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A psicologia social norte americana

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http://www.conjur.com.br/2015-jan-07/atentado-revista-franca-liberdade-expressao
A psicologia social norte americana
Tema - Atentado contra revista humorística na França atinge liberdade de expressão
O mundo reagiu com horror e indignação ao ataque terrorista que matou 12 pessoas que trabalhavam na revista humorística francesa Charlie Hebdo, na tarde de quarta-feira 07/01/2015, em Paris. Entre os mortos estão o diretor da revista, Stephane Charbonnier e outros três cartunistas, além dos dois policiais escalados para fazer a segurança da publicação. Acredita-se que três pessoas invadiram a redação da revista, no momento da reunião de pauta, atirando com metralhadoras AK-47. Um quarto terrorista teria ficado no carro que conduziu o grupo e deu-lhe fuga. Segundo testemunhas, os assassinos teriam dito que estavam vingando o profeta.
Além do terror provocado pela ação em si mesma, o atentado significa um dos mais cruéis ataques à liberdade de expressão nos últimos tempos. Como cabe a uma publicação de humor, Charlie Hebdo tratava com irreverência todos os temas que abordava, e de suas cáusticas sátiras não escaparam a intolerância e a violência de facções radicais islâmicas. 
A revista já havia sido vítima de um atentado a bomba em 2011, logo depois da edição que continha uma piada sobre a Sharia, a lei islâmica. “Vivíamos há oito anos sob ameaças, tínhamos proteção, mas não há nada que se possa fazer contra bárbaros que invadem com Kalashnikovs”, disse o advogado da revista, Richard Malka, após o atentado. “A revista apenas defendeu a liberdade de expressão, ou simplesmente a liberdade”.
Os mulçumanos receberam como insulto a sátira produzida pelo jornal Charlie Hebdo. Acreditaram que para suas ações houve uma causa de tamanha proporção, anunciavam que “vingavam o profeta”, já os franceses acreditavam que a liberdade de expressão deve reinar, afinal todos temos direito de dizer o que pensamos, porém este direito que é meu e seu, de dizer o que se pensa, usado de maneira inconsequente, fere o direito de quem ouve e não concorda. A opinião é individual, pode até ser partilhada por duas ou mais pessoas, mas jamais agradará a todos.
Analisando e relacionando à teoria de atribuição da causalidade, houve por parte dos mulçumanos uma atribuição de causa externa, isto é fato inegável, já que as ações dos muçulmanos foram resultados externos que não dependeram deles, é como se sentissem forçados a defender o seu profeta, pois se sentiram provocados pela sátira dos franceses,em suma os jornalistas através de suas criticas provocaram os mulçumanos a agir da forma que agiram.
Esta atribuição de causalidade externa poderia ser discutida através de dois pontos de vista, sendo eles:
Atribuição de causalidade externa estável: Onde leva se em consideração que as criticas escritas pelos jornalistas expressam de uma forma clara, um sentimento que o ocidente sempre teve em relação aos mulçumanos, ou seja, há uma certa duração no tempo, não é algo eventual que aconteceu por acaso, os mulçumanos acreditam que este tipo de pensamento reflete muito bem o que o ocidente pensa sobre eles. Ainda vale ressaltar em questão da durabilidade no tempo as várias vidas que foram retiradas neste atentado, algo que jamais poderá ser mudado.
Atribuição de causalidade externa instável: Onde supõe-se que, fora atribuído, ao Charlie Hebdo apenas uma critica muito especifica do jornal aos mulçumanos, algo pessoal entre os mesmos, porém, que não se expressa o pensamento do ocidente, desta forma, não seria algo cultural e nem generalizado e sim algo pessoal e interno, pois, os mulçumanos estariam atribuindo causa apenas ao comportamento daqueles jornalistas que escreveram as críticas.
 “A teoria da atribuição foi proposta para formular explicações para os modos diferentes pelos quais julgamos as pessoas, dependendo do significado que atribuímos a um determinado comportamento” (Robbins, 1999. p. 321).
Alguns fenômenos fazem parecer determinar algumas tendências na hora de se atribuir causas aos fenômenos. Houve então uma tendenciosidade de sociedades coletivistas, pois os valores coletivos estão acima dos valores individuais. Os mulçumanos agiram em defesa de sua religião, em defesa de seu povo. A crença deles os fez defender o profeta, pois acreditam que ele representa os mulçumanos. É importante sempre lembrar que em sociedades coletivistas reina a tendenciosidade de auto-anulação, onde quando o sujeito tem sucesso a atribuição de causalidade é externa e quando o sujeito fracassa a atribuição de causalidade é interna, neste caso, em prol de um bem maior o sujeito se anula diante da situação, ou seja, os mulçumanos se sentiam apenas mensageiros e defensores do profeta e buscaram fazer a “justiça” independente das circunstancias.

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