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LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR LEI N.º 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999 Dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE Art. 1.º. Esta Lei dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. CAPÍTULO II DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Seção I Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade Art. 2.º. Podem propor a ação direta de inconstitucionali- dade: (Vide artigo 103 da Constituição Federal) Constituição Federal Anotada.indb 421Constituição Federal Anotada.indb 421 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39 CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 422Art. 3.º Incorretas CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC – Podem propor ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade, entre outros legitimados, o presidente da República, o procurador-geral da República e o advogado-geral da União. (ver também art. 103 da CF) I – o Presidente da República; II – a Mesa do Senado Federal; III – a Mesa da Câmara dos Deputados; IV – a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V – o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal; VI – o Procurador-Geral da República; VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII – partido político com representação no Congresso Nacional; IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Parágrafo único. (VETADO) Art. 3.º. A petição indicará: I – o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações; II – o pedido, com suas especifi cações. Incorreta CESPE. 2009. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/ES – A petição inicial da ação direta de inconstitucionalidade deve indicar o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado, os fundamentos jurídicos do pedido e a existência de controvérsia judicial relevante acerca da aplicação da disposição objeto da ação. (ver também inc. I deste artigo) Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instru- mento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação. Art. 4.º. A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indefe- ridas pelo relator. Constituição Federal Anotada.indb 422Constituição Federal Anotada.indb 422 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39 LC – LEI N.º 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999423 Art. 8.º Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. Art. 5.º. Proposta a ação direta, não se admitirá desistência. Parágrafo único. (VETADO) Art. 6.º. O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido. Art. 7.º. Não se admitirá intervenção de terceiros no pro- cesso de ação direta de inconstitucionalidade. Incorreta CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE – A intervenção de terceiros é admitida no controle concentrado de constitucionalidade, por meio do instituto do amicus curiae. Jurisprudência do STF – “Os Estados-Membros da Federação não estão no rol dos legitimados a agir como sujeitos processuais em sede de controle concentrado de constitucionalidade, sendo indevida, no modelo de processo objetivo, a intervenção de terceiros subjetivamente interessados no feito. Precedente: ADI 2.130-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 14-12-2001”. (ADI 3.013-ED-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 31-05-2006, DJ de 04-08-2006) Doutrina – “A Lei n.º 9.868/99 preserva a orientação contida no Regimento Interno do STF que veda a intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade (art. 7.º). Constitui, todavia, inovação signifi cativa no âmbito da ação direta de inconstitucionalidade a autorização para que o relator, considerando a relevância da matéria e a representativida- de dos postulantes, admitida a manifestação de outros órgãos ou entidades (art. 7.º, § 2.º). Positiva-se, assim, a fi gura do amicus curiae no processo de controle de constitucionalidade, ensejando a possibilidade de o Tribuna decidir as causas com pleno conhecimento de todas as suas implicações ou repercussões”. (MENDES et al, 2009, p. 1.173-1.174) § 1.º – (VETADO) § 2.º – O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fi xado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. Art. 8.º. Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-Geral da União e o Procurador- Geral da República, que deverão manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias. Incorreta CESPE. 2008. Advogado da União. AGU – Quando o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, compete ao Advogado-Geral da União exercer Constituição Federal Anotada.indb 423Constituição Federal Anotada.indb 423 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39 CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 424Art. 9.º a função de curador especial do princípio da presunção de constitucionalidade da norma, razão pela qual não poderá, em hipótese alguma, manifestar-se pela inconstitucionalidade do ato impugnado. Jurisprudência do STF – “O munus a que se refere o imperativo constitucional (CF, artigo 103, § 3.º) deve ser entendido com temperamentos. O Advogado-Geral da União não está obrigado a defender tese jurídica se sobre ela esta Corte já fi xou entendimento pela sua inconstitucionalidade”. (ADI 1.616, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 24-05-2001, DJ de 24-08-2001) Art. 9.º. Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento. § 1.º – Em caso de necessidade de esclarecimento de maté- ria ou circunstância de fato ou de notória insufi ciência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de pe- ritos para que emita parecer sobre a questão, ou fi xar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria. § 2.º – O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âm- bito de sua jurisdição. § 3.º – As informações, perícias e audiências a que se refe- rem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator. Seção II Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo impugnado, que deverão pronunciar- se no prazo de cinco dias. § 1.º– O relator, julgando indispensável, ouvirá o Advogado- Geral da União e o Procurador-Geral da República, no prazo de três dias. § 2.º – No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aosrepresentantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela Constituição Federal Anotada.indb 424Constituição Federal Anotada.indb 424 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39 LC – LEI N.º 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999425 Art. 12 expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. § 3.º – Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Ofi cial da União e do Diário da Justiça da União a parte dispo- sitiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste Capítulo. § 1.º – A medida cautelar, dotada de efi cácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal en- tender que deva conceder-lhe efi cácia retroativa. § 2.º – A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifes- tação em sentido contrário. Correta CESPE. 2009. Analista Judiciário. Execução de Mandados. TRT/ES – A concessão da medida cautelar, na ação direta de inconstitucionalidade, torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário. Jurisprudência do STF – “A questão da efi cácia repristinatória da declaração de inconstitu- cionalidade in abstracto. A declaração fi nal de inconstitucionalidade, quando proferida pelo Supremo Tribunal Federal em sede de fi scalização normativa abstrata, importa – considerado o efeito repristinatório que lhe é inerente – em restauração das normas estatais anterior- mente revogadas pelo diploma normativo objeto do juízo de inconstitucionalidade, eis que o ato inconstitucional, por ser juridicamente inválido (RTJ 146/461-462), sequer possui efi cácia derrogatória. Doutrina”. (ADI 2.867, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 03-12-2003, DJ de 09-02-2007) Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial signifi cado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a ma- nifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador- Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar defi nitivamente a ação. Constituição Federal Anotada.indb 425Constituição Federal Anotada.indb 425 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39 CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 426Art. 12-A CAPÍTULO II-A DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO Seção I Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Art. 12-A. Podem propor a ação direta de inconstituciona- lidade por omissão os legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade. Art. 12-B. A petição indicará: I – a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cumprimento de dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole administrativa; II – o pedido, com suas especifi cações. Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de ins- trumento de procuração, se for o caso, será apresentada em 2 (duas) vias, devendo conter cópias dos documentos necessários para comprovar a alegação de omissão. Art. 12-C. A petição inicial inepta, não fundamentada, e a manifestamente improcedente serão liminarmente inde- feridas pelo relator. Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. Art. 12-D. Proposta a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, não se admitirá desistência. Art. 12-E. Aplicam-se ao procedimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que couber, as dis- posições constantes da Seção I do Capítulo II desta Lei. § 1.º – Os demais titulares referidos no art. 2.º desta Lei poderão manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da ação e pedir a juntada de documentos reputados úteis para o exame da matéria, no prazo das informações, bem como apresentar memoriais. § 2.º – O relator poderá solicitar a manifestação do Ad- vogado-Geral da União, que deverá ser encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias. Constituição Federal Anotada.indb 426Constituição Federal Anotada.indb 426 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39 LC – LEI N.º 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999427 Art. 12-H § 3.º – O Procurador-Geral da República, nas ações em que não for autor, terá vista do processo, por 15 (quinze) dias, após o decurso do prazo para informações. Seção II Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Art. 12-F. Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, observado o disposto no art. 22, poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que deverão pronunciar-se no prazo de 5 (cinco) dias. § 1.º – A medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fi xada pelo Tribunal. § 2.º – O relator, julgando indispensável, ouvirá o Procurador- Geral da República, no prazo de 3 (três) dias. § 3.º – No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão inconstitucional, na forma estabelecida no Regi- mento do Tribunal. Art. 12-G. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar, em seção especial do Diário Ofi cial da União e do Diário da Justiça da União, a parte dispositiva da decisão no prazo de 10 (dez) dias, devendo solicitar as informações à autoridade ou ao órgão responsável pela omissão inconstitucional, observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I do Capítulo II desta Lei. Seção III Da Decisão na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão Art. 12-H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do disposto no art. 22, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências ne- cessárias. Constituição Federal Anotada.indb 427Constituição Federal Anotada.indb 427 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39 CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 428Art. 13 § 1.º – Em caso de omissão imputável a órgão administra- tivo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado excep- cionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específi cas do caso e o interesse público envolvido. CAPÍTULO III DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE Seção I Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Declaratória de Constitucionalidade Art. 13. Podem propor a ação declaratória de constitucio- nalidade de lei ou ato normativo federal: Incorretas CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC – Podem propor ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade, entre outros legitimados, o presidente da República, o procurador-geral da República e o advogado-geral da União. (ver também art. 103, CF/1988) I – o Presidente da República; II – a Mesa da Câmara dos Deputados; III – a Mesa do Senado Federal; IV – o Procurador-Geral da República. Art. 14. A petição inicial indicará: I – o dispositivo da lei ou do ato normativoquestionado e os fundamentos jurídicos do pedido; II – o pedido, com suas especifi cações; III – a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória. Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de ins- trumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato normativo questionado e dos documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de declaração de constitucionalidade. Constituição Federal Anotada.indb 428Constituição Federal Anotada.indb 428 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39 LC – LEI N.º 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999429 Art. 21 Art. 15. A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indefe- ridas pelo relator. Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. Art. 16. Proposta a ação declaratória, não se admitirá de- sistência. Art. 17. (VETADO) Art. 18. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação declaratória de constitucionalidade. § 1.º – (VETADO) § 2.º – (VETADO) Art. 19. Decorrido o prazo do artigo anterior, será aber- ta vista ao Procurador-Geral da República, que deverá pronunciar-se no prazo de quinze dias. Art. 20. Vencido o prazo do artigo anterior, o relator lan- çará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento. § 1.º – Em caso de necessidade de esclarecimento de maté- ria ou circunstância de fato ou de notória insufi ciência das informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de pe- ritos para que emita parecer sobre a questão ou fi xar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria. § 2.º – O relator poderá solicitar, ainda, informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma questionada no âmbito de sua jurisdição. § 3.º– As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta dias, contado da solicitação do relator. Seção II Da Medida Cautelar em Ação Declaratória de Constitucionalidade Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de me- dida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, Constituição Federal Anotada.indb 429Constituição Federal Anotada.indb 429 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39 CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 430Art. 22 consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento defi nitivo. Incorretas CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC – O STF, por decisão de dois terços de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação de- claratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento defi nitivo. CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA – A ação declaratória de consti- tucionalidade não admite a concessão de medida cautelar, sob pena de afronta ao princípio da presunção de constitucionalidade das leis e atos normativos. (ver também art. 102, I, a, da CF) CESPE. 2009. Procurador do Banco Central. BACEN – A decisão que concede medida cautelar em ação declaratória de constitucionalidade não se reveste da mesma efi cácia contra todos nem de efeito vinculante que a decisão de mérito. Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Ofi cial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua efi cácia. CAPÍTULO IV DA DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a incons- titucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros. Correta CESPE. 2008. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRT/RJ – Ainda que haja interesse dos ministros do STF no resultado de causa relativa à magistratura no controle concentrado de normas, os integrantes da corte não podem alegar suspeição no julgamento de ação direta de inconstitucionalidade. Jurisprudência do STF – “O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, embora prestando informações no processo, não está impedido de participar do julgamento de ação direta na qual tenha sido questionada a constitucionalidade, in abstracto, de atos ou de resolu- ções emanados daquela Egrégia Corte judiciária. Também não incidem nessa situação de Constituição Federal Anotada.indb 430Constituição Federal Anotada.indb 430 19/05/2010 17:23:3919/05/2010 17:23:39 LC – LEI N.º 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999431 Art. 27 incompatibilidade processual, considerado o perfi l objetivo que tipifi ca o controle normativo abstrato, os Ministros do Supremo Tribunal Federal que hajam participado, como integrantes do Tribunal Superior Eleitoral, da formulação e edição, por este, de atos ou resoluções que tenham sido contestados, quanto à sua validade jurídica, em sede de fi scalização concentrada de constitucionalidade, instaurada perante a Suprema Corte. Precedentes do STF. Os institutos do impedimento e da suspeição restringem-se ao plano exclusivo dos processos subjetivos (em cujo âmbito discutem-se situações individuais e interesses concretos), não se estendendo nem se aplicando, em conseqüência, ao processo de fi scalização concentrada de constitu- cionalidade, que se defi ne como típico processo de caráter objetivo destinado a viabilizar o julgamento, em tese, não de uma situação concreta, mas da validade jurídico-constitucional, a ser apreciada em abstrato, de determinado ato normativo editado pelo Poder Público”. (ADI 2.321-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 25-10-2000, DJ de 10-06-2005) Art. 23. Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a consti- tucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade. Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de inconstituciona- lidade, estando ausentes Ministros em número que possa infl uir no julgamento, este será suspenso a fi m de aguardar- se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido. Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar- se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória. Art. 25. Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade ou ao órgão responsável pela expedição do ato. Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tri- bunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringiros efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha efi cácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fi xado. Constituição Federal Anotada.indb 431Constituição Federal Anotada.indb 431 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 432Art. 28 Corretas CESPE. 2009. Procurador do Estado. PGE/PE – Segundo entendimento do STF, excepcio- nalmente, é possível a modulação dos efeitos das decisões proferidas em sede de controle difuso de constitucionalidade, o que representa uma fl exibilização do princípio da nulidade no controle de constitucionalidade. Jurisprudência do STF – “A norma contida no art. 27 da Lei n.º 9.868, de 10 de novembro de 1999, tem caráter fundamentalmente interpretativo, desde que se entenda que os conceitos jurídicos indeterminados utilizados – segurança jurídica e excepcional interesse social – se revestem de base constitucional. No que diz respeito à segurança jurídica, parece não haver dúvida de que encontra expressão no próprio princípio do Estado de Direito consoante, am- plamente aceito pela doutrina pátria e alienígena. Excepcional interesse social pode encontrar fundamento em diversas normas constitucionais. O que importa assinalar é que, consoante a interpretação aqui preconizada, o princípio da nulidade somente há de ser afastado se se puder demonstrar, com base numa ponderação concreta, que a declaração de inconstitucionalidade ortodoxa envolveria o sacrifício da segurança jurídica ou de outro valor constitucional mate- rializável sob a forma de interesse social”. (AI 474.708-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, decisão monocrática, julgamento em 17-03-2008, DJE de 18-04-2008) Doutrina – “A declaração de inconstitucionalidade in concreto também se mostra passível de limitação de efeitos. A base constitucional dessa limitação – necessidade de um outro princípio que justifi que a não-aplicação do princípio da nulidade – parece sugerir que, se aplicável, a declaração de inconstitucionalidade restrita revela-se abrangente do modelo de controle concentrado de constitucionalidade como um todo. É que, nesses casos, tal como já argumentado, o afastamento do princípio da nulidade da lei assenta-se em fundamentos constitucionais e não em razões de conveniência”. (MENDES et al, 2009:1147) CESPE. 2008. Advogado da União. AGU – A declaração de inconstitucionalidade de uma norma pelo STF acarreta a repristinação da norma anterior que por ela havia sido revoga- da, efeito que pode ser afastado, total ou parcialmente, por decisão da maioria de 2/3 dos membros desse tribunal, em decorrência de razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social. Incorretas CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC – Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurí- dica ou de excepcional interesse social, poderá o STF, por maioria absoluta de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha efi cácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fi xado. CESPE. 2008. Advogado da União. AGU – A decisão de mérito proferida pelo STF no âmbito de ação declaratória de constitucionalidade produz, em regra, efeitos ex nunc e vinculantes para todos os órgãos do Poder Executivo e demais órgãos do Poder Judiciário. Art. 28. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Ofi cial da União a parte dispositiva do acórdão. Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade Constituição Federal Anotada.indb 432Constituição Federal Anotada.indb 432 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 LC – LEI N.º 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999433 Art. 30 sem redução de texto, têm efi cácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e municipal. Incorreta CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRT/ES – Caso julgue improcedente a declaração de inconstitucionalidade de uma lei federal em face da CF, sob o argumento de que há uma interpretação na qual aquela lei está em conformidade com a constituição, o STF aplicará a técnica de interpretação da declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto. Doutrina – “O Supremo Tribunal Federal recorre à técnica de declaração parcial de nulidade sem redução de texto quando constata a existência de uma regra legal inconstitucional que, em razão da redação adotada pelo legislador, não tem como ser excluída do texto da lei sem que a supressão acarrete um resultado indesejado. Assim, nem a lei, nem parte dela, é retirada do mundo jurídico (nenhuma palavra é suprimida do texto da lei). Apenas a aplicação da lei – em relação a determinadas pessoas, ou a certos períodos – é tida por inconstitucional. Em relação a outros grupos de pessoas, ou a períodos diversos, ela continuará plenamente válida, aplicável”. (PAULO e ALEXANDRINO, 2010, p. 748) CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS Art. 29. O art. 482 do Código de Processo Civil fi ca acres- cido dos seguintes parágrafos: “Art. 482 § 1.º – O Ministério Público e as pessoas jurídicas de di- reito público responsáveis pela edição do ato questionado, se assim o requererem, poderão manifestar-se no incidente de inconstitucionalidade, observados os prazos e condições fi xados no Regimento Interno do Tribunal. § 2.º – Os titulares do direito de propositura referidos no art. 103 da Constituição poderão manifestar-se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação pelo órgão especial ou pelo Pleno do Tribunal, no prazo fi xado em Regimento, sendo-lhes assegurado o direito de apresentar memoriais ou de pedir a juntada de documentos. § 3.º – O relator, considerando a relevância da matéria e a re- presentatividade dos postulantes, poderá admitir, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades”. Art. 30. O art. 8.º da Lei n.º 8.185, de 14 de maio de 1991, passa a vigorar acrescido dos seguintes dispositivos: Constituição Federal Anotada.indb 433Constituição Federal Anotada.indb 433 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 434Art. 31 “Art.8.º I – n) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato nor- mativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica; § 3.º – São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade: I – o Governador do Distrito Federal; II – a Mesa da Câmara Legislativa; III – o Procurador-Geral de Justiça; IV – a Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Distrito Federal; V – as entidades sindicais ou de classe, de atuação no Distrito Federal, demonstrando que a pretensão por elas deduzida guarda relação de pertinência direta com os seus objetivos institucionais; VI – os partidos políticos com representação na Câmara Legislativa. § 4.º – Aplicam-se ao processo e julgamento da ação direta de Inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios as seguintes disposições: I – o Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações diretas de constitucionalidade ou de inconstitucio- nalidade; II – declarada a inconstitucionalidade por omissão de me- dida para tornar efetiva norma da Lei Orgânica do Distrito Federal, a decisão será comunicada ao Poder competente para adoção das providências necessárias, e, tratando-se de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias; III – somente pelo voto da maioria absoluta de seus mem- bros ou de seu órgão especial, poderá o Tribunal de Justiçadeclarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do Distrito Federal ou suspender a sua vigência em decisão de medida cautelar. § 5.º – Aplicam-se, no que couber, ao processo de jul- gamento da ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica as normas sobre o processo e o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal”. Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 10 de novembro de 1999; 178º da Independência e 111º da República. Constituição Federal Anotada.indb 434Constituição Federal Anotada.indb 434 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 LEI N.° 9.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1999 Dispõe sobre o processo e julgamento da argüição de descumprimento de preceito fun- damental, nos termos do § 1.º do art. 102 da Constituição Federal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1.º. A argüição prevista no § 1.ºdo art. 102 da Cons- tituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. Parágrafo único. Caberá também argüição de descumpri- mento de preceito fundamental: Incorreta CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito. TCE/AC – Determinado parlamentar federal impetrou mandado de segurança junto ao STF, questionando a legalida- de do processo legislativo na tramitação de determinada medida provisória. Argumentou o parlamentar que a referida medida provisória fora enviada para votação em plenário antes da apreciação pela comissão que deveria emitir juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais, da qual o impetrante faz parte. A inconstitucionalidade deveria ter sido questionada pelo parlamentar por meio de arguição de descumprimento de preceito fundamental. I – quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; Incorretas CESPE. 2009. Advogado. CEHAP – Eventual impugnação em abstrato de lei municipal em face da CF deve ser feita por meio da arguição de descumprimento de preceito fundamental perante o tribunal de justiça. Constituição Federal Anotada.indb 435Constituição Federal Anotada.indb 435 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 436Art. 2.º CESPE. 2009. Analista Judiciário. Área Judiciária. TRE/MA – Compete ao STF processar e julgar originariamente a ação direta de inconstitucionalidade tendo por objeto lei ou ato nor- mativo municipal que contrarie previsões expressas na constituição estadual, desde que constituam mera repetição de disposição prevista na CF. (ver também art. 102, I, a, da CF) CESPE. 2008. Advogado. SGA/AC – A arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) é um instrumento que substituiu o mandado de injunção como meio de controle da inconstitucionalidade por omissão. II – (VETADO) Art. 2.º. Podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental: I – os legitimados para a ação direta de inconstituciona- lidade; Correta CESPE. 2009. Analista de Controle Externo. Especialidade: Direito – Quem não tem legiti- midade para propor ação direta de inconstitucionalidade não a tem para ação de descumpri- mento de preceito fundamental (ADPF), razão pela qual prefeito municipal é parte ilegítima para propor ADPF. Incorretas CESPE. 2009. Procurador do Banco Central – O STF reconhece a prefeito municipal legitimi- dade ativa para o ajuizamento de arguição de descumprimento de preceito fundamental, não obstante a ausência de sua legitimação para a ação direta de inconstitucionalidade. Jurisprudência do STF – “Legitimidade. Ativa. Inexistência. Ação por Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). Prefeito municipal. Autor não legitimado para ação direta de inconstitucionalidade. Ilegitimidade reconhecida. Negativa de seguimento ao pedido. Recurso, ademais, impertinente. Agravo improvido. Aplicação do art. 2.º, I, da Lei federal n.º 9.882/99. Precedentes. Quem não tem legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade, não a tem para ação de descumprimento de preceito fundamental”. (ADPF 148-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 03-12-2008, DJE de 06-02-2009) CESPE. 2007. Analista Judiciário. Área Judiciária. TST – Considere que determinado empre- gado entenda que uma cláusula de seu contrato de trabalho seja inválida porque ela tem por base lei federal que ele julga inconstitucional. Nessa situação, o referido empregado não pode impugnar essa lei mediante ação direta de inconstitucionalidade, mas pode impugnar a validade do seu contrato de trabalho mediante arguição de descumprimento de preceito fundamental. II – (VETADO) § 1.º – Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, mediante representação, solicitar a propositura de argüição de descumprimento de preceito fundamental ao Procurador- Geral da República, que, examinando os fundamentos ju- rídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso em juízo. Constituição Federal Anotada.indb 436Constituição Federal Anotada.indb 436 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 LC – LEI N.° 9.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1999437 Art. 5.º § 2.º – (VETADO) Art. 3.º. A petição inicial deverá conter: I – a indicação do preceito fundamental que se considera violado; II – a indicação do ato questionado; III – a prova da violação do preceito fundamental; IV – o pedido, com suas especifi cações; V – se for o caso, a comprovação da existência de con- trovérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se considera violado. Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de ins- trumento de mandato, se for o caso, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato questionado e dos documentos necessários para comprovar a impugnação. Art. 4.º. A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não for o caso de argüição de descumpri- mento de preceito fundamental, faltar algum dos requisitos prescritos nesta Lei ou for inepta. § 1.º – Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio efi caz de sanar a lesividade. § 2.º – Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá agravo, no prazo de cinco dias. Art. 5.º. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental. § 1.º – Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal Pleno. § 2.º – O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato questionado, bem como o Advogado- Geral da União ou o Procurador-Geral da República, no prazo comum de cinco dias. § 3.º – A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da argüição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decor- rentes da coisa julgada. § 4.º – (VETADO) Constituição Federal Anotada.indb 437Constituição Federal Anotada.indb 437 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 438Art. 6.º Art. 6.º. Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as informações às autoridades responsáveis pela prática do ato questionado, no prazo de dez dias. § 1.º – Se entender necessário, poderá o relator ouvir as partes nos processos que ensejaram a argüição, requisitar informaçõesadicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou ainda, fi xar data para declarações, em audiência pública, de pessoas com experiência e autoridade na matéria. § 2.º – Poderão ser autorizadas, a critério do relator, sus- tentação oral e juntada de memoriais, por requerimento dos interessados no processo. Art. 7.º. Decorrido o prazo das informações, o relator lan- çará o relatório, com cópia a todos os ministros, e pedirá dia para julgamento. Parágrafo único. O Ministério Público, nas argüições que não houver formulado, terá vista do processo, por cinco dias, após o decurso do prazo para informações. Art. 8.º. A decisão sobre a argüição de descumprimento de preceito fundamental somente será tomada se presentes na sessão pelo menos dois terços dos Ministros. § 1.º – (VETADO) § 2.º – (VETADO) Art. 9.º. (VETADO) Art. 10. Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis pela prática dos atos questionados, fi xando-se as condições e o modo de interpretação e apli- cação do preceito fundamental. § 1.º – O presidente do Tribunal determinará o imediato cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão posterior- mente. § 2.º – Dentro do prazo de dez dias contado a partir do trânsito em julgado da decisão, sua parte dispositiva será publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Di- ário Ofi cial da União. § 3.º – A decisão terá efi cácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais órgãos do Poder Público. Incorreta CESPE. 2008. Advogado da União. AGU – Na arguição de descumprimento de preceito fun- damental, a decisão exarada produz efeito vinculante, que, em sua dimensão objetiva, abrange não só a parte dispositiva, mas também os fundamentos determinantes da decisão. Constituição Federal Anotada.indb 438Constituição Federal Anotada.indb 438 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 LC – LEI N.° 9.882, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1999439 Art. 14 Jurisprudência do STF – “Em recente julgamento, o Plenário do Supremo Tribunal Federal rejeitou a tese da efi cácia vinculante dos motivos determinantes das decisões de ações de controle abstrato de constitucionalidade”. (Rcl 2.990-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julga- mento em 16-08-2007, DJ de 14-09-2007) Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de argüição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segu- rança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha efi cácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fi xado. Art. 12. A decisão que julgar procedente ou improceden- te o pedido em argüição de descumprimento de preceito fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória. Art. 13. Caberá reclamação contra o descumprimento da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, na forma do seu Regimento Interno. Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 3 de dezembro de 1999; 178º da Independência e 111º da República. Constituição Federal Anotada.indb 439Constituição Federal Anotada.indb 439 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 LEI N.º 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009 Disciplina o mandado de segurança indi- vidual e coletivo e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1.º. Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. § 1.º – Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. § 2.º – Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público. § 3.º – Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança. Art. 2.º. Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as conseqüências de ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado houverem de ser suportadas pela União ou entidade por ela controlada. Art. 3.º. O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar Constituição Federal Anotada.indb 440Constituição Federal Anotada.indb 440 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 LC – LEI N.º 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009441 Art. 6.º mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fi zer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando notifi cado judicialmente. Parágrafo único. O exercício do direito previsto no caput deste artigo submete-se ao prazo fi xado no art. 23 desta Lei, contado da notifi cação. Art. 4.º. Em caso de urgência, é permitido, observados os requisitos legais, impetrar mandado de segurança por telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada. § 1.º – Poderá o juiz, em caso de urgência, notifi car a autoridade por telegrama, radiograma ou outro meio que assegure a autenticidade do documento e a imediata ciência pela autoridade. § 2.º – O texto original da petição deverá ser apresentado nos 5 (cinco) dias úteis seguintes. § 3.º – Para os fi ns deste artigo, em se tratando de documento eletrônico, serão observadas as regras da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. Art. 5.º. Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: I – de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; Incorreta CESPE. 2010. Técnico Judiciário. Área Administrativa. TRE/MT – O mandado de segurança pode ser interposto mesmo contra ato administrativo do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução. II – de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; III – de decisão judicial transitada em julgado. Parágrafo único. (VETADO) Art. 6.º. A petição inicial, que deverá preencher os requisi- tos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. § 1.º – No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou estabelecimento público Constituição Federal Anotada.indb 441Constituição Federal Anotada.indb 441 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 442Art. 7.º ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via da petição. § 2.º – Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio instru- mento da notifi cação. § 3.º – Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem paraa sua prática. § 4.º – (VETADO) § 5.º – Denega-se o mandado de segurança nos casos previstos pelo art. 267 da Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil. § 6.º – O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão dene- gatória não lhe houver apreciado o mérito. Art. 7.º. Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: I – que se notifi que o coator do conteúdo da petição ini- cial, enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fi m de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações; II – que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito; III – que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a inefi cácia da medida, caso seja fi nalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fi ança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. § 1.º – Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a liminar caberá agravo de instrumento, ob- servado o disposto na Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil. § 2.º – Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassifi ca- ção ou equiparação de servidores públicos e a concessão Constituição Federal Anotada.indb 442Constituição Federal Anotada.indb 442 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 LC – LEI N.º 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009443 Art. 11 de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza. § 3.º – Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, persistirão até a prolação da sentença. § 4.º – Deferida a medida liminar, o processo terá priori- dade para julgamento. § 5.º – As vedações relacionadas com a concessão de limi- nares previstas neste artigo se estendem à tutela antecipada a que se referem os arts. 273 e 461 da Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil. Art. 8.º. Será decretada a perempção ou caducidade da medida liminar ex offi cio ou a requerimento do Ministério Público quando, concedida a medida, o impetrante criar obstáculo ao normal andamento do processo ou deixar de promover, por mais de 3 (três) dias úteis, os atos e as diligências que lhe cumprirem. Art. 9.º. As autoridades administrativas, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da notifi cação da medida liminar, remeterão ao Ministério ou órgão a que se acham subor- dinadas e ao Advogado-Geral da União ou a quem tiver a representação judicial da União, do Estado, do Município ou da entidade apontada como coatora cópia autenticada do mandado notifi catório, assim como indicações e elementos outros necessários às providências a serem tomadas para a eventual suspensão da medida e defesa do ato apontado como ilegal ou abusivo de poder. Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decor- rido o prazo legal para a impetração. § 1.º – Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando a competência para o jul- gamento do mandado de segurança couber originariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal que integre. § 2.º – O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da petição inicial. Art. 11. Feitas as notifi cações, o serventuário em cujo car- tório corra o feito juntará aos autos cópia autêntica dos ofícios endereçados ao coator e ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, bem como a prova da entrega a estes ou da sua recusa em aceitá-los ou dar Constituição Federal Anotada.indb 443Constituição Federal Anotada.indb 443 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 444Art. 12 recibo e, no caso do art. 4.º desta Lei, a comprovação da remessa. Art. 12. Findo o prazo a que se refere o inciso I do caput do art. 7.º desta Lei, o juiz ouvirá o representante do Minis- tério Público, que opinará, dentro do prazo improrrogável de 10 (dez) dias. Parágrafo único Com ou sem o parecer do Ministério Públi- co, os autos serão conclusos ao juiz, para a decisão, a qual deverá ser necessariamente proferida em 30 (trinta) dias. Art. 13. Concedido o mandado, o juiz transmitirá em ofício, por intermédio do ofi cial do juízo, ou pelo correio, mediante correspondência com aviso de recebimento, o inteiro teor da sentença à autoridade coatora e à pessoa jurídica interessada. Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o juiz ob- servar o disposto no art. 4.º desta Lei. Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação. § 1.º – Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição. § 2.º – Estende-se à autoridade coatora o direito de re- correr. § 3.º – A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida liminar. § 4.º – O pagamento de vencimentos e vantagens pecuni- árias assegurados em sentença concessiva de mandado de segurança a servidor público da administração direta ou autárquica federal, estadual e municipal somente será efe- tuado relativamente às prestações que se vencerem a contar da data do ajuizamento da inicial. Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à eco- nomia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão se- guinte à sua interposição. § 1.º – Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agra- vo a que se refere o caput deste artigo, caberá novo pedido Constituição Federal Anotada.indb 444Constituição Federal Anotada.indb 444 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 LC – LEI N.º 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009445 Art. 20 de suspensão ao presidente do tribunal competente para conhecer de eventual recurso especial ou extraordinário. § 2.º – É cabível também o pedido de suspensão a que se refere o § 1.º deste artigo, quando negado provimento a agravo de instrumento interposto contra a liminar a que se refere este artigo. § 3.º – A interposição de agravo de instrumento contra li- minar concedida nas ações movidas contra o poder público e seus agentes não prejudica nem condiciona o julgamento do pedido de suspensão a que se refere este artigo. § 4.º – O presidente do tribunal poderá conferir ao pedido efeito suspensivo liminar se constatar, em juízo prévio, a plausibilidade do direito invocado e a urgência na conces- são da medida. § 5.º – As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas em uma única decisão, podendo o presidente do tribunal estender os efeitos da suspensão a liminares supervenientes, mediante simples aditamento do pedido original. Art. 16. Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá ao relator a instrução do processo, sendo assegurada a defesa oral na sessão do julgamento. Parágrafo único. Da decisão do relator que conceder ou denegar a medida liminar caberá agravo ao órgão compe- tente do tribunal que integre. Art. 17. Nas decisões proferidas em mandado de segurança e nos respectivos recursos, quando não publicado, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data dojulgamento, o acór- dão será substituído pelas respectivas notas taquigráfi cas, independentemente de revisão. Art. 18. Das decisões em mandado de segurança proferidas em única instância pelos tribunais cabe recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem for denegada. Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar mandado de segurança, sem decidir o mérito, não impedirá que o requerente, por ação própria, pleiteie os seus direitos e os respectivos efeitos patrimoniais. Art. 20. Os processos de mandado de segurança e os respec- tivos recursos terão prioridade sobre todos os atos judiciais, salvo habeas corpus. Constituição Federal Anotada.indb 445Constituição Federal Anotada.indb 445 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 CF ANOTADA PELAS BANCAS EXAMINADORAS 446Art. 21 § 1.º – Na instância superior, deverão ser levados a jul- gamento na primeira sessão que se seguir à data em que forem conclusos ao relator. § 2.º – O prazo para a conclusão dos autos não poderá exceder de 5 (cinco) dias. Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impe- trado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à fi nalidade partidária, ou por organi- zação sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas fi nalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. Correta CESPE. 2008. Analista de Controle Externo. Área: Apoio Técnico e Administrativo. Especia- lidade: Direito. TCE/TO – Os partidos políticos não estão autorizados a valer-se do mandado de segurança coletivo para, substituindo todos os cidadãos na defesa de interesses individuais, impugnar majoração de tributo. (ver também art. 5.º, LXX, da CF) Jurisprudência do STF – “Uma exigência tributária confi gura interesse de grupo ou classe de pessoas, só podendo ser impugnada por eles próprios, de forma individual ou coletiva. Precedente: RE 213.631, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 7-4-2000. O partido político não está, pois, autorizado a valer-se do mandado de segurança coletivo para, substituindo todos os cidadãos na defesa de interesses individuais, impugnar majoração de tributo”. (RE 196.184, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 27-10-2004, Plenário, DJ de 18-02-2005) Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser: I – coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica; II – individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específi ca da totalidade ou de parte dos asso- ciados ou membros do impetrante. Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. Constituição Federal Anotada.indb 446Constituição Federal Anotada.indb 446 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40 LC – LEI N.º 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009447 Art. 29 § 1.º – O mandado de segurança coletivo não induz litis- pendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não benefi ciarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva. § 2.º – No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser concedida após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 (setenta e duas) horas. Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. Art. 24. Aplicam-se ao mandado de segurança os arts. 46 a 49 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil. Art. 25. Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé. Art. 26. Constitui crime de desobediência, nos termos do art. 330 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, o não cumprimento das decisões proferidas em mandado de segurança, sem prejuízo das sanções administrativas e da aplicação da Lei n.º 1.079, de 10 de abril de 1950, quando cabíveis. Art. 27. Os regimentos dos tribunais e, no que couber, as leis de organização judiciária deverão ser adaptados às dis- posições desta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da sua publicação. Art. 28. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 29. Revogam-se as Leis nsº 1.533, de 31 de dezembro de 1951, 4.166, de 4 de dezembro de 1962, 4.348, de 26 de junho de 1964, 5.021, de 9 de junho de 1966; o art. 3.º da Lei n.º 6.014, de 27 de dezembro de 1973, o art. 1.º da Lei n.º 6.071, de 3 de julho de 1974, o art. 12 da Lei n.º 6.978, de 19 de janeiro de 1982, e o art. 2.º da Lei n.º 9.259, de 9 de janeiro de 1996. Brasília, 7 de agosto de 2009; 188 º da Independência e 121º da República. Constituição Federal Anotada.indb 447Constituição Federal Anotada.indb 447 19/05/2010 17:23:4019/05/2010 17:23:40
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