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INTRODUÇÃO À TOPOGRAFIA Prof.: Éder Marques SUMÁRIO Goniologia - Medição de ângulos Tipos de ângulos: diedros, rumos e azimutes magnéticos ou verdadeiros Declinação magnética Exercícios MEDIÇÃO DE ÂNGULOS Aproximadamente a 4.000 a.C. – Egípícios e Árabes calendário Sol gira em torno da Terra Ângulo de um grau – arco diurno com vértice no centro da Terra Os babilônios 1.700 a.C. já empregavam sistemas decimais e frações sexagesimais. Depois foi transferido para a Grécia e posteriormente Europa. UNIDADES DE ÂNGULOS GRADOS RADIANOS SEXAGESIMAIS NECESSIDADE Atender aos objetivos da planimetria e altimetria Efetuam-se medidas de ângulos nos dois planos: horizontal e vertical GONIOLOGIA Def.: É a parte da topografia que se encarrega do estudo dos ângulos utilizados para a execução de trabalhos sobre o plano topográfico. Goniometria: medição dos ângulos topográficos Goniografia: representação gráfica ou geométrica. Goniômetros CLASSIFICAÇÃO DOS GONIÔMETROS QUANTO AO ÓRGÃO DE VISADA: DIRETA OU INVERTIDA QUANTO AO SISTEMA DE GRADUAÇÃO DOS LIMBOS CENTESIMAL, SEXAGESIMAL QUANTO AO SENTIDO DE GRADUAÇÃO DOS LIMBOS DESTRÓGIRO, LEVÓGIRO, CONJUGADO, QUADRANTE E MISTO QUANTO AO VALOR ANGULAR DO LIMBO 1º, 30’, 20’, etc. NÔNIO OU VERNIER Arco adicionado ao limbo e de mesma curvatura que permite fazer leituras menores que o menor valor angular do limbo PRINCÍPIO DE CONSTRUÇÃO PRINCÍPIO DE CONSTRUÇÃO Sendo: l = valor da menor graduação angular do limbo; d = Menor leitura angular em um goniômetro dotado de nônio; = Valor angular do nônio; n = numero de divisões do nônio; m = número de divisões do limbo tomado para construir o nônio. 0° 90° 180° 270° l @ d=aproximação efetiva L1 L2 mlL *1 nL *2 21 LL 1) 2) 3) 1 mn n ld dnnllnl ndlnl nml *)()1(* ** Por construção: Então, EXERCÍCIOS 1) Fazer a representação gráfica da leitura angular de 81º 18’ em um goniômetro que possui a seguinte característica: menor divisão do limbo de 30’ nônio dividido em 30 partes 2) Fazer a representação gráfica da leitura angular de 31º 50’ 40” em um goniômetro que possui a seguinte característica: menor divisão do limbo de 20’ nônio dividido em 60 partes. 3) Executar os seguintes esquemas de leituras: leitura = 37º 20’, l = 60’ e n = 30 leitura = 82º35’30”, l = 30’ e n = 60 leitura = 37,25g, l = 0,5g e n = 30 TIPOS DE ÂNGULOS ÂNGULOS HORIZONTAIS DIEDROS AZIMUTES RUMOS ÂNGULOS VERTICAIS INCLINAÇÃO ZENITAL NADIRAL ÂNGULO HORIZONTAL ● Aplicação utilizando um teodolito Orientação ● Norte Magnético e Geográfico ✔ O planeta Terra pode ser considerado um gigantesco imã, devido a circulação da corrente elétrica em seu núcleo formado de ferro e níquel em estado líquido. Estas correntes criam um campo magnético. ✔ Este campo magnético ao redor da Terra tem a forma aproximada do campo Magnético ao redor de um imã de barra simples. ✔ Tal campo exerce uma força de atração sobre a agulha da bússola, fazendo com que mesma entre em movimento e se estabilize quando sua ponta imantada estiver apontando para o Norte magnético. Orientação ● Norte Magnético e Geográfico ✔ A Terra, na sua rotação diária, gira em torno de um eixo. Os pontos de encontro deste eixo com a superfície terrestre determinam-se de Pólo Norte e Pólo Sul verdadeiros ou geográficos. ✔ O eixo magnético não coincide com o eixo geográfico. Esta diferença entre a indicação do Pólo Norte magnético (dada pela bússola) e a posição do Pólo Norte geográfico denomina-se de declinação magnética. Orientação ● Bússola: ✔ Por influência do magnetismo terrestre, a agulha magnética, quando se encontra na posição de equilíbrio, se orienta sempre na direção dos polos magnéticos. ✔ As bússolas são constituídas de uma agulha imantada que tem sua parte central repousada sobre um pivô localizado no centro de um limbo graduado. Esse conjunto vem acondicionado em uma caixa anti-magnética. ✔ Obs.: Recomenda-se que, quando o instrumento não estiver em serviço, o movimento da agulha imantada seja bloqueado, evitando danificar tanto a parte central da agulha quanto a ponta do pivô. Orientação ● Azimute: ✔ Azimute de uma direção é o ângulo horizontal, em sentido horário, formado entre a meridiana de origem que contém os Pólos, magnéticos ou geográficos, e a direção considerada. ✔ É medido a partir do Norte, no sentido horário e varia de 0º a 360º. ✔ Empregados para orientar plantas topográficas em relação ao eixo de rotação da Terra. Orientação ● Rumos: ✔ Rumo é o menor ângulo horizontal horário formado pela meridiana que materializa o alinhamento Norte Sul e a direção considerada. ✔ Varia de 0º a 90º, sendo contado do Norte ou do Sul por leste e oeste. ✔ Este sistema expressa o ângulo em função do quadrante em que se encontra. ✔ Além do valor numérico do ângulo acrescenta-se uma sigla (NE, SE, SW, NW) cuja primeira letra indica a origem a partir do qual se realiza a contagem e a segunda indica a direção do giro ou quadrante. Orientação ● AZIMUTE vs. RUMO Âng. Horizontais a partir de azimutes EXERCÍCIOS Transforme e represente graficamente os seguintes rumos em azimute e vice versa. a) Azimute de 33º 43’ b) Rumo de 30º 25’SE c) Rumo de 38º15”NO d) Azimute de 233º40’ DECLINAÇÃO MAGNÉTICA DEF.: Ângulo horizontal formado entre a direção do meridiano magnético e a direção do meridiano verdadeiro. Pode ser ocidental, oriental ou nula Varia no espaço, no tempo e acidentalmente. No espaço: a sua medição permite a construção das LINHAS ISOGÔNICAS No tempo: a sua medição permite a construção das LINHAS ISOPÓRICAS DECLINAÇÃO MAGNÉTICA onde: do= declinação magnética do local (época da carta); Ddo = variação anual da declinação magnética local; Ac = número de anos entre a data da carta e a determinação; Fa = fração do ano. 00 ).( ac FA CORREÇÃO DE AZIMUTES Azv= Azm + CORREÇÃO DE RUMOS -do +de +do -de -do +de +do -de NV LO S EXEMPLO1 Com os dados do mapa geomagnético abaixo determinar a declinação magnética para Ouro Preto – Escola de Minas. 48° 42° 20° 24° Isogônica Isopórica Ouro Preto - Escola de Minas Lat: 20°23'53"S Long:43°30'29"O -22°-21° -23° -6° -5° -4° EXEMPLO2 Foram determinadas em 10/03/1985 duas direções magnéticas: a de um alinhamento denominado CD no valor de 289º30’ e a de outro alinhamento denominado ED no valor de 8º10’SE. Considerando os dados da carta magnética do ano de 2000 que fornece -21º de declinação e -4’ de variação anual, para o local em questão. Pede-se; a) Determinar o azimute magnético de CD para a data de 10/03/2008 b) Determinar o rumo magnético de ED para a data de 10/03/2008 c) Determinar o azimute verdadeiro de CD para a data de 10/03/2008 d) Determinar o rumo verdadeiro de ED para a data de 10/03/2008 ÂNGULO VERTICAL ● No plano vertical, os ângulos são medidos a partir de uma origem que é fixada pelo fabricante do instrumento ou pelo usuário do instrumento. ✔ 1) Ângulo de Inclinação ou vertical: Quando a origem de contagem do ângulo é num plano horizontal. Se a linha de visada for ascendente o ângulo será positivo, se for descendente, o ângulo será negativo. Nesse caso, o ângulo pode variar de 0 a 90°. ✔ 2) Ângulo Zenital: Quando a origem de contagem corresponde à vertical do ponto (Zênite). O ângulo é sempre positivo e varia de 0 a 180°. Quando se utiliza o instrumento com a luneta na posição invertida o ângulo zenital pode atingir até 360°. ÂNGULO VERTICAL ● Ângulo de Inclinação (i) ÂNGULO VERTICAL ● Ângulo Zenital (z) ÂNGULO VERTICAL ● Exemplo em um teodolito Âng. Inclinação vs. Âng. Zenital Aplicação na prática ● Instrumentos Utilizados Teodolito Baliza Piquete Materializar os pontos topográficos em campoMedir os ângulos e distâncias em campo Orientar a visada doteodolito aos pontos topográficos Aplicação na prática ● O teodolito e suas partes... Aplicação na prática ● Ponto Topográfico: ✔ A materialização de pontos topográficos é realizada a partir da instalação de piquetes de madeira (pequenas estacas), marcos de concreto ou placas/ chapas metálicas; Aplicação na prática ● Utilização da baliza Aplicação na prática ● Procedimentos para a medição de um ponto em campo: ✔ Instalação e centralização do teodolito no ponto topográfico; ✔ Nivelar o teodolito; ✔ Pontaria e focalização da baliza (ou do alvo) no ponto B; ✔ Leitura da direção AB; ✔ Pontaria e focalização da baliza no ponto C; ✔ Leitura da direção AC; ✔ Obtenção do ângulo BAC Aplicação na prática ● Instalando o teodolito no ponto topográfico Aplicação na prática ● Instalando o teodolito no ponto topográfico Aplicação na prática ● Nivelando um teodolito 1°- Alinhar o nível de bolha tubular ao eixo de dois calantes: 2°- Girar os dois calantes em sentidos opostos e com mesma intensidade até a bolha centralizar 3°- Após a bolha estiver calada (centralizada), gire o teodolito em 90°, de forma que o nível de bolha tubular esteja perpendicular a linha definida pelo dois calantes anteriormente. Girar o calante até a centralização da bolha Aplicação na prática ● Focalização da pontaria: ✔ focar a luneta é a operação que tem por fim fazer a coincidência do plano do retículo e do plano da imagem do objeto visado com o plano focal comum à objetiva e à ocular. ✔ 1°) focalizar o retículo; ✔ 2°) focalizar o objeto; Métodos de medidas de ângulos ● Aparelho não orientado; ● Aparelho orientado ao norte; ● Aparelho orientado na Ré; ● Aparelho orientado na vante; ● Deflexão; ● Pares conjugados (PD e PI); ● Método das Reiterações; ● Método das Repetições; Métodos de medidas de ângulos ● Aparelho não orientado; ✔ Neste caso, faz-se a leitura da direção AB(L1) e AC(L2), sendo que o ângulo será obtido pela diferença entre L1 e L2. O teodolito não precisa estar orientado segundo uma direção específica. Se α < 0 somar 360° Métodos de medidas de ângulos ● Aparelho orientado ao Norte; ✔ Neste caso, o teodolito está orientado segundo o norte (magnético ou verdadeiro). Logo sua leitura no limbo do aparelho é 0° 0' 0"; em topografia se fala que o instrumento está zerado no norte. Se α < 0 somar 360° N Neste exemplo, as leituras L1 e L2 passam a ser azimutes verdadeiros de A para B e de A para C. Métodos de medidas de ângulos ● Aparelho orientadona Ré; ✔ Neste caso, zera-se o instrumento na estação ré e faz-se a pontaria na estação de vante. ● Aparelho orientado na Vante; ✔ Semelhante ao caso anterior, somente que agora o equipamento será zerado na estação de vante Métodos de medidas de ângulos ● Deflexão; ✔ Neste caso, força-se a coincidência da leitura 180º com o ponto de ré, o que equivale a ter a origem da graduação no prolongamento dessa direção. A deflexão será positiva (leitura a direita) ou negativa (leitura a esquerda) e vai variar sempre de 0º a 180º. Métodos de medidas de ângulos ● Pares (leituras) Conjugados (PD e PI); ✔ As leituras são feitas na posição direta (PD) da luneta e na posição inversa (PI). Métodos de medidas de ângulos ● Método das Reiterações; ✔ Existem alguns teodolitos chamados reiteradores, que possuem um parafuso reiterador que permite reiterar o limbo, ou seja, deslocar o limbo independentemente da alidade. ✔ Fixado o número de reiterações n, efetuam-se n pares de leituras conjugadas, tendo o cuidado de deslocar a origem da graduação de forma a cobrir todo o círculo horizontal. ✔ Exemplificando o método de Reiteração: com o limbo em uma posição inicial (exemplo 0°) realizam-se as leituras das direções, ● Método das Reiterações; ✔ Utilizando 45° como intervalo de reiteração, gira-se o limbo do equipamento de 45° e realiza-se as novas leituras; após incrementa-se mais 45° no limbo... ✔ Reiterando mais 45º ✔ Ao final calcula-se o ângulo final tirando as médias de todos os angulos medidos Métodos de medidas de ângulos Métodos de medidas de ângulos ● Método das Repetições; ✔ Neste método faz-se a leitura de direção inicial (direção OA,leitura L0) e depois a leitura na outra direção (L1). ✔ Fixa-se a leitura L1 e realiza-se a pontaria novamente na direção OA. ✔ Libera-se o movimento do equipamento e faz-se a pontaria em B novamente (leitura L2), fixa-se esta leitura e repete-se o procedimento.
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