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ANUAL 
NOTURNO
Direito Administrativo
Celso Spitscovsky
Data: 16/09/2011
Aula 08
MATERIAL DE APOIO
SUMÁRIO
1) DESCONTINUIDADE
2) DIREITOS DOS USUÁRIOS
3) POLÍTICA TARIFÁRIA 
4) RESPONSABILIDADE POR DANOS CAUSADOS DURANTE A VIGÊNCIA DA CONCESSÃO OU PERMISSÃO
5) EXTINÇÃO DAS CONCESSÕES
1) DESCONTINUIDADE: 
A regra é o serviço adequado e contínuo. Vimos as situações de descontinuidade na prestação do serviço 
público autorizadas por lei (art. 6º, §3º, 8987/95).
O CDC também se aplica ao serviço público (Lei 8078/90).
O serviço público considera-se legal se a tarifa cobrada for uma tarifa módica. Mas o que se considera tarifa 
módica? Tarifa módica é aquela que se revela acessível ao usuário comum do serviço.
DIREITOS DOS USUÁRIOS: art. 7º da Lei 8987/95
O usuário terá os mesmos direitos previstos no CDC, sem prejuízo de outros previstos na lei. 
A responsabilidade é objetiva das concessionárias. 
Além disso, ele tem direito a obter todas as informações relacionadas ao serviço que lhe está sendo prestado. 
Ver art. 5º, XXXIII da CF. Se informações são negadas, não cabe habeas data (não se trata de informações pessoais). 
Cabe mandado de segurança. 
POLÍTICA TARIFÁRIA: 
A CF prevê a que lei deve estabelecer sobre a política tarifária. Isso porque a tarifa surge como a principal fonte 
de arrecadação do concessionário, do permissionário. Diante disso a lei prevê nos arts. 8º a 11 regras sobre a política 
tarifária.
É o poder público que tem legitimidade para majorar, alterar o valor de tarifa. O que o concessionário pode 
fazer é apresentar ao poder concedente pedido de majoração da tarifa. 
Qual a natureza jurídica da tarifa? Alguns entendem que possui natureza de tributo. Mas não é, pois não 
obedece aos princípios constitucionais. Se fosse tributo, deveria ser fixada e alterada por lei, além de ter que observar 
o exercício financeiro. A tarifa, assim, não é tributo, e sim preço público. 
ANUAL NOTURNO – 2011 
Complexo Educacional Damásio de Jesus
RESPONSABILIDADE POR DANOS CAUSADOS DURANTE A VIGÊNCIA DA CONCESSÃO OU PERMISSÃO:
A responsabilidade será do concessionário, do permissionário. Não interessa se o dano resultou de uma má 
fiscalização por parte do Poder Público. O concessionário não pode aliar isso com vistas a afastar sua 
responsabilidade. A própria lei o prevê.
A sua responsabilidade é objetiva. 
Toda vez que alguém experimentar um dano resultante da prestação de um serviço público, a responsabilidade 
será objetiva. Basta que a vítima comprove o nexo causal (relação de causa e efeito entre o fato ocorrido e as 
consequências dele resultantes).
O CDC prevê a responsabilidade pública do fornecedor (art. 14). Isso porque a CF prevê em seu art. 5º, XXXII 
que a lei regulará a defesa do consumidor. 
E mais, o Poder Público, no art. 25 da lei 8987/95, poderá no máximo ser acionado em caráter subsidiário. 
EXTINÇÃO DAS CONCESSÕES (Causas e consequências):
Causas de extinção das concessões (a partir do art. 35 da Lei 9887/95)
a) Termo: é a causa de extinção das concessões por força do término do prazo inicialmente previsto.
b) Encampação: é a causa de extinção das concessões durante a sua vigência por razões de interesse público. O 
poder concedente é o que possui legitimidade para promover a encampação e isso ocorre de forma unilateral (não 
necessita de autorização judicial).
c) Caducidade: causa de extinção das concessões durante a sua vigência por descumprimento de obrigações 
pelo concessionário. Aqui também o Poder Público promove a caducidade da concessão. Deve-se oferecer ao 
concessionário direito ao contraditório e à ampla defesa (em processo administrativo).
d) Rescisão: causa de extinção das concessões durante a sua vigência por descumprimento de obrigações por 
parte do poder público ou do poder concedente. Aqui, a legitimidade passa para o concessionário - no caso, somente 
através do poder judiciário. A exceção de contrato não cumprido só pode ser exercitada pelo particular concessionário 
através do judiciário. A Lei 8666/93, no art. 78, XIV possibilita ao poder público atrasar o pagamento em até 90 dias. 
Além disso, o mesmo art. no inciso XV permite ao poder público suspender por 120 dias. Assim, extrapolando esses 
períodos, pode o concessionário pedir a rescisão. 
e) Anulação: causa de extinção das concessões durante a sua vigência por razões de ilegalidade. O poder 
público pode anulá-lo sozinho, mas o particular somente pode buscar a anulação perante o poder judiciário.
f) Falência: causa de extinção das concessões durante a sua vigência por falta de condições financeiras do 
concessionário para cumprimento das obrigações resultantes do contrato. É necessário oferecer contraditório e ampla 
defesa ao concessionário. 
Consequências da extinção do contrato de concessão: art. 35, §§.
a) Reassunção: é retomada da execução do serviço pelo poder público uma vez extinta a concessão. 
ANUAL NOTURNO – 2011 
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b) Reversão: é a transferência de bens considerados essenciais para o patrimônio público, uma vez extinta a 
concessão. A lei, no art. 23, X, no momento em que o contrato de concessão for celebrado, é necessário aparecer a 
lista de bens reversíveis. No art.18, X é previsto que a lista de bens reversíveis deve ser prevista no edital de licitação. 
Diferença entre permissão e concessão: a permissão é um ato administrativo precário através do qual se 
transfere, mediante licitação, a execução de serviços e obras públicas para particulares. A permissão possui natureza 
de ato precário, isto é, pode ser desfeita a qualquer momento. Quanto à licitação, a permissão pode ser feita por 
qualquer modalidade. Já a concessão é um contrato administrativo através do qual, por prazo determinado e 
mediante licitação na modalidade de concorrência pública, transfere-se a execução de serviços ou obras públicas para 
particulares. Na concessão, temos um contrato (assinada de forma bilateral, como todo contrato). Já a permissão é 
unilateral. 
A concessão deve ter prazo determinado. No Brasil, todo contrato deve ter prazo determinado. A modalidade 
de licitação para a permissão é qualquer uma, enquanto que na concessão a modalidade de licitação é a concorrência. 
Muitos autores entendem que hoje não há mais distinção entre ambas por conta da redação do art. 175, 
parágrafo único, I, da CF. Com o advento da lei, os dois institutos estariam unificados. 
Esta concessão prevista na Lei 8987/95 é chamada de concessão comum. 
Para atrair a iniciativa privada, em especial diante das demandas das obras da copa, necessitou-se estabelecer 
meios de concessões de forma diferenciada. 
ANUAL NOTURNO – 2011 
Complexo Educacional Damásio de Jesus

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