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Regras ABNT - Modulo 2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS PARA O ESTUDO DAS LETRAS
M€DULO DA DISCIPLINA 
LET A 14 – T‚CNICAS DE PESQUISA
PROFA ALÍCIA DUHÁ LOSE
PROFA ITATISMARA VALVERDE
PROFA MARLA OLIVEIRA ANDRADE
ELABORADO PELA PROFA. DRA. ALÍCIA DUHÁ LOSE
SEMESTRE 2010.1
SUMÁRIO
1 DISTINTAS FORMAS DE APROPRIAÇÃO DO REAL 6
1.1 POPULAR OU EMPÍRICO 6
1.2 FILOSÓFICO 6
1.3 ARTE 6
1.4 RELIGIOSO 6
1.5 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO 6
1.5.1 Elementos Inerentes à natureza da ciência 6
1.5.1.1 A natureza metodológica da ciência compreende dois aspectos 7
2 PESQUISA 8
2.1 DEFINIÇÃO 8
2.2 NÍVEIS DE PESQUISA 8
2.2.1 Pesquisas exploratórias 8
2.2.2 Pesquisas descritivas 8
2.2.3 Pesquisas explicativas 9
2.3 CLASSIFICAÇÃO COM BASE NOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS 
UTILIZADOS
9
2.3.1 Pesquisa bibliográfica 9
2.3.2 Pesquisa documental 9
2.3.3 Pesquisa experimental 9
2.3.4 Pesquisa ex-post facto 9
2.3.5 Estudo de coorte 10
2.3.6 Levantamento 10
2.3.7 Estudo de campo 10
2.3.8 Estudo de caso 11
2.4 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO O ENVOLVIMENTO DO PESQUISADOR 11
2.4.1 Pesquisa-ação 11
2.4.2 Pesquisa participante 11
3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 12
3.1 QUANDO E PARA QUE CONSULTAR 12
3.2 LIVROS DE LEITURA CORRENTE 12
3.3 LIVROS DE REFERÊNCIA INFORMATIVA 12
3.4 LIVROS DE REFERÊNCIA REMISSIVA 12
3.5 PERIÓDICOS 13
3.6 IMPRESSOS DIVERSOS 13
3.7 PRIMEIROS PASSOS PARA A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 13
3.7.1 Identificação das fontes 13
3.7.2 Localização das fontes e obtenção do material 13
3.7.3 Leitura para pesquisa 13
3.7.4 O que ler 13
3.7.5 Fichamento 14
4 O TRABALHO COM O TEXTO 17
4.1 ANÁLISE INTERNA 17
4.2 ANÁLISE EXTERNA 17
4.3 É PRECISO 17
4.4 LOCALIZAÇÃO E OBTENÇÃO DO MATERIAL 17
4.4.1 Aquisição 17
4.4.2 Bibliotecas 17
.4.3 Localização através do catálogo 17
4.4.3.1 Número de chamada 17
4.5 LEITURA DO MATERIAL 18
4.5.1 Recepção sensitiva 18
4.5.2 Leitura significativa 18
4.5.2.1 Finalidades da leitura significativa 18
4.6 FASES PRELIMINARES DA LEITURA INFORMATIVA 18
4.6.1 Leitura de reconhecimento ou leitura prévia 18
4.6.2 Leitura explanatória ou pré-leitura 18
4.7 LEITURA SELETIVA 19
4.7.1 Delimitação de uma unidade de leitura 19
4.8 LEITURA CRÍTICA 19
5 COLETA DOS DADOS TEXTUAIS 20
5.1 TÉCNICAS DE ANOTAÇÃO 20
5.1.1 Notas 20
5.1.1.1 Exposições orais 20
5.1.1.2 Textos escritos 20
5.1.1.3 Tipos 20
5.2 TÉCNICAS DE SUBLINHA 21
5.2.1 Como fazer 21
5.3 EXERCÍCIO 21
6 FICHAMENTO 22
6.1 ESTRUTURA DA FICHA 22
6.2 CONFECÇÃO DA FICHA 22
6.2.1 Fichas de leitura 23
6.2.2 Fichas de indicação bibliográfica 23
6.2.3 Ficha de resumo 23
6.2.4 Ficha de transcrição 23
6.2.5 Ficha de comentário 26
7 CITAÇÃO 27
7.1 SISTEMAS DE REFERÊNCIA DAS CITAÇÕES 27
7.1.1 Sistema autor-data 27
7.1.2 Sistema numérico 28
7.2 EXPRESSÕES LATINAS UTILIZADAS EM REFERENCIAÇÕES DE 
TEXTOS CIENTÍFICOS 
29
7.2.1 Algumas expressões latinas devem ser usadas em citações 29
7.2.2 Outras são utilizadas em caso de referência feita em sistema numérico 29
7.3 EXERCÍCIO SOBRE CITAÇÃO EM DOCUMENTO (NBR 10520) 29
8 REFERÊNCIAS 31
8.1 ABREVIATURAS 31
8.2 ALGUNS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE REFERÊNCIA 32
8.3 DATA (ELEMENTO OBRIGATÓRIO) 32
8.4 SISTEMA AUTOR-DATA 33
8.5 EXERCÍCIO 33
9 SEMINÁRIO (TÉCNICA DE ESTUDO) 34
9.1 INCLUI 34
9.2 ENVOLVE 34
9.3 POSSIBILITA 34
9.4 FONTES QUE ORIGINAM UM ASSUNTO PARA O SEMINÁRIO 34
9.5 COMPONENTES 34
9.6 ETAPAS 34
9.7 FASES DE PREPARAÇÃO DO MATERIAL 35
9.8 A EXPOSIÇÃO 35
10 RESUMO 36
10.1 FUNÇÃO 36
10.2 ESTRUTURA 36
10.3 DICAS PARA REDAÇÃO 37
10.4 TIPOS 37
10.5 TAMANHO 37
10.6 PALAVRAS-CHAVE 37
10.6 IMPORTANTE! 37
10.7 EXEMPLO DE RESUMO 38
11 RESENHA 40
11.1 CONCEITO 40
11.2 PÚBLICO 40
11.3 OBJETIVOS GERAIS DA RESENHA 40
11.4 LINGUAGEM UTILIZADA NA RESENHA 40
11.5 TIPOS DE MENSAGENS REFERENCIAIS 41
11.6 RESUMO CRÍTICO ou RECENSÃO CRÍTICA 41
11.7 NA FASE DE LEITURA 41
11.8 ANÁLISE TEMÁTICA 41
11.9 ELEMENTOS ESTRUTURAIS DA RESENHA 42
11.10 EXERCÍCIO 42
12 PROJETO DE PESQUISA (NBR 15287) 43
12.1 MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO 43
12.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 43
12.3 ELEMENTOS TEXTUAIS 43
12.4 TEMA 44
12.4.1 Delimitação do tema 44
12.5 DELIMITAÇÃO DO CORPUS 45
12.6 PROBLEMA 45
12.7 HIPÓTESE(S) DA PESQUISA 46
12.8 OBJETIVOS 47
12.8.1 Objetivo geral 47
12.8.2 Objetivos específicos 47
12.9 JUSTIFICATIVA 47
12.10 REFERENCIAL TEÓRICO 47
12.11 MÉTODO 47
12.12 ORÇAMENTO 47
12.13 CRONOGRAMA 48
12.14 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 49
12.15 FORMATAÇÃO 49
13 RELATÓRIO (NBR 10719: 1989) 50
13.1 RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO 50
13.1.1 Elementos constituintes 50
13.1.1.1 Pré-textuais 50
13.1.1.2 Texto 50
13.1.1.3 Pós-textuais 50
13.1.2 Numeração dos volumes 50
13.1.2.1UMERAÇÃO DAS SEÇÕES 51
13.1.2.2 NUMERAÇÃO DAS PÁGINAS 51
13.1.2.3 ESTRUTURA DO RELATÓRIO 51
13.2 RELATÓRIO DE ANDAMENTO DE PESQUISAS
13.2.1 Elementos pré-textuais
53
53
13.2.2 Elementos textuais
13.2.3 Elementos pós-textuais
13.2.4 Formatação
54
54
54
55
14 A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA 55
14.1 FINALIDADE 55
14.2 LINGUAGEM 56
14.3 ORGANIZAÇÃO DO TEXTO ACADÊMICO 56
14.3.1 Elementos temáticos e estruturais 56
14.3.2 Estrutura lógica 60
14.3.3 Estrutura técnica 60
14.4 ESTILO 60
14.5 EXERCÍCIO 61
15 ESTRUTURA INTERNA DO TEXTO ACADÊMICO 62
15.1 INTRODUÇÃO 62
15.2 DESENVOLVIMENTO 62
15.2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 63
15.2.2 MATERIAIS E MÉTODOS (ou METODOLOGIA) 63
15.2.3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 63
15.2.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 63
15.2.5 CONCLUSÃO (ou CONSIDERAÇÕES FINAIS) 63
16 ARTIGO (NBR 6022:2003) 65
16.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 65
16.2 ELEMENTOS TEXTUAIS 65
16.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 66
16.4 PECULIARIDADE DA FORMATAÇÃO DOS ARTIGOS 67
17 APRESENTAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS 70
17.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS (EXEMPLOS) 70
17.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 74
17.3 ELEMENTOS TEXTUAIS 74
17.4 ILUSTRAÇÕES 74
17.5 TABELAS 75
17.6 EQUAÇÕES e FÓRMULAS 75
17.7 SIGLAS 75
17.8 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 75
17.9 DISPOSIÇÃO GRÁFICA E FORMATO 75
€ Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh Lose.
6
1 DISTINTAS FORMAS DE APROPRIAÇÃO DO REAL
O conhecimento cient‚fico ƒ uma cria„…o humana e ƒ apenas mais uma forma de apreens…o da 
realidade que nos cerca. Assim, para ser bem compreendido, ele precisa ser contraposto †s outras 
formas de conhecer o mundo que s…o:
a) Popular (comum ou emp‚rico)
b) Filos‡fico
c) Art‚stico
d) Religioso (m‚tico ou teol‡gico)
1.1 POPULAR OU EMPˆRICO
‰ aquele que se obtƒm na vida cotidiana, independentemente de estudo. Decorre de 
experiŠncias †s vezes casuais, vivenciadas ou transmitidas de gera„…o em gera„…o. A forma de 
obten„…o do conhecimento ƒ o conhecido processo de “tentativa e erro”, n…o havendo interpreta„es 
nem estabelecimento de rela„es causais precisas: as informa„es s…o superficiais e vagas. A vis…o da 
realidade ƒ, portanto, fragmentria, presa a convic„es pessoais e da‚ decorre seu carter incoerente e 
impreciso. O processo de transmiss…o termina por fazer dele um elemento da cultura dos povos, 
fazendo parte de suas tradi„es.
1.2 FILOSŽFICO
Decorre da auto-reflex…o do esp‚rito do homem para atingir uma vis…o global do mundo: ele 
aspira conhecer a inteligŠncia (i. ƒ conhecer e explicar) a conex…o ltima das coisas exclusivamente 
atravƒs da raz…o, procurando refletir sobre suas fun„es valorativas, te‡ricas e prticas.
1.3 ARTE
‰ tambƒm uma interpreta„…o do mundo, mas n…o deriva da raz…o, do pensamento. Ela deve 
sua origem † vivŠncia e † intui„…o, portanto ƒ tradu„…o de uma subjetividade. Trata-se de uma 
interpreta„…o da realidade que ƒ representada nos aspectos que tocam a intui„…o do artista. Trata-se de 
um ser e de um acontecer concretos que se representam no n‚vel do irreal, embora a partir do real 
(mimese).
1.4 RELIGIOSO
Brota da fƒ. Deriva da vivŠncia religiosa, da experiŠncia de Deus. A vis…o religiosa de mundo 
depende decisivamente de valores subjetivos, visto que diferentes cren„as determinam diferentes 
formas de vŠ-lo.
1.5 O CONHECIMENTO CIENTˆFICO
CiŠncia: “conjunto de conhecimentos em torno de um determinado objeto, obtidos com 
determinados critƒrios met‡dicos e sistemticos, [acumulados] num organismo logicamente 
constitu‚do.”(VITA, 1999, p. 115)
1.5.1 Elementos Inerentes à natureza da ciência
Sua dimens…o compreensiva (contextual ou de contedo) e sua dimens…o operacional 
(metodol‡gica). Esses dois elementos s…o inseparveis, embora, por motivos pedag‡gicos sejam 
tratados separadamente. ‰ a dimens…o metodol‡gica que ƒ objeto de cursos e livros de metodologia 
cient‚fica.
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
7
1.5.1.1 A natureza metodológica da ciência compreende dois aspectos
Aspecto lógico: definido como método de raciocínio e de inferência sobre os fenômenos a 
serem investigados, é a dimensão da descrição, interpretação, explicação e verificação que se aplica 
para a construção de proposições e enunciados, sob as diretrizes de sistemas conceituais e teóricos. 
Assim, a dimensão lógica da ciência se caracteriza como PROCEDIMENTOS E OPERAÇÕES 
INTELECTUAIS.
Aspecto técnico: caracteriza-se pelos processos de manipulação dos dados relativos aos 
fenômenos que são tratados com o maior rigor possível. Aí se incluem as técnicas de registro de 
freqüência, as condições de ocorrência, sua extensão, persistência, etc. Os cientistas desenvolvem 
constantemente seu arsenal técnico. Este arsenal está intrinsecamente vinculado à natureza do objeto 
estudado e nunca se utiliza uma única técnica: às vezes, diversas etapas exigem técnicas diversas. Já se 
vê que a dimensão técnica da ciência se processa como PROCEDIMENTOS DE OBTENÇÃO E 
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO.
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
8
2 PESQUISA1
2.1 DEFINIÇÃO
 Processo formal e sistemático de desenvolvimento de um método científico.
 Objetivo fundamental: descobrir respostas para problemas mediante o emprego de 
procedimentos científicos.
 Pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao 
problema, ou
 Quando a informação requerida se encontra em desordem.
 A pesquisa envolve várias fases: da adequada formulação do problema a até a satisfatória 
apresentação dos resultados.
 Há dois grandes tipos que são complementares entre si: pesquisas puras e pesquisas aplicadas.
 Pesquisa pura: objetiva o conhecimento em si.
 Pesquisa aplicada: objetiva as contribuições práticas decorrentes desse conhecimento.
2.2 NÍVEIS DE PESQUISA
1º) Estudos explanatórios;
2º) Estudos descritivos;
3º) Estudos que verificam hipóteses causais ou explicativas.
2.2.1 Pesquisas exploratórias
 Finalidade: desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, para a formulação de 
problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudo posterior.
 Têm mais flexibilidade no planejamento.
 Envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas, estudos de caso.
 Têm objetivo de proporcionar visão geral sobre algo.
 É utilizado quando o tema escolhido é pouco explorado; é difícil formular hipóteses precisas e 
operacionalizáveis sobre ele.
 Normalmente constituem a primeira parte de uma investigação mais ampla.
 Para temas muito genéricos é necessário o esclarecimento e delimitação.
 Exige revisão da literatura, discussão com especialistas, etc.
 Seu produto final é um problema mais delimitado, passível de investigação através de 
procedimentos mais sistematizados.
2.2.2 Pesquisas descritivas
 Objetivo: descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o 
estabelecimento de relações entre variáveis.
 Utiliza técnicas padronizadas de coleta de dados.
 Estudar as características de um grupo: distribuição por idade, sexo, procedência, nível de 
escolaridade, renda, etc.
 Verificar opiniões, atitudes e crenças de uma população.
 Verificam associações entre variáveis: preferência político-partidária X nível de escolaridade e 
renda; ou verificar a natureza dessa relação (pesquisa descritiva-explicativa).
1 Adaptado de GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 42-
48. e______. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. p. 17, 41-56.
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
9
2.2.3 Pesquisas explicativas
 Objetivo: identificar os fatores que determinam ou que contribuem para ocorrência dos 
fenômenos.
 Aprofunda mais o conhecimento da realidade, pois explica a razão das coisas.
 É o tipo mais complexo e delicado, pois o risco de cometer erros aumenta muito.
 Normalmente são a continuação de pesquisas descritivas.
 Nas ciências naturais, normalmente usam o método experimental; nas sociais, recorre-se a 
outros métodos (p. e. observacional).
2.3 CLASSIFICAÇÃO COM BASE NOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS UTILIZADOS
2.3.1 Pesquisa bibliográfica
 Desenvolvida com base em material já elaborado (livros, artigos científicos, etc.).
 Em todos os tipos de pesquisa, esse tipo constitui uma das etapas iniciais.
 Há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.
 As pesquisas teóricas ou sobre ideologias, bem como aquelas que se propõem à análise das 
diversas posições acerca de um problema, também costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente 
mediante fontes bibliográficas (são também chamadas pesquisas de revisão).
 Também constitui um tipo de coleta de dados (o que será visto em uma aula posterior). 
2.3.2 Pesquisa documental
 Assemelha-se muito à bibliográfica.
 A diferença essencial está na diferença das fontes, pois os passos seguidos são os mesmos.
 Bibliográfica: utiliza fundamentalmente as contribuições dos diversos autores sobre 
determinado assunto.
 Documental: vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que 
ainda podem ser reelaborados de com acordo com os objetivos da pesquisa.
 Documentos de primeira mão: que não recebem nenhum tratamento analítico (encontrados em 
arquivos e órgãos públicos e instituições privadas: documentos e cartas pessoais, diários, 
fotografias, gravações, memorandos, regulamentos, ofícios, boletins, etc.)
 Documentos de segunda mão: que já sofreram analise (relatórios de pesquisa, de empresas, 
tabelas estatísticas, etc.)
2.3.3 Pesquisa experimental
 Consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de 
influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz 
no objeto.
 Não precisa, necessariamente, ser realizada em laboratório.
 Quando os objetos em estudo são entidades físicas, tais como porções de líquidos, bactérias ou 
ratos, não há muitas limitações.
 Quando se trata de experimentar com objetos sociais, ou seja, com pessoas, grupos ou 
instituições, as limitações tornam-se bastante evidentes.
 Deve apresentar as seguintes propriedades: manipulação, controle, distribuição.
 São um valioso procedimento disponível aos cientistas para testar hipóteses que estabelecem 
relações de causa e efeito entre as variáveis
2.3.4 Pesquisa ex-post facto
Ou seja, a partir do fato passado.
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
10
 Estudo realizado após a ocorrência de variação na variável dependente no curso natural dos 
acontecimentos.
 Muito parecida com a pesquisa experimental.
 Objetivo: verificar a existência de relação entre as variáveis.
 O pesquisador não dispõe de controle sobre a variável independente, que constitui o fator 
presumível do fenômeno, porque ele já ocorreu.
 O pesquisador procura identificar situações que se desenvolveram naturalmente e trabalhar 
sobre elas como se estivessem submetidas a controles.
2.3.5 Estudo de coorte
 Refere-se a um grupo de pessoas que têm alguma característica comum, constituindo uma 
amostragem a ser acompanhada por certo período de tempo, para se observar e analisar o que 
acontece com elas. 
 Assim como o estudo do caso-controle, é muito utilizado na pesquisa nas ciências da saúde.
 Os estudos podem ser prospectivos (contemporâneos) ou retrospectivos (históricos).
Por exemplo:
 Objetivo: verificar a exposiçãopassiva à fumaça de cigarro e a incidência de câncer no 
pulmão.
 Seleção de uma amostra de indivíduos expostos ao fator de risco (grupo experimental) e de 
outra amostra equivalente que não é exposta (grupo controle).
 Faz-se o acompanhamento de ambos os grupos, por determinado período.
 Verifica-se o quanto os indivíduos expostos estão mais sujeitos à doença do que os não 
expostos.
2.3.6 Levantamento
 Caracterizam-se para interrogação direta de pessoas cujo comportamento se deseja conhecer.
 Procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do 
problema estudado para obterem-se conclusões correspondentes aos dados coletados e 
estatisticamente trabalhados.
 Quando o levantamento recolhe informações de todos os integrantes do universo pesquisado 
tem-se um censo.
 Normalmente, os levantamentos trabalham com amostragem calculada mediante 
procedimentos estatísticos.
 As conclusões obtidas para a amostragem são projetadas para a totalidade do universo, 
levando em consideração a margem de erro.
 São mais adequados para estudos descritivos que para explicativos.
2.3.7 Estudo de campo
 Muito semelhante ao levantamento, mas apresenta maior profundidade.
 Procura o aprofundamento das questões propostas.
 O seu planejamento apresenta maior flexibilidade, podendo ocorrer mesmo que seus objetivos 
sejam reformulados ao longo da pesquisa.
 Estuda-se um único grupo ou comunidade em termos de sua estrutura social, ressaltando a 
interação entre os componentes.
 Tende a utilizar muito mais técnicas de observação do que de interrogação.
 É muito utilizado na Sociologia, Educação, Saúde Pública, Administração, etc.
 Tipicamente focaliza uma comunidade (grupo de pessoas de um mesmo ambiente de trabalho, 
de estudo, de lazer, etc.).
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
11
 A pesquisa é desenvolvida por meio de observação direta das atividades do grupo estudado e 
de entrevistas com informantes para captar suas explicações e interpretações do que ocorre com o 
grupo.
 Esses procedimentos são normalmente conjugados com outros (análise de documentos,
filmagem e fotografias).
2.3.8 Estudo de caso
 Muito utilizados nas ciências biomédicas e sociais.
 Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, para permitir seu amplo e 
detalhado conhecimento.
 Pode ser utilizado também como estudo-piloto.
 Seus resultados são normalmente apresentados em aberto (não como conclusões).
2.4 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO O ENVOLVIMENTO DO PESQUISADOR
2.4.1 Pesquisa-ação
[...] um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida e realizada em estreita 
associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e o qual os 
pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão 
envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENTE, 1985 apud GIL, 
2002, p. 55)
2.4.2 Pesquisa participante
 Caracteriza-se também pela interação entre pesquisadores e membros das situações 
investigadas. 
 Envolve a distinção entre ciência popular (senso comum) e ciência dominante (atividade que 
privilegia a manutenção do sistema vigente).
€ Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh Lose.
12
3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA2
 Os “dados de gente” s…o obtidos em campo, no local onde os fenmenos ocorrem, 
espontaneamente ou de forma controlada.
 Os “dados de papel” podem ser obtidos nos mais diversos locais, sendo os principais deles, 
bibliotecas e internet.
 Em qualquer pesquisa ƒ necessrio consultar material publicado.
3.1 QUANDO E PARA QUE CONSULTAR
 Definir o material adequado ao sistema conceitual da pesquisa e † sua fundamenta„…o te‡rica.
 Verificar o material j publicado para identificar o estgio em que se encontram os 
conhecimentos acerca do tema. Analisar e cotejar dos dados coletados durante a pesquisa e 
aqueles j dispon‚veis.
 No momento da reda„…o, consultar modelos de relat‡rios e normas de apresenta„…o de 
trabalhos cient‚ficos.
3.2 LIVROS DE LEITURA CORRENTE
 Obras de divulga„…o.
 Objetivo: transmitir informa„…o sobre determinado assunto.
 Finalidade: comunicar aos especialistas das reas o resultado de estudos e pesquisas.
 Esclarecem acerca dos procedimentos a serem observados no desenvolvimento das pesquisas.
 Em pesquisa social, os mais utilizados s…o os de divulga„…o tƒcnica e cient‚fica.
3.3 LIVROS DE REFER‘NCIA INFORMATIVA
 Vocabulrios: obra que apresenta de forma sistemtica o conjunto de termos especializados no 
campo do conhecimento. Define os termos utilizados na pesquisa.
 Dicionrios (especializados): obras que alƒm de explicar os termos tƒcnicos e cient‚ficos, 
aprofundam a anlise cr‚tica do significado. Fornecem elementos para anlise do significado 
mais amplo dos termos, relaciona-os com autores e teorias.
 Anurios: publica„es anuais que contŠm informa„es sobre determinada rea. ’teis para o 
fornecimento de dados precisos e atualizados. Ex. para obten„…o de dados referentes † 
realidade econmica e social brasileira, Anurio estat‚stico do Brasil (IBGE).
 Enciclopƒdias: guias gerais de referŠncia. Muito importantes na vida escolar. Na pesquisa 
cient‚fica, que tem prop‡sito mais espec‚fico, sua utiliza„…o ƒ menor.
3.4 LIVROS DE REFER‘NCIA REMISSIVA
 Os mais teis para pesquisa social s…o os ‚ndices de livros e peri‡dicos e os catlogos de 
bibliotecas.
 Permitem localizar publica„es de acordo com assunto, local, data de publica„…o.
 Possibilitam identificar pesquisas significativas j desenvolvidas sobre determinado assunto.
 Muitos apresentados em forma de CD.
 No BR: Bibliografia brasileira de ciŠncias sociais, da Revista brasileira de informa„…o em 
ciŠncias sociais; Sumrios correntes brasileiros (CiŠncias humanas e sociais).
 As grandes bibliotecas publicam catlogos de seu acervo, por autor ou por assunto. 
Bibliografia brasileira, da Biblioteca Nacional. Desde 1907, as editoras s…o obrigadas a 
depositar l um exemplar de todas as suas publica„es.
2 Adaptado de GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. S…o Paulo: Atlas, 1999. p. 75-
88.
€ Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh Lose.
13
3.5 PERIŽDICOS
 Jornais: proporcionam informa„es atualizadas. Informa„es rpidas, menos profundas.
 Revistas especializadas: geralmente mais importantes. Matƒrias com mais profundidade e 
melhor elabora„…o. Principal fonte de divulga„…o de pesquisas cient‚ficas. Fornecem 
informa„es sobre o estgio atual de conhecimentos sobre determinado assunto.
3.6 IMPRESSOS DIVERSOS
 Outras publica„es de interesse para pesquisas em ciŠncias sociais.
 S…o: publica„es governamentais, boletins informativos de empresas ou de institutos de 
pesquisa, estatutos de entidades diversas, folhetos, etc.
 Conforme o objetivo da pesquisa, publica„es desse tipo podem atƒ mesmo constituir a 
principal fonte de dados.
3.7 PRIMEIROS PASSOS PARA A PESQUISA BIBLIOGR“FICA
 Primeiro procedimento para pesquisa: formula„…o do problema a ser investigado.
 O assunto deve ser colocado em n‚veis de problema a ser selecionado.
 ‰ preciso definir o que se quer saber acerca do tema: “como ocorre?”, “quais as causas?” ou 
“e as conseq”Šncias?”
 Delimitar o problema numa dimens…o vivel, caso contrrio, a pesquisa bibliogrfica se torna 
imposs‚vel.
 Para a adequada formula„…o do problema, ƒ necessrio haver uma revis…o bibliogrfica 
preliminar.
 Pode ocorrer que o pesquisador tenha que passar por sucessivas reformula„es e revises 
bibliogrficas para formular um problema adequado.
3.7.1 Identificação das fontes 
 Consulta a catlogos de publica„es.
 Consulta a especialistas e pessoas que realizem pesquisas na mesma rea.
 Consulta a internet, pelo tema da pesquisa.
3.7.2 Localização das fontes e obtenção do material
 Fichrios das bibliotecas.
 Bibliotecas inter-relacionadas possibilitam a localiza„…o ou a permuta (COMUT).
 T‚tulos quepodem ser retirados.
 T‚tulos para consulta local.
 Sistema de c‡pias.
3.7.3 Leitura para pesquisa
 Identificar as informa„es e os dados constantes nos materiais.
 Estabelecer rela„es entre essas informa„es e dados e o problema proposto.
 Analisar a consistŠncia das informa„es e dados apresentados pelos autores.
3.7.4 O que ler 
 Leitura explanat‡ria do material selecionado.
 Nem tudo precisa ser lido, nem tudo ser importante para pesquisa.
€ Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh Lose.
14
 Ler a obra na sua totalidade: sumrio, prefcio, introdu„…o, “orelhas”, algumas passagens 
esparsas do texto.
 Leitura seletiva: mais aprofundada das partes que realmente interessam.
 Leitura anal‚tica: tem por finalidade ordenar e sumariar as informa„es contidas nas fontes.
 Leitura interpretativa: procura estabelecer rela„…o entre o contedo das fontes pesquisadas e 
outros conhecimentos.
3.7.5 Fichamento
 Fichas bibliogrficas: anotar as referŠncias bibliogrficas, sumrio e aprecia„…o cr‚tica da 
obra.
 Fichas de apontamentos: anotar as idƒias obtidas a partir da leitura de determinado texto.
 Partes da ficha: cabe„alho, referŠncias bibliogrficas e texto.
 Cabe„alho: t‚tulo e subt‚tulo referentes aos itens definidos no plano de trabalho.
 ReferŠncias bibliogrficas: informa„es necessrias para identificar a fonte pesquisada.
 Texto p/ bibliogrficas: sumrio e aprecia„…o cr‚tica da obra.
 Texto p/ de apontamentos: transcri„…o fiel de trechos da obra, de esquemas, resumos e de 
anota„es pessoais.
3.8 PESQUISAS NA INTERNET
Muitas informa„es podem ser encontradas em bases digitais: nos catlogos das bibliotecas, 
das funda„es, das universidades, dos arquivos pblicos e em muitas outras bases de dados. A Internet 
ƒ uma ferramenta bastante valiosa para inmeros tipos de pesquisa, no entanto, todas as informa„es 
localizadas atravƒs dela, assim como todas as demais informa„es localizadas em qualquer fonte, 
devem ser trabalhadas com muita ƒtica e cautela, verificando a validade e pertinŠncia das informa„es, 
fazendo uso das vlidas atravƒs do sistema de cita„es com as suas respectivas referŠncias.
Para o uso de informa„es via internet, de antem…o, aconselha-se a busca atravƒs de sites 
confiveis. Isso pode ser feito, grosso moto, restringindo-se as buscas a sites cujos endere„os tenham 
as seguintes finaliza„es: 
.org
.edu
.gov
.ba (ou qualquer outra Unidade da Federa„…o = .rs; .rj; .sp, etc.)
.br (apenas .br; n…o .com.br, pois todos os sites comercias tŠm esse finaliza„…o)
3.8.1 Onde encontrar informações seguras via Internet
ABNT – http://www.abnt.org.br
Anais – telnet:cnen.lncc.Br (login:cin)
Annual Review Inc – http://www.AnnualReviews.org
Base de Dados de Eventos – http://www.ibict.br/~ibict/pap00138.htm
Base de Teses CAPES – http://www.capes.gov.br/servicos/bancoteses.html
Biblioteca Nacional de Portugal – http://bnd.bn.pt
Bibioteca Nacional do Rio de Janeiro – http://www.bn.br/site/default.htm
BioTech; life science dictionary – http://biotech.chem.indiana.edu/search/dict-search.Phtml
CadŠ? – http://cade.com.br/
CAD Document Detective Service – http://info.cas.org/cgi-bin/AT-www_cas_orgsearch.cgi
ComitŠ Gestor da Internet – Br. – http://www.cg.org.br
COMUT – http://www.ct.ibict.br:8000/comut/html/
CRC Encyclopedia of Mathematics – http://www.astro.virginia.edu/~/math/
Dialog Web – http://www.dialogweb.com
Dialog – http://dialog.com
Dicionrio Hist‡rico-Bibliogrfico Brasileiro – http://www.fgv.br/cpdoc/dic/
Directories of Scientists on the www from Micro World –http://www.mwm.com/feature/people.htm
€ Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh Lose.
15
Directory of Electronic Journals, newsletters and Academic Discussion Lists, Association of Research Libraries, 
office of Research Libraries, Office of Scholarly Communication – http://www.arl.org/scomm/edir/pr97.html.
Diret‡rio dos Grupos de Pesquisa no Brasil – http://www.prossiga.cnpq.br
Enciclopƒdias e Dicionrios, Prossiga – http://www.prossiga.br/referencia/dic.html
English Language Translations: a guide to selected resources in the Duke University Libraries –
http://www.lib.duke.edu/reference/translations.html
Europa Publications – http://europapublications.co.uk/index.htm
FindArticles – http://www.findarticles.com/
Funda„…o Getlio Vargas – http://www.fgv.br/
Glossary, Department of Chemistry, University of Wisconsin (EUA) –
http://genchem.chem.wisc.edu
Google AcadŠmico – http://scholar.google.com.br/
GPO – http://www.gpo.gov
IBICT – http://www.ibict.br
ICSU – http://www.lmcp.jussieu.fr/icsu/
IEC – http://www.iec.ch/
IFLA – http://www.ifla.org/
IHS – http://www.ihs.com
INMETRO – http://inmetro.gov.br/
INPI – http://www.inpi.gov.br
InterDok Corp. – http://www.interdok.com
Internet Cataloging Project – http://www.oclc.org/oclc/man/catproj/
Iternet Tools Summary – http://www.december.com/net/tools/
IPT – http://www.ipt.br
ISI – http://www.isinet.com/
ISO – http://www.iso.ch/
ITC – http://www.wtm.net/itc/index.htm
Langley Technical Report Server – http://techreports.larc.nasa.gov/ltrs/ltrs.html
LANL Preprint Archive – http://xxx.lanl.gov.
Nasa/Ksc Acronym List – http://zeno.ksc.nasa.gov/facts/acronyms.html
NEI – http://www.nei.com.br/nei/index.htm
NetFirst – http://medusa.prod.oclc.org:3054/html/fs_pswd.htm
NEXOR.COM – http://www.nexor.com/archie.html/
NTIS – http://www.ntis.gov.
OCARA – www.ocara.org.br/
OMPI – http://www.wipo.org/
ONU – http://www.unsystem.org/
Portal de Peri‡dicos CAPES – http://www.periodicos.capes.gov.br
Prossiga – http://www.prossiga.cnpq.br
PTI – http://wwwpti.com.br/
Questel-Orbit – http://www.questel.orbit.com/
RADAR UOL – http://www.radaruol.com.br/
Res-Links: Search Tools – Vernica/Jughead/Wais – http://www.cam.org/~tsci/infoser3.html
RNP – http://www.rnp.br
Scholarly Electronic Publishing Bibliography – http://info.lib.uh.edu/sepb/sepb.html
SciELO – http://www.scielo.br
Scientific Organizations and Associations –
http://alice.ibpm.serpukhov.su/friends/science/organizations.htmlopt-unix-english
Scientific Societies – http://www.edoc.com/sources/soc.html
Scout Reports – http://scout.cs.wisc.edu/
SEPIN – http://www.mct.gov.br/sepin/
TechEncyclopedia – http://www.Techweb.com/encyclopedia/defineterm.cgi
The Complete Search Engine Index – http://members.aol.com/PRHopper/Search.htm
Thomas Publishing Company – http://www.thomaspublishing.com/
TMS World Meetings Calendar – http://www.tms.org/Meetings/Meetings.html
TUCOWS – http://www3.bhnet.com.br/tucows/
UFRGS, Lista de Tradutores – http://www.sabi.ufrgs.br/trad/
UIA – http://www.uia.org
UnCover – http://www.carl.org/uncover/unchome.html
UncoverWeb – http://encweb.carl.org/
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Universities.com – http://www.universities.com/
University Microfilms International – http://umi.com/
University of Nevada – gopher://veronica.scs.unr.edu/11/veronica
Web of Science (ISI) – http://isinet.com/prodserv/citation/websci.html
WEBRA – ˆndice do Mercosul – http://www.webra.com.br/
Wikipedia – http://pt.wikipedia.org
Yahoo Brazil – http://www.yahoo.com/Regional_Information/Countries/Brazil/
Yahoo! – http://www.yahoo.com
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
17
4 O TRABALHO COM O TEXTO
4.1 ANÁLISE INTERNA
Conjunto de atividades voltadas para a compreensão de seu todo.
4.2 ANÁLISE EXTERNA
Volta-se para as relações do texto com outros (intertextualidade) e com o contexto científico e 
cultural da época de sua produção.
4.3 É PRECISO
Percorrer as diversas etapas da leitura, particularmente nos trechos mais difíceis, procurar 
localizar os pontos de relacionamento do texto com a matéria que você está estudando, de modo a 
extrair dele todas as informações que contém.
4.4 LOCALIZAÇÃO E OBTENÇÃO DO MATERIAL
4.4.1 Aquisição
É aconselhável a compra de material bibliográfico que tenha grande capacidade de utilização, 
que seja clássico ou revolucionário.
4.4.2 BibliotecasGerais: possuem no seu acervo trabalhos de muitas (ou todas) as áreas do conhecimento, obras de 
referência e obras literárias. Ex.: bibliotecas centrais das universidades ou bibliotecas públicas.
Setorias: possuem um acervo ligado a uma ou algumas áreas do conhecimento, às quais também 
estariam filiadas as obras de referência e as literárias. Ex.: bibliotecas das unidades de ensino das 
universidades.
4.4.3 Localização através do catálogo
A obtenção do livro depende da correta informação que o leitor fornece ao bibliotecário. Esta 
se dá através do preenchimento de uma ficha que contém o endereço do livro, i. é, seu NÚMERO DE 
CHAMADA.
4.4.3.1 Número de chamada
Composto por um número equivalente à classificação do assunto, constituído segundo um 
sistema decimal. Há duas classificações decimais, utilizadas segundo critérios internos das bibliotecas, 
que se diferenciam levemente.
CDD = classificação decimal de Dewey (a mais prática e mais usada);
CDU = classificação decimal universal.
Atenção: esse número de chamada deve ser copiado cuidadosamente para facilitar a localização do 
livro nas estantes. 
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4.5 LEITURA DO MATERIAL
4.5.1 Recepção sensitiva
Corresponde a PODER LER e consiste na capacidade de movimenta„…o dos olhos e de 
decifra„…o material dos s‚mbolos escritos.
4.5.2 Leitura significativa
Corresponde a SABER LER e consiste na interpreta„…o dos significados dos s‚mbolos 
impressos, i. ƒ., captar o sentido das frases, atribuindo aos termos o valor que o autor lhes deu ao 
escrever, e captar sua intencionalidade, separando, imediatamente, os conceitos fundamentais dos que 
s…o acess‡rios.
4.5.2.1 Finalidades da leitura significativa
 Leitura formativa ƒ ler para se formar, ou seja, para adquirir conhecimentos gerais ou, como 
no processo de aprendizagem ocorre com freq”Šncia, para se ter uma vis…o mais ampla de 
determinado assunto dado em sala de aula.
 Leitura de distra„…o ƒ aquela que se faz por diletantismo, para se divertir.
 Leitura informativa ƒ a que se utiliza do texto como fonte de informa„…o sobre a qual se 
basear…o concluses, teorias, estudos, etc.
Cada tipo de leitura exige processos e atitudes diferentes. Para a investiga„…o e coleta de 
dados fazemos leitura informativa que tem trŠs objetivos dominantes:
 constatar o que o autor do texto realmente afirma, os dados que oferece, as informa„es que 
d;
 relacionar informa„es do autor com o problema que se est estudando;
 analisar os fundamentos de verdade das afirmativas do autor.
4.6 FASES PRELIMINARES DA LEITURA INFORMATIVA
Para se fazer uma boa leitura informativa, ƒ preciso ler com mƒtodo. Um modo poss‚vel de 
fazŠ-lo ƒ seguir as seguintes etapas.
4.6.1 Leitura de reconhecimento ou leitura prévia
A que certifica a existŠncia de informa„es. ‰ uma “leitura por alto”, feita apenas olhando-se, 
no sumrio, os t‚tulos dos cap‚tulos e, nos ‚ndices (se houver), o detalhamento da matƒria do livro.
4.6.2 Leitura explanatória ou pré-leitura
‰ a leitura de localiza„…o, no livro, dos tipos de informa„…o existentes para verificar se 
correspondem a nossa expectativa: uma referŠncia pode tratar de um assunto, mas omitir o que nos 
interessa.
A leitura explanat‡ria ƒ feita a partir dos elementos prƒ- e p‡s- textuais e de alguns cap‚tulos 
ou partes:
 no livro: subt‚tulos, ‚ndices, bibliografias, cita„es, prefcio, introdu„…o, orelha inicial e final;
 em um cap‚tulo de livro, os pargrafos inicial e final;
 em um artigo de peri‡dico, cuja tƒcnica de composi„…o ƒ j conhecida, a idƒia principal est 
no t‚tulo e os pargrafos contŠm, sucessivamente:
€ Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh Lose.
19
1–) o conjunto de dados mais importantes;
2–) maiores detalhes sobre os dados e a pesquisa;
3–) especifica„es mais particularizadas.
4.7 LEITURA SELETIVA
A que seleciona o melhor material relativo ao problema. ‰ dessa leitura que devem ser feitas 
FICHAS DE INDEXA—˜O – aquelas que relacionam as referŠncias que tratam de cada parte do 
assunto. ‰ o ltimo passo da localiza„…o do material e o primeiro de uma leitura mais sƒria, mas que 
pressupe que se tenham presentes os objetivos do trabalho, pois n…o h sele„…o sem critƒrio.
4.7.1 Delimitação de uma unidade de leitura
Determina„…o dos limites da disciplina de estudo e leitura: uma unidade de leitura ƒ o setor do 
texto que forma uma totalidade de sentido, como um cap‚tulo, se„…o ou qualquer outra subdivis…o. A 
extens…o da unidade ƒ determinada por dois fatores: a acessibilidade do texto e a familiaridade do 
leitor com o assunto.
4.8 LEITURA CRˆTICA
‰ aquela pela qual se adquirem as informa„es realmente pertinentes ao tratamento da quest…o 
proposta no trabalho. S…o fundamentais a compreens…o e a interpreta„…o correta da mensagem do 
texto. Para fazŠ-lo ƒ preciso seguir alguns passos. Terminado o processo de leitura cr‚tica, chega-se a 
ter condi„es de REFAZER O RACIOCˆNIO GLOBAL DO QUE FOI LIDO. Pela leitura cr‚tica ƒ 
que se faz a apreens…o, a compreens…o e a interpreta„…o do texto.
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
20
5 COLETA DOS DADOS TEXTUAIS3
5.1 TÉCNICAS DE ANOTAÇÃO
 Processo de seleção de informações para posterior aproveitamento;
 podem ser de palestras, aulas, consultas bibliográficas, etc.;
 apontamentos claros e completos evitam a perda de tempo, tendo que retornar a conteúdos já 
vistos;
 são, geralmente, feitas em fichas (com a devida identificação), que possibilitam a organização 
e o manejo dos dados. 
5.1.1 Notas
 Devem permitir redação a partir delas;
 não devem ser excessivamente sintéticas.
5.1.1.1 Exposições orais
 Palavras-chave;
 expressões que dividem o discurso (em primeiro lugar..., em segundo lugar...);
 dúvidas e respostas surgidas durante a exposição;
 informações gestuais do falante;
 indicar fonte: autor da idéias, local, dia, mês e ano em que ocorreu a exposição. 
5.1.1.2 Textos escritos
 Feitas depois de uma primeira leitura rápida;
 após sublinha das idéias principais;
 indicar fonte: autor, título da obra, lugar, editora, ano da publicação, número das páginas 
consultadas.
5.1.1.3 Tipos 
 Corridas: palavras-chave que deverão ser transformadas em texto tão breve quanto possível;
 esquemáticas: ordenam hierarquicamente as partes principais do conteúdo de uma 
comunicação;
 resumo: procura sintetizar informações colhidas em livros, ou exposições orais. 
5.2 TÉCNICAS DE SUBLINHA
 Destaque das idéias principais do texto;
 distinção entre o essencial e o acessório;
 facilita as revisões de leitura ao término de um parágrafo, de um tópico, de todo o texto. 
5.2.1 Como fazer 
 Não sublinhar à primeira vista, à medida que se faz a leitura inicial;
 não há um código único para sublinhar; mas se recomenda:
 sublinhar palavras-chave apenas depois de feita uma leitura;
 sublinhar apenas idéias principais, e as palavras-chave;
3 Baseado em MEDEIROS, João Bosco. Redação científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 11-22.
€ Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh Lose.
21
 atentar para os elementos de coes…o que criam idƒia de oposi„…o (mas, embora), eles 
devem ser destacados;
 descartar artigos e adjetivos, advƒrbios, preposi„es, conjun„es, desde que n…o 
necessrias † compreens…o do texto;
 reconstruir o pargrafo a partir das palavras e expresses sublinhadas;
 colocar um tra„o vertical † margem do texto para indicar passagens mais significativas;
 havendo passagens obscuras, falhas na exposi„…o dos argumentos, dvidas, discord™ncias, 
colocar † margem do texto um ponto de interroga„…o;
 para chamar a aten„…o para uma express…o t‡pica de todo o texto, usar dupla sublinha.
5.3 EXEMPLO
ononononononoononononononononononon
ononononoononononononononononononon
onononononononononononononoonononon
nonononononononoononononononononono
nonononononoononononononononononono
nononononononononononononononoonononoonononononononoononononononononon
ononononononoononononononononononon
onononononononononononononononoonon
?
5.4 EXERCˆCIO
O conceito de causalidade4
O conceito de causalidade ƒ complexo e sua anlise completa ultrapassaria de muito o objetivo deste 
livro. Limitaremos nossa discuss…o aos aspectos que parecem essenciais para a compreens…o das 
exigŠncias para os processos de pesquisa, em estudos planejados para a verifica„…o de hip‡teses 
causais.A idƒia do senso comum a respeito da causalidade tende a admitir que um nico 
acontecimento ('a causa') sempre provoca outro acontecimento nico ('o efeito'). Na ciŠncia moderna, 
ao contrrio, tende-se a acentuar a multiplicidade de 'condi„es determinantes' que, reunidas, tornam 
poss‚vel a ocorrŠncia de determinado acontecimento. Tanto o pensamento cient‚fico quanto o senso 
comum procuram descobrir condi„es necessrias e suficientes para um acontecimento. Todavia, 
enquanto o senso comum leva uma pessoa a esperar que um fator possa dar uma explica„…o completa, 
o cientista raramente – e talvez nunca – espera encontrar um nico fator ou condi„…o que seja 
necessrio e suficiente para provocar um acontecimento. Ao contrrio, est interessado em condi„es 
contribuintes, condi„es contingentes (sob as quais funcionam as outras) – todas as quais espera ver 
atuantes, a fim de tornar provvel, mas n…o certa, a ocorrŠncia do acontecimento.
4 Cf. SELLTIZ, Claire et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. S…o Paulo: EPU; EDUSP, 1975. p. 93-94.
(texto fornecido pela Profa. Ms. Vera Britto).
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
22
6 FICHAMENTO5
As fichas constituem valioso recurso de estudo de que se valem os pesquisadores para a realização 
de uma obra didática, científica e outras.
Freqüentemente, há obstáculos a vencer no início da utilização das fichas como método de estudo 
e de redação. Uma dessas dificuldades é relativa ao dispêndio inicial de tempo, à metodologia de 
transcrição de texto, às anotações bibliográficas (autor, título da obra, local de publicação, editora, 
ano, página, etc.). 
Para quem não pratica ou não está acostumado a fazer fichamento, essa prática parece demorada, 
desgastante, inútil. No entanto, o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo futuro, 
quando precisar escrever sobre determinado assunto. 
Não se recomenda, porém, o armazenamento de assuntos pelos quais não se tem nenhum interesse. 
O fichário precisa ser funcional.
6.1 ESTRUTURA DA FICHA
O cabeçalho engloba título genérico ou específico e letra indicativa da seqüência das fichas, se for 
utilizada mais de uma. As fichas compreendem cabeçalho, referências (bibliográficas), corpo da ficha 
e local onde se encontra a obra. As anotações que ocupam mais de uma ficha têm o cabeçalho da 
primeira ficha repetido.
Para facilitar a realização do trabalho de redação e consulta ao arquivo, pode-se escrever no alto 
da ficha a especificação dela: ficha de comentário, ficha de resumo, ficha de citação direta.
6.2 CONFECÇÃO DA FICHA
Todo o trabalho de fichamento é precedido por uma leitura atenta do texto, no nível da 
racionalidade e compreende: capacidade de analisar o texto, separar suas partes e examinar como se 
inter-relacionam e como o texto se relaciona com outros, e competência para resumir as idéias do 
texto. 
O primeiro nível desse tipo de leitura é denotativo, parafrástico. Cuida do vocabulário, das 
informações sobre o autor, do contexto socioeconômico, histórico e objetivo do texto. Atenta também 
para a teoria desenvolvida ou conceitos apresentados. Examina as idéias centrais, procurando 
identificar de que trata o texto. Procura também observar como se desenvolve o raciocínio do autor, 
quais suas teses e provas, enfim, verifica-se o encadeamento das idéias apresentadas.
No segundo nível, o leitor interpreta os significados não transparentes: a leitura aqui é 
polissêmica. A pergunta a responder é: "O que o autor quis demonstrar?". Verifica-se a relação do 
texto com a realidade de seu tempo. Há originalidade nas idéias? 
O nível seguinte é o da crítica, que não será subjetiva, impressionista, do tipo gosto/não gosto. 
O autor atingiu os objetivos estabelecidos? É claro, coerente? O texto apresenta alguma contribuição 
para a comunidade científica? O passo final é o da problematização, em que se indagam sobre as 
possibilidades de aplicação do texto a outras situações, sobre contribuições para nova leitura do 
mundo.
6.2.1 Fichas de leitura
Fichas nas quais se registram informações bibliográficas completas, anotações sobre tópicos 
da obra, citações diretas, juízos valorativos a respeito da obra, resumo do texto, comentários. Enquanto 
as fichas bibliográficas contêm apenas as informações bibliográficas, necessárias para a localização de 
um livro, as fichas de leitura contêm todas as informações sobre um livro ou artigo.
5 Cf. MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4. ed. São 
Paulo: Atlas, 1999. p. 96-114.
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
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6.2.2 Fichas de indicação bibliográfica
A indicação de referências bibliográficas é feita segundo normas da ABNT (NBR 6023). 
Pode-se valer o pesquisador da ficha catalográfica, que consta das primeiras páginas de um livro, para 
a transcrição das referências, ou dos elementos constantes da folha de rosto. Periódicos apresentam 
indicações dos elementos identificadores na primeira página, ou na capa.
6.2.3 Ficha de resumo
Resumo é um tipo de redação informativo-referencial que se ocupa de reduzir um texto a suas 
idéias principais. Em princípio, o resumo é uma paráfrase e pode-se dizer que dele não devem fazer 
parte comentários e que engloba duas fases: a compreensão do texto e a elaboração de um novo. 
A ficha de resumo ou de conteúdo apresenta uma síntese das idéias do autor. Saliente-se que 
não é um sumário ou índice das partes. Devem-se expor abreviadamente as idéias do autor. Não se faz 
uso de citações.
6.2.4 Ficha de transcrição
A transcrição direta exige a colocação de aspas no início e no final do texto. Consiste na 
reprodução fiel de textos do autor citado. Se já houver no texto transcrito expressão "aspeada", tais 
aspas devem ser transformadas em aspas simples.
Indica-se o número da página de onde foi transcrito o texto. Se houver erros de grafia ou 
gramaticais, copia-se como está no original e escreve-se entre colchetes [sic].
A supressão de palavras é indicada com três pontos entre parênteses. Supressões iniciais ou 
finais não precisam ser indicadas.
A supressão de um ou mais parágrafos intermediários é indicada por uma linha pontilhada.
Ao transcrever um texto é preciso rigor, observando aspas, itálicos, maiúsculas, pontuação, 
etc. Não se deve alterar o texto de nenhuma forma.
6.2.5 Ficha de comentário
Devem-se analisar os aspectos quantitativos e depois os qualitativos, desta forma, podem-se 
acrescentar comentários sobre extensão do texto, sua constituição (ilustrações, exemplos, bibliografia, 
citações, etc.), conceitos abordados. Em aspectos qualitativos, recomenda-se que se atenha à análise e 
detecção da hipótese do autor, objetivo, motivo pelo qual escreveu o texto, as idéias que fundamentam 
o texto. Deve o comentarista verificar se a exemplificação é genérica ou específica, se a organização 
do texto é clara, lógica, consistente, e o tom utilizado na exposição é formal ou informal, se há pontos 
fortes e fracos na argumentação do autor, se a terminologia é precisa. E ainda dizer se a conclusão é 
convincente e quem será beneficiado pela leitura do texto. Finalmente, deve fazer uma avaliação da 
obra.
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
24
6.3 MODELO DE FICHAMENTO
Assunto
Referência de acordo com a NBR 6023
p. 13
p. 14-15
p. 16
Síntese do conteúdo, incluindo citações diretas e indiretas do original. A extensão e o grau de 
aprofundamento do fichamento irão dependerdo que se pretende em relação ao texto que está sendo 
fichado.
Pode-se fazer, também, a síntese página a página, neste caso, colocando-se o número das páginas de 
onde se extraíram as informações na margem esquerda. Por exemplo. 
blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla
blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla
bla"blablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla" blablablablablabla.
blablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablabla
blablablablablablablablablablablablablablablablabla"blablablablablablablablablablabla".
blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla
blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla
blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla.
blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla
blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla
blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla.
Pode-se informar, também, o grau de importância do material para o trabalho que será feito, ou a 
que outros assuntos ou disciplinas ele poderá interessar.
Pode-se informar, ainda, se esse mesmo assunto pode ser encontrado em outros materiais.
É importante incluir a informação da localização do material: se pertence a alguma biblioteca, ou a 
algum colega. Caso seja de biblioteca, copiar o código de localização na estante.
€ Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh Lose.
25
6.4 EXEMPLO DE FICHAMENTO6
6 Este exemplo ƒ um fragmento do fichamento.
A origem da paleontologia
BRYSON, Bill. CiŠncia vermelha nos dentes e garras. In: ______. Breve história de quase 
tudo. S…o Paulo: Companhia das letras, 2005. p.86-105.
RESUMO
p. 89
p. 94
p. 96
O descobrimento dos primeiros ossos de dinossauro da hist‡ria provocaram 
grandes disputas e muita rivalidade; em muitos casos n…o houve ƒtica e nem 
preocupa„…o com trabalho alheio.
“Em 1787, alguƒm em nova Jersey- encontrou um fŠmur enorme progetando-
se para fora de uma margem de rio em um local chamado Woodbury Creek.
Acredita-se que tenha pertencido a um hadrossauro, grande dinossauro com 
bico de pato. Naquela ƒpoca os dinossauros eram desconhecidos.
O fato de o osso n…o despertar maior interesse ƒ bem estranho, pois ele 
apareceu numa ƒpoca em que os Estados Unidos vivem numa onda de 
entusiasmo em torno dos resqu‚cios de animais grandes e antigos.” 
“[...] a lideran„a paleontol‡gica havia passado para a Inglaterra. Em 1812, em 
Lyme Regis, na costa de Dorset, uma crian„a extraordinria Chamada Mary 
Anning- de onze [...].
[...] encontrou um estranho monstro marinho fossilizado [...] ictiossauro, 
incrustado nos penhascos ‚ngremes e perigosos ao longo do canal da Mancha. 
Ela tambƒm encontraria o primeiro plesiossauro, outro mostro marinho [...]. 
Em 1853 Richard Owen era considerado astro da jovem ciŠncia da 
paleontologia, aos 21anos foi contratado pelo colƒgio real de cirurgies para 
ajudar a organizar sua cole„es. Por sua capacidade de organiza„…o e dedu„…o 
se destacou rapidamente. [comentrios do autor]
Este trabalho poder interessar a estudantes de hist‡ria, ou reas ligadas a 
paleontologia, e atƒ mesmo a pessoas que tenham interesse em hist‡rias 
curiosas.
[comentrios do autor]
Este texto foi disponibilizado (na xerox) pela professora Marla Andrade, da 
disciplina Tƒcnicas de Pesquisa da Universidade Federal da Bahia. 
€ Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh Lose.
26
7 CITAÇÃO7
As regras de cita„…o em documentos s…o determinadas pela NBR 10520 da ABNT e, de 
acordo com ela, cita„…o ƒ toda "men„…o no texto de uma informa„…o colhida em outra fonte". 
Elas d…o credibilidade ao texto e respaldam as idƒias transmitidas pelo autor. Porƒm, ƒ 
important‚ssimo levar em considera„…o o contexto em rela„…o ao texto original. Deve-se ter cuidado, 
ainda, para n…o truncar a idƒia inicial do texto do qual se origina.
A cita„…o pode ser DIRETA, quando ƒ feita a transcri„…o literal das palavras extra‚das da outra 
fonte exatamente como elas se encontram, ou INDIRETA, quando se transmitem as idƒias do outro 
utilizando nossas pr‡prias palavras. Pode, ainda, variar conforme a sua extens…o. 
Exemplo de cita„…o INDIRETA8:
A ironia seria assim uma forma impl‚cita de heterogeneidade mostrada, conforme a 
classifica„…o proposta por Authler-Reiriz (1982).
Exemplo de cita„…o DIRETA:
“Apesar das aparŠncias, a desconstru„…o do logocentrismo n…o ƒ uma psicanlise da filosofia 
[…]” (DERRIDA, 1967, p. 293).
Em casos de cita„…o DIRETA, caso esta ocupe AT‰ TR‘S LINHAS do texto, deve ser 
inclu‚da, entre aspas duplas, dentro do pr‡prio texto, com a mesma fonte e o mesmo tamanho. Caso a 
cita„…o ultrapasse a quantidade de trŠs linhas do texto, deve, ent…o, vir separada deste, em pargrafo 
pr‡prio, RECUADO da margem esquerda. 
Faz-se este recuo atravƒs da rƒgua do Word, levando-a a 4cm da margem esquerda em dire„…o 
ao centro. A fonte deve ser menor do que aquela utilizada no corpo do texto, com espa„amento 
simples e n…o deve se apresentar entre aspas. Caso se fa„am necessrias omisses, estas s…o indicadas 
atravƒs da utiliza„…o de reticŠncias de trŠs pontos dentro de colchetes. 
Por exemplo:
A teleconferŠncia permite ao indiv‚duo participar de um encontro nacional ou 
regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de 
teleconferŠncia incluem uso de televis…o, telefone e computador. [...] Atravƒs de 
udio-conferŠncia, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de udio 
pode ser emitido em um sal…o de qualquer dimens…o. (NICHOLS, 1993, p. 181)
Em casos de acrƒscimos, interpola„es ou comentrios, estes devem ser inclu‚dos entre 
colchetes. E, em casos de destaques ou Šnfase atravƒs do uso de recursos grficos como negrito ou 
itlico, deve-se informar ao leitor que o grifo foi feito por arb‚trio nosso e n…o do autor do texto 
transcrito, isso deve ser feito utilizando-se a express…o (grifo nosso) logo ap‡s o grifo na transcri„…o. 
Exemplo:
A teleconferŠncia [ou videoconferŠncia] permite ao indiv‚duo participar de um 
encontro nacional ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos 
comuns de teleconferŠncia incluem uso de televis…o, telefone e computador. Atravƒs 
de udio-conferŠncia, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de udio 
7 Baseado em ASSOCIA—˜O BRASILEIRA DE NORMAS T‰CNICAS. NBR 10520: informa„…o e 
documenta„…o: apresenta„…o de cita„es em documentos. Rio de Janeiro, 2002. 7 p. e em LUBISCO, N‚dia M. 
L.; VIEIRA, Snia Chagas. Manual de estilo acadêmico: monografias, disserta„es e teses. 2. ed. Salvador: 
EDUFBA, 2003. p. 58-65.
8 A maioria dos exemplos foram extra‚dos ou adaptados da pr‡pria ABNT.
€ Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh Lose.
27
pode ser emitido em um sal…o de qualquer dimens…o (grifo nosso). (NICHOLS, 1993, 
p. 181) 
Em caso de haver uma cita„…o j aspada dentro do texto citado e que deve ganhar novas aspas, 
as primeiras aspas s…o transformadas em aspas simples. As aspas simples s…o utilizadas para indicar 
cita„…o no interior da cita„…o.
Exemplo: 
“Apesar das ‘aparŠncias’, a desconstru„…o do logocentrismo n…o ƒ uma psicanlise da filosofia 
[…]” (DERRIDA, 1967, p. 293)
Caso se fa„a uma cita„…o em l‚ngua estrangeira, a tradu„…o desta deve vir em nota de rodapƒ 
ou de fim, a depender das especificidades do sistema de referŠncia. Tambƒm deve aparecer, entre 
parŠnteses, a express…o (tradu„…o nossa). 
7.1 SISTEMAS DE REFER‘NCIA (ou CHAMADA, de acordo com a NBR 10520) DAS CITA—ES 
H duas formas de se referenciar as cita„es, o sistema autor-data e o sistema numƒrico (o 
qual n…o ser explicado aqui). Uma das duas deve ser escolhida e utilizada ao longo de todo o texto. 
Atualmente,a tendŠncia ƒ recomendar o uso do sistema autor-data.
7.1.1 Sistema autor-data
a) sobrenome do autor (ou pelo nome de cada entidade), entre parŠnteses, em maisculas, seguido 
de v‚rgula, e o ano de publica„…o. 
Ex. (MEDEIROS, 1999); (BRASIL, 1995)
b) caso o nome do autor j conste da senten„a em que ser inclu‚da a cita„…o, ele possuir apenas a 
letra inicial maiscula, a data aparecer entre parŠnteses, seguida de v‚rgula e a indica„…o do 
nmero da pgina, se for o caso. 
Ex. De acordo com Lakatos (2001, p. 137) “[...] todo o trabalho cient‚fico obedece a uma norma 
[...]”;
c) quando s…o citadas obras diferentes de um mesmo autor, publicadas no mesmo ano, as 
referŠncias devem diferenci-las atravƒs de letras minsculas, ap‡s a data, sem espacejamento. 
Ex. (LAKATOS, 2001a) ou (LAKATOS, 2001b)
d) quando s…o citados autores com o sobrenome igual e cujas edi„es consultadas foram do 
mesmo ano, coloca-se, alƒm do sobrenome, a inicial do nome do autor.
Ex. (SILVA, C., 2005) e (SILVA, M., 2005)
e) quando s…o citados autores com o sobrenome igual e com a inicial do nome tambƒm igual e 
cujas edi„es consultadas foram do mesmo ano, coloca-se, alƒm do sobrenome, o primeiro 
nome do autor por extenso.
Ex. (SILVA, Carlos, 2005) e (SILVA, Cludio, 2005)
f) caso se fa„a uma cita„…o que j era uma cita„…o no texto que se est lendo, ou seja, uma cita„…o 
de segunda m…o, deve-se colocar a referŠncia do autor do texto que se est citando, seguida da 
express…o apud seguida da referŠncia do texto que a havia citado primeiramente.
Ex. (SILVA, 2003 apud SOUZA, 2006)
g) quando a cita„…o ƒ direta, deve-se sempre indicar o nmero da(s) pgina(s) onde de onde o texto 
foi extra‚do.
€ Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh Lose.
28
h) As cita„es indiretas de diversos documentos da mesma autoria, publicados em anos diferentes 
e mencionados simultaneamente, tŠm suas datas separadas por v‚rgula.
Exemplo: (DREYFUSS, 1989, 1991, 1995)
(CRUZ, CORREA, COSTA, 1998, 1999, 2000)
i) As cita„es indiretas de diversos documentos de vrios autores, mencionados simultaneamente, 
devem ser separadas por ponto-e-v‚rgula, em ordem alfabƒtica.
Exemplos: Ela polariza e encaminha, sob a forma de “demanda coletiva”, as necessidades de todos 
(FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997)
Diversos autores salientam a import™ncia do “acontecimento desencadeador” no in‚cio 
de um processo de aprendizagem (CROSS, 1984; KNOX, 1986; MEZIROW, 1991)
j) pela primeira palavra do t‚tulo seguida de reticŠncias, no caso de obra sem indica„…o de autoria 
ou responsabilidade, seguida da data de publica„…o do documento e da(s) pgina(s) da cita„…o, 
no caso de cita„…o direta, separados por v‚rgula e entre parŠnteses;
No texto:
“As IES implementar…o mecanismos democrticos, leg‚timos e transparentes de avalia„…o 
sistemtica de suas atividades, levando em consta seus objetivos institucionais e seus 
compromissos para com a sociedade.” (ANTEPROJETO..., 1987, p. 55)
Na lista de referŠncias:
ANTEPROJETO de lei. Estudos e Debates, Bras‚lia, DF, n. 13, p. 51-60, jan. 1987.
l) se o t‚tulo come„a por artigo (definido ou indefinido), ou monoss‚labo, este deve ser inclu‚do na 
indica„…o da fonte;
No texto:
“Em Nova Londrina (PR), as crian„as s…o levadas †s lavouras a partir dos 5 anos.” (NOS 
CANAVIAIS..., 1995, p. 12)
Na lista de referŠncias:
NOS CANAVIAIS, mutila„…o em vez de lazer e escola. O Globo, Rio de Janeiro, 16 jul. 
1995. O Pa‚s, p. 12
7.1.2 Sistema numérico 
a) o nome do autor ƒ citado dentro do texto, apenas com as iniciais maisculas, seguido do nmero 
indicativo da nota que conter a referŠncia completa. Esta nota poder ficar no rodapƒ da 
pgina ou ao final do texto. Neste caso a lista de referŠncias dever ser organizada na ordem 
em que as cita„es aparecem no texto; 
b) o nmero indicativo da nota poder vir de dois modos, ou sobrescrito ou entre parŠnteses. 
Ex."Num relat‡rio de pesquisa, pode-se ter cita„es literais [...] ou livres [...]".9
"Num relat‡rio de pesquisa, pode-se ter cita„es literais [...] ou livres [...]".(3)
9 LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A Construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciŠncias 
humanas. Porto Alegre: Artes Mƒdicas; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p. 263.
(3) LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A Construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em 
ciŠncias humanas. Porto Alegre: Artes Mƒdicas; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p. 263.
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c) caso se fa„a uma cita„…o de um mesmo autor, na mesma pgina em que aparece a cita„…o 
anterior, pode-se utilizar na referŠncia algumas abreviaturas.
Ex. “[...] as notas fornecem a referŠncia bibliogrfica da cita„…o [...]”.10
d) caso se fa„a uma cita„…o de segunda m…o, para o sistema numƒrico, deve-se colocar a referŠncia 
completa de cada uma das obras, ligadas pela express…o apud.
Ex. SILVA, Carlos. O trabalho de conclusão de curso. S…o Paulo: Antoniela, 2003. Apud 
SOUZA, Joaquim. O método científico. Rio de Janeiro: DXL, 2006. p. 37.
Obs.: Atualmente, n…o se recomenda a utiliza„…o das referŠncias de cita„…o em sistema numƒrico. 
Recomenda-se a utiliza„…o do sistema autor-data.
7.2 EXPRESSES LATINAS UTILIZADAS EM REFERENCIA—ES DE TEXTOS CIENTˆFICOS 
7.2.1 Algumas expressões latinas devem ser usadas em citações (Não são utilizadas em destaque, 
ou seja, em negrito ou itálico ou travessões, mas na mesma fonte e tamanho do texto)
apud – utilizada para cita„es de segunda m…o;
c.f. – confira, confronte;
e.g. – exempli gratia, por exemplo;
i.e. – id est, isto ƒ;
inf. – infra, citado ou mencionado abaixo;
supra – citado ou mencionado acima;
sic – tal qual, assim mesmo;
vs. – versus, em oposi„…o a.
7.2.2 Outras são utilizadas em caso de referência feita em sistema numérico
et seq. ou sequentia – e seguintes;
ibidem ou ibid. – na mesma obra;
idem ou id. – do mesmo autor;
loc. cit. ou loco citato – no local antes citado;
op. cit. ou opus citatum ou opera citatum – obra citada (obs.: esta express…o s‡ pode ser usada na 
mesma pgina onde se encontra a cita„…o a qual se refere);
passim – aqui e ali, em diversas pginas ao longo do texto. 
Acompanhando qualquer cita„…o, seja ela direta ou indireta, longa ou curta, deve vir a 
referŠncia da fonte, de acordo com a norma. Utilizar as palavras ou idƒias de um autor sem referenci-
lo ƒ plgio, o que constitui um crime, e denota falta de ƒtica.
7.3 EXERCˆCIO SOBRE CITA—˜O EM DOCUMENTO (NBR 10520)
De acordo com o que foi visto em aula e com a NBR 10520, responda as seguintes questes:
1) Quais sistemas de chamadas (ou referŠncias) podem ser usados para referenciar textos citados 
em trabalhos acadŠmicos brasileiros?
2) Em que consiste o sistema autor-data?
3) Qual a diferen„a entre notas de referŠncia e notas explicativas? (Onde vocŠ explicou isso?)
4) Caso se opte pelo sistema de cita„…o em notas, dever haver uma lista de referŠncias ao final 
do trabalho?
5) ‰ poss‚vel utilizar em um nico trabalho ambos os sistemas de referŠncia?
6) No sistema numƒrico, onde devem aparecer as referŠncias das cita„es?
7) Caso se opte pelo sistema autor-data, como devemos proceder em rela„…o a:
10 Ibid., loc. cit.
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
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a) quando o nome do autor não aparece na minha sentença, ou seja, apenas citei o trecho de 
sua obra, sem ter ainda dito o seu nome, esta indicação deve aparecer de que maneira? 
b) quando o nome do autor fizer parte da minha sentença, devo repeti-lo outra vez dentro dos 
parênteses?
c) é obrigatória a utilização do número de página de onde foi extraída a citação?
d) caso eu esteja citando duas obras de um mesmo autor publicadas em um mesmo ano, 
como farei para diferenciar uma da outra?
e) caso eu esteja citando dois autores diferentes que publicaram obras em um mesmo ano, e 
estes dois autores possuem o mesmo sobre nome. Como devo fazer para diferenciá-los?f) e caso eles tenham o mesmo sobrenome, e o mesmo nome além de terem publicado no 
mesmo ano. O que devo fazer?
g) caso eu cite um trabalho que não apresenta indicação de autoria, como indicarei através do 
sistema autor-data?
8) Como devem ser indicadas supressões de palavras do trecho que estou citando?
9) Como devem ser indicados acréscimos de palavras em um trecho que estou citando?
10) O que significam as seguintes expressões em latim e quando cada uma delas deve ser 
utilizadas?
a) apud:
b) cf.:
c) e.g.:
d) i.e.
e) sic:
f) ibid.:
g) id.:
h) loc. cit.:
i) op. cit.:
j) et al.:
k) S.l.:
l) s.n.:
m) ca.:
11) Como devem ser formatadas as citações diretas que ocupem mais de três linhas do texto?
12) Como devem ser formatadas as citações diretas que ocupem até três linhas do texto?
€ Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh Lose.
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8 REFERÊNCIAS11
REFER‘NCIAS ƒ o nome dado ao conjunto de elementos que indicam os documentos 
utilizados, citados ou apenas consultados na elabora„…o de trabalhos acadŠmicos. 
De cada um desses documentos se devem indicar os elementos essenciais – autoria, t‚tulo, 
local de publica„…o, tipo de documento, data, pgina, etc. – da forma mais completa poss‚vel, 
permitindo, desta maneira, que aquele que leia o trabalho consiga chegar atƒ as fontes originais. 
De acordo com a ABNT, estas referŠncias devem constituir uma lista nica, incluindo tudo
(tudo o que, o material, as fontes?) (o que foi citado ou n…o) que o autor considerou importante para a 
elabora„…o do trabalho.
Conforme lembram Lubisco e Vieira esta lista "n…o deve ser denominada de Bibliografia, nem 
confundida com ela, pois esta constitui uma publica„…o onde se encontra registrada a literatura 
produzida sobre determinado tema, num determinado pa‚s ou em ™mbito mundial". (2003, p. 51) 
A forma e a disposi„…o destas referŠncias s…o regidas pela NBR 6023 de 2002, da ABNT, que 
indica que todas as referŠncias estejam alinhadas apenas pela margem esquerda, dispostas em ordem 
alfabƒtica pelo primeiro elemento e em espacejamento simples (podendo vir numeradas ou n…o) ou na 
ordem de aparecimento no texto, separadas entre si por espa„o duplo.
Nos casos em que aparecem em ordem alfabƒtica, as referŠncias que possuam o(s) mesmo(s) 
autor(es), o(s) nome(s) deste(s) pode(m) ser substitu‚do(s) a partir da segunda vez por um tra„o de seis 
toques seguido de um ponto (cada um). (Dificulta a ordena„…o alfabƒtica)
8.1 ABREVIATURAS
As abreviaturas dos meses do ano obedecem † seguinte regra:
 abrevia-se o nome do mŠs atƒ a terceira letra, com exce„…o do mŠs de maio, que deve ser 
grafado por inteiro.
 Ex. jun.; ago.; maio
 pgina: p. 
 folha: f.
 nmero: n.
 volume: v.
 Sem local: S.l.
 sem nome: s.n.
 c.a: cerca
 edi„…o: ed.
 editor: Ed.
 organizador: Org.
 coordenador: Coord.
 revisada: rev.
 ampliada: ampl.
 aumentada: aum.
Obs.: estas expresses n…o v…o para o plural.
 em casos de tradu„…o, o termo vem por inteiro, seguido do nome do tradutor.
Ex.: Tradu„…o de Luis Souza.
11 Adaptado de LUBISCO, N‚dia M. L.; VIEIRA, Snia Chagas. Manual de estilo acadêmico. 2. ed. Salvador: 
UFBA; UNIFACS, 2002 e ASSOCIA—˜O BRASILEIRA DE NORMAS T‰CNICAS. NBR 6023: informa„…o e 
documenta„…o: referŠncias: elabora„…o. Rio de Janeiro, 2002. 24 p.
€ Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh Lose.
32
8.2 ALGUNS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE REFER‘NCIA
Livro com um único autor, em primeira edição:
SILVA, Antnio da. Mercado de trabalho: um desafio para o futuro. Salvador: Bom Tempo, 1998. 
362 p.
Livro com até três autores:
CUNHA, Manuel da; PEREIRA, Antnio; MALTA, Carlos. Assim se faz um projeto: aux‚lio aos 
principiantes. 7. ed. Belo Horizonte: Lux, 1970. 251 p. 
Capítulo de livro com organizador:
DANTAS, Manuel. Os jornais do interior. In: SILVA, Josƒ da (Org.). Comunicação e sociedade. 3. 
ed. S…o Paulo: Avante, 1973. p. 121-136.
Artigo, com mais de três autores, publicado em periódico:
MACHADO, Pedro Antnio et al. Seriedade na profiss…o. Itatiaia, Rio de Janeiro, v. 3, n. 5, p. 12-16, 
jun. 2001.
Artigo publicado em periódico sem indicação de autoria:
O FUTURO nos espera. Folha de São Paulo, S…o Paulo, 13 ago. 2002. Caderno Emprego, p. 27.
Texto publicado em anais de congresso:
SANTANA, Alexandre dos Santos. Multimeios e comunica„…o. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE 
CI‘NCIAS DA COMUNICA—˜O, 24., 2000. Porto Alegre, Anais... Porto Alegre: PUCRS, 2002. p. 
32-37. 
Dissertação de mestrado:
SILVA, Maria Antonieta Souza e. Relações Públicas: um estudo de caso na cidade de Salvador. 2002. 
2v. 165f. Disserta„…o (Mestrado em CiŠncias Sociais) – Faculdade de Comunica„…o Social, 
Universidade Salvador, Salvador. 
Texto extraído de página disponível na Internet:
LOUREIRO, Antnio. Propaganda e preconceito. Dispon‚vel em: 
<http://www.publicidadeetnica.com.br>. Acesso em: 23 maio 2002.
Entrevista registrada em fita K-7:
CHAVES, Marcos: depoimento [02 jul. 2002]. Entrevistadora: Maria Souza. Salvador: 
UFBA/Faculdade de Comunica„…o. 1 fita cassete (45 min), 3 3/4 pps, estƒreo.
8.3 DATA (ELEMENTO OBRIGATŽRIO)
A data ƒ um elemento obrigat‡rio, portanto n…o pode ser substitu‚do pela abreviatura [s.d.]. 
Deve-se inferir pelos elementos presentes, ou por informa„es externas. Desta forma, deve-se indicar a 
data dentro de colchetes, visto que ela ser, nestes casos, uma inferŠncia.
[1971 ou 1972]: um ano ou outro
[1969?]: data provvel
[1973]: data certa n…o indicada no item
[entre 1906 e 1912]: use intervalos menores de 20 anos
[ca. 1960]: data aproximada
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
33
[197-]: década certa
[197-?]: década provável
[18--]: século certo
[18--?]: século provável
8.4 SISTEMA AUTOR-DATA
Neste sistema, sugere-se uma adaptação da norma (NBR 6023:2003), colocando-se a data, 
entre parênteses, logo após a indicação de autor.
Ex.: SOUZA, Dantas (2002). Somos todos iguais. 3.ed. Rio de Janeiro: Áter.
8.5 EXERCÍCIO
De acordo com o que foi visto em aula e com a NBR 6023, coloques os elementos indicados a 
seguir na ordem correta:
Autor: José Mascarenhas
Título: O Novo Mundo
Subtítulo: Um presente ao futuro
Local de publicação: São Paulo
Editora: Editora Moderna Ltda.
Edição: 4ª edição
Ano de publicação: 1997
Número total de páginas: 105
__________________________________________________________________
Organizadores: Pâmela Dias, José Mascarenhas & Antônio Santos
Título: Que belo dia!
Local de publicação: São Paulo
Editora: Pimentel Cia. Ltda.
Edição: 1ª edição
Ano de publicação: 1997
Número total de páginas: 105
Páginas consultadas e citadas: da 12 a 17
__________________________________________________________________
Organizador do livro: Paulo Antônio Santos Neto
Título do capítulo: Quero Vencer
Autor do capítulo: Paulo Antônio Santos Neto
Edição: 10ª
Editora: Pedágio
Título do livro: Vencedores
Subtítulo: Como ser um deles
Data: provavelmente 1967
páginas do capítulo: 102 a 130
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Endereço do site: http://www.soumaiseu.com.br
Data do acesso: 20 de julho de 2003
Título do artigo: Juntos somos poderosos
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Autor: Luiz Gusmão e Souza
Título: Collor de Mello
Subtítulo: Ascensão e Queda
Local de publicação: Viçosa
Estado de Publicação: Minas Gerais.
Edição: 1ª edição
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
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9 SEMINÁRIO (TÉCNICA DE ESTUDO)
9.1 INCLUI 
 Pesquisa.
 Discussão.
 Debate.
9.2 ENVOLVE
 Capacidade de pesquisa.
 Análise sistemática de fatos.
 Raciocínio.
 Reflexão.
9.3 POSSIBILITA
 Elaboração clara e objetiva de trabalhos científicos.
9.4 FONTES QUE ORIGINAM UM ASSUNTO PARA O SEMINÁRIO 
 São as mais variadas
 temas constantes de um programa disciplinar que necessitam de conhecimento mais aprofundado;
 temas complementares a um programa disciplinar;
 temas novos, divulgados em periódicos especializados, referentesà disciplina em questão;
 temas atuais, de interesse geral, com idéias renovadoras;
 temas específicos, atualizados, adequados a um programa de seminário.
9.5 COMPONENTES
Individual ou em grupos (entre 5 e 12 participantes)
 Coordenador: geralmente o professor. Propõe os temas a serem estudados, indica bibliografia 
inicial, estabelece uma agenda de trabalhos e fixa a duração das sessões. Geralmente preside e 
coordena a apresentação dos seminários. Pode introduzir o assunto geral do qual irão derivar os 
subtemas. Ao final dos debates, sintetiza as conclusões globais, faz uma apreciação geral dos 
resultados, complementando alguns itens.
 Organizador: marca reuniões prévias, coordena as pesquisas e o material, designa os trabalhos de 
cada componente.
 Relator(es): expõe os resultados dos estudos. Essas tarefas podem ser realizadas por todo o grupo.
 Secretário: designado para anotar as conclusões parciais e finais do seminário, após os debates. 
Pode ser substituído pelo organizador.
 Comentador: pode ser um só ou um grupo. Responsável pelo aprofundamento crítico do trabalho. 
Deve estudar com antecedência o tema a ser apresentado para fazer críticas adequadas à 
exposição, antes da discussão e debate dos demais participantes da classe.
 Debatedores: todos os alunos da classe. Depois da exposição e da crítica do comentador (se 
houver), devem participar fazendo perguntas, pedindo esclarecimentos, colocando objeções, 
reforçando argumentos ou dando alguma contribuição.
9.6 ETAPAS
 O coordenar propõe determinado estudo, indica bibliografia, forma os grupos de seminário, 
escolhe o comentador e o secretário;
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 o grupo escolhe o organizador e o(s) relator(es), divide as tarefas, inicia o trabalho de pesquisa. 
Depois reúnem-se (diversas vezes) para discutir o material coletado, confrontar os pontos de vista, 
formular conclusões e organizar os dados disponíveis;
 pronto o seminário, a classe se reúne;
 os relatores apresentam os resultados dos estudos;
 o comentador, após a exposição, intervém com objeções, subsídios e críticas;
 a classe participa das discussões e debates, fazendo indagações, reforçando ou refutando 
afirmações;
 ao final, o coordenador faz uma síntese e encaminha para as conclusões finais.
9.7 FASES DE PREPARAÇÃO DO MATERIAL
 determinação do tema
 divisão do tema em tópicos
 análise do material coletado
 síntese das idéias, resumo das contribuições
9.8 A EXPOSIÇÃO 
Deve ser composta de:
 introdução
 desenvolvimento
 conclusão
 referências
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10 RESUMO
Tipo de redação informativo-referencial que se ocupa de reduzir um texto a suas idéias 
principais, é uma paráfrase, não deve conter comentários, engloba duas fases: a compreensão do texto 
e a elaboração de um novo. É uma apresentação sistemática e seletiva das idéias de um texto, 
ressaltando a progressão e a articulação das mesmas, deve apresentar as idéias principais do autor. 
Para se elaborar um bom resumo é necessário passar por duas etapas de compreensão das 
idéias:
 análise do texto e checagem das informações colhidas com aquilo que já se conhece;
 deriva de dois métodos distintos: o analítico (resumo parágrafo a parágrafo que deve refletir a 
idéia do texto principal) e o comparativo (enfoca a estrutura geral do texto; pressupõe o 
conhecimento prévio das informações contidas no texto). 
O resumo, assim como os demais textos científicos, tem sua estrutura e formato regidos pela 
Associação Brasileira de Normas Técnicas, e a norma específica que trata dele é a NBR 6028. De 
acordo com ela, um resumo é a "apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto". 
10.1 FUNÇÃO
Toda comunicação científica possui utilidade clara e específica, assim a do resumo é: 
 abreviar o tempo dos pesquisadores;
 difundir informações de tal modo que possam influenciar e estimular a consulta do texto 
completo. 
10.2 ESTRUTURA
Em sua elaboração devem-se destacar, quanto ao conteúdo: 
 o assunto do texto;
 o objetivo do texto;
 a articulação das idéias;
 as conclusões do autor do texto. 
10.3 DICAS PARA REDAÇÃO
Para redação de um bom resumo é necessário que se atente para os seguintes pontos: 
 utilizar linguagem objetiva;
 evitar repetições de frases inteiras do original;
 respeitar a ordem em que as idéias ou fatos são apresentados;
 não apresentar juízo de valor;
 ser compreensível por si mesmo (dispensar a consulta ao original). 
Um resumo pode: 
 apresentar um sumário de idéias do autor;
 narrar as idéias mais significativas;
 condensar o conteúdo. 
Para isso é preciso realizar alguns procedimentos: 
 descobrir o plano da obra a ser resumida;
 responder duas perguntas: o que o autor pretende demonstrar?; de que trata o texto?;
 ater-se às idéias principais do texto e a sua articulação;
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 distinguir as diferentes partes do texto;
 identificar palavras-chave. 
10.4 TIPOS
Existem vários tipos de resumo, cada qual com objetivo e características próprias. O resumo 
que precede as publicações científicas é o chamado resumo indicativo, também conhecido como 
descritivo. Ele apresenta um sumário narrativo, não apresenta dados qualitativos e quantitativos, não 
dispensa a leitura do original e se refere apenas às partes mais importantes do texto. 
Todo resumo deve salientar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do trabalho.
(Essa observação cabe melhor quando se discorre sobre a estrutura do resumo)
Quanto ao estilo, aconselha-se que um resumo seja elaborado com frases concisas, evitando 
enumerar tópicos. A primeira frase deve explicar o assunto, em seguida indica-se de que trata o texto 
(um estudo de caso, a análise de uma situação). 
De acordo com Lubisco e Vieira (2003, p. 40), um o resumo deve:
[...] ser redigido na terceira pessoa do singular, com verbo na voz ativa, em frases 
correntes, sem enumeração de tópicos [...]. A frase de abertura deve explicitar o tema 
do trabalho e ser seguida da indicação de sua categoria (memória, estudo de caso 
etc.). Deve ser evitado o uso de frases negativas, parágrafos, fórmulas, símbolos, 
citações bibliográficas. É encabeçado pela palavra RESUMO em negrito e letras 
maiúsculas, centralizada no alto, com o texto em espaço simples. (Nem sempre será 
regra, variando de acordo com os critérios de publicação dessa ou daquela entidade)
Ao final deve incluir as palavras-chave representativas do conteúdo, extraídas da 
ficha catalográfica. 
10.5 TAMANHO
Quanto à extensão, a ABNT recomenda que o resumo seja composto por um único parágrafo.
(Aqui, também, cabe a observação de que varia de acordo com os critérios da entidade)
Se for de notas e comunicações breves deve possuir de 50 a 100 palavras;
se for de monografias e artigos extensos deve possuir de 100 a 250 palavras;
se for de relatórios e dissertações ou teses, de 250 a 500 palavras.
10.6 PALAVRAS-CHAVE
O texto do resumo deve ser seguido de palavras-chave: palavras representativas do conteúdo 
do documento. Aconselha-se a utilização de no mínimo 3 e no máximo 6 palavras-chave. Cada uma 
deve ser iniciada por letra maiúscula e finalizada por ponto.
10.6 IMPORTANTE!
Um bom resumo deve:
 vir precedido da referência do texto original, que está sendo resumido em conformidade com a 
norma de Referências estabelecida pela ABNT (NBR 6023) (quando o resumo não acompanha 
o próprio texto)
 conter a síntese do conteúdo do texto em questão (assunto do texto, objetivo, métodos, 
critérios utilizados, conclusões do autor). (ou seja, a estrutura básica do resumo)
As regras mais aplicadas na confecção de um resumo são: 
 apagamento de elementos redundantes e supérfluos ou não relevantes (supressão de adjetivos 
e advérbios);
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