Buscar

DIREITO PENAL I (Resumo das aulas)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DIREITO PENAL I
Bibliografia:
- Fernando Capez (Vol 1)
- Rogério Grecco (Vol 1)
- Cezar Roberto Betencolt
- Cleber Masson
ESTRUTURA DO CÓDIGO PENAL
CONTEÚDO PRAGMÁTICO
Ciência Penal.
Princípios Limitadores do Direito de Punir Teoria da Norma
Teoria de Norma Penal
Aplicação da Lei Penal 
Teoria do Delito
Fato Típico Teoria do Delito
Tipo Doloso ou Culposo 
Nexo Causal
Iter Criminis (Resultado)
Tipo e Tipicidada
11-12- Ilicitude
13- Culpabilidade
14-15- Teoria do Erro
15- Revisão.
AULA 1 – CIÊNCIA PENAL
1- CONSEITO DO DIREITO PENAL: Conjunto de Normas Jurídicas que regulam a atuação do Estado no combate ao crime, através da definição em Lei de Fato Punível e a determinação da respectiva sanção.
O Direito Penal é o RAMO DO DIREITO PÚBLICO que se encarrega de selecionar condutas atentatórias aos mais importantes bens jurídicos, tem como função Primordial servir como modelo orientador de condutas adequadas, promovendo o normal funcionamento da vida em sociedade. 
 SHAPE ���
2- VISÃO INTERDISCIPLINAR DO DIREITO PENAL.
 SHAPE ���
 SHAPE ���
 SHAPE ���
3- FONTES DO DIREITO: 
A- FONTE MATERIAL: Representa o Órgão constitucional encarregado de legislar sobre a matéria do Direito Penal. 
- art. 22,I,CRFB/88 (UNIÃO)
- § único. (ESTADO) em casos específicos autorizados em lei expressa.
B- FONTE FORMAL: Consiste nos instrumentos de exteriorização do Direito Penal.
- Fonte Formal Imediata: LEI- (art. 1,CP) PRINCÍPIO DE LEGALIDADE.
 SHAPE ���
4- FUNÇÃO DO DIREITO PENAL:
A- Limitar o Poder punitivo do Estado.
B- Preservar a Paz Pública:
C- Proteger Bens Jurídicos Fundamentais.
- BEM JURÍDICO é todo bem da vida protegido pelo Direito.
A função Constitucional do Direito Penal e dar Proteção Subsidiária aos bens jurídicos mais relevantes, através da proibição de condutas que lecionam ou coloquem em risco o interesse alheio.
- SUBSIDIÁRIA: (Ultima Ratio ou Ultima Razão).
- BEM JURÍDICO MAIS RELEVANTE: (Fragmentariedade).
- LESÃO / PERIGO
5- CIÊNCIAS PENAIS
A- CRIMINOLOGIA: É a Ciência que estuda o Delito e o Delinqüente como fenômeno Social.
B- POLÍTICA CRIMINAL: É a Ciência que se ocupa do estudo quando a implementação de medidas de Prevenção e Controle de Delito.
C- VITIMOLOGIA: É o Estudo da personalidade da Vítima e sua Relação com o Vitimizador.
6- ROLE SOCIAL-PENAL E ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO.
A- CONTROLE SOCIAL: Conjunto de mecanismos e instrumentos que estabelecem a Ordem Social e a disciplina em Sociedade, submetendo indivíduos a padrões de conduta.
B- ESPÉCIE: 
- FORMAL: É aquele exercido pelo ESTADO.
- INFORMAL: Não há participação direta do Poder do Estado, o Poder decorre da FAMÍLIA, RELIGIÃO, ESCOLA, ETC.
C- CONTROLE SOCIAL PUNITIVO: É aquele que se realiza por meio do SISTEMA PENAL. Este compreende os elementos: POLICIAL; JUDICIAL; LEGISLATIVO.
D- GARANTISMO PENAL (Luigi Ferrajoli): Afirma a existência de um Direito Penal irrestrito voltado a observância dos Direitos Fundamentais. Estrutura-se à partir de vários princípios, entre os quais: 
1- PRINCÍPIOS ORIENTADORES, GARANTIDORES E NORTEADORES DO DIREITO PENAL
- CONCEITO DE PRINCÍPIOS: Conjunto de normas jurídicas que consagram valores ou indiquen fins a serem realizados sem especificar comportamentos determinados.
 SHAPE ���
2- DIFERENÇAS ENTRE REGRAS E PRINCÍPIOS
A- QUANTO A ESTRUTURA:
REGRA: Define conduta e fixa correspondente sanção.
PRINCÍPIO: Descreve ideais a serem perseguidos (alcançados)
B- QUANTO A SOLUÇÃO DE CONFLITOS:
REGRA: Apenas uma Regra é capaz de regular a matéria.
PRINCÍPIO: Vários Princípios podem incidir sobre o mesmo fato.
C- QUANTO AO GRAU DE ABSTRAÇÃO:
REGRA: Apresenta Pequeno Grau de Abstração.
PRINCÍPIO: Apresenta Maior grau de Abstração.
D- QUANTO A APLICAÇÃO:
REGRA: Aplica-se por meio do Processo denominado SUBSUNÇÃO, que significa a adequação do fato ao Modelo Legal.
PRINCÍPIO: Aplica-se por meio do critério denominado PONDERAÇÃO, que significa a concorrência de vários princípios sobre o mesmo fato, fazendo com que o Julgador decida pelo mais adequado ao caso concreto.
PRINCÍPIOS:
 
1- PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. Trata-se do mais importante dos Princípios penais e constitui um dos fundamentos da República Federativa do Brasil (CF, art. 1º, III). Proíbe a incriminação de comportamentos socialmente inofensivos, isto é, que não provoquem dano efetivo ou lesão ao corpo social (ex.: incriminar o ato de manifestar publicamente admiração por pessoas queridas). Impede, ademais, que a aplicação das normas penais ocorra de maneira totalmente divorciada da realidade.
2- PRINCÍPIO DA LEGALIDADE OU RESERVA LEGAL: Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal (CF, art. 5º, XXXIX, e CP, art. 1º).
Determina a exclusividade de Lei em Sentido Estrito (Poder Legislativo) para a criação de Crimes e Penas. 
3- PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI PENAL: A definição de delito e a determinação da pena, devem estar definidos em Lei que anteceda a pratica do delito pelo sujeito.
A- A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu (CF, art. 5º, XL, e CP, art. 2º).
B- Princípio do ne bis in idem: Ninguém pode ser condenado pelo mesmo fato mais de uma vez; além disso, uma única e determinada circunstância fática não pode ser utilizada mais de uma vez, seja para agravar, seja para beneficiar o agente.
4- PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU DA BAGATELA: O Supremo Tribunal Federal vem adotando critérios que nos parecem ajustados para a verificação, em cada caso, sobre a possibilidade de aplicar o princípio. São eles: (i) a mínima ofensividade da conduta do agente, (ii) a nenhuma periculosidade social da ação, (iii) o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e (iv) a inexpressividade da lesão jurídica provocada (HC 84.412/SP). 
Relevância que o Direito Penal não deve atuar quando a lesão ao bem jurídico for inexpressiva ou insignificante.
CONSEQUÊNCIA: Afasta-se a TIPICIDADE MATERIAL.
REQUISITOS ALENCADOS PELO STF.
1- Mínima Ofensividade da Conduta
2- Ausência de Periculosidade
3- Reduzido Grau de Reprovabilidade do Comportamento.
 
4- PRINCÍPIO DE INTERVERSÃO MÍNIMA / SUBSIDIÁRIA / ULTIMA RATIO:
Art. 8 da Declaração dos Direitos do Homem.
Significa que o Estado só deve criminalizar condutas quando constituir meios necessários a proteção de Bem Jurídico Relevante. Se outros Ramos do Direito forem suficientes a tutela do Bem Jurídico, o Direito Penal deve abster-se da Proteção.
Somente se deve recorrer à intervenção do direito penal em situações extremas, como a última saída (ultima ratio). A princípio, portanto, deve-se deixar aos demais ramos do direito a disciplina das relações jurídicas. A subtração de um pacote de balas em um supermercado, já punida com a expulsão do cliente do estabelecimento e com a cobrança do valor do produto ou sua devolução, já foi resolvida por outros ramos do direito, de modo que não necessitaria da interferência do direito penal.
5- ADEQUAÇÃO SOCIAL: Significa que uma conduta para ser considerada delituosa, além de prevista em Lei, deve ser identificada com socialmente inadequada.
O Costume social não revoga a Lei.
�
6- LESIVIDADE OU OFENSIVIDADE: Não há crime sem lesão efetiva ou ameaça concreta ao bem jurídico tutelado, dai resulta inconstitucional os crimes de perigo abstrato ou presumido, nos quais o tipo penal descreve determinada conduta , sem exigir ameaça concreta a bem jurídico tutelado.
�
OBS: Para haver crime, deve haver Lesão.
OBS: Perigo não há dano, mas pode ser classificado como Crime. É aquele que se consuma com a mera situação de risco a que fica exposto o objeto material do delito, como
acontece no crime de periclitação da vida e da saúde (art. 132 à 135do CP) e no crime de rixa (art. 137 do CP), por exemplo.  Assim, nos crimes de perigo não é necessário que haja lesão ao bem jurídico tutelado para que o crime reste configurado.
7- PRINCÍPIO DE FRAGMENTARIEDADE: Afirma-se que o Direito Penal deve proteger somente uma parcela dos bens jurídicos tutelados reconhecidos pelo Direito, Bens mais relevantes.
 SHAPE ���
AULA 3 
8- PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO AUTOR OU CULPABILIDADE:
Indica que a conduta realizada pelo agente deve ser DOLOSA ou ao menos CULPOSA, desta forma afasta-se a responsabilidade penal objetiva.
DOLO: Vontade e desejo do resultado.
CULPA: Falta de Cautela; assuma o risco do Resultado.
OBS: CULPA OU DOLO só pode ser tipificado por fato previsível.
9- PRINCÍPIO DA HUMANIZAÇÃO DA PENA: (Art. 5, XLVII; XLVIII;XLIX; L, CRFB/88).
Revela que o Poder Estatal não imponham sanção que ofendam a dignidade da pessoa humana, nem tão pouco a integridade física do apenado.
10- PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE OU INTRANSCENDÊNCIA DA PENA (Art. 5, XLV, CRFB/88).
Indica que somente o autor poderá sofrer as consequência pela prática do delito.
11- PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA (Art. 5, XLVI, CRFB/88).
Determina que o aplicador do Direito ao fixar a pena deve observar os aspectos pessoais do condenado.
EX: Art. 59, CP.
12- PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE.
Estabelece a equivalência entre o delito praticado e a pena fixada pelo legislador e determinada pelo Juiz.
EX: Art. 123, CP- Infanticídio.
Se a mãe delegar a outro a morte do feto, responderá pelo Art.122, CP.
TEORIA DA NORMA PENAL
1- CONCEITO DA NORMA PENAL.
Conjunto de regras e princípios que têm como objetivo incriminar condutas e determinar sanções.
 SHAPE ���
2- CARACTERÍSTICAS
A- EXCLUSIVIDADE: indica que somente a lei em sentido ESTRITO pode criar crime e pena.
B- IMPERATIVIDADE: Significa que o cumprimento da lei é obrigatório sobe pena de sanção aplicada pelo Estado.
C- GENERALIDADE: Aplica-se indistintamente a todas as pessoas.
D- IMPESSOALIDADE: Projeta seus efeitos a fatos futuros alcançados a qualquer pessoa que possa praticá-los.
3- CLASSIFICAÇÃO:
A- NORMA PENAL INCRIMINADORA:
É aquela que estabelece condutas proibidas e fixa sanções.
EX: Art. 121 e 129, CP.
B- NORMAS PENAIS NÃO INCRIMINADORAS:
B1- PERMISSIVAS: Estabelece causas de exclusão de ilicitude e culpabilidade. 
EX: Art. 23, CP.
Art. 26 e 27, CP.
B2- EXPLICATIVA: Visa detelhar conceitos.
EX: Art. 327, CP.
Art. 150, § 4°, CP.
C- NORMA PENAL EM BRANCO OU MANDATO EM BRANCO.
São aquela que apresenta incompletude em seu preceito primário e por isso necessita de outro ato normativo para preencher essa lacuna e assim ser aplicada no caso concreto.
C1- HETEROGÊNEA: O complemento decorre de fonte de produção diversa daquela que editou a norma principal.
 SHAPE ���
C2- HOMOGÊNEA: O complemento é oriundo da mesma fonte de produção que editou a norma principal.
 SHAPE ���
EX: Art. 236, CP C/C Art. 1521, CC.
Aula 3
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL.
A- QUANDO AO RESULTADO:
A1- DECLARATIVA OU RESTRITIVA: Significa correspondência entre o conteúdo da lei e a vontade do legislador. O aplicador do direito não amplia ou restringe o conteúdo da lei, apenas limita-se a interpretar o seu conteúdo estrito. 
Art. 27,CP – Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.
A2- EXTENSIVA: O interprete procura ampliar o alcance da lei
Art. 159,CP – Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate.
A3- RESTRITA: O interprete procura limitar o conteúdo, pois o legislador ampliou excessivamente o seu sentido.
Art. 28 – Não excluem a imputabilidade penal:
II – a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
B- QUANTO AOS SUJEITOS:
- LEGISLATIVO (Próprio Legislador)
- DOUTRINA (Doutrinadores, Estudos)
- JURISPRUDENCIAL (Juizes e Tribunais)
C- QUANTOS AOS MEIOS:
- GRAMATICAL: Letra da lei e sua interpretação.
- SISTEMÁTICA: Análise geral do ordenamento Jurídico a luz de Constituição.
- HISTÓRICA: Sociologia jurídica através do tempo.
- TELEOLÓGICA: Finalidade para o qual a lei foi criada.
INTEGRAÇÃO DA LEI PENAL (ANALOGIA): Adote-se a integração toda vez que a lei apresentar uma lacuna. A incompletude da lei será sanada por meio da analogia que significa aplicar a uma hipótese não prevista em lei, regra relativa a um caso semelhante.
- ESPÉCIES DE ANALOGIA:
A- “ IN BONAN PARTEM”: Consiste em modalidade de analogia admissível no direito penal, sendo aplicado para favorecer o acusado.
Art. 128,CP – Não se pune o aborto praticado por médico: Aborto necessário.
OBS: Por analogia incluem-se Enfermeiras, Parteiras, etc.
B- “IN MALAN PARTEM”: Espécie de analogia aplicada para incriminar condutas ou para criar situação mais gravosa ao sujeito, esta modalidade NÃO é admissível no direito penal, segundo o PRINCÍPIO DA LEGALIDADE.
CONFLITO APARENTE DE NORMAS:
- CONCEITO: É o conflito que se estabelece entre duas ou mais normas penais aparentemente aplicáveis ao mesmo fato.
REQUISITOS:
A- UNIDADE DE FATO: Aparente incidência de mais de uma norma.
B- FINALIDADE: Evitar dupla penalidade a cerca do mesmo fato (“BIS IN IDEM”).
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS À SOLUÇÕES:
I- Art. 12,CP- PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE: Aplica-se esse princípio quando uma norma penal é especial em relação a outra, isto é, quando reúne todos os elementos da norma geral, acrescidas de elementos especializantes.
Art. 121,CP C/C art. 123, CP
Art. 121, CP (elementos: “Matar” + “Alguém”)
Art. 123, CP (elementos: “Matar” + “Alguém”) + (elementos especializantes: “O próprio filho” + “Durante o parto ou logo após” + “Sobe influência do estado puerperal”).
Acrescenta-se que a relação de especialidade se dá entre dois tipos:
- FUNDAMENTAIS: (Roubo Simples – Art. 157, caput, CP).
- SECUNDÁRIOS: (Roubo Agravado - Art. 157 §2°, CP).
II- PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE: Existe relação da primariedade e subsidiariedade entre normas que estabelecem grau de violação a um mesmo bem jurídico. Se o crime mais grave estiver configurado afasta-se o tipo subsidiado. Há uma norma mais ampla (norma primária), porque descreve um grau maior de violação ao bem jurídico, e uma norma menos ampla (norma subsidiária), pois descreve um grau inferior de violação a esse mesmo bem.
A norma aplicável será sempre a que previr o maior grau de violação (lei primária). Assim, por exemplo, o crime de estupro (art. 213 do CP) contém o de constrangimento ilegal (art. 146 do CP). Se alguém constrange mulher à conjunção carnal, haverá estupro.
HÁ DUAS ESPÉCIES DE SUBSIDIARIEDADE:
1ª) SUBSIDIARIA EXPRESSA: se a norma expressamente declarar que só terá aplicação “se o fato não constituir crime mais grave” (a norma se autoproclama “soldado de reserva”)
 ex.: art. 132 do CP- - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente:
Pena – detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
2ª) SUBSIDIARIA TÁCITA: verifica-se quando o crime definido por uma norma é elemento ou circunstância legal de outro crime
 ex.: art. 304 do CTB (omissão de socorro em acidente de trânsito) em relação ao homicídio culposo na direção de veículo automotor, qualificado pela omissão de socorro (art. 302 c/c o art. 303, parágrafo único, do CTB)
 SHAPE ���
III- ABSORÇÃO OU CONSUNÇÃO: Há consunção quando o fato previsto em determinada norma esta compreendida em outra norma mais abrangente, aplicando-se somente esta última.
DESDOBRAMENTOS:
A- CRIME COMPLEXO: É aqueles que resulta da fusão de dois ou mais crimes:
Art. 157, CP- FURTO
+ VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA.
Art. 157, § 3°, CP- FURTO + MORTE
B- CRIME PROGRESSIVO: O sujeito desejando alcançar determinado objetivo criminoso, pratica diversas violações de menor gravidade ao mesmo bem jurídico, antes de consumar o seu propósito. Nesta hipótese, o agente só responderá pelo crime praticado e desejado desde o início de sua ação.
129 + 129 + 129 = 121
O objetivo era o Art. 121,CP, mais para isso ele utilizou o Art. 129,CP, somente responde pelo Art. 121, CP.
C- PROGRESSÃO CRIMINOSA:
C1- PROGRESSÃO CRIMINOSA EM SENTIDO ESTRITO: O agente deseja praticar determinado delito e após alcançar o resultado decide praticar outro crime mais grave contra a mesma vítima.
Art. 129,CP ALTEROU PARA O Art. 121, CP.
O objetivo era o Art. 129, CP após agressão decidiu alterar para Art. 121, CP.
C2- FATO ANTERIOR NÃO PUNÍVEL (“ANTE FACTUM IMPUNIVEL”): Quando um fato anterior menos grave é praticado como meio necessário para a realização de outro.
O porte de arma em relação ao homicídio cometido com tal instrumento.
 O crime de falsidade exclusivamente utilizado com o fi m de cometer estelionato, ( termos da Súmula 17 do STJ).
C3- FATO POSTERIOR NÃO PUNÍVEL (“POST FACTUM IMPUNIVEL”): O crime praticado após o delito principal que atinja o mesmo bem jurídico deve ser considerado impunível. 
- Sempre o mesmo bem jurídico.
AULA 4
VALIDADE E EFICÁCIA DA LEI NO TEMPO.
- EXTRA-ATIVIDADE: É capacidade que a lei penal tem de se movimentar no tempo regulando fatos ocorridos durante sua vigência, mesmo depois de ter sido revogada, ou retroagindo no tempo, afim de regular situações anteriores a sua vigência, desde que beneficio ao agente.
 SHAPE ���
PRINCÍPIOS:
A- IRRETROATIVIDADE: A lei nova surge para regulamentar fatos futuros, logo não deve alcançar aqueles antes de sua vigência.
- “Novatio legis incriminadora” : Lei posterior incrimina conduta que era lícita (Cria um novo crime).
- “Novatio legis in pejus”: Leis posteriores, mantendo a incriminação do fato, torna mais grave a situação do réu. (ex: aumento de pena, regime de pena mais severa).
B- RETROATIVIDADE: A lei nova pode alcançar fatos ocorridos antes de sua vigência desde que beneficie o réu.
- “Abolitio criminis”: Lei posterior descriminaliza conduta, tornando-as atípicas.
-“Novatio legis in mellius”: Lei posterior, sem suprimir a incriminação do fato, beneficia de alguma forma o réu. (ex: diminuição da pena, regime de pena mais branda).
C- ULTRA-ATIVIDADE: A lei penal revogada pode ser aplicada após sua revogação, quando o ilícito praticado durante sua vigência for sucedido por lei penal mais severa.
 SHAPE ���
Significa a manutenção dos efeitos da lei revogada em razão do conteúdo mais gravoso da lei revogadora.
CONFLITO DA NORMA NO TEMPO:
 SHAPE ���
 SHAPE ���
LEI TEMPORÁRIA E LEI EXCEPCIONAL. (Art. 3°, CP).
A- LEI TEMPORÁRIA: É aquela cuja a vigência vem previamente determinada na lei.
Ex: Art. 36 da Lei 12.663/12. (Lei da Copa)
B- LEI EXCEPCIONAL: É aquela elaborada com o objetivo de produzir efeitos exclusivamente durante situações de emergência ou acontecimentos excepcionais, tem sua vigência enquanto durar o evento.
- Características Comuns:
A- Auto Revogáveis.
B- Ultra-Ativas.
CRIME PERMANENTE E CRIMES CONTINUADOS.
Súmula 711/03, STF. A lei mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. 
A- CRIME PERMANENTE: Aquele cuja a execução se alonga no tempo.
 SHAPE ���
No entendimento do STF, aplica-se a Lei B promulgada durante a Cessação de Permanência.
B- CRIME CONTINUADO (Art. 71,CP).
 Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.
Art. 155,CP C/C Art. 71,CP
O agente responde pela lei C, mesmo sendo mais gravosa.
 SHAPE ���
Art. 6°, CP
TEMPO DO CRIME. 
TEORIAS:
1- TEORIA DA ATIVIDADE (ADOTADA PELA LEI BRASILEIRA): O tempo do crime será o da ação ou da omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Reputa-se consumado no momento da conduta do agente para fins de fixação da lei aplicável ao fato.
2- TEORIA DO RESULTADO: O tempo do crime esta relacionado ao momento do resultado.
3- TEORIA MISTA OU DA UBIQUIDADE: O tempo do crime e de igual relevância, o momento da ação ou omissão, bem como o do resultado.
TEORIA DA ATIVIDADE: 
 SHAPE ���
APLICAÇÃO DA LEI NO ESPAÇO.
ART. 5°, CP
A- PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE TEMPERADA: Aplica-se a Lei Penal Brasileira aos fatos praticados em seus territórios, salvo dispositivo contrário, estabelecido estabelecidos em convenções e tratados internacionais.
 SHAPE ��� 
Dá-se o fenômeno da territorialidade quando a lei penal se aplica ao fato cometido dentro do território nacional. Conforme dispõe o art. 5º do CP, a lei penal brasileira aplica-se em todo o território nacional, ressalvado o disposto em tratados, convenções ou regras de direito internacional. Trata-se do princípio da territorialidade temperada ou mitigada.
Por território, no sentido jurídico, deve-se compreender todo o espaço em que o Brasil exerce sua soberania, que abrange:
a) os limites compreendidos pelas fronteiras nacionais;
 
b) o mar territorial brasileiro (faixa que compreende o espaço de 12 milhas contadas da faixa litorânea média — art. 1º da Lei n. 8.617/93);
 
c) todo o espaço aéreo subjacente ao nosso território físico e ao mar territorial nacional (princípio da absoluta soberania do país subjacente — Código Brasileiro de Aeronáutica, art. 11, e Lei n. 8.617/93, art. 2º);
d) as aeronaves e embarcações:
— brasileiras privadas, em qualquer lugar que se encontrem, salvo em mar territorial estrangeiro ou sobrevoando território estrangeiro;
— brasileiras públicas, onde quer que se encontrem;
— estrangeiras privadas, no mar territorial brasileiro.
Art. 7°, CP
PRINCÍPIO DA EXTRATERRITORIALIDADE: Aplica-se a lei brasileira aos crimes praticados fora do território nacional.
A- ESPÉCIES DE EXTRATERRITORIALIDADE:
1- INCONDICIONADA: A lei brasileira aplicar-se-á ao crime praticado no exterior, independentemente do preenchimento de qualquer requisito ou condição (Art. 7°, I, §1°).
A- Crime contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
B- Crime contra o patrimônio ou contra a fé pública da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios ou dos territórios, ou suas autarquias, das empresas públicas, das sociedades de economia mista ou das fundações instituídas pelo Poder Público;
C- Crime contra a administração pública brasileira por quem está a seu serviço;
D- Crime de genocídio, se o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
2- CONDICIONADA: Sua aplicação depende da conjugação de uma série de fatores (Art. 7°, II, §§2° e 3°, CP).
A- Crimes previstos em tratado ou convenção internacional que o Brasil se obrigou a reprimir;
B- Crimes praticados por estrangeiro contra brasileiro, fora do nosso território (se não foi pedida ou se foi negada a extradição e se houve requisição do Ministro da Justiça);
C- Crimes
praticados por brasileiro;
D- Crimes praticados a bordo de navio ou aeronave brasileiros privados, quando praticados no exterior e ali não forem julgados.
- PRINCÍPIOS:
 SHAPE ��� 
A- Princípio da justiça penal universal ou cosmopolita: refere-se a hipóteses em que a gravidade do crime ou a importância do bem jurídico violado justificam a punição do fato, independentemente do local em que praticado e da nacionalidade do agente.
 Foi adotado nas letras D da extraterritorialidade incondicionada e a, da condicionada.
B- Princípio real, da proteção ou da defesa: justifica a aplicação da lei penal brasileira sempre que no exterior se der a ofensa a um bem jurídico nacional de origem pública. 
Foi adotado nas letras a até C da extraterritorialidade incondicionada.
C- Princípio da personalidade ou nacionalidade ativa: como cada país tem interesse em punir seus nacionais, a lei pátria se aplica aos brasileiros, em qualquer lugar que o crime tenha sido praticado. 
Foi adotado na letra B da extraterritorialidade condicionada.
D- Princípio da personalidade ou nacionalidade passiva: se a vítima for brasileira, nosso país terá interesse em punir o autor do crime. 
Foi adotado na letra B da extraterritorialidade condicionada (v. CP, art. 7º).
Obs.: ao contrário do que sustentam alguns autores, esse princípio não se confunde com o princípio da proteção, que se refere a bens públicos, o que não ocorre aqui.
E- Princípio da representação ou da bandeira: a lei brasileira se aplica às embarcações ou aeronaves que carreguem nossa bandeira. 
Foi adotado na letra D da extraterritorialidade condicionada.
AULA 5
1- CONCEITO DE INFRAÇÃO PENAL:
A- FORMAL (LEI PENAL): Crime é todo o comportamento humano descrito na lei penal.
B- MATERIAL (BEM JURÍDICO): Infração é todo comportamento humano que viola ou coloca em risco bem jurídico alheio.
C- ANALÍTICO:
 SHAPE ���
- BIPARTIDA: Infração constitui todo Fato Típico e Ilícito. A Culpabilidade apresenta-se como pressuposto da pena.
- TRIPARTIDA: Infração é todo Fato Típico, Ilícito praticado por agente capaz ou Imputável.
2- TEORIA DO DELITO E ELEMENTOS ESTRUTURANTES DO CRIME.
A- TEORIA CLÁSSICA OU CAUSAL (AÇÃO E RESULTADO): Sustenta que a ação constitui conduta direcionada a produção de um resultado, independentemente da análise da intenção do agente. Segunda a referida teoria o dolo e a culpa estão alocados na Culpabilidade, terceiro elemento do conceito Analítico de crime.
B- TEORIA FINALISTA: A conduta humana é sempre direcionada por uma finalidade que conduz a produção de um resultado. Conforme aponta a mencionada teoria, o dolo e culpa migram da culpabilidade e se alojam no Fato Típico, Primeiro Elemento do Conceito do Crime.
C- TEORIA FUNCIONALISTA: Considera que o resultado só pode ser atribuído a quem realizou o comportamento gerador de risco relevante e proibido.
	ELEMENTOS ESTRUTURANTES
	
T. CAUSAL
	- Conduta
- Resultado
- Nexo Causal
- Tipicidade
	
- Ausência de causas de excludentes.
(Ex: Art. 23, CP)
	- Dolo e Culpa
	
T. FINALISTA
	- Conduta (Dolo e Culpa).
- Resultado
- Nexo Causal
- Tipicidade
	
- Ausência de causas de excludentes.
(Ex: Art. 23, CP)
	- Imputabilidade
- Potencial Consciente de Ilicitude
- Exigibilidade de Conduta Diversa
	
T. FUNCIONALISTA
	- Conduta (Dolo e Culpa).
- Resultado
- Imputação Objetiva
- Tipicidade
	
- Ausência de causas de excludentes.
(Ex: Art. 23, CP)
	- Imputabilidade
- Potencial Consciente de Ilicitude
- Exigibilidade de Conduta Diversa
 
3- CLASSIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO:
 SHAPE ���
4- SUJEITOS DA INFRAÇÃO PENAL:
A- SUJEITO ATIVO: É aquele que pratica conduta descrita no código Penal.
B- SUJEITO PASSIVO: É aquele que sofre a ação descrita no código penal ou é aquele que tem o bem jurídico violado pelo sujeito ativo do crime.
C- PESSOA JURÍDICA: Em regra a lei penal aplicada a Pessoa Natural, porém a lei penal pode ser aplicada a Pessoa Jurídica no que couber.
Ex: Lei 9.605/91 (Lei Ambiental).
OBS: Parte da doutrina que admite a responsabilidade penal da Pessoa Jurídica, adota a teoria organicista que atribui personalidade jurídica ao ente autônomo e diverso de seus membros. Neste caso, admite-se a responsabilidade penal de Crimes Ambientais segundo dispõe o Art. 225,§ 3°, regulamentado pela lei 9605/98.
 
5- OBJETO MATERIAL: É a Pessoa ou a Coisa sobre a qual recai a conduta.
EX: 
A- Cadáver do Crime homicídio.
B- Objeto Furtado
C- Lesão Corporal no crime do Art. 129, CP que recai sobre a pessoa.
6- CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES:
 A- QUANTO AO RESULTADO NATURALÍSTICO (MATERIAL):
A1- CRIME MATERIAL OU DE RESULTAdo : O Legislador descreve conduta e resultado e exige a proteção deste último para a consumação do Delito.
EX: Arts. 121 (Homicídio); 129 (estupro) e 171 (Estelionato) , CP.
A2- FORMAL OU CONSUMAÇÃO ANTECIPADA: O tipo descreve conduta e resultado, sendo a ocorrência deste último desnecessário a consumação do Delito.
EX: Arts. 317 (Corrupção passiva); 333 (Corrupção Ativa); 158 (Extorsão); 159 (Extorsão mediante sequestro), CP.
A3- MERA CONDUTA: Consuma-se o crime com a prática da conduta descrita no tipo, independentemente da produção de qualquer resultado.
EX: Arts. 147 (Ameaça); 135 (Omissão de socorro); 138; 139 e 140, CP
 SHAPE ��� 
B1- CRIME COMUM: É aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa.
EX: Arts. 121; 122; 157, CP
B2- CRIME PRÓPRIO: O Legislador exige uma qualidade especial do sujeito.
EX: Arts. 123; 312, CP
B3- CRIME DE MÃO-PRÓPRIA: É aquele que só pode ser praticado pelo sujeito determinado expressamente no TIPO.
EX: Art. 342, CP
6- CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES:
C- QUANTO À INTENSIDADE DO RESULTADO
C1- CRIME DE DANO OU LESÃO: Exige a efetiva lesão ao bem jurídico tutelado. Ex: 121 (Homicídio); 129 (Lesão corporal); 155 (Furto), CP.
C2- CRIME DE PERIGO: O delito se consuma-se apenas com a exposição do bem jurídico a uma situação de risco. Se subdividido em dois grupos: CONCRETO E ABSTRATO.
- CONCRETO: Exige comprovação da existência do Perigo. 
Ex.: 132 (Perigo para vida ou saúde de outrem); 133 (Abandono de Incapaz), CP.
- ABSTRATO: O legislador presume a existência de perigo ao descrever a conduta proibida. 
Ex.: 130 (Perigo de contágio venéreo); 131 (Perigo de contágio de moléstia grave).
D- QUANTO AO MOMENTO CONSUMATIVO DO DELITO.
D1- CRIME INSTANTÂNEO: O crime consuma-se em momento determinado, sem continuidade no tempo.
D2- CRIME PERMANENTE: A consumação do delito se alonga no tempo.
E- QUANTO A ESTRUTURA DO TIPO:
E1- TIPO SIMPLES: É aquele que se amolda a um único tipo penal.
E2- CRIME COMPLEXO: É aquele que resulta da fusão de dois ou mais tipos penais. 
AULA 6
FATO TÍPICO: É o fato humano que se adequa perfeitamente ao tipo penal. O fato típico consubstancia o primeiro dos elementos estruturais do delito a sua composição varia em função da espécie de crime:
 
1- ELEMENTOS DO FATO TÍPICO:
	CRIME DOLOSO
	CRIME CULPOSO
	
- Conduta dolosa
- Resultado (Crime material)
- Nexo Causal (Crimes materiais)
- Tipicidade
- Relação de Imputação Objetiva (Elemento normativo implícito do fato típico) 
	
- Conduta Voluntária
- Resultado Involuntário
- Nexo Causal
- Tipicidade
- Relação de Imputação Objetiva
- Quebra do Dever de Cuidado Objetivo
- Previsibilidade Objetiva
 
2- ANÁLISE DA CONDUTA:
A- TEORIA CAUSAL: A conduta humana que significa um comportamento voluntário causador de um resultado.
** Admite somente a concepção Tripartide. 
B- TEORIA FINALISTA: conduta significa, todo o comportamento humano e voluntário dirigido a uma finalidade causadora de um resultado.
** Essa Teoria permite a adoção tanto do conceito BIPARTIDE E TRIPARTIDE do delito.
3- ESPÉCIES DE CONDUTA:
A- COMISSIVA (FAZER): É aquele que exige o fazer do Sujeito Ativo.
B- OMISSIVA (DEIXAR DE FAZER): Caracteriza-se pela abstenção do Sujeito Ativo.
B1- CRIME OMISSIVO PRÓPRIO: O legislador estabelece um tipo especifico tal como o art. 135 (Omissão de socorro), CP.
- São considerados crimes de mera Mera Conduta.
- Estabelecem um dever Genérico a todos os indivíduos.
Ex.: 
Art. 135 (Omissão de Socorro)
Art. 244 (Presunção de Violência)
Art. 269 (Omissão de Notificação)
B2- CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO OU COMISSIVO POR OMISSÃO: O tipo penal surge da combinação da norma identificador da posição de agente garantidor e aquele que reflete o resultado decorre da omissão.
- A presença do agente garantidor conforme Art. 13, §2°, CP (Relevância de omissão)
- Exige a produção de resultado naturalistico
- Estabelece um dever especifico de agir. 
AULA 07
TIPO DOLOSO E TIPO CULPOSO
1- TIPO DOLOSO
A- DEFINIÇÃO: Significa CONSCIÊNCIA E VONTADE de praticar os elementos objetivos do tipo.
B- NATUREZA JURÍDICA: Elemento Subjetivo do tipo.
C- TEORIA:
C1- TEORIA DE REPRESENTAÇÃO DO DOLO: É a representação ou previsão do resultado como certo ou provável, pouco importante se o sujeito desenhou o resultado ou assumiu o risco de produzir.
------------ TEORIA COGNITIVA (ELEMENTO CONSCIÊNCIA)
(Não adotada no código penal: Consciência + Vontade).
C2- TEORIA DA VONTADE: Dolo é a vontade de produzir o Resultado antevisto pelo sujeito (Art. 18,I, 1°parte, CP- “Doloso, Quando o agente quis o Resultado...”).
------------ TEORIA DA VONTADE (ELEMENTO CONSCIÊNCIA E VONTADE)
 (Teoria adotado no Código Penal: Consciência + Vontade)
C3- TEORIA DO CONSENTIMENTO OU ASSENTIMENTO: Dolo representa a assunção de risco quanto a produção do resultado (Art. 18, I, in fine – “ ...Assumiu o risco de produzi-lo”).
----------TEORIA DO CONSENTIMENTO (Consciência + Vontade).
D- ESPÉCIES:
D1- DOLO DIRETO: É aquele direcionado a produção de determinado resultado.
	- DOLO DE 1° GRAU: Consciência e Vontade de praticar o resultado visado pelo agente denominado, EFEITO PRIMÁRIO.
	- DOLO DE 2° GRAU: O dolo abrange os efeitos secundários ou colaterais por serem indissociáveis do resultado desejado pelo agente.
D2- DOLO EVENTUAL: O Sujeito não quer produzir o resultado de forma direta, porém assume o risco de sua produção.
D3- DOLO ESPECÍFICO (ESPECIAL FIM DE AGIR): Representa a vontade de praticar um proposito específico além da realidade dos elementos objetivos do tipo.
Art. 159- “... com o fim de ...”
Art. 155- (Vontade de se apoderar do objeto permanentemente).
Art. 138- Calunia
Art. 139- Difamação
Art. 140- Injuria
2- TIPO CULPOSO: (Art. 18, II, CP).
B- NATUREZA JURÍDICA: ELEMENTO NORMATIVO DO TIPO.
ELEMENTO DO TIPO: É aquela que exige juízo de valoração por parte do aplicador do direito.
C- DEFINIÇÃO: Verifica-se quando o agente deixado de observar o dever objetivo de cuidado, realiza voluntariamente uma conduta que produz resultado naturalístico, não deixado pelo indivíduo.
D- REQUISITOS:
D1- CONDUTA VOLUNTÁRIO: Produtora de resultado naturalista. RESULTADO NATURALISTA é aquele que promove transformações no plano físico em razão da ação humana.
** O TIPO CULPOSO exige a produção de resultado naturalístico, sem o qual não haverá tipicidade.
D2- VIOLAÇÃO DE CUIDADO: É a não observância de um comportamento imposto pelo ordenamento jurídico cujo objetivo é evitar lesão à bem jurídico alheio.
D3- PREVISIBILIDADE OBJETIVA: É a possibilidade de qualquer pessoa dotada de prudência antever o resultado. (Art. 19, CP- “Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao mesmo culposamente”).
E- MODALIDADE DE CULPA: 
E1- IMPRUDÊNCIA: Consiste na atuação do agente sem a observância da cautela necessária. É a pratica de uma conduta arriscada ou perigo de caráter comissivo (Comissiva- Ação Humana para produção do resultado).
E2- NEGLIGÊNCIA: Consiste no OMISSÃO em relação a conduta que devia praticar (OMISSIVA- Deixar de fazer).
E3- IMPERÍCIA: É a falta de aptidão ou insuficiência de conhecimento técnico para exercício de arte ou profissão. (Relativo a exercício da profissão)
F- CULPA CONSCIENTE: Ocorre quando o agente, embora prevendo o resultado confia plenamente que este não ocorrerá (Culpa com previsão).
	OBS: DIFERENÇAS ENTRE: DOLO EVENTUAL X CULPA CONSCIENTE
	DOLO EVENTUAL
	CULPA CONSCIENTE
	Assume o risco da produção do resultado
	Acredita que o resultado não ocorrerá
	ASPECTOS COMUNS = PREVISÃO
 G- CRIMES QUALIFICADOS PELO RESULTADO: São aqueles em que o legislador após descrever a conduta típica, acrescenta com resultado agravador cuja a finalidade e alternar ou modificar a pena.
1- Conduta Dolosa e Resultado agravador Doloso: (Art. 157, §3°, CP- Roubo...§3 “Se da violência resulta Lesão corporal Grave, pena é de reclusão, de 7 a 15 anos, além de multa; se resultado morte, a reclusão é de 20 a 30 ano, sem prejuízo da multa”).
2- Conduta Dolosa e Resultado agravador Culposo: (Art. 129, §6°, CP- Lesão Corporal: “Se a lesão é culposa”).
APLICADO AOS CRIMES PRETERDOLOSO: no qual o agente pratica uma conduta anterior dolosa, e desta decorre um resultado posterior culposo.
 Há dolo no fato antecedente e culpa no consequente.
3- Conduta Culposa e Resultado agravador Doloso: (Lei 9.503/97, Art, 302, §1°, III, CTB- Homicídio Culposo na direção de veículo automotor, §1°, III, ...deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem pessoal à pessoa da vítima;”)
AULA 08
- NEXO DE CAUSALIDADE
A- DEFINIÇÃO: É o vínculo formado entre a conduta do agente e o resultado por ele praticado.
 SHAPE ���
B- CAUSA Significa todo antecedente sem o qual o resultado não se configurar. Art. 13, Caput, CP- O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considerá-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
C- ESPÉCIES DE CAUSA:
1- CAUSAS PREEXISTENTES: É a causa externa que já existia no momento da conduta do agente (ANTES).
2- CONCOMITANTE: A causa externa surge concomitantemente a conduta do agente (MESMO MOMENTO).
3- SUPERVENIENTE: A causa externa surge posteriormente a conduta do agente (APÓS).
OBS 1: Causa por si só produziu o resultado (Art. 13, §1°, CP- A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou). O agente responderá apenas pelos atos praticados, sendo rompido o nexo causal.
OBS 2- A causa que NÃO produziu por si só o resultado. Não há quebra do nexo causal.
C1- ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE: É aquela causa que por si só produz o resultado independentemente da conduta do agente. Neste caso, não há NEXO DE CASUALIDADE entre a conduta do agente e o resultado, acarretando a ausência de responsabilidade penal relativamente ao resultado.
�
C2- RELATIVAMENTE INDEPENDENTE: É aquela que somente tem a possibilidade de produzir o resultado se tiver ligado a conduta do agente.
�
4- TEORIAS:
A- TEORIA DA CASUALIDADE ADEQUADA: Considera a causa toda a condição necessária e adequada a determinar a produção do resultado. Não são levadas em conta todas as circunstâncias necessárias, mas somente aquelas que além de indispensáveis, sejam idôneas à causa do resultado. 
B- TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS (CONDITIO SINE QUAUNON : Condição sem a qual não): Considera causa toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido quando e como ocorreu. Todo fato que de forma direta ou indireta exerceu alguma influência no resultado deve ser considerado como sua causa. A teoria “conditio sine quaunon” observa que, partindo do resultado, devemos fazer uma regressão almejando descobrir yudo aquilo
que tenha exercido influência na sua produção.
- Essa teoria é adotada pelo Art. 13, Caput, CP.
- PROCESSO DE ELIMINAÇÃO DE THYRÉN: Também chamado de processo hipotético de eliminação, mecanismo utilizado para identificar se um acontecimento é causa ou não do resultado. Para considerarmos determinado fato como causa do resultado é preciso que façamos um exercício mental:
1°- Temos de pensar no fato que entendemos como influenciador do resultado;
2°- Devemos suprimir mentalmente esse fato a cadeia causal;
3°- se, como consequência dessa supressão mental, o resultado vier a se modificar, é sinal de que o fato suprimido mentalmente deve ser considerado como causa deste resultado.
�
 �
INTER CRIMINIS E RESULTADO
(Crime consumado e Crime tentado)
- INTER CRIMINIS (Caminho do Crime): Corresponde as etapas percorridas pelo agente para alcançar seu propósito delituoso 
Art. 14, CP- Diz-se o crime:
Crime consumado 
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
Tentativa 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
Pena de tentativa
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
�
- COGITAÇÃO: Fase do Inter Criminis que se passa na mente do agente. Aqui ele define a infração penal que deseja praticar, representando e antecipando mentalmente o resultado que busca alcançar (Não relevantes ao Direito).
- ATOS PREPARATÓRIOS: Consiste nos atos imprescindíveis a execução do delito. (Não relevante ao direito, com a exceção do Art. 288, CP- Associação Criminosa).
- ATOS EXECUTÓRIOS: São atos que correspondem ao início da realização do núcleo do tipo.
O agente consuma a infração penal por ele pretendida inicialmente;
Em virtude de circunstanciais alheias à sua vontade, a infração não chega a consumar-se, portanto tentada.
- CONSUMAÇÃO: Consuma-se o crime quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. 
Conforme sua classificação doutrinária cada crime tem seu momento consumativo diferente de outros;
TEMPO DA CONSUMAÇÃO:
A- CRIMES MATERIAIS E CULPOSOS: Quando se verifica a produção do resultado naturalístico, ou seja, quando há a modificação no mundo exterior. Ex: Homicídios Art. 121, CP.
B- CRIMES OMISSIVOS PRÓPRIOS: Com a abstenção do comportamento imposto ao agente. Ex: Omissão de Socorro Art. 135, CP.
C- CRIMES DE MERA CONDUTA: Com o simples comportamento previsto no tipo, não se exigindo qualquer resultado naturalístico Art. Violação de Domicílio Art. 150, CP. 
D- CRIMES FORMAIS: Com a prática da conduta descrita no núcleo do tipo, independentemente da obtenção do resultado esperado pelo agente, que caso aconteça será mero exaurimento do crime. Ex: Extorsão mediante sequestro Art. 159, CP.
E- QUALIFICADO PELO RESULTADO: Com o resultado agravador. Ex: Lesão Corporal qualificado pelo resultado aborto Art. 129, §2°, V.
F- CRIMES PERMANENTE: Enquanto durar a permanência, uma vez que o crime permanente é aquele cuja consumação se prolonga, perpetua-se no tempo. Ex: Sequestro e Cárcere Privado Art. 148, CP.
- EXAURIMENTO: Ocorre quando o agente continua a violar o bem jurídico mesmo após a consumação do delito.
OBS: Segundo doutrina dominante o exaurimento não pertence ao INTER CRIMINIS, mas pode influenciar na dosimetria da pena. Art. 317, CP. 
- TENTATIVA (Art. 14.II, CP): Caracteriza-se pelo início dos atos executórios que são interrompidos por razão alheios a vontades do agente.
�
A- NATUREZA JURÍDICA: Causa de diminuição de pena (Art. 14, §único).
B- ALGUMAS INFRAÇÕES QUE NÃO ADMITEM A TENTATIVA:
B1- CRIMES CULPOSO: O agente não quis ou assumiu o risco de produzir o resultado.
B2- CRIME PRETERDOLOSO: Fala-se em preterdoloso quando o agente atua com dolo na sua conduta e o resultado agravador advém de culpa.
- Dolo na Conduta e Culpa no Resultado;
- Dolo no Antecedente e Culpa no Consequente.
B3- CRIMES DE ATENTADO OU EMPREENDIMENTO: O simples prática da Tentativa é punida com as mesmas penas do crime consumado.
 Ex: Art. 352,CP- Evasão mediante violência contra a pessoa; Lei 4.898/65;
 art. 3° - Abuso de Autoridade.
B4- CRIME CONDICIONADO AO RESULTADO: 
Art. 122, CP- Induzimento, Instigação ou Auxilio ao Suicídio.
B5- CONTRAVENÇÃO (Decreto Lei 3.688/41, art 4°-  Não é punível a tentativa de contravenção).
B6- CRIMES OMISSIVOS PRÓPRIOS: O agente não faz aquilo que a lei determina e consuma a infração.
- Art. 135, CP – Omissão de Socorro.
B7- CRIME HABITUAL: Caracteriza-se pela prática reiterada de atos que isoladamente não constituem crime.
Art. 229, CP- Casa de Prostituição;
Art. 282, CP- Curanderismo.
 
- DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIO (Art. 15,1° parte, CP).
�
ARREPENDIMENTO EFICAZ OU TENTATIVA ABANDONADA. (Art. 15, “in fine”).
�
	ATOS EXECUTÓRIOS
	DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA
	TENTATIVA
	- Ainda durante a pratica dos atos executórios, mas sem esgotar todos os meios que tinha à sua disposição para chegar à consumação da infração penal, o agente desiste, voluntariamente, de nela prosseguir.
	- O agente é interrompido durante os atos executórios, ou esgota tudo aquilo que tinha ao seu alcance para chegar à consumação da infração penal, que somente não ocorre em virtude de circunstâncias alheias à sua vontade.
- ARREPENDIMENTO POSTERIOR. (Art. 16,CP- ”Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços”).
- NATUREZA JURÍDICA: Causa Geral de diminuição de pena.
�
- CRIME IMPOSSÍVEL (Art. 17, CP- Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime).
A- CRIME IMPOSSÍVEL POR INEFICÁCIA ABSOLUTA DO MEIO EMPREGADO:
- Meio Empregado pelo agente não é capaz de alcançar o resultado.
- Meio: É tudo aquilo utilizado pelo agente capaz de auxiliá-lo na execução do crime.
EX: 1- Ticio desejando matar Mevio ministra substância sem qualquer Efeito Letal.
2- Utilização de arma de brinquedo com o propósito de matar.
B- CRIME IMPOSSÍVEL POR IMPROBIDADE DO OBJETO: O Objeto material do crime é inadequado para sofrer a conduta do agente.
EX: 1- Tentar matar uma pessoa que já se encontra morta.
2- Tentar vender farinha em lugar de entorpecente.
OBS: A e B uma vez reconhecendo o crime impossível, a conduta do agente será considerada ATÍPICA e por consequência o Réu deverá ser absorvido.
AULA 10
FATO TÍPICO
1- TIPO PENAL: É todo comportamento humano descrito na lei penal como crime ou contravenção.
2- ESTRUTURA DO TIPO: 
A- ELEMENTARES: Constituem dados essenciais a figura típica sem os quais a conduta se considera ATÍPICA. 
�
A3- NORMATIVAS: são aquelas que exigem a análise valorativa por parte do aplicador do Direito.
EX:
1- “JUSTA CAUSA”- (Art. 244, CP- “Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo”).
2- ATO OBSCENO (Art. 233, CP- “Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público”). 
�
B- CIRCUNSTÂNCIAS: São dados que se agregam a figura principal do tipo que tem como objetivo ampliar ou diminuir a pena.
Ex: 
1- Art. 121, §2°, CP- Homicídio Qualificado. (QUALIFICADORA).
2- Art. 65, CP- São Circunstância de diminuição
da pena. (ATENUANTE).
�
- TIPICIDADE (ADEQUAÇÃO TÍPICA): Representa a adequação entre a conduta e o tipo penal incriminador.
�
- TIPICIDADE FORMAL: é a adequação da conduta ao modelo abstrato previsto em Lei. 
- TIPICIDADE CONGLOBANTE MATERIAL: Uma conduta será considerada típica se ofender significativamente bens relevantes para o Direito Penal.
EX:
1- Princípio da Insignificância;
2- Princípio de Lesividade;
3- Princípio da Fragmentariedade.
- TIPICIDADE CONGLOBANTE ANTINARMATIVIDADE: O comportamento deve ser contrário a norma penal. Não é possível que uma norma proíba aquilo que outra imponha ou fomente.
OBS: 1- Segundo a teoria da tipicidade conglobante, aquele que age no estrito cumprimento do dever legal tem reconhecida sua conduta como ATÍPICA, visto que não é identificada como antinormativa.
2- Segundo Doutrina Clássica, aquele que age no estrito cumprimento do dever legal prática FATO TÍPICO, porém LÍCITO.
AULA 11/12
-ILICITUDE OU ANTIJURIDICIDADE: (Art. 23, CP- “Não há crime quando o agente prática o fato”).
- A Ilicitude é o 2° elemento do Conceito Analítico de Crime.
- FATO TÍPICO + ILICITO + AGENTE CAPAZ.
A- ESTADO DE NECESSIDADE: (Art. 23, I, CP, C/C Art. 24, CP).
Art. 24, CP- Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
A1- REQUISITOS:
1- PERIGO ATUAL: É aquela que esta acontecendo ou esta presente no momento da conduta do agente.
2- PERIGO NÃO CAUSADO VOLUNTARIAMENTE PELO AGENTE: O Estado exclui a possibilidade do agente arguir o Estado de Necessidade quando ele criou dolosamente o perigo.
3- INEVITABILIDADE DO COMPORTAMENTO LESIVO: Consiste na expressão “Nem podia por outro meio evitar o resultado”. O sujeito deve buscar um meio menos gravoso a fim de afastar o perigo.
4- INEXIGIBILIDADE DO SACRIFÍCIO DO BEM AMEAÇADO: O bem em perigo deve ser relevante a ponto de ser preservado pelo agente.
A2- EXCESSO: Age com excesso aquele que para afastar o perigo utiliza-se de meios dispensáveis para sacrificar o bem jurídico alheio.
B- LEGITIMA DEFESA (Art. 25, CP-  “Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem”).
B1- REQUISITOS:
1- EXISTÊNCIA DE AGRESSÃO: A agressão decorre da conduta humana.
2- AGRESSÃO ATUAL E EMINENTE: É aquela que esta ocorrendo ou esta prestes a ocorrer.
3- AGRESSÃO INJUSTA: É aquela não autorizada por Lei.
4- EMPREGO DE MEIOS NECESSÁRIOS: É o meio que o agente possui no momento, para repelir a 
injusta agressão.
5- USO MODERADO DOS MEIOS: O agente deve utilizar o meio necessário na medida suficiente para afastar a injusta agressão.
B2- EXCESSO: O emprego dos meios necessários de forma imoderada pode configurar CRIME DOLOSO ou CRIME CULPOSO.
C- ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL: Consiste na realização de um FATO TÍPICO que por força de uma obrigação imposta por lei, a conduta será considerada LÍCITA.
EX: Oficial de Justiça que adentra domicílio afim de cumprir ordem judicial de penhora.
D- EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO: Consiste no exercício de uma prerrogativa conferida pelo ordenamento jurídico identificada como FATO TÍPICO.
EX: 1- Prisão em fragrante, realizada por particular:
 (Art. 301, CP- “Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito”).
2- Violência Emprega a afim de manter a posse em razão de esbulho:
 (Art. 1210, CC- “ O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse”).
- CULPABILIDADE (3° ELEMENTO DO CONCEITO DE CRIME).
 1- CONCEITO: Consiste no juízo de reprovabilidade que se realiza sobre a conduta Típica e Ilícita cujo o objetivo é aferir a possibilidade de imposição de pena pelo Estado.
2- TEORIA ADOTADA PELO C.P: O código penal adotou a teoria limitada da culpabilidade, que indica que as denominadas DESCRIMINANTES PUTATIVAS podem ser identificadas como ERRO DE TIPO OU ERRO DE PROIBIÇÃO. A referida teoria ratifica o deslocamento do dolo e da culpa da culpabilidade para o fato típico.
OBS: DESCRIMINANTES PUTATIVAS: Descriminar quer dizer transformar o fato em um indiferente penal. Ou seja, para a lei penal, o fato cometido pelo agente não é tido como criminoso, uma vez que o próprio ordenamento jurídico-penal permitiu que o agente atuasse da maneira que agiu.
3- ELEMENTOS E CAUSAS DE EXCLUSÃO:
A- IMPUTABILIDADE: Consiste na capacidade do sujeito ativo entender o caráter ilícito do fato e de orientar sua vontade conforme o seu entendimento (IDADE, DOENÇA MENTAL).
- MENOR DE IDADE: Critério Biológico (NÃO HÁ CRIME).
- PORTADOR DE DOENÇA MENTAL: Critério Biopsicológico (Art. 26 – “É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento”).
�
- OBS 1- Art. 26, §único: Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento
 
OBS 2- Art. 28, §2°, CP- EMBRIAGUEZ INCOMPLETA E INVOLUNTÁRIA É SEMI-IMPUTÁVEL E CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA. 
OBS 3- “ ACTIO LIBERA IN CAUSA” (Causa Livre na Causa).
O agente que voluntariamente embriagou-se mesmo não apresentando capacidade de entendimento deve responder pelo fato por ele praticado. A Culpabilidade deve ser analisado no momento que antecede o Estado de Embriaguez.
B- POTENCIAL CONSCIÊNCIA DE ILICITUDE: É a possibilidade de o sujeito compreender o caráter ilícito de seu comportamento.
B1- CAUSA DE EXCLUSÃO = ERRO DE PROIBIÇÃO: É a falsa percepção acerca do caráter ilícito do fato.
�
C- EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA: É a expectativa de um comportamento diferente daquele realizado pelo sujeito.
- CAUSAS DE EXCLUSÃO: (Art. 22, CP – “ Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem”).
- COAÇÃO IRRESISTÍVEL;
- OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA;
	- A- Condição de subordinação do executor da ordem;
	- B- Relação de Direito Público;
	- C- Ilegalidade da Ordem;
	- D- Aparente Legalidade da Ordem.
- TEORIA DO ERRO
- ERRO DE TIPO:
A- CONCEITO: É a falsa percepção acerca da presença dos elementos constitutivos do tipo.
B- ESPÉCIE: 
B1- ERRO ESSENCIAL: é aquele que versa sobre as elementares ou circunstancias ou sobre qualquer outro dado que se agrega ao fato típico.
- INVENCÍVEL: Afasta o Dolo e a Culpa.
- VENCÍVEL: Afasta o Dolo , mas pode responder a titulo de Culpa.
	
B2- ERRO ACIDENTAL
- ERRO SOBRE PESSOA (Art. 20, §3° -“ O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades
da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime”).
- ERRO SOBRE EXECUÇÃO (Art. 73- “ABERRATIO ICTUS” – “Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior”).
OBS: “Aberratio Ictus”Erro na execução de um crime, por desvio de direção, de cálculo, de pontaria, que leva o agente a atingir involuntariamente a terceiro.
- RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO: O agente deseja ofender determinado bem jurídico, porém alcança resultado diverso do pretendido em razão da ofensa de bem jurídico deferente ao almejado.
 (Art. 74 – “ Fora dos casos do artigo anterior, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa, se o fato é previsto como crime culposo; se ocorre também o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 70 deste Código”).
PARTE GERAL
Teoria da Norma (art. 1 a 12, CP)
Teoria do Delito (art. 13 a 31, CP)
Teoria da Pena (art. 32 a 120, CP)
PARTE ESPECIAL: Crimes em Espécie (art. 121 a 359, CP)
DIREITO PENAL
NORMA
LEI
CONDUTA PUNIVEL
SANÇÃO
REGRAS
PRINCIPIOS 
NORMAS
INCRIMINADORAS
A- DIREITO CONSTITUCIONAL
FUNDAMENTO DE VALIDADE DO DIREITO PENAL
DEFINIÇÃO DE VALORES FUNDAMENTAIS DEFENDIDOS PELO DIREITO PENAL
B- DIREITO CIVIL
PROTEGE OS MESMOS BENS JURÍDICOS, POREM EM DIMENÇÃO DIFERENCIADA
AUXILIA NA INTERPRETAÇÃO DE CERTOS ELEMENTOS DO CRIME
C- DIREITO PROCESSUAL PENAL
INSTRUMENTO DE CONCRETIZAÇÃO DO DIREITO PENAL
REFLETE AS GARANTIAS DO REU
- Fonte Formal Mediata
- Doutrina
- Jurisprudência
- Princípios Gerais do Direito
- Costumes
Súmula
Súmula Vinculante
NÃO TEM CARATER DE LEI
NORMA JURÍDICA
NORMA REGRA
NORMA PRINCÍPIOS
(Força Normativa)
- LEGISLADOR (Analisa o Abstrato)
- JULGADOR (Analisa o Caso Concreto)
DESTINATÁRIOS
- AUTO LESÃO
- ATIVIDADE INTERNA (Pensamento, Cogitação)
AUSÊNCIA DE LESIVIDADE
D.I
D.C
D.P
CLT
CC
CTB
- Subsidiária
- Intervenção Mínima
- Bens Jurídicos Relevantes
- Lesão ou Risco de Lesão
NORMA PENAL
PRECEITO PRIMÁRIO
(Conduta)
PRECEITO SECUNDÁRIO
(Sanção / Pena)
NORMA PRINCIPAL
(PODER LEGISLATIVO)
- LEI
COMPLEMENTO
(NÃO LEGISLATIVA)
- Decreto
- Portaria
- Resolução
NORMA PRINCIPAL
(PODER LEGISLATIVO)
- LEI
COMPLEMENTO
(PODER LEGISLATIVO)
- LEI
- LEI COMPLEMENTAR
NORMA
SUBSIDIARIA
NORMA
PRIMÁRIA
DANO
(Art. 163, CP)
FURTO
(Art. 155, §4°,I , CP)
“BIS IN IDEM”
EXTRA-ATIVIDADE
- ULTRA-ATIVIDADE
- RETROATIVIDADE
LEI A
FATO
LEI B
(lex Gravior)
JUÍZO
Irretroatividade da lei B
Ultra-atividade da lei A
LEI A
LEI B
(Lei nova)
LEX MITIOR
(Lei mais branda)
LEX GRAVION
(Lei mais grave)
LEX MITIOR
(Retroatividade)
- “Abolitio criminis” (Art. 2°,CP)
-“Novatio Legis in Mellius”.
LEX GRAVIOR
(Irretroatividade)
(Princípio da Legalidade)
- “Novatio Legis incriminadora”
-“Novatio Legis in Pejus”.
LEI A
LEI B
(mais gravosa)
Cessação de Permanência
Captura de Vítima
Soltura da Vítima
Art. 148, CP
LEI B
(Mais Gravosa)
LEI C
(Mais Gravosa)
LEI A
(Menos Gravosa)
Furto 1
Furto 2
Furto 3
Furto 4
30 dias
30 dias
30 dias
FATO ÚNICO
LEI A
Resultado imediato
Resultado posterior
LEI B
FATO / CONDUTA
(Ação ou Omissão)
TERRITÓRIO
- REAL
- EXTENSÃO (Art. 5°, §1°, CP)
 
- SOLO
- MARES
- ESPAÇO AÉREO
- Embarcações e Aeronaves Públicas (qualquer lugar)
- Embarcações e Aeronaves Privadas em extensão do território brasileiro correspondente.
- PRINCÍPIO REAL DA DEFESA OU DA PROTEÇÃO 
(Art. 7°, I, A, B, C, CP).
- PRINCÍPIO DA JUSTIÇA UNIVERSAL OU COSMOPOLITA 
(Art. 7°,I,D,CP e Art.7°,II, A, CP)
- PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE ATIVA
(Art. 7°, II, B, CP)
- PRINCÍPIO DA BANDEIRA, PAVILHÃO OU REPRESENTAÇÃO
(Art. 7°, II, CP)
- PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE PASSIVA
(Art. 7°, §3, CP)
PRINCÍPIOS
CONCEPÇÃO
BIPARTIDA = FATO TÍPICO + ILÍCITO
TRIPARTIDA = FATO TÍPICO + ILÍCITO + AGENTE CAPAZ
A- DICOTÔMICA: INFRAÇÃO PENA
CRIME OU DELITO
CONTRAVENÇÃO
POTENCIAL OFENSIVO
- MENOR: Lei 9.099/95
- MÉDIO
- MAIOR: Crimes Hediondos
B- TRICOTÔMICA: INFRAÇÃO PENA
- CRIME
 - DELITO
- CONTRAVENÇÃO
B- QUANTO AO SUJEITO
- CRIME COMUM
- CRIME PRÓPRIO
- CRIME MÃO-PRÓPRIA
CONDUTA
CAUSA
RESULTADO
EFEITO
NORMA
SUBSIDIARIA
NORMA
PRIMÁRIA
NORMA PRINCIPAL
(PODER LEGISLATIVO)
- LEI
COMPLEMENTO
(PODER LEGISLATIVO)
- LEI
- LEI COMPLEMENTAR
NORMA PRINCIPAL
(PODER LEGISLATIVO)
- LEI
COMPLEMENTO
(NÃO LEGISLATIVA)
- Decreto
- Portaria
- Resolução
Mèvio usa veneno para matar Tício.
Carro atropela Tício
Veneno
Atropelamento
Morte de Tício. (Atestado que a morte vou do acidente).
Mévio responde por tentativa.
CONDUTA DO AGENTE
CAUSA EXTERNA
Tício e resgatado pela ambulância
CAUSA EXTERNA
CONDUTA DO AGENTE
Mévio atira em Tício com a intenção de matar.
A ambulância sofre um acidente com Tício
Acidente com a ambulância
Morte de Tício. (Atestado que a morte vou do acidente).
Mévio responde por tentativa.
ARMA X
FABRICANTE
COMPRA
FURTO
RECEPTAÇÃO
DA ARMA POR TÍCIO
PAROU PARA FAZER UM LANCHE
MORTE DE MÉVIO
Não é causa da morte de Mévio
CRÍTICAS - REGRESSÃO INFINITO
LIMITES
DOLO
CULPA
CAUSALIDADE
PSÍQUICA
- Quem colaborou efetivamente para o resultado
Cogitação
(Não relevante ao direito)
INTERNO
Atos
Preparatórios
Atos
Executórios
Consumação
(Summatum Opus)
Atos de Tentativa
Responderá pelos Atos Praticados.
(Crimes que admitem à Tentativa)
EXTERNO
INTER CRIMINIS
Exaurimento
Atos
Executórios
Rompimento dos Atos Executórios
Consumação
Vontade
Própria
Consumação
“...desiste de prosseguir com a execução...” 1° parte.
Atos
Executórios
Somente responde pelos Atos Praticados
Consumação
“... Impede que o Resultado se produza” “in fine”
REQUISITOS
Atos
Executórios
- Crime Prático sem Violência ou Grave Ameaça.
- Restituída a Coisa ou Reparação do Dano.
- Atos Antes da Denuncia ou Queixa. (Apreciação do Juíz).
A2- OBJETIVAS
- NÚCLEO
- OBJETO
- SUBJETIVO
- CONDUTA
- COMISSIVA
- OMISSIVA
- OBS: Poderá haver uma pluralidade de condutas (Verbos)
- MATERIAL (Coisa)
- JURÍDICO (Alvo da Tutela)
- ATIVO
- PASSIVO
A3- SUBJETIVAS
- DOLO / CULPA
- Especial
Fim de Agir
- Art. 155, CP
- Art. 159, CP
TIPO
PRINCIPAL
TIPO
SIMPLES
+ MAIS GRAVE
- MENOS GRAVE
TIPICIDADE PENAL
- TIPICIDADE FORMAL
 +
- TIPICIDADE CONGLOBANTE.
- TIPICIDADE MATERIAL
- ANTINORMATIVIDADE
A1- CAUSAS EXCLUDENTES
IMPUTABILIDADE
(Afasta a Culpabilidade)
MENORIDADE (Art. 27)
DOENÇA MENTAL (Art. 26, Caput)
EMBRIAGUEZ COMPLETA E INVOLUNTÁRIA (Art. 28, §1°)
ESPÉCIES
(Art. 21, CP)
INEVITÁVEL – Isenção de Pena
EVITÁVEL – Diminuição de Pena

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais