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RESENHA CAPITALISMO PARASITARIO

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RESENHA 
A ALIENAÇÃO GLOBAL QUE PRENDE EM CAVERNAS 
Por Marcos Glêdson. 
 
 Capitalismo Parasitário (Zahar, 2010, 92 páginas) do sociólogo Zygmunt Bauman. Que traz 
um conjunto idéias em poucas palavras, mas que nos deixa um legado intelectual um tanto 
iluminador diante de cegueira moderna. 
 Já no primeiro capítulo dessa obra, Bauman faz uma correlação do capitalismo com um 
parasita, mostrando a que veio o título de seu livro, nos transportando pra uma visão analítica 
sobre os fatos modernos de sociedade alienada que carece ser desacorrentada. O consumo 
desenfreado, a perda de bom senso, a inversão dos valores sociais e a busca frenética pela 
realização dos sonhos e sacio de desejos consumistas, são os principais destaques. 
 A análise sobre a aquisição e o uso dos cartões de créditos, citando inclusive a uma frase 
que foi usada a mais de 30 anos atrás, com o slogan extremamente sedutor de: “NÃO ADIE A 
REALIZAÇÃO DE SEUS DESEJOS” ao que parece, esse egocentrismo pós-moderno que, com o 
cair das escamas de nossos olhos, através de iluminadas questões, como as que Zygmunt e 
outros sociólogos e pensadores nos trazem, faz com que a sociedade vivencie um vazio 
existencial em que, tudo é liquido; o trabalho; o amor; a existência em sua essência. As 
pessoas para se satisfazerem, compram cada vez mais, na tentativa de saciar um fetiche 
avassalador, na busca de um equilíbrio psicológico e da felicidade. 
 Ainda nessa obra, o autor faz uma reflexão sobre o consumismo, enfatizando o gozo 
descartável dos objetos adquiridos e, a correlação do “pacote de conhecimentos” absorvido 
nas universidades, onde os conhecimentos, criado para ser usado e jogar fora, seriam bem 
mais atraentes do que a absorção pelas faculdades mentais. 
 Lendo essa obra, senti-me transportado para um mito muito conhecido no meio acadêmico, 
do eterno filósofo e pensador Platão, chamado de: “A Alegoria da caverna” em minha 
encenação o ilustre Bauman, era o ser que havia sido libertado e, que saindo daquela caverna 
constatou-se que nada anteriormente vivido era realmente o real, que a verdade estava 
encoberta e de lá de dentro jamais poderia ter noção do que acontecia no mundo. Ao retornar 
tempos depois, agora com seu conhecimento realista do mundo, tenta resgatar aqueles que 
ainda se encontravam presos, acreditando em sombras de falsas imagens. Mesmo em meio a 
tanta rejeição, aquele regressado, se torna insistente na tentativa de ascender uma fagulha de 
intelecto na alma daqueles aprisionados, para mostrar-lhes que precisamos olhar a vida de 
outro ângulo e assim contemplarmos o óbvio não percebido. 
 
“A alma liberta poderá alcançar a fagulha do Divino” Marcos Glêdson.

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