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Resumo - Eptélio Secretor ou Glandular

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Eptélio Secretor ou Glandular
Os epitélios secretor ou glandular está incluído dentro do tecido conjuntivo, diferente dos tecidos epiteliais de revestimento, encontrados sempre na superfície. Apresentam células capazes de elaborar e liberar secreções.
Secreções variam muito em natureza, podendo ser proteica, glicídica, lipídica ou verdadeiros combinados dessas frações de diferentes moléculas. A liberação das secreções é feita através de exocitose, utilizando-se do sistema de endomembranas, sem perda de parte estrutural da célula glandular. É feita a transferência do material a ser secretado por uma vesícula, sendo esta vesícula transferida pelo citoesqueleto até um ponto da membrana, há a fusão e a liberação do conteúdo para o meio extracelular.
Histogênese: formação dos tecidos –
Eptélio de revestimento ainda em fase embrionária guarda grande potencialidade, sendo esta a capacidade que um tecido tem de originar diferentes outros. Este eptélio passa por um momento de proliferação celular, crescendo em direção ao tecido conjuntivo. Abaixo ou ao lado de lâminas epitelias, encontra-se sempre tecido conjuntivo. Então, aquele maciço celular em evolução cresce para dentro do tecido conjuntivo, ficando separado por uma estrutura que representa uma fração distinta de matriz extracelular, produzida pelas células epiteliais, que trata-se da lâmina basal. Após esta profeliferação, inicia-se o processo de diferenciação ou especialização, adquirindo estrutura celular definitiva, quando é desenhada a competência funcional destas células. 
Ao longo deste processo de histogênise glandular, algumas formações perderão contato com o eptélio de revestimento e outras manterão este contato. Portanto dá-se a formação de dois tipos de estruturas glandulares: endócrinas, especializadas em secretar substâncias nos vasos sanguíneos e/ou linfáticos, e exócrinas, especializadas em secretar substâncias para a superfície epitelial de revestimento.
Epitélios endócrinos: parte secretora; a perda do contato com o tecido eptelial se dá por apoptose (morte celular programada); são aductais;
Eptélios exócrinos: apresentam seletivamente parte secretora e parte condutora, que conduz a secreção até a fração eptelial;
Classificação morfológica do sistema endócrino:
Podem apresentar dois padrões morfológicos. As células que constituem a parte secretora podem formar cordões celulares ou podem ser organizar formando vesículas ou folículos.
As que formam cordões são chamadas de cordonais ou cordonadas sendo intercaladas por vasos sanguíneos ou linfáticos. Esta é a variedade de glândula mais frequente. Não são necessariamente retificadas.
As que formam vesículas ou folíolos são chamadas de vesiculosas, somente serão encontradas em uma variedade de órgão celular, que é a tireóide.
Classificação morfológica do sistema exócrino:
Porção condutora ou ducto – 
Glândula simples: apresenta apenas um conducto. Quando a porção secretora apresentar ramificação a nomenclatura pode apresentar-se da seguinte forma: alveolar simples ramificada; tubular simples remificada.
Glândula composta: apresenta conductos ramificados.
Porção secretora – 
Alongada, levemente arredondada ou estas duas formas em uma mesma porção.
Tubular ou tubulosa: quando é alongada. Quando é muito longa, pode dobrar-se para melhor acomodação, sendo então referenciada como enovelada. 
Acinosa ou alveolar: quando é arredondada ou ovóide.
Túbulo-alveolar: apresenta os dois padrões de morfologia na mesma glândula.
Classificação de acordo com a natureza química da secreção:
Mucosa: quando a secreção apresenta alto teor de glicídios; a secreção é viscosa e espessa, o que é explicado pelas pontes que os glicídios estabelecem com moléculas de água, gerando estes agregados viscosos. Podem, por exemplo, ser lançadas em superfícies epteliais, facilitando a movimentação de substâncias nestas superfícies. Ex.: o esôfago é banhado internamente por essas secreções, o que facilita a passagem do alimento. Também está presente sobre o revestimento da cavidade nasal, apresentando uma outra função – a de reter as partículas que entram pelo nariz em suspensão no ar.
Cerosa: quando a secreção apresenta alto teor de proteínas, não formando pontes com a água e tampouco viscosidade, estando dissolvidas no meio, portanto fluida. Ex.: lágrima.
Mista: apresenta semelhante teor de glicídios e proteínas. OBS.: glândulas que possuem funções endócrina e exócrina, como o pâncreas, não podem ser chamadas de mistas, porém anfícrinas. Nas glândulas mistas, durante a coloração para análise são extraídos os glicídios, portanto a porção mucosa apresenta pouca colocação no citoplasma, além de um núcleo achatado e localizado na base. Nas cerosas, o núcleo é volumoso e não achatado, apresentando o citoplasma bastante corado.
Classificação de acordo com a integridade da célula após a liberação da secreção:
Glândula merócrina – secreta, produz, armazena e libera, porém não há perda de material celular; representa a maioria das glândulas; realiza exocitose.
Glândula apócrina – há perda de material citoplasmático apical no momento da liberação da secreção. As células da porção secretora só voltam a a secretar depois de reconstituirem a área superficial perdida, ação realizada pelas células-tronco adultas.
Glândula olócrina – o momento de liberação da secreção representa o fim do ciclo celular. É liberada a secreção e junto são liberados todos os componentes celulares. Toda a estrutura celular é parte integrante da secreção, porém não há morte celular, pois as estruturas celulares que participam da secreção, são aquelas que já estão no fim de seu ciclo celular cumprindo a fase de liberação. As demais células mantém-se intactas em processo de diferenciação iniciado pelas células-tronco adultas.
OBS. 1: A estrutura glandular sempre dispõe de células-tronco adultas, que dividem-se e especializam-se. O trajeto de diferenciação parte da área basal, próxima ao conjuntivo, e termina na área apical, próxima ao eptelial, portanto as células-tronco adultas localizam-se em região basal e a secreção localiza-se em regial apical.
OBS. 2: Nenhuma célula especializada realiza mitose.

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