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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE LETRAS DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS PARA O ESTUDO DAS LETRAS MDULO DA DISCIPLINA LET A 14 – TCNICAS DE PESQUISA PROFA ALÍCIA DUHÁ LOSE PROFA ITATISMARA VALVERDE PROFA MARLA OLIVEIRA ANDRADE ELABORADO PELA PROFA. DRA. ALÍCIA DUHÁ LOSE SEMESTRE 2010.1 SUMÁRIO 1 DISTINTAS FORMAS DE APROPRIAÇÃO DO REAL 6 1.1 POPULAR OU EMPÍRICO 6 1.2 FILOSÓFICO 6 1.3 ARTE 6 1.4 RELIGIOSO 6 1.5 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO 6 1.5.1 Elementos Inerentes à natureza da ciência 6 1.5.1.1 A natureza metodológica da ciência compreende dois aspectos 7 2 PESQUISA 8 2.1 DEFINIÇÃO 8 2.2 NÍVEIS DE PESQUISA 8 2.2.1 Pesquisas exploratórias 8 2.2.2 Pesquisas descritivas 8 2.2.3 Pesquisas explicativas 9 2.3 CLASSIFICAÇÃO COM BASE NOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS UTILIZADOS 9 2.3.1 Pesquisa bibliográfica 9 2.3.2 Pesquisa documental 9 2.3.3 Pesquisa experimental 9 2.3.4 Pesquisa ex-post facto 9 2.3.5 Estudo de coorte 10 2.3.6 Levantamento 10 2.3.7 Estudo de campo 10 2.3.8 Estudo de caso 11 2.4 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO O ENVOLVIMENTO DO PESQUISADOR 11 2.4.1 Pesquisa-ação 11 2.4.2 Pesquisa participante 11 3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 12 3.1 QUANDO E PARA QUE CONSULTAR 12 3.2 LIVROS DE LEITURA CORRENTE 12 3.3 LIVROS DE REFERÊNCIA INFORMATIVA 12 3.4 LIVROS DE REFERÊNCIA REMISSIVA 12 3.5 PERIÓDICOS 13 3.6 IMPRESSOS DIVERSOS 13 3.7 PRIMEIROS PASSOS PARA A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 13 3.7.1 Identificação das fontes 13 3.7.2 Localização das fontes e obtenção do material 13 3.7.3 Leitura para pesquisa 13 3.7.4 O que ler 13 3.7.5 Fichamento 14 4 O TRABALHO COM O TEXTO 17 4.1 ANÁLISE INTERNA 17 4.2 ANÁLISE EXTERNA 17 4.3 É PRECISO 17 4.4 LOCALIZAÇÃO E OBTENÇÃO DO MATERIAL 17 4.4.1 Aquisição 17 4.4.2 Bibliotecas 17 .4.3 Localização através do catálogo 17 4.4.3.1 Número de chamada 17 4.5 LEITURA DO MATERIAL 18 4.5.1 Recepção sensitiva 18 4.5.2 Leitura significativa 18 4.5.2.1 Finalidades da leitura significativa 18 4.6 FASES PRELIMINARES DA LEITURA INFORMATIVA 18 4.6.1 Leitura de reconhecimento ou leitura prévia 18 4.6.2 Leitura explanatória ou pré-leitura 18 4.7 LEITURA SELETIVA 19 4.7.1 Delimitação de uma unidade de leitura 19 4.8 LEITURA CRÍTICA 19 5 COLETA DOS DADOS TEXTUAIS 20 5.1 TÉCNICAS DE ANOTAÇÃO 20 5.1.1 Notas 20 5.1.1.1 Exposições orais 20 5.1.1.2 Textos escritos 20 5.1.1.3 Tipos 20 5.2 TÉCNICAS DE SUBLINHA 21 5.2.1 Como fazer 21 5.3 EXERCÍCIO 21 6 FICHAMENTO 22 6.1 ESTRUTURA DA FICHA 22 6.2 CONFECÇÃO DA FICHA 22 6.2.1 Fichas de leitura 23 6.2.2 Fichas de indicação bibliográfica 23 6.2.3 Ficha de resumo 23 6.2.4 Ficha de transcrição 23 6.2.5 Ficha de comentário 26 7 CITAÇÃO 27 7.1 SISTEMAS DE REFERÊNCIA DAS CITAÇÕES 27 7.1.1 Sistema autor-data 27 7.1.2 Sistema numérico 28 7.2 EXPRESSÕES LATINAS UTILIZADAS EM REFERENCIAÇÕES DE TEXTOS CIENTÍFICOS 29 7.2.1 Algumas expressões latinas devem ser usadas em citações 29 7.2.2 Outras são utilizadas em caso de referência feita em sistema numérico 29 7.3 EXERCÍCIO SOBRE CITAÇÃO EM DOCUMENTO (NBR 10520) 29 8 REFERÊNCIAS 31 8.1 ABREVIATURAS 31 8.2 ALGUNS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE REFERÊNCIA 32 8.3 DATA (ELEMENTO OBRIGATÓRIO) 32 8.4 SISTEMA AUTOR-DATA 33 8.5 EXERCÍCIO 33 9 SEMINÁRIO (TÉCNICA DE ESTUDO) 34 9.1 INCLUI 34 9.2 ENVOLVE 34 9.3 POSSIBILITA 34 9.4 FONTES QUE ORIGINAM UM ASSUNTO PARA O SEMINÁRIO 34 9.5 COMPONENTES 34 9.6 ETAPAS 34 9.7 FASES DE PREPARAÇÃO DO MATERIAL 35 9.8 A EXPOSIÇÃO 35 10 RESUMO 36 10.1 FUNÇÃO 36 10.2 ESTRUTURA 36 10.3 DICAS PARA REDAÇÃO 37 10.4 TIPOS 37 10.5 TAMANHO 37 10.6 PALAVRAS-CHAVE 37 10.6 IMPORTANTE! 37 10.7 EXEMPLO DE RESUMO 38 11 RESENHA 40 11.1 CONCEITO 40 11.2 PÚBLICO 40 11.3 OBJETIVOS GERAIS DA RESENHA 40 11.4 LINGUAGEM UTILIZADA NA RESENHA 40 11.5 TIPOS DE MENSAGENS REFERENCIAIS 41 11.6 RESUMO CRÍTICO ou RECENSÃO CRÍTICA 41 11.7 NA FASE DE LEITURA 41 11.8 ANÁLISE TEMÁTICA 41 11.9 ELEMENTOS ESTRUTURAIS DA RESENHA 42 11.10 EXERCÍCIO 42 12 PROJETO DE PESQUISA (NBR 15287) 43 12.1 MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO 43 12.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 43 12.3 ELEMENTOS TEXTUAIS 43 12.4 TEMA 44 12.4.1 Delimitação do tema 44 12.5 DELIMITAÇÃO DO CORPUS 45 12.6 PROBLEMA 45 12.7 HIPÓTESE(S) DA PESQUISA 46 12.8 OBJETIVOS 47 12.8.1 Objetivo geral 47 12.8.2 Objetivos específicos 47 12.9 JUSTIFICATIVA 47 12.10 REFERENCIAL TEÓRICO 47 12.11 MÉTODO 47 12.12 ORÇAMENTO 47 12.13 CRONOGRAMA 48 12.14 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 49 12.15 FORMATAÇÃO 49 13 RELATÓRIO (NBR 10719: 1989) 50 13.1 RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO 50 13.1.1 Elementos constituintes 50 13.1.1.1 Pré-textuais 50 13.1.1.2 Texto 50 13.1.1.3 Pós-textuais 50 13.1.2 Numeração dos volumes 50 13.1.2.1UMERAÇÃO DAS SEÇÕES 51 13.1.2.2 NUMERAÇÃO DAS PÁGINAS 51 13.1.2.3 ESTRUTURA DO RELATÓRIO 51 13.2 RELATÓRIO DE ANDAMENTO DE PESQUISAS 13.2.1 Elementos pré-textuais 53 53 13.2.2 Elementos textuais 13.2.3 Elementos pós-textuais 13.2.4 Formatação 54 54 54 55 14 A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA 55 14.1 FINALIDADE 55 14.2 LINGUAGEM 56 14.3 ORGANIZAÇÃO DO TEXTO ACADÊMICO 56 14.3.1 Elementos temáticos e estruturais 56 14.3.2 Estrutura lógica 60 14.3.3 Estrutura técnica 60 14.4 ESTILO 60 14.5 EXERCÍCIO 61 15 ESTRUTURA INTERNA DO TEXTO ACADÊMICO 62 15.1 INTRODUÇÃO 62 15.2 DESENVOLVIMENTO 62 15.2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 63 15.2.2 MATERIAIS E MÉTODOS (ou METODOLOGIA) 63 15.2.3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 63 15.2.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 63 15.2.5 CONCLUSÃO (ou CONSIDERAÇÕES FINAIS) 63 16 ARTIGO (NBR 6022:2003) 65 16.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 65 16.2 ELEMENTOS TEXTUAIS 65 16.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 66 16.4 PECULIARIDADE DA FORMATAÇÃO DOS ARTIGOS 67 17 APRESENTAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS 70 17.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS (EXEMPLOS) 70 17.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 74 17.3 ELEMENTOS TEXTUAIS 74 17.4 ILUSTRAÇÕES 74 17.5 TABELAS 75 17.6 EQUAÇÕES e FÓRMULAS 75 17.7 SIGLAS 75 17.8 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 75 17.9 DISPOSIÇÃO GRÁFICA E FORMATO 75 Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 6 1 DISTINTAS FORMAS DE APROPRIAÇÃO DO REAL O conhecimento cientfico uma cria o humana e apenas mais uma forma de apreens o da realidade que nos cerca. Assim, para ser bem compreendido, ele precisa ser contraposto s outras formas de conhecer o mundo que s o: a) Popular (comum ou emprico) b) Filosfico c) Artstico d) Religioso (mtico ou teolgico) 1.1 POPULAR OU EMPRICO aquele que se obtm na vida cotidiana, independentemente de estudo. Decorre de experincias s vezes casuais, vivenciadas ou transmitidas de gera o em gera o. A forma de obten o do conhecimento o conhecido processo de “tentativa e erro”, n o havendo interpretaes nem estabelecimento de relaes causais precisas: as informaes s o superficiais e vagas. A vis o da realidade , portanto, fragmentria, presa a convices pessoais e da decorre seu carter incoerente e impreciso. O processo de transmiss o termina por fazer dele um elemento da cultura dos povos, fazendo parte de suas tradies. 1.2 FILOSFICO Decorre da auto-reflex o do esprito do homem para atingir uma vis o global do mundo: ele aspira conhecer a inteligncia (i. conhecer e explicar) a conex o ltima das coisas exclusivamente atravs da raz o, procurando refletir sobre suas funes valorativas, tericas e prticas. 1.3 ARTE tambm uma interpreta o do mundo, mas n o deriva da raz o, do pensamento. Ela deve sua origem vivncia e intui o, portanto tradu o de uma subjetividade. Trata-se de uma interpreta o da realidade que representada nos aspectos que tocam a intui o do artista. Trata-se de um ser e de um acontecer concretos que se representam no nvel do irreal, embora a partir do real (mimese). 1.4 RELIGIOSO Brota da f. Deriva da vivncia religiosa, da experincia de Deus. A vis o religiosa de mundo depende decisivamente de valores subjetivos, visto que diferentes crenas determinam diferentes formas de v-lo. 1.5 O CONHECIMENTO CIENTFICO Cincia: “conjunto de conhecimentos em torno de um determinado objeto, obtidos com determinados critrios metdicos e sistemticos, [acumulados] num organismo logicamente constitudo.”(VITA, 1999, p. 115) 1.5.1 Elementos Inerentes à natureza da ciência Sua dimens o compreensiva (contextual ou de contedo) e sua dimens o operacional (metodolgica). Esses dois elementos s o inseparveis, embora, por motivos pedaggicos sejam tratados separadamente. a dimens o metodolgica que objeto de cursos e livros de metodologia cientfica. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 7 1.5.1.1 A natureza metodológica da ciência compreende dois aspectos Aspecto lógico: definido como método de raciocínio e de inferência sobre os fenômenos a serem investigados, é a dimensão da descrição, interpretação, explicação e verificação que se aplica para a construção de proposições e enunciados, sob as diretrizes de sistemas conceituais e teóricos. Assim, a dimensão lógica da ciência se caracteriza como PROCEDIMENTOS E OPERAÇÕES INTELECTUAIS. Aspecto técnico: caracteriza-se pelos processos de manipulação dos dados relativos aos fenômenos que são tratados com o maior rigor possível. Aí se incluem as técnicas de registro de freqüência, as condições de ocorrência, sua extensão, persistência, etc. Os cientistas desenvolvem constantemente seu arsenal técnico. Este arsenal está intrinsecamente vinculado à natureza do objeto estudado e nunca se utiliza uma única técnica: às vezes, diversas etapas exigem técnicas diversas. Já se vê que a dimensão técnica da ciência se processa como PROCEDIMENTOS DE OBTENÇÃO E TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 8 2 PESQUISA1 2.1 DEFINIÇÃO Processo formal e sistemático de desenvolvimento de um método científico. Objetivo fundamental: descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos. Pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou Quando a informação requerida se encontra em desordem. A pesquisa envolve várias fases: da adequada formulação do problema a até a satisfatória apresentação dos resultados. Há dois grandes tipos que são complementares entre si: pesquisas puras e pesquisas aplicadas. Pesquisa pura: objetiva o conhecimento em si. Pesquisa aplicada: objetiva as contribuições práticas decorrentes desse conhecimento. 2.2 NÍVEIS DE PESQUISA 1º) Estudos explanatórios; 2º) Estudos descritivos; 3º) Estudos que verificam hipóteses causais ou explicativas. 2.2.1 Pesquisas exploratórias Finalidade: desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, para a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudo posterior. Têm mais flexibilidade no planejamento. Envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas, estudos de caso. Têm objetivo de proporcionar visão geral sobre algo. É utilizado quando o tema escolhido é pouco explorado; é difícil formular hipóteses precisas e operacionalizáveis sobre ele. Normalmente constituem a primeira parte de uma investigação mais ampla. Para temas muito genéricos é necessário o esclarecimento e delimitação. Exige revisão da literatura, discussão com especialistas, etc. Seu produto final é um problema mais delimitado, passível de investigação através de procedimentos mais sistematizados. 2.2.2 Pesquisas descritivas Objetivo: descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Utiliza técnicas padronizadas de coleta de dados. Estudar as características de um grupo: distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, renda, etc. Verificar opiniões, atitudes e crenças de uma população. Verificam associações entre variáveis: preferência político-partidária X nível de escolaridade e renda; ou verificar a natureza dessa relação (pesquisa descritiva-explicativa). 1 Adaptado de GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 42- 48. e______. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. p. 17, 41-56. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 9 2.2.3 Pesquisas explicativas Objetivo: identificar os fatores que determinam ou que contribuem para ocorrência dos fenômenos. Aprofunda mais o conhecimento da realidade, pois explica a razão das coisas. É o tipo mais complexo e delicado, pois o risco de cometer erros aumenta muito. Normalmente são a continuação de pesquisas descritivas. Nas ciências naturais, normalmente usam o método experimental; nas sociais, recorre-se a outros métodos (p. e. observacional). 2.3 CLASSIFICAÇÃO COM BASE NOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS UTILIZADOS 2.3.1 Pesquisa bibliográfica Desenvolvida com base em material já elaborado (livros, artigos científicos, etc.). Em todos os tipos de pesquisa, esse tipo constitui uma das etapas iniciais. Há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. As pesquisas teóricas ou sobre ideologias, bem como aquelas que se propõem à análise das diversas posições acerca de um problema, também costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente mediante fontes bibliográficas (são também chamadas pesquisas de revisão). Também constitui um tipo de coleta de dados (o que será visto em uma aula posterior). 2.3.2 Pesquisa documental Assemelha-se muito à bibliográfica. A diferença essencial está na diferença das fontes, pois os passos seguidos são os mesmos. Bibliográfica: utiliza fundamentalmente as contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto. Documental: vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de com acordo com os objetivos da pesquisa. Documentos de primeira mão: que não recebem nenhum tratamento analítico (encontrados em arquivos e órgãos públicos e instituições privadas: documentos e cartas pessoais, diários, fotografias, gravações, memorandos, regulamentos, ofícios, boletins, etc.) Documentos de segunda mão: que já sofreram analise (relatórios de pesquisa, de empresas, tabelas estatísticas, etc.) 2.3.3 Pesquisa experimental Consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Não precisa, necessariamente, ser realizada em laboratório. Quando os objetos em estudo são entidades físicas, tais como porções de líquidos, bactérias ou ratos, não há muitas limitações. Quando se trata de experimentar com objetos sociais, ou seja, com pessoas, grupos ou instituições, as limitações tornam-se bastante evidentes. Deve apresentar as seguintes propriedades: manipulação, controle, distribuição. São um valioso procedimento disponível aos cientistas para testar hipóteses que estabelecem relações de causa e efeito entre as variáveis 2.3.4 Pesquisa ex-post facto Ou seja, a partir do fato passado. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 10 Estudo realizado após a ocorrência de variação na variável dependente no curso natural dos acontecimentos. Muito parecida com a pesquisa experimental. Objetivo: verificar a existência de relação entre as variáveis. O pesquisador não dispõe de controle sobre a variável independente, que constitui o fator presumível do fenômeno, porque ele já ocorreu. O pesquisador procura identificar situações que se desenvolveram naturalmente e trabalhar sobre elas como se estivessem submetidas a controles. 2.3.5 Estudo de coorte Refere-se a um grupo de pessoas que têm alguma característica comum, constituindo uma amostragem a ser acompanhada por certo período de tempo, para se observar e analisar o que acontece com elas. Assim como o estudo do caso-controle, é muito utilizado na pesquisa nas ciências da saúde. Os estudos podem ser prospectivos (contemporâneos) ou retrospectivos (históricos). Por exemplo: Objetivo: verificar a exposiçãopassiva à fumaça de cigarro e a incidência de câncer no pulmão. Seleção de uma amostra de indivíduos expostos ao fator de risco (grupo experimental) e de outra amostra equivalente que não é exposta (grupo controle). Faz-se o acompanhamento de ambos os grupos, por determinado período. Verifica-se o quanto os indivíduos expostos estão mais sujeitos à doença do que os não expostos. 2.3.6 Levantamento Caracterizam-se para interrogação direta de pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para obterem-se conclusões correspondentes aos dados coletados e estatisticamente trabalhados. Quando o levantamento recolhe informações de todos os integrantes do universo pesquisado tem-se um censo. Normalmente, os levantamentos trabalham com amostragem calculada mediante procedimentos estatísticos. As conclusões obtidas para a amostragem são projetadas para a totalidade do universo, levando em consideração a margem de erro. São mais adequados para estudos descritivos que para explicativos. 2.3.7 Estudo de campo Muito semelhante ao levantamento, mas apresenta maior profundidade. Procura o aprofundamento das questões propostas. O seu planejamento apresenta maior flexibilidade, podendo ocorrer mesmo que seus objetivos sejam reformulados ao longo da pesquisa. Estuda-se um único grupo ou comunidade em termos de sua estrutura social, ressaltando a interação entre os componentes. Tende a utilizar muito mais técnicas de observação do que de interrogação. É muito utilizado na Sociologia, Educação, Saúde Pública, Administração, etc. Tipicamente focaliza uma comunidade (grupo de pessoas de um mesmo ambiente de trabalho, de estudo, de lazer, etc.). © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 11 A pesquisa é desenvolvida por meio de observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar suas explicações e interpretações do que ocorre com o grupo. Esses procedimentos são normalmente conjugados com outros (análise de documentos, filmagem e fotografias). 2.3.8 Estudo de caso Muito utilizados nas ciências biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, para permitir seu amplo e detalhado conhecimento. Pode ser utilizado também como estudo-piloto. Seus resultados são normalmente apresentados em aberto (não como conclusões). 2.4 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO O ENVOLVIMENTO DO PESQUISADOR 2.4.1 Pesquisa-ação [...] um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e o qual os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENTE, 1985 apud GIL, 2002, p. 55) 2.4.2 Pesquisa participante Caracteriza-se também pela interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas. Envolve a distinção entre ciência popular (senso comum) e ciência dominante (atividade que privilegia a manutenção do sistema vigente). Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 12 3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA2 Os “dados de gente” s o obtidos em campo, no local onde os fenmenos ocorrem, espontaneamente ou de forma controlada. Os “dados de papel” podem ser obtidos nos mais diversos locais, sendo os principais deles, bibliotecas e internet. Em qualquer pesquisa necessrio consultar material publicado. 3.1 QUANDO E PARA QUE CONSULTAR Definir o material adequado ao sistema conceitual da pesquisa e sua fundamenta o terica. Verificar o material j publicado para identificar o estgio em que se encontram os conhecimentos acerca do tema. Analisar e cotejar dos dados coletados durante a pesquisa e aqueles j disponveis. No momento da reda o, consultar modelos de relatrios e normas de apresenta o de trabalhos cientficos. 3.2 LIVROS DE LEITURA CORRENTE Obras de divulga o. Objetivo: transmitir informa o sobre determinado assunto. Finalidade: comunicar aos especialistas das reas o resultado de estudos e pesquisas. Esclarecem acerca dos procedimentos a serem observados no desenvolvimento das pesquisas. Em pesquisa social, os mais utilizados s o os de divulga o tcnica e cientfica. 3.3 LIVROS DE REFERNCIA INFORMATIVA Vocabulrios: obra que apresenta de forma sistemtica o conjunto de termos especializados no campo do conhecimento. Define os termos utilizados na pesquisa. Dicionrios (especializados): obras que alm de explicar os termos tcnicos e cientficos, aprofundam a anlise crtica do significado. Fornecem elementos para anlise do significado mais amplo dos termos, relaciona-os com autores e teorias. Anurios: publicaes anuais que contm informaes sobre determinada rea. teis para o fornecimento de dados precisos e atualizados. Ex. para obten o de dados referentes realidade econmica e social brasileira, Anurio estatstico do Brasil (IBGE). Enciclopdias: guias gerais de referncia. Muito importantes na vida escolar. Na pesquisa cientfica, que tem propsito mais especfico, sua utiliza o menor. 3.4 LIVROS DE REFERNCIA REMISSIVA Os mais teis para pesquisa social s o os ndices de livros e peridicos e os catlogos de bibliotecas. Permitem localizar publicaes de acordo com assunto, local, data de publica o. Possibilitam identificar pesquisas significativas j desenvolvidas sobre determinado assunto. Muitos apresentados em forma de CD. No BR: Bibliografia brasileira de cincias sociais, da Revista brasileira de informa o em cincias sociais; Sumrios correntes brasileiros (Cincias humanas e sociais). As grandes bibliotecas publicam catlogos de seu acervo, por autor ou por assunto. Bibliografia brasileira, da Biblioteca Nacional. Desde 1907, as editoras s o obrigadas a depositar l um exemplar de todas as suas publicaes. 2 Adaptado de GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. S o Paulo: Atlas, 1999. p. 75- 88. Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 13 3.5 PERIDICOS Jornais: proporcionam informaes atualizadas. Informaes rpidas, menos profundas. Revistas especializadas: geralmente mais importantes. Matrias com mais profundidade e melhor elabora o. Principal fonte de divulga o de pesquisas cientficas. Fornecem informaes sobre o estgio atual de conhecimentos sobre determinado assunto. 3.6 IMPRESSOS DIVERSOS Outras publicaes de interesse para pesquisas em cincias sociais. S o: publicaes governamentais, boletins informativos de empresas ou de institutos de pesquisa, estatutos de entidades diversas, folhetos, etc. Conforme o objetivo da pesquisa, publicaes desse tipo podem at mesmo constituir a principal fonte de dados. 3.7 PRIMEIROS PASSOS PARA A PESQUISA BIBLIOGRFICA Primeiro procedimento para pesquisa: formula o do problema a ser investigado. O assunto deve ser colocado em nveis de problema a ser selecionado. preciso definir o que se quer saber acerca do tema: “como ocorre?”, “quais as causas?” ou “e as conseqncias?” Delimitar o problema numa dimens o vivel, caso contrrio, a pesquisa bibliogrfica se torna impossvel. Para a adequada formula o do problema, necessrio haver uma revis o bibliogrfica preliminar. Pode ocorrer que o pesquisador tenha que passar por sucessivas reformulaes e revises bibliogrficas para formular um problema adequado. 3.7.1 Identificação das fontes Consulta a catlogos de publicaes. Consulta a especialistas e pessoas que realizem pesquisas na mesma rea. Consulta a internet, pelo tema da pesquisa. 3.7.2 Localização das fontes e obtenção do material Fichrios das bibliotecas. Bibliotecas inter-relacionadas possibilitam a localiza o ou a permuta (COMUT). Ttulos quepodem ser retirados. Ttulos para consulta local. Sistema de cpias. 3.7.3 Leitura para pesquisa Identificar as informaes e os dados constantes nos materiais. Estabelecer relaes entre essas informaes e dados e o problema proposto. Analisar a consistncia das informaes e dados apresentados pelos autores. 3.7.4 O que ler Leitura explanatria do material selecionado. Nem tudo precisa ser lido, nem tudo ser importante para pesquisa. Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 14 Ler a obra na sua totalidade: sumrio, prefcio, introdu o, “orelhas”, algumas passagens esparsas do texto. Leitura seletiva: mais aprofundada das partes que realmente interessam. Leitura analtica: tem por finalidade ordenar e sumariar as informaes contidas nas fontes. Leitura interpretativa: procura estabelecer rela o entre o contedo das fontes pesquisadas e outros conhecimentos. 3.7.5 Fichamento Fichas bibliogrficas: anotar as referncias bibliogrficas, sumrio e aprecia o crtica da obra. Fichas de apontamentos: anotar as idias obtidas a partir da leitura de determinado texto. Partes da ficha: cabealho, referncias bibliogrficas e texto. Cabealho: ttulo e subttulo referentes aos itens definidos no plano de trabalho. Referncias bibliogrficas: informaes necessrias para identificar a fonte pesquisada. Texto p/ bibliogrficas: sumrio e aprecia o crtica da obra. Texto p/ de apontamentos: transcri o fiel de trechos da obra, de esquemas, resumos e de anotaes pessoais. 3.8 PESQUISAS NA INTERNET Muitas informaes podem ser encontradas em bases digitais: nos catlogos das bibliotecas, das fundaes, das universidades, dos arquivos pblicos e em muitas outras bases de dados. A Internet uma ferramenta bastante valiosa para inmeros tipos de pesquisa, no entanto, todas as informaes localizadas atravs dela, assim como todas as demais informaes localizadas em qualquer fonte, devem ser trabalhadas com muita tica e cautela, verificando a validade e pertinncia das informaes, fazendo uso das vlidas atravs do sistema de citaes com as suas respectivas referncias. Para o uso de informaes via internet, de antem o, aconselha-se a busca atravs de sites confiveis. Isso pode ser feito, grosso moto, restringindo-se as buscas a sites cujos endereos tenham as seguintes finalizaes: .org .edu .gov .ba (ou qualquer outra Unidade da Federa o = .rs; .rj; .sp, etc.) .br (apenas .br; n o .com.br, pois todos os sites comercias tm esse finaliza o) 3.8.1 Onde encontrar informações seguras via Internet ABNT – http://www.abnt.org.br Anais – telnet:cnen.lncc.Br (login:cin) Annual Review Inc – http://www.AnnualReviews.org Base de Dados de Eventos – http://www.ibict.br/~ibict/pap00138.htm Base de Teses CAPES – http://www.capes.gov.br/servicos/bancoteses.html Biblioteca Nacional de Portugal – http://bnd.bn.pt Bibioteca Nacional do Rio de Janeiro – http://www.bn.br/site/default.htm BioTech; life science dictionary – http://biotech.chem.indiana.edu/search/dict-search.Phtml Cad? – http://cade.com.br/ CAD Document Detective Service – http://info.cas.org/cgi-bin/AT-www_cas_orgsearch.cgi Comit Gestor da Internet – Br. – http://www.cg.org.br COMUT – http://www.ct.ibict.br:8000/comut/html/ CRC Encyclopedia of Mathematics – http://www.astro.virginia.edu/~/math/ Dialog Web – http://www.dialogweb.com Dialog – http://dialog.com Dicionrio Histrico-Bibliogrfico Brasileiro – http://www.fgv.br/cpdoc/dic/ Directories of Scientists on the www from Micro World –http://www.mwm.com/feature/people.htm Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 15 Directory of Electronic Journals, newsletters and Academic Discussion Lists, Association of Research Libraries, office of Research Libraries, Office of Scholarly Communication – http://www.arl.org/scomm/edir/pr97.html. Diretrio dos Grupos de Pesquisa no Brasil – http://www.prossiga.cnpq.br Enciclopdias e Dicionrios, Prossiga – http://www.prossiga.br/referencia/dic.html English Language Translations: a guide to selected resources in the Duke University Libraries – http://www.lib.duke.edu/reference/translations.html Europa Publications – http://europapublications.co.uk/index.htm FindArticles – http://www.findarticles.com/ Funda o Getlio Vargas – http://www.fgv.br/ Glossary, Department of Chemistry, University of Wisconsin (EUA) – http://genchem.chem.wisc.edu Google Acadmico – http://scholar.google.com.br/ GPO – http://www.gpo.gov IBICT – http://www.ibict.br ICSU – http://www.lmcp.jussieu.fr/icsu/ IEC – http://www.iec.ch/ IFLA – http://www.ifla.org/ IHS – http://www.ihs.com INMETRO – http://inmetro.gov.br/ INPI – http://www.inpi.gov.br InterDok Corp. – http://www.interdok.com Internet Cataloging Project – http://www.oclc.org/oclc/man/catproj/ Iternet Tools Summary – http://www.december.com/net/tools/ IPT – http://www.ipt.br ISI – http://www.isinet.com/ ISO – http://www.iso.ch/ ITC – http://www.wtm.net/itc/index.htm Langley Technical Report Server – http://techreports.larc.nasa.gov/ltrs/ltrs.html LANL Preprint Archive – http://xxx.lanl.gov. Nasa/Ksc Acronym List – http://zeno.ksc.nasa.gov/facts/acronyms.html NEI – http://www.nei.com.br/nei/index.htm NetFirst – http://medusa.prod.oclc.org:3054/html/fs_pswd.htm NEXOR.COM – http://www.nexor.com/archie.html/ NTIS – http://www.ntis.gov. OCARA – www.ocara.org.br/ OMPI – http://www.wipo.org/ ONU – http://www.unsystem.org/ Portal de Peridicos CAPES – http://www.periodicos.capes.gov.br Prossiga – http://www.prossiga.cnpq.br PTI – http://wwwpti.com.br/ Questel-Orbit – http://www.questel.orbit.com/ RADAR UOL – http://www.radaruol.com.br/ Res-Links: Search Tools – Vernica/Jughead/Wais – http://www.cam.org/~tsci/infoser3.html RNP – http://www.rnp.br Scholarly Electronic Publishing Bibliography – http://info.lib.uh.edu/sepb/sepb.html SciELO – http://www.scielo.br Scientific Organizations and Associations – http://alice.ibpm.serpukhov.su/friends/science/organizations.htmlopt-unix-english Scientific Societies – http://www.edoc.com/sources/soc.html Scout Reports – http://scout.cs.wisc.edu/ SEPIN – http://www.mct.gov.br/sepin/ TechEncyclopedia – http://www.Techweb.com/encyclopedia/defineterm.cgi The Complete Search Engine Index – http://members.aol.com/PRHopper/Search.htm Thomas Publishing Company – http://www.thomaspublishing.com/ TMS World Meetings Calendar – http://www.tms.org/Meetings/Meetings.html TUCOWS – http://www3.bhnet.com.br/tucows/ UFRGS, Lista de Tradutores – http://www.sabi.ufrgs.br/trad/ UIA – http://www.uia.org UnCover – http://www.carl.org/uncover/unchome.html UncoverWeb – http://encweb.carl.org/ Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 16 Universities.com – http://www.universities.com/ University Microfilms International – http://umi.com/ University of Nevada – gopher://veronica.scs.unr.edu/11/veronica Web of Science (ISI) – http://isinet.com/prodserv/citation/websci.html WEBRA – ndice do Mercosul – http://www.webra.com.br/ Wikipedia – http://pt.wikipedia.org Yahoo Brazil – http://www.yahoo.com/Regional_Information/Countries/Brazil/ Yahoo! – http://www.yahoo.com © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 17 4 O TRABALHO COM O TEXTO 4.1 ANÁLISE INTERNA Conjunto de atividades voltadas para a compreensão de seu todo. 4.2 ANÁLISE EXTERNA Volta-se para as relações do texto com outros (intertextualidade) e com o contexto científico e cultural da época de sua produção. 4.3 É PRECISO Percorrer as diversas etapas da leitura, particularmente nos trechos mais difíceis, procurar localizar os pontos de relacionamento do texto com a matéria que você está estudando, de modo a extrair dele todas as informações que contém. 4.4 LOCALIZAÇÃO E OBTENÇÃO DO MATERIAL 4.4.1 Aquisição É aconselhável a compra de material bibliográfico que tenha grande capacidade de utilização, que seja clássico ou revolucionário. 4.4.2 BibliotecasGerais: possuem no seu acervo trabalhos de muitas (ou todas) as áreas do conhecimento, obras de referência e obras literárias. Ex.: bibliotecas centrais das universidades ou bibliotecas públicas. Setorias: possuem um acervo ligado a uma ou algumas áreas do conhecimento, às quais também estariam filiadas as obras de referência e as literárias. Ex.: bibliotecas das unidades de ensino das universidades. 4.4.3 Localização através do catálogo A obtenção do livro depende da correta informação que o leitor fornece ao bibliotecário. Esta se dá através do preenchimento de uma ficha que contém o endereço do livro, i. é, seu NÚMERO DE CHAMADA. 4.4.3.1 Número de chamada Composto por um número equivalente à classificação do assunto, constituído segundo um sistema decimal. Há duas classificações decimais, utilizadas segundo critérios internos das bibliotecas, que se diferenciam levemente. CDD = classificação decimal de Dewey (a mais prática e mais usada); CDU = classificação decimal universal. Atenção: esse número de chamada deve ser copiado cuidadosamente para facilitar a localização do livro nas estantes. Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 18 4.5 LEITURA DO MATERIAL 4.5.1 Recepção sensitiva Corresponde a PODER LER e consiste na capacidade de movimenta o dos olhos e de decifra o material dos smbolos escritos. 4.5.2 Leitura significativa Corresponde a SABER LER e consiste na interpreta o dos significados dos smbolos impressos, i. ., captar o sentido das frases, atribuindo aos termos o valor que o autor lhes deu ao escrever, e captar sua intencionalidade, separando, imediatamente, os conceitos fundamentais dos que s o acessrios. 4.5.2.1 Finalidades da leitura significativa Leitura formativa ler para se formar, ou seja, para adquirir conhecimentos gerais ou, como no processo de aprendizagem ocorre com freqncia, para se ter uma vis o mais ampla de determinado assunto dado em sala de aula. Leitura de distra o aquela que se faz por diletantismo, para se divertir. Leitura informativa a que se utiliza do texto como fonte de informa o sobre a qual se basear o concluses, teorias, estudos, etc. Cada tipo de leitura exige processos e atitudes diferentes. Para a investiga o e coleta de dados fazemos leitura informativa que tem trs objetivos dominantes: constatar o que o autor do texto realmente afirma, os dados que oferece, as informaes que d; relacionar informaes do autor com o problema que se est estudando; analisar os fundamentos de verdade das afirmativas do autor. 4.6 FASES PRELIMINARES DA LEITURA INFORMATIVA Para se fazer uma boa leitura informativa, preciso ler com mtodo. Um modo possvel de faz-lo seguir as seguintes etapas. 4.6.1 Leitura de reconhecimento ou leitura prévia A que certifica a existncia de informaes. uma “leitura por alto”, feita apenas olhando-se, no sumrio, os ttulos dos captulos e, nos ndices (se houver), o detalhamento da matria do livro. 4.6.2 Leitura explanatória ou pré-leitura a leitura de localiza o, no livro, dos tipos de informa o existentes para verificar se correspondem a nossa expectativa: uma referncia pode tratar de um assunto, mas omitir o que nos interessa. A leitura explanatria feita a partir dos elementos pr- e ps- textuais e de alguns captulos ou partes: no livro: subttulos, ndices, bibliografias, citaes, prefcio, introdu o, orelha inicial e final; em um captulo de livro, os pargrafos inicial e final; em um artigo de peridico, cuja tcnica de composi o j conhecida, a idia principal est no ttulo e os pargrafos contm, sucessivamente: Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 19 1) o conjunto de dados mais importantes; 2) maiores detalhes sobre os dados e a pesquisa; 3) especificaes mais particularizadas. 4.7 LEITURA SELETIVA A que seleciona o melhor material relativo ao problema. dessa leitura que devem ser feitas FICHAS DE INDEXAO – aquelas que relacionam as referncias que tratam de cada parte do assunto. o ltimo passo da localiza o do material e o primeiro de uma leitura mais sria, mas que pressupe que se tenham presentes os objetivos do trabalho, pois n o h sele o sem critrio. 4.7.1 Delimitação de uma unidade de leitura Determina o dos limites da disciplina de estudo e leitura: uma unidade de leitura o setor do texto que forma uma totalidade de sentido, como um captulo, se o ou qualquer outra subdivis o. A extens o da unidade determinada por dois fatores: a acessibilidade do texto e a familiaridade do leitor com o assunto. 4.8 LEITURA CRTICA aquela pela qual se adquirem as informaes realmente pertinentes ao tratamento da quest o proposta no trabalho. S o fundamentais a compreens o e a interpreta o correta da mensagem do texto. Para faz-lo preciso seguir alguns passos. Terminado o processo de leitura crtica, chega-se a ter condies de REFAZER O RACIOCNIO GLOBAL DO QUE FOI LIDO. Pela leitura crtica que se faz a apreens o, a compreens o e a interpreta o do texto. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 20 5 COLETA DOS DADOS TEXTUAIS3 5.1 TÉCNICAS DE ANOTAÇÃO Processo de seleção de informações para posterior aproveitamento; podem ser de palestras, aulas, consultas bibliográficas, etc.; apontamentos claros e completos evitam a perda de tempo, tendo que retornar a conteúdos já vistos; são, geralmente, feitas em fichas (com a devida identificação), que possibilitam a organização e o manejo dos dados. 5.1.1 Notas Devem permitir redação a partir delas; não devem ser excessivamente sintéticas. 5.1.1.1 Exposições orais Palavras-chave; expressões que dividem o discurso (em primeiro lugar..., em segundo lugar...); dúvidas e respostas surgidas durante a exposição; informações gestuais do falante; indicar fonte: autor da idéias, local, dia, mês e ano em que ocorreu a exposição. 5.1.1.2 Textos escritos Feitas depois de uma primeira leitura rápida; após sublinha das idéias principais; indicar fonte: autor, título da obra, lugar, editora, ano da publicação, número das páginas consultadas. 5.1.1.3 Tipos Corridas: palavras-chave que deverão ser transformadas em texto tão breve quanto possível; esquemáticas: ordenam hierarquicamente as partes principais do conteúdo de uma comunicação; resumo: procura sintetizar informações colhidas em livros, ou exposições orais. 5.2 TÉCNICAS DE SUBLINHA Destaque das idéias principais do texto; distinção entre o essencial e o acessório; facilita as revisões de leitura ao término de um parágrafo, de um tópico, de todo o texto. 5.2.1 Como fazer Não sublinhar à primeira vista, à medida que se faz a leitura inicial; não há um código único para sublinhar; mas se recomenda: sublinhar palavras-chave apenas depois de feita uma leitura; sublinhar apenas idéias principais, e as palavras-chave; 3 Baseado em MEDEIROS, João Bosco. Redação científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 11-22. Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 21 atentar para os elementos de coes o que criam idia de oposi o (mas, embora), eles devem ser destacados; descartar artigos e adjetivos, advrbios, preposies, conjunes, desde que n o necessrias compreens o do texto; reconstruir o pargrafo a partir das palavras e expresses sublinhadas; colocar um trao vertical margem do texto para indicar passagens mais significativas; havendo passagens obscuras, falhas na exposi o dos argumentos, dvidas, discordncias, colocar margem do texto um ponto de interroga o; para chamar a aten o para uma express o tpica de todo o texto, usar dupla sublinha. 5.3 EXEMPLO ononononononoononononononononononon ononononoononononononononononononon onononononononononononononoonononon nonononononononoononononononononono nonononononoononononononononononono nononononononononononononononoonononoonononononononoononononononononon ononononononoononononononononononon onononononononononononononononoonon ? 5.4 EXERCCIO O conceito de causalidade4 O conceito de causalidade complexo e sua anlise completa ultrapassaria de muito o objetivo deste livro. Limitaremos nossa discuss o aos aspectos que parecem essenciais para a compreens o das exigncias para os processos de pesquisa, em estudos planejados para a verifica o de hipteses causais.A idia do senso comum a respeito da causalidade tende a admitir que um nico acontecimento ('a causa') sempre provoca outro acontecimento nico ('o efeito'). Na cincia moderna, ao contrrio, tende-se a acentuar a multiplicidade de 'condies determinantes' que, reunidas, tornam possvel a ocorrncia de determinado acontecimento. Tanto o pensamento cientfico quanto o senso comum procuram descobrir condies necessrias e suficientes para um acontecimento. Todavia, enquanto o senso comum leva uma pessoa a esperar que um fator possa dar uma explica o completa, o cientista raramente – e talvez nunca – espera encontrar um nico fator ou condi o que seja necessrio e suficiente para provocar um acontecimento. Ao contrrio, est interessado em condies contribuintes, condies contingentes (sob as quais funcionam as outras) – todas as quais espera ver atuantes, a fim de tornar provvel, mas n o certa, a ocorrncia do acontecimento. 4 Cf. SELLTIZ, Claire et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. S o Paulo: EPU; EDUSP, 1975. p. 93-94. (texto fornecido pela Profa. Ms. Vera Britto). © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 22 6 FICHAMENTO5 As fichas constituem valioso recurso de estudo de que se valem os pesquisadores para a realização de uma obra didática, científica e outras. Freqüentemente, há obstáculos a vencer no início da utilização das fichas como método de estudo e de redação. Uma dessas dificuldades é relativa ao dispêndio inicial de tempo, à metodologia de transcrição de texto, às anotações bibliográficas (autor, título da obra, local de publicação, editora, ano, página, etc.). Para quem não pratica ou não está acostumado a fazer fichamento, essa prática parece demorada, desgastante, inútil. No entanto, o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo futuro, quando precisar escrever sobre determinado assunto. Não se recomenda, porém, o armazenamento de assuntos pelos quais não se tem nenhum interesse. O fichário precisa ser funcional. 6.1 ESTRUTURA DA FICHA O cabeçalho engloba título genérico ou específico e letra indicativa da seqüência das fichas, se for utilizada mais de uma. As fichas compreendem cabeçalho, referências (bibliográficas), corpo da ficha e local onde se encontra a obra. As anotações que ocupam mais de uma ficha têm o cabeçalho da primeira ficha repetido. Para facilitar a realização do trabalho de redação e consulta ao arquivo, pode-se escrever no alto da ficha a especificação dela: ficha de comentário, ficha de resumo, ficha de citação direta. 6.2 CONFECÇÃO DA FICHA Todo o trabalho de fichamento é precedido por uma leitura atenta do texto, no nível da racionalidade e compreende: capacidade de analisar o texto, separar suas partes e examinar como se inter-relacionam e como o texto se relaciona com outros, e competência para resumir as idéias do texto. O primeiro nível desse tipo de leitura é denotativo, parafrástico. Cuida do vocabulário, das informações sobre o autor, do contexto socioeconômico, histórico e objetivo do texto. Atenta também para a teoria desenvolvida ou conceitos apresentados. Examina as idéias centrais, procurando identificar de que trata o texto. Procura também observar como se desenvolve o raciocínio do autor, quais suas teses e provas, enfim, verifica-se o encadeamento das idéias apresentadas. No segundo nível, o leitor interpreta os significados não transparentes: a leitura aqui é polissêmica. A pergunta a responder é: "O que o autor quis demonstrar?". Verifica-se a relação do texto com a realidade de seu tempo. Há originalidade nas idéias? O nível seguinte é o da crítica, que não será subjetiva, impressionista, do tipo gosto/não gosto. O autor atingiu os objetivos estabelecidos? É claro, coerente? O texto apresenta alguma contribuição para a comunidade científica? O passo final é o da problematização, em que se indagam sobre as possibilidades de aplicação do texto a outras situações, sobre contribuições para nova leitura do mundo. 6.2.1 Fichas de leitura Fichas nas quais se registram informações bibliográficas completas, anotações sobre tópicos da obra, citações diretas, juízos valorativos a respeito da obra, resumo do texto, comentários. Enquanto as fichas bibliográficas contêm apenas as informações bibliográficas, necessárias para a localização de um livro, as fichas de leitura contêm todas as informações sobre um livro ou artigo. 5 Cf. MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 96-114. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 23 6.2.2 Fichas de indicação bibliográfica A indicação de referências bibliográficas é feita segundo normas da ABNT (NBR 6023). Pode-se valer o pesquisador da ficha catalográfica, que consta das primeiras páginas de um livro, para a transcrição das referências, ou dos elementos constantes da folha de rosto. Periódicos apresentam indicações dos elementos identificadores na primeira página, ou na capa. 6.2.3 Ficha de resumo Resumo é um tipo de redação informativo-referencial que se ocupa de reduzir um texto a suas idéias principais. Em princípio, o resumo é uma paráfrase e pode-se dizer que dele não devem fazer parte comentários e que engloba duas fases: a compreensão do texto e a elaboração de um novo. A ficha de resumo ou de conteúdo apresenta uma síntese das idéias do autor. Saliente-se que não é um sumário ou índice das partes. Devem-se expor abreviadamente as idéias do autor. Não se faz uso de citações. 6.2.4 Ficha de transcrição A transcrição direta exige a colocação de aspas no início e no final do texto. Consiste na reprodução fiel de textos do autor citado. Se já houver no texto transcrito expressão "aspeada", tais aspas devem ser transformadas em aspas simples. Indica-se o número da página de onde foi transcrito o texto. Se houver erros de grafia ou gramaticais, copia-se como está no original e escreve-se entre colchetes [sic]. A supressão de palavras é indicada com três pontos entre parênteses. Supressões iniciais ou finais não precisam ser indicadas. A supressão de um ou mais parágrafos intermediários é indicada por uma linha pontilhada. Ao transcrever um texto é preciso rigor, observando aspas, itálicos, maiúsculas, pontuação, etc. Não se deve alterar o texto de nenhuma forma. 6.2.5 Ficha de comentário Devem-se analisar os aspectos quantitativos e depois os qualitativos, desta forma, podem-se acrescentar comentários sobre extensão do texto, sua constituição (ilustrações, exemplos, bibliografia, citações, etc.), conceitos abordados. Em aspectos qualitativos, recomenda-se que se atenha à análise e detecção da hipótese do autor, objetivo, motivo pelo qual escreveu o texto, as idéias que fundamentam o texto. Deve o comentarista verificar se a exemplificação é genérica ou específica, se a organização do texto é clara, lógica, consistente, e o tom utilizado na exposição é formal ou informal, se há pontos fortes e fracos na argumentação do autor, se a terminologia é precisa. E ainda dizer se a conclusão é convincente e quem será beneficiado pela leitura do texto. Finalmente, deve fazer uma avaliação da obra. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 24 6.3 MODELO DE FICHAMENTO Assunto Referência de acordo com a NBR 6023 p. 13 p. 14-15 p. 16 Síntese do conteúdo, incluindo citações diretas e indiretas do original. A extensão e o grau de aprofundamento do fichamento irão dependerdo que se pretende em relação ao texto que está sendo fichado. Pode-se fazer, também, a síntese página a página, neste caso, colocando-se o número das páginas de onde se extraíram as informações na margem esquerda. Por exemplo. blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla bla"blablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla" blablablablablabla. blablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablablablablabla"blablablablablablablablablablabla". blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla. blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla. Pode-se informar, também, o grau de importância do material para o trabalho que será feito, ou a que outros assuntos ou disciplinas ele poderá interessar. Pode-se informar, ainda, se esse mesmo assunto pode ser encontrado em outros materiais. É importante incluir a informação da localização do material: se pertence a alguma biblioteca, ou a algum colega. Caso seja de biblioteca, copiar o código de localização na estante. Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 25 6.4 EXEMPLO DE FICHAMENTO6 6 Este exemplo um fragmento do fichamento. A origem da paleontologia BRYSON, Bill. Cincia vermelha nos dentes e garras. In: ______. Breve história de quase tudo. S o Paulo: Companhia das letras, 2005. p.86-105. RESUMO p. 89 p. 94 p. 96 O descobrimento dos primeiros ossos de dinossauro da histria provocaram grandes disputas e muita rivalidade; em muitos casos n o houve tica e nem preocupa o com trabalho alheio. “Em 1787, algum em nova Jersey- encontrou um fmur enorme progetando- se para fora de uma margem de rio em um local chamado Woodbury Creek. Acredita-se que tenha pertencido a um hadrossauro, grande dinossauro com bico de pato. Naquela poca os dinossauros eram desconhecidos. O fato de o osso n o despertar maior interesse bem estranho, pois ele apareceu numa poca em que os Estados Unidos vivem numa onda de entusiasmo em torno dos resqucios de animais grandes e antigos.” “[...] a liderana paleontolgica havia passado para a Inglaterra. Em 1812, em Lyme Regis, na costa de Dorset, uma criana extraordinria Chamada Mary Anning- de onze [...]. [...] encontrou um estranho monstro marinho fossilizado [...] ictiossauro, incrustado nos penhascos ngremes e perigosos ao longo do canal da Mancha. Ela tambm encontraria o primeiro plesiossauro, outro mostro marinho [...]. Em 1853 Richard Owen era considerado astro da jovem cincia da paleontologia, aos 21anos foi contratado pelo colgio real de cirurgies para ajudar a organizar sua colees. Por sua capacidade de organiza o e dedu o se destacou rapidamente. [comentrios do autor] Este trabalho poder interessar a estudantes de histria, ou reas ligadas a paleontologia, e at mesmo a pessoas que tenham interesse em histrias curiosas. [comentrios do autor] Este texto foi disponibilizado (na xerox) pela professora Marla Andrade, da disciplina Tcnicas de Pesquisa da Universidade Federal da Bahia. Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 26 7 CITAÇÃO7 As regras de cita o em documentos s o determinadas pela NBR 10520 da ABNT e, de acordo com ela, cita o toda "men o no texto de uma informa o colhida em outra fonte". Elas d o credibilidade ao texto e respaldam as idias transmitidas pelo autor. Porm, importantssimo levar em considera o o contexto em rela o ao texto original. Deve-se ter cuidado, ainda, para n o truncar a idia inicial do texto do qual se origina. A cita o pode ser DIRETA, quando feita a transcri o literal das palavras extradas da outra fonte exatamente como elas se encontram, ou INDIRETA, quando se transmitem as idias do outro utilizando nossas prprias palavras. Pode, ainda, variar conforme a sua extens o. Exemplo de cita o INDIRETA8: A ironia seria assim uma forma implcita de heterogeneidade mostrada, conforme a classifica o proposta por Authler-Reiriz (1982). Exemplo de cita o DIRETA: “Apesar das aparncias, a desconstru o do logocentrismo n o uma psicanlise da filosofia […]” (DERRIDA, 1967, p. 293). Em casos de cita o DIRETA, caso esta ocupe AT TRS LINHAS do texto, deve ser includa, entre aspas duplas, dentro do prprio texto, com a mesma fonte e o mesmo tamanho. Caso a cita o ultrapasse a quantidade de trs linhas do texto, deve, ent o, vir separada deste, em pargrafo prprio, RECUADO da margem esquerda. Faz-se este recuo atravs da rgua do Word, levando-a a 4cm da margem esquerda em dire o ao centro. A fonte deve ser menor do que aquela utilizada no corpo do texto, com espaamento simples e n o deve se apresentar entre aspas. Caso se faam necessrias omisses, estas s o indicadas atravs da utiliza o de reticncias de trs pontos dentro de colchetes. Por exemplo: A teleconferncia permite ao indivduo participar de um encontro nacional ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de teleconferncia incluem uso de televis o, telefone e computador. [...] Atravs de udio-conferncia, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de udio pode ser emitido em um sal o de qualquer dimens o. (NICHOLS, 1993, p. 181) Em casos de acrscimos, interpolaes ou comentrios, estes devem ser includos entre colchetes. E, em casos de destaques ou nfase atravs do uso de recursos grficos como negrito ou itlico, deve-se informar ao leitor que o grifo foi feito por arbtrio nosso e n o do autor do texto transcrito, isso deve ser feito utilizando-se a express o (grifo nosso) logo aps o grifo na transcri o. Exemplo: A teleconferncia [ou videoconferncia] permite ao indivduo participar de um encontro nacional ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de teleconferncia incluem uso de televis o, telefone e computador. Atravs de udio-conferncia, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de udio 7 Baseado em ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 10520: informa o e documenta o: apresenta o de citaes em documentos. Rio de Janeiro, 2002. 7 p. e em LUBISCO, Ndia M. L.; VIEIRA, Snia Chagas. Manual de estilo acadêmico: monografias, dissertaes e teses. 2. ed. Salvador: EDUFBA, 2003. p. 58-65. 8 A maioria dos exemplos foram extrados ou adaptados da prpria ABNT. Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 27 pode ser emitido em um sal o de qualquer dimens o (grifo nosso). (NICHOLS, 1993, p. 181) Em caso de haver uma cita o j aspada dentro do texto citado e que deve ganhar novas aspas, as primeiras aspas s o transformadas em aspas simples. As aspas simples s o utilizadas para indicar cita o no interior da cita o. Exemplo: “Apesar das ‘aparncias’, a desconstru o do logocentrismo n o uma psicanlise da filosofia […]” (DERRIDA, 1967, p. 293) Caso se faa uma cita o em lngua estrangeira, a tradu o desta deve vir em nota de rodap ou de fim, a depender das especificidades do sistema de referncia. Tambm deve aparecer, entre parnteses, a express o (tradu o nossa). 7.1 SISTEMAS DE REFERNCIA (ou CHAMADA, de acordo com a NBR 10520) DAS CITAES H duas formas de se referenciar as citaes, o sistema autor-data e o sistema numrico (o qual n o ser explicado aqui). Uma das duas deve ser escolhida e utilizada ao longo de todo o texto. Atualmente,a tendncia recomendar o uso do sistema autor-data. 7.1.1 Sistema autor-data a) sobrenome do autor (ou pelo nome de cada entidade), entre parnteses, em maisculas, seguido de vrgula, e o ano de publica o. Ex. (MEDEIROS, 1999); (BRASIL, 1995) b) caso o nome do autor j conste da sentena em que ser includa a cita o, ele possuir apenas a letra inicial maiscula, a data aparecer entre parnteses, seguida de vrgula e a indica o do nmero da pgina, se for o caso. Ex. De acordo com Lakatos (2001, p. 137) “[...] todo o trabalho cientfico obedece a uma norma [...]”; c) quando s o citadas obras diferentes de um mesmo autor, publicadas no mesmo ano, as referncias devem diferenci-las atravs de letras minsculas, aps a data, sem espacejamento. Ex. (LAKATOS, 2001a) ou (LAKATOS, 2001b) d) quando s o citados autores com o sobrenome igual e cujas edies consultadas foram do mesmo ano, coloca-se, alm do sobrenome, a inicial do nome do autor. Ex. (SILVA, C., 2005) e (SILVA, M., 2005) e) quando s o citados autores com o sobrenome igual e com a inicial do nome tambm igual e cujas edies consultadas foram do mesmo ano, coloca-se, alm do sobrenome, o primeiro nome do autor por extenso. Ex. (SILVA, Carlos, 2005) e (SILVA, Cludio, 2005) f) caso se faa uma cita o que j era uma cita o no texto que se est lendo, ou seja, uma cita o de segunda m o, deve-se colocar a referncia do autor do texto que se est citando, seguida da express o apud seguida da referncia do texto que a havia citado primeiramente. Ex. (SILVA, 2003 apud SOUZA, 2006) g) quando a cita o direta, deve-se sempre indicar o nmero da(s) pgina(s) onde de onde o texto foi extrado. Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 28 h) As citaes indiretas de diversos documentos da mesma autoria, publicados em anos diferentes e mencionados simultaneamente, tm suas datas separadas por vrgula. Exemplo: (DREYFUSS, 1989, 1991, 1995) (CRUZ, CORREA, COSTA, 1998, 1999, 2000) i) As citaes indiretas de diversos documentos de vrios autores, mencionados simultaneamente, devem ser separadas por ponto-e-vrgula, em ordem alfabtica. Exemplos: Ela polariza e encaminha, sob a forma de “demanda coletiva”, as necessidades de todos (FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997) Diversos autores salientam a importncia do “acontecimento desencadeador” no incio de um processo de aprendizagem (CROSS, 1984; KNOX, 1986; MEZIROW, 1991) j) pela primeira palavra do ttulo seguida de reticncias, no caso de obra sem indica o de autoria ou responsabilidade, seguida da data de publica o do documento e da(s) pgina(s) da cita o, no caso de cita o direta, separados por vrgula e entre parnteses; No texto: “As IES implementar o mecanismos democrticos, legtimos e transparentes de avalia o sistemtica de suas atividades, levando em consta seus objetivos institucionais e seus compromissos para com a sociedade.” (ANTEPROJETO..., 1987, p. 55) Na lista de referncias: ANTEPROJETO de lei. Estudos e Debates, Braslia, DF, n. 13, p. 51-60, jan. 1987. l) se o ttulo comea por artigo (definido ou indefinido), ou monosslabo, este deve ser includo na indica o da fonte; No texto: “Em Nova Londrina (PR), as crianas s o levadas s lavouras a partir dos 5 anos.” (NOS CANAVIAIS..., 1995, p. 12) Na lista de referncias: NOS CANAVIAIS, mutila o em vez de lazer e escola. O Globo, Rio de Janeiro, 16 jul. 1995. O Pas, p. 12 7.1.2 Sistema numérico a) o nome do autor citado dentro do texto, apenas com as iniciais maisculas, seguido do nmero indicativo da nota que conter a referncia completa. Esta nota poder ficar no rodap da pgina ou ao final do texto. Neste caso a lista de referncias dever ser organizada na ordem em que as citaes aparecem no texto; b) o nmero indicativo da nota poder vir de dois modos, ou sobrescrito ou entre parnteses. Ex."Num relatrio de pesquisa, pode-se ter citaes literais [...] ou livres [...]".9 "Num relatrio de pesquisa, pode-se ter citaes literais [...] ou livres [...]".(3) 9 LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A Construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em cincias humanas. Porto Alegre: Artes Mdicas; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p. 263. (3) LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A Construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em cincias humanas. Porto Alegre: Artes Mdicas; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p. 263. Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 29 c) caso se faa uma cita o de um mesmo autor, na mesma pgina em que aparece a cita o anterior, pode-se utilizar na referncia algumas abreviaturas. Ex. “[...] as notas fornecem a referncia bibliogrfica da cita o [...]”.10 d) caso se faa uma cita o de segunda m o, para o sistema numrico, deve-se colocar a referncia completa de cada uma das obras, ligadas pela express o apud. Ex. SILVA, Carlos. O trabalho de conclusão de curso. S o Paulo: Antoniela, 2003. Apud SOUZA, Joaquim. O método científico. Rio de Janeiro: DXL, 2006. p. 37. Obs.: Atualmente, n o se recomenda a utiliza o das referncias de cita o em sistema numrico. Recomenda-se a utiliza o do sistema autor-data. 7.2 EXPRESSES LATINAS UTILIZADAS EM REFERENCIAES DE TEXTOS CIENTFICOS 7.2.1 Algumas expressões latinas devem ser usadas em citações (Não são utilizadas em destaque, ou seja, em negrito ou itálico ou travessões, mas na mesma fonte e tamanho do texto) apud – utilizada para citaes de segunda m o; c.f. – confira, confronte; e.g. – exempli gratia, por exemplo; i.e. – id est, isto ; inf. – infra, citado ou mencionado abaixo; supra – citado ou mencionado acima; sic – tal qual, assim mesmo; vs. – versus, em oposi o a. 7.2.2 Outras são utilizadas em caso de referência feita em sistema numérico et seq. ou sequentia – e seguintes; ibidem ou ibid. – na mesma obra; idem ou id. – do mesmo autor; loc. cit. ou loco citato – no local antes citado; op. cit. ou opus citatum ou opera citatum – obra citada (obs.: esta express o s pode ser usada na mesma pgina onde se encontra a cita o a qual se refere); passim – aqui e ali, em diversas pginas ao longo do texto. Acompanhando qualquer cita o, seja ela direta ou indireta, longa ou curta, deve vir a referncia da fonte, de acordo com a norma. Utilizar as palavras ou idias de um autor sem referenci- lo plgio, o que constitui um crime, e denota falta de tica. 7.3 EXERCCIO SOBRE CITAO EM DOCUMENTO (NBR 10520) De acordo com o que foi visto em aula e com a NBR 10520, responda as seguintes questes: 1) Quais sistemas de chamadas (ou referncias) podem ser usados para referenciar textos citados em trabalhos acadmicos brasileiros? 2) Em que consiste o sistema autor-data? 3) Qual a diferena entre notas de referncia e notas explicativas? (Onde voc explicou isso?) 4) Caso se opte pelo sistema de cita o em notas, dever haver uma lista de referncias ao final do trabalho? 5) possvel utilizar em um nico trabalho ambos os sistemas de referncia? 6) No sistema numrico, onde devem aparecer as referncias das citaes? 7) Caso se opte pelo sistema autor-data, como devemos proceder em rela o a: 10 Ibid., loc. cit. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 30 a) quando o nome do autor não aparece na minha sentença, ou seja, apenas citei o trecho de sua obra, sem ter ainda dito o seu nome, esta indicação deve aparecer de que maneira? b) quando o nome do autor fizer parte da minha sentença, devo repeti-lo outra vez dentro dos parênteses? c) é obrigatória a utilização do número de página de onde foi extraída a citação? d) caso eu esteja citando duas obras de um mesmo autor publicadas em um mesmo ano, como farei para diferenciar uma da outra? e) caso eu esteja citando dois autores diferentes que publicaram obras em um mesmo ano, e estes dois autores possuem o mesmo sobre nome. Como devo fazer para diferenciá-los?f) e caso eles tenham o mesmo sobrenome, e o mesmo nome além de terem publicado no mesmo ano. O que devo fazer? g) caso eu cite um trabalho que não apresenta indicação de autoria, como indicarei através do sistema autor-data? 8) Como devem ser indicadas supressões de palavras do trecho que estou citando? 9) Como devem ser indicados acréscimos de palavras em um trecho que estou citando? 10) O que significam as seguintes expressões em latim e quando cada uma delas deve ser utilizadas? a) apud: b) cf.: c) e.g.: d) i.e. e) sic: f) ibid.: g) id.: h) loc. cit.: i) op. cit.: j) et al.: k) S.l.: l) s.n.: m) ca.: 11) Como devem ser formatadas as citações diretas que ocupem mais de três linhas do texto? 12) Como devem ser formatadas as citações diretas que ocupem até três linhas do texto? Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 31 8 REFERÊNCIAS11 REFERNCIAS o nome dado ao conjunto de elementos que indicam os documentos utilizados, citados ou apenas consultados na elabora o de trabalhos acadmicos. De cada um desses documentos se devem indicar os elementos essenciais – autoria, ttulo, local de publica o, tipo de documento, data, pgina, etc. – da forma mais completa possvel, permitindo, desta maneira, que aquele que leia o trabalho consiga chegar at as fontes originais. De acordo com a ABNT, estas referncias devem constituir uma lista nica, incluindo tudo (tudo o que, o material, as fontes?) (o que foi citado ou n o) que o autor considerou importante para a elabora o do trabalho. Conforme lembram Lubisco e Vieira esta lista "n o deve ser denominada de Bibliografia, nem confundida com ela, pois esta constitui uma publica o onde se encontra registrada a literatura produzida sobre determinado tema, num determinado pas ou em mbito mundial". (2003, p. 51) A forma e a disposi o destas referncias s o regidas pela NBR 6023 de 2002, da ABNT, que indica que todas as referncias estejam alinhadas apenas pela margem esquerda, dispostas em ordem alfabtica pelo primeiro elemento e em espacejamento simples (podendo vir numeradas ou n o) ou na ordem de aparecimento no texto, separadas entre si por espao duplo. Nos casos em que aparecem em ordem alfabtica, as referncias que possuam o(s) mesmo(s) autor(es), o(s) nome(s) deste(s) pode(m) ser substitudo(s) a partir da segunda vez por um trao de seis toques seguido de um ponto (cada um). (Dificulta a ordena o alfabtica) 8.1 ABREVIATURAS As abreviaturas dos meses do ano obedecem seguinte regra: abrevia-se o nome do ms at a terceira letra, com exce o do ms de maio, que deve ser grafado por inteiro. Ex. jun.; ago.; maio pgina: p. folha: f. nmero: n. volume: v. Sem local: S.l. sem nome: s.n. c.a: cerca edi o: ed. editor: Ed. organizador: Org. coordenador: Coord. revisada: rev. ampliada: ampl. aumentada: aum. Obs.: estas expresses n o v o para o plural. em casos de tradu o, o termo vem por inteiro, seguido do nome do tradutor. Ex.: Tradu o de Luis Souza. 11 Adaptado de LUBISCO, Ndia M. L.; VIEIRA, Snia Chagas. Manual de estilo acadêmico. 2. ed. Salvador: UFBA; UNIFACS, 2002 e ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 6023: informa o e documenta o: referncias: elabora o. Rio de Janeiro, 2002. 24 p. Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 32 8.2 ALGUNS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE REFERNCIA Livro com um único autor, em primeira edição: SILVA, Antnio da. Mercado de trabalho: um desafio para o futuro. Salvador: Bom Tempo, 1998. 362 p. Livro com até três autores: CUNHA, Manuel da; PEREIRA, Antnio; MALTA, Carlos. Assim se faz um projeto: auxlio aos principiantes. 7. ed. Belo Horizonte: Lux, 1970. 251 p. Capítulo de livro com organizador: DANTAS, Manuel. Os jornais do interior. In: SILVA, Jos da (Org.). Comunicação e sociedade. 3. ed. S o Paulo: Avante, 1973. p. 121-136. Artigo, com mais de três autores, publicado em periódico: MACHADO, Pedro Antnio et al. Seriedade na profiss o. Itatiaia, Rio de Janeiro, v. 3, n. 5, p. 12-16, jun. 2001. Artigo publicado em periódico sem indicação de autoria: O FUTURO nos espera. Folha de São Paulo, S o Paulo, 13 ago. 2002. Caderno Emprego, p. 27. Texto publicado em anais de congresso: SANTANA, Alexandre dos Santos. Multimeios e comunica o. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CINCIAS DA COMUNICAO, 24., 2000. Porto Alegre, Anais... Porto Alegre: PUCRS, 2002. p. 32-37. Dissertação de mestrado: SILVA, Maria Antonieta Souza e. Relações Públicas: um estudo de caso na cidade de Salvador. 2002. 2v. 165f. Disserta o (Mestrado em Cincias Sociais) – Faculdade de Comunica o Social, Universidade Salvador, Salvador. Texto extraído de página disponível na Internet: LOUREIRO, Antnio. Propaganda e preconceito. Disponvel em: <http://www.publicidadeetnica.com.br>. Acesso em: 23 maio 2002. Entrevista registrada em fita K-7: CHAVES, Marcos: depoimento [02 jul. 2002]. Entrevistadora: Maria Souza. Salvador: UFBA/Faculdade de Comunica o. 1 fita cassete (45 min), 3 3/4 pps, estreo. 8.3 DATA (ELEMENTO OBRIGATRIO) A data um elemento obrigatrio, portanto n o pode ser substitudo pela abreviatura [s.d.]. Deve-se inferir pelos elementos presentes, ou por informaes externas. Desta forma, deve-se indicar a data dentro de colchetes, visto que ela ser, nestes casos, uma inferncia. [1971 ou 1972]: um ano ou outro [1969?]: data provvel [1973]: data certa n o indicada no item [entre 1906 e 1912]: use intervalos menores de 20 anos [ca. 1960]: data aproximada © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 33 [197-]: década certa [197-?]: década provável [18--]: século certo [18--?]: século provável 8.4 SISTEMA AUTOR-DATA Neste sistema, sugere-se uma adaptação da norma (NBR 6023:2003), colocando-se a data, entre parênteses, logo após a indicação de autor. Ex.: SOUZA, Dantas (2002). Somos todos iguais. 3.ed. Rio de Janeiro: Áter. 8.5 EXERCÍCIO De acordo com o que foi visto em aula e com a NBR 6023, coloques os elementos indicados a seguir na ordem correta: Autor: José Mascarenhas Título: O Novo Mundo Subtítulo: Um presente ao futuro Local de publicação: São Paulo Editora: Editora Moderna Ltda. Edição: 4ª edição Ano de publicação: 1997 Número total de páginas: 105 __________________________________________________________________ Organizadores: Pâmela Dias, José Mascarenhas & Antônio Santos Título: Que belo dia! Local de publicação: São Paulo Editora: Pimentel Cia. Ltda. Edição: 1ª edição Ano de publicação: 1997 Número total de páginas: 105 Páginas consultadas e citadas: da 12 a 17 __________________________________________________________________ Organizador do livro: Paulo Antônio Santos Neto Título do capítulo: Quero Vencer Autor do capítulo: Paulo Antônio Santos Neto Edição: 10ª Editora: Pedágio Título do livro: Vencedores Subtítulo: Como ser um deles Data: provavelmente 1967 páginas do capítulo: 102 a 130 __________________________________________________________________ Endereço do site: http://www.soumaiseu.com.br Data do acesso: 20 de julho de 2003 Título do artigo: Juntos somos poderosos __________________________________________________________________ Autor: Luiz Gusmão e Souza Título: Collor de Mello Subtítulo: Ascensão e Queda Local de publicação: Viçosa Estado de Publicação: Minas Gerais. Edição: 1ª edição © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 34 9 SEMINÁRIO (TÉCNICA DE ESTUDO) 9.1 INCLUI Pesquisa. Discussão. Debate. 9.2 ENVOLVE Capacidade de pesquisa. Análise sistemática de fatos. Raciocínio. Reflexão. 9.3 POSSIBILITA Elaboração clara e objetiva de trabalhos científicos. 9.4 FONTES QUE ORIGINAM UM ASSUNTO PARA O SEMINÁRIO São as mais variadas temas constantes de um programa disciplinar que necessitam de conhecimento mais aprofundado; temas complementares a um programa disciplinar; temas novos, divulgados em periódicos especializados, referentesà disciplina em questão; temas atuais, de interesse geral, com idéias renovadoras; temas específicos, atualizados, adequados a um programa de seminário. 9.5 COMPONENTES Individual ou em grupos (entre 5 e 12 participantes) Coordenador: geralmente o professor. Propõe os temas a serem estudados, indica bibliografia inicial, estabelece uma agenda de trabalhos e fixa a duração das sessões. Geralmente preside e coordena a apresentação dos seminários. Pode introduzir o assunto geral do qual irão derivar os subtemas. Ao final dos debates, sintetiza as conclusões globais, faz uma apreciação geral dos resultados, complementando alguns itens. Organizador: marca reuniões prévias, coordena as pesquisas e o material, designa os trabalhos de cada componente. Relator(es): expõe os resultados dos estudos. Essas tarefas podem ser realizadas por todo o grupo. Secretário: designado para anotar as conclusões parciais e finais do seminário, após os debates. Pode ser substituído pelo organizador. Comentador: pode ser um só ou um grupo. Responsável pelo aprofundamento crítico do trabalho. Deve estudar com antecedência o tema a ser apresentado para fazer críticas adequadas à exposição, antes da discussão e debate dos demais participantes da classe. Debatedores: todos os alunos da classe. Depois da exposição e da crítica do comentador (se houver), devem participar fazendo perguntas, pedindo esclarecimentos, colocando objeções, reforçando argumentos ou dando alguma contribuição. 9.6 ETAPAS O coordenar propõe determinado estudo, indica bibliografia, forma os grupos de seminário, escolhe o comentador e o secretário; © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 35 o grupo escolhe o organizador e o(s) relator(es), divide as tarefas, inicia o trabalho de pesquisa. Depois reúnem-se (diversas vezes) para discutir o material coletado, confrontar os pontos de vista, formular conclusões e organizar os dados disponíveis; pronto o seminário, a classe se reúne; os relatores apresentam os resultados dos estudos; o comentador, após a exposição, intervém com objeções, subsídios e críticas; a classe participa das discussões e debates, fazendo indagações, reforçando ou refutando afirmações; ao final, o coordenador faz uma síntese e encaminha para as conclusões finais. 9.7 FASES DE PREPARAÇÃO DO MATERIAL determinação do tema divisão do tema em tópicos análise do material coletado síntese das idéias, resumo das contribuições 9.8 A EXPOSIÇÃO Deve ser composta de: introdução desenvolvimento conclusão referências © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 36 10 RESUMO Tipo de redação informativo-referencial que se ocupa de reduzir um texto a suas idéias principais, é uma paráfrase, não deve conter comentários, engloba duas fases: a compreensão do texto e a elaboração de um novo. É uma apresentação sistemática e seletiva das idéias de um texto, ressaltando a progressão e a articulação das mesmas, deve apresentar as idéias principais do autor. Para se elaborar um bom resumo é necessário passar por duas etapas de compreensão das idéias: análise do texto e checagem das informações colhidas com aquilo que já se conhece; deriva de dois métodos distintos: o analítico (resumo parágrafo a parágrafo que deve refletir a idéia do texto principal) e o comparativo (enfoca a estrutura geral do texto; pressupõe o conhecimento prévio das informações contidas no texto). O resumo, assim como os demais textos científicos, tem sua estrutura e formato regidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, e a norma específica que trata dele é a NBR 6028. De acordo com ela, um resumo é a "apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto". 10.1 FUNÇÃO Toda comunicação científica possui utilidade clara e específica, assim a do resumo é: abreviar o tempo dos pesquisadores; difundir informações de tal modo que possam influenciar e estimular a consulta do texto completo. 10.2 ESTRUTURA Em sua elaboração devem-se destacar, quanto ao conteúdo: o assunto do texto; o objetivo do texto; a articulação das idéias; as conclusões do autor do texto. 10.3 DICAS PARA REDAÇÃO Para redação de um bom resumo é necessário que se atente para os seguintes pontos: utilizar linguagem objetiva; evitar repetições de frases inteiras do original; respeitar a ordem em que as idéias ou fatos são apresentados; não apresentar juízo de valor; ser compreensível por si mesmo (dispensar a consulta ao original). Um resumo pode: apresentar um sumário de idéias do autor; narrar as idéias mais significativas; condensar o conteúdo. Para isso é preciso realizar alguns procedimentos: descobrir o plano da obra a ser resumida; responder duas perguntas: o que o autor pretende demonstrar?; de que trata o texto?; ater-se às idéias principais do texto e a sua articulação; © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose. 37 distinguir as diferentes partes do texto; identificar palavras-chave. 10.4 TIPOS Existem vários tipos de resumo, cada qual com objetivo e características próprias. O resumo que precede as publicações científicas é o chamado resumo indicativo, também conhecido como descritivo. Ele apresenta um sumário narrativo, não apresenta dados qualitativos e quantitativos, não dispensa a leitura do original e se refere apenas às partes mais importantes do texto. Todo resumo deve salientar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do trabalho. (Essa observação cabe melhor quando se discorre sobre a estrutura do resumo) Quanto ao estilo, aconselha-se que um resumo seja elaborado com frases concisas, evitando enumerar tópicos. A primeira frase deve explicar o assunto, em seguida indica-se de que trata o texto (um estudo de caso, a análise de uma situação). De acordo com Lubisco e Vieira (2003, p. 40), um o resumo deve: [...] ser redigido na terceira pessoa do singular, com verbo na voz ativa, em frases correntes, sem enumeração de tópicos [...]. A frase de abertura deve explicitar o tema do trabalho e ser seguida da indicação de sua categoria (memória, estudo de caso etc.). Deve ser evitado o uso de frases negativas, parágrafos, fórmulas, símbolos, citações bibliográficas. É encabeçado pela palavra RESUMO em negrito e letras maiúsculas, centralizada no alto, com o texto em espaço simples. (Nem sempre será regra, variando de acordo com os critérios de publicação dessa ou daquela entidade) Ao final deve incluir as palavras-chave representativas do conteúdo, extraídas da ficha catalográfica. 10.5 TAMANHO Quanto à extensão, a ABNT recomenda que o resumo seja composto por um único parágrafo. (Aqui, também, cabe a observação de que varia de acordo com os critérios da entidade) Se for de notas e comunicações breves deve possuir de 50 a 100 palavras; se for de monografias e artigos extensos deve possuir de 100 a 250 palavras; se for de relatórios e dissertações ou teses, de 250 a 500 palavras. 10.6 PALAVRAS-CHAVE O texto do resumo deve ser seguido de palavras-chave: palavras representativas do conteúdo do documento. Aconselha-se a utilização de no mínimo 3 e no máximo 6 palavras-chave. Cada uma deve ser iniciada por letra maiúscula e finalizada por ponto. 10.6 IMPORTANTE! Um bom resumo deve: vir precedido da referência do texto original, que está sendo resumido em conformidade com a norma de Referências estabelecida pela ABNT (NBR 6023) (quando o resumo não acompanha o próprio texto) conter a síntese do conteúdo do texto em questão (assunto do texto, objetivo, métodos, critérios utilizados, conclusões do autor). (ou seja, a estrutura básica do resumo) As regras mais aplicadas na confecção de um resumo são: apagamento de elementos redundantes e supérfluos ou não relevantes (supressão de adjetivos e advérbios); Material para uso didtico produzido pela Profa. Dra. Alcia Duh Lose. 38 generaliza o das
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