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Universidade Católica de Moçambique Instituto de Educação à Distância Tema: Análise da ética social na sociedade Moçambicana para a consolidação do Bem Comum a partir da visão da Crista Nome do Estudante:Valério Pedro Mussinda Codigo: 708211594 Curso:Licenciatura em Administração Publica Cadeira: Ética Social Docente: Domingos Pedro Zina Ano de Frequência: 3º Ano Beira, Maio de 2023 Folha de Feedback Categorias Indicadores Padrões Classificação Pontuação máxima Nota do tutor Subtotal Estrutura Aspectos organizacionais Capa 0.5 Índice 0.5 Introdução 0.5 Discussão 0.5 Conclusão 0.5 Bibliografia 0.5 Conteúdo Introdução Contextualização (Indicação clara do problema) 1.0 Descrição dos objectivos 1.0 Metodologia adequada ao objecto do trabalho 2.0 Análise e discussão Articulação e domínio do discurso académico (expressão escrita cuidada, coerência / coesão textual) 2.0 Revisão bibliográfica nacional e internacionais relevantes na área de estudo 2. Exploração dos dados 2.0 Conclusão Contributos Teóricos práticos 2.0 Aspectos gerais Formatação Paginação, tipo e tamanho de letra, paragrafo, espaçamento entre linhas 1.0 Referências Bibliográficas Normas APA 6ª edição em citações e bibliografia Rigor e coerência das citações/referências bibliográficas 4.0 Recomendações de melhorias ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ Indice 1. Introdução ............................................................................................................................. 3 1.1. Objectivos ..................................................................................................................... 3 1.1.1. Objectivo Geral ..................................................................................................... 3 1.1.1.1. Objectivos Específicos ...................................................................................... 3 2. Ética Social para a consolidação do bem comum ................................................................. 4 3. Conceito de Bem Comum ..................................................................................................... 5 4. O Bem Comum a Luz da Visão Cristã .................................................................................. 6 5. A ética social com o bem comum a luz da visão crista. ........................................................ 8 6. Conclusão ............................................................................................................................ 10 7. Referência bibliográfica ...................................................................................................... 11 3 1. Introdução “Da dignidade, unidade e igualdade de todas as pessoas deriva, antes de tudo, o princípio do bem comum, a que se deve relacionar cada aspecto da vida social para encontrar pleno sentido. Assim como o agir moral do indivíduo se realiza em fazendo o bem, assim o agir social alcança a plenitude realizando o bem comum. O bem comum pode ser entendido como a dimensão social e comunitária do bem moral. Por bem comum, entende-se o conjunto daquelas condições da vida social que permitem aos grupos e a cada um dos seus membros atingirem de maneira mais completa e desembaraçadamente a própria perfeição. A perfeição, por sua vez, é compreendida como plena realização. O presente trabalho debruça-se em torno do Análise da ética social na sociedade Moçambicana para a consolidação do bem comum a partir da visão da Crista, que serve de 1º trabalho na cadeira de Ética Social, no curso de Licenciatura em Administração Pública, 3º Ano, no Centro de Recursos da Beira. Em concernente a elaboração do mesmo usou-se vários artigos publicados na internet, livros, e entre outros, no que culminou a uma pesquisa bibliográfica. 1.1.Objectivos 1.1.1. Objectivo Geral Analisar a ética social tendo como base a realidade moçambicana em relação ao bem comum a luz da visão crista. 1.1.1.1.Objectivos Específicos Definir o Bem comum na Visão cristã; Entender a realidade social moçambicana quanto ao zelo do bem comum; Saber vincular a ética social com o bem comum a luz da visão crista. 4 2. Ética Social para a consolidação do bem comum Segundo Morin (2005, p. 327), afirma que “A ética analisada sob a ótica social, nada mais é do que a responsabilidade atribuída a cada integrante da sociedade, pelo bem comum”. “Desse modo, o indivíduo deve pautar seu agir de acordo com a ética complexa. A ética complexa necessita daquilo que é mais individualizado no ser humano, a autonomia da consciência e o sentido da responsabilidade” (Morin, 2005). A construção de uma sociedade solidificada, justa e sustentável, depende da efetividade na aplicação da ética, havendo, portanto, um vínculo inquestionável entre o grupo de indivíduos denominado “sociedade” e a “ética”. Segundo Morin (2005, p 329), enfatiza que “Sabe-se que, o ser humano é naturalmente sociável, o ato de viver isoladamente está longe das origens do homem, todavia, a convivência deve ocorrer, de modo, a proporcionar bem-estar a todos os seres que compartilham da mesma sociedade” “Mas não é apenas para viver juntos, mas sim para bem viver juntos que se fez o Estado, sem o quê, a sociedade compreenderia os escravos e até mesmo os outros animais” Morin (2005, p. 332), afirma que: “A Cidade é uma sociedade estabelecida, com casa e famílias, para viver bem, isto é, para se levar uma vida perfeita e que se baste a si mesma. Ora, isto não pode acontecer senão pela proximidade de habitação e pelos casamentos. Foi para o mesmo fim que se instituíram nas cidades as sociedades particulares, as corporações religiosas e profanas e todos os outros laços, afinidades ou maneiras de viver uns com os outros, obra da amizade, assim como a própria amizade é o efeito de uma escolha recíproca”. O fim da sociedade civil é, portanto, viver bem; todas as suas instituições não são senão meios para isso, e a própria Cidade é apenas uma grande comunidade de famílias e de aldeias em que a vida encontra todos estes meios de perfeição e de suficiência. É isto o que chamamos de uma vida feliz e honesta. A sociedade civil é, pois, menos uma sociedade de vida comum do que uma sociedade de honra e de virtude. 5 Segundo Morin (2005, p. 334), afirma que: “Como se pode verificar através dos conceitos e peculiaridades destacados, os pensadores antigos e medievais tinham na ética o sinônimo de felicidade e virtudes, sustentavam que, o bem se encontrava intrínseco no ser humano, e não no aspecto material, por outro enfoque, já na modernidade se verifica a ética baseada em normatividades”. Indubitável confessar que, infelizmente, a modernidade trouxe consigo, a falta de virtudes, de compaixão e de solidariedade. O individualismo e a priorização do material afastaram o ser humano da verdadeira ética, interiorizada desde os primórdios da humanidade. Segundo Morin (2005), enfatiza que “Atualmente a ética social é equiparada a uma bússola que nos direciona ao certo e ao desejável, em um determinado grupo social, a ser definido pela sua própria cultura, hábitos e regramentos”. 3. Conceito de Bem Comum Segundo Boareto (2020, p. 14), estabelece que: “O bem comum diz respeito à realização última das capacidades individuais, seja em relação a cada indivíduo em particular, seja no grupo. O bem comum não é a soma dos bens desejados e buscados individualmente, nem o que concerne a cada um na busca de obter aquilo que se deseja. O bem comum não é nem mesmo aquilo que a coletividade impõe de modo totalizante e que não considera ou absolutamente elimina a atenção a cada cidadão e à autonomia individual”. Na e reflexão católicas, o bem comum depende tanto da fé cristã, que se preocupa com o bem de cada um, quanto da reflexão racional sobre a experiência humana, partilhada por cada um, independente de toda a diferença cultural, religiosa, linguística, social e política. Deste modo, o bem comum é, ao mesmo tempo, específico da tradição católica cristã e caracterizante da experiência humana, além de toda a diferença histórica, cultural, religiosa, política e social. Na reflexão contemporânea, o bem comum é definido de vários modos. Em primeiro lugar, o bem comum é identificado com o bem-estar geral, isto é, o bem maior que é possível conseguir para um maior número de cidadãos. 6 Em tal definição se reconhece o influxo do pensamento utilitarista. Considerar o bem comum deste modo privilegia uma aproximação quantitativa (o bem maior) e distributiva (para o maior número de cidadãos). Ocorre também verificar se o acesso ao bem comum é garantido a todos os cidadãos igualmente ou se existem cidadãos aos quais o acesso ao bem comum é limitado, ou se até chegam a ser excluídos de participarem da promoção do bem comum. Segundo Boareto (2020, p. 14), afirma que: “Em segundo lugar, o bem comum é considerado um bem público, isto é, um bem de todos, que é disponível a cada membro da comunidade civil para todos, ou para ninguém. Por exemplo, quando um Estado está em paz, a paz é um bem público, pertence a todos e todos se beneficiam, sem exclusão. Ao contrário, se a paz é uma ameaça por alguma guerra, ninguém pode beneficiar-se. Isto pode ser afirmado também por outros bens públicos: a saúde, o trabalho, o ambiente ecológico sadio, a beleza natural e a fertilidade da natureza”. Além disso, o bem comum fundamental, e o bem público por excelência, diz respeito à pertença de cada indivíduo à comunidade humana e a certeza de que não pode ser excluído dela. Finalmente ocorre precisar que há a responsabilidade em proteger e promover tais bens públicos, garantido o acesso a cada um. 4. O Bem Comum a Luz da Visão Cristã Segundo Couto (2008), afirma que “Na reflexão teológica enfatiza que o bem comum não é a soma dos bens particulares, nem a soma dos bens possuídos por muitos cidadãos, visando a sua utilidade pessoal, nem alguma coisa a ser alcançada (uma herança comum), contribuindo o mínimo possível e nem substituindo os bens individuais”. Segundo Couto (2008), afirma que “O bem comum também não é o bem da maioria dos membros da comunidade. O bem comum inclui todos os bens sociais, também os espirituais, morais e materiais, que o homem busca sobre a terra de acordo com as necessidades de sua natureza pessoal e social”. 7 O bem comum visa a realização de uma convivência social caracterizada por uma verdadeira solidariedade, o que implica a vontade de servir aqueles que, na sociedade civil, têm mais necessidades e são menos beneficiados. Segundo Couto (2008), enfatiza que: “Consequentemente, o bem comum exige justiça, ordem, paz e bem-estar social. Uma vez que a autoridade política é a principal responsável pelo bem comum, é responsabilidade das várias autoridades do Estado proteger e promover o bem comum de todos, sem preferência de algum cidadão ou grupos sociais, com exceção da opção preferencial pelos pobres”. O objetivo é favorecer a promoção social daqueles atualmente excluídos, marginalizados ou socialmente desfavorecidos. Segundo Couto (2008), estabelece que: “Ao mesmo tempo, não se deve esperar que somente o Estado promova e realize o bem comum como o fim da sociedade. Mesmo os cidadãos individuais, grupos e organizações civis têm responsabilidades sociais e contribuem para o bem comum. Isso permite que a realidade social seja valorizada em seus aspectos diversificados e em sua riqueza, no atual contexto globalizado e plural”. No contexto político, o bem comum é, portanto, uma dinâmica, um processo que requer a contribuição de todos os agentes sociais, desde o Estado até as organizações sociais e os cidadãos individuais. Segundo Couto (2008), estabelece que “Por esta razão, na reflexão católica magisterial e teológica, o bem comum exige fortalecer e diversificar o princípio da subsidiariedade, a fim de continuar e amplificar o dinamismo dos grupos e dos corpos intermediários a serviço da coletividade, para o bem desta e dos sujeitos lhe pertencem”. Além disso, a reflexão teológica chama a atenção para o que já está sendo implementado na sociedade civil por exemplo, através das ciências sociais mesmo quando é tematizada como uma promoção do bem comum. 8 Muitos cidadãos e muitas associações, por exemplo, estão comprometidos com o bem universal, que é a qualidade de vida no planeta Terra, procurando proteger a qualidade climática e preservar o ecossistema. Outros promovem condições de desenvolvimento no planeta e a saúde local e global. Outros, ainda, estão construindo projetos concretos para salvar e usar recursos de energia mais eficientes, de curto, médio ou longo prazo, não reproduzíveis. Entre esses, acrescenta-se a abnegação daqueles que lutam de maneira não violenta pela promoção do bem comum que é a paz, que permite o desenvolvimento das pessoas, dos povos e da humanidade. Trata-se de prestar atenção, reconhecer (com o olhar agudo e respeitoso de contemplação e sabedoria do místico) e discernir as muitas maneiras em que o compromisso com o bem comum já está presente no contexto histórico, político e cultural contemporâneo, e o quanto ainda pode ser feito para aumentar esse compromisso de promover o bem comum. Segundo Couto (2008), estabelece que: “Na realidade contemporânea, caracterizada por desigualdades extremas e injustiças entre continentes, países e mesmo no interior dos estados, recuperar o bem comum como justiça geral, assim como na visão tomística, implica um favorecimento para com os mais pobres, aqueles que foram e continuam sendo defraudados de bens, respeito, direitos e liberdades e cujo progresso humano, social e cultural é dificultado por violações manifestas em termos econômicos, políticos, religiosos e intelectuais, omissões e satisfações menos graves”. 5. A ética social com o bem comum a luz da visão crista. A ética é outro pilar do bem comum. A legalidade sem a ética torna impossível construir a “polis” à altura da dignidade da pessoa humana. É preciso que a observância das regras seja animada e sustentada pela ética; isso é urgente, pois há o perigo de que a lógica do mercado imponha a todos o seu modo de pensar e sufoque toda inspiração ética. Nos atuais processos de globalização, é preciso que a legalidade seja orientada para o “bem comum”. 9 A observância livre e responsável de regras comuns por toda a comunidade mundial abre perspectivas novas e extraordinárias para o crescimento da humanidade que se globaliza, não só no plano econômico, mas também no plano social e cultural. O fundamento de todo discurso ético é a dignidade da pessoa humana, sendo essa dignidade transcendente, porque se baseia na verdade de que a vida humana é recebida, é um dom. Cada pessoa chamada à vida materializa um projeto de Deus a ser acolhido com gratidão e a ser realizado livre e responsavelmente. De fato, a cultura dominante acabou corroendo os pilares sobre os quais se apoiavam a democracia representativa. Assim, a pessoa reduzida foi reduzida a indivíduo; a solidariedade foi reduzida a formalismo legal; e a subsidiariedade, ou seja, a participação livre e responsável dos cidadãos no “bem comum”, foi substituída por um “autoritarismo democrático. Vive-se o perigo de uma democracia sem alma ética e, com isso, abrem-se caminhos para formas de um totalitarismo mascarado numa absurda “democracia totalitária”. Quando a democracia perde a alma ética, corrompe-se e morre, pois há uma intrínseca conexão entre ética pessoal e ética social. 10 6. Conclusão Em concernente ao término do trabalho, conclui-se que A ética analisada sob a óptica social, nada mais é do que a responsabilidade atribuída a cada integrante da sociedade, pelo bem comum. Desse modo, o indivíduo deve pautar seu agir de acordo com a ética complexa. A ética complexa necessita daquilo que é mais individualizado no ser humano, a autonomia da consciência e o sentido da responsabilidade. A construção de uma sociedade solidificada, justa e sustentável, depende da efectividade na aplicação da ética, havendo, portanto, um vínculo inquestionável entre o grupo de indivíduos denominado “sociedade” e a “ética”. O bem comum diz respeito à realização última das capacidades individuais, seja em relação a cada indivíduo em particular, seja no grupo. O bem comum não é a soma dos bens desejados e buscados individualmente, nem o que concerne a cada um na busca de obter aquilo que se deseja. O bem comum não é nem mesmo aquilo que a colectividade impõe de modo totalizante e que não considera ou absolutamente elimina a atenção a cada cidadão e à autonomia individual. Na e reflexão católicas, o bem comum depende tanto da fé cristã, que se preocupa com o bem de cada um, quanto da reflexão racional sobre a experiência humana, partilhada por cada um, independente de toda a diferença cultural, religiosa, linguística, social e política. Deste modo, o bem comum é, ao mesmo tempo, específico da tradição católica cristã e caracterizante da experiência humana, além de toda a diferença histórica, cultural, religiosa, política e social. 11 7. Referência bibliográfica 1. Boareto, J. A. (2020). O bem Comum a Partir da Doutrina da Igreja. Cadernos da fé e Cultura. São Paulo 2. Couto, A. (2008). A importância da Religião e da Ética na Educação. São Paulo. 3. Morin, E. (2005). O método 6. Porto Alegre