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Constituição Federal Anotada - Complementar

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LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR
LEI N.º 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999
Dispõe sobre o processo e julgamento da 
ação direta de inconstitucionalidade e da ação 
declaratória de constitucionalidade perante o 
Supremo Tribunal Federal
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono 
a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
E DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE 
CONSTITUCIONALIDADE
Art. 1.º. Esta Lei dispõe sobre o processo e julgamento da 
ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de 
constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal.
CAPÍTULO II
DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Seção I
Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade
Art. 2.º. Podem propor a ação direta de inconstitucionali-
dade: (Vide artigo 103 da Constituição Federal)
Constituição Federal Anotada.indb 421Constituição Federal Anotada.indb 421 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39
CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 422Art. 3.º
Incorretas
CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC – Podem propor 
ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade, entre outros 
legitimados, o presidente da República, o procurador-geral da República e o advogado-geral 
da União. (ver também art. 103 da CF)
I – o Presidente da República;
II – a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara 
Legislativa do Distrito Federal;
V – o Governador de Estado ou o Governador do Distrito 
Federal;
VI – o Procurador-Geral da República;
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do 
Brasil;
VIII – partido político com representação no Congresso 
Nacional;
IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito 
nacional.
Parágrafo único. (VETADO)
Art. 3.º. A petição indicará:
I – o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado 
e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada 
uma das impugnações;
II – o pedido, com suas especifi cações.
Incorreta
CESPE. 2009. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/ES – A petição inicial da 
ação direta de inconstitucionalidade deve indicar o dispositivo da lei ou do ato normativo 
questionado, os fundamentos jurídicos do pedido e a existência de controvérsia judicial relevante 
acerca da aplicação da disposição objeto da ação. (ver também inc. I deste artigo)
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instru-
mento de procuração, quando subscrita por advogado, será 
apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou 
do ato normativo impugnado e dos documentos necessários 
para comprovar a impugnação.
Art. 4.º. A petição inicial inepta, não fundamentada e a 
manifestamente improcedente serão liminarmente indefe-
ridas pelo relator.
Constituição Federal Anotada.indb 422Constituição Federal Anotada.indb 422 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39
LC – LEI N.º 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999423 Art. 8.º
Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a 
petição inicial.
Art. 5.º. Proposta a ação direta, não se admitirá desistência.
Parágrafo único. (VETADO)
Art. 6.º. O relator pedirá informações aos órgãos ou às 
autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo 
impugnado.
Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo 
de trinta dias contado do recebimento do pedido.
Art. 7.º. Não se admitirá intervenção de terceiros no pro-
cesso de ação direta de inconstitucionalidade.
Incorreta
CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE – A intervenção de terceiros é admitida no 
controle concentrado de constitucionalidade, por meio do instituto do amicus curiae.
 Jurisprudência do STF – “Os Estados-Membros da Federação não estão no rol dos legitimados 
a agir como sujeitos processuais em sede de controle concentrado de constitucionalidade, 
sendo indevida, no modelo de processo objetivo, a intervenção de terceiros subjetivamente 
interessados no feito. Precedente: ADI 2.130-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 14-12-2001”. 
(ADI 3.013-ED-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 31-05-2006, DJ de 04-08-2006)
 Doutrina – “A Lei n.º 9.868/99 preserva a orientação contida no Regimento Interno do STF 
que veda a intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade (art. 
7.º). Constitui, todavia, inovação signifi cativa no âmbito da ação direta de inconstitucionalidade 
a autorização para que o relator, considerando a relevância da matéria e a representativida-
de dos postulantes, admitida a manifestação de outros órgãos ou entidades (art. 7.º, § 2.º). 
Positiva-se, assim, a fi gura do amicus curiae no processo de controle de constitucionalidade, 
ensejando a possibilidade de o Tribuna decidir as causas com pleno conhecimento de todas 
as suas implicações ou repercussões”. (MENDES et al, 2009, p. 1.173-1.174)
§ 1.º – (VETADO)
§ 2.º – O relator, considerando a relevância da matéria e 
a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho 
irrecorrível, admitir, observado o prazo fi xado no parágrafo 
anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades.
Art. 8.º. Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, 
sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador-
Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, 
no prazo de quinze dias.
Incorreta
CESPE. 2008. Advogado da União. AGU – Quando o STF apreciar a inconstitucionalidade, 
em tese, de norma legal ou ato normativo, compete ao Advogado-Geral da União exercer 
Constituição Federal Anotada.indb 423Constituição Federal Anotada.indb 423 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39
CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 424Art. 9.º
a função de curador especial do princípio da presunção de constitucionalidade da norma, 
razão pela qual não poderá, em hipótese alguma, manifestar-se pela inconstitucionalidade do 
ato impugnado.
 Jurisprudência do STF – “O munus a que se refere o imperativo constitucional (CF, artigo 
103, § 3.º) deve ser entendido com temperamentos. O Advogado-Geral da União não está 
obrigado a defender tese jurídica se sobre ela esta Corte já fi xou entendimento pela sua 
inconstitucionalidade”. (ADI 1.616, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 24-05-2001, DJ 
de 24-08-2001)
Art. 9.º. Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator 
lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá 
dia para julgamento.
§ 1.º – Em caso de necessidade de esclarecimento de maté-
ria ou circunstância de fato ou de notória insufi ciência das 
informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar 
informações adicionais, designar perito ou comissão de pe-
ritos para que emita parecer sobre a questão, ou fi xar data 
para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas 
com experiência e autoridade na matéria.
§ 2.º – O relator poderá, ainda, solicitar informações aos 
Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais 
estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âm-
bito de sua jurisdição.
§ 3.º – As informações, perícias e audiências a que se refe-
rem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de 
trinta dias, contado da solicitação do relator.
Seção II
Da Medida Cautelar em Ação Direta de 
Inconstitucionalidade
Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na 
ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta 
dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, 
após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou 
a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar-
se no prazo de cinco dias.
§ 1.º– O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado-
Geral da União e o Procurador-Geral da República, no 
prazo de três dias.
§ 2.º – No julgamento do pedido de medida cautelar, será 
facultada sustentação oral aosrepresentantes judiciais do 
requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela 
Constituição Federal Anotada.indb 424Constituição Federal Anotada.indb 424 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39
LC – LEI N.º 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999425 Art. 12
expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do 
Tribunal.
§ 3.º – Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá 
deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou 
das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo 
impugnado.
Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal 
Federal fará publicar em seção especial do Diário Ofi cial 
da União e do Diário da Justiça da União a parte dispo-
sitiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar 
as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, 
observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido 
na Seção I deste Capítulo.
§ 1.º – A medida cautelar, dotada de efi cácia contra todos, 
será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal en-
tender que deva conceder-lhe efi cácia retroativa.
§ 2.º – A concessão da medida cautelar torna aplicável a 
legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifes-
tação em sentido contrário.
Correta
CESPE. 2009. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/ES – A concessão da medida 
cautelar, na ação direta de inconstitucionalidade, torna aplicável a legislação anterior acaso 
existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário.
 Jurisprudência do STF – “A questão da efi cácia repristinatória da declaração de inconstitu-
cionalidade in abstracto. A declaração fi nal de inconstitucionalidade, quando proferida pelo 
Supremo Tribunal Federal em sede de fi scalização normativa abstrata, importa – considerado 
o efeito repristinatório que lhe é inerente – em restauração das normas estatais anterior-
mente revogadas pelo diploma normativo objeto do juízo de inconstitucionalidade, eis que 
o ato inconstitucional, por ser juridicamente inválido (RTJ 146/461-462), sequer possui efi cácia 
derrogatória. Doutrina”. (ADI 2.867, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 03-12-2003, DJ 
de 09-02-2007)
Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em 
face da relevância da matéria e de seu especial signifi cado 
para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a 
prestação das informações, no prazo de dez dias, e a ma-
nifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-
Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, 
submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a 
faculdade de julgar defi nitivamente a ação.
Constituição Federal Anotada.indb 425Constituição Federal Anotada.indb 425 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39
CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 426Art. 12-A
CAPÍTULO II-A 
DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
POR OMISSÃO
Seção I
Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por Omissão
Art. 12-A. Podem propor a ação direta de inconstituciona-
lidade por omissão os legitimados à propositura da ação 
direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de 
constitucionalidade.
Art. 12-B. A petição indicará:
I – a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao 
cumprimento de dever constitucional de legislar ou quanto 
à adoção de providência de índole administrativa;
II – o pedido, com suas especifi cações.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de ins-
trumento de procuração, se for o caso, será apresentada 
em 2 (duas) vias, devendo conter cópias dos documentos 
necessários para comprovar a alegação de omissão.
Art. 12-C. A petição inicial inepta, não fundamentada, e 
a manifestamente improcedente serão liminarmente inde-
feridas pelo relator.
Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a 
petição inicial.
Art. 12-D. Proposta a ação direta de inconstitucionalidade 
por omissão, não se admitirá desistência.
Art. 12-E. Aplicam-se ao procedimento da ação direta de 
inconstitucionalidade por omissão, no que couber, as dis-
posições constantes da Seção I do Capítulo II desta Lei.
§ 1.º – Os demais titulares referidos no art. 2.º desta Lei 
poderão manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da ação 
e pedir a juntada de documentos reputados úteis para o 
exame da matéria, no prazo das informações, bem como 
apresentar memoriais.
§ 2.º – O relator poderá solicitar a manifestação do Ad-
vogado-Geral da União, que deverá ser encaminhada no 
prazo de 15 (quinze) dias.
Constituição Federal Anotada.indb 426Constituição Federal Anotada.indb 426 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39
LC – LEI N.º 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999427 Art. 12-H
§ 3.º – O Procurador-Geral da República, nas ações em que 
não for autor, terá vista do processo, por 15 (quinze) dias, 
após o decurso do prazo para informações.
Seção II
Da Medida Cautelar em Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por Omissão
Art. 12-F. Em caso de excepcional urgência e relevância 
da matéria, o Tribunal, por decisão da maioria absoluta 
de seus membros, observado o disposto no art. 22, poderá 
conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou 
autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que 
deverão pronunciar-se no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 1.º – A medida cautelar poderá consistir na suspensão da 
aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no caso 
de omissão parcial, bem como na suspensão de processos 
judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em 
outra providência a ser fi xada pelo Tribunal.
§ 2.º – O relator, julgando indispensável, ouvirá o Procurador-
Geral da República, no prazo de 3 (três) dias.
§ 3.º – No julgamento do pedido de medida cautelar, será 
facultada sustentação oral aos representantes judiciais do 
requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela 
omissão inconstitucional, na forma estabelecida no Regi-
mento do Tribunal.
Art. 12-G. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal 
Federal fará publicar, em seção especial do Diário Ofi cial da 
União e do Diário da Justiça da União, a parte dispositiva 
da decisão no prazo de 10 (dez) dias, devendo solicitar as 
informações à autoridade ou ao órgão responsável pela omissão 
inconstitucional, observando-se, no que couber, o procedimento 
estabelecido na Seção I do Capítulo II desta Lei.
Seção III
Da Decisão na Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por Omissão
Art. 12-H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, 
com observância do disposto no art. 22, será dada ciência 
ao Poder competente para a adoção das providências ne-
cessárias.
Constituição Federal Anotada.indb 427Constituição Federal Anotada.indb 427 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39
CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 428Art. 13
§ 1.º – Em caso de omissão imputável a órgão administra-
tivo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30 
(trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excep-
cionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias 
específi cas do caso e o interesse público envolvido.
CAPÍTULO III
DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE 
CONSTITUCIONALIDADE
Seção I
Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação
Declaratória de Constitucionalidade
Art. 13. Podem propor a ação declaratória de constitucio-
nalidade de lei ou ato normativo federal:
Incorretas
CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC – Podem propor 
ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade, entre outros 
legitimados, o presidente da República, o procurador-geral da República e o advogado-geral 
da União. (ver também art. 103, CF/1988)
I – o Presidente da República;
II – a Mesa da Câmara dos Deputados;
III – a Mesa do Senado Federal;
IV – o Procurador-Geral da República.
Art. 14. A petição inicial indicará:
I – o dispositivo da lei ou do ato normativoquestionado 
e os fundamentos jurídicos do pedido;
II – o pedido, com suas especifi cações;
III – a existência de controvérsia judicial relevante sobre a 
aplicação da disposição objeto da ação declaratória.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de ins-
trumento de procuração, quando subscrita por advogado, 
será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do 
ato normativo questionado e dos documentos necessários 
para comprovar a procedência do pedido de declaração de 
constitucionalidade.
Constituição Federal Anotada.indb 428Constituição Federal Anotada.indb 428 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39
LC – LEI N.º 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999429 Art. 21
Art. 15. A petição inicial inepta, não fundamentada e a 
manifestamente improcedente serão liminarmente indefe-
ridas pelo relator.
Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a 
petição inicial.
Art. 16. Proposta a ação declaratória, não se admitirá de-
sistência.
Art. 17. (VETADO)
Art. 18. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo 
de ação declaratória de constitucionalidade.
§ 1.º – (VETADO)
§ 2.º – (VETADO)
Art. 19. Decorrido o prazo do artigo anterior, será aber-
ta vista ao Procurador-Geral da República, que deverá 
pronunciar-se no prazo de quinze dias.
Art. 20. Vencido o prazo do artigo anterior, o relator lan-
çará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá 
dia para julgamento.
§ 1.º – Em caso de necessidade de esclarecimento de maté-
ria ou circunstância de fato ou de notória insufi ciência das 
informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar 
informações adicionais, designar perito ou comissão de pe-
ritos para que emita parecer sobre a questão ou fi xar data 
para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas 
com experiência e autoridade na matéria.
§ 2.º – O relator poderá solicitar, ainda, informações aos 
Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais 
estaduais acerca da aplicação da norma questionada no 
âmbito de sua jurisdição.
§ 3.º– As informações, perícias e audiências a que se referem 
os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta 
dias, contado da solicitação do relator.
Seção II
Da Medida Cautelar em Ação Declaratória de 
Constitucionalidade
Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria 
absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de me-
dida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, 
Constituição Federal Anotada.indb 429Constituição Federal Anotada.indb 429 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39
CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 430Art. 22
consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais 
suspendam o julgamento dos processos que envolvam a 
aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até 
seu julgamento defi nitivo.
Incorretas
CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC – O STF, por 
decisão de dois terços de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação de-
claratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os tribunais 
suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo 
objeto da ação até seu julgamento defi nitivo.
CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA – A ação declaratória de consti-
tucionalidade não admite a concessão de medida cautelar, sob pena de afronta ao princípio da 
presunção de constitucionalidade das leis e atos normativos. (ver também art. 102, I, a, da CF)
CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN – A decisão que concede medida cautelar 
em ação declaratória de constitucionalidade não se reveste da mesma efi cácia contra todos 
nem de efeito vinculante que a decisão de mérito.
Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo 
Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário 
Ofi cial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo 
de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da 
ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda 
de sua efi cácia.
CAPÍTULO IV
DA DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE E NA AÇÃO 
DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE
Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a incons-
titucionalidade da lei ou do ato normativo somente será 
tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.
Correta
CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ – Ainda que haja interesse dos 
ministros do STF no resultado de causa relativa à magistratura no controle concentrado de 
normas, os integrantes da corte não podem alegar suspeição no julgamento de ação direta 
de inconstitucionalidade.
 Jurisprudência do STF – “O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, embora prestando 
informações no processo, não está impedido de participar do julgamento de ação direta 
na qual tenha sido questionada a constitucionalidade, in abstracto, de atos ou de resolu-
ções emanados daquela Egrégia Corte judiciária. Também não incidem nessa situação de 
Constituição Federal Anotada.indb 430Constituição Federal Anotada.indb 430 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39
LC – LEI N.º 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999431 Art. 27
incompatibilidade processual, considerado o perfi l objetivo que tipifi ca o controle normativo 
abstrato, os Ministros do Supremo Tribunal Federal que hajam participado, como integrantes 
do Tribunal Superior Eleitoral, da formulação e edição, por este, de atos ou resoluções que 
tenham sido contestados, quanto à sua validade jurídica, em sede de fi scalização concentrada 
de constitucionalidade, instaurada perante a Suprema Corte. Precedentes do STF. Os institutos 
do impedimento e da suspeição restringem-se ao plano exclusivo dos processos subjetivos 
(em cujo âmbito discutem-se situações individuais e interesses concretos), não se estendendo 
nem se aplicando, em conseqüência, ao processo de fi scalização concentrada de constitu-
cionalidade, que se defi ne como típico processo de caráter objetivo destinado a viabilizar o 
julgamento, em tese, não de uma situação concreta, mas da validade jurídico-constitucional, 
a ser apreciada em abstrato, de determinado ato normativo editado pelo Poder Público”. (ADI 
2.321-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 25-10-2000, DJ de 10-06-2005)
Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a consti-
tucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou 
da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem 
manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação 
direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de 
constitucionalidade.
Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária 
à declaração de constitucionalidade ou de inconstituciona-
lidade, estando ausentes Ministros em número que possa 
infl uir no julgamento, este será suspenso a fi m de aguardar-
se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se 
atinja o número necessário para prolação da decisão num 
ou noutro sentido.
Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á 
improcedente a ação direta ou procedente eventual ação 
declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-
se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual 
ação declaratória.
Art. 25. Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade 
ou ao órgão responsável pela expedição do ato.
Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a 
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação 
direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada 
a interposição de embargos declaratórios, não podendo, 
igualmente, ser objeto de ação rescisória.
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica 
ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tri-
bunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, 
restringiros efeitos daquela declaração ou decidir que ela 
só tenha efi cácia a partir de seu trânsito em julgado ou de 
outro momento que venha a ser fi xado.
Constituição Federal Anotada.indb 431Constituição Federal Anotada.indb 431 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 432Art. 28
Corretas
CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE – Segundo entendimento do STF, excepcio-
nalmente, é possível a modulação dos efeitos das decisões proferidas em sede de controle 
difuso de constitucionalidade, o que representa uma fl exibilização do princípio da nulidade 
no controle de constitucionalidade.
 Jurisprudência do STF – “A norma contida no art. 27 da Lei n.º 9.868, de 10 de novembro de 
1999, tem caráter fundamentalmente interpretativo, desde que se entenda que os conceitos 
jurídicos indeterminados utilizados – segurança jurídica e excepcional interesse social – se 
revestem de base constitucional. No que diz respeito à segurança jurídica, parece não haver 
dúvida de que encontra expressão no próprio princípio do Estado de Direito consoante, am-
plamente aceito pela doutrina pátria e alienígena. Excepcional interesse social pode encontrar 
fundamento em diversas normas constitucionais. O que importa assinalar é que, consoante a 
interpretação aqui preconizada, o princípio da nulidade somente há de ser afastado se se puder 
demonstrar, com base numa ponderação concreta, que a declaração de inconstitucionalidade 
ortodoxa envolveria o sacrifício da segurança jurídica ou de outro valor constitucional mate-
rializável sob a forma de interesse social”. (AI 474.708-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, decisão 
monocrática, julgamento em 17-03-2008, DJE de 18-04-2008)
 Doutrina – “A declaração de inconstitucionalidade in concreto também se mostra passível 
de limitação de efeitos. A base constitucional dessa limitação – necessidade de um outro 
princípio que justifi que a não-aplicação do princípio da nulidade – parece sugerir que, se 
aplicável, a declaração de inconstitucionalidade restrita revela-se abrangente do modelo de 
controle concentrado de constitucionalidade como um todo. É que, nesses casos, tal como 
já argumentado, o afastamento do princípio da nulidade da lei assenta-se em fundamentos 
constitucionais e não em razões de conveniência”. (MENDES et al, 2009:1147)
CESPE. 2008. Advogado da União. AGU – A declaração de inconstitucionalidade de uma 
norma pelo STF acarreta a repristinação da norma anterior que por ela havia sido revoga-
da, efeito que pode ser afastado, total ou parcialmente, por decisão da maioria de 2/3 dos 
membros desse tribunal, em decorrência de razões de segurança jurídica ou de excepcional 
interesse social.
Incorretas
CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC – Ao declarar 
a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurí-
dica ou de excepcional interesse social, poderá o STF, por maioria absoluta de seus membros, 
restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha efi cácia a partir de seu 
trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fi xado.
CESPE. 2008. Advogado da União. AGU – A decisão de mérito proferida pelo STF no âmbito 
de ação declaratória de constitucionalidade produz, em regra, efeitos ex nunc e vinculantes 
para todos os órgãos do Poder Executivo e demais órgãos do Poder Judiciário.
Art. 28. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em 
julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar 
em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Ofi cial 
da União a parte dispositiva do acórdão.
Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de 
inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a 
Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade 
Constituição Federal Anotada.indb 432Constituição Federal Anotada.indb 432 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
LC – LEI N.º 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999433 Art. 30
sem redução de texto, têm efi cácia contra todos e efeito 
vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à 
Administração Pública federal, estadual e municipal.
Incorreta
CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/ES – Caso julgue improcedente a 
declaração de inconstitucionalidade de uma lei federal em face da CF, sob o argumento de 
que há uma interpretação na qual aquela lei está em conformidade com a constituição, o STF 
aplicará a técnica de interpretação da declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução 
de texto.
 Doutrina – “O Supremo Tribunal Federal recorre à técnica de declaração parcial de nulidade 
sem redução de texto quando constata a existência de uma regra legal inconstitucional que, 
em razão da redação adotada pelo legislador, não tem como ser excluída do texto da lei sem 
que a supressão acarrete um resultado indesejado. Assim, nem a lei, nem parte dela, é retirada 
do mundo jurídico (nenhuma palavra é suprimida do texto da lei). Apenas a aplicação da 
lei – em relação a determinadas pessoas, ou a certos períodos – é tida por inconstitucional. 
Em relação a outros grupos de pessoas, ou a períodos diversos, ela continuará plenamente 
válida, aplicável”. (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 748)
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS
Art. 29. O art. 482 do Código de Processo Civil fi ca acres-
cido dos seguintes parágrafos:
“Art. 482
§ 1.º – O Ministério Público e as pessoas jurídicas de di-
reito público responsáveis pela edição do ato questionado, 
se assim o requererem, poderão manifestar-se no incidente 
de inconstitucionalidade, observados os prazos e condições 
fi xados no Regimento Interno do Tribunal.
§ 2.º – Os titulares do direito de propositura referidos no 
art. 103 da Constituição poderão manifestar-se, por escrito, 
sobre a questão constitucional objeto de apreciação pelo 
órgão especial ou pelo Pleno do Tribunal, no prazo fi xado 
em Regimento, sendo-lhes assegurado o direito de apresentar 
memoriais ou de pedir a juntada de documentos.
§ 3.º – O relator, considerando a relevância da matéria e a re-
presentatividade dos postulantes, poderá admitir, por despacho 
irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades”.
Art. 30. O art. 8.º da Lei n.º 8.185, de 14 de maio de 1991, 
passa a vigorar acrescido dos seguintes dispositivos:
Constituição Federal Anotada.indb 433Constituição Federal Anotada.indb 433 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 434Art. 31
“Art.8.º 
I –
n) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato nor-
mativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica;
§ 3.º – São partes legítimas para propor a ação direta de 
inconstitucionalidade:
I – o Governador do Distrito Federal;
II – a Mesa da Câmara Legislativa;
III – o Procurador-Geral de Justiça;
IV – a Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Distrito 
Federal;
V – as entidades sindicais ou de classe, de atuação no 
Distrito Federal, demonstrando que a pretensão por elas 
deduzida guarda relação de pertinência direta com os seus 
objetivos institucionais;
VI – os partidos políticos com representação na Câmara 
Legislativa.
§ 4.º – Aplicam-se ao processo e julgamento da ação direta 
de Inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça do 
Distrito Federal e Territórios as seguintes disposições:
I – o Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas 
ações diretas de constitucionalidade ou de inconstitucio-
nalidade;
II – declarada a inconstitucionalidade por omissão de me-
dida para tornar efetiva norma da Lei Orgânica do Distrito 
Federal, a decisão será comunicada ao Poder competente 
para adoção das providências necessárias, e, tratando-se de 
órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias;
III – somente pelo voto da maioria absoluta de seus mem-
bros ou de seu órgão especial, poderá o Tribunal de Justiçadeclarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo 
do Distrito Federal ou suspender a sua vigência em decisão 
de medida cautelar.
§ 5.º – Aplicam-se, no que couber, ao processo de jul-
gamento da ação direta de inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei 
Orgânica as normas sobre o processo e o julgamento da 
ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo 
Tribunal Federal”.
Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 10 de novembro de 1999; 178º da Independência 
e 111º da República.
Constituição Federal Anotada.indb 434Constituição Federal Anotada.indb 434 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
LEI N.° 9.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1999
Dispõe sobre o processo e julgamento da 
argüição de descumprimento de preceito fun-
damental, nos termos do § 1.º do art. 102 da 
Constituição Federal.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono 
a seguinte Lei:
Art. 1.º. A argüição prevista no § 1.ºdo art. 102 da Cons-
tituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal 
Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito 
fundamental, resultante de ato do Poder Público.
Parágrafo único. Caberá também argüição de descumpri-
mento de preceito fundamental:
Incorreta
CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC – Determinado 
parlamentar federal impetrou mandado de segurança junto ao STF, questionando a legalida-
de do processo legislativo na tramitação de determinada medida provisória. Argumentou o 
parlamentar que a referida medida provisória fora enviada para votação em plenário antes 
da apreciação pela comissão que deveria emitir juízo prévio sobre o atendimento de seus 
pressupostos constitucionais, da qual o impetrante faz parte. A inconstitucionalidade deveria 
ter sido questionada pelo parlamentar por meio de arguição de descumprimento de preceito 
fundamental.
I – quando for relevante o fundamento da controvérsia 
constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual 
ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição;
Incorretas
CESPE. 2009. Advogado. CEHAP – Eventual impugnação em abstrato de lei municipal em 
face da CF deve ser feita por meio da arguição de descumprimento de preceito fundamental 
perante o tribunal de justiça.
Constituição Federal Anotada.indb 435Constituição Federal Anotada.indb 435 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 436Art. 2.º
CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA – Compete ao STF processar e 
julgar originariamente a ação direta de inconstitucionalidade tendo por objeto lei ou ato nor-
mativo municipal que contrarie previsões expressas na constituição estadual, desde que constituam 
mera repetição de disposição prevista na CF. (ver também art. 102, I, a, da CF)
CESPE. 2008. Advogado. SGA/AC – A arguição de descumprimento de preceito fundamental 
(ADPF) é um instrumento que substituiu o mandado de injunção como meio de controle da 
inconstitucionalidade por omissão.
II – (VETADO)
Art. 2.º. Podem propor argüição de descumprimento de 
preceito fundamental:
I – os legitimados para a ação direta de inconstituciona-
lidade;
Correta
CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito – Quem não tem legiti-
midade para propor ação direta de inconstitucionalidade não a tem para ação de descumpri-
mento de preceito fundamental (ADPF), razão pela qual prefeito municipal é parte ilegítima 
para propor ADPF.
Incorretas
CESPE. 2009. Procurador do Banco Central – O STF reconhece a prefeito municipal legitimi-
dade ativa para o ajuizamento de arguição de descumprimento de preceito fundamental, não 
obstante a ausência de sua legitimação para a ação direta de inconstitucionalidade.
 Jurisprudência do STF – “Legitimidade. Ativa. Inexistência. Ação por Descumprimento de 
Preceito Fundamental (ADPF). Prefeito municipal. Autor não legitimado para ação direta de 
inconstitucionalidade. Ilegitimidade reconhecida. Negativa de seguimento ao pedido. Recurso, 
ademais, impertinente. Agravo improvido. Aplicação do art. 2.º, I, da Lei federal n.º 9.882/99. 
Precedentes. Quem não tem legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade, 
não a tem para ação de descumprimento de preceito fundamental”. (ADPF 148-AgR, Rel. Min. 
Cezar Peluso, julgamento em 03-12-2008, DJE de 06-02-2009)
CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TST – Considere que determinado empre-
gado entenda que uma cláusula de seu contrato de trabalho seja inválida porque ela tem por 
base lei federal que ele julga inconstitucional. Nessa situação, o referido empregado não pode 
impugnar essa lei mediante ação direta de inconstitucionalidade, mas pode impugnar a validade 
do seu contrato de trabalho mediante arguição de descumprimento de preceito fundamental.
II – (VETADO)
§ 1.º – Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, 
mediante representação, solicitar a propositura de argüição 
de descumprimento de preceito fundamental ao Procurador-
Geral da República, que, examinando os fundamentos ju-
rídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso 
em juízo.
Constituição Federal Anotada.indb 436Constituição Federal Anotada.indb 436 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
LC – LEI N.° 9.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1999437 Art. 5.º
§ 2.º – (VETADO)
Art. 3.º. A petição inicial deverá conter:
I – a indicação do preceito fundamental que se considera 
violado;
II – a indicação do ato questionado;
III – a prova da violação do preceito fundamental;
IV – o pedido, com suas especifi cações;
V – se for o caso, a comprovação da existência de con-
trovérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito 
fundamental que se considera violado.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de ins-
trumento de mandato, se for o caso, será apresentada em 
duas vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos 
documentos necessários para comprovar a impugnação.
Art. 4.º. A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo 
relator, quando não for o caso de argüição de descumpri-
mento de preceito fundamental, faltar algum dos requisitos 
prescritos nesta Lei ou for inepta.
§ 1.º – Não será admitida argüição de descumprimento de 
preceito fundamental quando houver qualquer outro meio 
efi caz de sanar a lesividade.
§ 2.º – Da decisão de indeferimento da petição inicial 
caberá agravo, no prazo de cinco dias.
Art. 5.º. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da 
maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido 
de medida liminar na argüição de descumprimento de 
preceito fundamental.
§ 1.º – Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão 
grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator 
conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno.
§ 2.º – O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades 
responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado-
Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no 
prazo comum de cinco dias.
§ 3.º – A liminar poderá consistir na determinação de que 
juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou 
os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida 
que apresente relação com a matéria objeto da argüição de 
descumprimento de preceito fundamental, salvo se decor-
rentes da coisa julgada.
§ 4.º – (VETADO)
Constituição Federal Anotada.indb 437Constituição Federal Anotada.indb 437 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 438Art. 6.º
Art. 6.º. Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará 
as informações às autoridades responsáveis pela prática do 
ato questionado, no prazo de dez dias.
§ 1.º – Se entender necessário, poderá o relator ouvir as 
partes nos processos que ensejaram a argüição, requisitar 
informaçõesadicionais, designar perito ou comissão de 
peritos para que emita parecer sobre a questão, ou ainda, 
fi xar data para declarações, em audiência pública, de pessoas 
com experiência e autoridade na matéria.
§ 2.º – Poderão ser autorizadas, a critério do relator, sus-
tentação oral e juntada de memoriais, por requerimento 
dos interessados no processo.
Art. 7.º. Decorrido o prazo das informações, o relator lan-
çará o relatório, com cópia a todos os ministros, e pedirá 
dia para julgamento.
Parágrafo único. O Ministério Público, nas argüições que 
não houver formulado, terá vista do processo, por cinco 
dias, após o decurso do prazo para informações.
Art. 8.º. A decisão sobre a argüição de descumprimento de 
preceito fundamental somente será tomada se presentes na 
sessão pelo menos dois terços dos Ministros.
§ 1.º – (VETADO)
§ 2.º – (VETADO)
Art. 9.º. (VETADO)
Art. 10. Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades 
ou órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, 
fi xando-se as condições e o modo de interpretação e apli-
cação do preceito fundamental.
§ 1.º – O presidente do Tribunal determinará o imediato 
cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão posterior-
mente.
§ 2.º – Dentro do prazo de dez dias contado a partir do 
trânsito em julgado da decisão, sua parte dispositiva será 
publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Di-
ário Ofi cial da União.
§ 3.º – A decisão terá efi cácia contra todos e efeito vinculante 
relativamente aos demais órgãos do Poder Público.
Incorreta
CESPE. 2008. Advogado da União. AGU – Na arguição de descumprimento de preceito fun-
damental, a decisão exarada produz efeito vinculante, que, em sua dimensão objetiva, abrange 
não só a parte dispositiva, mas também os fundamentos determinantes da decisão.
Constituição Federal Anotada.indb 438Constituição Federal Anotada.indb 438 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
LC – LEI N.° 9.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1999439 Art. 14
 Jurisprudência do STF – “Em recente julgamento, o Plenário do Supremo Tribunal Federal 
rejeitou a tese da efi cácia vinculante dos motivos determinantes das decisões de ações de 
controle abstrato de constitucionalidade”. (Rcl 2.990-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julga-
mento em 16-08-2007, DJ de 14-09-2007)
Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo, no processo de argüição de descumprimento 
de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segu-
rança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o 
Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de 
seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou 
decidir que ela só tenha efi cácia a partir de seu trânsito em 
julgado ou de outro momento que venha a ser fi xado.
Art. 12. A decisão que julgar procedente ou improceden-
te o pedido em argüição de descumprimento de preceito 
fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação 
rescisória.
Art. 13. Caberá reclamação contra o descumprimento da 
decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, na forma 
do seu Regimento Interno.
Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 3 de dezembro de 1999; 178º da Independência e 
111º da República.
Constituição Federal Anotada.indb 439Constituição Federal Anotada.indb 439 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
LEI N.º 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009
Disciplina o mandado de segurança indi-
vidual e coletivo e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono 
a seguinte Lei:
Art. 1.º. Conceder-se-á mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus 
ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de 
poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação 
ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, 
seja de que categoria for e sejam quais forem as funções 
que exerça.
§ 1.º – Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta 
Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os 
administradores de entidades autárquicas, bem como os 
dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no 
exercício de atribuições do poder público, somente no que 
disser respeito a essas atribuições.
§ 2.º – Não cabe mandado de segurança contra os atos 
de gestão comercial praticados pelos administradores de 
empresas públicas, de sociedade de economia mista e de 
concessionárias de serviço público.
§ 3.º – Quando o direito ameaçado ou violado couber a 
várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado 
de segurança.
Art. 2.º. Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as 
conseqüências de ordem patrimonial do ato contra o qual se 
requer o mandado houverem de ser suportadas pela União 
ou entidade por ela controlada.
Art. 3.º. O titular de direito líquido e certo decorrente de 
direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar 
Constituição Federal Anotada.indb 440Constituição Federal Anotada.indb 440 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
LC – LEI N.º 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009441 Art. 6.º
mandado de segurança a favor do direito originário, se o 
seu titular não o fi zer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando 
notifi cado judicialmente.
Parágrafo único. O exercício do direito previsto no caput 
deste artigo submete-se ao prazo fi xado no art. 23 desta 
Lei, contado da notifi cação.
Art. 4.º. Em caso de urgência, é permitido, observados 
os requisitos legais, impetrar mandado de segurança por 
telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de 
autenticidade comprovada.
§ 1.º – Poderá o juiz, em caso de urgência, notifi car a 
autoridade por telegrama, radiograma ou outro meio que 
assegure a autenticidade do documento e a imediata ciência 
pela autoridade.
§ 2.º – O texto original da petição deverá ser apresentado 
nos 5 (cinco) dias úteis seguintes.
§ 3.º – Para os fi ns deste artigo, em se tratando de documento 
eletrônico, serão observadas as regras da Infra-Estrutura de 
Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil.
Art. 5.º. Não se concederá mandado de segurança quando 
se tratar:
I – de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito 
suspensivo, independentemente de caução;
Incorreta
CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT – O mandado de segurança 
pode ser interposto mesmo contra ato administrativo do qual caiba recurso administrativo 
com efeito suspensivo, independentemente de caução.
II – de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito 
suspensivo;
III – de decisão judicial transitada em julgado.
Parágrafo único. (VETADO)
Art. 6.º. A petição inicial, que deverá preencher os requisi-
tos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 
(duas) vias com os documentos que instruírem a primeira 
reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade 
coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha 
vinculada ou da qual exerce atribuições.
§ 1.º – No caso em que o documento necessário à prova do 
alegado se ache em repartição ou estabelecimento público 
Constituição Federal Anotada.indb 441Constituição Federal Anotada.indb 441 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 442Art. 7.º
ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por 
certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, 
por ofício, a exibição desse documento em original ou em 
cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, 
o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do 
documento para juntá-las à segunda via da petição.
§ 2.º – Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira 
for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio instru-
mento da notifi cação.
§ 3.º – Considera-se autoridade coatora aquela que tenha 
praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem 
paraa sua prática.
§ 4.º – (VETADO)
§ 5.º – Denega-se o mandado de segurança nos casos 
previstos pelo art. 267 da Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro 
de 1973 – Código de Processo Civil.
§ 6.º – O pedido de mandado de segurança poderá ser 
renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão dene-
gatória não lhe houver apreciado o mérito.
Art. 7.º. Ao despachar a inicial, o juiz ordenará:
I – que se notifi que o coator do conteúdo da petição ini-
cial, enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias 
dos documentos, a fi m de que, no prazo de 10 (dez) dias, 
preste as informações;
II – que se dê ciência do feito ao órgão de representação 
judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia 
da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse 
no feito;
III – que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, 
quando houver fundamento relevante e do ato impugnado 
puder resultar a inefi cácia da medida, caso seja fi nalmente 
deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fi ança 
ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento 
à pessoa jurídica.
§ 1.º – Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder 
ou denegar a liminar caberá agravo de instrumento, ob-
servado o disposto na Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 
1973 – Código de Processo Civil.
§ 2.º – Não será concedida medida liminar que tenha por 
objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de 
mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassifi ca-
ção ou equiparação de servidores públicos e a concessão 
Constituição Federal Anotada.indb 442Constituição Federal Anotada.indb 442 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
LC – LEI N.º 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009443 Art. 11
de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de 
qualquer natureza.
§ 3.º – Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou 
cassada, persistirão até a prolação da sentença.
§ 4.º – Deferida a medida liminar, o processo terá priori-
dade para julgamento.
§ 5.º – As vedações relacionadas com a concessão de limi-
nares previstas neste artigo se estendem à tutela antecipada 
a que se referem os arts. 273 e 461 da Lei n.º 5.869, de 11 
de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil.
Art. 8.º. Será decretada a perempção ou caducidade da 
medida liminar ex offi cio ou a requerimento do Ministério 
Público quando, concedida a medida, o impetrante criar 
obstáculo ao normal andamento do processo ou deixar 
de promover, por mais de 3 (três) dias úteis, os atos e as 
diligências que lhe cumprirem.
Art. 9.º. As autoridades administrativas, no prazo de 48 
(quarenta e oito) horas da notifi cação da medida liminar, 
remeterão ao Ministério ou órgão a que se acham subor-
dinadas e ao Advogado-Geral da União ou a quem tiver a 
representação judicial da União, do Estado, do Município 
ou da entidade apontada como coatora cópia autenticada do 
mandado notifi catório, assim como indicações e elementos 
outros necessários às providências a serem tomadas para 
a eventual suspensão da medida e defesa do ato apontado 
como ilegal ou abusivo de poder.
Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão 
motivada, quando não for o caso de mandado de segurança 
ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decor-
rido o prazo legal para a impetração.
§ 1.º – Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro 
grau caberá apelação e, quando a competência para o jul-
gamento do mandado de segurança couber originariamente 
a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para 
o órgão competente do tribunal que integre.
§ 2.º – O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido 
após o despacho da petição inicial.
Art. 11. Feitas as notifi cações, o serventuário em cujo car-
tório corra o feito juntará aos autos cópia autêntica dos 
ofícios endereçados ao coator e ao órgão de representação 
judicial da pessoa jurídica interessada, bem como a prova 
da entrega a estes ou da sua recusa em aceitá-los ou dar 
Constituição Federal Anotada.indb 443Constituição Federal Anotada.indb 443 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 444Art. 12
recibo e, no caso do art. 4.º desta Lei, a comprovação da 
remessa.
Art. 12. Findo o prazo a que se refere o inciso I do caput 
do art. 7.º desta Lei, o juiz ouvirá o representante do Minis-
tério Público, que opinará, dentro do prazo improrrogável 
de 10 (dez) dias.
Parágrafo único Com ou sem o parecer do Ministério Públi-
co, os autos serão conclusos ao juiz, para a decisão, a qual 
deverá ser necessariamente proferida em 30 (trinta) dias.
Art. 13. Concedido o mandado, o juiz transmitirá em 
ofício, por intermédio do ofi cial do juízo, ou pelo correio, 
mediante correspondência com aviso de recebimento, o 
inteiro teor da sentença à autoridade coatora e à pessoa 
jurídica interessada.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o juiz ob-
servar o disposto no art. 4.º desta Lei.
Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, 
cabe apelação.
§ 1.º – Concedida a segurança, a sentença estará sujeita 
obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição.
§ 2.º – Estende-se à autoridade coatora o direito de re-
correr.
§ 3.º – A sentença que conceder o mandado de segurança 
pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em 
que for vedada a concessão da medida liminar.
§ 4.º – O pagamento de vencimentos e vantagens pecuni-
árias assegurados em sentença concessiva de mandado de 
segurança a servidor público da administração direta ou 
autárquica federal, estadual e municipal somente será efe-
tuado relativamente às prestações que se vencerem a contar 
da data do ajuizamento da inicial.
Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de 
direito público interessada ou do Ministério Público e para 
evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à eco-
nomia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o 
conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão 
fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa 
decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 
5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão se-
guinte à sua interposição.
§ 1.º – Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agra-
vo a que se refere o caput deste artigo, caberá novo pedido 
Constituição Federal Anotada.indb 444Constituição Federal Anotada.indb 444 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
LC – LEI N.º 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009445 Art. 20
de suspensão ao presidente do tribunal competente para 
conhecer de eventual recurso especial ou extraordinário.
§ 2.º – É cabível também o pedido de suspensão a que se 
refere o § 1.º deste artigo, quando negado provimento a 
agravo de instrumento interposto contra a liminar a que 
se refere este artigo.
§ 3.º – A interposição de agravo de instrumento contra li-
minar concedida nas ações movidas contra o poder público 
e seus agentes não prejudica nem condiciona o julgamento 
do pedido de suspensão a que se refere este artigo.
§ 4.º – O presidente do tribunal poderá conferir ao pedido 
efeito suspensivo liminar se constatar, em juízo prévio, a 
plausibilidade do direito invocado e a urgência na conces-
são da medida.
§ 5.º – As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser 
suspensas em uma única decisão, podendo o presidente 
do tribunal estender os efeitos da suspensão a liminares 
supervenientes, mediante simples aditamento do pedido 
original.
Art. 16. Nos casos de competência originária dos tribunais, 
caberá ao relator a instrução do processo, sendo assegurada 
a defesa oral na sessão do julgamento.
Parágrafo único. Da decisão do relator que conceder ou 
denegar a medida liminar caberá agravo ao órgão compe-
tente do tribunal que integre.
Art. 17. Nas decisões proferidas em mandado de segurança 
e nos respectivos recursos, quando não publicado, no prazo 
de 30 (trinta) dias, contado da data dojulgamento, o acór-
dão será substituído pelas respectivas notas taquigráfi cas, 
independentemente de revisão.
Art. 18. Das decisões em mandado de segurança proferidas 
em única instância pelos tribunais cabe recurso especial e 
extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso 
ordinário, quando a ordem for denegada.
Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar mandado 
de segurança, sem decidir o mérito, não impedirá que o 
requerente, por ação própria, pleiteie os seus direitos e os 
respectivos efeitos patrimoniais.
Art. 20. Os processos de mandado de segurança e os respec-
tivos recursos terão prioridade sobre todos os atos judiciais, 
salvo habeas corpus.
Constituição Federal Anotada.indb 445Constituição Federal Anotada.indb 445 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 446Art. 21
§ 1.º – Na instância superior, deverão ser levados a jul-
gamento na primeira sessão que se seguir à data em que 
forem conclusos ao relator.
§ 2.º – O prazo para a conclusão dos autos não poderá 
exceder de 5 (cinco) dias.
Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impe-
trado por partido político com representação no Congresso 
Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a 
seus integrantes ou à fi nalidade partidária, ou por organi-
zação sindical, entidade de classe ou associação legalmente 
constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) 
ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, 
ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos 
seus estatutos e desde que pertinentes às suas fi nalidades, 
dispensada, para tanto, autorização especial.
Correta
CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Especia-
lidade: Direito. TCE/TO – Os partidos políticos não estão autorizados a valer-se do mandado 
de segurança coletivo para, substituindo todos os cidadãos na defesa de interesses individuais, 
impugnar majoração de tributo. (ver também art. 5.º, LXX, da CF)
 Jurisprudência do STF – “Uma exigência tributária confi gura interesse de grupo ou classe 
de pessoas, só podendo ser impugnada por eles próprios, de forma individual ou coletiva. 
Precedente: RE 213.631, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 7-4-2000. O partido político não está, pois, 
autorizado a valer-se do mandado de segurança coletivo para, substituindo todos os cidadãos 
na defesa de interesses individuais, impugnar majoração de tributo”. (RE 196.184, Rel. Min. 
Ellen Gracie, julgamento em 27-10-2004, Plenário, DJ de 18-02-2005)
Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de 
segurança coletivo podem ser:
I – coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os 
transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular 
grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a 
parte contrária por uma relação jurídica básica;
II – individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito 
desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade 
ou situação específi ca da totalidade ou de parte dos asso-
ciados ou membros do impetrante.
Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença 
fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo 
ou categoria substituídos pelo impetrante.
Constituição Federal Anotada.indb 446Constituição Federal Anotada.indb 446 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
LC – LEI N.º 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009447 Art. 29
§ 1.º – O mandado de segurança coletivo não induz litis-
pendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa 
julgada não benefi ciarão o impetrante a título individual se 
não requerer a desistência de seu mandado de segurança no 
prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada 
da impetração da segurança coletiva.
§ 2.º – No mandado de segurança coletivo, a liminar só 
poderá ser concedida após a audiência do representante 
judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se 
pronunciar no prazo de 72 (setenta e duas) horas.
Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança 
extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados 
da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.
Art. 24. Aplicam-se ao mandado de segurança os arts. 46 
a 49 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código 
de Processo Civil.
Art. 25. Não cabem, no processo de mandado de segurança, 
a interposição de embargos infringentes e a condenação ao 
pagamento dos honorários advocatícios, sem prejuízo da 
aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé.
Art. 26. Constitui crime de desobediência, nos termos do 
art. 330 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, 
o não cumprimento das decisões proferidas em mandado 
de segurança, sem prejuízo das sanções administrativas 
e da aplicação da Lei n.º 1.079, de 10 de abril de 1950, 
quando cabíveis.
Art. 27. Os regimentos dos tribunais e, no que couber, as 
leis de organização judiciária deverão ser adaptados às dis-
posições desta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, 
contado da sua publicação.
Art. 28. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 29. Revogam-se as Leis nsº 1.533, de 31 de dezembro 
de 1951, 4.166, de 4 de dezembro de 1962, 4.348, de 26 de 
junho de 1964, 5.021, de 9 de junho de 1966; o art. 3.º da 
Lei n.º 6.014, de 27 de dezembro de 1973, o art. 1.º da Lei 
n.º 6.071, de 3 de julho de 1974, o art. 12 da Lei n.º 6.978, 
de 19 de janeiro de 1982, e o art. 2.º da Lei n.º 9.259, de 
9 de janeiro de 1996.
Brasília, 7 de agosto de 2009; 188 º da Independência e 
121º da República.
Constituição Federal Anotada.indb 447Constituição Federal Anotada.indb 447 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40

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