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SUMÁRIO
REDAÇÃO OFICIAL DISCURSIVA ...................................................................................................................................1
REDAÇÃO OFICIAL
1
REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS
PRINCÍPIOS DA REDAÇÃO OFICIAL
Antes de iniciarmos o estudo dos princípios da Reda-
ção Ofi cial – conteúdo extremamente cobrado em provas de 
concursos públicos –, vamos conceituar o que é Redação 
Ofi cial.
A princípio, é importante salientar – a despeito do que 
dizem alguns teóricos e professores – que Redação Ofi cial 
e Redação de Correspondências Ofi ciais são a mesma coi-
sa, pois vários itens já trataram indistintamente sobre es-
ses dois sintagmas. REDAÇÃO OFICIAL É QUALQUER 
DOCUMENTO QUE CHEGUE AO SERVIÇO PÚBLICO, 
SAIA DELE OU TRAMITE NELE. Vai desde um docu-
mento de grande formalidade como a edição de uma Emen-
da Constitucional ou Medida Provisória até um papel qual-
quer escrito à mão ao se impetrar um Habeas Corpus.
IMPESSOALIDADE
Não podem existir marcas de apreço nem de desapreço 
– cantadas para aquela moça ou aquele rapaz destinatário 
do documento, sob pena de sindicância; expressões pejora-
tivas ou de baixo calão em referência ao destinatário ou a 
qualquer servidor daquele departamento ou não, do órgão 
ou não, concursado ou não e, até, a particular.
Há mais aspectos relevantes e que, a nosso ver, dizem 
respeito à impessoalidade dos e nos documentos ofi ciais:
 
a. Os principais fechos da redação ofi cial são Atenciosamen-
te – cargos de mesma hierarquia ou inferior – e Respeito-
samente – cargos de hierarquia superior.
Obs.1: A referência à hierarquia pode vir até em relação 
a autoridades de esferas de governo distintas, por exemplo: 
um texto que saia de um Delegado de Polícia Federal para 
um juiz deve possuir o fecho Respeitosamente, mesmo não 
sendo diretamente hierarquizados pelo princípio da separa-
ção dos poderes – delegado é cargo do Executivo e juiz é car-
go do Judiciário. Não se pode utilizar outro fecho, pois existe 
uma hierarquia implícita. Juiz é o cargo mais importante do 
Poder Judiciário, um juiz é subordinado apenas a outro juiz, 
seja no mesmo tribunal ou tribunais superiores (ministros de 
tribunais superiores também são juízes).
b. Estes dois fechos – Atenciosamente e Respeitosa-
mente – são os principais, mas não os únicos, veja: 
 
Fechos possíveis para o requerimento:
Nestes termos, pede deferimento
Termos em que se pede deferimento
2
R o n a l d o S i l v a
Nestes termos aguarda deferimento
(ou expressões correlatas sem exageros)
 Fecho da ata: 
Nada mais havendo a tratar na reunião do dia X, 
encerrou-se a presente sessão e eu, Fulano de Tal, lavrei 
a presente ata que vai assinada por mim, pelo senhor 
Presidente e pelos demais diretores.
 
Fecho do parecer:
É o parecer.
Sub censura (obrigatoriamente em itálico por 
ser expressão em latim). Sob censura
c. Conforme o Manual de Redação Ofi cial da Presi-
dência da República, página 18, a forma Doutor é 
título acadêmico, mas, por uma questão de tradição, 
é comum usá-la em referência aos bacharéis, em 
especial os bacharéis em Direito e Medicina – por 
esse texto, então, entende-se que todos os bacharéis 
podem ser designados como Doutor;
d. Ilustríssimo e Digníssimo são formas abolidas no 
tratamento à redação ofi cial, pois se pressupõe que 
o servidor público é pessoa digna do cargo até que 
se prove o contrário (consonância com o Manual de 
Redação Ofi cial da Presidência da República, p. 10);
e. O vocativo Excelentíssimo deve ser usado apenas 
para os chefes dos três Poderes Federais – Presi-
dente da República, do Congresso Nacional e do 
Supremo Tribunal Federal – como consta da página 
10 do Manual de Redação Ofi cial da Presidência da 
República. 
Como se depreende deste trecho ipsis literis:
“As demais autoridades serão tratadas com o voca-
tivo Senhor, seguido do cargo respectivo:
Senhor Senador,
Senhor Juiz,
Senhor Ministro,
Senhor Governador,”
Manual de Redação Ofi cial da Presidência da 
República, página 10.
COESÃO
 
Ligação entre as ideias contidas no texto da redação 
ofi cial, princípio de qualquer texto, inclusive do texto cons-
tante em documentos ofi ciais. Mais explicações de coesão 
são apresentadas na parte de interpretação de textos.
COERÊNCIA
É a lógica do texto ofi cial, relação de ideias entre os 
parágrafos e relação lógica entre a fi nalidade do servidor 
público ou não e os diversos tipos de comunicações ofi ciais. 
Mais explicações são apresentadas na parte de interpreta-
ção de textos.
CLAREZA
O texto ofi cial deve prezar, sim, pela clareza, mas urge 
lembrar que a clareza não tem qualquer valor absoluto, mas 
sim relativo: o texto entre juízes pode não ser claro para um 
linguista bem como um texto técnico em exposição de tese de 
mestrado sobre a teoria GERATIVA DA LINGUAGEM pode 
não ser, e provavelmente não será, tão clara para um juiz.
Uso de expressões como Habeas Corpus, Mandado 
de Injunção, Erga Omnes, Ad hoc não são incorretas em 
um comunicado de um desembargador para um Ministro 
do STF, mas o serão se forem direcionadas ao presidente de 
uma Agência do Executivo, por exemplo.
Expressões como Diacronia, Sincronia, Langue, Parole, 
Sintagma, Paradigma, Apossínclise e Sinérese podem pecar 
em clareza se forem direcionadas a um deputado, mas com 
certeza não o serão se forem direcionadas a professores de 
língua portuguesa, pois na Linguística esses termos são as-
saz comuns.
Ou seja, a clareza na verdade não é nada mais do que 
o entendimento da pessoa que envia e principalmente da 
pessoa que recebe o texto. Pode conter termos técnicos sem 
exageros.
CONCISÃO
Um texto conciso é um texto enxuto, sem nenhuma 
informação desnecessária, é o contrário do texto prolixo, 
redundante, pleonástico. Um exemplo tradicional de texto 
prolixo em redação ofi cial é o que temos observado em vá-
rios ofícios oriundos do serviço público, até do mais alto 
escalão do governo; por exemplo, iniciar o ofício usando 
expressões do tipo Venho por meio deste é marca de redun-
dância, pois, por acaso, não se sabe que vem por meio do 
ofício informar certas coisas, será que iria mandar o ofício 
para quê? Em vez, então, de escrever Venho por meio deste 
informar é melhor usar Informo, em vez de Venho por meio 
deste solicitar diga Solicito.
OBJETIVIDADE
Objetividade no documento ofi cial é a união de 
concisão – ir direto ao assunto sem a marca da prolixidade, 
– ausência de marcas identifi cadoras da subjetividade – 
uso exagerado de fi guras de linguagem, por exemplo – e a 
fi nalidade do documento.
Sobre a fi nalidade do documento, as provas podem 
cobrar – e já estão cobrando – a diferença de objetivo 
entre um texto e outro. Por exemplo, o ofício serve para 
comunicações externas que tratem de assuntos gerais 
da Administração, o memorando trata de comunicações 
internas também sobre assuntos gerais da Administração, 
já o requerimento é uma solicitação do particular ao órgão 
público e a apostila é um documento para retifi cação, 
ratifi cação ou rerratifi cação de dados relativos ao servidor.
3
R e d a ç ã o O f i c i a l
FORMALIDADE
É a união de padrão culto, impessoalidade e estrutura 
do documento (também chamada de Padronização). Além 
de nos lembrarmos à luz do Direito Administrativo que a 
formalidade se refere ao fato de os documentos ofi ciais se-
rem escritos, como exigem as normas do Direito que de-
monstram que os atos administrativos devem ser, como 
regra, escritos. Muito cuidado, uma instituição que faz con-
cursos públicos já cobrou na prova que determinado texto 
respeitava os requisitos formais de acordo com a modalida-
de do documento, mas o texto “possuía um erro gramatical 
de ortografi a, e, mesmo assim, considerou o item certo por 
se referir à formalidade como estrutura do documento”,não 
como padrão culto ou impessoalidade.
 
Padrão Culto
Obviamente, todos os textos ofi ciais devem utilizar a 
gramática normativa como linguagem adequada.
PADRONIZAÇÃO
É a estrutura dos documentos ofi ciais. São muitos as-
pectos, desde o tipo de letra – Times New Roman – até o 
local correto da data nos pareceres – abaixo do texto.
Veja como são diferentes em referência à Padroniza-
ção os exemplos abaixo conforme a estrutura do documento 
(data, separação dos parágrafos, assinatura do escrivão etc.).
ALVARÁ Nº 1/2006
O Administrador de Brasília, Fictício José da Silva 
Mélvio, resolve:
I – conceder alvará de funcionamento à empresa De-
métrius Fontella Ronaldo para exercer todos os trabalhos 
relativos a educação e cultura nesta cidade;
II – o referido Alvará tem validade de um ano a contar 
desta data.
Brasília, 3 de janeiro de 2006.
Fictício José da Silva Mélvio
Administrador de Brasília
ATA DA REUNIÃO DA COMISSÃO ELEITORAL DA 
ABEP - ELEIÇÃO 2004 (com adaptações)
Aos dois dias do mês de janeiro de dois mil e seis, às 
onze horas, nas dependências do CEDEPLAR, sito à Rua 
Curitiba, 832 sala 816, na cidade de Belo Horizonte, MG, 
reuniu-se, em sessão pública, a Comissão Eleitoral da ABEP, 
para proceder à apuração das candidaturas recebidas para a 
Diretoria, o Conselho Fiscal e o Conselho Consultivo, para 
o biênio 2005-2006, e para defi nir a composição das cédulas 
eleitorais, com a presença dos seguintes membros: Ignez He-
lena Oliva Perpétuo (Presidente), Maria do Carmo Fonseca. 
O outro membro da Comissão – Guaraci Adeodato Alves de 
Souza – não pode comparecer por motivo de compromis-
sos profi ssionais assumidos anteriormente. Após proceder 
ao levantamento das candidaturas recebidas por correspon-
dência, pela Presidente da Comissão, foi elaborada a cédu-
la de votação, sendo que a apresentação, nesta cédula, das 
candidaturas ao Conselho Consultivo e do Conselho Fiscal 
foi ordenada por sorteio, realizado pela Comissão Eleitoral, 
na presença da associada Paula Miranda-Ribeiro. No tocante 
a eleição para a Diretoria, esta Comissão recebeu a inscri-
ção de 1 (uma) chapa completa, que na cédula de votação foi 
identifi cada por CHAPA 1. Foi ainda redigida uma carta aos 
associados para o voto postal. A cédula de votação, a carta 
aos associados e uma versão preliminar da presente ata fo-
ram então encaminhados por e-mail para o membro ausente 
da Comissão Guaraci Adeodato Alves de Souza, para conhe-
cimento e revisão. Após o recebimento de sua resposta foram 
elaboradas as versões fi nais, apresentadas em anexo da pre-
sente ata. Nada mais havendo a tratar, a Presidente agradeceu 
a presença de todos, dando por encerrada a reunião e lavrou a 
presente ata, que, se for aprovada, será assinada por todos os 
membros presentes à reunião. Belo Horizonte, 10 de janeiro 
de 2006. Eu, Fulano de Tal, ______________________, 
secretário da reunião.
Assinaturas:
Obs.: Alguns teóricos e manuais ainda veem outros 
princípios para a redação ofi cial, como uniformidade, 
precisão, harmonia, mas percebemos que as bancas 
têm considerados apenas os nove citados anterior-
mente – Impessoalidade, Coesão, Coerência, Padrão-
Culto, Clareza, Concisão, Objetividade, Formalidade 
e Padronização. Pelo menos, essa tem sido a cobran-
ça até agora, INDICAMOS AOS NOSSOS ALUNOS 
NÃO MARCAR ERRADO EM PROVA UM ITEM 
QUE DIGA QUE PRECISÃO OU HARMONIA É 
UM PRINCÍPIO DA REDAÇÃO OFICIAL.
O CHAMADO PADRÃO OFÍCIO
Alguns documentos, conforme nos apresenta o Manu-
al de Redação Ofi cial da Presidência da República, seguem 
uma formatação comum, chamada de Padrão Ofício.
Vejamos o que nos diz esse manual:
“Há três tipos de expedientes que se diferenciam an-
tes pela fi nalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o 
memorando. Com o fi to de uniformizá-los, pode-se adotar 
uma diagramação única, que siga o que chamamos de pa-
drão ofício”
Manual de Redação Ofi cial da Presidência 
da República, página 11.
Apesar de este texto ser extremamente claro, vamos in-
cluir mais dois documentos no padrão ofício, a Exposição de 
Motivos – por já ter sido cobrada em provas como parte do 
padrão ofício e ter o item dado como resposta correta e a cir-
cular por poder ser chamada de Memorando-Circular. 
Alguns elementos vinculados ao Padrão Ofício:
1) O vocativo Excelentíssimo, apesar da grande 
divergência sobre o assunto, deve ser usado 
para as seguintes autoridades: Presidente da 
República, Presidente do Supremo Tribunal 
Federal, Presidente do Congresso Nacional, 
Presidente do Senado Federal e Presidente da 
Câmara dos Deputados.
4
R o n a l d o S i l v a
A respeito das duas últimas autoridades, queremos 
destacar que, a despeito do que nos afi rma diretamente o 
Manual de Redação Ofi cial da Presidência da República, 
deve utilizar-se o vocativo Excelentíssimo para Presidente 
do Senado Federal porque um exemplo do mesmo manual 
expõe Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Fede-
ral, página 26; e sobre usar-se Excelentíssimo para Pre-
sidente da Câmara dos Deputados, adotamos essa norma 
porque o próprio Manual de Redação Ofi cial da Câmara 
dos Deputados assim determina e, sabemos à luz do Direito 
Constitucional que o Presidente da Câmara e o Presidente 
do Senado são cargos de igualdade hierárquica já que o Po-
der Legislativo é bicameral, assim nós teremos de usar.
A respeito de usar Excelentíssimo para juiz, aqui resi-
de um problema ainda maior, as bancas não têm perguntado 
sobre o caso, mas vamos preferir utilizar Meritíssimo Se-
nhor Juiz ou só Senhor Juiz. Pois os manuais não nos man-
dam usar Excelentíssimo para juiz – com exceção de pou-
cos manuais, como o Manual de Redação Ofi cial do TCDF.
2) As margens devem ser: esquerda = 3,0 cm – exata-
mente – e demais margens = 1,5cm – no mínimo a 
superior e a inferior e exatamente a direita;
3) A partir da segunda página, a margem superior 
deve ser de 3,5 cm;
4) A identifi cação do expediente (nome do ofício, me-
morando, aviso etc.) deve fi gurar a 5 cm da borda 
superior do papel;
5) O parágrafo tem espaçamento de 2,5 cm da mar-
gem esquerda;
6) O local e a data ocorrem na mesma linha ou 1 espa-
ço abaixo da identifi cação do expediente e alinha-
dos à margem direita;
7) O texto é escrito em fonte TIMES NEW ROMAN, 
pode-se usar a fonte Symbol ou Wingdings no caso 
de símbolos não existentes na fonte Times;
8) O tamanho da fonte é 12 para o texto em geral, 11 
nas citações e 10 nas notas de rodapé;
9) Negrito, itálico e sublinhado devem ser postos 
quando ser necessita realmente ressaltar aspectos 
importantes do texto, sem exageros;
10) A fonte é de cor preta. Cores devem ser usadas ape-
nas em gráfi cos, desenhos ou fotos;
11) O papel deve ser branco com folha A4 (297X210 
mm);
12) O texto deve ser justifi cado;
13) Os únicos fechos existentes em comunicações ofi -
ciais que seguem o padrão ofício são: Atenciosa-
mente (autoridades de mesma hierarquia ou inferio-
res) e Respeitosamente (autoridades de hierarquia 
superior) e devem estar a 1 cm do texto;
14) A identifi cação do signatário deve estar a 2,5 cm 
do fecho e o Presidente da República não precisa 
ser identifi cado – isso signifi ca que o nome dele não 
tem obrigatoriedade de constar, apesar de não ser, 
obviamente, proibido.
Pronomes de Tratamento
1) Vossa Excelência – V.Exa. – usados de Prefeito e 
Vereador para cima até Presidente da República 
– chefes de poderes não podem ter o pronome 
abreviado;
2) Vossa Senhoria – V.Sa. – abaixo de Prefeito e 
Vereador a pessoas do povo;
3) Vossa Magnifi cência – V.Maga. – Reitores de 
universidades;
4) Vossa Onipotência – Deus;
5) Vossa Santidade – V.S. – papa;
6) Vossa Eminência – V.Ema. – cardeais;
7) Vossa Excelência Reverendíssima – V.Exa.
Revma. – bispos e arcebispos;
8) Vossa Paternidade – Superiores de ordensreligiosas;
9) Vossa Reverência – V.Rev. – padres e religiosos 
em geral;
10) Vossa Majestades – V.Maj. – reis e imperadores;
11) Vossa Alteza – V.A. – príncipes, duques e 
arquiduques.
PRINCIPAIS COMUNICAÇÕES OFICIAIS
Alguns documentos foram omitidos por terem caído 
muito pouco em provas, para tornar seu estudo mais efi -
ciente.
Os documentos mais cobrados em provas do CESPE 
são o ofício, a ata e o memorando.
1) ALVARÁ
Como conceitua o mestre Hely Lopes Meirelles em 
Direito Administrativo Brasileiro, “Alvará é o instrumento 
da licença ou da autorização para o exercício de um direito, 
para a prática de um ato, ou para a realização de uma ativi-
dade dependente do policiamento administrativo”.
Dividem-se em Alvará de Licença – tem caráter defi ni-
tivo – e Alvará de Autorização – não tem caráter defi nitivo 
e pode ser revogado a qualquer momento.
São alvarás as licenças para dirigir, portar armas, 
transportar elementos tóxicos, as carteiras dos conselhos de 
classe – OAB, CRM etc. –, os alvarás de funcionamento, as 
concessões para os transportes alternativos etc.
Estrutura
1) Título – centralizado, em caixa alta com número 
e data (ano pelo menos);
2) Texto;
3) Local e data – centralizados, por extenso;
4) Assinatura – nome e cargo abaixo do espaço para 
a assinatura.
5
R e d a ç ã o O f i c i a l
Exemplo:
ALVARÁ Nº 1 de 10 de abril de 2008.
O Administrador de Brasília, Ronaldo Silva, resolve:
I – conceder alvará de funcionamento à empresa Izí-
dio de Sousa para exercer todos os trabalhos rela-
tivos a educação e cultura nesta cidade;
II – o referido Alvará tem validade de um ano a contar 
desta data.
Brasília, 10 de abril de 2008.
Ronaldo Silva
Administrador de Brasília
2) APOSTILA
Texto para a retifi cação, ratifi cação ou rerratifi cação 
de dados relativos ao servidor. É o aditamento de informa-
ções sobre um título ou documento para o alterar a fi m de 
que se evite a expedição de novo título ou documento. É 
tipo de Apostila a averbação de divórcios feitas no verso 
das certidões de casamento e, principalmente, as Aposti-
las para progressão funcional – quando o servidor passa de 
um padrão a outro. CUIDADO: VOCÊ SERÁ NOMEADO 
PARA O SERVIÇO PÚBLICO POR MEIO DE UMA POR-
TARIA DE NOMEAÇÃO, A APOSTILA SERVE PARA 
PROGRESSÃO FUNCIONAL.
Estrutura
1) Título – em maiúsculas e centralizado;
2) Texto;
3) Local e data;
4) Assinatura – nome e cargo.
Exemplo:
APOSTILA
O nome correto do servidor Fulano de Tal Tal da Silva 
é Fulano de Tal da Silva, e não como se encontra na Seção 
III do Diário Ofi cial desta cidade.
Brasília, 10 de abril de 2008.
Ronaldo Silva
Diretor-Geral do Departamento de Civilidade e 
Cidadania
3) ATA
Resumo de reunião ou assembleias em geral. Pode ser 
lavrada em livro próprio – Livro Ata – ou impresso e arqui-
vado na Diretoria que requereu a reunião no arquivo de atas, 
assim como ocorre com o arquivo de ofícios, por exemplo.
Não pode ser separada em parágrafos – veja que pará-
grafos está no plural, pois o primeiro espaço do parágrafo 
pode existir ou não – nem conter rasuras. Se o documento 
for feito no computador, deve ser corrigido antes de impri-
mir, já se o documento for escrito à mão no Livro Ata, os 
erros que porventura existam devem assim ser corrigidos:
a) se o erro for constatado exatamente após escrito, 
deve-se corrigir com a expressão digo entre vír-
gulas com a escrita correta em seguida;
b) se o erro for constatado após algumas linhas, an-
tes do fecho, deve-se corrigir com a expressão em 
tempo, onde se lê ... , leia-se ..., identifi cando até a 
linha da ocorrência do erro;
c) se o erro for constatado após a feitura da ata ou 
após várias atas, deve-se construir uma Ata Reti-
fi cadora ou corrigir-se o erro na ata seguinte.
Estrutura
1) Título – ATA, número de ordem e nome da enti-
dade, seção, departamento ou comissão;
2) Texto – com o primeiro espaço do parágrafo ou 
sem ele, no fi nal aparece o fecho Nada mais ha-
vendo a tratar, encerrou-se a presente sessão e 
eu, Fulano de Tal, (espaço para a assinatura ou 
sem ele, aí o escrivão assina junto com os demais 
signatários), lavrei a presente ata que, lida e apro-
vada, será assinada por mim e pelos presentes – 
com poucas variações. Para se completar a últi-
ma linha, pode-se – facultativamente – escrever 
“X” até o fi nal – XXXXXXXXX.
Exemplo:
ATA DA REUNIÃO DA COMISSÃO ELEITORAL DA 
ABEP - ELEIÇÃO 2008 (com adaptações)
Aos dois dias do mês de janeiro de dois mil e seis, às 
onze horas, nas dependências do CEDEPLAR, sito à Rua 
Curitiba, 832 sala 816, na cidade de Belo Horizonte, MG, 
reuniu-se, em sessão pública, a Comissão Eleitoral da 
ABEP, para proceder à apuração das candidaturas recebidas 
para a Diretoria, o Conselho Fiscal e o Conselho Consulti-
vo, para o biênio 2005-2006, e para defi nir a composição 
das cédulas eleitorais, com a presença dos seguintes mem-
bros: Ignez Helena Oliva Perpétuo (Presidente), Maria do 
Carmo Fonseca. O outro membro da Comissão – Guaraci 
Adeodato Alves de Souza – não pode comparecer por moti-
vo de compromissos profi ssionais assumidos anteriormen-
te. Após proceder ao levantamento das candidaturas recebi-
das por correspondência, pela Presidente da Comissão, foi 
elaborada a cédula de votação, sendo que a apresentação, 
nesta cédula, das candidaturas ao Conselho Consultivo e 
do Conselho Fiscal foi ordenada por sorteio, realizado pela 
Comissão Eleitoral, na presença da associada Paula Mi-
randa-Ribeiro. No tocante a eleição para a Diretoria, esta 
Comissão recebeu a inscrição de 1 (uma) chapa completa, 
que na cédula de votação foi identifi cada por CHAPA 1. Foi 
ainda redigida uma carta aos associados para o voto postal. 
A cédula de votação, a carta aos associados e uma versão 
preliminar da presente ata foram então encaminhados por 
e-mail para o membro ausente da Comissão Guaraci Ade-
odato Alves de Souza, para conhecimento e revisão. Após 
o recebimento de sua resposta foram elaboradas as versões 
fi nais, apresentadas em anexo da presente ata. Nada mais 
havendo a tratar, a Presidente agradeceu a presença de to-
6
R o n a l d o S i l v a
dos, dando por encerrada a reunião e lavrou a presente ata, 
que, se for aprovada, será assinada por todos os membros 
presentes à reunião. Belo Horizonte, 10 de janeiro de 2006. 
Eu, Fulano de Tal, ______________________, secretá-
rio da reunião.XXXXX
Assinaturas:
4) ATESTADO
É a comprovação de um fato ou situação de que tem 
conhecimento em razão do cargo que ocupa. Uma de suas 
modalidades é o Atestado de Capacidade Técnica, que é 
emitido a certas empresas para que participem de processo 
licitatório de que necessite desse documento. É geralmente 
passageiro. Não se refere à certifi cação de existência ou ine-
xistência de dívidas com o erário nem com a Justiça, esse 
documento será a CERTIDÃO.
Estrutura
1) Título centralizado;
2) Texto;
3) Local e data por extenso;
4) Assinatura – nome e cargo centralizados abaixo 
do espaço para a assinatura.
Exemplo:
ATESTADO
Atesto para os devidos fi ns junto que o senhor Tício 
Izídio de Sousa se encontra em ótimo estado de saúde após 
avaliação clínica e exames complementares.
Brasília, 10 de abril de 2008.
Ronaldo Silva
Médico Clínico Geral
5) AVISO
É o ofício entre Ministros de Estado ou atos em geral 
emanados por essas autoridades sobre assuntos afetos aos 
seus ministérios, na lição de Hely Lopes Meirelles.
Os secretários de Estado também podem expedir este 
tipo de documento.
Por analogia, os secretários de governos estaduais 
também podem emitir avisos.
Estrutura
Mesma do ofício por ser documento que segue o 
padrão ofício.
(Exemplo de Aviso com adaptações)
7
R e d a ç ã o O f i c i a l
6) CERTIDÃO
Documento para comprovação de fato ou situaçãoque conste dos arquivos do serviço público. É 
documento revestido de formalidades legais adequadas, 
e é fornecido por autoridade competente.
Vai desde a Certidão de Nascimento à de Óbito, 
passando pelas Certidões Negativas expedidas pela 
Justiça Federal, Estadual, Militar.
Estrutura
1) Título – muitas vezes já impresso em papel timbrado;
2) Preâmbulo;
3) Texto;
4) Fecho – do que é verdade, dou fé, entre outros;
5) Local e data da expedição do ato;
6) Assinatura – além da assinatura do chefe, pode-se existir 
a assinatura de quem a expediu, neste caso a assinatura do 
chefe vem à esquerda de do escrivão ou redator à direita.
Exemplo:
Exemplo retirado do sítio http://www.
cartoriomaceno.com.br/Casamentos/
Registro.htm#
7) CIRCULAR
Texto direcionado a vários servidores para determina-
ções de cunho geral, esclarecimentos de leis, decretos ou 
regulamentos.
Pode ser chamada de Memorando-Circular e, assim, 
comumente é escrito na mesma estrutura do memorando.
Estrutura
Em especial a mesma do Memorando, pois pode 
seguir o padrão ofício quando for chamada de Memorando-
Circular; ou na estrutura do exemplo abaixo.
Circular MICT nº 10 de 10 de abril de 2008.
O SECRETÁRIO DE COMÉRCIO EXTERIOR, DO 
MINISTÉRIO DA INDUSTRIA, DO COMÉRCIO E DO 
TURISMO, no uso de suas atribuições, com o objetivo de 
racionalizar o processo de redução de alíquotas do imposto 
de importação sob a forma de “ex”, para bens de capital, de 
informática ou de telecomunicações, não produzidos na 
Região do MERCOSUL e assinalados na TEC com BK ou 
BIT, bem como de ajustar os procedimentos relativos aos 
pleitos de redução aos compromissos do Brasil no âmbito do 
MERCOSUL, torna público que:
1 - Até 31 de dezembro de 1997 poderão ser reduzidas 
as alíquotas do imposto de importação relativas a 
bens de capital, informática ou de telecomunica-
ções e suas partes e peças, assinalados com BK 
ou BIT na Tarifa Externa (TEC), desde que não 
produzidos na Região do MERCOSUL. 
2 - A redução deverá ser requerida ao Departamento 
de Negociações Internacionais (DEINT), desta 
Secretaria, com protocolo situado na Praça Pio X 
nº 54, 2º andar, sala 201, Rio de Janeiro-RJ, CEP 
20091-040, e nele protocolado, de acordo com o 
anexo desta Circular. 
3 - O requerimento deverá ser dirigido por intermédio 
das entidades de classe respectivas, no original e 
em papel timbrado da empresa requerente, não se 
admitindo requerimento por meio de fax, telex, 
telegrama ou semelhante. 
4 - No caso de pedido de redução para mais de um 
produto deverá ser apresentado requerimento 
separado para cada produto. 
5 - Os produtos cujos pedidos atendam aos requi-
sitos deste ato serão objeto de Circulares desta 
Secretaria, de modo que se torne público o exame 
das reduções tarifárias pleiteadas, com vistas 
à apuração de existência ou não de produção 
regional. 
6 - Manifestações sobre existência de produção 
regional serão recebidas e consideradas se 
apresentadas no prazo de 30 (trinta) dias, contados 
da publicação da Circular, acompanhadas de 
catálogo original, escrito do idioma português, 
que contenha especifi cações técnicas do produto 
impugnado, bem como de comprovação de seu 
fornecimento. 
7 - Os catálogos originais que instruírem pedido 
de redução, não escritos no idioma português, 
deverão estar acompanhados de tradução para o 
vernáculo. 
8 - Os interessados poderão ser informados sobre 
a situação de seus pedidos por intermédio das 
entidades de classe. 
9 - Fica revogada a Circular nº 3, de 16 de janeiro de 
1996, desta Secretaria. 
Maurício E. Cortes Costa.
Assinatura
Publicada no D.O.U. de 07.11.96, Seção I, pág. 23.050 (com 
adaptações).
8
R o n a l d o S i l v a
8) DESPACHO
Determinações diretas do serviço em especial para o 
trâmite de documentos. As determinações de cumprimen-
to imediato nos inquéritos e processos são modalidades de 
Despachos.
Estrutura
1) Título centralizado e em caixa alta;
2) Texto;
3) Data;
4) Assinatura – nome e cargo.
DESPACHO
1. De ordem, assumo, nesta data, a condução das 
diligências;
2. O acórdão de fl s. 116 do STJ, dirimiu o confl ito de 
competência suscitado a fl s. 136/138, declarando 
a competência da Justiça Comum Estadual para 
processar e julgar os delitos que por ventura 
venham a ser apurados nestes autos;
3. Assim sendo, faleceria, via de consequência, 
atribuição à Polícia Federal para prosseguir 
nas investigações, cabendo à Polícia Civil tal 
incumbência;
4. Demais disso, embora tenha havido o tombamento 
nesta Delegacia, este IPL tramita na 14ª Vara;
5. Todavia, em face da manifestação da COR/SR/
DF e do despacho da chefi a da DELEFAZ/SR/DF 
designando esta autoridade para prosseguimento 
das diligências, determino ao Sr. Escrivão que 
proceda à expedição das intimações e do ofício, 
conforme o requisitado no ofício nº 2538/97.
Brasília, 10 de abril de 2008.
Ronaldo Silva
Delegado de Polícia
9) EDITAL
Texto para a abertura de processo seletivo – concurso 
público – ou licitações em geral, contém aviso, determinação 
ou citação. 
Estrutura
Pode ser escrito em forma de lei – artigos parágrafos, 
alíneas (raramente é assim) – ou na estrutura de tópicos.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS (TJDFT)
CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS E PARA FORMAÇÃO DE CADASTRO 
DE RESERVA NOS CARGOS DE ANALISTA JUDICIÁRIO E DE TÉCNICO JUDICIÁRIO
EDITAL N.º 2 – TJDFT, DE 14 DE JANEIRO DE 2007
O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS (TJDFT) 
torna pública a retifi cação do tópico LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO 
FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS, constante dos subitens 15.2.3 e 15.2.4, e do item 6 do tópico VII 
LEGISLAÇÃO ESPECIAL, para os cargos 2 e 3, constante do subitem 15.2.5; bem como a inclusão 
do item 6 no tópico II NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO, nos conhecimentos específi cos 
para o cargo 1, também constantes do subitem 15.2.5, referentes ao Edital n.º 1 – TJDFT, de 18 de 
dezembro de 2007, publicado no Diário Ofi cial da União, conforme redação a seguir especifi cada, 
permanecendo inalterados os demais itens e subitens do referido edital.
Torna público, ainda, que eventuais alterações nas normas internas do TJDFT, como Resoluções, 
Provimento da Corregedoria e Regimento Interno, posteriores à publicação do Edital n.º 1 – TJDFT, 
de 18 de dezembro de 2007, não serão consideradas, nos termos do subitem 14.37 do referido edital.
15.2.3 (...)
LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS: 
Lei n.º 8.185, de 14/05/91, publicada no DOU de 15/05/91, Seção 1, alterada pela Lei n.º 8.407, de 
10/01/92, publicada no DOU de 13/01/92, Seção 1; pela Lei n.º 9.248, de 26/12/95, publicada no DOU 
de 27/12/95, Seção 1; pela Lei n.º 9.699, de 08/09/98, publicada no DOU de 10/09/98, Seção 1; pela Lei 
n.º 9.868, de 10/11/99, publicada no DOU de 11/11/99, Seção I, e pela Lei n.º 10.801, de 10/12/2003, 
publicada no DOU de 11/12/2003.
15.2.4 (...)
LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS: 
Lei n.º 8.185, de 14/05/91, publicada no DOU de 15/05/91, Seção 1, alterada pela Lei n.º 8.407, de 
10/01/92, publicada no DOU de 13/01/92, Seção 1; pela Lei n.º 9.248, de 26/12/95, publicada no DOU 
de 27/12/95, Seção 1; pela Lei n.º 9.699, de 08/09/98, publicada no DOU de 10/09/98, Seção 1; pela Lei 
n.º 9.868, de 10/11/99, publicada no DOU de 11/11/99, Seção I, e pela Lei n.º 10.801, de 10/12/2003, 
publicada no DOU de 11/12/2003.
(...)
Desembargador LÉCIO RESENDE DA SILVA
Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
9
R e d a ç ã o O f i c i a l
10) EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
Texto dirigido ao Presidente da República para 
informá-lo de determinado assunto, propor alguma medida 
ou submeter a sua consideração projetode ato normativo. 
É enviado pelo alto escalão do governo – ministros, 
secretários nacionais ou equiparados.
Estrutura
Mesma do ofício por poder integrar a estrutura do 
chamado padrão ofício.
 Exemplo de Exposição de Motivos de caráter informativo
(com adaptações)
EM n° 10/2008-MRE
Brasília, 10 de abril de 2008
5 cm
5 cm
1,5 cm
2,5 cm
1,5 cm
1 cm
3 cm
Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Respeitosamente,
Ronaldo silva
Ministro das Relações Exteriores
 O presidente George bush anunciou, no último dia 13, 
signifi cativa mudança da posição norte-americana nas negociações 
que se realizam na Conferência de Desarmamento, em Genebrea de 
uma convenção multilateral de prescrição total das armas químicas. 
Ao renunciar à convenção multilateral de prescrição total das armas 
químicas, os Estados Unidos reaproximaram sua postura da maioria 
dos quarenta paises participantes do processo negociador, inclusive 
o Brasil, abrindo possibilidades corretas de que o tratado venha a ser 
concluido e assinado em prazo de cerca de um ano (...)
10
R o n a l d o S i l v a
11) MEMORANDO
Comunicação entre unidades administrativas 
de um mesmo órgão para tratar de assuntos gerais da 
administração. É comunicação interna.
O destinatário é mencionado pelo cargo que ocupa, 
não pode conter endereçamento já que é comunicação 
interna e na parte designada para local e data, o local pode 
ser omitido. Muito cuidado, é um dos documentos ofi ciais 
mais cobrados em provas de concursos.
Estrutura
A mesma do ofício com as alterações já apresentadas 
no texto acima.
Exemplo de Memorando (com adaptações) 
 
11
R e d a ç ã o O f i c i a l
12) OFÍCIO
É atualmente o documento mais cobrado em provas de 
concursos, inclusive para que o aluno o produza – redação 
ofi cial discursiva.
É comunicação utilizada entre unidades administrati-
vas de órgãos diferentes, comunicação externa: porém, ma-
gistrados em geral, por costume e por serem considerados 
mais que servidores públicos – são Agentes Políticos – pro-
duzem, como regra, ofícios, mesmo se dirigidos a magistra-
dos do mesmo tribunal. A prática diz isso e as bancas têm 
aceitado essa regra.
Quem pode ofi ciar: órgãos públicos em geral ou em-
presas particulares. O documento enviado por estas só será 
ofi cial se for dirigido a órgãos públicos, senão serão comu-
nicações comerciais.
Quem pode ser ofi ciado: órgãos públicos em geral, em-
presas particulares ou os particulares.
Estrutura
1) Timbre;
2) Identifi cação do expediente com nome, núme-
ro, órgão expedidor e ano;
3) Local e data alinhados à margem direita;
4) Identifi cação do destinatário com forma de tra-
tamento, nome, cargo e endereçamento;
5) Referência – obrigatório em ofícios para mero 
encaminhamento de documentos em que expe-
diente ofi cial solicitou;
6) Assunto – obrigatório no correio eletrônico e 
em documentos bem longos;
7) Texto;
8) Fecho;
9) Identifi cação do Signatário.
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MJ-DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL EM LONDRINA/PR
Ofício nº 3/2006/Cart
Londrina/PR, 3 de janeiro de 2006.
A Sua Senhoria o Senhor
Aggeu Lemos Bezerra Neto
Chefe da SECRIM/SR/DPF/PR
Curitiba/PR
 
Senhor Chefe,
No interesse dos autos do IPL 000/00-DPF.B/LDA/PR, solicito os valiosos préstimos de Vossa 
Senhoria no sentido de designar Peritos Criminais Federais para realizarem perícia grafotécnica 
na nona alteração contratual da empresa AGÊNCIA XXXXXXXXXXXX DE TURISMO 
LTDA, cujo original a este acompanha, confrontando-a com os materiais gráfi cos fornecidos por 
xxxxxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxxxxxxxx, que também seguem anexos ao 
presente, devendo os Srs. Peritos responderem aos seguintes quesitos:
01) Quais as características dos documentos submetidos a exames?
02) A assinatura aposta acima do nome de xxxxxxxxxxxxxxx, constante no fi nal da 
nona alteração contratual da empresa em questão, partiu do punho escriturador de algum dos 
fornecedores dos materiais gráfi cos padrão que a este acompanham ?
03) xxxxxxxxxxxxxxx efetivamente assinou a nona alteração contratual da empresa em 
questão ?
04) Outros dados julgados úteis, pertinentes e esclarecedores. 
 
Releva destacar que xxxxxxxxxxxxxxx não foi localizado, havendo suspeitas de que tal 
pessoa não exista.
Atenciosamente, 
Ronaldo Silva
Delegado de Polícia
12
R o n a l d o S i l v a
13) PARECER
Texto técnico-científi co sobre assunto posto à 
observação do analista. Geralmente é parte integrante de 
um processo.
Tem como objetivo principal fornecer subsídios para a 
tomada de decisões.
Estrutura
1) Título – Parecer nº/ano;
2) Ementa – resumo do assunto, pode ser na estrutura 
de um parágrafo, pois nas leis tem de ser escrito da 
metade da folha para o fi nal;
3) Texto que constará: introdução (histórico), esclare-
cimento (análise do fato) e conclusão (indicação de 
uma medida a ser adotada);
4) Fecho – É o parecer, Sob Censura ou Sub Censura;
5) Local e data;
6) Assinatura – nome e cargo.
EXEMPLO DE PARECER DO TCU (com adaptações)
PARECER Nº 10 DE 2008
 Trata-se de prestação de contas anual de entidade pública referentes a
 determinado exercício. 
2. Na análise de tais contas, verifi cou-se a aquisição de equipamentos de 
informática no valor total de R$ 500.000,00. O administrador da entidade determinou 
que fossem realizadas diversas aquisições, cada uma com valor inferior ao limite 
legal para contratação direta por dispensa de licitação, promovendo o fracionamento 
da despesa. Todavia o fato não acarretou dano ao erário, já que as contratações 
foram realizadas por valores de mercado.
3. De início, destaco que o TCU tem competência para apreciar a matéria, 
estando a entidade sob a jurisdição do Tribunal. 
4. A Lei n.º 8.666/1993 estabelece que aquisições acima de R$ 80.000,00, de 
bens e serviços em geral, devem, em regra, ser precedidas de licitação na modalidade 
de tomada de preços ou concorrência. No presente caso, o valor total exigiria uma ou 
outra modalidade e, por isso, a administração deveria ter promovido as licitações, 
tendo em conta o valor total das aquisições.
5. Enfi m, observa-se que, caso as contratações já não estivessem consumadas, 
caberia ao Tribunal determinar à entidade que adotasse medidas corretivas, informando ao 
Congresso Nacional eventual descumprimento da determinação, para que este promovesse a 
sustação dos contratos. O TCU teria competência também para decidir a respeito da sustação 
dos contratos, caso o Legislativo ou o Executivo não tomassem as providências cabíveis 
dentro do prazo de noventa dias. Mas não é o que se passa no presente caso, pois aqui as 
aquisições já se consumaram. 
6. Em face de todo o exposto, considerando a gravidade dos vícios detectados 
e a inexistência de dano ao erário, propõe-se que as presentes contas sejam julgadas 
irregulares e que seja aplicada ao responsável multa fundada no art. 58 da Lei n.º 
8.443/1992. Propõe-se, ainda, que seja determinado ao ente público que, em futuras 
aquisições, abstenha-se de promover o fracionamento da despesa, de modo a realizar 
licitação na modalidade que seria aplicável para o valor total das contratações.
 Sub Censura.
Brasília, 10 de abril de 2008.
Ronaldo Silva
Analista de Controle Externo do TCU
13
R e d a ç ã o O f i c i a l
14) PORTARIA
 Ato expedido por Ministros, Secretários ou dirigentes 
de órgãos e entidades da Administração Pública com 
o fi to de instruir os servidores sobre procedimentos da 
Administração Pública, dar delegações, disciplinar matérias 
de leis e, até, para instaurar inquéritos, processos, termos 
circunstanciados, entre outros.
Estrutura
1) Título – PORTARIA, em maiúsculas seguido 
donúmero e data;
2) Ementa;
3) Resolve;
4) Fecho – Cumpra-se;
5) Data;
6) Assinaura.
n° do documento 
base da notícia do 
crime
n° do protocolo
tipifi cação, ainda que 
provisória
autoria,
quando
possível
relato
sucinto do
fato
delituoso
MODELO DE PORTARIA
diligências de 
cumprimento 
imediato
11 12 13
21 22 23
31 32 33
a a a
a a a
a a a
  
  
  
  
  
14
R o n a l d o S i l v a
15) RELATÓRIO
 Texto produzido a partir de um trabalho executado e que 
não seja de natureza técnico-científi ca. Pois este será o Parecer.
Estrutura
1) Título;
2) Ementa – ligeiro histórico do motivo do relatório 
com a indicação legal;
3) Vocativo;
4) Texto;
5) Fecho;
6) Data;
7) Assinatura – nome e cargo.
MODELO DE RELATÓRIO (COM ADAPTAÇÕES)
RELATÓRIO
REF.: INQUÉRITO POLICIAL Nº 000/2006
PROCESSO: Nº 89.0020966-3 - 4ª VARA FEDERAL/RJ.
INÍCIO: 12/06/89 - TÉRMINO: 13/05/2006.
INCIDÊNCIA PENAL: Art. 1º, da lei nº 4729/65.
 Senhor Juiz,
O presente apuratório foi instaurado pela Portaria de fl s. 02, atendendo requisição 
do MPF que, pelo Ofício PR/RJ-Nº 338/89 (fl s. 03), datado de 15.02.2005, encaminhou 
o Ofício PFN/RJ Nº 06/89 ( fl s. 04/05 ), datado de 18.01.2005, dando conta da prática de 
ilícitos penais previstos na Lei 4.729/65, por parte dos responsáveis pela sociedade JMJ 
ELETRÔNICA LTDA.
O Auto de Infração ( fl s. 06/09 ) lavrado em 29.08.2005 pela DRF-RIO DE JANEIRO, 
informa que, no curso de ações fi scais empreendidas em empresas de informática, 
constatou-se o registro nos livros contábeis dessas empresas, de um sem número (sic) de 
notas fi scais-faturas emitidas pela empresa JMJ ELETRÔNICA LTDA.
Os vultosos valores das referidas notas suscitaram dúvidas quanto à legitimidade 
da emissão, a efetividade da operação mercantil por elas supostamente acobertadas, bem 
como à regular importação dos produtos nelas discriminados: componentes eletrônicos de 
sofi sticada tecnologia, ainda não dominada pela indústria nacional
Os fatos narrados caracterizam, em tese, o tipo do artigo 1º, I, da Lei 4.729/65.
Considerando que os documentos de fl s. 66/132 demonstram que os fatos ocorreram 
no período de 1984 a 1986, ou seja, no mínimo há 10 (dez ) anos, parece-me que, decorrido 
lapso temporal superior ao insculpido no artigo 109, V do CP, incide, s.m.j., a norma do 
artigo 107, IV, do mesmo diploma legal, fazendo cessar o jus puniendi do Estado.
Pelo exposto, entendendo haver esgotado as diligências na esfera policial, submeto os 
presentes autos a V. Exª para que, após ouvido o MPF, determine o que melhor convier aos 
interesses da justiça.
Respeitosamente,
Brasília, 3 de janeiro de 2006.
Ronaldo Silva
Delegado de Polícia
 
15
R e d a ç ã o O f i c i a l
16) REQUERIMENTO
Expediente ofi cial em que o signatário do documento 
solicita a autoridade algo a que julga ter direito.
Convém que se faça o requerimento em terceira pessoa. 
São exemplos de requerimentos, entre outros, os pedidos 
de concessão de Habeas Corpus e os recursos contra a 
Administração Pública.
Estrutura
1) Título;
2) Vocativo;
3) Texto – iniciando com a qualifi cação do signatário 
em terceira pessoa e por fi m surge o objeto do re-
querimento;
4) Fecho – “Nestes termos, pede deferimento” e ex-
pressões correlatas sem exageros, pode ser abrevia-
do N.T.P.D;
5) Data;
6) Assinatura.
MODELO DE REQUERIMENTO 
(COM ADAPTAÇÕES)
REQUERIMENTO
Senhora Secretária Nacional de Justiça,
Ronaldo Silva, CPF, RG vem solicitar a Vossa 
Senhoria a inscrição desta APAE, no livro destinado ao 
Registro de Entidades Declaradas de Utilidade Pública 
Federal, para o qual apresenta a documentação exigível 
anexa.
Nestes termos, pede deferimento.
Brasília, 10 de abril de 2008.
Ronaldo Silva
Diretor
17) CORREIO ELETRÔNICO (E-MAIL)
Texto que preza pela celeridade e serve geralmente para 
encaminhar outros documentos. Se possuir Certifi cação 
Digital, valerá como documento ofi cial impresso.
Estrutura
Não se exige estruturas rígidas para o correio eletrônico, 
basta que respeite os princípios da redação ofi cial.
Já perguntaram em provas sobre o ASSUNTO no 
correio eletrônico. Existe obrigatoriedade sim de sua 
exposição para que se evitem problemas técnicos ao serviço 
público, vírus de computador.
Modelo de Correio eletrônico
Conforme acordado por telefone, envio anexo o ofício 
deste departamento para o conhecimento e a providência 
necessários ao envio da máquina de xerox que se encontra 
em poder desse departamento.
Ronaldo Silva
Servidor da Assembleia Legislativa
A REDAÇÃO OFICIAL NORMATIVA E O 
“JURIDIQUÊS”
A redação ofi cial não pode conter marcas de apreço 
ou desapreço (os famosos “puxa-saquismos” não cabem 
na redação ofi cial). Por isso, deve-se evitar usar a forma 
DOUTOR para quem não possui título acadêmico de 
Doutorado, mas por uma questão de tradição, os bacharéis 
podem ser chamados assim (em especial os de Direito e da 
área médica).
Os textos normativos seguem o seguinte esquema 
hierárquico:
1 – LIVROS (numerais romanos);
2 – TÍTULOS (numerais romanos);
3 – CAPÍTULOS (numerais romanos);
4 – SEÇÕES (numerais romanos);
5 – SUBSEÇÕES (numerais romanos);
6 – ARTIGOS (numerais ordinais até o nono – 1º, 
2º, 3º... –, a partir do dez serão escritos com nu-
merais cardinais – 10, 11, 12...);
7 – PARÁGRAFOS (se for apenas um, será escrito 
por extenso “Parágrafo único”, senão, serão es-
critos em numerais ordinais) ;
8 – INCISOS (escritos em numerais romanos);
9 – ALÍNEAS (letras minúsculas).
OBS.: 
Os livros aparecem em leis mais extensas e são o 
agrupamento dos títulos.
Os capítulos englobam um conjunto de seções.
As seções são o agrupamento dos artigos a respeito de 
um mesmo tema.
Os artigos são a unidade básica para a divisão, 
apresentação e agrupamento dos assuntos;.
Os parágrafos constituem, na técnica legislativa, a 
imediata divisão de um artigo, ou, como anotado por Arthur 
Marinho 
“(...) parágrafo sempre foi, numa lei, disposição 
secundária de um artigo em que se explica ou modifi ca a 
disposição principal”.
Os incisos são a imediata divisão dos artigos e são 
indicados por numerais romanos.
As alíneas são a divisão de parágrafos ou incisos.
16
R o n a l d o S i l v a
ALGUMAS EXPRESSÕES LATINAS DE USO COMUM:
Ab absurso. A partir do absurdo, pelo absurdo. Fala-se 
em argumento ab absurdo e não absurdum como se vê em 
livros renomados.
Aberratio delicti. Desvio de delito; erro na execução 
de um crime com resultado diferente do pretendido.
Ab initio. Desde o início, a partir do início, de início.
Ab irato. Num impulso de cólera.
A contrario sensu. Pela razão contrária.
Ad arbitrium. Arbitrariamente.
Ad cautelam. Para efeito de cautela, de prevenção.
Ad corpus. Para o corpo; usa-se, frequentemente, na 
venda de um imóvel sem especifi cação de área.
Ad hoc. Para isso, para algo específi co.
Ad judicia. Para o juízo; procuração válida apenas para 
o juízo.
Ad locum. Sem demora, de imediato.
Ad nauseam. Exaustivo, algo muito detalhado, pormeno-
rizado.
Ad nutum. Sem justifi cativa.
Ad probationem. Para a prova, determinada formali-
dade legal exigida somente para a prova do ato.
Ad referendum. Sujeito à aprovação, apreciação, é co-
mum usar o substantivo referendo.
Animus. Intenção, vontade, propósito.
A quo. Procedência (de quem, do qual), é a primeira 
instância; já ad quem é uma instância superior a que o pro-
cesso sobe.
Bis in idem. Duas vezes sobre a mesma coisa (pode ser 
escrito ib idem ou ibidem).
Bona fi de. Boa fé.
Concessa venia. Concedia, suposta vênia, a permissão, 
a licença; o mesmo que data venia.
De cujus. O falecido.
De facto. De fato, segundo o fato.
Dies ad quem. Último diade um prazo.
Dies a quo. Primeiro dia de um prazo.
Erga omnes. Para com todos, em relação a todos, de 
caráter geral, contrário de erga singulum.
Ex nunc. Ato, condição ou contrato cujos efeitos se 
fazem sentir com a celebração do ato, não retroage.
Ex tunc. Desde então, com retroatividade.
Ex offi cio. Diz-se do ato judicial praticado em decor-
rência do ofício.
Extra petitum. Além do pedido, extrapolando o pedido.
In loco. No lugar, no próprio local.
Inter vivos. Entre vivos, durante a vida.
Ipsis verbis. Com as mesmas palavras, textualmente.
Ipsis litteris. Com as mesmas letras, textualmente. 
Iter criminis. Atos praticados pelo criminoso, neces-
sários à realização do delito.
Juris tantum. Apenas de direito.
Lato sensu. Em sentido amplo, geral.
Múnus publicum. Função pública, de interesse público.
Mutatis mutandis. Mudado o que deve ser mudado.
Pact sunt servanda. Os pactos devem ser cumpridos.
Passim. Aqui e ali; com frequência, frequentemente.
Pro forma. Por mera formalidade.
Pro rata. Em proporção, proporcionalmente.
Sine cura. Despreocupado, descuidado.
Sine die. Adiamento para o futuro, sem data certa.
Sine qua non. Indispensável, obrigatória, indispensável.
Status quo. Na situação em que está, do mesmo jeito.
Stricto sensu. Em sentido estrito, determinado, espe-
cifi cado.
Sub judice. Em juízo, em julgamento, à espera de jul-
gamento.
QUESTÕES DE PROVAS
QUESTÕES DE REDAÇÃO OFICIAL DE CONCURSOS 
PÚBLICOS
CLDF TÉCNICO LEGISLATIVO – CESPE 2006
O texto a seguir é uma crítica do cartunista Henfi l à edição, 
em 1968, do Ato Institucional n.º 5, que estabelecia a permissão de 
o governo militar censurar as mensagens veiculadas pelos meios 
de comunicação, cassar mandatos, fechar o Congresso e punir 
magistrados.
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO
DA 4ª VARA DE FAMÍLIA
A/C DO SENADOR NELSON CARNEIRO
O Sr. ATO CINCO e a Sr.ª NAÇÃO BRASILEIRA, ambos 
brasileiros, casados, ele residente na praça dos 3 Poderes, Distrito 
Federal, e ela, prendas domésticas, residente no continente ame-
ricano, latitude sul, vêm requerer a V. Ex.ª que se digne a deferir 
o seu divórcio litigioso (incompatibilidade de gênios), observadas 
as formalidades legais e nos termos que se seguem:
1. Os suplicantes são casados há 9 anos, pelo regime de exce-
ção de bens, conforme certidão inconstitucional anexa.
2. O casal possui 110 milhões de fi lhos, de acordo com as cer-
tidões de nascimento anexadas a este instrumento.
3. Os fi lhos do casal fi carão sob a guarda da mãe, não podendo 
o pai nunca mais visitá-los quando lhe aprouver. Nem nos 
fi ns-de-semana e jamais nas férias escolares.
4. A suplicante abre mão do seu direito a pensão alimentícia, 
por dispor de meios próprios de subsistência, como proprie-
tária de milhões de quilômetros quadrados.
5. Para manutenção do pai, a mãe e seus fi lhos concordam em 
fornecer-lhe uma pensão alimentícia de WN8.100,35 (OITO 
SENADORES, CEM DEPUTADOS e TRINTA E CINCO 
VEREADORES) anuais.
6. A suplicante continuará usando seu nome de solteira, 
NAÇÃO BRASILEIRA.
7. Homologado o presente pedido de divórcio, os suplicantes 
requerem seja determinada a expedição de ofício para 
averbação do mesmo no Registro Civil, bem como o 
fornecimento de certidão em duas vias.
17
R e d a ç ã o O f i c i a l
Pede deferimento,
OIAPOQUE AO CHUÍ, 15 de julho de 1977.
___________________________________
Sr. ATO CINCO
____________________________________
Pela NAÇÃO BRASILEIRA
Henfi l. Cartas da mãe. Rio de Janeiro: Record, 1986, p. 31 
(com adaptações).
CLDF POLICIAL LEGISLATIVO – CESPE 2006
Com referência a esse texto e considerando as nor-
mas gramaticais e de redação ofi cial, julgue os itens que se 
seguem.
1. Dadas as semelhanças entre o requerimento e o ofício, o do-
cumento poderia corretamente ser assim iniciado:
 DE: ATO CINCO E NAÇÃO BRASILEIRA
 PARA: EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 4.a VARA 
DE FAMÍLIA
2. Estaria correta a seguinte reescrita do item 7 do documento:
Os suplicantes requerem que, homologado o presente pe-
dido, sejam determinados a expedição de ofício para averbação 
do divórcio no Registro Civil e o fornecimento de certidão em 
duas vias.
3. O nome dos requerentes e o local onde foi emitido o docu-
mento estão grafados com letras maiúsculas (em caixa alta), 
atendendo ao que prescrevem as normas de redação ofi cial.
4. A numeração das alegações atende às normas de redação de 
correspondências ofi ciais.
5. O emprego da abreviatura A/C (ao cuidado de) não se inclui 
entre as recomendações atuais para a elaboração de reque-
rimento ou memorando.
Considerando as normas para a redação de correspon-
dências ofi ciais, julgue o item a seguir.
6. Como um dos atrativos da comunicação ofi cial por correio 
eletrônico é a fl exibilidade, não se defi ne uma forma rígida 
para sua estrutura nem há exigência de impessoalidade ou 
de emprego do padrão culto da linguagem nas mensagens 
encaminhadas por essa via.
Julgue os trechos de correspondências ofi ciais apresen-
tados nos itens seguintes, conforme as exigências do padrão 
culto da linguagem.
7. Em resposta ao ofício n.º 123/2005/SSP-DF, de 28/12/2005, 
no qual Vossa Senhoria solicita o encaminhamento dos 
documentos relativos aos processos administrativos instau-
rados nesta Inspetoria, informamos que já foram tomadas 
as devidas providências para atender à sua solicitação.
8. Importa assinalar que a área de atuação desta Superinten-
dência foi a região do país que mais cresceu nas últimas três 
décadas, para cujo o fenômeno muito contribuiu a efi cácia e 
a efi ciência dos programas políticos-sociais.
9. Reportamo-nos ao documento encaminhado em 21/10/2005, 
à Vossa Excelência, que se trata de solicitação de providên-
cias quanto ao aumento do efetivo de policiais legislativos 
desta Casa.
10. Informo que encontra-se em curso os procedimentos ati-
nentes ao processo a que V. S.a referiu-se e, assim que fi na-
lizados os resultados serão informados.
CONSULTOR DA CLDF – CESPE 2006
O Estado democrático estabelece o direito, a fi m de que o li-
mite da liberdade de cada um seja a liberdade dos outros. O Brasil 
livrou-se da tutela do arbítrio e não aceita a tutela da coação, nem 
o intimidam facções ou grupos.
A liberdade implica o compromisso de fortalecer o poder 
político contra a insegurança de abalos institucionais. Ouvir a 
todos e conviver com todos, sem discriminação. Tolerância não 
signifi ca concordância.(...) 
A liberdade não se esgota na vontade institucional. Ela tem 
de ser capaz de gerar direitos sociais, para ser a liberdade que não 
permita a morte pela fome, pelas doenças, pela insegurança das 
cidades e pela ausência de trabalho. Enfi m, a liberdade é a vida; é 
uma perspectiva de vida feliz. 
Mas o exercício da liberdade tem de ser integral. Indissociá-
veis são as liberdades política, econômica e social. Todos sabem 
que, onde morreu a liberdade econômica ou existe a servidão so-
cial, a liberdade política não existe. Querer a liberdade política 
sem garantir o poder criador competitivo da iniciativa privada é 
não conhecer a realidade da História. Querer liberdade econômi-
ca, convivendo com a injustiça social e com a miséria, é admitir 
uma sociedade de privilégios que termina na violência e no silên-
cio das ideologias.
José Sarney. Discurso de Posse.
Em relação ao texto acima, julgue o item.
11. A linguagem do primeiro parágrafo do texto é inadequada 
para a redação de correspondências ofi ciais em razão de sua 
subjetividade.
PMDF OFICIAL MÉDICO – CESPE 2007
Julgue os itens que se seguem, referentes à redação de 
correspondências ofi ciais.
12. O pronome de tratamento empregado em comunicações di-
rigidas aos chefes dos três poderes é Excelentíssimo Senhor 
seguido do cargo.
13. O memorando tem como fi nalidade a comunicação entre os 
chefes de unidadesadministrativas de órgãos distintos.
PF ADMINISTRATIVO MÉDIO – CESPE 2004
Paulo, agente administrativo lotado na Diretoria de Combate 
ao Crime Organizado (DCOR) do Departamento de Polícia Fede-
ral (DPF), foi incumbido, por seu superior, de redigir um ofício a 
ser enviado pela DCOR ao Procurador-Geral da República.
Em face da situação hipotética acima, julgue os itens que 
se seguem.
14. Caso o ofício trate de um problema cuja solução dependa de 
providências por parte do destinatário do expediente, Paulo 
poderá optar por um dos seguintes fechos: 
Atenciosamente, aguarda solução para o caso.
Respeitosamente, contando com vossa prestimosa colabora-
ção para a solução do caso.
18
R o n a l d o S i l v a
15. O documento deve conter, entre outros elementos, a 
identifi cação do local e da data em que foi expedido, a 
assinatura de Paulo e o nome do signatário.
16. Ao redigir o ofício, Paulo deve empregar o pronome de tra-
tamento Vossa Excelência para dirigir-se ao destinatário.
O chefe de uma seção do DPF solicitou a um funcionário que 
transcrevesse uma conversa gravada. Recomendou que o diálogo 
fosse apresentado em forma de relato e que fossem respeitadas as 
regras da norma padrão da língua escrita.
A seguir, são apresentados duas falas do diálogo e os respec-
tivos relatos escritos pelo funcionário.
Fala 1 
Indivíduo X: Você tem certeza de que tinha dois carros aqui?
Indivíduo Y: Tenho. Dois carros e uma bicicleta.
Fala 2 
Indivíduo X: O que você vai dizer se te chamarem para tes-
temunhar?
Indivíduo Y: Eu falo que estava escuro e que não vi nada. 
Além do mais, eu tava só de passagem.
Relato 1 
O indivíduo X perguntou para o indivíduo Y se ele tinha 
certeza de que tinha dois carros no local onde estavam, e o indi-
víduo Y respondeu que tinha certeza, e que havia dois carros e 
uma bicicleta.
Relato 2 
Indagado pelo indivíduo X sobre o que diria se o chamassem 
para testemunhar, o indivíduo Y respondeu que falaria que estava 
escuro, que não tinha visto nada e que, além do mais, estava só 
de passagem.
Julgue os itens subsequentes, relativos à redação de expe-
dientes e à situação hipotética apresentada acima.
17. O funcionário atenderia com objetividade ao que lhe foi 
solicitado se fi nalizasse o texto da seguinte maneira:
Esperando estar cumprindo com meu dever, com todo respei-
to, alerto V.S.ª de que o indivíduo Y parece falsear os fatos, como 
concluí ao ouvir várias vezes e com bastante atenção, esta fi ta.
18. Para atender a recomendações dos manuais de redação de 
expedientes, depois de completar a tarefa, o funcionário 
precisaria redigir um ofício encaminhando a seu chefe os 
relatos escritos.
19. Os relatos 1 e 2 reproduzem com fi delidade o conteúdo das 
falas 1 e 2.
20. No relato 1, desconsideradas as repetições, que poderiam ser 
evitadas, a passagem “se ele tinha certeza de que tinha dois 
carros” atende plenamente à recomendação feita pelo chefe.
21. No relato 2, para atender rigorosamente ao que lhe foi 
solicitado, o funcionário deveria ter escolhido a construção 
se caso chamassem-o em vez de “se o chamassem”.
Com referência à redação de expedientes, julgue a asso-
ciação entre documento, fi nalidade e fecho proposta em cada 
um dos itens seguintes.
22. documento: requerimento
 fi nalidade: solicitação, de particular a autoridade, de algo a 
que o autor julga ter direito
 fecho: Nestes termos, pede deferimento.
23. documento: ata
 fi nalidade: registro resumido e objetivo das decisões de reu-
niões e assembleias em geral
 fecho: Nada mais havendo a tratar na reunião do dia quatro 
de fevereiro de mil novecentos e noventa e nove, foram en-
cerrados os trabalhos e eu, Fulano de Tal, lavrei a presente
 ata, que, lida e aprovada, foi assinada pelos presentes.
SGA MÉDIO – CESPE 2004
Considerando os princípios de redação de expedientes, 
julgue os itens a seguir.
24. Com a fi nalidade de padronização, à redação de comunica-
ções ofi ciais foram incorporados procedimentos rotineiros 
ao longo do tempo, como as formas de tratamento e de cor-
tesia e a estrutura dos expedientes.
25. O tratamento que deve ser dado aos assuntos que constam 
das comunicações ofi ciais deve ser impessoal; todavia, são 
estimuladas as impressões individuais de quem comunica.
26. Os expedientes ofi ciais cuja fi nalidade precípua é informar com 
clareza e objetividade, empregando a linguagem adequada, 
têm caráter normativo, estabelecem regras para a conduta dos 
cidadãos ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos.
27. A concisão, sinônimo de prolixidade, é uma qualidade de 
qualquer texto técnico e uma característica do texto ofi cial, 
que exige do redator essencialmente conhecimento do as-
sunto sobre que escreve, uma vez que raramente há tempo 
disponível para revisar o texto.
28. O domínio da redação de expedientes ofi ciais é aperfeiçoado 
em decorrência da experiência profi ssional; muitas vezes a 
prática constante faz que o assunto se torne de conhecimento 
generalizado.
Com relação a elementos estruturais de expedientes e 
textos normativos ofi ciais, julgue os itens subsequentes.
29. O pronome de tratamento Vossa Excelência é empregado, 
no Poder Judiciário, para ministro de tribunal superior, 
membros do júri em tribunais populares, auditores e juízes.
30. A forma Digníssimo (DD. foi abolida no tratamento às 
autoridades, porque dignidade é pressuposto para que se 
ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua 
repetida evocação em expedientes ofi ciais.
31. O fecho de comunicação Atenciosamente é empregado para 
autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior à 
do remetente.
32. Com referência à identifi cação do signatário, as comunica-
ções ofi ciais devem trazer o nome e o cargo da autoridade 
que as expede, abaixo do local de sua assinatura, inclusive 
quando a autoridade for o governador ou o presidente da 
República.
33. Em texto normativo, os artigos são a unidade básica para apre-
sentação, divisão ou agrupamento de assuntos; os parágrafos 
são disposições secundárias de um capítulo, as quais explicam 
ou modifi cam a disposição principal, expressa no caput.
19
R e d a ç ã o O f i c i a l
TJDFT OFICIAL DE JUSTIÇA – CESPE 2003
34. Assinale a opção cujo fragmento obedece às exigências 
de correção gramatical, impessoalidade e objetividade, 
próprias da redação de documentos ofi ciais.
a. São passíveis de penhora o numerário pertencente à 
associação, ainda que em tal valor se insira o paga-
mento de salários de seus empregados. Na realidade, 
a vedação legal de constrição atinge somente os salá-
rios efetivamente recebidos.
b. Adicional noturno e horas extras não são abrangi-
dos pelo conceito de remuneração, logo, não pode 
sobre os mesmos incidir a contribuição previden-
ciária, segundo entendimento embasado na Lei n.º 
8.112/1990.
c. Inexistindo, nos autos, provas concludentes no senti-
do de descaracterizar a atuação de um dos acusados, 
mero empregado de imobiliária, que agiu mediante 
ordens de seu preposto, mantêm-se a absolvição de-
cretada, eis que ausente a intenção de lesar o bem 
jurídico tutelado.
d. Deve ser anulado o julgamento do tribunal do júri, no 
qual a formulação dos quesitos se deu de forma com-
plexa, violando o procedimento normatizado, cujo 
determina que os quais quesitos deverão ser feitos 
em proposições simples e bem distintas.
e. Cuidando-se de empresa pública, a penhora dos va-
lores existentes em sua conta-corrente poderá oca-
sioná-la danos de difícil reparação, inviabilizando a 
adimplência de compromissos assumidos, inclusive o 
pagamento de salários de funcionários.
 Opções adaptadas do Informativo de Jurisprudên-
cia n.º 46, 1.º-15/abril/2003.
CER-RR – CESPE 2004
A respeito da redação de expedientes, julgue os itens abaixo.
35. Considere que um funcionárioda CER seja responsável 
pelas atas referentes a reuniões administrativas do departa-
mento em que está lotado. Nessa situação, é correto afi rmar 
que o funcionário, no momento de lavrar as atas, deve cui-
dar para que elas relatem os fatos ocorridos nas respectivas 
reuniões, de forma resumida e objetiva, e não contenham 
rasuras, borrões nem linhas em branco.
36. A redação de expediente diz respeito à elaboração de diver-
sos tipos de documentos que são escritos no ambiente de 
trabalho, sejam eles, por exemplo, requerimentos, declara-
ções, cartas pessoais ou ofícios.
37. O relatório é um documento que apresenta relato minucio-
so de determinada situação que exige investigação, análise 
ou descrição. No fecho desse tipo de expediente é correto 
o emprego da expressão Nestes termos, pede deferimento, 
uma vez que o relatório também pode conter recomenda-
ções de medidas cabíveis para solucionar eventuais proble-
mas mencionados.
38. Em determinada organização, um funcionário do departa-
mento de manutenção precisa redigir um memorando ende-
reçado ao chefe do departamento de compras, solicitando a 
aquisição de material de limpeza. Nessa situação, o docu-
mento estará adequadamente redigido se for assinado pelo 
chefe do departamento de manutenção e contiver um dos 
seguintes fechos:
Atenciosamente, Humildemente, Cordialmente, Respei-
tosamente.
39. Considere o seguinte trecho, de um documento hipotético.
 
 Fulana de Tal, brasileira, casada, residente na Rua das Rosas, 
s/n.º, portadora de CI n.º 232.323-XX e CPF 333.333.333-33, 
funcionária pública do estado de Roraima, solicita, na forma 
da lei, promoção funcional por ter completado curso supe-
rior, conforme diploma em anexo.
 Nessa situação, é correto inferir que o documento em ques-
tão é um requerimento.
MDS MÉDIO – CESPE 2006
 
 Considere que, em uma repartição pública, o chefe de 
departamento tenha recebido o documento a seguir, do 
qual as partes (1) e (2) foram ocultadas.
(1) _________ n.º 10 /2006-DNZ
Brasília, 30 de março de 2006.
Senhor Fulano de Tal:
Apresento a V.S.a o servidor José das Quantas, matrícula 
n.º 303, ocupante do cargo de Secretário do Quadro de Pessoal 
Permanente deste Ministério, que passará a ter exercício nesse 
Departamento, a partir do dia 1.º do próximo mês.
Cordialmente,
(2) _____________________
Julgue os itens a seguir, a respeito da situação apresenta-
da e da correspondência ofi cial.
40. O texto continuará correto se a vírgula colocada logo após 
“Departamento” for retirada.
41. O espaço marcado com (1) deve ser ocupado com o vocábulo 
Atestado.
42. O espaço (2) deve ser preenchido com cargo e assinatura do 
expedidor do documento.
43. Dada a natureza do documento, a data pode ser omitida.
44. Seria inadequado se, em vez da invocação “Senhor Fulano 
de Tal”, tivesse sido escrito Exmo. Sr. Fulano de Tal.
MDS MÉDIO – CESPE 2006
Com referência a especifi cidades de documentos de roti-
na, indispensáveis no desenvolvimento das atividades essenciais 
no dia-a-dia da administração, julgue os próximos itens.
45. O e-mail é uma mensagem breve transmitida por código de 
sinais. É um meio de comunicação rápido, utilizado para 
mensagens breves e urgentes.
46. A carta comercial ou memorando é um instrumento de 
comunicação utilizada dentro da própria instituição, entre 
os seus vários departamentos.
47. O fax, ou fac-símile, é um meio de transmissão de 
documentos por linha telefônica.
48. O manual de procedimentos administrativos deve ser 
preparado e revisado pelo departamento de procedimentos e 
métodos, ou controles internos ou até pela auditoria interna 
da instituição. Ele contém instruções para a execução das 
rotinas administrativas e operacionais da instituição.
20
R o n a l d o S i l v a
49. O aparte é uma declaração expedida por autoridade, 
informando algum fato de que se tem conhecimento sobre 
alguém, e de interesse de outrem. Um aparte médico, um 
aparte de escolaridade são exemplos mais comuns. O aparte 
deve ser emitido em papel impresso da repartição pública, 
ou do profi ssional, identifi cando, neste caso, o registro de 
exercício da profi ssão.
GABARITO COMENTADO
1. ERRADO. Em primeiro lugar, não existem grandes 
semelhanças entre o requerimento e o ofício. Este segue 
o padrão ofício, enquanto aquele, não. Além disso, a 
estrutura mostrada pode ser usada para o requerimento, 
mas não é estrutura do ofício.
2. CERTO. O item cobra elementos gramaticais vinculados 
à redação ofi cial, não existe qualquer erro gramatical. 
Atenção especial deve ser dada à concordância de “sejam 
determinados”, está certa, “certa não, certíssima”, pois 
o verbo está concordando com o seu sujeito composto 
por dois núcleos – expedição e fornecimento – e está 
no masculino singular para seguir a regra de prioridade 
da língua portuguesa – concordância com dois termos 
de gêneros diferentes: deve-se concordar no plural 
masculino.
3. ERRADO. As normas de redação ofi cial, no geral, não 
prescrevem que se escreva em CAIXA ALTA, à exceção 
de PARTES, LIVROS, TÍTULOS E CAPÍTULOS de 
leis, os quais a Lei Complementar 13 manda que assim 
sejam.
4. CERTO. Muito cuidado com os enunciados dos itens. 
A numeração das alegações atende sim às normas de 
redação de correspondências ofi ciais, pois uma norma 
extremamente rígida existe para a numeração dos 
parágrafos, não para a numeração de alegações, estas 
podem ser de qualquer jeito. A numeração dos parágrafos 
é que deve ser com numerais arábicos cardinais com ponto 
alinhados à margem esquerda.
5. CERTO. Não existe norma de redação ofi cial que indique 
o emprego de A/C. Não existe essa norma no Manual de 
Redação Ofi cial da Presidência da República, não existe no 
Manual de Redação Ofi cial da Câmara dos Deputados nem 
nos outros manuais de redação.
6. ERRADO. O item começa certo ao dizer que o correio 
eletrônico possui fl exibilidade, porém peca ao dizer que 
não há exigência de impessoalidade ou emprego do padrão 
culto da linguagem. Estes dois princípios da redação 
ofi cial norteiam todas as comunicações ofi ciais, inclusive 
o correio eletrônico.
7. CERTO. O item cobra apenas gramática e não existe 
qualquer erro de concordância, regência, crase, pontuação 
ou outros erros.
8. ERRADO. Em primeiro lugar, o emprego do pronome 
relativo “cujo” com artigo está errado, não se põe artigo 
com o pronome relativo “cujo”, outro erro se encontra no 
plural do adjetivo composto “políticos-sociais”, o certo é 
político-sociais, só o último elemento no plural.
9. ERRADO. Já que o pronome relativo “que” é o sujeito da 
forma verbal “trata”, não se pode usar um “se”, pois este 
funcionaria como índice de indeterminação do sujeito. 
Além disso, existem dois erros anteriores: a vírgula antes 
de à Vossa Excelência e a crase nesse mesmo sintagma.
10. ERRADO. A conjunção que atrai o pronome átono, 
este deve estar em próclise – antes do verbo. Outro erro 
é a concordância de “encontra-se” com o seu sujeito “os 
procedimentos atinentes ao processo a que V.Sa. referiu-
se”, deveria ter sido grafado encontram-se.
11. ERRADO. O texto não fere nenhum princípio da reda-
ção ofi cial, é um texto até um pouco denso, mas segue 
sim os princípios da redação ofi cial.
12. CERTO. Apesar de outros manuais indicarem outros 
cargos, esses são os contemplados precipuamente.
13. ERRADO. O memorando serve para comunicações en-
tre unidades administrativas de mesmo órgão.
14. ERRADO. Os fechos respeitosamente e atenciosamente 
são usados com base na hierarquia do remetente e destina-
tário. Além disso, vossa prestimosa é expressão inadequa-
da, fere o princípio da norma culta – deve-se usar 3ª pessoa 
– e da impessoalidade.
15. ERRADO. Já que o documento é o ofício, como se de-
preende do enunciado acima do item, o redator do docu-
mento não assina, apenaso chefe.
16. CERTO. Todos os promotores e procuradores do Minis-
tério Público são assim tratados e o Procurador-Geral da 
República não só é um Procurador como é o chefe dos 
procuradores.
17. ERRADO. O texto fere gravemente o princípio da im-
pessoalidade, da concisão e até da norma culta ao come-
çar com um gerundismo.
18. ERRADO. O certo seria um memorando e o relatório – 
relato – anexo.
19. CERTO. Apesar de alguns recursos, a banca considerou 
que mantém as mesmas ideias do texto original.
20. ERRADO. O trecho “tinha dois carros” não atende à 
norma culta por utilizar o verbo ter em uma estrutura 
linguística coloquial.
21. ERRADO. “Se caso chamassem-o” possui pelo menos 
3 erros. Duas conjunções de mesmo tipo, colocação pro-
nominal errada e ausência da nasalização do pronome 
– chamassem-no.
22. CERTO. Cumpre fi elmente ao determinado para o re-
querimento.
23. ANULADA.
24. CERTO. Apesar dos recursos sobre formas de cortesia, a 
banca considerou que os fechos são as formas de cortesia.
25. ERRADO. Até existem impressões individuais como as 
assinaturas, mas dizer que são estimuladas é realmente 
um erro.
26. CERTO. O examinador copiou o que está escrito no 
Manual de Redação Ofi cial da Presidência da República 
na página 5, então não há mais o que se dizer. Está “Cer-
tíssimo”.
27. ERRADO. Dois erros. Em primeiro lugar, concisão é 
antônimo de prolixidade. Em seguida, não se pode es-
quecer de que todo texto carece de uma revisão.
28. ERRADO. Não existe essa norma em manual alguma, 
prática nem sempre dá grande conhecimento sobre o as-
sunto, principalmente não generaliza o assunto.
29. ERRADO. Já que o texto fala de Poder Judiciário, os 
auditores – da Justiça Militar – são tratados de Vossa Ex-
celência sim, mas os membros do júri em tribunais popu-
21
R e d a ç ã o O f i c i a l
lares são “pessoas do povo, sem conhecimento jurídico 
necessário para tratar de crimes dolosos contra a vida”. 
Estes são tratados de Vossa Senhoria.
30. CERTO. Só cópia do Manual de Redação Ofi cial da 
Presidência da República.
31. CERTO. Só cópia do Manual de Redação Ofi cial da 
Presidência da República.
32. ERRADO. Após o recurso, a banca acatou nossa opi-
nião sobre o item. Diz o Manual de Redação Ofi cial da 
Presidência da República que o Presidente da República 
não precisa ser identifi cado.
33. ERRADO. De acordo com as leis que tratam da forma-
tação dos textos legislativos, os parágrafos são disposi-
ções secundárias de um artigo. Disposição secundária 
de um capítulo são as seções.
34. RESPOSTA LETRA B.
ERRADAS COM AS CORREÇÕES:
A. É passível de penhora o numerário...
C. ...mantém-se a absolvição...
D. ...o qual determina que os quesitos sejam feitos 
em proposições simples...
E. ...poderá ocasionar a ela danos de difícil reparação...
35. CERTO. Essa é a estrutura tradicional das atas.
36. ERRADO. Cartas pessoais não são documentos ofi ciais.
37. ERRADO. O fecho é do requerimento, não do relatório.
38. ERRADO. Humildemente e Cordialmente não são 
fechos previstos no Manual de Redação Ofi cial da 
Presidência da República.
39. CERTO. Certíssimo. Estrutura perfeita para o 
requerimento.
40. CERTO. A vírgula antes do adjunto adverbial em posição 
normal é facultativa, deve ser usada para destaque desse 
sintagma.
41. ERRADO. O documento é um memorando.
42. CERTO. Parte também chamada de identifi cação do 
signatário.
43. ERRADO. O local sim, a data de forma alguma.
44. CERTO. O vocativo Excelentíssimo é utilizado, em 
especial, para chefes de poderes.
45. CERTO. É o conceito básico do e-mail.
46. CERTO. É documento interno.
47. CERTO. É uma das formas de transmissão dos documentos 
ofi ciais.
48. CERTO. É um tipo de manual produzido no próprio órgão 
para orientar seus servidores a respeito de vários atos da 
instituição.
49. CERTO. É o conceito tradicional de aparte.
22
R o n a l d o S i l v a

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