Buscar

Ponto 2 - Tributário

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ponto 2 – Tributário - Princípios Constitucionais Tributários. Indébito Tributário. Contribuinte de Direito e de Fato. Repetição. Compensação. Consignação do Crédito Tributário. 
	
***PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO***
	São estes, entre outros: legalidade, anterioridade tributária, irretroatividade tributária, isonomia tributária, liberdade ao tráfego de pessoas e bens, proibição do confisco etc.
	PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
	É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
	I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
	MATÉRIAS SUBMETIDAS À RESERVA LEGAL	
	Para o STF, incluem-se as matérias do art. 97 do CTN (rol taxativo): instituição ou extinção de tributos, majoração ou redução, fato gerador, alíquota, base de cálculo, penalidade, exclusão, suspensão ou extinção de créditos tributários e dispensa ou redução de penalidades.
	Dispensam lei:
	a – atualização monetária de base de cálculo
	b – obrigação acessória (mas penalidade por descumprimento de obrigação acessória exige lei);
	c – prazo de vencimento dos tributos.
EXCEÇÕES:
- art. 153, p.1º, CF.
As exceções dizem respeito ao IPI, II, IE e IOF, quatro impostos federais. Eles têm o que a gente chama de finalidade extrafiscal, ou seja, a finalidade não é meramente de arrecadar, esses quatro impostos são utilizados pela União para intervir na economia, então é preciso que a União tenha uma maleabilidade para poder atender a essa finalidade. Há um tempo a União reduziu a alíquota do IPI em relação aos produtos brancos para estimular a compra daqueles bens, ou seja, intervém na economia mexendo nesses impostos. Por isso eles são exceções a legalidade. Só que a exceção não é uma exceção genérica, pois o que é facultado é alterar as alíquotas, ou seja, só a alteração de alíquotas foge ao princípio da legalidade e somente elas podem ser alteradas por decreto. 
- Art. 177, p. 4º, I, b. CIDE combustíveis ou do petróleo. A exceção também é de alíquota. É diferente da primeira exceção, pois aqui fala em reduzir e restabelecer. A lei que vai instituir a CIDE fixa uma alíquota de 4%. O presidente resolve reduzir a alíquota para 2%. Aqui ele pode usar decreto. Em um determinado momento ele quer voltar para 4%, usa decreto. Ou seja, restabelecer é retornar a alíquota originária.
- Art. 155, p. 4º, IV, c. ICMS. Exceção específica pois, trata do ICMS monofásico e só se aplica aos combustíveis, foi introduzida por emenda. ICMS monofásico é aquele que só vai incidir uma vez na cadeia, então a lei escolhe, por exemplo, o industrial, somente ele recolhe por toda a cadeia. O ICMS normalmente é plurifásico, o monofásico é exceção. A lei escolhe qual é a fase que se sujeita a ele. Reduzir e restabelecer. Mas existe uma diferença, no caso da CIDE é por decreto, no caso do ICMS, a redução e restabelecimento é feito por convênio. 
Esse princípio da legalidade foi regulamentado pelo art. 97, CTN. Esse artigo traz algumas regras acerca do princípio da legalidade. 
Parágrafo 1º - pode majorar qualquer tributo de duas maneiras: mexendo na alíquota, mas também pode majorar o tributo tornando mais onerosa a base de cálculo. Essa base de cálculo é uma grandeza sobre a qual vai incidir a alíquota. Precisa de lei para aumentar a alíquota, bem como para majorar a base de cálculo. Todas as exceções constitucionais dizem respeito a alíquota, não há nenhuma exceção quanto a base de cálculo, em relação a esta, precisa sempre de lei.
Parágrafo 2º - Quando corrige um tributo, a correção monetária não é aumento, mas a recuperação do valor da moeda. Nem o STF nem o STJ consideram isso majoração. Se correção monetária não é acréscimo, se ele quiser corrigir a base de cálculo, não precisa de lei, pode ser por decreto, por exemplo.
Qual seria esse tipo de lei para criar ou majorar tributo? Lei complementar ou ordinária? A regra geral é que é lei ordinária. As exceções são empréstimo compulsório, art. 148, CF, a segunda exceção diz respeito a chamada competência residual da União que está no art. 154, I, CF. Essas são as exceções que todos os autores concordam.
A terceira exceção, que é controvertida, é o IGF que está previsto no art. 153, VII, CF. Tem autores que acham que tem necessidade de lei complementar para criar e outros acham que não. O que está sendo avaliado no congresso é um projeto de lei complementar.
Há essa controvérsia, pois o art. 148 que trata do empréstimo compulsório fala de forma diversa do art. 153, VII, CF. Um fala mediante lei e o outro fala nos termos, ou seja, não fala expressamente que precisa de lei complementar para instituir, ele pode ser instituído por lei ordinária, a lei complementar seria apenas para definir o que ele considera grandes fortunas, mas alguns autores acham que tudo deve ser por lei complementar.
Em relação a legalidade, a ultima questão diz respeito a medida provisória. Pode criar um tributo, majorá-lo por medida provisória? Depende. Se está na regra ou na exceção. Se está na regra, ou seja, se ele é criado por lei ordinária originariamente, é possível criar por medida provisória. O STF raramente examina relevância e urgência, pois está na discricionariedade do chefe do executivo. Mas se estiver diante de uma exceção (empréstimo compulsório, competência residual e IGF), haverá uma vedação quanto a medida provisória e está expressa no art. 62, p. 1º, III, CF. Por isso depende do tributo que vai criar.
	PRINCÍPIO DA TIPICIDADE TRIBUTÁRIA
Esse princípio estabelece que todos elementos do fato gerador devem estar previstos em lei. Ele é complementar a legalidade, o que os diferencia é o enfoque. Na legalidade, a preocupação é com a forma e na tipicidade a preocupação é com o conteúdo, o que a lei tem que conter, por isso eles se complementam. Aqui no Brasil prevalece a chamada tipicidade fechada ou serrada. Isso significa dizer que não deve se utilizar de conceitos indeterminados, conceitos em aberto na definição do fato gerador, pois ele gera dúvida. Por isso, majoritariamente, a tipicidade é fechada.
 Existe uma corrente, no entanto, que defende a tipicidade aberta, alguns doutrinadores como Ricardo Lobo Torres defendem uma tipicidade aberta em que deve se utilizar desses conceitos. Eles defendem isso para permitir uma maior interpretação por parte do fisco, para evitar uma evasão, para evitar que o contribuinte mude o nome para fugir da tributação.
PRINCÍPIO DA ISONOMIA TRIBUTÁRIA
	Art. 150: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
	Só a CF pode excepcioná-lo. Ex: concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do país. Ex2: art. 179 da CF – tratamento diferenciado da ME/EPP (reforçado pela EC 42 – art. 146, III, d).
	STF: a lei tributária pode discriminar por motivo extrafiscal entre ramos de atividade econômica, desde que a distinção seja razoável. Ex: lei federal concessiva de isenção de IPI para taxistas e deficientes na aquisição de veículos novos.
Sempre será feita uma ponderação de interesses, um aparente conflito entre princípios constitucionais, às vezes não há fundamento constitucional, mas às vezes há fundamentos constitucionais nos dois lados e, nesse caso, deve fazer a ponderação entre isonomia e o outro princípio.
Em geral, estão envolvidos nessa ponderação, a doutrina entende que não viola a isonomia um beneficio que se baseie em capacidade contributiva e também não viola a isonomia quando visa atender o desenvolvimento econômico de uma região.
Isenção que se baseie em capacidade contributiva e que, portanto, não é inconstitucional: mínimo de imposto de renda, no caso dos idosos não é capacidade contributiva, mas a CF protege os idosos, gratuidadede justiça é outro exemplo muito comum, está isento do pagamento da taxa judiciária.
Desenvolvimento econômico de região: zona franca de Manaus, há a isenção de IPTU ou de ISS para desenvolver a área portuária.
 Subprincípios da isonomia:
1.1. Uniformidade geográfica. Art. 151, I, CF. A União deve tributar de forma uniforme em todo o território nacional. Tributação uniforme significa mesma alíquota, mesma base de cálculo e mesmo fato gerador. Existe uma exceção, o único caso que justifica tratamento diferenciado é o desenvolvimento econômico de uma região.
1.2. Generalidade. Típico do imposto de renda e está previsto no art. 153, p. 2º, I, CF. Estabelece que todas as pessoas que auferem renda, estão sujeitas ao imposto. Se refere a pessoa, ao contribuinte.
1.3. Universalidade. Também específico do imposto de renda e estabelece que todas as rendas estão sujeitas a tributação. Art. 153, p. 2º, I. Na verdade esses dois últimos princípios são complementares, o enfoque que é diferente, pois generalidade se refere a pessoa e universalidade a bens.
	PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
	
Art. 150, III - cobrar tributos:
	
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
	
Estabelece que a lei que cria ou majora um tributo não pode retroagir para atingir fatos geradores já ocorridos. O que é importante aqui é que a sua preocupação é com a vigência da norma, no momento em que a lei entra em vigor, não pode retroagir para atingir fatos geradores que já ocorreram. Já a anterioridade, a preocupação é a publicação da norma e não quando ela entrou em vigor. 
Fundamentos constitucionais para o princípio da irretroatividade: segurança jurídica, mas também ato jurídico perfeito. Se o fato gerador ocorreu, ele está perfeito e acabado. Esses são os dois fundamentos, art. 5º, XXXVI, CF.
Esse princípio está regulamentado em dois artigos no CTN, art. 105 e 106.
O art. 105. Como a lei não pode retroagir, se aplica aos fatos geradores futuros. O problema surge em relação ao chamado fato gerador pendente. Segundo o próprio artigo, ele será pendente quando ele tiver iniciado, mas não está perfeito e acabado. O exemplo clássico da doutrina é do chamado negócio jurídico condicional, exemplo, doação sujeita a condição suspensiva. Doação ocorreu em 03 de maio de 2000 e o casamento, dois anos depois, 05 de julho de 2002. A lei X entrou em vigor em 03 de julho de 2001 que aumentou o tributo. A doação só produz seus efeitos quando implementar a condição e é nesse momento que se recolhe o imposto. Essa lei se aplica a doação? Sim, pois esse é um exemplo clássico de um fato gerador pendente, mas ele só está perfeito e acabado com o implemento da condição. Essa é a literalidade do art. 105. 
O art. 106 trata das hipóteses de retroatividade da lei tributária. Nenhuma dessas hipóteses tem a ver com majoração de tributos.
I – Lei interpretativa. É aquela que vai definir o alcance de uma outra norma, por isso ela retroage, pois ela está interpretando uma lei anterior. Essa ideia de definir o alcance nada mais é que a interpretação autêntica. No direito tributário tem alguns casos de lei expressamente interpretativa. O que é relevante é que só considera lei como interpretativa se ela for meramente declaratória, se tiver caráter meramente declaratório. Se a lei tiver algum caráter constitutivo, ela não pode retroagir. Mesmo que ela fale que é interpretativa, mas constituir alguma coisa, ela não pode retroagir. A lei constitutiva, por exemplo, soluciona conflito de jurisprudência, essa lei não é meramente declaratória, pois em relação a um dos tribunais está mudando jurisprudência. O outro exemplo é quando a lei modifica jurisprudência de tribunal superior, ela não pode retroagir.
II – Diz respeito exclusivamente a penalidades, infrações, multas e ela só retroage se for mais benéfica ao infrator. Aqui o STJ não faz distinção ao tipo de multa, se for mais benéfica vai retroagir. Isso nada mais é que um princípio do direito penal, pois o CTN trata essas multas como direito penal. Somente para penalidade, não é qualquer lei mais benéfica que vai retroagir.
Ato definitivamente julgado. Esse artigo se aplica a fase administrativa e a fase judicial. Na fase judicial é com o trânsito em julgado. Na fase administrativa, o ato fica definitivamente julgado quando não couber mais recurso. É o que chama de preclusão administrativa. Não cabe mais recurso, não pode mais retroagir.
Não há dúvida que o termo final para qualquer tipo de retroatividade é o trânsito em julgado judicial, mas se estiver na fase administrativa, será o não cabimento de recurso. Se não entrar em juízo, não retroage. 
	
	PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
	b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
	c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;
	O princípio da anterioridade significa adiar, postergar a eficácia da lei que cria ou aumenta tributos para o dia 1º de janeiro do ano seguinte ao da publicação da lei que cria ou aumenta tributo.
	
	A anterioridade é regra que diz respeito à produção de efeitos das leis tributárias, e não à sua vigência. É cláusula pétrea.
O primeiro trata da anterioridade geral e o segundo trata da anterioridade nonagesimal - este foi introduzido pela EC 42/03, na CF original só tinha a geral. Se a questão envolver período anterior a 2003, só tinha a geral. A regra é que os tributos tenham que observar as duas anterioridades, mas há exceções em que se aplica apenas uma.
Anterioridade geral – estabelece que um tributo não pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro que a lei que o institui é publicada.
Anterioridade nonagesimal – um tributo não pode ser cobrado antes de 90 dias da publicação da lei.
 A preocupação nunca é quando ela entrou em vigor. Os dois tipos observam a publicação. Os dois prazos contam da publicação.
Diferenciar a anterioridade nonagesimal da noventena: apesar dos prazos serem iguais, alguns autores distinguem afirmando que a nonagesimal é do art. 150, III, c e a noventena está prevista no art. 195, p. 6º, CF que trata das contribuições da seguridade social e essas contribuições são exceção a anterioridade geral, pois só observa os 90 dias, sendo uma questão meramente terminológica. Na noventena pode cobrar no mesmo exercício já que não se aplica a anterioridade e na outra, em regra, tem que observar a anterioridade geral e não apenas os 90 dias, ou seja, observa as duas anterioridades.
No caso da anterioridade, há as exceções:
À anterioridade geral:
- Art. 150, p. 1º, CF. Referência a diversos tributos. A primeira exceção é o empréstimo compulsório em caso de guerra, pois se está em guerra, não dá para esperar o ano seguinte. A segunda são os impostos extrafiscais, IPI, IOF, II e IE. A terceira exceção é o imposto extraordinário que também é cobrado em caso de guerra.
- Art. 195, p. 6º. Noventena.
- Art. 155, p. 4º, IV, c, CF. ICMS monofásico. Exceção à legalidade e anterioridade geral.
- Art. 177, p. 4º, I, b, CF. CIDE combustíveis.
À anterioridade nonagesimal:
- Art. 150, p. 1º, CF. Empréstimo compulsório em caso de guerra (exceção as duas anterioridades), Imposto extraordinário (exceção as duas anterioridades), Imposto de importação, exportação e IOF (exceção as duas anterioridades), IR, exceção apenas à nonagesimal. O imposto de renda é exatamente o contrário do IPI. O IR observa a anterioridade geral, mas é exceção a nonagesimal e o IPI é exceção a geral e observa a nonagesimal. Outras exceções: base de cálculo do IPTU e IPVA, pois ambos são valores venais.
	PRINCÍPIO DO NÃO-CONFISCO
	
	IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
	Tem fundamento no direito de propriedade. É um conceito indeterminado (confisco). A garantia em questão deve ser entendidacomo uma exigência de razoabilidade da carga tributária.
	Se o tributo é a contrapartida que o cidadão destina ao Poder Público para que possa exercer suas liberdades num espaço imune a interferência estatal, a tributação confiscatória de tais liberdades representaria um paradoxo inaceitável. 
	De fato, ordenamentos que asseguram aos particulares o direito de propriedade e o livro exercício de atividades econômicas implicitamente acabam por repudiar a tributação confiscatória. 
	Para HUGO DE BRITO, a regra deu ao Judiciário mais um instrumento de controle da voracidade fiscal do Governo. O tributo não pode ser antieconômico, vale dizer, não pode inviabilizar o desenvolvimento das atividades econômicas geradoras de riqueza. Proibindo o tributo come efeito de confisco, a CF vedou o seu uso como instrumento de absorção, pelo Estado, dos meios de produção. 
	Adotando-se linha doutrinária clássica, pode se identificar o tributo confiscatório como sendo aquele que absorve todo o valor da propriedade num curto espaço de tempo ou que impede a pessoa de exercer atividade econômica. 
	LUCIANO AMARO ensina que a CF impede que, a pretexto de cobrar tributo, se aposse o Estado dos bens do indivíduo. Vê-se que o princípio atua em conjunto com o da capacidade contributiva, que também visa a preservar a capacidade econômica do indivíduo. 
	LEANDRO PAULSEN ensina que confisco é a tomada compulsória da propriedade privada pelo Estado, sem indenização. O princípio em tela refere-se à forma velada, indireta, de confisco, que pode ocorrer por tributação excessiva. Não importa a finalidade, mas o efeito da tributação no plano dos fatos. 
	Porque a CF utiliza a expressão “efeito de confisco”? porque confisco é sanção, é medida de caráter sancionatório. Não nos esquecemos que se designa por confisco a absorção total ou parcial da propriedade privada, sem indenização. Seria equivocado dizer, pois, é ‘vedado o confisco’. O que se proíbe é que, por via da exigência de tributo, se obtenha resultado cujo efeito seja equivalente ao do confisco. 
	A absorção do valor total da propriedade, a caracterizar o efeito confiscatório, não é necessariamente derivada de uma única incidência tributária, à evidência. Seria, portanto, confiscatório o IPTU cuja alíquota fosse fixada em 20% do valor venal do imóvel, já que, em cinco anos, o contribuinte teria despendido ao Fisco a totalidade do valor de sua propriedade.
	No tocante ao exercício de atividades econômicas, os efeitos confiscatórios se estabelecem no momento em que a carga tributária inviabilize as operações de um determinado setor econômico, por meio da redução drástica da expectativa de lucros causada pela tributação irracional. A análise, nesse caso, deve obedecer a parâmetros objetivos, isto é, para ser considerada confiscatória a tributação deve produzir efeitos nefastos a todo um segmento de contribuintes, não cabendo ao empresário alegar, por exemplo, que a carga tributária tenha reduzido seus lucros a ponto de inviabilizar a atividade econômica, se outros operam no mesmo ramo com sucesso.
	Para o STF, resulta configurado o caráter confiscatório de determinado tributo sempre que o efeito cumulativo – resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma entidade estatal – afetar, substancialmente, de maneira irrazoável, o patrimônio ou rendimentos do contribuinte. 
	- Percentual: mas qual seria o percentual a partir de que o imposto passa a ser confiscatório? Isso não está dito na CF. RICARDO LOBO TORRES indica como parâmetro o princípio da razoabilidade. 
	LUCIANO AMARO sustenta que o princípio da vedação de tributo confiscatório não é um preceito matemático, dependendo das características da situação concreta. 
	- Multa: Para HUGO DE BRITO, o princípio não se aplica para multa, mas apenas para o tributo.
	Multa se distingue do tributo no plano estritamente jurídico (ilicitude é essencial para a multa) e no plano teleológico (o tributo tem por finalidade o suprimento de recursos financeiros, já a multa desestimular o comportamento ilícito)
	No entanto, o STF vem entendendo possível a extensão da vedação em exame às multas tributárias, a fim de que não guardem evidente desproporcionalidade frente ao valor da obrigação tributária descumprida. 
	HUGO DE BRITO entende que a solução do STF é correta, mas deve usar com fundamento a proporcionalidade (descompasso entre o grau da infração e a punição cominada), e não a vedação ao confisco. 
	- imposto extrafiscal: Para LEANDRO PAULSEN, a finalidade extrafiscal não justifica tributação confiscatória. De igual forma, posiciona-se CARLOS GUILHERME, para quem a tributação extrafiscal também não deve alcançar patamares que traduzam e representem o exercício do confisco tributário. No entanto, isso não impede a tributação mais agressiva como forma de veiculação deste mesmo caráter extrafiscal do tributo, no que é acompanhado por LUCIANO AMARO. 
	
	Discorda SACHA CALMON, para quem é possível tributação confiscatória, até o caso limite (absorção do bem ou renda), com o que concorda o STF.
 
	
PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO
	V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
	
	Art. 150, V, CF. STF. Pedágio não é tributo, esse foi o entendimento recente do STF para o qual pedágio se refere a tarifa e não a tributo.
	Todavia, a questão ainda é discutida na doutrina sendo certo que nosso examinador possui posição distinta da do STF. Vejamos as correntes:
Primeira posição - se referir-se a uma via única, ou seja, em que não há outra alternativa para se chegar a um determinado local só tem aquele caminho, há uma compulsoriedade. Nesse caso, será tributo, a taxa, e não uma sexta modalidade tributária. Mas existem duas modalidades de taxa, prestação de serviço ou poder de polícia. Nesse caso, seria uma taxa de serviço, pois a rodovia é considerada serviço público. Todavia, caso haja opção ao cidadão, será tarifa.
Segunda posição – STF. Pedágio será sempre tarifa. O pedágio é tarifa (espécie de preço público) em razão de não ser cobrado compulsoriamente de quem não utilizar a rodovia; ou seja, é uma retribuição facultativa paga apenas mediante o uso voluntário do serviço. Assim, o pedágio não é cobrado indistintamente das pessoas, mas somente daquelas que desejam trafegar pelas vias e somente naquelas em que é exigido esse valor a título de conservação.
Terceira posição – examinador. Se o pedágio for cobrado pelo concessionário, a hipótese será de tarifa, todavia, se o pedágio for cobrado pelo poder público terá natureza jurídica de taxa.
	PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
	Capacidade contributiva. Art. 145, p. 1º, CF. Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. De uma forma simples poderia dizer que o princípio estabelece que cada um deve contribuir na proporção de suas rendas e haveres. Segundo a posição majoritária, deve ser observada de forma objetiva, tem que analisar se aquele indivíduo tem ou não patrimônio para suportar a tributação. Capacidade contributiva não se confunde com disponibilidade econômica, nesta é saber se ele tem ou não dinheiro para pagar. Exemplo: Abriu inventário e o de cujos é milionário. O problema é que ele só deixou imóveis. Tem um herdeiro que é hipossuficiente clássico. O herdeiro pode alegar que não tem capacidade contributiva para fugir do pagamento do imposto? Não, pois patrimônio ele tem, o que ele não tem é disponibilidade econômica, ele terá que vender imóvel para pagar o imposto, ele não tem como alegar falta de capacidade contributiva, pois bens ele tem.
Cláusula de inalienabilidade: essa cláusula não é oponível ao fisco, art. 184.
Em relação ao bem de família, é considerado um bem absolutamente impenhorável. A fazenda não podepenhorar em uma execução fiscal, por exemplo, mas tem exceções, IPTU, contribuição de melhoria, taxas... Nesse caso, o ITD não é exceção, então poderia utilizar o mesmo raciocínio para dizer que não se justificaria vender o imóvel.
Outra questão: alcance desse princípio. Tributos que devem observar a capacidade contributiva. A CF só faz menção a imposto e só a ele, pois são eles que se justificam com base em manifestação de riqueza, mas o STF entendeu que o princípio também se aplica a taxas e contribuições, notadamente no aspecto negativo, ou seja, quando se concede um benefício fiscal, é difícil ter quando se institui a taxa. Exemplo, gratuidade de justiça. O STF entende que em relação aos impostos esse princípio só se aplicaria aos chamados impostos pessoais, ou seja, os impostos reais não se submetem a capacidade contributiva. No real, o que importa é o que está tributando. O único imposto que todos entendem ser pessoal é o imposto de renda, na verdade foi isso que o STF disse. Essa posição é muito criticada já que se refere a justiça fiscal.
Subprincípios:
1. Progressividade. Essa progressividade é a chamada fiscal, tem mais de uma progressividade, mas aqui se fala na fiscal. Quanto maior for a base de cálculo, maior será a alíquota. Os dois elementos são aumentados. O imposto que por sua essência é progressivo é o IR. Ele tem que ser progressivo, é obrigatório, no IR a progressividade é obrigatória, art. 153, p. 2º, I, CF. Tem progressividade fiscal também em relação a dois outros impostos, IPTU e ITR, art. 156, p. 1º, CF e art. 153, p. 4º, I, CF.
IPTU e ITR: Dois tipos de progressividade, fiscal, art. 156, p. 1º e progressividade extrafiscal, art. 182, p. 4º, II, CF. A finalidade do IPTU na progressividade extrafiscal é atender a função social da propriedade, por isso ela é chamada progressividade no tempo ou sanção, não tem nada a ver com capacidade. Nesse caso a alíquota pode chegar a 15%.
EC 29/00. Antes de 2000, o STF entendeu que só tinha progressividade extrafiscal. Súmula 668, STF. No ITR a mesma coisa. No ITR também tem as duas. No ITR é para evitar os grandes latifúndios. Alíquota elevada caracterizaria confisco? Tem autores que defendem que é, mas outros dizem que não já que a finalidade é extrafiscal e se não colocar alíquota alta, não vai conseguir atender a função social da propriedade.
2. Personalização. Está previsto no art. 145, p. 1º, CF. É o mesmo da capacidade contributiva, sempre que possível o imposto terá caráter pessoal. Sempre que for compatível com o imposto, deve levar em consideração características do indivíduo para poder tornar mais justa aquela tributação. Nem sempre é possível.
3. Seletividade. Quanto mais essencial for o produto, menor será a alíquota, quanto mais essencial, menor a alíquota, tem a ver com essencialidade. ICMS e IPI, a CF trata da seletividade expressamente, art. 155, p. 2º, III e 153, p. 3º, I. No IPI seletividade é obrigatória, deverá ser, se não for, é inconstitucional, já no ICMS, o verbo é o poderá, logo é uma faculdade.
Produtos mais essenciais e, portanto, menores alíquotas: cesta básica e medicamento. Fugindo disso é controvertido. O estado do Rio de Janeiro entendeu que energia elétrica não é essencial.
4. Proporcionalidade. A tributação vai variar em função da alteração da base de cálculo, mas a alíquota é única, ou seja, vai pagar mais em razão da variação da base de cálculo. Na progressividade, de forma diferente, os dois elementos sobem e na proporcionalidade apenas a base de cálculo sobe, mas ambos são subprincípios da capacidade contributiva, bem como objetivam a justiça fiscal.
5. Mínimo vital ou existencial. Se relaciona à ideia de dignidade da pessoa humana. A tributação não pode incidir sobre as condições mínimas de uma existência humana digna.
	A maior parte da doutrina diz tratar-se de um princípio de sobredireito ou metajurídico. 
	LEANDRO PAULSEN ensina que decorre desse princípio, basicamente, que o Estado deve exigir que as pessoas contribuam para as despesas públicas na medida de sua capacidade para contribuir, de maneira que nada deve ser exigido de quem só tem para sua própria subsistência, a carga tributária deve variar segundo as demonstrações de riqueza, e, independente disso, a tributação não pode implicar confisco de ninguém. 
	O princípio da capacidade contributiva baseia-se num ideal de JUSTIÇA FISCAL (suum cuique tribuere), na lição de HUGO DE BRITO. 
	Os extremos dessa formulação (preservação do mínimo vital e vedação de confisco) aplicam-se a todas espécies tributárias. 
	Para MAURO LUIS ROCHA LOPES, HUGO DE BRITO e IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, a expressão “sempre que possível” está relacionada ao caráter pessoal dos impostos (princípio da personalização), não à capacidade contributiva. 
	
	É dizer, nem todos os impostos são pessoais, mas todos devem ser contributivos, ou seja, informados pelo princípio da capacidade contributiva. 
	Discorda LUCIANO AMARO, para quem a expressão “sempre que possível” cabe como ressalva tanto para a personalização como para a capacidade contributiva. 
	
	Dependendo das características de cada imposto, ou da necessidade de utilizar o imposto com finalidades extrafiscais, esses princípios podem ser excepcionados. Nesse diapasão, CARLOS GUILHERME, RICARDO LOBO TORRES e SACHA CALMON, acentuando acerca da extrafiscalidade. 
	
	O princípio constitucional da capacidade contributiva não deixa de ser um corolário da isonomia tributária. É que a tributação fiscal (arrecadatória) há de encontrar justo critério de discriminação entre contribuintes exatamente na capacidade econômica de cada um. 
	Alguns autores afirmam que a estudada imposição constitucional de graduação do imposto segundo a capacidade econômica do contribuinte exigiria que as alíquotas aumentassem conforme se revelasse mais intensa a expressão econômica do fato tributável (progressividade fiscal).
	Nesse sentido, LEANDRO PAULSEN discorre que a progressividade é um instrumento para efetivação do princípio da capacidade contributiva, mas deve ser utilizada com moderação para não desestimular a geração de riqueza. 
	A jurisprudência do STF, no entanto, só admite a progressividade nos casos em que o texto constitucional expressamente a impõe, como ocorre com o IR e o IPTU (VER INFORMATIVO 694 – MUDANÇA ENTENDIMENTO QUANTO AO ITD)
	É que a tributação proporcional, praticada mediante imposição de alíquota fixa no cálculo da prestação tributária, permite que o valor desta varie ao sabor da base de cálculo, também ensejando graduação do imposto segundo a capacidade econômica do contribuinte. 
	
PRINCÍPIO DA NÃO DISCRIMINAÇÃO TRIBUTÁRIA EM RAZÃO DA PROCEDÊNCIA OU DESTINO
Art. 152 da CRFB. Não se aplica à União Federal. Aplicado aos estados, distrito federal e municípios. Interligado ao princípio federativo. 
A tributação tem que ser equânime independente de destino e procedência do produto ou serviço. Ao ser criada a lei a alíquota tem que ser a mesma. Os problemas de desequilíbrio econômico são resolvidos em um segundo momento. Constatada a diferença econômica, implementa-se uma diferença na alíquota estabelecida através de convênio. 
Esse artigo se refere a situações internas. Esse dispositivo não se aplica a questões externas. Esse dispositivo se aplica com a relação a bens e produtos internos e não se fala em bens e produtos advindos do exterior.
O Rio de Janeiro cobrava IPVA da seguinte maneira, carro importado 5% e carro nacional, 3%. Alegaram ofensa ao art. 152, CF. A procuradoria dos estados respondeu que esse princípio é um princípio nitidamente de índole federativa, sendo sua ideia evitar que haja problemas no relacionamento entre os entes da federação, tratar-se-ia de um princípio de uso interno. 
O TJ/RJ acolheu a tese da procuradoria, afirmando que é um princípio de uso interno, mas o STF entendeu de forma diversa. Com o despacho aduaneiro, faz-se a igualdade da mercadoriainternacional com a nacional.
- Impostos indiretos: LUCIANO AMARO ensina que não há nenhuma razão pela qual pudessem ser desconsiderados, no caso de impostos INDIRETOS, os valores que os princípios em análise buscam preservar, a pretexto de que a capacidade contributiva deva ser a do contribuinte de direito, ignorando-se o contribuinte de FATO. Não fosse assim, o princípio poderia ser abandonado, para efeito de tributação de alimentos básicos e remédios, a pretexto de que os contribuintes de direito dos impostos aí incidentes são empresas de altíssimo poder econômico.
	Apenas direcionado pelo texto constitucional apena aos impostos, o princípio da capacidade contributiva costuma ser também invocado em relação aos demais tributos. Nesse sentido: HUGO DE BRITO, LUCIANO AMARO e LEANDRO PAULSEN e precedentes do STF (RE n. 573.675, 2009).
	No entanto, LEANDRO PAULSEN escreve que o campo de maior aplicação do princípio da capacidade contributiva é o dos tributos com o fato gerador não vinculado (impostos). 
- Taxas: as taxas, como retribuição ao desempenho de atividades fundamentais que o Estado não pode deixar de desempenhar, muitas vezes não são exigidas de contribuintes que não manifestam potencial econômico para suportá-las (taxa de registro, taxa judiciária).
Todavia, para MAURO LUIS ROCHA, não se leve ao exagero a extensão da capacidade contributiva às taxas. Equivocam-se aqueles que, desprezando a necessária equivalência entre o custo da atividade estatal específica que gera a imposição tributária e o valor do tributo em tela, admitem graduação da taxa segundo a capacidade econômica do contribuinte. 
	Assim, para às taxas, deve-se aplicar o princípio da equivalência (serviço/custeio). Com raciocínio semelhante, SACHA CALMON e MIZABEL MACHADO DERZI. Contra: LUCIANO AMARO.
- Isenção: Para HUGO DE BRITO, tratando-se de imposto cujo fato gerador não seja necessariamente um indicador de capacidade contributiva do contribuinte, a lei que concede isenção certamente não será inconstitucional, posto que não fere o princípio em estudo. 
	
	Tratando-se, porém, de imposto sobre o patrimônio, ou sobre a renda, cujo contribuinte é precisamente aquele que se revela possuidor de riqueza, aí nos parece que a isenção lesa o princípio em tela. 
PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE
	
Representa uma técnica de redução de tributação sobre o consumo. Tem como objetivo a desoneração da cadeia produtiva.
	Incidência expressa da não-cumulatividade:
	IPI [art. 155, § 3º, I, CF]
	não-cumulatividade obrigatória. 
	(PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE E IPI
	-regra (1)						-regra (2)
	a)cada entrada um crédito;				a)IPI será pago mensalmente;
	b)cada saída um débito;				b)IPI = débitos - créditos
	
	ICMS [art. 155, § 2º, I, CF]
	não-cumulatividade obrigatória. 
	IMPOSTOS RESIDUAIS [art. 154, II, CF – “(...) desde que sejam não-cumulativos (...)”]
	não-cumulatividade obrigatória.
		
	CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS RESIDUAIS 
	não-cumulatividade obrigatória em relação a outras contribuições.
			
	CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS QUE INCIDAM SOBRE FATURAMENTO E IMPORTAÇÃO [art. 195, § 12, CF]
		
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
	As isenções devem ser autônomas, somente o titular da competência é que poderá estabelecer a as situações de isenção.
 
	-lei complementar federal isentando iss e icms na exportação:
	(ISS( [art. 156, § 3°, II, CF] -
	(ICMS( [art. 155, § 2°, XII, e, 
	
	
	STF: a concessão de isenções por meio de tratados não caracteriza isenção heterônoma já que nesse caso a União estará atuando na condição de República Federativa e não como ente federado.
		
INDÉBITO TRIBUTÁRIO 
Art. 165, CTN - pagamento indevido: 
O pagamento indevido pode ter ocorrido com a incidência de penalidades, estas, como regra, também serão consideradas como indevidas. A restituição abrangerá as multas e os juros, tudo devidamente corrigido; não abrangerá as multas por obrigação acessória.
 	Formas de ressarcimento: 
		a)pedido de compensação;
 		b)pedido administrativo de restituição;
 		c)pedido judicial pleiteando a repetição de indébito.
	Art. 165, CTN -a utilização da ação de repetição de indébito independe de prévio protesto.
	Art. 165, incisos I, II e III, CTN - hipóteses de cabimento de repetição de indébito: 
	 Art. 166, CTN - repetição de indébito em tributos indiretos. Apenas a quem prove ter assumido o encargo financeiro. 
 		
 	-prescrição na repetição de indébito: 
 		(prazo prescricional: 5 anos. [art. 168, caput, CTN]
		(termo inicial do prazo: 
 			i)extinção do crédito tributário [art. 167, I, CTN]
			ii)data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória.
	 	-discussão quanto ao momento que se considera extinto o crédito tributário no caso de lançamento por homologação.
		- posição inicial da JURISPRUDÊNCIA: extinção do crédito ocorre com a homologação realizada pela Fazenda, e não com o pagamento. 
Caso a Fazenda nada faça, a homologação tácita ocorrerá em cinco anos, somente a partir de então terá início a contagem do prazo para a repetição. [TESE DOS 5 + 5]
		 - LC 118/05 – extinção ocorre com o pagamento. Positivação da posição defendida pela Fazenda Pública. Art. 4º, LC 118/05] – tentativa de garantir o efeito retroativo ao entendimento trazido pelo art. 3º, LC 118/05.Fundamento desse posicionamento: lei interpretativa não se submeteria ao princípio da anterioridade. [art. 106, I, CTN] constitucionalidade do art. 4º, LC 118/05: STF, se manifestou pela inconstitucionalidade do dispositivo: não tem caráter interpretativo já que inova o ordenamento jurídico e garantia do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada.
posição autal: prescrição de 5 anos contada a partir do pagamento. Aplicabilidade dessa nova disposição ocorrerá somente em relação aS AÇÕES PROPOSTAS A PARTIR DA VIGÊNCIA DA LC 118/05 (09.06.2005], ficando vencida a tese do STJ no sentido de que o prazo novo começaria a contar apenas quando o pagamento fosse realizado após a vigência da lei. Prazo de 5 anos para as ações ajuizadas após e prazo de 10 anos para as ações ajuizadas antes.
	
Contribuinte de direito x contribuinte de fato
 	contribuinte de direito integra o polo passivo da relação jurídica tributária.
 	contribuinte de fato é aquele que efetivamente suporta o encargo tributário.
	Essa diferenciação apenas pode ser visualizada nos impostos chamados indiretos que são aqueles em que o encargo financeiro do pagamento é transmitido a um terceiro chamado contribuinte de fato.
Tributo indireto – é um tributo colocado junto ao valor do produto ou serviço, por exemplo, quando alguém adquire um sapato paga também tributos indiretos. Ele repercute, é passado adiante. Quem teria que recolher era o comerciante, mas quem efetivamente paga é o adquirente. O comerciante é o contribuinte de direito e o consumidor é o contribuinte de fato. Art. 150, p. 5º, CF. É razoável que o comerciante tenha direito a entrar com ação de repetição de indébito? Não. Não cabe ação de repetição de indébito já que o contribuinte de direito não pagou nada, ele ganharia duas vezes caso admitida. Súmula 71, STF. Porém surgiu corrente contrária. Hoje cabe ação de repetição quando estiver diante de tributo indireto, art. 166, CTN e súmula 546, STF.
A maioria entende que só se admite como tributo indireto quando a lei autorizar que o contribuinte de direito repasse ao contribuinte de fato o tributo devido. É o caso do ICMS, IPI e ISS.
Logo, pode haver a repetição de indébito se o contribuinte de direito comprovar que não repassou ou estiver, pelo contribuinte de fato, autorizado a receber o valor. 
Ele tem que comprovar que não pagou. Prova de fato negativo. Via de regra não se admite prova de fato negativo, mas essa noção está equivocada já que o que não seadmite, na verdade, é a prova de fato indefinido. 
Não pode o contribuinte de fato propor a ação de repetição indébito, uma vez que ele não existe na relação tributária. Exceção: REPETIÇÃO DE ICMS EMBUTIDO NO VALOR PAGO A TÍTULO DE ENERGIA ELÉTRICA À CONCESSIONÁRIA.
Verbas devidas na repetição de indébito: o próprio valor com correção monetária da data do pagamento indevido, súmula 162, STJ.
Art. 167, CTN. Tem direito aos juros de mora, aplicando por analogia o p. 1º do art. 161, CTN, na taxa de 1%. Na área federal tem lei dispondo de modo contrário, então, nesse caso, aplica-se a lei 9.250 que é a taxa de juro SELIC. 
A lei 9.250 estabelece também que os juros correm do dia do pagamento indevido. Tem uma proposta diferente do parágrafo único do art. 167. Surge a dúvida, pois temos noção de que o CTN é lei complementar e a lei 9.250 é lei ordinária. Todavia, o CTN é, na verdade, lei hibrida, tendo normas de lei ordinária e normas de lei complementar. Art. 146, III, CF. A jurisprudência entendeu que o art. 167 é norma de lei ordinária. Há entendimento de que o parágrafo único do art. 167 teria sido derrogado por conta do princípio cronológico, mas a jurisprudência diz que a lei 9.250 é lei federal e não nacional então ela é aplicada apenas para União, aplicando-se o princípio da especialidade. Para estados e municípios aplica-se o CTN.
COMPENSAÇÃO
	Art. 170, CTN - Extinção de obrigações entre dois sujeitos devedores uns dos outros, até o limite de seus valores. Depende de previsão legal.
Possibilidade de compensação com créditos vencidos ou vincendos.
	
	compensação na esfera federal( a legislação que viabiliza o instituto da compensação vem sofrendo inúmeras alterações no sentido do seu aperfeiçoamento.
	NOVO REGIME DE COMPENSAÇÃO – legislação aplicável: contribuinte entrega declaração afirmando a existência de um determinado crédito e sua intenção de utilizá-lo para a compensação de um determinado débito. O crédito tributário passa a ser considerado extinto sob condição resolutória de posterior homologação.
	compensação e crédito em discussão judicial ( impossibilidade (justificativa: tais créditos ainda não são considerados líquidos e certos, por isso exigência do trânsito em julgado.
	compensação de contribuições previdenciárias com contribuições não previdenciárias ( impossibilidade.(a lei de criação da Super Receita é expressa em vedar tal hipótese. Art. 26, Lei 11.457/07.
***atenção*** a compensação de contribuiçõe previdenciária somente poderá ocorrer nos termos da lei 8.383/91. 
Sumula 212 STJ – A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória.
Sumula 213 STJ – O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária.
Súmula 460, STJ. Não cabe MS para efetivar a compensação.
CONSIGNAÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
	Trata-se de uma hipótese em que o sujeito passivo deseja pagar o tributo. Modalidade de extinção do crédito tributário.
	Hipóteses de cabimento da consignação:
 		a)recusa do recebimento por parte do sujeito ativo;
 		b)subordinação do recebimento:
 			i)ao pagamento de outro tributo;
 			ii)ao pagamento de penalidade;
 			iii)ao cumprimento de obrigação acessória.
			iv)ao cumprimento de exigência administrativa sem fundamento legal;
 		
c)exigência por mais de uma pessoa jurídica de tributo sobre um mesmo fato gerador.
			
 	Resultado da ação de consignação:
 		a)procedência: extinção do crédito. Pagamento é reputado efetuado e a importância consignada é convertida em renda;
 		b)improcedência: cobrança do crédito acrescido de juros de mora + penalidades cabíveis.

Continue navegando