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A TERRA NO CONJUNTO DO SISTEMA SOLAR Profa. Dra. Neliane de Sousa Alves ORIGEM DO UNIVERSO Cerca de 15 bilhões de anos atrás, através da explosão de um ponto reunindo toda a matéria e energia do Universo: Grande Explosão ou Big Bang Explosão cósmica As primeiras galáxias surgiram por volta de 13 bilhões de anos atrás. A Via Láctea tem aproximadamente 8 bilhões de anos de idade e dentro dela o nosso Sistema Solar originou-se há cerca de 4,6 bilhões de anos. ORIGEM DO UNIVERSO Antes desse instante, toda a matéria e energia estavam concentradas num único ponto de densidade inconcebível. Desde aquele instante, num processo que ainda continua, o Universo expandiu-se e diluiu-se para formar galáxias, estrelas e planetas. ORIGEM DO UNIVERSO EXPANSÃO DO UNIVERSO A expansão do Universo significa que aumenta continuamente o espaço entre os aglomerados galácticos que não estão suficientemente ligados pela atração gravitacional. A velocidade da expansão é dada pela constante de Hubble (18 km/s.106 anos-luz) Universo “aberto”: este valor permanecerá constantes, ou poderá aumentar no futuro; Universo “fechado”: a V de expansão diminuirá com o tempo, tenderá a anular-se e em seguida tomará valores negativos característicos de contração. ESTRUTURA DO UNIVERSO O Universo é organizado de uma maneira hierárquica até uma escala de tamanho de 300 milhões de anos-luz: estrelas formam galáxias (tipicamente 10 bilhões de estrelas), galáxias formam aglomerados de galáxias e aglomerados de galáxias formam super-aglomerados de galáxias. ESTRUTURA DO UNIVERSO GALÁXIAS: São agrupamentos de estrelas, podendo conter mais de 100 bilhões de estrelas de todas as dimensões. Existem bilhões de galáxias no universo Tipos: elíptico e espiral Buracos Negros: regiões de extrema densidade que podem sugar qualquer matéria das proximidades, em virtude de sua gigantesca energia gravitacional. VIA LÁCTEA A nossa galáxia, a Via Láctea, é um conjunto formado por estrelas, gás e poeira, isolado no espaço e mantido por sua própria gravidade. A Galáxia tem três partes principais: um núcleo ou bojo (na região mais central), um disco e um halo. O disco é a parte onde o sistema solar está situado. Estrelas de População I e nuvens interestelares de gás e poeira também habitam o disco. O Sol localiza-se um pouco acima do plano central. AGRUPAMENTOS Podem conter entre algumas dezenas a algumas milhares de galáxias. Grupo Local: Via Láctea, Galáxia de Andrômeda e Nuvens de Magalhães. SUPERAGLOMERADOS Maior nível hierárquico do Universo Compostos de até dezenas de milhares de galáxias, e com extensões que atingem centenas de milhões de anos-luz. Esquema da Via Láctea com seus componentes. O SISTEMA SOLAR Formação: 4,6 b.a Universo: 15 b.a Sol, planetas, satélites, asteróides, cometas, além de poeira e gás. O sol e os demais corpos do sistema solar formaram-se ao mesmo tempo, fato que confere ao sistema uma organização harmônica com relação à distribuição de sua massa e às trajetórias orbitais de seus corpos maiores (planetas e satélites). ORIGEM DO SISTEMA SOLAR: A HIPÓTESE DA NEBULOSA Em 1755, o filósofo alemão Immanuel Kant sugeriu que a origem do sistema solar poderia ser traçada pela rotação de uma nuvem de gás e poeira fina - nebulosas Os gases são predominantemente hidrogênio e hélio. As partículas do tamanho do pó são quimicamente similares aos materiais encontrados na Terra. COMO PÔDE O NOSSO SISTEMA SOLAR TER FICADO COM A FORMA QUE TEM, A PARTIR DE TAL NUVEM? Uma nebulosa, grosseiramente esférica e em lenta rotação começa a contrair-se. COMO RESULTADO DA CONTRAÇÃO E ROTAÇÃO, UM DISCO ACHATADO, GIRANDO RAPIDAMENTE, FORMA-SE COM MATÉRIA CONCENTRADA EM SEU CENTRO, QUE SE TRANSFORMARÁ NO PROTO-SOL. A FORMAÇÃO DO SOL Sob a atração da gravidade, a matéria começou a deslocar-se para o centro, acumulando-se como uma proto-estrela, a precursora do Sol atual. Comprimido sob seu próprio peso, o material do proto-Sol tornou-se mais denso e quente; A temperatura interna do proto-Sol elevou-se para milhões de graus, iniciando-se então uma fase nuclear, que continua até hoje. A FORMAÇÃO DO SOL Átomos de hidrogênio sob intensa pressão e em alta temperatura combinam-se (fundem-se) para formar hélio. Nesse processo parte da massa é convertida em energia: E=mc2, C = 300.000 km/s (V da luz); E = quantidade de energia obtida pela conversão de massa Logo, uma pequena quantidade de massa pode gerar uma grande quantidade de energia. O sol emite parte dessa energia como luz A FORMAÇÃO DOS PLANETAS A maior parte da matéria da nebulosa foi concentrada no proto-Sol, restando um disco de gás e poeira, chamado de nebulosa solar, envolvendo-o; A nebulosa solar tornou-se quente quando se achatou na forma de um disco e ficou mais quente na região interna, onde mais matéria se acumulou, do que nas regiões externas menos densas. Uma vez formado, o disco começou a esfriar e muitos gases condensaram-se; A FORMAÇÃO DOS PLANETAS A atração gravitacional causou a agregação de poeira e material condensado por meio de colisões “pegajosas” em pequenos blocos ou planetesimais de 1 km; Por sua vez, esses planetesimais colidiram e se agregaram, formando corpos maiores, com o tamanho da Lua; Num estágio final de impactos cataclísmicos, uma pequena quantidade desses corpos maiores – cuja atração gravitacional é maior – arrastou os outros para formar os nossos oito planetas em suas órbitas atuais. O DISCO ENVOLVIDO POR GÁS E POEIRA FORMA GRÃOS QUE COLIDEM E SE AGREGAM EM PEQUENOS BLOCOS PLANETESIMAIS. Os planetas terrestres estruturaram-se a partir de múltiplas colisões e acréscimo de planetesimais ocasionados pela atração gravitacional. Os planetas exteriores aumentaram por acréscimo de gás. PLANETAS Os planetas giram ao redor do sol, em órbitas elípiticas de pequena excentricidade, virtualmente coplanares, segundo um plano básico denominado eclíptica. NOVO SISTEMA SOLAR PLANETAS: INTERNOS OU TELÚRICOS: Mercúrio Vênus Terra Marte PLANETAS INTERNOS: Massa pequena e densidade média semelhante à Terra (5 g/cm3) Poucos satélites e atmosferas finas e rarefeitas. São pequenos e constituídos de rochas e metais; Eles cresceram próximo ao Sol, onde as condições foram tão quentes que a maioria dos materiais voláteis não pôde ser retida; O fluxo de radiação e matéria proveniente do Sol impeliu a maior parte do H, do He, da água e de outros gases e líquidos leves que haviam nesses planetas. Idade: 4,56 b.a (meteoritos) EXTERNOS OU JOVIANOS: Júpiter, Saturno, Urano, Netuno. Massa grande e densidade média próxima à do sol Possuem mais satélites e atmosferas muito espessas e de composição parecida à do sol, rica em He e H. São gigantes gasosos e possuem constituição química similar à da nebulosa solar. PLANETAS ANÃS Um planeta anão é um corpo celeste muito semelhante a um planeta, dado que orbita em volta do Sol e possui gravidade suficiente para assumir uma forma com equilíbirio hidrostático (aproximadamente esférica), porém não possui uma órbita desimpedida. Um exemplo é Ceres que, localizado na cinturão de asteróides, possui o caminho de sua órbita repleto daqueles pequenos astros. De momento conhecem-se três planetas anões no sistema solar, são eles: Plutão, Éris e Ceres PLUTÃO Plutão, considerado um planeta por 76 anos, foi reclassificado como um planeta anão em 2006 devido à questão do domínio orbital. Plutão e a sua principal lua, Caronte TERRA FORMA: a Terra é um esferóide achatado nos pólos e dilatado no equador. 3º planeta do sistema solar MASSA: 6 X 1029 g DENSIDADE: 5, 52 g/cm3 RAIO EQUATORIAL: 6.378,2 km VOLUME: 1,083 bilhões dekm3 DIÂMETRO POLAR: 12.712 km DIÂMETRO EQUATORIAL: 12.756 km Diferença de 44 km devido ao achatamento dos pólos. TERRA Apresenta uma atmosfera secundária formada por emanações gasosas formadas durante toda a história do planeta e constituída por N, O e Ar. Apresenta alta biodiversidade; A Terra é um sistema aberto, no sentido de que troca massa e energia com o restante do cosmos ELEMENTOS CONSTITUINTES: TERRA TEMPERATURA SUPERFICIAL: apresenta T suficientemente baixa para permitir a existência de água líquida, bem como vapor de água na atmosfera, responsável pelo efeito estufa regulador da temperatura, que permite a existência da Biosfera. Possui fontes de calor em seu interior, que fornecem energia para as atividades de sua dinâmica interna e condicionam a formação de magma e os processo da tectônica global. Energia Solar: através da radiação solar incidente são produzidos, na superfície terrestre os movimentos na atmosfera e nos oceanos do planeta. PRINCIPAIS ESFERAS: LITOSFERA: camada mais externa e rígida da terra e inclui a crosta e a parte superior do manto. BIOSFERA: é a parte da terra onde se desenvolve a vida. ATMOSFERA: camada contínua de gases e vapor de água que envolve a terra. HIDROSFERA: é uma camada descontínua de água que, nos estados líquido e sólido, recobre a superfície terrestre. LUA Satélite da Terra Apresenta 1,25% da massa da Terra É um dos maiores satélites do Sistema Solar. Diâmetro de 3.480 km Densidade de 3,3 g/cm3 Não detém atmosfera LUA Feições geológicas: Áreas claras: região de terras altas, de relevo irregular, apresentando várias crateras de impacto. Áreas escuras: apresentam contorno mais ou menos circular, conhecidas como mares (“maria”). São vastas planícies, com um número menor de crateras. LUA – TIPOS DE ROCHAS Terras Altas: predominam os anortositos, constituídos essencialmente de plagioclásio. Idade: 4.000 – 4.600 milhões de anos, indicativo que os materiais lunares foram também formados nos primórdios da evolução do Sistema Solar. Terras Baixas (maria): rochas de composição basáltica. Idades: 3.800 – 3.200 milhões de anos LUA Estruturas de impactos: a lua foi submetida a um intenso bombardeio por planetésimos e asteróides de vários tamanhos, desde sua fase embrionária. Crateras maiores: diâmetro superiores a 1.000 km. Durante os estágios intermediários e finais do acrescimento da Terra, há cerca de 4,5 ba, um corpo do tamanho de Marte impactou a Terra O impacto ejetou para o espaço uma chuva de detritos tanto do corpo impactante como da Terra O impacto acelerou a rotação da Terra e inclinou o seu plano orbital para 23º A Terra reconstituiu-se como um grande corpo fundido A Lua agregou-se a partir dos detritos Rochas da Lua com 4,47 ba – Apollo, confirmaram a hipótese do impacto CINTURÃO DE ASTERÓIDES: Ocorre entre Marte e Júpiter Constituído por incontáveis corpos planetários menores Apresentam características variáveis, porém mais assemelhadas àquelas dos planetas internos. METEORITOS: Fragmentos de matéria sólida provenientes do espaço, que são destruídos e volatizados pelo atrito, quando ingressam na atmosfera da Terra. Os meteoros (estrelas cadentes) são os sinais visíveis. Maiores atingem a superfície terrestre. METEORITOS: Região de origem dos meteoritos: Anel de asteróides localizado entre as órbitas de marte e júpiter; Lua ou marte: arrancados desses corpos por grandes impactos. Brasil (SP): cratera de 3.600 m de diâmetro, preenchida por sedimentos. Composição: silicatos de Fe, Mg e Ni COMETAS: São constituídos predominantemente por material gasoso, que representa a matéria primordial da nebulosa solar. Cometa Halley, sua órbita o faz se aproximar da Terra a cada 75-76 anos ► 1986 Composição: compostos voláteis congelados e metais como Na, K, Al, Mg, Si, Cr, Mn, Fe, etc. Quando os cometas são trazidos para perto da órbita da Terra, seus gases são vaporizados e ionizados pela radiação solar, e o conjunto toma a forma típica de um núcleo (coma) e uma cauda apontando para o lado oposto do sol. REFERÊNCIAS LEINZ, V. Geologia Geral. São Paulo. Ed. Nacional. 1980 POPP, J.H. Geologia Geral. 5. Ed. Rio de Janeiro: LTC. 1998 PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. Tradução Rualdo Menegat et al. 4 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006 TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M.; FAIRCHILD, T.R. & TAIOL, F. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos. 2001.
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