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AS FINALIDADES DAS SANÇÕES PENAIS E SEUS EFEITOS

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AS FINALIDADES DAS SANÇÕES PENAIS E SEUS EFEITOS
Josias de Souza Lima Neto[1: Acadêmico do 8° período do curso de Direito das Faculdades OPET. E-mail: josiaslima.live@hotmail.com]
Uipirangi Câmara[2: Orientador, Doutor em Ciências da Religião, Professor das Faculdades OPET. E-mail: ucamara@opet.com]
RESUMO
O presente artigo busca analisar as finalidades das sanções penais, bem como pensar sobre formas alternativas de penas, com o intuito de que o agente infrator possa sofrer sansões penais que surtam efeitos positivos e o ajudem a ser reinseridos na sociedade. Para tanto, será abordado à evolução histórica das penas, quais eram os objetivos e os fins que se buscavam atingir na aplicação de sansões penais desde a antiguidade até os tempos hodiernos. Abordaremos também as teorias que baseiam as finalidades das penas, como a teoria absoluta, a teoria relativa e a teoria mista, bem como suas funcionalidades e se estas tem cumprido seu objetivo. Analisaremos a finalidade que nosso sistema brasileiro busca atingir na aplicação de sanções penais, mesmo que de forma implícita, quais os princípios que as regem e os valores predominantes em nossa Constituição. Por fim, analisaremos quais são os efeitos que as aplicações das sansões penais veem atingindo e se este é o real objetivo, bem como analisaremos possíveis formas de aplicação de penas, com o fim de que o agente infrator possa efetivamente ser ressocializado.
Palavras-Chave:
Sansão penal, aplicação de pena, ordem pública, formas alternativas, efeitos, penas, finalidade.
ABSTRACT
This paper analyzes the purposes of criminal penalties, as well as think about alternative forms of penalties, in order that the offending agent may suffer criminal sanctions which are inherently effective and help them to be reinserted into society. For this purpose, it will be addressed to the historical evolution of penalties, which were the goals and purposes that sought to achieve the application of criminal sanctions from antiquity to the modern times. We will also explore the theories underlying the purposes of penalties, as the absolute theory, the relative theory and mixed theory as well as its features and whether they have fulfilled their goal. We will analyze the purpose that our Brazilian system seeks to achieve with the application of criminal sanctions, even in a implicitly way, the principles governing this area and the prevailing values in our Constitution. Finally, we will analyze what are the effects that the application of criminal sanctions reaching and see if this is the real goal, and analyze possible ways of imposing penalties, in order that the offending agent can effectively be resocialized.
Key-Words:
Criminal sanction, penalty enforcement, public order, alternative forms, effects, penalties, purpos.
INTRODUÇÃO
Inicialmente, passará a se analisar a origem da pena, a qual se constituiu junto a sociedade, bem como será abordado a necessidade que esta possui na propagação da paz e da ordem social. Será trazido a cognição os pensamentos sobre o indivíduo da ótica de Thomas Hobbes e Jean Jacques Rousseau, para então evidenciar a necessidade na aplicação de sanções penais. Será abordada a visão dos povos antigos ao que se refere às penas, os quais acreditavam que os fenômenos naturais eram decorrentes da iram dos deuses, daí a necessidade das penas, que tinha o intuito de demonstrar aos deuses que a sociedade desaprovava tais atos. Após, será explanado as características das penas na Idade média, seus caráteres retributivos e extremamente cruéis, sendo estas totalmente arbitrárias e sem qualquer parâmetro ou proporcionalidade. Se verá que, nesta época, não havia nenhum respeito a integridade física do condenado, ou, ao menos, do próprio investigado. Em seguida, será abordado as revoluções trazidas pelo movimento Iluminista, a implantação do sistema Humanista, as principais mentes que revolucionaram estes movimentos e sua exacerbada importância no combate ao sistema arbitrário repressivo da época. Analisar-se-á os estudos de Cesare Beccaria, exteriorizado na obra “Dos Delitos e Das Penas”, o qual foi considerado o mais potente brado que se ouviu em defesa do indivíduo, e chama a atenção para as finalidades das penas. Será visto as transformações que ocorreram em nosso ordenamento jurídico brasileiro, a época em que foram estabelecidos os princípios que até hoje regem nosso ordenamento, bem como o momento em que aboliu-se, definitivamente, as penas cruéis e de morte, onde começou a se fundar uma base sólida de justiça e equidade. 
A partir daí, será analisado, ainda, as teorias que trabalham com as finalidades das penas, as revoluções trazidas pelo século XVIII e, principalmente, pelos pensamentos e estudos de Beccaria. Será visto a teoria Absoluta, a qual possui um caráter de retribuição. Funda-se na existência da justiça, preconizando a ideia de que a pena é o mal justo para punir o mal injusto praticado, ou seja, o delito. Será visto, ainda, a teoria Relativa, a qual aduz que a pena tem um objetivo distinto do que simplesmente retribuir o mal do crime com o mal da pena e assegura que as sanções penais têm um caráter preventivo, ou seja, busca evitar com que os demais indivíduos, ao visualizar as consequências trazidas pelas condutas infracionais, tenham atitudes tidas como ilícitas. Abordará também a teoria Mista, a qual apregoa que a pena tem natureza retributiva, na medida em que reafirma a ordem jurídica, com a observação da culpabilidade e retribuição, mas tem como finalidade tanto a prevenção como a educação e correção. Será analisado as teorias adotadas pelo nosso sistema repressor, bem como faremos uma breve análise nos princípios que regem esta estrutura e se visualizará se a finalidade da pena adotada condiz com nossos valores. Ao final, será visto que, implicitamente, o sistema brasileiro tem como finalidade da pena a ressocialização do indivíduo, no entanto, este objetivo não vem sendo atingido. E será abordado a existência de possíveis formas alternativas de aplicação de pena, bem como a ideia de um Direito Penal Minimalista, que tem como objetivo a intervenção mínima do Estado na liberdade do indivíduo. 
1. As sansões penais e sua evolução
Desde a antiguidade, quando se constituiu a sociedade, como um conjunto de pessoas que vivem de forma harmoniosa e organizada, nasce, também, a pena. Esta sociedade se estabelece desde o princípio, quando o homem vê que há a necessidade de se viver em conjunto. Esta necessidade se dá pelo fato de o homem, detentor de sua propriedade (vida, liberdade, bens, etc.), se ver desprotegido contra os outros homens. O homem por si mesmo é desarmonioso, segundo Thomas Hobbes, “o homem é o lobo do homem”. O autor sustenta que o ser humano é mau por natureza, e é dominado pelas paixões, egoísmo e desejos (TOLEDO. 2012). Por sua vez, Jean Jacques Rousseau apregoa que o homem não é mau, mas bom. Contudo, a própria sociedade o corrompe. Ressalta que o homem age de acordo com seus instintos (TOLEDO. 2012). 
De todo modo, o homem e o conflito sempre existiram, dizer que existe uma comunidade sem qualquer desavença e desarmonia é uma completa utopia, uma ilusão que foge da realidade. Assim, junto ao nascimento da sociedade nasce, também, a necessidade de um poder maior tomar a liderança e fazer com que a harmonia e a paz possam prevalecer nesta comunidade. Para tanto, criou-se as penas, uma retribuição àquelas condutas tidas como desaprovas pela sociedade. Esta sociedade constitui um Estado, que é o legitimado a aplicar as sanções penais aos agentes infratores. Verifica-se, então, que o início do direito penal deu-se com o surgimento da sociedade, com o fim de regularizar a convivência entre os indivíduos, afinal, não se pode falar em homens livres de delitos (LIBERATTI. 2014).
Nos primeiros tempos (antiguidade), a pena tinha, essencialmente, um caráter reparatório, com o fim de aplacar a ira dos deuses, confundindo-se as noções de crime e pecado, sendo a pena ilimitada(BALTAZAR JÚNIOR. 2005). Não havia limite subjetivo, podendo a pena ser estendida aos familiares, nem proporcionalidade com a falta cometida, de modo que o talião, nesse sentido, foi um avanço. (PIERANGELLI. 1992). 
Acreditava-se que os fenômenos naturais eram decorrentes da ira dos deuses e, para que ela fosse diminuída, foram criados os tabus, séries de proibições que, quando não obedecidas, geravam castigos aos infratores (LIBERATTI. 2014). Aplicava-se a sanção como fruto da liberação do grupo social da ira dos deuses em face da infração cometida, quando a reprimenda consistia na expulsão do agente da comunidade, expondo-o à própria sorte (CALDEIRA. 2009). Inicialmente, as penas eram aplicadas pela comunidade, no intuito de demonstrar aos deuses que a sociedade desaprovava tais atos, quando a punição era concretizada, o povo primitivo imaginava que poderia acalmar os deuses. Por outro lado, caso não houvesse sanção, acreditava-se que a ira dos deuses atingiria a todo o grupo. Essas causas e efeitos passaram a ser o que conhecemos hoje como crimes e penas (CALDEIRA. 2009).
Na idade antiga, na Grécia, Roma, China, Índia, Egito, bem como nos fenícios e nos hebreus, a pena possuía caráter reparatório, aplicando-se a perda da paz ou banimento e a vingança de sangue, com a morte do ofensor, sendo a segunda aplicada especialmente para os estrangeiros (BALTAZAR JÚNIOR. 2005). Predominava a pena de morte, muitas vezes acompanhadas de torturas ou tormentos, o que perdurou durante a idade média. A partir do iluminismo e do Renascimento, a pena assume um caráter utilitário, deixando de ter fundamento teológico. (BALTAZAR JÚNIOR. 2005).
No decorrer da Idade Média, a pena era uma punição severa e arbitrária, sem qualquer parâmetro ou proporcionalidade (MELLO FILHO. 2003). Notadamente, o Direito Penal, era caracterizado por sua extremada crueldade, o que acarretava no temor e insegurança das pessoas, pois os juízes possuíam plenos poderes nas aplicações das sanções penais. Inexistia, também, o princípio da legalidade, bem a proporcionalidade nas aplicações de penas era desconhecida (MELLO FILHO. 2003). 
Cláudio Brandão, emeritamente assevera que “não havia na época nenhuma garantia ao respeito da integridade física do condenado ou mesmo daquele que era investigado; o arbítrio do julgador criminal não tinha nenhum limite”. (Cláudio Brandão. 2001. PG. 24). Tão somente com a fundação das Escolas dos Glosadores e Pós-Glosadores, onde são realizadas as obras “Tratactus de Maleficiis”, de Alberto Gandino e “Tratactus Criminalis” de Tiberius Decianus, começa-se a ser abordada a teoria do crime, com os primeiros indícios do princípio da legalidade (MELLO FILHO. 2003).
Com as novas ideias trazidas pelo Iluminismo no século XVIII, havia um grande anseio da sociedade por reforma no sistema repressivo, emergiu-se, então, o Humanismo, que era mais do que uma corrente de ideias, era uma atitude cultural, com o objetivo de difundir a razão para dirigir a vida em todos os aspectos (LIBERATTI. 2014). Com efeito, as maiores reações ao sistema penal do terror vão se mostrar na segunda metade do século XVIII (MELLO FILHO. 2003). Essas reações são o reflexo, no âmbito penal, dos ideais iluministas presentes à época. As influências dos franceses Voltaire, Montesquieu e Rousseau são evidentes (MELLO FILHO. 2003). Contudo, o grande marco para o pensamento de um novo Direito Penal, não mais pautado pelo arbítrio e pela crueldade, se dá em 1764 com a publicação da obra “Dos Delitos e das Penas” pelo Marquês de Beccaria. Pode-se afirmar três grandes eixos para o pensamento de Beccaria: a defesa da legalidade, da proporcionalidade e do utilitarismo (MELLO FILHO. 2003).
Baseando-se nas concepções de Locke, Rousseau e Montesquieu, Beccaria passou a estudar as arbitrariedades impostas aos agentes infratores (LIBERATTI. 2014). A partir daí, escreve o livro “Dos Delitos e Das Penas”, o qual é considerado o marco do Direito Penal Moderno (LIBERATTI. 2014). Nele o autor chama a atenção para as finalidades das penas, assevera que não poderiam passar dos imperativos da salvação pública, ou seja, só seriam justas quando necessárias e deviam ser cominadas por leis de competência somente do legislador. Afirma, ainda, que a pena há de ser pública, pronta, necessária, proporcional ao delito e prevista em lei (LIBERATTI. 2014).
A partir de então, com o início do período humanitário e o surgimento da Escola Clássica do Direito Penal, abandona-se o caráter cruel e irracional das panas e passa-se a se aproximar da ideia racional e humanitária, com base na proporcionalidade entre o crime e a sanção penal.
No Brasil, a legislação de extremo rigor e crueldade se regeu por mais de dois séculos (do código Filipino ratificado em 1643 por D. João IV e em 1823 por D. Pedro I). Apenas em 1830 foi sancionado o Código Penal Criminal do Império, o qual criou o sistema de dias-multa e o princípio da legalidade (LOES 2009). Também, foram criadas as regras sobre tentativa, agravantes e atenuantes, regras gerais de espécies de penas, dentre outras, previstas em nosso ordenamento até os dias atuais. Aboliu-se a pena de morte e instalou-se o regime penitenciário de caráter correcional (LOES 2009). Com a independência e, sobretudo, com a Carta Constitucional de 1824, tornou-se imperiosa a substituição da legislação arcaica do Reino. A própria constituição determinava a feitura de um código criminal fundado nas sólidas bases da justiça e da equidade, estabelecendo que nenhuma pena passará da pessoa do delinquente (LOES 2009). Estabelecia a abolição dos açoites, tortura, marca de ferro quente, e todas as demais penas cruéis. Já o código penal de 1832 admitia a pena de açoites para os escravos, a qual só foi abolida definitivamente em 1886, com pena de morte (LOES 2009). Em 1942 entrou em vigor o Código Penal (Decreto lei nº. 2848, de 7-12-1940), que ainda é nossa legislação penal fundamental. 
Hodiernamente, nosso texto constitucional descreve uma série de regras que protegem os acusados de qualquer delito. No art. 5°, XLVII, está estabelecida as espécies de penas que não serão aceitas em nosso ordenamento, entre elas a pena de morte, salvo em casos de guerra declarada, de caráter perpétuo, de banimento e cruéis, além de asseverar que nenhuma pena passará da pessoa do condenado (art. 5°, XLV, CFRB). Ainda, estabelece que a lei adotará, entre outras, as penas de privação ou restrição da liberdade, perda de bens, multa, prestação social alternativa e suspenção ou interdição de direitos (art. 5° XLVI, CFRB). Também há uma série de princípios que regem o nosso Direito Penal e Processual Penal, como o Devido Processo Legal, o Contraditório e a Ampla defesa, a Proporcionalidade e Razoabilidade, a Motivação, a Individualização da pena, dentre outros.
2. As teorias da Finalidade das Penas 
A partir das revoluções trazidas no século XVIII, principalmente com o pensamento de Beccaria, exteriorizada em sua obra “Dos Delitos e Das Penas”, passou-se a pensar nos fins que as sanções penais haviam de ter. Segundo o autor, a pena deveria ter um fim utilitário e político, assim, “as penas que ultrapassam a necessidade de conservar o depósito da salvação pública são injustas por sua natureza; e tanto mais justas serão quanto mais sagrada e inviolável for a segurança e maior a liberdade que o soberano conservar aos súditos” (Cesare Beccaria. 2001. pg. 28). Sob essa influência, muitos autores passaram a pensar e estudar as finalidades das penas.
A questão dos fins da pena, do que se pretende com a aplicação da pena está indissociavelmente ligada aos fins do próprio direito penal e da definição do crime, sendo tema de profundas implicações filosóficas, a depender, portanto, de premissas valorativas e políticas sobre os próprios fins do Estado, de modo que não se pode afirmar a existência de uma resposta apodítica sobre a teoria mais acertada, sem a revelação de tais pressupostos. (BALTAZAR JÚNIOR. 2005).
No âmbito das finalidades das penas, tradicionalmente, utiliza-se a classificaçãode Anton Bauer, a qual se divide, teoricamente, em três grupos, a teoria absoluta, a teoria relativa e a teoria mista (BALTAZAR JÚNIOR. 2005). Oportuno salientar que as finalidades das sanções penais são aplicadas de acordo com cada ordenamento jurídico, tratando-se de prerrogativas de cada estado, na medida em que evoca para si o direito de punir (LIBERATTI. 2014).
2.1 Teoria absoluta
A teoria Absoluta possui um caráter de retribuição. Funda-se na existência da justiça, preconizando a ideia de que a pena é o mal justo para punir o mal injusto praticado, ou seja, o delito. Baseia-se na teoria da retribuição ética ou moral de Kant (LIBERATTI. 2014).
Neste sentido Prado colaciona: 
Fundamentam a existência da pena unicamente no delito praticado (punitur quia peccatum est). A pena é retribuição, ou seja, compensação do mal causado pelo crime. É decorrente de uma exigência de justiça, punição pela transgressão do direito (teoria da retribuição), seja como expiação do agente (teoria da expiação). (PRADO. 2008, pg. 489).[3: 	Puni-se porque é pecado]
As teorias absolutas, assim chamadas por não guardarem relação com os fins da pena, foram defendidas pela escola clássica, de Beccaria e Pietro Verri, que viam a pena como retribuição ao mal do crime, sem maior atenção com o criminoso (BALTAZAR JÚNIOR. 2005). A pena criminal corresponde à retribuição, expiação, reparação ou compensação do mal do crime. Ao mal do crime, que é a negação do direito, corresponde o mal da pena, que deve ser proporcional à culpabilidade do agente, sendo este seu principal mérito, ao estabelecer um limite para a pena, até então ilimitada. (BALTAZAR JÚNIOR. 2005).
 
Ao analisar a teoria absoluta, de forma emérita, Rogério Greco aduz que:
A sociedade, em geral, contenta-se com esta finalidade, porque tende a se satisfazer com essa espécie de “pagamento” ou compensação feita pelo condenado, desde que, obviamente, a pena seja privativa de liberdade. Se ao condenado for aplicada uma pena restritiva de direitos ou mesmo a de multa, a sensação, para a sociedade, é de impunidade, pois que o homem, infelizmente, ainda se regozija com o sofrimento causado pelo aprisionamento do infrator. (GRECO. 2009 pg. 489).
Tais conclusões corroboram com os pensamentos de que âmago do problema não é o Direito Penal, mas sim cultural e social, pois a comunidade ainda está ligada aos ideais do passado e se satisfaz com o sofrimento daqueles que lhes causaram dano. Certo é que a impunidade não deve ser aceita, mas, do mesmo modo, não se pode justificar um erro com outro.
2.2 Teoria relativa
A seu turno, temos a teoria Relativa, a qual assevera que a pena tem um objetivo distinto do que simplesmente retribuir o mal do crime com o mal da pena. Assegura que as sanções penais têm um caráter preventivo, ou seja, busca evitar com que os demais indivíduos, ao visualizar as consequências trazidas pelas condutas infracionais, tenham atitudes tidas como ilícitas, aos olhos do Direito Penal. Em linhas gerais
Encontram o fundamento da pena na necessidade de evitar a prática de delitos, (punitur ut ne pecceter) – concepções utilitárias da pena. Não se trata de uma necessidade em si mesma, de servir à realização da Justiça, mas de instrumento preventivo de garantia social para evitar a prática de delitos futuros (poema relata ade effectum). Isso quer dizer que a pena se fundamenta por seus fins preventivos, gerais ou especiais. Justifica-se por razões de utilidade social. (PRADO. 2008.pg 490).[4: 	Punir para não pecar]
Para a teoria relativa, a pena tem fim essencialmente prático, o da prevenção de delitos futuros. Diferentemente da teoria absoluta, a pena não é consequência do delito, mas sim ocasionado por ele e se fundamenta por seus fins gerais ou especiais (LIBERATTI. 2014).
Para Bentham, Schopenhauer e Feuerbach, o fim da pena é a prevenção geral, atuando sobre o conjunto da população como uma ameaça estatal, assim evitando ocorrência de novos crimes. Tradicionalmente, a prevenção geral foi concedida como prevenção geral negativa ou de intimidação, com a criação de um contra motivo psicológico para o criminoso. Sofre as críticas de que o condenado é visto como um meio para servir de exemplo aos demais, tendo um caráter utilitário, bem como a sua duvidosa eficácia. (BALTAZAR JÚNIOR. 2005. pg 77).
Por sua vez, a teoria preventiva especial, ao contrário da geral, trabalha com o próprio indivíduo infrator, na busca para que este não mais volte a delinquir. É a chamada ressocialização do agente infrator. Logo, “a prevenção especial atua sobre o indivíduo, de modo a prevenir a reincidência” (BALTAZAR JÚNIOR. 2005. pg 77). 
Ao distinguir a teoria preventiva geral e especial, Prado colaciona:
a prevenção especial, a seu turno, consiste na atuação sobre a pessoa do delinquente, para evitar a delinquir no futuro. Assim, enquanto a prevenção geral se dirige indistintamente à totalidade dos indivíduos integrantes da sociedade, a ideia de prevenção especial refere-se ao delinquente em si, concretamente considerado. (PRADO. 2008 pg. 494).
Assim, a teoria relativa especial busca trabalhar especificamente com o indivíduo em si, desconsiderando os demais, no objetivo de recuperá-lo e trazê-lo para o âmago da sociedade. 
Neste contexto, o professou Rogério Greco, ao criticar a prevenção especial, aduz que:
Também não escapou à crítica dos juristas o critério de prevenção especial positiva ou ressocialização. A finalidade, segundo essa concepção, é a de recuperar o condenado, fazendo a sua reinserção na sociedade. Em um sistema penitenciário falido, como faremos para reinserir o condenado na sociedade da qual ele fora retirado pelo Estado? Será que a pena cumpre, efetivamente, esse efeito ressocializante ou ao contrário, acaba de corromper a personalidade do agente? Busca-se produzir que tipo de ressocialização? Quer-se impedir que o condenado volte a praticar novas infrações penais, ou quer-se fazer dele uma pessoa útil para a sociedade? (GRECO. 2009 pg. 492).
De qualquer sorte, sabe-se que tal objetivo não vem sendo atingido. A aplicação de penas ao agente infrator no intuito de ressocializá-lo é uma utopia, um sonho do qual nosso sistema penitenciário está longe de realizar, considerando as verdadeiras condições de nossas penitenciárias. Logo, a função preventiva reveste-se de incerteza quanto a sua efetividade, além de afrontar diretamente a dignidade da pessoa humana, uma vez que utiliza uma pessoa como um instrumento de intimidação de outras. Não obstante, o indivíduo que é retirado da sociedade e colocado em um cárcere, certamente encontrará estímulos e aprendizados voltados para o crime.
2.3 Teoria Mista
Por sua vez, a teoria Mista apregoa que a pena tem natureza retributiva, na medida em que reafirma a ordem jurídica, com a observação da culpabilidade e retribuição, mas tem como finalidade tanto a prevenção como a educação e correção (LIBERATTI. 2014). A pena, portanto, deve tanto retribuir o mal do crime quanto prevenir futuras infrações. 
Prado argumenta que a teoria mista procura conciliar a retribuição jurídica da pena com os fins da prevenção geral e especial. A retribuição reveste-se de grande valor, na medida em que é o fundamento para a pena justa, proporcional e limitada a culpabilidade do agente infrator (PRADO. 2004). “A pena justa é provavelmente aquela que assegura melhores condições de prevenção geral e especial” (PRADO. 2004. Pg 496). 
Desta feita, a teoria defende as necessidades da proporcionalidade, pois não há como substituir a culpabilidade pela exigência de prevenção. Se a pena for proporcional ao delito praticado, além de refletir a justiça, ela contribuirá com os fins de prevenção geral e de prevenção especial, pois ao mesmo tempo em que dá exemplo, secundariamente, intimida (LIBERATTI. 2014). 
Por fim, para as teorias mistas ou unificadoras, que sofrem crítica da ambiguidade, a pena teria finalidade de reprovação e prevenção do crime, como formulado no art. 59 do CP, bem como de ressocialização,segundo o art. 1° da LEP. (BALTAZAR JÚNIOR. 2005).
2.4 Teoria adotada pelo sistema brasileiro
Ao analisar o caput do artigo 59 do Código Penal, podemos concluir que nosso sistema penal adota uma teoria mista ou unificada da pena. Nas palavras do professor Rogério Greco:
Isso porque a parte final do caput do art. 59 do Código Penal conjuga a necessidade de reprovação com a prevenção do crime, fazendo, assim, com que se unifiquem as teorias absoluta e relativa, que se pautam, respectivamente, pelos critérios da retribuição e da prevenção. (Rogério Greco. 2009 pg. 491).
Não obstante, as teorias adotadas pelo nosso sistema penal não refletem solução. Retribuir ilícitos penais com penas severas certamente não resolverá nossos problemas sociais, “as verdades até aqui expostas demostram à evidência que o fim das penas não pode ser atormentar um ser sensível, nem fazer que um crime não cometido seja cometido.” (Cesare Beccaria. 2001, pg. 85). Há a necessidade de que as sanções penais tenham objetivos mais ousados, diversos de simplesmente enjaular delinquentes ou utilizá-los como objetos para a prevenção de delitos futuros.
Os bens jurídicos e valores protegidos pela norma penal possuem extrema ligação com os valores fundamentais do homem e da sociedade garantidos pela Constituição. Assim, este é o parâmetro para o Direito Penal, origem e diretriz, pois determina e fixa seus limites (OLIVEIRA. 2012). Logo, o poder de punir estatal é limitado pelos próprios princípios da Carta Constitucional. Nesta toada, para se analisar qual a finalidade da pena que nosso sistema brasileiro busca atingir, se faz necessária uma análise dos princípios e valores que regem nossa sociedade, através da Constituição Federal (OLIVEIRA. 2012). Entre eles, se destacam a legalidade dos delitos e das penas, a culpabilidade, a humanidade, bem como a personalidade e individualização da pena. Observa-se que nossa Constituição reveste de extremo valor a dignidade da pessoa humana, tendo como valores a liberdade, a igualdade, à dignidade, a humanidade, a justiça e a proporcionalidade. 
3. A Finalidade da Pena como Ressocialização. 
Em um Estado Democrático de Direito, que atribuí exorbitante valor a dignidade da pessoa humana, constata-se que a simples retribuição do ilícito cometido por sanções penais, ou, ainda, a utilização de pessoas para o fim de servir de exemplo, se demonstra como um desvio dos princípios e valores até aqui elencados.
Nesta toada, nota-se que se faz necessário que o Direito Penal tenha objetivos mais ousados, diversos dos até aqui abordados. No entanto, há de se reconhecer que a reprimenda de indivíduos que tomam atitudes contrárias as leis, o que acarreta na desestruturação da ordem pública e da paz social, é medida que, da mesma forma, se impõe. Em um primeiro momento, parece ser uma contradição, a final, como pode haver a necessidade de o Direito Penal amenizar sua repressão e, ao mesmo tempo, acentuá-la, sendo que tais circunstâncias se divergem e se repelem por sua própria natureza? O pensamento que se traz aqui é nada mais que o equilíbrio entre estas circunstâncias. 
Como já abordado anteriormente, a República Federativa do Brasil, tem como fundamento, dentre outros, a dignidade da pessoa humana (art. 1°, III CF). Toda a base de nossa Constituição foi consolidada em valores que defendem a dignidade do cidadão, logo, a corrente humanitária que se estabeleceu no século XVIII nos molda até hoje. Em se tratando de pena, a Carta Magna aboliu, expressamente, a degradação da integridade física do condenado, aduzindo, em seu artigo 5º, inciso XLIX, que será assegurado ao preso a integridade física e moral. Também, o inciso III, do mesmo artigo, aduz que ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante. Denota-se que, a partir das revoluções trazidas pelo Iluminismo, bem como dos pensamentos de Beccaria, a pena deixou de possuir um caráter de tortura, cruel, atingindo tão somente o corpo do condenado. Mesmo que de forma implícita, pode-se observar que a finalidade da pena, para nossa Constituição, possui um caráter de ressocialização.
Essa ideia de ressocializar o indivíduo que comete determinada infração penal é exteriorizada tão somente na Lei de Execuções Penais (Lei 7.210/84). O artigo 1º da mencionada lei aduz que a “execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado” (art. 1° da Lei 7.210/84). Ainda, na própria exposição dos motivos desta lei, no âmbito do objetivo e de aplicação da Lei de Execução Penal, é adotado o princípio de que as penas e medidas de segurança devem realizar a proteção dos bens jurídicos e a reincorporação do autor a comunidade (Exposição de Motivos n° 213, de 09 de maio de 1983). Assim, pode-se concluir que a pena tem como finalidade a ressocialização do condenado.
A ideia de ressocialização do agente infrator, até o momento, parece ser a melhor alternativa para a finalidade do Direito Penal. No entanto, o problema reside nos métodos e meios com que essa finalidade é buscada. Os métodos adotados pelo nosso sistema penitenciário não tem logrado êxito em realizar a sua tarefa, fazendo com que o indivíduo, no qual determinada pena é aplicada, sofra deteriorações psicológicas, o que acentua a degradação de sua condição sociopsicológica e o seu potencial à violência contra a sociedade. A prisão, local onde se operaria a ressocialização do indivíduo e a sua reintegração a sociedade, ao invés de ressocializar, dessocializa, desumaniza e estigmatiza os apenados (OLIVEIRA. 2012).
Uma vez pacificado o entendimento de que o hodierno sistema penitenciário não tem atingido o objetivo de ressocializar aqueles que possuem uma personalidade voltada para o crime, bem como prevenir futuras infrações, poderemos pensar em possíveis formas alternativas de aplicação de sanções penais, ou, ainda, a própria substituição delas, o que acarretará em uma vantajosa modificação no sistema penal brasileiro, trazendo, inclusive, benefícios incomensuráveis a comunidade social. Tais modificações são extremamente almejadas pelos grandes pensadores do Direito Penal, como Michel Foucault, Louk Hulsman e Thomas Mathiesen, no intuito de que este tenha uma aplicabilidade efetivamente positiva para a sociedade, com o fim de se atingir a estabilidade da ordem pública (OLIVEIRA. 2012).
O Direito Penal é o mais temido e importante ramo do direito, pois lida com a liberdade do indivíduo, sendo que, infelizmente, também é o único que não tem cumprido com o seu objetivo, não dando, assim, plena utilidade e eficácia ao sistema judiciário criminal, daí vem à necessidade e importância de se analisar aplicações alternadas de penas. No entanto, esta tarefa não apresenta, até o momento, viabilidades concretas de se chegar a conclusões positivas, tornado a cabal e escorreita utilização do Direito Penal uma utopia para os penalistas.
Por fim, tudo que se pode concluir é que há a necessidade de que haja um Direito Penal Minimalista, pois, como já visto, a completa abolição deste é inviável. Assim, tal corrente defende que, sendo necessário o direito penal em nosso ordenamento jurídico, há de ser reduzida sua incidência a um mínimo necessário, restrita a um núcleo absolutamente essencial de condutas particularmente danosas (OLIVEIRA. 2012). Sendo a pena a intervenção mais radical na liberdade do indivíduo que nosso ordenamento permite ao Estado, a visão minimalista impõe que não se deva recorrer ao direito penal e sua gravíssima sanção se existir a possibilidade de garantir proteção suficiente por meio de outros instrumentos jurídicos não penais (OLIVEIRA. 2012).
Considerações Finais
Ao proceder com a análise histórica da evolução da pena, foi visto que esta se originou junto à sociedade, desde o início o homem viu a necessidade de se viver em comunidade para a sua própria proteção. Assim, por possuir um sentimento de desarmonia, o homem tem a tendência de criar desavençascom seus semelhantes, o que ocasiona na desestruturação da ordem. Daí vem à necessidade de se instituir um conjunto de normas que preservem a paz e, sendo esta descumprida, ocasiona em uma sanção, nascendo, assim, a pena. Com isso, restou assentado que desde a origem da sociedade se constituiu também a pena. Percebeu-se que a pena era utilizada, na antiguidade, como forma de demonstrar aos deuses as atitudes que eram desaprovadas pela sociedade, a qual possuía essencialmente um caráter reparatório, aplicando-se a perda da paz ou o banimento e a vingança de sangue do transgressor. Analisou-se a arbitrariedade dos julgadores na Idade Média, bem como a crueldade e desproporção com que as sanções penas eram realizadas. Pode-se perceber que esta atingia tão somente o corpo do condenado e não havia nenhum respeito à integridade física e moral dos indivíduos, o que acarretava em tremor extremado. No decorrer do século XVIII, sobreveio diversas ideias e pensamentos trazidos pelo Iluminismo, contando com o Marquês Cesare Beccaria, o qual foi considerado como marco para revolução de um Direito Penal não mais pautado na crueldade. Viu-se que a partir daí as finalidades das penas começaram a serem trabalhadas e estudadas. No que se refere as penas no Brasil, foi visto que a legislação de extremo rigor e crueldade perdurou até o século XIX, quando foi sancionado o Código Penal Criminal, que trouxe diversas mudanças em nosso ordenamento jurídico e instituiu o princípio da legalidade. Além disso, com a independência, a própria constituição previa um código penal baseado na justiça e equidade, assim, aboliu-se os açoites, torturas e demais penas cruéis. Nasce, então, uma constituição que preserva a integridade física e moral dos indivíduos.
Após, foi trabalhado as finalidades das penas. Viu-se que estas se dividem, basicamente, em três grupos, a teoria absoluta, relativa e a mista ou unificada. Analisou-se as essências de cada uma delas e percebeu-se que, sinteticamente, as teorias tidas como absolutas advogam a tese da retribuição, sendo que as teorias relativas apregoam a prevenção e, por sua vez, a teoria mista deve tanto retribuir quanto prevenir, sendo como uma unificação das teorias absolutas e relativas. Em seguida, foi analisado a finalidade que nosso ordenamento jurídico busca atingir, bem como refletiu-se sobre os princípios e valores adotados pela constituição, os quais baseiam tal finalidade. Finalmente, foi trabalhado com a ideia de ressocialização do condenado, percebeu-se que, implicitamente, esta é a finalidade que nosso sistema penal pretende atingir, sendo que, infelizmente, não tem logrado êxito em chegar a tal objetivo. Foi feito algumas críticas aos métodos utilizados e se buscou pensar em formas alternativas nas aplicações do Direito Penal, o qual deve ser reduzido ao mínimo necessário, intervindo tão somente em casos extremos. 
Referências
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MELLO FILHO, Rogério Machado. Direito Penal Medieval e Moderno. Disponível em: http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1097/Direito-Penal-Medieval-e-Moderno
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