrer vantajosamente no espaço global. O grande representante dessa espécie é a União Européia. Nos cumes mais altos da selva, existe um animal mítico, que jamais viveu realmente: a União Econômica e Monetária, no qual é um mercado comum acrescido de uma moeda única. No seu interior, as moedas nacionais seriam substituídas por uma divisa comunitária, emitida e controlada por um banco central supranacional. Por isso, diferentes análises podem conduzir a distintas delimitações dessas áreas. Pelo mesmo motivo, com o tempo, áreas desse tipo se alastram ou se contraem, independentemente da vontade dos governos ou da ação dos diplomatas. UNIÃO EUROPÉIA 21 O mais antigo dos blocos regionais nasceu no ambiente bipolar da Guerra Fria, que a estruturou internamente. Essa estrutura herdada de um sistema internacional que desapareceu encontrasse atualmente em crise. O Tratado de Roma de 1957 criou a Comunidade Européia (CE), ampliando o alcance da Comunidade do Carvão e do Aço que tinha sido estabelecida cinco anos antes. Na base desse primeiro acordo europeu estava a reaproximação entre a França e a Alemanha – que era, então, a Alemanha ocidental - promovida pela bipartição do Velho Continente em esferas geopolíticas antagônicas. Franceses e alemães enterravam séculos de desconfianças e guerras e assentavam os alicerces para a cooperação política através,, de um tratado econômico. A sombra da União Soviética funcionava como solda da liga franco-alemã. Os alargamentos geográficos da Europa comunitária, durante a Guerra Fria, transformaram o bloco inicial de seis Estados na Comunidade dos Doze, configurada em 1986. A adesão mais importante, política e economicamente, foi a da Grã-Bretanha, em 1973, alcançada depois de quinze anos de desacordos e intrigas entre Paris e Londres. Essa adesão representou a completa integração geopolítica da Comunidade ao ocidente liderado pelos Estados Unidos. Mas o percurso que conduziu à Comunidade dos Doze jamais alterou a estrutura básica do bloco, definida pelo limite estratégico da Cortina de Ferro e pelo eixo franco-alemão, que determinava o sentido e o conteúdo da existência comunitária. O encerramento da Guerra Fria e a reunificação alemã representaram uma completa reformulação do equilíbrio geopolítico europeu. As suas repercussões na Comunidade Européia continuam a se fazer sentir, principalmente sob a forma da crise do eixo franco-alemão. O primeiro alargamento comunitário no pós-Guerra Fria, em 1995, envolveu o ingresso de três antigos Estados neutros: Áustria, Suécia e Finlândia. Simultaneamente, a transição para a economia de mercado nos países do antigo bloco soviético sustentava novos pedidos de adesão. Na virada do século, a União Européia poderá abrigar a Polônia, a Hungria, a República Tcheca, a Eslovênia e, talvez, outros países da Europa centro-oriental. Os alargamentos comunitários projetados representam a reconstituição do espaço europeu integrado que existiu antes da Segunda Guerra Mundial. A nova organização do 22 espaço europeu significará a soldagem da periferia centro-oriental ao núcleo econômico da União. Entretanto, também significará um realinhamento na geometria européia, com a consolidação da liderança da Alemanha unificada. A maior economia do Velho Mundo retomará a sua função de elo de ligação entre o oeste e o leste do continente e espraiará a sua influência para os países do antigo bloco soviético. Em contrapartida, o peso e a influência da França serão reduzidos. O novo alargamento comunitário acentua as diferenças entre as economias da União, multiplicando as dificuldades associadas à implantação da moeda única prevista no Tratado de Maastricht. A necessidade de combinar o alargamento geográfico com o cronograma de aprofundamento da integração gerou a idéia da "Europa a múltiplas velocidades". Segundo esse esquema, um pequeno núcleo de cinco ou seis países adotaria a moeda única nos prazos de Maastricht, enquanto o restante dos países permaneceria, por mais algum tempo, com as suas moedas nacionais. Esse duplo processo desenha os novos contornos da Europa comunitária, no pós-Guerra Fria. Do bloco econômico europeu emana um campo vasto de influência, que se estende para o leste na direção da Rússia e das repúblicas ocidentais da CEI, e para o sul na direção da África do Norte e Oriente Médio. Esse amplo espaço geográfico orienta-se cada vez mais para a órbita do marco alemão e, no futuro, do Euro, a moeda única comunitária. NAFTA E MERCOSUL O Nafta surgiu como fruto das políticas comerciais do,, Estados Unidos para o pós- Guerra Fria. Ele foi constituído em duas etapas: na primeira, os Estados Unidos firmaram um acordo bilateral de livre comércio com o Canadá; na segunda, em 1994, o México foi incorporado ao bloco. A estratégia do Nafta representava uma cartada americana para a eventualidade de fracasso das negociações comerciais multilaterais do GATT. Nesse caso, o Nafta estava projetado para constituir a pedra inicial de uma imensa zona de livre comércio das Américas. O alvo visado era a União Européia que, liderada pela França, entravava as negociações sobre o comércio de produtos agro-industriais. 23 O acordo finalmente alcançado nas negociações com a União Européia refreou o ímpeto de Washington. Quase ao mesmo tempo, o colapso econômico mexicano de 1995, provocado por uma crise aguda nas contas externas do país, reativou as críticas de setores políticos e sindicais dos Estados Unidos aos projetos de ampliação do Nafta. O Chile, quenegociava a sua adesão, foi levado a orientar-se para o Mercosul, sem abandonar a meta de associação ao Nafta. Entretanto, a política externa americana não abandonou a meta da zona hemisférica de livre comércio: afinal, a América Latina constitui a única macro-área geográfica com a qual os Estados Unidos exibem saldos comerciais positivos. O Mercosul, instituído pelo Tratado de Assunção de 1991, surgiu também a partir de motivações Políticas: tratava-se de romper o padrão de rivalidade histórica entre o Brasil l e a Argentina. Além disso, ele representava uma estratégia dos governos de Brasília e Buenos Aires para promover a abertura das economias de ambos os países, expondo-os à concorrência externa e atraindo investimentos internacionais. Mas, na ótica da política externa brasileira, o Mercosul constitui também uma resposta às iniciativas comerciais americanas e ao projeto de uma zona hemisférica de livre comércio negociada nos termos de Washington. A estratégia brasileira - definida no jargão diplomático como "política de building blocks" - consiste em consolidar o bloco do Cone Sul e, em seguida, estabelecer uma área de livre comércio sul-americana. Essas iniciativas formariam o alicerce para as negociações futuras da zona hemisférica proposta pelos Estados Unidos. Os acordos de livre comércio firmados pelo Mercosul com o Chile e a Bolívia e a abertura de negociações para a cooperação entre o Mercosul e a União Européia inscrevem-se nessa estratégia. O Nafta e, em outra escala, o Mercosul, estruturam blocos econômicos nos dois extremos latitudinais do continente americano. Contudo, entre eles, outros tratados comerciais agrupam os países da região andina, do Caribe e do istmo centro-americano. Esse conjunto heterogêneo de blocos comerciais novos ou antigos atravessa processos de redefinição impulsionados pela abertura das economias latinoamericanas à concorrência externa. A configuração de uma zona hemisférica de livre comércio representa apenas uma das possibilidades para a integração dos países do continente na economia global. 24 A BACIA DO PACÍFICO A expressão Bacia do Pacífico associou-se à noção de um bloco econômico na década de 1970, quando os chamados Dragões Asiáticos - Hong Kong, Cingapura, Taiwan e Coréia do Sul - empreenderam a sua acelerada arrancada industrial. Em parte, essa arrancada foi impulsionada por investimentos japoneses diretos, deslocados do arquipélago pelo aumento dos custos de produção associado aos choques de preços do petróleo e à elevação dos salários internos. Uma década depois, outros Dragões despontavam: Tailândia, Malásia e Indonésia. Mais uma vez, os capitais industriais japoneses desempenharam o papel de alavancagem. Em meados da década de 1980, o iene conhecia um movimento de valorização diante do dólar, puxando para cima os custos de produção no interior do Japão e favorecendo os investimentos no exterior. Atualmente, a difusão da economia industrial na macro-área alcança as Filipinas e o Vietnã, evidenciando o vigor da dinâmica regional de integração. Esse percurso de difusão regional da indústria gerou a crença de que se tratava de um fenômeno vinculado exclusivamente à internacionalização da base produtiva japonesa. Contudo, a análise dos investimentos estrangeiros diretos na Ásia revela uma realidade mais complexa. No início do processo, os capitais japoneses (e americanos) efetivamente cumpriram funções decisivas nas arrancadas industriais. Porém, um pouco mais tarde, declina a importância dos investimentos americanos e, principalmente, verifica-se uma explosão de investimentos internacionais provenientes de grupos econômicos dos próprios Dragões Asiáticos. São capitais de Hong Kong, Cingapura, Taiwan e Coréia do Sul procurando oportunidades na Tailândia, na Indonésia, na Malásia e, acima de tudo, na China Popular. A modernização da economia industrial da China Popular - empurrada pela política de abertura conduzida a partir da cúpula do Partido Comunista - é um componente fundamental do chamado "milagre asiático". Os baixos custos da abundante força de trabalho, os vastos recursos naturais, as oportunidades de investimento em infra-estruturas de transportes, 25 comunicações e hotelaria, as garantias fornecidas pelos donos do poder na China tudo isso atrai as corporações empresariais asiáticas para o novo oceano da economia de mercado que se abre. A dinâmica desses investimentos relaciona-se com a presença de uma vasta elite econômica de origem chinesa disseminada pela Ásia meridional e oriental. A diáspora de chineses étnicos na macro-área compreende mais de 50 milhões de pessoas, que se deslocaram da China desde o século XVII. Em Taiwan e Hong Kong - as "Chinas exteriores" - eles são quase a totalidade da população. Na cidade-Estado de Cingapura, formam a maioria da população, mas também representam minorias significativas na Malásia e Tailândia. Porém, o que mais impressiona é a sua participação nas economias locais: os chineses étnicos controlam as economias de Cingapura e Malásia e têm um peso determinante nas economias da Tailândia, da Indonésia e das Filipinas. A antiga colônia britânica de Hong Kong funciona como porta de entrada na China Popular dos investimentos dos chineses étnicos que têm as suas bases no exterior. Os Dragões Asiáticos surgiram como "plataformas de exportação", orientando a sua economia industrial para os mercados do Ocidente e para o Japão. Do ponto de vista comercial, portanto, a integração regional era bastante fraca e tornava-se difícil, inclusive, caracterizar esse conjunto heterogêneo de países e cidades-Estado como um bloco econômico. Entretanto, as sucessivas ondas de investimentos internacionais e o próprio crescimento econômico regional modificaram esse panorama. De um lado, ampliou-se o consumo interno de países como Taiwan e Coréia do Sul, onde a renda da população conheceu um forte aumento. De outro, as unidades de produção implantadas na região passaram a importar máquinas, equipamentos e serviços das suas matrizes, muitas vezes situadas em outros países asiáticos. Esses fenômenos dinamizaram as trocas intra-regionais, configurando um verdadeiro bloco econômico. 26 16.0 Conclusão Apesar de uma sociedade contemporânea marcada pela sofisticação, tecnologia, conhecimento, globalização, o homem ainda convive com muitos problemas sociais, no qual, estão estagnados desde séculos passados. Contudo vivemos num mundo que ainda busca o desconhecido, transformações essas que chamamos de mudanças sociais. Mas, a grande convicção de mudança e desenvolvimento para o ser humano, não está apenas nas teorias científicas mas, também, em outras até então utópicas que se baseia na harmonia do ser humano e das transformações ocorrida, principalmente, em seu interior. 27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FLORENZANO, Maria Beatriz B. O mundo antigo; economia e sociedade. 13ª ed. São Paulo, Brasiliense, 1994. (Coleção Tudo é história) BIASOLI, Vítor. O mundo grego. São Paulo, FTD, 1995.(Coleção Para conhecer melhor) BOULOS, Júnior Alfredo. História geral; antiga e medieval.São Paulo, FTD, 1997.] CAMPOS, Raymundo Carlos Bandeira. História Geral. São Paulo, FTD, 1991. Textos que retratam sobre diversas biografias. Disponível em:http://www.netsaber.com.br/biografias. Acesso em: 17 mai. 2006. Enciclopédia da wikipedia. Contém vários artigos sobre ciências sociais, filósofos, religião, etc. Disponível em:http://pt.wikipedia.org/wiki. Acesso em: 12 mai. 2006. Site de busca no qual, foi pesquisado sobre sociólogos. Disponível em: http://www.culturabrasil.pro.br/durkheim.htm. Acesso em: 22 mai. 2006. http://www.netsaber.com.br/biografias http://www.culturabrasil.pro.br/durkheim.htm