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TEORIA QUÂNTICA DE CAMPOS ESCOLA DE FÍSICA DA UERJ 2014 PROF. BRUNO MINTZ AULA 3 Nesta aula Algumas aplicações da Teoria Quântica de Campos: - Introdução à interação forte - Abordagens não-perturbativas - Teoria quântica de campos a temperatura finita Introdução à interação forte Núcleos atômicos: prótons (positivos) e nêutrons (neutros). Apenas eletromagnetismo núcleo instável Força de outra natureza que estabiliza o núcleo: interação forte. 𝑝+ 𝑝+ 𝑝+ 𝑝+ 𝑝+ 𝑛 𝑝+ 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝐸 𝐸 𝐸 𝐸 Introdução à interação forte Os prótons e os nêutrons (“nucleons”) são formados por partículas carregadas, os quarks. A estabilidade dos nucleons também é consequência da força forte. 𝐸 𝐸 𝐸 𝐸 𝑢+2/3 𝑑−1/3 𝑢+2/3 Introdução à interação forte Possível descrição para o confinamento: potencial 𝑞𝑞 Separar 𝑞 e 𝑞: 𝑟 → ∞ Seria necessária energia infinita para separá-los! Introdução à interação forte O que acontece quando dois quarks tentam se separar? Antes do afastamento ser infinito, é criado um par quark-antiquark! Introdução à interação forte Um caso interessante: a ressonância Δ++ 𝑢+2/3 𝑢+2/3 𝑢+2/3 Férmion não-estranho (sem quark s) com carga +2 Três quarks (férmions) up (iguais) Problema com o Princípio de Exclusão de Pauli! Novo número quântico (“carga conservada”): “cor” ? ? Introdução à interação forte Um caso interessante: a ressonância Δ++ 𝑢+2/3 𝑢+2/3 𝑢+2/3 Férmion não-estranho (sem quark s) com carga +2 Três quarks (férmions) up (iguais) Problema com o Princípio de Exclusão de Pauli! Novo número quântico (“carga conservada”): “cor” Introdução à interação forte Cada “sabor” de quark (u, d, s, c, b, t) pode ser encontrado em uma de três “cores” diferentes (r, g, b). 𝑢 𝑥 ≡ 𝑢𝑟(𝑥) 𝑢𝑔(𝑥) 𝑢𝑏(𝑥) 𝑑 𝑥 ≡ 𝑑𝑟(𝑥) 𝑑𝑔(𝑥) 𝑑𝑏(𝑥) 𝑢+2/3 𝑢+2/3 𝑢+2/3 (campo do quark u) (campo do quark d) Introdução à interação forte A “cor” é um número quântico conservado. Logo, deve ter uma transformação de simetria associada! O campo de cada quark (“no espaço de cor”) tem 3 componentes: 𝑞 𝑥 ≡ 𝑞𝑟(𝑥) 𝑞𝑔(𝑥) 𝑞𝑏(𝑥) Operação de simetria que se relaciona com estas 3 cargas: SU(3) SU(3): matrizes (transformações) unitárias especiais 3x3 (complexas). Introdução à interação forte Qualquer matriz unitária 3x3 pode ser escrita como combinações lineares das 8 matrizes de Gell-Mann 𝜆(𝑖 = 1, … , 8). Operação de simetria (local: depende do ponto) 𝑢′ 𝑥 ≡ 𝑀 𝑥 𝑢 𝑥 ≡ 𝑚11 𝑥 𝑚12 𝑥 𝑚13 𝑥 𝑚21 𝑥 𝑚22 𝑥 𝑚23 𝑥 𝑚31 𝑥 𝑚32 𝑥 𝑚33 𝑥 𝑢𝑟 𝑥 𝑢𝑔 𝑥 𝑢𝑏 𝑥 = 𝑒𝑥𝑝 𝑖 𝑖=1 8 𝛼𝑖 𝑥 𝜆𝑖 𝑢(𝑥) onde M+ 𝑥 𝑀 𝑥 = 1, ∀ 𝑥 e 𝛼𝑖 𝑥 são funções reais. Numa notação mais compacta: 𝑢′ 𝑥 = 𝑒𝑥𝑝 𝑖 𝑖=1 8 𝛼𝑖 𝑥 𝜆𝑖 𝑢 𝑥 ≡ 𝑒 𝑖𝛼 𝑥 ⋅𝜆 𝑢(𝑥) Introdução à interação forte 𝑢′ 𝑥 = 𝑒𝑥𝑝 𝑖 𝑖=1 8 𝛼𝑖 𝑥 𝜆𝑖 𝑢 𝑥 ≡ 𝑒 𝑖𝛼 𝑥 ⋅𝜆 𝑢(𝑥) Transformação de gauge (local) um campo para cada gerador da simetria - Eletrofraca: SU(2)xU(1): 3 +1 = 4 geradores 4 partículas: W+, W−, Z0 e fóton. - Forte: SU(3): 8 geradores 8 partículas mediadoras da força: 8 tipos de gluons Lembrete (aula 2): “simetrias restringem ou indicam a existência de partículas e como elas interagem”. Introdução à interação forte A Cromodinâmica Quântica (QCD) ℒ𝑄𝐶𝐷 = − 1 4 𝐹𝜇𝜈𝑎𝐹𝜇𝜈𝑎 + 𝑢 𝑎 𝑖𝛾𝜇𝜕𝜇 − 𝑚𝑢 𝑢 𝑎 + 𝑔 𝑢𝑎𝛾𝜇𝐴𝜇 𝑎𝑏𝑢𝑏 + (𝑑, 𝑠, 𝑐, 𝑏, 𝑡) 𝐹𝜇𝜈 𝑎 = 𝜕𝜇𝐴𝜈 𝑎 − 𝜕𝜈𝐴𝜇 𝑎 + 𝑔𝑓𝑎𝑏𝑐𝐴𝜇 𝑏𝐴𝜈 𝑐 𝑢𝑎 𝑖𝛾𝜇𝜕𝜇 − 𝑚𝑢 𝑢 𝑎 𝑔 𝑢𝑎𝛾𝜇𝑢𝑏𝐴𝜇 𝑎𝑏 = j𝜇A𝜇 = j ⋅ 𝐴 ... e termos análogos para d, s, c, b e t (gluons: propagação e autointeração) (quarks: propagação) (interação entre quarks e gluons 𝑔) 𝐹𝜇𝜈𝑎𝐹𝜇𝜈 𝑎 𝑖𝑛𝑡 → 𝑔𝐴𝐴(𝜕𝐴) + 𝑔2𝐴4 (autointeração dos gluons 𝑔 e 𝑔 2) Introdução à interação forte Uma outra fantástica propriedade da QCD: liberdade assintótica. Quanto maior a troca de energia numa colisão entre gluons e/ou quarks, menor a probabilidade de interação. Em altíssimas energias: quarks e gluons quase livres (𝑔 ≪ 1). Introdução à interação forte Em altíssimas energias: 𝑔 ≪ 1. Em altíssimas energias: QCD perturbativa. 𝐻 = 𝐻0 + 𝑔 𝑉 𝑆 = 1 − 𝑖𝑔 −∞ ∞ 𝑑𝑡1 𝑉 𝑡1 + −𝑖 2𝑔2 −∞ ∞ 𝑑𝑡1 −∞ 𝑡1 𝑑𝑡2 𝑉 𝑡1 𝑉 𝑡2 + −𝑖 3𝑔3 −∞ ∞ 𝑑𝑡1 −∞ 𝑡1 𝑑𝑡2 −∞ 𝑡2 𝑑𝑡3 𝑉 𝑡1 𝑉 𝑡2 𝑉 𝑡3 + ⋯ Introdução à interação forte Espalhamentos em altas energias teoria de perturbação ok Alguns diagramas de Feynman 𝑑𝑑 → 𝑡𝑡 Introdução à interação forte Espalhamentos em altas energias teoria de perturbação ok Alguns diagramas de Feynman 𝑑𝑑 → 𝑡𝑡 Introdução à interação forte A liberdade assintótica é um fenômeno (perturbativo) relativamente bem compreendido. O confinamento não. 𝑢+2/3 𝑑−1/3 𝑢+2/3 Introdução à interação forte De onde vem a massa do próton? Massa do próton (uud): 938MeV Massa do quark up (Higgs): < 10MeV Massa do quark down (Higgs): < 10MeV Mais de 95% da massa (da matéria bariônica) vêm da interação forte! 𝑢+2/3 𝑑−1/3 𝑢+2/3 Abordagens não perturbativas Abordagens não perturbativas para a QCD (e outros problemas) - Simulações de Monte Carlo na rede (Lattice QCD) - Equações de Schwinger-Dyson - Teorias de campos topológicas* - Regras de soma* [ver aula M. Bracco] - Correspondência AdS/CFT (“Holografia”) - Teoria de Gribov-Zwanziger* - Modelos efetivos para a QCD* - ... QCD na rede Rede: discretização do espaço-tempo possibilita cálculos diretos da “soma sobre histórias” de Feynman em um computador. Exemplo: Física nuclear a partir da Lagrangeana da QCD! Teoria de Gribov-Zwanziger Campos vetoriais sem massa (fóton, glúon): simetria de calibre 𝐴𝜇 → 𝐴′𝜇 = 𝐴𝜇 − 1 𝑒 𝜕𝜇𝛼 𝑥 𝐴𝜇 e 𝐴′𝜇 são campos fisicamente idênticos (mesmo 𝐸 e mesmo 𝐵, na ED). Em Eletromagnetismo Clássico: escolha de calibre. Exemplos: - Coulomb: ∇ ⋅ 𝐴 = 0 Lorenz: 𝜕𝜇𝐴 𝜇 ≡ 𝜕𝑡𝜙 + 𝛻 ⋅ 𝐴 = 0 Na Eletrodinâmica Quântica, há duas abordagens para resolver a redundância: - Gupta-Bleuler: 𝜕𝜇 𝐴 𝜇 Ψ phys = 0 [ver aula J. Borges] - Fadeev-Popov: integral funcional [No DFT: Silvio Sorella, Vitor Lemes, Marcelo Guimarães e Marcio Capri] Teoria de Gribov-Zwanziger Teoria quântica: soma sobre todas as configurações do campo de calibre A. Funcional gerador das funções de correlação (versão ingênua): 𝑍[𝐽, 𝜂, 𝜂] = 𝐷𝐴 𝐷 𝜓 𝐷𝜓 exp 𝑖𝑆 𝜓, 𝜓, 𝐴 + ∫ 𝐽 ⋅ 𝐴 + 𝜂𝜓 + 𝜓𝜂 Problema: configurações com A diferentes (mas fisicamente equivalentes) serão contadas múltiplas (infinitas) vezes. Método de Fadeev e Popov: eliminar, no nível da integral de Feynman, as cópias espúrias do campo fixação de calibre. [No DFT: Silvio Sorella, Vitor Lemes, Marcelo Guimarães e Marcio Capri] Teoria de Gribov-Zwanziger Valor esperado do operador 𝑂(𝐴) (versão ingênua) Ω 𝑂(𝐴) Ω = 𝐷𝐴 𝐷 𝜓 𝐷𝜓 𝑂(𝐴)exp 𝑖𝑆 𝜓, 𝜓, 𝐴 Valor esperado do operador 𝑂(𝐴) com fixação de calibre (gauge de Lorenz: 𝜕𝜇𝐴 𝜇 = 0) Ω 𝑂(𝐴) Ω = 𝐷𝐴 𝐷 𝜓 𝐷𝜓 𝛿 𝜕𝜇𝐴 𝜇 𝑑𝑒𝑡 𝜕𝜇𝐷 𝜇 𝑂(𝐴)exp 𝑖𝑆 𝜓, 𝜓, 𝐴 Apenas configurações com 𝜕𝜇𝐴 𝜇 = 0 são consideradas. [No DFT: Silvio Sorella, Vitor Lemes, Marcelo Guimarães e Marcio Capri] O método de Fadeev e Popov garante que apenas configuraçõescom 𝜕𝜇𝐴 𝜇 = 0 sejam consideradas. Aparentemente, é eliminada a redundância de calibre em nível quântico! Teoria de Gribov-Zwanziger [No DFT: Silvio Sorella, Vitor Lemes, Marcelo Guimarães e Marcio Capri] O método de Fadeev e Popov garante que apenas configurações com 𝜕𝜇𝐴 𝜇 = 0 sejam consideradas. Aparentemente, é eliminada a redundância de calibre em nível quântico! Teoria de Gribov-Zwanziger [No DFT: Silvio Sorella, Vitor Lemes, Marcelo Guimarães e Marcio Capri] #sqn Teoria de Gribov-Zwanziger Ω 𝑂(𝐴) Ω = 𝐷𝐴 𝐷 𝜓 𝐷𝜓 𝛿 𝜕𝜇𝐴 𝜇 𝑑𝑒𝑡 𝜕𝜇𝐷 𝜇 𝑂(𝐴)exp 𝑖𝑆 𝜓, 𝜓, 𝐴 Problema: em teorias não-abelianas (ex.: QCD) determinante pode ser nulo quando 𝑔𝐴𝜇 é grande (regime não perturbativo) 𝜕𝜇𝐷 𝜇 ≡ (𝜕2𝛿𝑎𝑏 − 𝜕𝜇𝑓𝑎𝑏𝑐𝑔𝐴𝜇) Determinante = produto dos autovalores O operador 𝜕𝜇𝐷 𝜇 pode ter “modos zero” (autovalores nulos) Problema: det 𝜕𝜇𝐷 𝜇 = 0 ⇒ Ω 𝑂(𝐴) Ω = 0 ∀ 𝑂 𝐴 ‼! [No DFT: Silvio Sorella, Vitor Lemes, Marcelo Guimarães e Marcio Capri] Teoria de Gribov-Zwanziger Solução de Gribov: restringir a integral de Feynman apenas a configurações que levam a autovalores positivos do operador de Fadeev-Popov. (Ainda assim permanecem cópias de calibre...) Zwanziger implementou a ideia de Gribov em termos de uma ação modificada para os campos de gauge. Com grande participação do grupo da Uerj, foi proposta uma versão refinada da teoria de Gribov-Zwanziger (RGZ), que possui propriedades físicas mais compatíveis com resultados da rede do que a teoria GZ original. [No DFT: Silvio Sorella, Vitor Lemes, Marcelo Guimarães e Marcio Capri] Teoria de Gribov-Zwanziger Algumas propriedades da teoria de (R)GZ - Para altas energias é equivalente à teoria de Yang-Mills (perturbativa). - Bem definida para energias arbitrariamente altas (i.e., renormalizável). - Resultados físicos não triviais (e corretos!) em baixas energias (física não perturbativa). Obs.: Teoria de Yang-Mills: “QCD sem férmions” [No DFT: Silvio Sorella, Vitor Lemes, Marcelo Guimarães e Marcio Capri] Teoria de Gribov-Zwanziger [No DFT: Silvio Sorella, Vitor Lemes, Marcelo Guimarães e Marcio Capri] [D. Dudal, M. S. Guimarães e S. P. Sorella. Phys.Lett. B732 (2014) 247-254 (2014)] Modelos efetivos para a QCD A QCD não é exatamente solúvel. Simetrias da teoria aspectos mais importantes. “Teorias primas”: partilham alguma(s) simetria(s) com a QCD. Vantagens de modelos efetivos: - Teorias mais simples (mais fáceis de se obter informação). - Ingredientes de QCD não perturbativa automaticamente incluídos. - Permitem estudos da interação forte em altas e baixas energias. Desvantagem principal: não é a QCD. [No DFT: Rudnei Ramos, Bruno Mintz] Modelos efetivos para a QCD Modelo sigma linear (quark-meson): um exemplo de modelo quiral. ℒ = 𝑢 𝑖𝛾𝜇𝜕𝜇 − 𝑔𝜎 𝑢 + 𝑑 𝑖𝛾 𝜇𝜕𝜇 − 𝑔𝜎 𝑑 + 𝜆 4 𝜎2 + 𝜋0 2 + 𝜋− 2 + 𝜋+ 2 − 𝑣2 2 - Definido em todas as escalas de energia (renormalizável). - Codifica naturalmente propriedades de mésons (𝜋+, 𝜋−, 𝜋0 e 𝜎) em termos de quebra espontânea de simetria (quiral). [ver aula J. Borges] Quando o campo 𝜎 adquire um valor esperado não nulo, 𝜎 ≠ 0, os quarks adquirem massa mu = md = 𝑔 𝜎 (simetria de isospin). [No DFT: Rudnei Ramos, Bruno Mintz] Modelos efetivos para a QCD Modelo de Nambu e Jona-Lasinio (NJL) [No DFT: Rudnei Ramos, Bruno Mintz] QCD (altas energias) (curtas distâncias) NJL (baixas energias) (longas distâncias) 𝑞 𝑡 𝑡𝑞 Modelos efetivos para a QCD Modelo de Nambu e Jona-Lasinio: analogia com supercondutividade ℒ = 𝑢 𝑖𝛾𝜇𝜕𝜇 𝑢 + 𝑑 𝑖𝛾 𝜇𝜕𝜇 𝑑 + 𝐺 ( 𝑢𝐿𝑢𝑅)( 𝑢𝑅𝑢𝐿) + ( 𝑑𝐿𝑑𝑅)( 𝑑𝑅𝑑𝐿) Simetria quiral (com quebra espontânea no vácuo). Interações de 4 férmions (como o modelo de Fermi para o decaimento beta). Estados ligados de férmions: Mésons Pares de Cooper Massa do quark Energia de ligação do par (gap). [No DFT: Rudnei Ramos, Bruno Mintz] Teoria quântica de campos a temperatura finita TQC a temperatura finita Sistema em contato com reservatório térmico: ensemble canônico. Função de partição (hamiltoniana 𝐻, temperatura 𝑇): 𝑍(𝑇) = 𝑇𝑟 exp − 𝐻 𝑘𝑇 = 𝑟 𝑒−𝐸𝑟/𝑘𝑇 Soma sobre todos os microestados (𝑟) compatíveis com os vínculos macroscópicos. Como aplicar este conceito a campos quânticos? [No DFT: Cesar Linhares, Marcelo Chiapparini, Rudnei Ramos, Bruno Mintz] TQC a temperatura finita 𝑍(𝑇) = 𝑇𝑟 exp − 𝐻 𝑘𝑇 = 𝑟 𝑒−𝐸𝑟/𝑘𝑇 Soma sobre todos os microestados do campo: integral de Feynman 𝑍(𝑇) = 𝑇𝑟 exp − 𝐻 𝑘𝑇 = 𝜑 0, 𝑥 =𝜑(𝛽, 𝑥) 𝐷𝜑 exp − 0 ℏ 𝑘𝑇 𝑑𝜏 𝑑3𝑥 ℋ 𝜑 𝜏, 𝑥 ℋ 𝜑 = 𝐾 + 𝑈 = 1 2 𝜕𝜏𝜑 2 + 1 2 ∇𝜑 2 + 𝑈[𝜑] [No DFT: Cesar Linhares, Marcelo Chiapparini, Rudnei Ramos, Bruno Mintz] TQC a temperatura finita 𝑍(𝑇) = 𝑇𝑟 exp − 𝐻 𝑘𝑇 = 𝜑 0, 𝑥 =𝜑(𝛽, 𝑥) 𝐷𝜑 exp − 0 ℏ 𝑘𝑇 𝑑𝜏 𝑑3𝑥 ℋ 𝜑 𝜏, 𝑥 A função de partição de um sistema contínuo pode ser escrita como uma integral funcional. “Pequena” diferença para TQC: compactificação da direção temporal - Minkowski (𝑇 = 0): 𝑡 ∈ ℝ, 𝑥 ∈ ℝ3: espaço euclideano - Temperatura finita: 𝜏 ∈ 0, ℏ 𝑘𝑇 ≡ 𝛽 , 𝑥 ∈ ℝ3: “cilindro” Todo o formalismo de TQC (inclusive diagramas de Feynman) pode ser utilizado em Mecânica Estatística (sistemas contínuos)! [No DFT: Cesar Linhares, Marcelo Chiapparini, Rudnei Ramos, Bruno Mintz] TQC a temperatura finita Fenômeno importante a temperatura finita: transições de fase. TQC a temperatura finita Também a QCD tem transições de fase! [No DFT: Cesar Linhares, Marcelo Chiapparini, Rudnei Ramos, Bruno Mintz] TQC a temperatura finita TQC é uma ferramenta muito útil para estudar transições de fase. - Temperatura finita - Temperatura zero (TF quânticas) Transições de fase: física não-perturbativa (mudanças radicais). Métodos não-perturbativos são fundamentais. [No DFT: Cesar Linhares, Marcelo Chiapparini, Rudnei Ramos, Bruno Mintz] TQC a temperatura finita Efeitos de tamanho finito do sistema podem ser muito importantes. [E. B. S. Correa, C. A. Linhares e A. P. C. Malbouisson Phys.Lett. A377 (2013) 1984-1990 (2013)] [No DFT: Cesar Linhares, Marcelo Chiapparini, Rudnei Ramos, Bruno Mintz] TQC a temperatura finita Teorias topológicas de campos e materiais topológicos: - Isolantes topológicos - Supercondutores topológicos [No DFT: M. S. Guimarães] TQC a temperatura finita Transições de fase da QCD em modelos efetivos: - Dinâmica da transição (nucleação) - Efeito de campos magnéticos ultra intensos 𝐵 ≃ 1016𝑇 . [No DFT: Cesar Linhares, Marcelo Chiapparini, Rudnei Ramos, Bruno Mintz] [E. S. Fraga, B. W. Mintz e J. Schaffner-Bielich Phys.Lett. B731, 154-158 (2014)] [B. W. Mintz, R. Stiele, R. O. Ramos e J. Schaffner-Bielich Phys. Rev. D87, 036004 (2013)] MUITO OBRIGADO!
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