Buscar

Tecido Epitelial - Histologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 @sarahmelissaofc 
Tecido Epitelial 
Definição: 
O epitélio neste caso é definido como epitélio de 
revestimento e caracteriza-se por ser de tipo contínuo, ou 
seja, forma uma bainha ininterrupta, na qual a quantidade 
de material extracelular é mínima porém os livros didáticos 
a determinam como ausente. Este epitélio é responsável pela 
cobertura das superfícies corpóreas sejam elas, externas ou 
internas e delimitam as cavidades do corpo. Os epitélios que 
são constituintes de glândulas e são denominados de 
epitélios glandulares a ser discorrido posteriormente. 
Observe que nas imagens esquemáticas não se observam a 
presença de espaços entre as células o que reforça a 
característica do epitélio de revestimento ser ininterrupto. 
Epitélio de revestimento: 
De acordo com a sua distribuição no organismo, o epitélio 
pode ser classificado em epiderme; mesotélio e endotélio. 
A Epiderme é um de três componentes que formam a pele que 
reveste a superfície corpórea do lado externo 
O Mesotélio é a camada que reveste as cavidade corpóreas 
como o tórax, o abdomem e o espaço em torno do coração, 
ainda nestas regiões recebem nomes mais específicos como 
Pleura na região torácica, peritônio em abdômen e 
pericárdio ao redor do coração. Ainda encontramos 
mesotélio na túnica albugínea de testículos e ovários. 
O endotélio é o revestimento interno dos vasos 
sanguíneos, está presente desde os grandes vasos até os 
menores como os capilares e vênulas. Devemos destacar que o 
endotélio ainda é responsável pela produção de várias 
substancias de caráter hormonal, com ação vasoconstritora 
e vasodilatadora bem como moduladores da homeostasia. 
Estes assuntos serão apresentados mais adiante no curso. 
Características; 
O epitélio é determinado por várias características que assim 
o definem, deste modo, quanto a: 
Celularidade pode se dizer que o tecido epitelial apresenta 
alta celularidade, ou seja, é formado por um numero alto de 
células. Neste caso compete detalhar-se que apesar da alta 
celularidade em números, a variação de tipos celulares em 
cada epitélio especificamente torna-se baixa, assim, o 
epitélio detém alta celularidade de células idênticas, 
conforme poderá ser melhor visto quando discutir-se o 
formato das células que o compõe. 
Quanto ao material extracelular, conforme dito 
anteriormente, o epitélio será composto por quantidades 
mínimas de material extracelular, de modo a permitir-se as 
funções celulares mas principalmente em manter-se a 
função tecidual de revestimento e isolamento entre os 
ambientes em ambos os lados deste epitélio. 
 
Quanto a vascularização, o epitélio é um tecido avascular, 
ou seja, não há vasos sanguíneos em sua composição. 
Lembre-se que quando mencionamos que a epiderme, que é 
um tipo de epitélio de revestimento, é um de 3 componentes 
da pele, mantemos a sua característica avascular, uma vez 
que outro componente da pele, será responsável por 
disponibilizar os vasos, e por isso, que as vezes quando 
cortamos a pele, pode-se observar sangramento ou não. 
Ainda que o epitélio seja avascular, ele é um tecido vivo, e 
para manter-se deste modo, a sua nutrição é realizada por 
diferença de gradiente por exemplo, ou seja, até onde chegam 
os vasos, estes distribuem oxigênio e nutrientes nesta área e 
por diferença de gradiente será disponibilizado para as 
células mais próximas e assim por diante até camadas mais 
distantes. Um pensamento logico, será de quanto maior a 
distância desta região vascular mais pobre será a 
manutenção da viabilidade celular, característica essa que 
2 @sarahmelissaofc 
poderá ser melhor entendida em breve quando discutir-se os 
tipos epiteliais de revestimento. 
Como regras tem exceções, o epitélio da orelha é o único que 
apresenta estrias vasculares em sua composição. 
 
De mesmo modo que a vascularização, a inervação está 
ausente, no tecido epitelial. Ainda que tenhamos a 
capacidade de sentir alterações físicas ou seja, percepção de 
estímulos, como calor, frio, dor e pressão pela pele, essa 
inervação se dá pela presença da inervação em camadas mais 
inferiores e que se comunicam com as células da camada 
mais externa. 
O tecido epitelial apresenta alta taxa mitótica, ou seja, está 
em constante multiplicação/renovação de modo a manter-
se a integridade da camada de modo a cumprir-se a sua 
função de isolamento. Deve-se ter noção que isolamento, 
não é sinônimo de falta de interação. Conforme já pudemos 
discutir acima, a nutrição e a inervação são 
operacionalizadas devido a estas interações. Estas interações 
celulares serão melhor entendidas quando discutir-se as 
especializações da membrana celular principalmente 
discutidas na disciplina de Biologia Celular. 
As uniões serão responsáveis por manter as células unidas 
entre si e com a sua base de apoio. Aos tipos de arranjos 
morfológicos de uniões conferimos a nomenclatura de 
especializações de membrana que estarão relacionadas aos 
domínios celulares – superior, laterais e inferior. Cada tipo 
de especialização de membrana será capaz de conferir as 
células, adesividade, passagem de substancias e manutenção 
da estrutura celular por exemplo.. 
 
Ainda relacionado aos complexos juncionais de membrana, 
encontraremos que o epitélio deve ser sustentando para 
manter o seu posicionamento, esta particularidade é obtida 
pela ação da membrana basal que manterá relação com as 
células pelo seu polo basal. Em microscopia de luz pode-se 
identificar essa camada abaixo das células epiteliais, 
contudo há a necessidade de empregar-se técnica de 
coloração especifica para a mesma, tal como a técnica do 
Ácido Periódico de Schiff (PAS). 
Devido a essas características já discorridas, pode-se 
determinar as funções exercidas pelo epitélio em proteção, 
secreção e transporte. 
A proteção exercida pelo epitélio evita que microorganismos 
residentes no organismo ou microorganismos oportunistas 
tenham acesso a camadas mais internas como nos casos de 
abrasões e injúrias. 
A secreção que ocorre no tecido epitelial está ligada a 
controles hormonais e enzimáticos, tanto os produzidos 
pelo próprio epitélio em regiões especificas como os vasos ou 
mesmo de hormônios produzidos por outras estruturas 
circundantes ou distantes. Outra secreção associada é a 
produção e liberação de muco que é exercida por células 
caliciformes associadas ao epitélio. 
O Transporte exercido pelo epitélio está ligado a toda a 
movimentação de produtos da absorção ou excreção como 
poderemos ver na digestão de alimentos exercido pelo 
sistema digestório e ou na ação do sistema urinário por 
exemplo. 
A movimentação realizada pelo tecido epitelial está 
associada a permeabilidade celular e aos seus complexos 
juncionais, deste modo além de substâncias necessárias para 
3 @sarahmelissaofc 
o organismo, este controle da movimentação permite a 
passagem de agentes do sistema imune, permite a 
multiplicação de células e manutenção da estrutura 
epitelial. 
A sensibilidade do epitélio é o gerenciador da nossa 
conectividade com o nosso em torno através de nossos 
sentidos sensoriais, tais como, a detecção do gosto exercido 
pelas papilas gustativas na língua, a luminosidade 
identificada pela retina, a sonoridade pelos ouvidos e 
também dor e temperatura por exemplo. 
 
As células são o componente importante que exercerão a adesão célula a 
célula e assim determinar o arranjo tecidual. 
Assim, em uma célula podemos identificar superfícies especificas sendo 
estas a apical, a lateral e a basal. 
Para cada uma destas superfícies pode-se verificar que a membrana 
celular é capaz de especializar-se e assim, no domínio celular apical pode-
se encontrar as microvilosidades, os cílios e os estereocílios. Para o 
domínio lateral encontramos as junções compactas, as junções 
aderentes, os desmossomos e as junções comunicantes. E para o domínio 
basal veremos a presença de hemidesmossomos 
Domínio Apical 
As especializações do domínio apical apresentam uma característica 
comum que é a de aumentar a superfíciecelular, e características 
próprias que determinam a especificidade e função de cada uma delas. 
Outra característica será a movimentação desta estrutura especializada e 
assim observaremos que elas podem ser imóveis ou móveis. 
O domínio apical de uma célula pode apresentar especializações como os: 
Microvilos que aumentam a superfície celular, são imóveis e não 
ramificam-se e apresentam o mesmo tamanho; 
Os cílios que são múltiplos e apresentam movimentação, quando são 
únicos são denominados de flagelos, 
Estereocílios que também aumentam a superfície celular contudo são 
imóveis e apresentam ramificações a partir do eixo principal e podem 
distribuir-se em ordem de tamanho como no caso das células ciliadas 
no ouvido interno. 
Nas imagens podem-se visualizar na ordem os três tipos de especialização 
demonstrados por microscopia de luz e eletrônica de varredura. 
Domínio Lateral 
As especializações do domínio lateral de uma célula serão responsáveis 
por duas características, a primeira em manter as células unidas entre si 
conferindo-lhes a justaposição e a segunda relacionada a comunicação 
entre estas células. Sendo assim, ao conjunto de estruturas 
especializadas da superfície lateral da células denominaremos de 
complexos juncionais. 
Deste modo temos,: 
Junções de Oclusão; Junções de Adesão e Junções comunicantes ou do 
tipo gap. 
Junções de Oclusão 
Quanto as junções de Oclusão temos as Zônulas ocludentes que 
caracterizam-se por serem impermeáveis e formam um barreira 
intercelular de difusão. Estas zonas ocludentes são responsáveis pela 
separação físico-química entre os meios externo e interno. Nas células 
epiteliais, as junções de oclusão atuam como um zíper. Além de uma 
adesão forte, as zonulas ocludentes carreiam outras funções, tais como, 
no intestino, impedem a difusão de moléculas no espaço intercelular 
entre os enterócitos, forçando a sua passagem pelo enterócito o que leva 
a um processo mais seletivo. 
A junção de oclusão mantem a polaridade celular pois forma uma 
barreira física, que previne a difusão lateral de moléculas de membrana, 
proteínas e lipídios. É uma barreira física para a difusão lateral de 
membrana plasmática. 
As junções de oclusão são formadas por mais de 40 tipos de proteínas. As 
proteínas transmembranas são as claudinas, a família de proteínas 
chamadas de ocludinas, e as moléculas de adesão juncional (JAM). 
As Claudinas são proteínas transmembranas reponsáveis pela adesão 
célula-a-célula e entre estes pontos de adesão, o espaço celular é de 
aproximadamente 1 nanometro o que permite a passagem de ions entre 
as células. Há 20 tipos de claudinas que formam passagens de diferentes 
tamanhos. As células tem a capacidade de determinar e regular a 
expressão dos tipos diferentes de claudinas. Dependendo do estado de 
adesão entre as celulas, essas interações moleculares pode desencadear 
sinalização que afetam a fisiologia celular. 
Junções de Adesão 
As junções de adesão também podem ser denominadas de junções de 
ancoragem. 
Este tipo é representado pelas zônulas de adesão e pelas máculas de adesão 
Em ambos os casos, as especialidades de membrana promovem a 
estabilidade mecânica das células em justaposição por interagirem com 
o citoesqueleto de ambas as células mantendo-se deste modo a 
integridade estrutural do epitélio. 
A diferença entre as pelas zônulas de adesão e as máculas de adesão está 
na posição que elas adotam ao longo da superfície lateral celular. 
Deve-se ter atenção que as zônulas de adesão distribuem-se na parede 
lateral na região mais próxima do domínio apical celular, formando 
assim, uma espécie de cinturão. 
Já as máculas de adesão distribuem-na ao longo das porções medianas e 
inferiores da superfície lateral e assim são representadas pelos 
desmossomos pois são pontos de ancoragem ao longo desta parede. 
As junções de adesão são compostas pelas proteínas da família das E-
caderinas, que desenvolvem papel importante na adesão célula a célula e 
para a organização da barreira epitelial tal como pode ser visto nos 
intestinos. As junções de adesão controlam a permeabilidade celular por 
4 @sarahmelissaofc 
meio de mecanismos de abertura e de fechamento. Também atua nos 
controles de proliferação celular, apoptose e desenvolve papel 
importante na angiogênese embrionária. 
Junções Comunicantes 
As junções comunicantes também denominadas de junções gap 
desempenham o controle da manutenção da homeostase celular 
promovendo comunicação entre as células do epitélio permitindo 
distribuição de nutrientes, oxigenação e na transmissão eletroquímica, 
permitindo-se assim a maior viabilidade celular e o desenvolvimento 
das funções de produção e secreção. As junções GAP permitem a troca de 
pequenas moléculas hidrofílicas como a glicose, a glutationa, o 
glutamato, a adenosina monofosfatase cíclica (cAMP), o ATP, IP3 
(inositol trifosfato) e íons de cálcio, sódio e potássio. 
A permeabilidade das junções GAP dependem do diferentes tipos de 
conexinas que as compõem. As junções GAP são classificadas em 
heterotípicas ou homotípicas . 
Reporta-se como funções das junções GAP, a transmissão dos impulsos de 
excitação dos músculos cardíacos e músculos lisos e dos neurônios do 
SNC; a sinalização em tecidos avasculares ou não inervados, o controle 
do crescimento celular e da transformação oncogênica e regulação dos 
estágios iniciais do desenvolvimento. 
Quanto ao domínio basal, encontraremos os hemidesmossomos, que não 
são considerados do tipo junção celular pois não estão relacionados a 
ação entre célula-a-célula. 
Os hemidesmossomos, as adesões focais e as dobras basolaterais 
desempenham função de conectividade com a região de suporte das 
células epiteliais que é determinado pela membrana basal. 
Conforme já mencionada anteriormente nesta aula conceitual e na 
anterior, o tecido epitelial deve ser sustentado para manter-se em sua 
posição. Esta sustentação é conferida pela ação da Membrana Basal. A 
Membrana Basal é uma estrutura que relaciona-se com o domínio basal 
celular. Esta membrana é visível ao microscópio óptico de luz 
geralmente sob técnicas de coloração especifica para a sua identificação. 
A Membrana Basal é formada por 2 componentes. Cada um destes 
componentes não são visíveis ao microscópio óptico de luz, sendo 
possível a sua observação apenas utilizando-se o microscópio eletrônico 
de transmissão. Assim, a Membrana Basal poderá ser composta por 
Lamina Basal + Lamina Basal ou por Lamina Basal + Lamina Reticular. A 
lamina basal é sintetizada pelas células epiteliais e é composta por uma 
lamina lucida e uma lamina densa (estas características referem-se ao 
maior e menor poder de opacidade em microscopia eletrônica, que ja 
comentamos, como elétron-densidade e elétron-luminescencia). A 
lamina basal é formada por fibra colágeno do tipo IV em sua maioria 
porem encontram-se os tipos VII, XV e XVIII, além de laminadas, 
entactinas, proteoglicanos e fibronectinas. 
A lamina reticular é basicamente formada por colágeno tipo III 
sintetizados pelas células do tecido conjuntivo. 
 
Quando observamos a associação entre duas Laminas Basais geralmente 
observamos a interação entre epitélios que estão próximos porém que 
orientam-se em sentidos opostos, ou seja, os domínios celulares apicais 
estão direcionados cada um para um lado. 
Ao passo que quando observamos a associação entre a Lamina Basal e a 
Lamina Reticular, temos o epitélio apoiado sobre o tecido conjuntivo, 
assim a Lamina Basal relaciona-se com a célula enquanto que a Lamina 
Reticular associa-se as proteínas do tecido conjuntivo. 
A membrana basal tem a função de fornecer suporte ao tecido epitelial e 
separá-lo do tecido conjuntivo; também desenvolve papel nos processos 
de diferenciação celular por meio dos receptores de membrana que 
sinalizam efeitos em cascata capazes de transcrever fatores devido a 
participação dos mensageiros secundários, afetando a ativação de genes. 
Formato celular- Número de camadas 
O tecido epitelial de revestimentoé classificado pela forma de sua 
célula; pelo numero de camadas 
Quando falamos sobre a forma celular, teremos células do tipo 
pavimentosa, cuboidal, poligonal, colunar e células em domo 
Quando falamos de número de camadas, o epitélio de revestimento 
poderá admitir camada única e assim é chamado de simples ou várias 
camadas sendo denominado de estratificado sendo que há ainda uma 
terceira hipótese de arranjo denominado de pseudoestratificado. Para 
entendermos esta classificação, além da característica de camadas, 
levamos em conta outro aspecto nesta classificação que é a sua relação 
com a membrana basal já discutida anteriormente e que promove a 
sustentação do tecido epitelial. Assim, no tecido epitelial simples 
observamos que as todas as células desta camada estão apoiadas sobre a 
membrana basal, ao passo que no epitélio estratificado, apenas as células 
da camada mais baixa está apoiada sobre a membrana basal, ao passo que 
nas demais camadas, as células apoiam-se uma sobre as outras e não 
mais entram em contato com a membrana basal. 
 
Na próxima aula discutiremos mais intrinsecamente as particularidades 
de cada tipo de tecido epitelial de revestimento. 
 
5 @sarahmelissaofc 
 
O epitélio pavimentoso pode arranjar-se em um única camada e ser 
denominado de epitélio simples ou em varias camadas e então será 
determinado como estratificado. 
As células pavimentosas são células que apresentam domínio lateral 
menor que o domínio basal, assim conferindo-lhe a aparência de um 
pavimento ou “tijolo”. 
Nas células pavimentosas, o núcleo ocupa a região de maior 
concentração de citoplasma, assim o núcleo será centralizado. 
Quando observamos o epitélio pavimentoso estratificado, podemos 
perceber que as células que estão na base do epitélio são mais 
arredondadas e enquanto vão afastando-se da base tornam-se 
poligonais e quanto mais próximas da superfície mais pavimentosas vao 
se tornando. 
Observe que conforme discutido no vídeo anterior, o domínio basal das 
células tanto no epitélio pavimentoso simples e na porção basal do 
epitélio pavimentoso estratificado estarão em contato com a membrana 
basal. Contudo no epitélio pavimentoso estratificado as células da 
porção média e da superfície não entram em contato com a membrana 
basal, estas células ficam apoiadas umas sobre as outras. 
Outra característica importante do epitélio pavimentoso estratificado é 
a observação de inúmeras camadas até alcançar-se a superfície, 
conforme poderá ser observado em imagens d cortes histológicos de pele, 
bochecha e regiões de maior contato físico. 
Em regiões que comunicam-se com o meio externo e que sofrem contato 
físico intenso e com probabilidades abrasivas, ou seja com capacidade de 
perder-se numero de camadas, o epitélio pavimentoso estratificado 
desenvolve uma especialização denominada de queratina, assim, 
teremos que classifica-lo em epitélio pavimentoso estratificado 
queratinizado e quanto esta queratina estiver ausente será chamado de 
epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. 
A medida que as células vao afastando-se da base, maior será a distancia 
das mesmas para as fontes de nutrição que estão no tecido conjuntivo, 
uma vez que o epitélio de revestimento é avascular, então as células que 
afastam-se da base vão morrendo o quão mais próximo da superfície se 
aproximam. 
Estas células mortas são denominadas de debris celulares que 
juntamente com lipídeos formarão a queratina. 
Cuboidal Simples e Estratificado 
As células que compõem o tecido cuboidal apresentam equivalência entre 
os domínios lateral e basal celular conferindo-lhes uma aparência 
quadrática. O núcleo neste tipo celular também apresenta-se 
centralizado. As células epiteliais cuboides são responsáveis pela 
promoção de secreção e absorção. O tecido epitelial cuboide estratificado 
apresenta uma baixa frequência no corpo em comparação com os outros 
tipos de tecido epitelial, de modo geral, encontramos o tecido epitelial 
cuboide formando a parede de ductos de maior calibre de glândulas por 
exemplo. 
Observe que no epitélio cuboide estratificado, o numero de camadas de 
células que se apoiam uma sobre as outras é limitado, geralmente 
encontramos 2 a 3 camadas de células cuboides. Tal como observado no 
epitélio estratificado anterior, apenas as células da base de epitélio 
cuboide estratificado apoiam-se sobre a membrana basal. 
Colunar Simples e Estratificado 
As células colunares tem a característica de apresentar o domínio 
lateral celular maior que o domínio basal. O núcleo desta células estão 
posicionados na porção basal da célula, assim quando observamos as 
imagens de cortes histológicos, podemos perceber que os núcleos foram 
um alinhamento na base. As células colunares em sua maioria 
apresentam especialização de membrana no domínio apical, assim, 
podemos encontrar cílios ou microvilosidades nestas células na 
dependência de a qual órgão estão associados. Células colunares ciliadas 
são observadas no sistema respiratório, nas tubas uterinas e algumas 
áreas do útero. Células colunares que apresentam microvilosidades são 
encontradas no sistema digestório. As células colunares tem função de 
absorção, secreção de muco, enzimas e outras substancias. 
O epitélio colunar estratificado tal como o cuboide estratificado é de 
presença rara no organismo, quando o observamos, a camada basal do 
epitélio colunar estratificado usualmente tem aparência cuboidal que se 
apoia na membrana basal e as células colunares apoiam-se sobre esta 
camada de células cuboidais. Geralmente são observados nos ductos 
complexos de glândulas e porções da uretra em machos ou no homem. 
Devido a presença de mais de uma camada celular, podemos observar que 
no epitelio colunar estratificado o núcleo das células formam 
alinhamento em alturas diferentes. 
Especial atenção deve ser dada ao tecido epitelial colunar 
pseudoestratificado ciliado. Neste tecido todas as células estão em 
contato com a membrana basal, contudo nem todas as células 
estendem-se até a superfície. Deste modo, as regiões de acumulo de 
citoplasma na célula varia, assim sendo, o núcleo irá posicionar-se na 
região de maior acumulo de citoplasma, assim, os núcleos das células 
não formam alinhamento, observando-se então núcleos em varias 
alturas parecendo estratificado. O tecido é encontrado na maior parte 
do trato respiratório. Epitélio colunar pseudoestratificado não ciliado 
6 @sarahmelissaofc 
pode ser encontrado nos ductos que carreiam espermatozoides e nos 
ductos de glândulas maiores. 
Epitélio de Transição 
O epitélio de transição é um tipo de epitélio que pode lembrar a aparência 
de um tecido epitelial pavimentoso estratificado, contudo, devemos ter 
atenção que a principal diferença está nas células que estão na 
superfície. No epitélio de transição, as células da superfície apresentam 
morfologia característica, são células que podem apresentar-se em domo 
– ou seja, com um abaloamento semelhante a um balão de festa e 
quando o tecido está distendido ou seja esticado, essas mesmas células 
assumem uma configuração semelhante ao pavimentoso – essa alteração 
de seu formato é dependente do grau de distenção de órgão. O epitélio de 
transição é encontrado exclusivamente no sistema urinário – na 
bexiga, nos ureteres e em porções da uretra. 
Características Embriologia 
A especialização do tecido epitelial em produzir e secretar 
substâncias confere a ele uma característica glandular. O 
produto desta produção geralmente é aquoso contendo 
proteínas assim, as glândulas desenvolvem processos de 
síntese, acúmulo e secreção de seus produtos, incluindo 
proteínas, peptídeos, lipídeos como algumas moléculas 
esteróides, carboidratos e proteínas. 
O processo de secreção é um processo ativo que consome 
energia celular. As células glandulares obtém o substrato 
para a produção por meio dos vasos sanguíneos e processam 
esta material quimicamente até a obtenção do seu produto 
final. 
As glândulas geralmente são formadas pela invaginaçãodas 
células epiteliais para o interior do tecido conjuntivo, 
podendo de acordo com a sua função manter um ducto desse 
secreção para o meio externo ou não desenvolver ducto de 
secreção, liberando então a sua produção para vasos 
sanguíneos próximos. 
 
Seguindo-se a definição de tecido que é determinado pelo 
acumulo ou conjunto de células que desempenham certa 
função, observaremos que a grande maioria de glândulas 
será do tipo multicelular, contudo, a exceção será dada as 
glândulas unicelulares, ou seja, formada apenas por um 
única célula que tem especialização em produção e libração 
de seu conteúdo por exocitose como as células globosas ou 
caliciformes presentes nos sistemas respiratórios, digestório 
e urinário. Deste modo uma única célula globosa ou 
calicifororme é considerada um tecido devido a sua alta 
especialização. Estas células são produtoras de mucina, que é 
uma uma glicoproteína complexa que dissolve-se em água e 
forma o muco responsável por proteção e lubrificação destes 
tratos. 
As glândulas que possuem ductos de condução com o meio 
externo são consideradas glândulas exócrinas. Deve-se ter 
atenção que as glândulas unicelulares discorridas no slide 
anterior também serão consideradas exócrinas uma vez que 
sempre estão associadas ao epitélio de revestimento que tem 
comunicação com uma cavidade corpórea e portanto com o 
meio externo. As glândulas exócrinas são produtoras de suor, 
oleosidade, muco, bile entre outras. 
As glândulas endócrinas são desprovidas de porção ductal e 
comunicação com o meio externo, assim, toda a sua 
produção é liberada para o interior do corpo. A produção 
destas glândulas será denominado de hormônios que nada 
mais são do que sinalizadores químicos de controle de 
funções especificas do corpo e manutenção da homeostasia. 
7 @sarahmelissaofc 
Após a liberação do hormônio para o espaço extracelular, este 
hormônio é geralmente carreado para os vasos sanguíneos 
ou linfáticos e poderão executar sua ação a longa distancia 
– ou seja- ação endócrina. 
As glândulas endócrinas geralmente não tem uma 
morfologia idêntica ou padrão. Tipicamente, são tecidos 
multicelulares que produzem hormônios específicos. 
 
As células que liberam o seu produto de modo merócrino são 
aquelas que liberam o seu conteúdo por exocitose sem a perda 
de nenhum material citoplasmático e da membrana celular 
As células apócrinas são aquelas que para a liberação de seu 
conteúdo há a perda da porção apical da célula. Geralmente o 
seu produto fica encerrado nessas vesículas e migram até a 
célula receptora. 
As celulas holocrinas são aquelas que para a liberação do seu 
conteúdo há a liberação de toda a célula do epitélio ou o seu 
rompimento total. Nesse tipo de glândula, a célula 
geralmente entra em mitose, formando outra célula para 
permanecer no tecido ou são substituídas por outras celulas 
do epitélio germinativo da glândula, ou seja uma porção da 
glândula que é responsável pela produção de novas celulas. 
 
Quanto a morfologia da glândula, devemos observar que as 
glândulas que possuem ductos são denominadas de 
glândulas exócrinas. 
Assim, nas glândulas exócrinas devemos observar duas 
partes distintas, uma parte da glândula será responsável 
pela produção (epitélio glandular) e o ducto glandular que é 
uma porção responsável pela condução do produto para o 
meio externo e geralmente encontramos epitélio de 
revestimento (colunar ou cubico) nos ductos destas 
glândulas. 
Na literatura encontramos descrições como ducto 
glandular, ducto de condução ou porção ductal da glândula 
e todas se referem a esta mesma região que transporta a 
produção da glândula para o meio externo. Esta porção 
ductal poderá ser classificada em tipo simples (ducto único) 
ou composto quando há mais de um ducto de condução. 
A porção glandular pode ter formato tubular, alveolar ou 
acinar divididos em simples – quando há apenas uma única 
porção glandular ou ramificado quando há mais de um 
epitélio glandular. 
Na dependência do tipo de glândula, podemos observar a 
associação de tipos diferentes de epitélio glandular, podendo 
a glândula ser túbulo-acinar ou túbulo-alveolar. 
 
 
Nesta imagem pode se ver mais detalhadamente os tipos de 
arranjos estruturais das glândulas exócrinas 
Na parte superior pode-se ver a ilustração de glândulas 
exócrinas do tipo simples – ou seja com apenas um único 
ducto excretor e na porção inferior os tipos de glândulas 
compostas com mais de um ducto excretor. Para maior 
facilidade de identificação esta porção ductal esta 
representada em amarelo. 
A porção de produção da glândula, ou seja a porção 
glandular está representada nos tipos tubulares e acinar em 
arranjos simples (únicos) ou ramificados (mais de uma 
8 @sarahmelissaofc 
porção glandular) e enovelada – ou seja, a porção tubular da 
glândula está torcida sobre si mesma conferindo um 
aspecto de novelo de lã. 
Deve-se ter especial atenção as glândulas tubulares simples 
que podem conter ducto ou não. 
Na porção inferior da imagem podemos ver o arranjo das 
glândulas exócrinas compostas, ou seja, que tem mais de um 
ducto para conduzir o produto ao meio externo e as porções 
glandulares estão representadas em tubulares e acinares. 
Glandulas tubulares simples sem ducto podem ser vistas no 
colon por exemplo enquanto que Glandulas tubulares 
simples podem ser encontradas nas criptas de Lieberkuhn no 
estomago e as glândulas tubulares ramificadas podem ser 
encontradas e nas glândulas de Brunner nos intestinos 
As tubulares enoveladas sao as glândulas sudoríparas por 
exemplo 
As glândulas acinares podem ser serosas, mucosas ou 
seromucosas quando da associação do seu tipo de produção. 
Glandulas acinares serosas apresentam células que 
apresentam núcleo arredondado; REG abundante e grânulos 
de zimógenos, conferindo uma coloração basofílica (azul). A 
secreção serosa tem aspecto aquoso e é rico em proteínas. Este 
tipo celular e produção são encontrados nas glândulas 
parótidas, submandibulares e pâncreas por exemplo 
As células que produzem secreção mucosa, apresentam 
núcleos achatados no pólo basal celular; presença de 
múltiplas vesículas e citoplasma pálido. A secreção tem 
aspecto viscoso com presença de glicoproteínas e podemos 
encontrá-los nas glândulas submandiubulares, de Brunner 
e nas endocervicais uterinas entre outras 
As glândulas alveolares podem ser encontradas no tecido 
mamário e caracterizam-se por um lumen amplo em 
contraste com as acinares que tem lumen pequeno.

Outros materiais