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História da Engenharia

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História da Engenharia 
A engenharia é a ciência, a arte e a profissão de adquirir e de aplicar os conhecimentos matemáticos, 
técnicos e científicos na criação, aperfeiçoamento e implementação de utilidades, tais como materiais, 
estruturas, máquinas, aparelhos, sistemas ou processos, que realizem uma determinada função ou 
objetivo. 
Nos processos de criação, aperfeiçoamento e implementação, a engenharia conjuga os vários 
conhecimentos especializados no sentido de viabilizar as utilidades, tendo em conta a sociedade, a 
técnica, a economia e o meio ambiente. A engenharia é uma ciência bastante abrangente que engloba 
uma série de ramos mais especializados, cada qual com uma ênfase mais específica em determinados 
campos de aplicação e em determinados tipos de tecnologia. 
O engenheiro é o profissional que exerce a prática de engenharia. Em muitos países, o exercício da 
profissão de engenheiro obriga, para além da habilitação com um curso superior de engenharia, a uma 
licença ou certificação profissional atribuída pelo estado, por uma associação profissional, ordem ou 
instituição de engenheiros ou por outro tipo de órgão de regulamentação profissional. Conforme o país, 
aos profissionais devidamente certificados ou licenciados está reservado o uso exclusivo do título 
profissional de "engenheiro" ou estão reservados outros títulos formais como "engenheiro profissional", 
"engenheiro encartado", "engenheiro incorporado", "engenheiro diplomado" ou "Engenheiro Europeu". 
Normalmente, a lei restringe a prática de determinados atos de engenharia aos profissionais certificados e 
habilitados para tal, ainda que a prática dos restantes não esteja sujeita a essa restrição. Para além da 
certificação como engenheiro propriamente dito, em alguns países existe a certificação como técnica de 
engenharia ou engenheiro técnico, associada aos profissionais com uma habilitação correspondente a um 
curso superior de 1º ciclo na área da engenharia. 
O conceito de engenharia existe desde a antiguidade, a partir do momento em que o ser humano 
desenvolveu invenções fundamentais como a polia, a alavanca e a roda. Cada uma destas invenções é 
consistente com a moderna definição de engenharia, explorando princípios básicos da mecânica para 
desenvolver ferramentas e objetos utilitários. O termo \"engenharia\" em si tem uma etimologia muito mais 
recente, derivando da palavra \"engenheiro\", que apareceu na língua portuguesa no início do século XVI 
e que se referia a alguém que construía ou operava um engenho. Naquela época, o termo \"engenho\" 
referia-se apenas a uma máquina de guerra como uma catapulta ou uma torre de assalto. A palavra 
"engenho", em si, tem uma origem ainda mais antiga, vindo do latim "ingenium" que significa "gênio", ou 
seja, uma qualidade natural, especialmente mental, portanto uma invenção inteligente. 
Mais tarde, à medida que o projeto de estruturas civis - como pontes e edifícios - amadureceu como uma 
especialidade técnica autônoma, entrou no léxico o termo "engenharia civil" como forma de distinção entre 
a atividade de construção daqueles projetos não militares e a mais antiga especialidade da engenharia 
militar. Hoje em dia, os significados originais dos termos "engenharia" e "engenharia civil" estão já 
largamente obsoletos, mas ainda são usados como tal em alguns países ou dentro do contexto de 
algumas forças armadas. O Farol de Alexandria, as Pirâmides do Egito, os Jardins Suspensos da 
Babilônia, a Acrópole de Atenas, o Parténon, os antigos aquedutos romanos, a Via Ápia, o Coliseu de 
Roma, Teotihuacán e as cidades e pirâmides dos antigos Maias, Incas e Astecas, a Grande Muralha da 
China, entre muitas outras obras, mantêm-se como um testamento do engenho e habilidade dos antigos 
engenheiros militares e civis. O primeiro engenheiro civil conhecido pelo nome foi Imhotep. Como um dos 
funcionários do faraó Djoser, Imhotep provavelmente projetou e supervisionou a construção da Pirâmide 
de Djoser, uma pirâmide de degraus em Saqqara, por volta de 2630 a.C.-2611 a.C.. Ele poderá também 
ter sido o responsável pelo primeiro uso da coluna na arquitetura. Os antigos gregos desenvolveram 
máquinas tanto no domínio civil como no militar. 
A Máquina de Antikythera (o primeiro computador mecânico conhecido) e as invenções mecânicas de 
Arquimedes são exemplos da primitiva engenharia mecânica. Estas invenções requereram um 
conhecimento sofisticado de engrenagens diferenciais e planetárias, dois princípios-chave na teoria das 
máquinas que ajudou a projetar as embreagens empregues na Revolução Industrial e que ainda são 
amplamente utilizadas na atualidade, em diversos campos como a robótica e a engenharia automóvel. Os 
exércitos chineses, gregos e romanos empregaram máquinas e invenções complexas como a artilharia 
que foi desenvolvida pelos gregos por volta do século IV a.C.. Estes desenvolveram a trirreme, a balista e 
a catapulta. Na Idade Média, foi desenvolvido o trabuco. Nos séculos XV e XVI, a engenharia naval 
emerge em Portugal. Os novos tipos de navios então desenvolvidos - como a caravela, a nau redonda e o 
galeão - irão ser fundamentais nos grandes descobrimentos marítimos. William Gilbert é considerado o 
primeiro engenheiro eletrotécnico, devido à publicação da obra De Magnete em 1600, o qual foi o criador 
do termo "eletricidade". 
A primeira máquina a vapor foi construída em 1698 por Thomas Savery, que assim é considerado o 
primeiro engenheiro mecânico moderno. O desenvolvimento deste aparelho deu origem à Revolução 
Industrial nas décadas seguintes, permitindo o início da produção em massa. Com a ascensão da 
engenharia como profissão, durante o século XVIII, o termo tornou-se mais estritamente empregue para 
designar as atividades para cujos fins eram aplicadas a matemática e a ciência. Além disso, além das 
engenharias militar e civil, também foram incorporadas na engenharia o que antes eram conhecidas como 
\"artes mecânicas\". A engenharia elétrica pode traçar as suas origens às experiências de Alexandre Volta 
em 1800, às experiências de Michael Faraday, Georg Ohm e outros, bem como à invenção do motor 
elétrico em 1872. O trabalho de James Maxwell e de Heinrich Hertz no final do século XIX deram origem à 
eletrónica. 
As invenções de Thomas Savery e de James Watt deram origem à moderna engenharia mecânica. O 
desenvolvimento de máquinas especializadas e de ferramentas para a sua manutenção durante a 
Revolução Industrial levaram ao crescimento acentuado da engenharia mecânica. A engenharia química - 
tal como a engenharia mecânica - desenvolveu-se no século XIX, durante a Revolução Industrial. A 
produção à escala industrial precisava de novos materiais e de novos processos. Por volta de 1880, a 
necessidade da produção em larga escala de químicos era tanta que foi criada uma nova indústria, 
dedicada ao desenvolvimento e fabricação em massa de produtos químicos em novas fábricas. A função 
do engenheiro químico era a de projetar essas novas fábricas e processos. A engenharia aeronáutica lida 
com o projeto de aeronaves. 
Nos tempos modernos, começou-se também a designá-la como \"engenharia aeroespacial\", dando 
ênfase à expansão daquele campo da engenharia que passou também lidar com o projeto de veículos 
espaciais. As suas origens podem ser traçadas até aos pioneiros da aviação da viragem do século XIX 
para o século XX. Os conhecimentos primitivos de engenharia aeronáutica eram largamente empíricos, 
com alguns conceitos e perícias a serem importados de outros ramos da engenharia. Apenas alguns anos 
depois dos bem sucedidos voos dos irmãos Wright, a década de 1920 viu um desenvolvimento extensivo 
da engenharia aeronáutica, através do desenvolvimento de aviões militares da época da Primeira Guerra 
Mundial.Entretanto, as pesquisas, para fornecer bases científicas fundamentais, continuaram através da 
combinação da física teórica com experiências. 
Durante a Segunda Guerra Mundial, inicia-se o desenvolvimento da engenharia de computação. A 
expansão radical da informática depois do final da guerra, irá tornar tanto os engenheiros de computação 
como os engenheiros informáticos em alguns dos maiores grupos de profissionais da engenharia. Segue 
abaixo uma relação de engenheiros civis de destaque: 
a) William John Macquorn Rankine, engenheiro civil escocês (1820-1872) que deu enorme contribuição a 
diversos ramos da engenharia,incluindo a área de mecânica dos solos com a teoria sobre empuxos em 
maciços terrosos, denominada de método de Rankine, nas áreas de termodinâmica com a escala de 
Rankine, e em mecânica. Inicialmente teve interesse pela matemática e musica, e em seguida passou a 
trabalhar com projetos e construção de sistemas fluviais,hidráulica, ferrovias e portos. 
b) Henry Philibert Gaspard Darcy (10 Junho, 1803 – 3 Janeiro, 1858),engenheiro civil Francês, que lançou 
as bases da hidráulica,publicando a Lei de Darcy, sobre a perda de carga de fluidos através de condutos. 
Como engenheiro, participou de um grande numero de obras hidráulicas. 
c) Charles Augustin de Coulomb, engenheiro civil, matemático e cientista francês (1736-1806), graduou-
se em 1761 pela “École Du Génie at Mézières” de Paris. Coulomb deu enorme contribuição à engenharia 
e à física, principalmente na área de resistência dos materiais. Como engenheiro civil, envolveu-se em 
diversas áreas, como projeto de estruturas, mecânica dos solos, fortificações, entre outras. Trabalhou na 
Martinica onde foi encarregado de projetar e construir o Forte Bourbon. Devido a problemas de saúde 
teve que retornar à França onde se dedicou à ciência. 
d) Stephen Prokofyevich Timoshenko, engenheiro mecânico e civil russo (1878-1972), graduado pela “St. 
Petersburg Railway Engineering Institute” em 1901. Durante toda carreira profissional dedicou-se ao 
estudo da resistência dos materiais e sistemas estruturais, desenvolvendo vários métodos, principalmente 
em estática e dinâmica das estruturas. Emigrou para os Estados Unidos em 1922, e a partir 1936 foi 
professor na Stanford University. O professor Timoshenko é considerado o pai da mecânica, 
principalmente em analise de estruturas. 
e) Remodelação de Paris: Sob a administração do Barão Haussmann e a coordenação do engenheiro 
civil Marie François Eugène Belgrand (1810-1878), Paris passou por uma intensa reconstrução, tendo 
produzido grandes avenidas, edifícios majestosos e um dos mais fabulosos sistemas de esgotos do 
mundo. Grande parte da atual Paris deve-se a esses grandes profissionais que tiveram a ousadia e a 
capacidade de vislumbrar o futuro e criar uma das mais belas cidades do mundo moderno. 
f) Torre Eiffel: Foi projetada e construída pelo engenheiro civil Gustave Alexandre Eiffel (1832-1923) que 
se tornou grande projetista de estruturas metálicas, tendo projetado centenas de outras obras famosas, 
como a estrutura da Estatua da Liberdade em Nova York, o viaduto de Garabit na França e a ponte do 
Porto, em Portugal. Eiffel foi o primeiro engenheiro a construir um túnel de vento para analise de 
aerodinâmica dos primeiros aviões na década de 1910. 
g) Canal de Suess: Deve-se a Ferdinand de Lesseps, engenheiro civil francês (1805-1894) a construção 
do Canal de Suess ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho, através do Egito. Foi também um dos 
primeiros idealizadores do Canal do Panamá. 
h) Canal do Panamá: O Canal do Panamá teve inicio entre 1881 e 1889 pelos franceses, com Lesseps a 
frente do projeto, tendo sido abandonado devido aos problemas enfrentados pela selva e condições 
insalubres. A partir de 1904 as obras foram retomadas pelos Estados Unidos. Inicialmente teve a 
coordenação do engenheiro civil John F. Wallace que enfrentou sérios problemas, principalmente com a 
malaria. Para dar continuidade às obras o presidente Roosevelt enviou o engenheiro civil John Stevens 
(1853-1943), que contratou o medico sanitarista Dr. William Gorgas para a erradicação da malaria. Sob a 
coordenação de Stevens, o projeto foi remodelado, feito o saneamento dos pântanos e construção de 
vilas para os operários, fornecendo melhores condições de trabalho. John Stevens antes de ir para o 
Panamá era um famoso engenheiro civil projetista e construtor de ferrovias nos Estados Unidos. Segundo 
a historia, ao terminar as obras do canal, ele não quis participar da inauguração e regressou para os EUA, 
tendo continuado na área de ferrovias e aposentado em 1923. Segundo os historiadores, o sucesso da 
construção do Canal do Panamá deve-se a três pessoas: O Presidente Theodore Roosevelt, o 
engenheiro civil John Stevens e ao medico sanitarista William Gorgas. 
i) Ferrovia Transcontinental: Na América do Norte houve duas sagas da engenharia civil em obras 
ferroviárias, uma foi a construção da ferrovia transcontinental no Canadá e a outra nos Estados Unidos. 
No dia 10 de maio de 1869, exatamente às 12:00 h, a ferrovia Union Pacific foi inaugurada, fazendo a 
ligação entre o Oceano Atlântico e o Pacifico, com a finalização da linha no local denominado Promontory, 
no Estado de Utah,onde foi cravado o ultimo prego de linha. Participaram desta obra diversos 
engenheiros civis. Outra obra ferroviária de grande vulto foi a construção da ferroviaCanadian Pacific, no 
Canadá. A realização desta ferrovia deveu-se em grande parte à obstinação do engenheiro civil William 
Cornelius Van Horn. Como obra ferroviária, outra saga da engenharia civil foi a construção da Ferrovia 
Transiberiana, ligando Moscou a Vladivistok no Mar do Japão, com uma extensão de aproximadamente 
9.000 km, atravessando oito fusos horários. 
 j) Ponte do Brooklyn em Nova York: A ponte do Brooklyn, com cerca de 1,8 km de extensão em estrutura 
pênsil, foi projetada e construída pelo engenheiro civil John Augustus Roebling (1806-1869). John A. 
Roebling formou-se engenheiro civil na Alemanha e emigrou para os EUA, onde projetou e construiu 
diversas pontes penseis antes de ganhar o concurso para a ponte do Brooklyn. A construção da ponte 
teve inicio em 1867 e terminou em 1884. Roebling faleceu em um acidente durante a construção, sendo 
substituído pelo seu filho, também engenheiro civil, Washington Roebling, que também sofreu um 
acidente e continuou a comandar a construção da ponte em uma maca. 
l) Ponte Golden Gate em San Francisco: A ponte Golden Gate, a mais famosa ponte de San Francisco, 
ligando a cidade a Salsalito, foi construída entre os anos de 1933 a 1937, com um comprimento total de 
2,7 km, em estrutura pênsil. Teve como idealizador, coordenador do projeto e da construção o engenheiro 
civil Joseph Baerman Strauss (1870-1938).Strauss faleceu um ano após a inauguração, deixando para a 
cidade de San Francisco esta obra como principal cartão postal. 
m)Ponte Bay Bridge de San Francisco: A ponte Bay Bridge ligando San Francisco a Oakland, possui um 
trecho suspenso, um em túnel e outro em estrutura metálica, totalizando 11 km, com dois níveis. Foi 
construído entre os anos de 1930 e 1936, sendo o chefe do projeto o engenheiro civil Charles H. Purcell 
(1885-1951), tendo como assistente o engenheiro civil Charles E. Andrew e como desenhista Glen 
Woodruff. 
n) Mecânica dos Solos: Até o inicio do Século XX os trabalhos na área de geotecnia eram realizados de 
forma empírica, com base na experiência do profissional. Em 1928 o Professor Karl Von Terzaghi 
publicou o primeiro livro denominado “Soil Mechacnics”, lançando os fundamentos da Mecânica dos Solos 
como ciência de engenharia civil. Karl Terzaghi (1883-1963) nasceu em Praga, formou-se engenheiro civil 
em Viena, naÁustria, onde publicou sua tese de doutoramento. Emigrou para os Estados Unidos onde foi 
professor e pesquisador na Universidade de Harvard, no MIT (Massachusetts Institute of Technology) 
onde juntamente com outros pesquisadores desenvolveu as bases da mecânica dos solos, publicando 
uma quantidade muito grande de artigos na área de geotecnia. O Prof. Terzaghi foi um dos maiores 
consultores em geotecnia, participando de inúmeros projetos em todas as partes do mundo. Terzaghi é 
considerado o pai da mecânica dos solos e um dos maiores engenheiros civis do Século XX. A ASCE 
(American Society of Civil Engineers) concede aos maiores especialistas em geotecnia, que tenham 
contribuido para o desenvolvimento da área, o premio Terzaghi Lecture. 
o) Eminentes Engenheiros Civis brasileiros: O Brasil possui uma engenharia civil muito desenvolvida, 
equiparando-se aos países mais desenvolvidos. Isto se deve a grandes obras como usinas hidroelétricas, 
rodovias, pontes, etc., e a centros de pesquisas avançadas nas diversas áreas da engenharia civil. 
Ao longo da historia o Brasil contou com inúmeros profissionais de elevada competência, entre eles, 
pode-se citar: 
a) André Rebouças (1843-1898): Nascido na Bahia seguiu a carreira de engenheiro civil, tornando-se o 
responsável por importantes obras ferroviárias, portuárias e de saneamento em diversas províncias do 
Brasil. Foi militante do movimento abolicionista junto com José do Patrocínio, tendo fundado, com 
Joaquim Nabuco, o Centro Abolicionista da Escola Politécnica, onde era professor e jornalista. 
 b) Eugenio Gudin (1886-1986) engenheiro civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro (1905). 
Professor da Universidade do Brasil. Atuou como Engenheiro na construção de Ribeirão das Lages nas 
obras do Rio Carioca do abastecimento de água do Rio de Janeiro, da Exposição Nacional de 1908 e 
várias outras obras tais como na Construção da grande represa do Acarape no Ceará. Foi Presidente da 
Associação das Estradas de Ferro do Brasil da Companhia Paulista de Força e Luz e da Sociedade 
Brasileira de Economia Política. Doutor Honorís Causa pela Universidade de Dijon, França e pela 
Universidade da Bahia (1957), recebeu também, Diploma de Doutor Honorís Causa da Escola Superior 
de Guerra (1978). Professor da Universidade do Brasil (1957). Sócio honorário da American Economic 
Associatíon. Homem Global (1973) e Homem Visão (1974). 
c) Francisco Paes Leme de Monlevade (1861-1944) Engenheiro Civil responsável pela primeira 
eletrificação ferroviária no Brasil. Diretor (1897) e Inspetor Geral da Companhia Paulista de Estradas de 
Ferro (1907 – 1927) implantou a eletrificação da linha principal da Cia Paulista, no interior do Estado de 
São Paulo. Este feito fez com que de 1921 a 1926, o Brasil ganhou uma ferrovia eletrificada com o 
sistema mais moderno existente na época, superando então quase todos os demais paises. 
d) Entre outros iminentes engenheiros civis brasileiros, pode-se citar: Prestes Maia, Odair Grillo, Ramos 
de Azevedo, Teodoro Sampaio, Aarão Reis, Figueiredo Ferraz, Lucas Nogueira Garces, Falcão Bauer, 
Milton Vargas e muitos outros mais. 
Tradicionalmente, a engenharia lidava apenas com objetos concretos e palpáveis. Modernamente, porém, 
esse cenário mudou. A engenharia lida agora também com entidades não-palpáveis, tais como custos, 
obrigações fiscais, aplicações informáticas e sistemas. Na engenharia, os conhecimentos científicos, 
técnicos e empíricos são aplicados para exploração dos recursos naturais e para a concepção, 
construção e operação de utilidades. O projeto e a instalação de aerogeradores representam problemas 
de aplicação de várias ciências e de técnicas da engenharia. Os engenheiros aplicam as ciências físicas e 
matemáticas na busca por soluções adequadas para problemas ou no aperfeiçoamento de soluções já 
existentes. 
Mais do que nunca, aos engenheiros é agora exigido o conhecimento das ciências relevantes para os 
seus projetos, o que resulta que eles tenham que realizar uma constante aprendizagem de novas 
matérias ao longo de todas as suas carreiras. Se existirem opções múltiplas, os engenheiros pesam as 
diferentes escolhas de projeto com base nos seus méritos e escolhem a solução que melhor corresponda 
aos requisitos. A tarefa única e crucial do engenheiro é identificar, compreender e interpretar os 
constrangimentos de um projeto, de modo a produzir o resultado esperado. Normalmente, não basta 
construir um produto tecnicamente bem sucedido, sendo também necessário que ele responda a outros 
requisitos adicionais. Os constrangimentos podem incluir as limitações em termos físicos, criativos, 
técnicos ou de recursos disponíveis, a flexibilidade para permitir modificações e adições futuras, além de 
fatores como os custos, a segurança, a atratividade comercial, a funcionalidade e a suportabilidade. 
Através da compreensão dos constrangimentos, os engenheiros obtêm as especificações para os limites 
dentro dos quais um objeto ou sistema viável pode ser produzido e operado. Tipicamente, os engenheiros 
irão tentar prever o quão bem os seus projetos se irão comportar em relação às suas especificações, 
antes de ser iniciada a produção em larga escala. Para isso, irão empregar, entre outros: protótipos, 
maquetes, simulações, testes destrutivos, testes não destrutivos e testes de esforços. Testar assegura 
que o produto irá comportar-se de acordo com o esperado. 
Como profissionais, os engenheiros levam a sério a sua responsabilidade em produzir projetos que se 
comportem conforme o esperado e que não causem males não intencionados ao grande público. 
Tipicamente, os engenheiros incluem uma margem de segurança nos seus projetos para reduzir o risco 
de falha inesperada. Contudo, quanto maior a sua margem de segurança, menos eficiente se poderá 
tornar o projeto. A engenharia também se ocupa do estado dos produtos falhados. A sua aplicação é 
muito importante a seguir a desastres como o colapso de pontes ou a queda de aviões, onde uma análise 
cuidadosa é necessária para descobrir as causas das falhas ocorridas. Este estudo poderá ajudar o 
projetista a avaliar o seu projeto com base em condições reais ocorridas no passado com projetos 
semelhantes. 
Tal como nas restantes atividades científicas e tecnológicas, os computadores e os programas 
informáticos desempenham um papel cada vez mais importante na engenharia. Existem inúmeras 
aplicações assistidas por computador específicas para a engenharia. Os computadores podem ser 
usados para gerarem modelos de processos físicos fundamentais, que podem ser resolvidos através de 
métodos numéricos. Umas das ferramentas mais utilizadas pelos engenheiros são as aplicações de 
desenho assistido por computador (CAD), que lhes permitem criar desenhos e esquemas em 2D e 
modelos em 3D. As aplicações CAD, juntamente com as aplicações de maquete digital (DMU) e de 
engenharia assistida por computador (CAE) - incluindo as de análise de elementos finitos e de elementos 
analíticos - permitem criar modelos de projetos que podem ser analisados sem a necessidade da 
construção de protótipos dispendiosos em termos de custo e de tempo. Estas aplicações permitem que os 
produtos e componentes sejam verificados para detecção de falhas, avaliados em termos de montagem e 
ajustamento e estudados em termos de ergonomia. Também permitem a análise das características 
dinâmicas dos sistemas como as tensões mecânica, temperaturas, emissões eletromagnéticas, correntes 
elétricas, tensão elétrica, vazão e cinemática. O acesso e a distribuição de toda esta informação é 
geralmente organizado através do uso de aplicações de gestão de dados do produto (PDM). 
 Existe também uma série de ferramentas para suporte de tarefas específicas de engenharia,como as 
aplicações de fabricação assistida por computador (CAM) que geram instruções para as máquinas de 
controlo numérico computadorizado (CNC), as de gestão de processos de fabrico (MPM) para a 
engenharia de produção, as de desenho de eletrônica assistido por computador (ECAD ou EDA) para 
desenho de esquemas de circuitos elétricos e de circuitos impressos para a engenharia eletrônica, as de 
manutenção, reparação e operações para a gestão da manutenção e as de arquitetura, engenharia e 
construção (AEC) para a engenharia civil. Recentemente, o uso do computador no auxílio ao 
desenvolvimento de utilidades passou a ser coletivamente conhecido como gestão do ciclo de vida do 
produto. A engenharia é uma ciência bastante abrangente que é muitas vezes subdividida em diferentes 
ramos ou especialidades. Cada uma destas especialidades preocupa-se com um determinado tipo de 
tecnologia ou com um determinado campo de aplicação. Apesar de inicialmente um engenheiro se formar 
normalmente numa especialidade específica, ao longo da sua carreira na maioria dos casos, irá tornar-se 
polivalente, penetrando com o seu trabalho em diferentes áreas da engenharia. Historicamente, existiam 
a engenharia militar e a engenharia naval. A partir da engenharia militar começou por desenvolver-se o 
ramo da engenharia civil. Posteriormente, a engenharia civil (em sentido lato) subdividiu-se em diversas 
especialidades tradicionais: 
• Engenharia civil (em sentido restrito) - vocacionada para o projeto e construção de obras públicas e 
particulares, como infraestruturas, estradas, pontes e edifícios; 
• Engenharia de minas - vocacionada para o estudo e o desenvolvimento de processos de extração e de 
processamento de minerais. 
• Engenharia mecânica - vocacionada para o projeto de sistemas mecânicos, como máquinas e veículos; 
• Engenharia elétrica - vocacionada para o projeto e o estudo de sistemas de produção e de aplicação da 
eletricidade, como geradores, motores elétricos e telecomunicações; 
• Engenharia química - vocacionada para a execução de processos químicos industriais em larga escala, 
bem como para desenvolver novos materiais e produtos químicos; Paralelamente, algumas das ciências 
agrárias aproximaram-se da engenharia e acabaram por nela se integrar, originando especialidades 
como: 
• Engenharia agronômica - vocacionada para a concepção e exploração de processos agropecuários; 
• Engenharia florestal - vocacionada para a exploração das florestas e para a produção de produtos 
florestais; 
• Engenharia zootécnica - vocacionada para o desenvolvimento da pecuária. 
 Com o surgimento das engenharias relacionadas com a agricultura, surge a dicotomia entre estas e a 
engenharia industrial que agrupa as especialidades tradicionais da engenharia civil, mecânica, elétrica, 
química e de minas. A engenharia industrial irá, contudo, deixar de ser um agrupamento de 
especialidades e tornar-se ela própria numa especialidade da engenharia, vocacionada para o 
aperfeiçoamento de processos e da gestão industrial através da integração dos fatores tecnológicos, 
humanos e econômicos. 
Posteriormente, com o rápido avanço da tecnologia, foram-se desenvolvendo e ganhando proeminência. 
Diversos novos campos da engenharia, como o dos materiais, produção, aeronáutica, computação, 
informática, eletromecânica, mecatrônica, robótica, nanotecnologia, nuclear, molecular, ambiente, 
geológica, alimentar, biomédica e muitos outros. Alguns dos novos campos da engenharia resultam da 
subdivisão de especialidades tradicionais ou, pelo contrário, da combinação de diferentes especialidades. 
O prestígio da engenharia fez com que áreas fora dela também a ela se quisessem associar. Surgiram 
assim campos exteriores ao que convencionalmente é considerado engenharia, mas também referidos 
como tal, sendo alguns exemplos a "engenharia jurídica", a "engenharia financeira", a "engenharia 
comercial" e a "engenharia social". 
Quando uma nova área da engenharia emerge, normalmente é inicialmente definida como uma 
subespecialidade ou como uma derivação de especialidades já existentes. Frequentemente existe um 
período de transição entre o aparecimento do novo campo e o crescimento do mesmo até ter uma 
dimensão ou proeminência suficientes para poder ser classificado como nova especialidade da 
engenharia. Um indicador chave para essa emergência é o número de cursos criados nessa 
especialidade nas principais instituições de ensino superior. Existe uma considerável sobreposição de 
matérias comuns a todas as especialidades da engenharia. Quase todas elas, por exemplo, fazem grande 
aplicação da matemática, da física e da química. 
Existe uma sobreposição entre a prática da ciência e a da engenharia. Na engenharia aplica-se a ciência. 
Ambas as atividades baseiam-se na observação atenta dos materiais e dos fenômenos. Ambas usam a 
matemática e critérios de classificação para analisarem e comunicarem as observações. Espera-se que 
os cientistas interpretem as suas observações e façam recomendações versadas para ações práticas 
baseadas nessas interpretações. Os cientistas podem também desempenhar tarefas totalmente de 
engenharia como a do desenho de aparelhos experimentais ou a da construção de protótipos. 
Reciprocamente, no processo de desenvolvimento de tecnologia, os engenheiros ocasionalmente 
apanham-se a explorar novos fenômenos, transformando-se assim, momentaneamente, em cientistas. No 
entanto, a pesquisa em engenharia tem um caráter diferente da pesquisa científica. Em primeiro lugar, 
frequentemente lida com áreas em que a física e a química básicas são bem conhecidas, mas os 
problemas em si são demasiado complexos para serem resolvidos de uma forma exata. 
Exemplos são o uso de aproximações numéricas nas equações de Navier-Stokes para a descrição do 
fluxo aerodinâmico sobre uma aeronave ou o uso da regra de Miner para cálculo dos danos provocados 
pela fadiga do material. Em segundo lugar, a pesquisa em engenharia emprega muitos métodos 
semiempíricos que são estranhos à pesquisa científica pura, sendo um exemplo o do método da variação 
de parâmetros. Essencialmente, pode dizer-se que os cientistas tentam entender a natureza enquanto 
que os engenheiros tentam fazer coisas que não existem na natureza. 
O estudo do corpo humano, em algumas das suas formas e propósitos, constitui uma importante ligação 
entre a medicina e alguns campos da engenharia. A medicina tem como objetivo sustentar, aumentar e 
até substituir funções do corpo humano, se necessário, através do uso da tecnologia. A moderna 
medicina pode substituir várias funções do corpo através do uso de próteses e órgãos artificiais e pode 
alterar significativamente várias dessas funções através de dispositivos como implantes cerebrais e 
marca-passos. A biônica é um campo específico que se dedica ao estudo dos implantes sintéticos em 
sistemas naturais. Reciprocamente, alguns campos da engenharia olham para o corpo humano como 
uma máquina biológica que merece ser estudada e dedicam-se a melhorar muitas das suas funções 
através da substituição da biologia pela tecnologia. Isto levou a campos como a inteligência artificial, as 
redes neurais, a lógica difusa e a robótica. Existem também interações substanciais entre a engenharia e 
a medicina. 
Ambos os campos fornecem soluções para problemas do mundo real. Isto, frequentemente, requer 
avançar mesmo antes de um fenômeno ser completamente compreendido em termos científicos o que faz 
com que a experimentação e o conhecimento empírico sejam uma parte integral tanto da medicina como 
da engenharia. A medicina ocupa-se do estudo do funcionamento do corpo humano o qual, como uma 
máquina biológica, tem muitas funções que podem ser modeladas através do uso de métodosda 
engenharia. O coração, por exemplo, funciona como uma bomba hidráulica, o esqueleto funciona como 
uma estrutura e o cérebro produz sinais elétricos. Estas semelhanças bem como a crescente importância 
da aplicação dos princípios da engenharia à medicina levaram ao desenvolvimento da engenharia 
biomédica, que usa conceitos de ambas. 
Novos ramos emergentes da ciência, como a biologia de sistemas, vêm adaptando ferramentas analíticas 
tradicionalmente usadas na engenharia, como a modelação de sistemas e a análise computacional, para 
a descrição de sistemas biológicos. A moderna engenharia deriva em parte do que, antigamente, eram 
consideradas as artes mecânicas. Ainda se mantêm muitas ligações entre as modernas artes e a 
engenharia, que são diretas em alguns campos como os da arquitetura, da arquitetura paisagística e do 
design industrial, ao ponto destas disciplinas serem partes integrantes dos currículos de alguns cursos 
superiores de engenharia. 
De entre as figuras históricas famosas, Leonardo da Vinci é um bem conhecido artista e engenheiro do 
Renascimento, constituindo um exemplo da ligação entre as artes e a engenharia. A ciência política 
pegou o termo "engenharia" e empregou-o no âmbito do estudo de vários assuntos como a engenharia 
social e a engenharia política, que lidam com a formação das estruturas política e social usando uma 
metodologia da engenharia associada aos princípios da ciência política. Até ao século XX, na maioria dos 
países, o ensino da engenharia era realizado em escolas superiores especializadas não universitárias, 
uma vez que tradicionalmente o ensino das universidades se concentrava em áreas como as 
humanidades, a medicina e o direito. 
Hoje em dia, no entanto, além de continuar a ser realizado em escolas especiais, o ensino da engenharia 
é já realizado na maioria das grandes universidades. Na maioria dos países, os cursos que dão acesso à 
profissão de engenheiro têm uma duração mínima de quatro ou cinco anos. Nos países cujos sistemas de 
ensinos seguem os moldes do Processo de Bolonha, a formação de um engenheiro implica a realização 
do 2º ciclo do ensino superior, incluindo normalmente um total de cinco anos de estudos e a realização de 
uma dissertação, tese ou estágio final. Em alguns destes países, a conclusão do 1º ciclo de um curso 
superior de engenharia poderá dar acesso à profissão de engenheiro técnico ou de técnico de 
engenharia. É difícil determinar quais foram as mais antigas escolas de engenharia, uma vez que o 
ensino de matérias que hoje fazem parte da engenharia vem já desde a antiguidade. No entanto, segundo 
os padrões modernos podem apontar-se as seguintes escolas precursoras destes ensinos: 
1. École Royale des Ponts et Chaussées - fundada em 1747 em Paris, França; 
2. Bergakademie Freiberg - fundada em 1765 em Freiberga, Saxónia; 
3. Academia de Minería y Geografía Subterránea de Almadén - fundada em 1777, em Almadén, Espanha; 
4. Stavovská inženýrská škola - fundada em 1787, em Praga, Boémia; 
5. Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho - fundada em 1790 em Lisboa, Portugal; 
6. Real Seminario de Minería - fundado em 1792, no México; 
7. Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho - fundada em 1792, no Rio de Janeiro, Brasil; 
 8. École Polytechnique - fundada em 1794 em Paris, França; 
9. Kaiserlich-Königlich Polytechnisches Institut - fundado em 1815, em Viena, Áustria; 
10. Polytechnische Schule Karlsruhe - fundada em 1825 em Karlsruhe, Baden. 
 O ensino da engenharia no Brasil tem origem em 1699, altura em que o rei D. Pedro II de Portugal 
ordena a criação de aulas de fortificação em vários pontos do Ultramar Português, para não estarem tão 
dependentes de engenheiros vindos do Reino. Em território brasileiro, seriam criadas destas aulas no Rio 
de Janeiro, em Salvador da Baía e no Recife. No entanto, a mais antiga escola a ministrar cursos de 
engenharia segundo os moldes modernos foi a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, 
fundada em 1792 no Rio de Janeiro pela rainha D. Maria I de Portugal, segundo o modelo da academia 
com o mesmo nome existente em Lisboa. Os atuais “Escola Politécnica do Rio de Janeiro” e” Instituto 
Militar de Engenharia” consideram-se sucessores daquela academia, este último reivindicando ser a mais 
antiga escola de engenharia das Américas. 
Os profissionais de engenharia e de áreas correlatas são regulamentados pelo Conselho Federal de 
Engenharia e Agronomia e fiscalizados pelos conselhos regionais. De forma que, no Brasil foi criada a 
terceira escola de Engenharia regular do mundo e primeira das Américas (Real Academia de Artilharia, 
Fortificação e Desenho, em 1792), se bem que desde 1699, por ordem do rei de Portugal, já havia cursos 
de Engenharia no Brasil. nos Estados Unidos surgiu a segunda escola de Engenharia das Américas, a 
Academia Militar de West Point. 
 A maior obra da Engenharia Militar, projetada pelo grande Engenheiro português Brigadeiro Alpoim, foi o 
aqueduto do Rio de Janeiro, hoje conhecido como Arcos da Lapa. Curiosidade: O Brasil pode se orgulhar 
por ter formado o primeiro Engenheiro não branco do mundo, o iminente André Rebouças (que hoje dá 
nome ao túnel no RJ), herói da Guerra do Paraguai, da qual participou integralmente como Tenente do 
Corpo de Engenheiros, depois renomado Engenheiro e Professor. Dois de seus irmãos também se 
formaram Engenheiros na Escola Militar, em plena época da escravatura (por volta de 1850). 
Abolicionista, tornou-se grande amigo de D. Pedro II, acompanhando-o no exílio. É uma das maiores 
provas de que o Exército e o Imperador não concordavam com a escravidão. 
A importância da Engenharia Civil é tão grande que se torna praticamente impossível pensar o mundo 
sem a sua presença. Mas, se num exercício de imaginação conseguíssemos criar uma cidade sem a sua 
intervenção, ela certamente se reduziria a um amontoado de barracos isolados, sem comunicação, 
energia ou sistema de água e esgoto. O engenheiro civil é, de longe, o profissional mais importante 
quando o assunto é estrutura. Só ele está habilitado a lidar com projetos e construções de edifícios, 
estradas, túneis, metrôs, barragens, portos, aeroportos e até usinas de geração de energia. Com seu 
conhecimento, escolhe os lugares mais apropriados para uma construção, verifica a solidez e a 
segurança do terreno e do material usado na obra, fiscaliza o andamento do projeto e também o 
funcionamento e a conservação da rede de água e a distribuição de esgotos. O campo de trabalho é 
vasto, mas está relacionado diretamente com a situação econômica do país. Se estivermos passando por 
uma fase desenvolvimentista, certamente sobram vagas para esse profissional. O engenheiro civil pode 
trabalhar em escritórios de construção civil, indústrias, empresas construtoras, serviço público, instituições 
específicas, bancos de desenvolvimento e investimento. 
 Apesar de o mercado de trabalho ser vasto ele também é muito competitivo, para ter mais chances no 
mercado de trabalho é necessário, além do diploma de engenheiro civil, conhecimentos de finanças, 
inglês, espanhol, para que possam começar bem na carreira. Sem contar que é preciso que tenha 
facilidade para raciocínio lógico. A remuneração dos recém-formados fica na faixa dos oitos salários 
mínimos determinados pelo CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetuta e Agronomia), mas é 
comum o engenheiro sênior de boas referências atingir R$ 4.000,00 mensais, e o que chega à área de 
gerenciamento, R$ 8.000,00. Ou ainda se o engenheiro tiver uma formação sólida ele pode prestar 
serviços como profissional autônomo. Os bons engenheiros civis trabalham por conta própria. A Escola de 
Engenharia de Natal surgiu da preocupação do governador Dinartede Medeiros Mariz, em face do 
pequeno número de engenheiros no estado. Esse fato foi importante para a criação de uma escola de 
engenharia no estado. 
A Lei Estadual nº 2045, de 11.09.57 criou a Escola de Engenharia de Natal para funcionamento previsto a 
partir de 1960, e pela Lei nº 2.452, de 16.11.59, passou a se denominar Escola de Engenharia da 
Universidade do Rio Grande do Norte. Com a promulgação do Decreto Federal nº 47.438, de 15.12.59 
recebeu licença da Diretoria de Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura para funcionar a 
partir de 1960, depois de cumpridas as exigências formais para a liberação do curso. Com o currículo 
definido, o corpo docente selecionado, o pessoal de apoio administrativo escolhido, as monografias dos 
professores aprovadas, as acomodações preparadas e móveis e equipamentos adquiridos, a Escola 
estava apta a realizar o exame vestibular e iniciar o primeiro curso de Engenharia Civil do Rio Grande do 
Norte. 
Os professores nomeados para lecionar para a primeira turma de Engenharia Civil, após apresentação de 
prova de títulos e defesa de monografia, foram Geraldo de Pinho Pessoa, Ubiratan Pereira Galvão, Célio 
de Carli, Aurino Borges, Nilson Rocha de Oliveira, Kleber de Carvalho Bezerra, José Henriques 
Bittencourt, Edilson Medeiros da Fonsêca, Moacir Maia, Clóvis Gonçalves dos Santos, José Nilson de Sá, 
Juarez Pascoal de Azevedo, Carlos Augusto de Araújo, Renato Gomes Soares, José Mesquita Fontes, 
Milton Dantas de Medeiros, Wilson de Oliveira Miranda, Rômulo Rubens Freire Pinto, Malef Victório de 
Carvalho, José Bartolomeu dos Santos, Antônio Ramos Tejo, Adriano Duarte Vidal Silva, José Antomar 
Ferreira de Souza, Fernando Cysneiros, Hélio Varela de Albuquerque, Gilvan Trigueiro, Marcelo Cabral 
de Andrade, José Pereira da Silva e Dirceu Victor de Hollanda. 
Em 27.11.59 foram nomeados Fernando Cysneiros e José Bartolomeu dos Santos, diretor e vice-diretor 
da nova Escola. A solenidade de instalação da Escola de Engenharia aconteceu em 21 de dezembro de 
1959, no anfiteatro da Maternidade Januário Cicco. Estavam presentes, entre outros, o Governador do 
Estado Dinarte Mariz, o vice-governador José Augusto Varela, o reitor Onofre Lopes, o presidente do 
Tribunal Eleitoral Carlos Augusto Caldas da Silva, o bispo auxiliar da Arquidiocese de Natal Eugênio de 
Araújo Sales, o deputado federal Teodorico Bezerra e o corpo docente da escola. 
No dia 16 de março de 1960, no pavimento superior da sede da Escola de Engenharia, na Rua Padre 
João Manoel, o professor Juarez Pascoal de Azevedo proferiu a aula inaugural na sessão solene de 
instalação do primeiro curso de Engenharia Civil do Rio Grande do Norte. A primeira turma da escola era 
composta de Evandro Costa Ferreira, Jário Pereira Pinto, José Ivaldo Borges, Joaquim Elias de Freitas, 
Liacir dos Santos Lucena, Romeu Gomes Soares e Walter Araújo, os primeiros engenheiros formados 
pela Escola em 1964. 
O Centro de Tecnologia da UFRN sucedeu a Escola de Engenharia e está estruturado em sete 
departamentos: Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia de Materiais, 
Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção e Têxtil e Engenharia Química e onze cursos de 
graduação: Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil, Engenharia de Computação, Engenharia Elétrica, 
Engenharia de Materiais, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção, Engenharia Química, 
Engenharia Têxtil, Cooperativismo e Zootecnia. Vale salientar o número total de engenheiros civis 
formados na primeira turma: sete, número bem diferente das turmas atuais. Atualmente nosso Estado 
conta com cinco cursos de engenharia Civil, UFRN, UNP, UNI-RN, UNIFACEX e ESTÁCIO.

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