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Aula_10

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Não é obrigatória na área cível, apenas na criminal.
Qualquer das partes pode requerer a restauração.
 Não pode ser requerida de ofício pelo Juiz (divergência  o Juiz tem interesse na solução do conflito de interesses).
Pólo passivo: outra parte que não deu causa ao extravio dos autos.
Competência: juízo onde tramitava o processo extraviado – distribuição por dependência ** artigo 1.068, CPC
Da Restauração de Autos
artigos 1.063 a 1.069, do CPC
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Petição inicial: artigo 282 CPC + indicar o estado em que se encontrava a causa quando os autos desapareceram + cópias dos documentos, petições e certidões que tiver o autor consigo.
Citação: artigo 1.065, CPC
 Havendo concordância parcial do réu, o Juiz dará por restaurados os atos naqueles pontos em que houve a anuência e para os demais pontos segue na forma do artigo 803, do CPC.
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 O juiz, ao final, apreciando o pedido do autor poderá ou não dar por restaurado os autos. 
Se fizer, o processo prosseguirá nos novos autos.
Do contrário, a parte terá que ajuizar nova demanda.
 Artigo 1.066 CPC
 Artigo 1.067, CPC
 Artigo 1.069, CPC
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Contra a sentença cabe
Apelação 
(recebida no duplo efeito)
Da sentença
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O que é?
Modalidade especial de venda de coisa móvel, na qual o vendedor usa a própria coisa vendida como garantia do recebimento do preço.
  art. 521, CC
Das vendas a crédito 
com reserva de domínio
artigos 1.070 e 1.071, do CPC
** CC: 521, 522, 524 e 526
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Procedimento (art. 522, CC):
* Estipulada por escrito.
* Registro no domicílio do comprador  efeito erga omnes
Transferência (art. 524, CC):
* Ocorre no momento em que o preço estiver totalmente quitado.
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Da mora (art. 526, CC):
* Cobrar parcelas não adimplidas
* Recuperar a posse da coisa (Busca e Apreensão)
 Da constituição da mora:
 * Protesto do título ou interpelação judicial
 ** Interpelação extrajudicial:
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Recurso Especial. Compra e venda com reserva de domínio. Mora do devedor. Artigo 1.071 do código de processo civil. Documentação da mora. Protesto, interpelação judicial ou extrajudicial. Possibilidade. - O verdadeiro sentido da norma do art. 1.071 do CPC não é determinar a imprescindibilidade do protesto, mas a indispensabilidade da documentação da mora. - Imprescindível a comprovação da mora, segundo o art. 1.071 do CPC, mas inexistente exclusividade do meio de comprová-la pelo protesto, em face do art. 397 do novo Código Civil, razão pela qual, para tanto, é possível optar pela realização do protesto ou pela interpelação judicial ou extrajudicial. Recurso especial conhecido e não provido (REsp nº 685.906 – SP. Relator: Min. Nancy Andrighi. Data da decisão: 04.08.2005) (grifo nosso)
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Das possibilidades do vendedor/credor:
* Artigo 1.070, CPC: cobrar as parcelas vencidas e as vincendas ajuizando ação de execução.
* Artigo 1.071, CPC: recuperar a posse da coisa vendida (reintegração na posse) rescindindo o contrato firmado.
A decisão é opcional
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Da cobrança (art.1.070, CPC)
* Ajuizamento de ação de execução.
* Devedor é citado para em 3 (três) dias efetuar o pagamento do débito (art. 652, CPC), sob pena de penhora de bens para o pagamento da dívida.
* A penhora pode recair sobre o bem objeto do contrato de compra e venda com reserva de domínio.
 Artigo 1.070, §§ 1º e 2º, CPC
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* Na hipótese de leilão, o valor angariado com a venda não é imediata e necessariamente revertida em favor do credor; o devedor (embargado) pode opor embargos à execução.
* A venda (leilão) antecipada é faculdade das partes.
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Da ação de busca e apreensão (art.1.071, CPC)
* Rescisão contratual de venda com reserva de domínio.
* Reintegração do autor na posse do bem.
* Pedido de liminar.
 Petição inicial: art. 282, CPC + contrato escrito + comprovação da mora + pedido de liminar de busca e apreensão (devedor deve ter sido constituído em mora)
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Da decisão da liminar:
Finalidade da liminar: preservar a coisa de desaparecimento ou deterioração.
* Vendedor fica como depositário do bem.
* Vendedor não pode dispor do bem até o julgamento final.
 Artigo 1.071, §1º, CPC
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Da citação do réu:
Prazo: 5 dias (Art. 1.071, §2º, CPC) – juntada do mandado
Pode o réu:
1) Contestar  rito ordinário. 
- Se procedente o pedido segue na forma do art. 1.071, §3º, CPC; 
- Condiciona a reintegração a que o autor deposite eventual diferença entre o valor do bem e a dívida.
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2) Contestar e requerer a purgação da mora  Art. 1.071, §2º, CPC
Se o réu requerer e não purgar a mora, segue nos termos do art. 1.071, §3º, CPC.
3) Ser revel: Art. 1.071, §3º, CPC
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Contra a sentença (natureza condenatória) cabe
Apelação 
Da sentença
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Lei nº 9.079/95
Finalidade:
Permitir ao credor não munido de título executivo judicial ou extrajudicial obter com mais rapidez a satisfação de seu crédito, sempre que não haja resistência do devedor.
Da ação monitória
artigos 1.102-A a 1.102-C, do CPC
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Divisão doutrinária:
* monitória pura: basta a alegação do credor, não é necessária a prova escrita do débito.
* monitória documental: necessidade de documento escrito como prova da dívida.
A legislação brasileira adota a monitória documental  prova escrita.
Restringe-se (no Brasil) apenas às obrigações de pagamento de soma em $$$$, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel.
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Natureza:
É a monitória processo de conhecimento ou de execução???
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Natureza:
Ação de conhecimento destinada a produzir mais rapidamente um título executivo na hipótese de o devedor não oferecer resistência.
** é a mesma ação de condenação que o credor exercita no processo ordinário de cognição.
O procedimento é monitório.
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Para Nelson e Rosa Maria Nery:
“A ação monitória é ação de conhecimento, condenatória, com procedimento especial de cognição sumária e de execução sem título. Sua finalidade é alcançar a formação de título executivo judicial de modo mais rápido do que a ação condenatória convencional”.
Súmula 292 STJ – refere-se ao monitório como procedimento especial: “A reconvenção é cabível na ação monitória, após a conversão do procedimento em ordinário”.
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E porque não ingressar com 
ação do procedimento comum??
É facultativo..
Vantagens da monitória: se não houver resistência do devedor, constitui-se de pleno direito o título executivo.
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Requisitos:
a) documento escrito, sem força executiva  documento idôneo que faz crer a existência de um crédito.
Ex.: * cheques e NP sem eficácia executiva (+ origem da dívida); 
* declarações/confissões do devedor que reconhece a dívida/promete pagá-la; 
* duplicata acompanhada de NF e desacompanhada de recibo de entrega (com recibo é título executivo);
* contrato bilateral de prestação de serviço com prova do cumprimento da contraprestação do autor;
* contrato de abertura de crédito em c/c com o demonstrativo do débito (Súmula 247, STJ);
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A insuficiência do documento escrito como prova não pode ser suprida por testemunhas.
Na decisão inicial precisa o Juiz convencer-se da existência do crédito (verossimilhança do credor).
Falta ao credor interesse de agir se o documento tem força executiva.
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Requisitos:
b) objeto seja a entrega de soma em dinheiro, coisa fungível ou bem móvel determinado.
Ficam afastadas as obrigações de fazer ou não fazer e àquelas que versem sobre coisa infungível ou sobre bens imóveis.
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Legitimidade:
* ativa: credor:
* passiva: devedor.
Competência:
Foro do domicílio do réu, se não estabelecido foro de eleição.
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Petição inicial: 
Artigos 282 e 283, CPC + indicar prova escrita em que fundamenta
o pedido + juntar documento à exordial + pedido de expedição de mandado de pagamento, entrega de coisa fungível ou bem móvel.
Valor da causa:
Valor da dívida ou valor do bem.
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Decisão inicial: 
* Juiz examina o documento para verificar a verossimilhança do crédito. Examina se o documento pode ou não ser considerado prova escrita do débito, para demonstrar a existência da dívida.
 Juízo de mera admissibilidade e não de mérito.
* Se petição inicial OK, Juiz determina de plano a expedição de mandado monitório (de pagamento ou de entrega da coisa) no prazo de 15 dias e a citação do réu (artigo 1.102-B, do CPC)
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Carreira Alvim cita que esta decisão inicial (ato judicial) não pode ser considerada nem sentença, nem decisão interlocutória, mas seria uma decisão com força de sentença.
Essa característica de decisão não permitiria recurso (apelação ou agravo) pelo réu, salvo se houver pedido de tutela antecipada (condicionada a tutela ao perigo de prejuízo irreparável; verossimilhança é condição para recebimento da monitória).
Cabe ao réu a interposição de embargos monitórios (injuntivos)
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Da citação do réu:
* Do mandado deve constar o prazo de resposta e a pena no caso de não apresentação de resposta.
Pena: constituição de pleno direito do título executivo, prosseguindo-se em execução (cumprimento de sentença).
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* Citação pode ser por carta (monitória não incluída nas exceções do art. 222, CPC)
* Súmula 282, STJ: Cabe a citação por edital em ação monitória.
 Indispensável que se nomeie curador especial ao réu revel.
* Prazo para resposta ou cumprimento do mandado: 
15 dias.
De quando corre o prazo?? Observar artigo 241, CPC
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Atitudes do réu:
1) cumprimento do mandado:
Extinção da obrigação com resolução de mérito.
Não haverá pagamento das custas e honorários advocatícios (Artigo 1.102-C, §1º)
O réu não precisa constituir advogado.
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2) Resposta do réu:
 Artigo 1.102-C (primeira parte, caput, e §§ 2º e 3º)
Oposição de embargos – suspensão da eficácia do mandado monitório  procedimento comum.
Embargos não são ação autônoma, mas mera contestação, cabendo ainda exceção e reconvenção (Súmula 292, STJ). (divergência doutrinária)
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Há possibilidade de intervenção de terceiros (prazo da resposta).
Oferecidos os embargos: 
* Julgada procedente a ação: o juiz condena o réu ao pagamento da soma em dinheiro ou entrega da coisa.
* Julgada improcedente a ação: desconstituição do mandado monitório.
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3) Omissão do réu:
 Artigo 1.102-C (segunda parte, caput)
Constitui-se de pleno direito o título executivo judicial.
Passa-se de imediato da fase cognitiva para a de execução.
Converte-se o mandado inicial em mandado executivo.
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Da execução
Se monitória tem por objeto a entrega de coisa basta a expedição do mandado de busca da coisa.
Obrigação em dinheiro: segue as regras dos artigos 475-I ao 475-R (cumprimento de sentença).
Réu oferece “impugnação” – prazo de 15 dias.
Matérias de impugnação: art. 475-L, do CPC.
Parte da doutrina diz que, mesmo não tendo o réu oferecido embargos na fase monitória, poderia arguir as matérias dos embargos (art. 745) neste momento (impugnação).
Restauração de autos: Quando um processo já existente foi extraviado ou danificado.
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