Buscar

MÓDULO 6 O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS ADIN GENÉRICA E ADC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1. ADIN Genérica:
É o controle efetuado com as características da generalidade (busca um 
efeito para todos), impessoalidade (não há partes) e abstração (não há 
um caso em concreto).
A ADIN Genérica está prevista no artigo 102, I “a” CF/88 e 
regulamentada pela Lei nº 9868/99.
1.1 Objeto:
Busca-se, na ADIN Genérica, a declaração de inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo, federal ou estadual, em face da Constituição Federal ou 
lei ou ato normativo estadual ou municipal em face da Constituição 
Estadual.
Por lei, deve-se entender as espécies normativas previstas no art. 59 da 
CF/88, lei ordinária, lei complementar, medida provisória, lei delegada, 
resoluções, decretos legislativos e Emendas Constitucionais, incluindo 
decretos dos Chefes do Poder Executivo, desde que venham a extrapolar 
o limite de sua regulamentação ou, sendo autônomos, fujam da previsão 
do artigo 84, VI da CF/88, os Tratados Internacionais e as Resoluções dos 
Tribunais. 
Excluem-se, porém, as Súmulas, Normas Constitucionais Originárias, ato 
normativo já exaurido, Respostas Emitidas pelo Tribunal Superior Eleitoral 
e normas anteriores à Constituição, pois nesse caso, elas são revogadas.
1.2 Competência:
No caso de lei ou ato normativo Federal, Estadual ou Distrital (de 
natureza estadual) em face da Constituição Federal, a competência será 
do Supremo Tribunal Federal, de acordo com o art. 102, I, “a” da CF/88. 
Se se tratar de lei ou ato normativo Estadual, Distrital ou Municipal em 
face da Constituição Estadual, a competência será do Tribunal e Justiça, 
de acordo com o art. 125, § 2º CF/88.
Não tem previsão para ADIn Genérica a verificação de lei ou ato 
normativo Municipal em face da Constituição Federal e da Lei Orgânica 
Municipal, nestes casos, somente por meio do controle difuso.
1.3 A legitimidade
Para propor a ADIn Genérica junto ao Supremo Tribunal Federal, a 
legitimidade é concorrente entre o:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou Câmara Distrital;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe e âmbito nacional.
No âmbito estadual, a Constituição Federal, em seu artigo 125, § 2º, 
dispõe que “Cabe aos Estados a instituição de representação de 
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais 
em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para 
agir a um único órgão”, o que significa dizer que, pelo princípio da 
simetria, devem as constituições estaduais representar o mais próximo 
possível a legitimidade prevista no texto federal.
A legitimidade para propor ADIN é concorrente, todavia, alguns 
legitimados não detêm essa representação de forma universal, ou seja, 
para todo assunto. O Supremo Tribunal Federal exige que seja 
demonstrada, para alguns legitimados, a Pertinência Temática, caso a 
ação seja proposta pelas Mesas das Assembleias Legislativas, pelo 
Governador de Estado ou do Distrito Federal, pela Confederação Sindical e 
pela Entidade de Classe. A pertinência temática significa promover a 
demonstração de que o objeto da ação corresponde aos interesses que o 
legitimado defende.
1.4 Procedimento:
O procedimento da ADIN Genérica vem regulamentado pela Lei nº 
9.868/99, que disciplina todas as suas fases, bem como no Regimento 
Interno do Supremo Tribunal Federal.
A petição inicial apontando o dispositivo impugnado e os fundamentos 
jurídicos, deverá ser apresentada em duas vias, com cópia da lei ou ato 
normativo impugnados e documentos necessários; caso a inicial venha 
subscrita por advogado, necessita procuração com poderes especiais.
Verificando o relator que a petição inicial é inepta, não fundamentada ou 
manifestamente improcedente, será liminarmente indeferida. Dessa 
decisão cabe agravo.
Importante observar que, uma vez proposta a ADIN, não haverá a 
possibilidade de desistência da ação, pois não se trata de interesse 
exclusivo de quem propôs, mas da sociedade, de efetivamente verificar se 
a norma é ou não constitucional, e, caso não seja, ver a mesma retirada 
da ordem jurídica.
Despachada a inicial, o relator pedirá de informações das autoridades ou 
órgãos de onde emanaram os atos normativos no prazo de 30 (trinta) 
dias. Assim, se a lei é federal, serão solicitadas informações ao Congresso 
Nacional, se Estadual, à Assembleia Legislativa, se se trata de um decreto 
do Presidente da República, deste serão solicitadas as informações.
Pode, ainda, o relator, admitir a manifestação de outros órgãos caso 
considere a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, 
as quais deverão ser apresentadas no mesmo prazo de trinta dias, 
todavia, no processo não se admitirá intervenção e terceiros. Assim, no 
procedimento da ADIN não há oposição, nomeação à autoria, denunciação 
à lide e chamamento ao processo.
Superado o prazo de trinta dias, o relator ouvirá, sucessivamente, o 
Advogado-Geral da União, que, de acordo com o artigo 103, § 3º, 
defenderá o ato impugnado, e o Procurador da República, que se 
manifestará livremente, pois atua como fiscal da lei, no prazo de 15 dias.
O Advogado-Geral da União tem como função constitucional promover a 
defesa da constitucionalidade das leis, pois estas nascem com essa 
presunção, em face de serem produzidas segundo o procedimento 
estabelecido na constituição. Como as ações do controle concentrado se 
constituem em processo objetivo, sem partes, é necessário um mínimo de 
contraditório, o que é realizado pelo Advogado-Geral da União.
Todavia, o Supremo Tribunal Federal tem admitido a não manifestação do 
Advogado-Geral da União nos casos em que, o próprio Tribunal, em outro 
processo, já se manifestou pela inconstitucionalidade da norma ou o 
próprio Advogado-Geral da União.
Caso necessário, o relator pode pedir informações aos Tribunais 
Superiores, Federais e Estaduais, marcar audiência pública, designar 
comissão de peritos, ouvir pessoas com experiência ou, ainda, pedir 
informações adicionais, tudo a fim de melhor elucidar a questão. Criou-
se, aqui, a figura do amicus curiae, que tem a função de auxiliar o 
Supremo Tribunal Federal na elucidação da questão. Sua participação não 
é obrigatória, mas é considerada relevante para o processo, pois pode 
contribuir com esclarecimento adicionais.
Encerrada essa fase instrutória, o relator lançará seu relatório, com cópia 
a todos os Ministros, solicitando, em seguida, data para julgamento.
1.5 Decisão:
A decisão em sede de ADIN se dará pelo voto da maioria absoluta dos 
Ministros do Tribunal (seis), presente o quórum de instalação de 2/3, ou 
seja, oito Ministros. A decisão poderá declarar a lei no todo ou em parte 
constitucional, inclusive um dispositivo, uma palavra ou expressão. É a 
aplicação do Princípio da Parcelaridade. Importante observar que a ação 
Direta de Inconstitucionalidade Genérica e a Ação Declaratória de 
Constitucionalidade, são ações de sinais trocados, ou seja, se a ADIN for 
julgada procedente, a lei é inconstitucional, sendo que o efeito é o mesmo 
que se julgar uma ADC improcedente. Se a ação for julgada 
improcedente, ou seja, a lei é constitucional, isto terá o mesmo efeito que 
uma ADC ser julgada procedente. Afirma-se, assim, que a ADIN e a ADC 
são ações dúplices, como consta do artigo 24 da Lei 9.868/99.
Da decisão da ADIN não cabe recurso, nem rescisória, somente embargos 
de declaração, conforme prevê o art. 26 Lei nº 9.868/99. Não há prazo de 
decadência ou prescrição.
 1.6 Efeitos:
Considerando que se trata de processo objetivo, sem partes no qual se 
busca a declaração de inconstitucionalidade in abstrato, em caráter geral, 
os efeitos são: erga omnes (vale em relação a todos), vinculante em 
relação aos órgãos do Poder Judiciárioe à Administração Pública federal, 
estadual e municipal, ex tunc, pois se trata de ato nulo, perdendo eficácia 
desde o seu nascimento – art. 28, parágrafo único, Lei nº 9.868/99.
Há exceção quanto aos efeitos. Por motivos de segurança jurídica e 
excepcional interesse social, poderão ser modulados os efeitos da decisão 
em sede de ADIN, ou seja, os efeitos serão, no tempo, ex nunc, a partir 
da decisão, ou em qualquer outro momento que o Tribunal fixar, ou ainda, 
quanto ao universo de pessoas atingidas, restringir os efeitos daquela 
declaração. Para tanto, é necessário o voto de 2/3 dos Ministros, ou seja, 
8 ministros, conforme dispõe o art. 27, Lei nº 9.868/99.
1.7 Pedido Cautelar:
O pedido de medida cautelar será concedido por maioria absoluta (6 
ministros) e quórum de instalação (8 ministros), após a audiência dos 
órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo 
impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias, salvo em 
período de recesso, quando será concedida pelo Presidente do Tribunal, 
que submeterá à confirmação do Tribunal.
O Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da república se 
manifestarão, cada um, no prazo de 5 (cinco) dias, dado o caráter 
urgente da medida. Neste caso, inclusive, poderá ser concedida a medida 
cautelar até mesmo independente de audiência dos órgãos ou das 
autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado.
Em caso relevância da matéria ou especial significado para a ordem social 
e a segurança jurídica, poderá o relator submeter o julgamento da 
medida cautelar diretamente ao Tribunal que a julgará definitivamente, 
como principal, após as informações a serem prestadas no prazo de 10 
(dez) dias e ouvidos o Advogado-Geral da união e o Procurador-Geral da 
República em cinco dias.
Os efeitos da decisão na medida cautelar são, em regra, ex nunc, erga 
omnes e vinculante, neste último caso, o Supremo tribunal Federal ainda 
não decidiu definitivamente qual a extensão do efeito vinculante. Pode 
ainda o STF dar efeitos retroativos à decisão em medida cautela, como 
dispõe o artigo 11 em seu § 1º.
Conforme dispõe o §2º do artigo 11 da Lei nº 9.868/99, a concessão da 
medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, 
salvo expressa manifestação em sentido contrário, ou seja, a legislação 
anterior não é restaurada, e a norma impugnada não é revogada, mas 
suspensa, até a decisão final, salvo se o STF decidir de forma diferente.
 1.8 Reclamação:
Para garantia e preservação da autoridade da decisão em sede de ADIN 
Genérica, o art. 102, I, “l” da CF/88 estabelece o procedimento da 
Reclamação Constitucional, para todos que forem atingidos por decisões 
contrárias à decisão nela proferida.
Está prevista no artigo 102, I, l da CF/88 e regulamentada pela Lei nº 
8.038/90 nos artigos 13 a 18.
Há grande controvérsia sobre a natureza da reclamação constitucional: 
seria ação, recurso, incidente processual, medida de direito 
constitucional, direito de petição.
A legitimidade é para qualquer pessoa que for atingida por decisão 
contrária ao entendimento firmado pelo STF.
O procedimento compreende o peticionamento dirigido ao Presidente do 
Supremo Tribunal Federal, com a juntada de documentos que comprovem 
o descumprimento da decisão do STF, sendo em seguida distribuída ao 
relator da causa principal.
O relator requisitará informações da autoridade a quem for imputada a 
prática do ato impugnado, que as prestará no prazo de 10 (dez) dias. Se 
for o caso, ordenará a suspensão do processo ou do ato impugnado para 
evitar dano irreparável. Qualquer interessado poderá impugnar o pedido 
do reclamante.
O Ministério Público, nas reclamações que não houver formulado, terá 
vista do processo, por 5 (cinco) dias, após o decurso do prazo para 
informações.
A decisão tem caráter mandamental, pois, julgando procedente a 
reclamação, o Tribunal cassará a decisão exorbitante de seu julgado ou 
determinará medida adequada à preservação de sua competência.
A determinação de cumprimento da decisão será determinada antes 
mesmo de se publicar o acórdão.
2. ADC - Ação Direta de Constitucionalidade
Na ação Direta de Constitucionalidade, busca-se estabelecer uma 
presunção absoluta de constitucionalidade da lei ou ato normativo federal, 
pois, de uma maneira geral, as normas nascem com uma presunção de 
constitucionalidade, pois foram produzidas pelos Órgãos Constitucionais, 
os quais fazem um juízo sobre a constitucionalidade dos projetos de lei.
Todavia, ainda assim, pode uma lei nascer viciada, seja sob o seu aspecto 
formal, ou seja, houve alguma irregularidade no procedimento para sua 
criação, ou, material, o seu conteúdo.
A ADC não constava do texto originário da Constituição Federal de 1988, 
mas foi instituída com a promulgação da Emenda Constitucional nº 03 de 
1993, posteriormente acrescentadas as modificações da Emenda 
Constitucional nº 45 de 2004.
Com a edição da Lei 9868/1999, foi regulamentado o procedimento da 
ADC.
2.1 Objeto
Visa a ADC a declaração de constitucionalidade de lei ou ato normativo 
federal. Não se inclui, como na ADIN Genérica, os atos ou leis estaduais.
 2.3 Competência:
A competência para o julgamento da ADC é exclusiva do Supremo 
Tribunal Federal, pois não há previsão constitucional para que seja 
instituída no âmbito dos Estados, pois o artigo 125, § 2º, dispõe que os 
Estados poderão instituir representação de inconstitucionalidade, mas não 
de constitucionalidade.
 2.4 Legitimidade
A legitimidade para propor a ADC, incialmente, era restrita ao Presidente 
da República, à Mesa da Câmara dos Deputados, à Mesa do Senado 
Federal e ao Procurador-Geral da República. Com a modificação produzida 
pela Emenda Constitucional nº 45/2004, a legitimidade para a ADC 
passou a ser a mesma da ADIn Genérica.
Faz-se aqui, as mesmas observações quanto à legitimidade que foram 
feitas na ADIN, pois alguns legitimados devem demonstrar a pertinência 
temática sobre o assunto que pretendem discutir na ADC.
2.5 Procedimento
O procedimento da ADC é semelhante ao da ADIN Genérica, com algumas 
observações.
Dispõe o artigo 14 da Lei nº 9.868/99 que a petição inicial, que deverá 
ser apresentada em duas vias, acompanhada de cópia do ato impugnado, 
da procuração do advogado, quando subscrita por esse, e dos 
documentos necessários à comprovação do pedido, deverá ainda apontar:
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos 
jurídicos do pedido;
II - o pedido, com suas especificações;
III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da 
disposição objeto da ação declaratória.
Caso não esteja em conformidade com as disposições supra, a petição 
inicial, então considerada inepta, não fundamentada ou improcedente, 
será indeferida, liminarmente, pelo relator, decisão da qual caberá 
agravo.
Proposta a ADC, dela não caberá desistência e nem se admitirá 
intervenção e terceiros.
Também não haverá a citação do Advogado-Geral da União, pois este 
somente é chamado aos autos na ADIN para defender o ato quando tido 
por inconstitucional, pois na ADC o que se busca é exatamente o 
contrário.
Será ouvido o órgão ou órgãos dos quais foram emanadas as normas no 
prazo de 30 (trinta) dias, em seguida será ouvido, no prazo de 15 dias, o 
Procurador-Geral da República, em face do que dispõe o artigo 103, § 1º 
da Constituição Federal.
Em seguida o relator lançará o seu relatório com cópia a todos os 
ministros.
Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de 
fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, 
poderá o relator requisitar informações adicionais, designar perito ou 
comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão ou fixar data 
para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com 
experiência e autoridade na matéria, ou seja, a figura do amicus curiae 
na ADC também é admitida.
Pode, ainda, o Supremo Tribunal Federal, solicitar, ainda, informações aosTribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais 
acerca da aplicação da norma questionada no âmbito de sua jurisdição.
Todas as diligências serão realizadas no prazo de 30 (trinta) dias da data 
da solicitação.
Não há prazo de decadência ou prescrição para propor a ADC.
 2.6 Comprovação da controvérsia judicial
Fato importante na ADC é que, na inicial, como anotado acima, o 
legitimado deverá comprovar a controvérsia judicial que envolve o ato 
normativo ou lei federal objeto da ação.
É que, como mencionado linhas atrás, as leis nascem com a presunção de 
constitucionalidade, digamos, uma presunção iuris tantum, ou relativa, e, 
assim, não faria sentido propor uma ação que visasse exatamente firmar 
a presunção de constitucionalidade.
Exige-se, para a propositura da ADC, que se demonstre que a lei ou ato 
normativo federal encontra-se passando por uma crise quanto a sua 
efetiva constitucionalidade, ou seja, que existam inúmeras decisões 
proclamando a sua inconstitucionalidade, colocando em dúvidas aquela 
presunção relativa de constitucionalidade.
2.7 Decisão
A decisão em sede de medida cautelar deverá ser tomada por maioria 
absoluta dos Ministros do STF, 6 (seis) ministros, presentes pelo menos 8 
(oito), de acordo com os artigos 22 e 23 da Lei nº 9.8668/99.
Não se pode esquecer aqui, também, o efeito dúplice da ação ADC como 
ocorre na ADIn Genérica, pois, proclamada a constitucionalidade, julgar-
se-á improcedente a ação direta de inconstitucionalidade ou procedente 
eventual ação declaratória; e, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-
se-á procedente a ação direta de inconstitucionalidade ou improcedente 
eventual ação declaratória.
A decisão é irrecorrível, não cabendo nem mesmo ação rescisória do 
julgado. Eventualmente caberá embargos de declaração, para esclarecer 
ponto duvidoso ou obscuro da decisão.
Tendo sido julgada a ação, o Supremo Tribunal Federal fará comunicação 
ao órgão do qual emanou a lei ou ato normativo e, dentro do prazo de 
dez dias, após o trânsito em julgado da decisão, fará publicar em seção 
especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte 
dispositiva do acórdão.
2.8 Efeitos
A decisão, de acordo com o § 2º, do artigo 102 da Constituição Federal e 
o parágrafo único do artigo 28, da Lei nº 9.868/99, tem efeitos 
vinculantes em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à Administração 
Pública federal, estadual e municipal, ou seja, os efeitos são:
a) Erga omnes;
b) Ex tunc; e,
c) Vinculante.
 2.9 Medida Cautelar
A medida cautelar em sede de ADC, de acordo com o artigo 21 da Lei nº 
9.868/99, consiste na determinação de que os juízes e os Tribunais 
suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei 
ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo. Tal 
decisão valerá pelo período de 180 dias, e, caso a ação não seja 
definitivamente julgada neste prazo, perderá sua eficácia.
Anota ainda o parágrafo único do mesmo artigo 21, que, “concedida a 
medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção 
especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no prazo 
de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo 
de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia”.
Exercício 1: 
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ajuizou 
ação direta de inconstitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal 
(STF), contra dispositivos de lei estadual que teriam disciplinado matéria 
de competência privativa da União, requerendo que fosse concedida 
medida cautelar, com efeitos retroativos, de forma a tornar aplicável a 
legislação anterior existente sobre a matéria. Nessa hipótese, 
considerada a disciplina constitucional e legal da ação direta de 
inconstitucionalidade, referida ação:
A) 
é admissível, em tese, uma vez que preenche os pressupostos de 
cabimento quanto à legitimidade, ao objeto e à competência para o 
julgamento, e a medida cautelar poderá ser concedida pelo STF, nos 
termos requeridos pelo Conselho Federal da OAB.
B) 
não é admissível, pois o Conselho Federal da OAB não possui legitimidade 
para mover ação direta de inconstitucionalidade que tenha por objeto lei 
estadual, por ausência de pertinência temática.
C) 
não é admissível, pois o STF não é competente para o julgamento de 
ação direta de inconstitucionalidade que tenha por objeto lei estadual, 
para o qual a competência é do Tribunal de Justiça estadual respectivo.
D) 
não é admissível, pois lei estadual, ainda que contrária à Constituição da 
República, não pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade, 
mas apenas de arguição de descumprimento de preceito fundamental.
E) 
é admissível, em tese, uma vez que preenche os pressupostos de 
cabimento quanto à legitimidade, ao objeto e à competência para o 
julgamento, mas a medida cautelar, conforme previsão legal, será dotada 
de eficácia contra todos e produzirá efeitos ex nunc, e não retroativos.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior 
acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário.
Exercício 2: 
Projeto de lei de iniciativa parlamentar dispondo sobre aumento da 
remuneração dos empregados públicos da Administração direta federal foi 
aprovado pelo Congresso Nacional, tendo sido sancionado e promulgado 
pelo Presidente da República. Meses depois, o Presidente da República 
ajuizou ação direta de inconstitucionalidade - ADIN em face da lei, 
sustentando que estaria eivada de vício material e formal de 
inconstitucionalidade, este último em razão de tratar de matéria de 
iniciativa legislativa privativa do Presidente da República. Neste caso:
A) 
 há vício formal de inconstitucionalidade, podendo o Presidente da 
República propor ADIN, em que pese tenha sancionado a lei impugnada.
B) 
há vício formal de inconstitucionalidade, mas o Presidente da República 
não pode propor ADIN, uma vez que sancionou a lei impugnada, quando 
lhe era facultado vetá-la por motivo de inconstitucionalidade.
C) 
há vício formal de inconstitucionalidade, que pode ser arguido em ADIN 
apenas pelo Presidente da República, a fim de defender as prerrogativas 
do Chefe do Poder Executivo.
D) 
não há vício formal de inconstitucionalidade, mas o Presidente da 
República pode propor ADIN no que toca ao vício material de 
inconstitucionalidade, ainda que tenha sancionado a lei impugnada.
E) 
não há vício formal de inconstitucionalidade, mas o Presidente da 
República não pode propor ADIN no que toca ao vício material de 
inconstitucionalidade, uma vez que sancionou a lei impugnada, quando 
lhe era facultado vetá-la por motivo de inconstitucionalidade.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) art. 61 da CF.
Exercício 3: 
João ajuíza ação ordinária para discutir direito próprio e alega, nos 
argumentos de sua petição, uma questão incidental de 
inconstitucionalidade a fim de provocar o controle difuso. Ao examinar o 
caso de João, o juiz de primeira instância julga procedente o pedido 
formulado e declara a inconstitucionalidade da lei apontada na petição. 
Ainda pendente de julgamento recurso interposto pela parte contrária na 
ação movida por João, é publicada uma decisão definitiva de mérito do 
Supremo Tribunal Federal em Ação Declaratória de Constitucionalidade 
(ADC), ajuizada pelo Procurador-Geral da República, em que se 
reconhece a constitucionalidade da referida lei.
Diante da situação apresentada, é correto afirmar:
A) 
A decisão do juiz de primeira instância deve ser mantida em segunda 
instância, pois o controle de constitucionalidade difuso tem efeitos apenas 
inter partes.
B) 
A decisão do STF não pode interferir na ação de João, haja vista que 
possui um vício formal, pois o Procurador-Geral da República não é 
legitimado para propor Ação Declaratória de Constitucionalidade.
C) 
João deve entrar com uma reclamação peranteo STF para garantir que a 
decisão da ADC tenha efeitos ex nunc e não atinja sua ação.
D) 
A decisão do STF surtirá efeitos no julgamento do recurso interposto por 
João, pelo fato de a decisão definitiva de mérito em ADC produzir eficácia 
erga omnes e efeito vinculante.
E) 
João deve impetrar mandado de segurança diretamente no STF para 
garantir os efeitos incidentais do controle.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) A CF de 1988 estabeleceu que "as decisões definitivas de mérito, 
proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações declaratórias de 
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, produzirão eficácia 
contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do 
Poder Judiciário e ao Poder Executivo".
Exercício 4: 
Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória 
de constitucionalidade as pessoas e órgãos adiante nominados, EXCETO:
A) 
 o Vice-Presidente da República.
B) 
o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
C) 
partido político com representação no Congresso Nacional.
D) 
A Mesa da Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal.
E) 
o Governador de Estado ou do Distrito Federal.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A) Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade.
Exercício 5: 
Nos termos da Constituição Federal, tem legitimidade ativa para a 
propositura de ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória 
de constitucionalidade, dentre outros:
A) 
o Conselho Seccional da OAB, autorizado pelo Conselho Estadual.
B) 
a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
C) 
a confederação sindical ou a entidade de classe de âmbito estadual, 
instituída há mais de dois anos.
D) 
o Presidente do Congresso Nacional.
E) 
o Advogado-Geral da União.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
D) Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade:
C) Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade:
E) Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade:
B) Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade:
Exercício 6: 
6. Todas as ações de constitucionalidade (ADI, ADC, ADPF e, mais 
recentemente, ADIO) admitem a concessão de medida cautelar. Em 
relação especificamente aos efeitos da concessão de medida cautelar 
ADI, considere as seguintes afirmativas:
I - Os processos que envolvam a aplicação da lei deverão ser suspensos 
até que seja julgado o mérito da ADI.
II - O STF deverá proceder ao julgamento da ADI no prazo de 180 dias, 
sob pena de perda da sua eficácia.
III - A decisão da cautelar em ADI terá efeito ex nunc, salvo se o STF 
entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa.
É correto o que se afirma em:
A) 
I, apenas;
B) 
III, apenas;
C) 
I e II, apenas;
D) 
 II e III, apenas;
E) 
I, II e III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) Os artigos são da Lei 9.868/99.

Continue navegando