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Notocorda e Neurulação

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Nathan - XLVIII
PROCESSO NOTOCORDAL E NOTOCORDA (3ª semana do desenvolvimento embrionário)
Algumas células mesenquimais migram cefalicamente do nó e da fosseta primitivos formando um cordão celular mediano, o processo notocordal. Este adquire uma luz e é chamado de canal notocordal. O processo notocordal cresce até alcançar a placa precordal, uma pequena área circular de células endodérmicas, se torna oco, semelhante a um bastão.
O processo notocordal está firmemente aderido ao ectoderma sobrejacente, cujas camadas fundidas formam a membrana buco-faringea, localizada no futuro local da cavidade oral. Algumas células da linha primitiva migram cefalicamente de cada lado do processo notocordal e em torno da placa precordal, formando o mesoderma cardiogênico na área cardiogênica, onde o primórdio do coração começa a desenvolver-se no final da terceira semana.
Caudalmente à linha primitiva, há uma área circular – membrana cloacal – que indica o futuro local do ânus. O assoalho do processo notocordal funde-se com o endoderma intra-embrionário do saco vitelino subjacente. As camadas fundidas degeneram-se gradualmente, resultando na formação de aberturas no assoalho do processo notocordal permitindo a comunicação do canal notocordal com o saco vitelínico.
As aberturas confluem e o assoalho do canal notocordal desaparece. O remanescente do processo notocordal forma a placa notocordal achatada. As células da notocorda proliferam e a placa notocordal começa a se dobrar formando a notocorda em forma de bastão. A parte proximal do canal notocordal persiste, temporariamente, como canal neuroentérico e se oblitera ao final do desenvolvimento da notocorda.
A notocorda se separa do endoderma do saco vitelino, que novamente torna-se uma camada contínua. A notocorda define o eixo primitivo do embrião dando-lhe certa rigidez; serve de base para o desenvolvimento do esqueleto axial do embrião (ossos da cabeça e da coluna vertebral); indica o local dos futuros corpos vertebrais. Funciona como indutor primário do embrião inicial, induzindo o ectoderma sobrejacente a espessar-se e formar a placa neural, o primórdio do sistema nervoso central.
Alantóide: surge por volta do dia 16 como pequeno divertículo (evaginação) em forma de salsicha, da parece caudal do saco vitelino que se estende para o pedículo do embrião. Em embriões humanos, a alantoide está envolvida com a formação inicial do sangue e associada ao desenvolvimento da bexiga. Os vasos sanguíneos da alantóide tornam-se as artérias e veias umbilicais. Com o crescimento da bexiga, a alantóide torna-se o úraco, representado nos adultos pelo ligamento umbilical mediano. 
NEURULAÇÃO: FORMAÇÃO DO TUBO NEURAL
Os processos envolvidos na formação da placa neural, das pregas neurais e no fechamento das pregas para formar o tubo neural constituem a neurulação e terminam no fim da 4ª semana. 
Com o desenvolvimento da notocorda, o ectoderma embrionário acima dela se espessa formando uma placa alongada em forma de chinelo, de células epiteliais espessadas, denominada placa neural. O ectoderma da placa neural dá origem ao sistema nervoso central – encéfalo e medula. 
Enquanto a notocorda se alonga, ela se alarga e se estende cefalicamente até a membrana bucofaríngea. A placa neural ultrapassa a notocorda, e por volta do dia 18 se invagina formando um sulco neural mediano com pregas neurais de ambos os lados.
As pregas neurais tornam-se particularmente proeminentes na extremidade cefálica do embrião e constituem os primeiros sinais do desenvolvimento do encéfalo. As pregas neurais se fundem, convertendo a placa neural em tubo neural.
Formação da crista neural: com a fusão, as pregas neurais para formar o tubo, algumas células neuroectodérmicas dispostas ao longo da crista de cada prega neural, perdem as suas características epiteliais e suas adesões às células vizinhas. Quando o tubo neural se separa da ectoderme da superfície, as células da crista neural migram para cada lado do tubo neural e logo se separam em partes direita e esquerda que migram para o dorso lateral do tubo neural. As células se diferenciam em vários tipos celulares incluindo gânglios do sistema nervoso autônomo, bainhas dos nervos periféricos, coberturas meníngeas do encéfalo e medula espinhal. 
NEURULAÇÃO ANORMAL
Distúrbios da neurulação podem resultar em graves anormalidades do encéfalo e da medula espinhal. Os defeitos do tubo neural (DTNs) estão entre as anormalidades congênitas mais comuns. A ausência parcial do encéfalo – meroanencefalia ou anencefalia – representa o defeito mais grave, onde um distúrbio primário afeta o neuroectoderma, resultando na ausência de fusão das pregas neurais e na formação do tubo neural. 
DESENVOLVIMENTO DOS SOMITOS	
Com a formação da notocorda e do tubo neural, o mesoderma intra-embrionário de cada lado destas estruturas prolifera e forma uma coluna longitudinal espessa – mesoderma paraxial. Cada coluna é contínua com o mesoderma intermediário que gradualmente estreita-se em uma camada de mesoderma lateral que é contínuo com o mesoderma extra-embrionário que cobre o saco vitelino e o âmnio.
No final da 3ª semana do desenvolvimento, as colunas paraxiais começam a dividir a partir da extremidade cefálica, em pares de somitos. Somitos são agregados compactos de células mesenquimais que migram e dão origem as vértebras, costelas, ossos do crânio, coluna vertebral e musculatura axial.
DESENVOLVIMENTO DO CELOMA INTRA-EMBRIONÁRIO
O celoma intra-embrionário (cavidade do corpo) surge primeiro como pequenos e isolados espaços celômicos no mesoderma lateral e cardiogênico. Esses espaços logo coalescem para formar uma cavidade única – o celoma intra-embrionário, que divide o mesoderma lateral em duas camadas: 
 - camada parietal ou somática: contínua com o mesoderma extra-embrionário que cobre o âmnio;
 - camada visceral ou esplânica: contínua com o mesoderma extra-embrionário que recobre o saco vitelino.
O mesoderma somático e o ectoderma embrionário sobrejacente formam a parede do corpo ou somatopleura. O mesoderma esplânico e o endoderma embrionário subjacente formam a parede do intestino do embrião ou esplanicopleura. Durante o segundo mês, o celoma intra-embrionário é dividio em 3 cavidades corporais: 
 - cavidade pericárdica;
 - cavidade pleurais;
 - cavidade peritoneal.

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