Buscar

Modelo Peça Contestação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DA CIDADE DE.................
Autos nº
	EMPRESA “B”, CNPJ sob nº._________, estabelecida na Rua_____________________, nº.___, Bairro______________, Cidade de _________________, CEP.________, na pessoa de seu representante, Sr. _________________________brasileiro, estado civil, profissão, portador do RG _________, CPF __________, residente e domiciliado na Rua_____________, nº.__, Bairro ___________, Cidade de ______________, por seu advogado que esta subscreve, qualificado no instrumento de mandato anexo, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 847 da CLT c.c. arts. 300/301 do CPC, apresentar
			CONTESTAÇÃO
às alegações deduzidas pelo reclamante, expondo os argumentos fáticos e jurídicos adiante articulados:
PRELIMINARMENTE-CARÊNCIA DE AÇÃO: ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM
	O reclamado, ora contestante, inicialmente, esclarece que em 11/09/2010 alienou o seu negócio para a Empresa “C”, a qual assumiu o ponto comercial, maquinário, inclusive, constou expressamente no instrumento particular de compra e venda( documento anexo) que eventuais dívidas trabalhistas ou fiscais seriam da responsabilidade do adquirente.
	Por outro lado, ainda que não constasse, expressamente, essa cláusula de assunção de dívida, nos termos dos arts. 10 e 448 da CLT a hipótese versa sobre sucessão de empresas, e, segundo esse instituto do direito do trabalho, o sucessor, no caso a Empresa “C”, assume os contratos de trabalho em vigência e extintos, respondendo por eventuais dívidas ou pendências trabalhistas.
	Diante desse fato, o reclamado é parte ilegítima para figurar no polo passivo da presente demanda, devendo a ação ser proposta em face da Empresa “C”, responsável pelo contrato de trabalho mantido pela pessoa jurídica com o reclamante.
	Assim, requer que seja acolhida a presente preliminar processual e prejudicial para a formação válida e regular do processo de carência de ação por ilegitimidade de parte (art. 301, X,CPC), para excluir do polo passivo o contestante e julgar o processo extinto sem resolução do mérito, nos termos do art. 267,VI, do CPC.
DO MÉRITO
	Sem prejuízo da arguição preliminar de ilegitimidade de parte, invoca-se a seguir a defesa de mérito, nos seguintes termos:
II-A) PRELIMINAR DE MÉRITO: PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
	O reclamante aponta como um dos fundamentos para a rescisão indireta o fato de não ter usufruído as férias do período 2002/2003, todavia, nos termos do art. 11 da CLT c.c. art. 7º, CF, as férias 2002/2003, vencidas em 2004, foram abrangidas pela prescrição quinquenal. Assim sendo, requer que seja julgado extinto esse pedido, com resolução do mérito (art. 269,CPC).
II-B) MÉRITO PROPRIAMENTE DITO: DA ALEGAÇÃO DE RESCISÃO INDIRETA
	O reclamante, alegando que não mais suportava as reiteradas faltas patronais, no dia 11/09/2010, retirou-se da reclamada e ingressou com o pedido de rescisão indireta, fundamentando o pedido nos seguintes fatos:
a) falta de anotação na CPTS;
b) falta de recolhimento do FGTS, e
c) falta de concessão das férias 2002/3003
	Entretanto, os fatos alegados pelo reclamante como motivadores da rescisão indireta são inconsistentes e imprestáveis para o acolhimento da pretensão de rescisão indireta e consequente condenação da reclamada no pagamento dos pedidos elencados no pedido inicial.
	Com efeito, o fato de não ter tido a CTPS anotada não caracteriza falta grave que torne insuportável a manutenção do vínculo empregatício, conforme alega o reclamante. O reclamante trabalhou por longo tempo junto à reclamada e, certamente, se necessitasse da CTPS anotada poderia ter adotado várias medidas, inclusive, uma ação ordinária para compelir a reclamada à anotação do contrato de trabalho em sua CTPS, entretanto, ficou inerte; almeja, agora, a ruptura abrupta pela rescisão indireta.
	Portanto, incabível a invocação de falta de anotação do contrato de trabalho como falta grave para ensejar a rescisão indireta, posto que poderia o reclamante permanecer no emprego e compelir a reclamada no cumprimento dessa obrigação de fazer.
	Da mesma forma, não prospera a alegação do reclamante de que a reclamada cometeu falta grave ao deixar de recolher os valores do FGTS em sua conta vinculada junto à Caixa Econômica Federal. Com efeito, a falta de recolhimento do FGTS é falta patronal, porém não é de natureza grave para ensejar a ruptura do liame empregatício, bastando uma ação ordinária para compelir o reclamado no cumprimento dessa obrigação, sem necessidade de desfazimento do vínculo laboral.
	Ressalta-se que uma vez depositado o valor do FGTS o reclamante sequer poderá levantá-lo, salvo uma das hipóteses previstas na Lei 8036/90.
	Por fim, também não configura fundamento idôneo para a rescisão indireta a não-concessão das férias 2002/2003, haja vista que o reclamante ficou inerte por todo esse tempo, deixando, inclusive, operar a prescrição quinquenal.
	Portanto, requer que sejam rejeitadas as alegações do reclamante que fundamentaram o pedido de rescisão indireta e, consequentemente, que sejam julgados improcedentes os seguintes pedidos deduzidos na petição inicial:
a)aviso prévio indenizado;
b)13º. Salário proporcional (9/12);
c)férias proporcionais (8/12) + 1/3 constitucional;
d) multa do art. 477, parág. 6º. e 8º. da CLT;
e)FGTS indenizado e multa de 40%;
f)Seguro-desemprego(indenizado ou guias);
-DAS MULTAS DOS ARTs. 477 e 467 da CLT
	Considerando os reiterados entendimentos jurisprudenciais, a multa do art. 477 não se aplica no caso de alegação de rescisão indireta, haja vista que a ruptura do contrato não partiu do reclamado e sim do reclamante, ao passo que em exegese ao art. 477 e parágrafos 6º. e 8º. da CLT o ato de rescisão deve partir do empregador.
	No mesmo sentido, é indevida a multa do art. 467 haja vista que toda a pretensão está sendo contestada, sendo certo que a reclamada pagou todas as verbas devidas, conforme comprova, inclusive, recibo de pagamento de saldo salarial.
-DAS FÉRIAS EM DOBRO PERÍODO 2002/2003
	Trata-se de pretensão indevida, pois abrangida pela prescrição quinquenal, conforme já arguido anteriormente.
-DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
	Já está pacificado pelo C. TST que os honorários advocatícios só serão devidos na Justiça do Trabalho, se a parte estiver representada por advogado do sindicato da sua categoria, o que inocorre no presente caso, logo, deve ser julgado improcedente o pleito de honorários advocatícios, por força do disposto nas Súmulas 219 e 329 do TST.
-DA CONCLUSÃO	
	Diante do exposto, requer a Vossa Excelência se digne receber a presente CONTESTAÇÃO, acolhendo a Preliminar Processual, julgando o reclamante carecedor de ação com o indeferimento da inicial e extinção do processo sem resolução do mérito, nos precisos termos dos artigos 267,VI, 295 e 301,X, do CPC, sem prejuízo da apreciação do mérito da causa que, certamente, culminará com o decreto de IMPROCEDÊNCIA, “in totum”, da presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, condenando o reclamante no ônus da sucumbência.
	Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial, prova documental, testemunhal e depoimento pessoal do reclamante.
Termos em que pede deferimento.
Local/Data
Advogado-OAB/UF

Outros materiais

Outros materiais