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paleontologia (1)

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Evolução dos Vertebrados
• Os vertebrados se compoem 
atualmente de aproximadamente 
50.000 espécies
Tamanho: peixes com 0,1g 
baleias de 100.000.000g
Todos os ambientes
Evolução dos Vertebrados
• Diversas teorias sobre as relações 
filogenéticas com outros taxa
• Caracteres compartilhados indicam 
monofilia
• Último ancestral comum no Cambriano 
(570 a 600 Maa)
• Origem dos ossos ainda é controversa
– sustentação
– reserva de fosfato e cálcio?
• Filo Chordata
– Notocorda
– Tubo nervoso dorsal oco
– Fendas faríngeas
– Cauda pós-anal muscular
• Vertebrado
– “Animal cordado com um endoesqueleto 
cartilaginoso ou ósseo. O esqueleto 
axial é composto de um crânio (dividido 
em 3 partes) e uma coluna vertebral, 
por onde passa o tubo nervoso”.
Evolução dos Vertebrados
• O Endoesqueleto
– a capacidade de formar tecidos 
mineralizados é sua característica 
principal
– Evoluiu a partir de placas dérmicas
1. Esqueleto Axial
Crânio
– Surgimento junto com a simetria bilateral
– Mais antigo que a coluna vertebral
– Abriga diversos órgãos sensoriais
– Encéfalo complexo
Notocorda
– Resiste ao encurtamento do corpo na 
contração muscular
Vértebras
– Provê rigidez ao corpo
– Fornecem pontos de apoio para a 
musculatura
– Separadas por discos intervertebrais 
(remanescentes da notocorda)
Costelas
– Dão apoio à musculatura e rigidez à 
parede corpórea
2. Esqueleto Apendicular
– Muitas das mudanças nos esqueleto axial 
vem de alterações no esqueleto apendicular
– Apenas as nadadeiras pares se mantém na 
transição peixes - tetrápodas
Cintura Peitoral
– Membros dianteiros e ossos de apoio
– Pode ou não se articular com o esqueleto 
axial
Cintura Pélvica
– Membros posteriores comstumam ser o 
meio principal de propulsão
– Nos tetrápodos funde-se diretamente com 
as vértebras sacrais
Origem dos Tetrapodas 
Surgem no Devoniano (~400 Maa)
-pântanos de água doce
-invasão de plantas no ambiente terrestre, 
especialmente áreas alagadas ⇒ criação de 
microclimas
-comunidades aquáticas muito diversas
⇒ competição e predação
-recursos alimentares mais abundantes em terra ⇒
invertebrados
Desafios da vida fora d’água:
• Perda de água
-balanço osmótico diferente
-necessita conservar água
• Gravidade dificulta movimentos
-sem apoio da água
•Troca de gases diferenciada
-mais fácil ventilar no ar
-expor membranas ao ar seco = perda d’água
-como suportar os tecidos?
O crânio na classificação dos Amniotas
Origem dos Tetrapodas
• Evoluíram de peixes de nadadeiras ósseas 
lobadas, e não de peixes pulmonados 
– Cânio fortemente ossificado
– “Pescoço” (vértebras cervicais)
• Características evolutivas
1 - Focinho alongado nos tetrapodas (movimentos 
rápidos laterais para a predação);
2 - Separação da cintura escapular da base do 
crânio, ou seja, presença de um pescoço 
(predação) e aumento na massa muscular para 
sustentação do tronco;
3 - Ocupação definitiva da terra:
Coluna vertebral sustenta o tronco, transmitindo o 
peso para as cinturas escapular e pélvica e 
finalmente para as patas.
Disposição e forma das vértebras distribuem o 
peso ao longo da coluna. 
Caixa torácica suportam os órgãos internos 
quando o animal pousa sobre o solo.
4 - Manutenção das escamas nos tetrapodas para 
atuar contra a dessecação e auxiliar na 
osmorregulação.
Origem dos Tetrapodas
• Amniotas
– Apresentam 
membranas 
amnióticas
• Córion
• Âmnion
• Alantóide
– Funções
• Órgão respiratório
• Armazenamento de 
excretas
– Presente em Répteis e 
Mamíferos
• Anamniotas
– Ovos sem membranas 
amnióticas
– Menor proteção de 
perda de água
– Nos Tetrapoda, 
representados pelos 
“Anfíbios”
– Ordens
• Urodela
• Gymnophiona
• Anura
• A evolução dos ovos permitiu a conquista do 
ambiente terrestre
• Diversas vantagens adaptativas:
– Casca oferece proteção mecânica
– Albumina protege e serve de reserva de água e 
proteína
– Vitelo é um reservatório de energia
Perguntas de exame de Paleontologia
Perguntas de exame de Paleontologia
 
 
1- Braquiópodes, a sua importância.
 
Os braquiópodes são invertebrados marinhos, metazoários, 
celomados, deuterostómios, também com lofóforo. Alimentam-se, 
principalmente, de diatomáceas, radiolários, foraminíferos e, 
também, de argilas e areias tiveram. Estes tiveram um papel 
importante na Era Paleozóica no aspecto marinho e na Era 
Mesozóica são menos diversificados não tendo um papel 
importante.
No que respeita à morfologia, apresentam uma concha ou 
exosqueleto, constituído por 2 valvas de natureza carbonatada 
(CaCO3), embora as mais primitivas tenham fosfato de cálcio e 
quitina. A concha é constituída por uma valva peduncular e por 
outra braquial. As larvas são livres, mas os adultos têm vida fixa na 
maior parte das vezes suportada por um pedúnculo. Apresentam 
uma linha de comissura na linha de junção das 2 valvas, em que o 
plano de simetria da concha é vertical e perpendicular ao plano de 
comissura.
Possuem um órgão ciliado em espiral – lofóforo –, que provoca 
correntes de água para o interior da concha trazendo nutrientes. 
Este é suportado por uma estrutura esquelética denominada de 
braquidium. A zona da charneira, apresenta sulcos e dentes, para 
facilitar a abertura e fecho das valvas. Têm massa visceral e o 
corpo é constituído por lobos carnudos colados à superfície da 
concha, formando o manto.
Surgem no Câmbrico e vão-se expandindo até ao Devónico. No 
final do Carbonífero deu-se uma regressão, seguindo-se uma 
expansão tão acentuada como a anterior. Assistindo-se até à 
actualidade a uma regressão, devido à concorrência , como, por 
exemplo, com os lamelibrânquios.
Os braquiópodes dividem-se em dois grupos: 
 
Perguntas de exame de Paleontologia
Ø Articulata – possuem uma autêntica charneira que 
articula e une as valvas, e um esqueleto apofisiário mais ou 
menos desenvolvido. A sua concha é sempre calcária e 
esta descansa, geralmente, sobre uma das suas valvas 
(geralmente a ventral), mas em certos casos, o pedúnculo 
pode estar atrofiado e a concha pode encontrar-se “deitada” 
no fundo do mar, presa somente através de rígidos 
espinhos. Estes preferem geralmente águas quietas e 
claras.
 
Ø Inarticulata – não possuem dentes na charneira, pelo 
qual as valvas se encontram normalmente soltas no 
sedimento. Conhecem-se fósseis desde a base do 
Câmbrico, podendo então ser consideradas formas muito 
estáveis que evoluíram com o passar do tempo. De uma 
forma geral, estes vivem submersos verticalmente na areia, 
onde podem ocultar-se mediante a contracção do 
pedúnculo, que se fixa no fundo do orifício onde se aloja. 
Encontram-se localizados onde a água tenha menos de 18 
metros de profundidade. Muitos habitam estuários e baías, 
podendo até, suportar águas salobras.
 
Segundo Camacho (1966), os braquiópodes fósseis teriam vivido 
em ambientes litorais e somente a partir do Câmbrico Superior 
teriam começado a viver em outras profundidades. Sempre 
preferiram águas superficiais, cerca da linha de costa, ainda que 
alguns grupos ocupassem zonas mais profundas.
 
 
2- Defina Palinologia, sua importância e sua aplicação 
geológica. Dê exemplos.
 
A palavra Palinologia foi utilizada por Hyde e Williams em 1944 para 
designar o estudo morfológico dos grãos de pólen e esporos, suas 
aplicações e modo de dispersão. Hoje a Palinologia estuda matéria 
Perguntas de exame de Paleontologia
orgânica microscópica que persiste após a dissolução por HCl e HF 
dos componentes inorgânicos de uma rocha. O material que resta, 
exceptuando-se minerais neoformados durante o processo de 
dissolução, compreende os chamados palinomorfos.
Os palinomorfos são constituídos por:
 
§ Esporomorfos: grãos de pólen e esporos debriófitas, 
pteridófitas, gimnospérmicas, angiospérmicas e fungos;
§ Fitoplancton : dinoflagelados, acritarcas, fitoclastos, etc.
§ Zoomorfos: escolecodontes, quitinozoários e até alguns 
restos quitinosos de foraminíferos.
 
3- Graptólitos, características e importância 
estratigráfica. Dê exemplos.
 
Os Graptólitos pertencem ao Filo Hemichordata, mais propriamente 
à classe Graptholina. A palavra graptólito significa, literalmente, 
“pedra escrita”. Constituem colónias flutuantes e arborescentes, 
normalmente pelágicas, apresentam flutuador, mas também podem 
ser bentónicos. Os vários indivíduos habitam uma estrutura 
esquelética – teca -, com uma composição semelhante à quitina; 
podem acumular matéria orgânica, em quantidades suficientes para 
lhes conferir um aspecto carbonoso.
São um grupo exclusivamente fóssil que existiu desde o Câmbrico 
Superior até ao Carbonífero. Possuem grande importância 
estratigráfica, permitindo datações rigorosas entre o Ordovícico e o 
início do Devónico Inferior (biozonação fina), mas é no Ordovícico 
que ocorrem os fósseis estratigráficos mais importantes.
Esta classe divide-se em duas ordens:
 
• Dendroidea – que se caracteriza por formas arborescentes 
e geralmente são organismos sésseis que estão fixos ao 
substrato pela extremidade (planctónicos); sendo alguns 
organismos bentónicos, ou seja, que flutuam perto da 
superfície. Existiram desde o Câmbrico até ao fim do Devónico.
Perguntas de exame de Paleontologia
 
• Graptoloidea – os organismos pertencentes a esta ordem, 
são constituídos por uma ou mais estipes. Daí que possam ser 
divididos em:
 
- Monograptídeos – uma só fiada de tecas e existiram no Silúrico
 
- Digraptídeos – duas fiadas de tecas e existiram no Ordovícico
 
- Didimograptos
 
 
4- Origem dos Mamíferos.
 
No início do Mesozóico, prosseguia a evolução dos Sauropsideos e 
dos Teropsídeos. Destes últimos derivaram os répteis mamalianos e 
os seus descendentes, os mamíferos. Os primeiros répteis 
mamalianos, surgiram no Pérmico Inferior e começaram a ser 
frequentes no Pérmico Superior, no antigo Continente de 
Gondwana. Apesar das extinções que ocorreram no final do 
Pérmico, sobreviveram alguns animais, que sofreram evoluções 
(aquisição de pêlos e consequente controlo da temperatura) e que 
vão originar os primeiros mamíferos.
No Triásico, foi consumada a diferenciação dos mamíferos a partir 
dos répteis mamalianos, e essa transição foi marcada 
principalmente pela alteração da articulação da maxila e pela 
redução do número de ossos que constitui a maxila inferior (apenas 
1 nos mamíferos). Teve igualmente aumento do tamanho do crânio 
que permitiu o aumento do encéfalo, assim como outras 
modificações a nível anatómico e do Sistema Nervoso Central, que 
permitiu responder às novas necessidades.
A aquisição de homeotermia (sangue quente), não como uma 
consequência dos pêlos serem mais condutores de calor, mas 
corresponderem a uma melhoria do isolamento térmico, que 
possibilitou a vida muito mais independente da temperatura exterior. 
Perguntas de exame de Paleontologia
Deste modo, os mamíferos puderam-se adaptar a todos os meios 
climáticos, tendo no entanto, pequenas dimensões e pouca 
relevância como grupo durante o Mesozóico, enquanto dominavam 
os Dinossauros.
Com as alterações climáticas do Cretácico Superior, extinguiram-
se muitas espécies, sobrevivendo as mais aptas, tendo os 
Dinossauros desaparecido. E três clados dos mamíferos 
conseguiram ultrapassar as dificuldades, foram eles: os Equidenos, 
os Marsupiais e os Eutérios (placentários).
Os Equidenos, são mamíferos primitivos que põem ovos e as crias 
crescem numa bolsa materna, exemplo, Papa-formigas espinhoso. 
Os Marsupiais, têm um parto prematuro e a última fase do 
desenvolvimento embrionário é exterior, mais propriamente na bolsa 
materna. E por fim, os Eutérios ou Placentários, nascem num 
avançado estado de desenvolvimento e são alimentados pela 
placenta, enquanto estão no ventre materno.
No Cenozóico, os mamíferos livres de concorrência dos 
dinossauros, evoluíram gradualmente, conquistando todos os 
meios. Os marsupiais povoaram a Austrália, praticamente sem 
ocorrência dos placentários. Os cetáceos e alguns carnívoros 
conquistaram os mares.
 
 
5- Foraminíferos, o que são, principais características, 
sua importância.
 
Os foraminíferos são protozoários, unicelulares, predominantemente 
marinhos e tamanho entre 0,01-190 cm. Segregam uma carapaça 
constituída por uma ou várias câmaras que comunicam entre si, 
onde está alojada a massa protoplasmática. A carapaça é 
geralmente de natureza carbonatada, podendo em alguns casos ser 
quitinosa ou formada por aglutinação de grãos de quartzo, ou restos 
esqueléticos de organismos como espiculas de esponjas e 
fragmentos de conchas. Pode apresentar uma ou várias aberturas 
ou inúmeras perfurações. Podem ser bentónicos, isto é, vivem junto 
Perguntas de exame de Paleontologia
ao substrato ou planctónicos, isto é, flutuam nas águas oceânicas. 
Estes alimentam-se de fitoplacton (diatomáceas e dinoflagelados) 
ou de zooplâncton (ostracodos, gastrópodes e radiolários). Por sua 
vez são alimento para uma grande variedade de animais (peixes, 
caranguejos, camarões, etc.)
Existem foraminíferos apenas constituídos por uma só câmara, no 
entanto quando são várias podem estar organizadas em séries 
rectilíneas ou ligeiramente curvas. Quanto ao número de séries, 
temos a seguinte nomenclatura:
 
- Uniseriado (uma série)
- Bisseriado (duas séries)
- Trisseriado (três séries)
 
A carapaça dos Foraminíferos, objecto dos mais específicos 
estudos, é composta por uma ou mais câmaras. As câmaras estão 
separadas pelos septos, que por fora são vistos como suturas. O 
orifício principal por onde passa o protoplasma é a abertura.
A arquitectura das carapaças pode ser organizada através da 
posição das câmaras:
 
§ Carapaça unilocular
§ Carapaça multilocular
 
A composição química e construção das paredes da carapaça é 
também muito variável entretanto foram exaustivamente estudadas, 
e portanto definidas como:
 
§ Paredes aglutinantes
 
§ Paredes calcárias hialinas
 
§ Paredes calcárias porcelânicas
 
§ Paredes calcárias microgranulares
 
Perguntas de exame de Paleontologia
§ Paredes quitinosas
 
Os foraminíferos hialinos, são constituídos por lamelas de CaCO3 
em camadas muito finas e eixos ópticos alinhados – Translúcidos. 
Existem outros tipos de constituição da carapaça – várias camadas 
de calcite em que os eixos ópticos não estão alinhados – 
porcelanosas; - grãos microscópicos de calcite – 
microgranulares. Os foraminíferos porcelanoides têm um 
enrolamento característico em que as câmaras aparecem com um 
determinado ângulo entre elas.
O enrolamento pode ser:
 
- Planispirado (evoluto ou involuto)
 
- Trocospiralado (lado espiral ou lado umbilical)
 
Temos também a seguinte nomenclatura:
 
- Biloculinoide – 2 por volta
 
- Triloculinoide – 3 por volta
 
- Quinqueloculinoide – 5 por volta (miliolídeos)
 
Os foraminíferos bentónicos, não apresentam tantas perfurações e 
só uma estrutura principal. Esta pode estar colocada em outra 
estrutura – pescoço, e pode apresentar extensões secundárias de 
calcite a tapar – dentes.
Em termos das grandes divisões:
 
Ø Sub-ordem Textularina
 
Ø Sub-ordem Miliolina
 
Ø Sub-ordem Rotalina (conchas hialinas)
Perguntas de exame de Paleontologia
 
Ø Sub-ordem Globigerinina (foraminíferos planctónicos)
 
Estes organismos são conhecidos desde o Paleozóico até à 
actualidade, apresentam uma maior abundância para os tempos 
mais recentes. Os foraminíferos aglutinados, são os mais antigos. 
Os microgranulares remontam ao Paleozóico Superior 
(Carbonífero e Pérmico), jáos hialinos (mesozóico, mas mais 
abundantes na actualidade). Quanto ao porcelanoides existem 
desde o Paleozóico Superior até à actualidade e por fim os 
planctónicos vêm desde o Jurássico e mantêm-se até à 
actualidade, mas passando por períodos de extinção.
O estudo dos foraminíferos fósseis permite determinar a idade 
relativa dos sedimentos estimando a profundidade, temperatura e 
salinidade das águas dos mares.
 
 
6- Origem das Aves.
 
Os Dinossauros, que não são um verdadeiro grupo, pois reúne 
animais com uma estrutura diferenciada dividem-se, 
essencialmente, em dois grupos que diferem pelas características 
da bacia:
 
Ø Saurisquianos, cuja bacia é semelhante à dos 
répteis.
 
Ø Ornitisquianos, cuja bacia é semelhante à das aves.
 
Ao contrário do que se poderia pensar, as Aves descendem dos 
Saurisquianos, durante o Triásico. Porém, não se tratam de aves 
propriamente ditas, mas de répteis protoavianos. Alguns com 
penas, já representados no Triásico Médio. Portanto, já havia 
percursores muito antes do célebre Archeopteryx, do Jurássico 
Superior, considerado como forma intermédia.
Perguntas de exame de Paleontologia
Nas aves, houve modificações anatómicas em respeito às 
necessidades acrescidas da natureza, respiratória, alimentar, bem 
como a nível dos órgãos sensoriais e da manutenção da 
temperatura constante (homeotermia), o que permitiu uma melhor 
adaptação aos diferentes climas.
 
7- Trilobites, características e posição sistemática
 
As Trilobites são artrópodes marinhos extintos que viveram na Era 
Paleozóica e possuíram tamanhos muito variados. Pertencem ao 
Filo Trilobitomorpha. As Trilobites são fósseis característicos do 
Paleozóico, que por esta razão é hoje conhecida como a Era das 
Trilobites. Elas apareceram no Câmbrico Inferior e extinguiram-se 
no Pérmico Médio, sendo o Ordovícico Inferior o período do seu 
apogeu.
Como todos os artrópodes, possui o corpo formado por um 
exosqueleto quitinoso acrescido por mineralizações de fosfato e 
carbonato formando uma carapaça dorsal e segmentada, dividida 
em regiões.
O corpo das Trilobites era formado por três partes distintas: o 
cefalão, o tórax e o pigídio:
 
a) Cefalão: possui forma semicircular, com a parte mediana 
volumosa (glabela) e as laterais deprimidas que podem 
terminar em um par de espinhos dirigidos para trás. Dos dois 
lados da glabela ocorrem áreas chamadas de faces que 
posteriormente são divididas por duas linhas designadas 
suturas faciais, estas de maior importância para o estudo deste 
grupo fóssil, pois é ao longo delas que se dá a muda quando 
então se soltam as faces livres que serão substituídas por 
outras.
 
Os três principais tipos de suturas:
 
- Sutura opistopárica: o sector posterior da sutura, corta o 
bordo posterior do céfalo;
Perguntas de exame de Paleontologia
 
- Sutura propárica: o sector posterior sofre um dobramento e 
corta o bordo lateral do céfalo;
- Sutura gonatopárica: o sector posterior inflexiona indo cortar 
o ângulo genal.
 
Os olhos das Trilobites eram compostos e variavam muito de 
tamanho, de posição e de estrutura. Sabe-se entretanto que 
vários géneros não possuíam olhos.
 
b) Tórax: é formado por um número variável de segmentos 
curtos e largos que se articulam entre si, recobrindo-se 
parcialmente e dando ao corpo das Trilobites uma grande 
mobilidade, permitindo mesmo, que estas se enrolassem em 
forma de bola, encaixando o pigídio debaixo do bordo anterior 
do escudo cefálico.
 
c) Pigídio: forma o extremo posterior do corpo das trilobites, 
possuindo uma forma triangular ou semicircular e consta de 
vários segmentos soldados a um escudo dorsal.
 
Nos mares do Paleozóico, as Trilobites deviam viver como os 
nossos crustáceos. Ocuparam quase todos os biótopos marinhos, 
encontrando-se formas bentónicas, pelágicas e planctónicas, que 
viviam em variáveis profundidades e as suas larvas eram 
planctónica.
 
8- Agnatas, características gerais, formas de 
fósseis vivos
 
Os Agntas são peixes que não possuem mandíbulas verdadeiras, 
dotados de carapaça mais ou menos desenvolvida. As formas 
paleozóicas têm exosqueleto ósseo na parte anterior do corpo 
(“Ostracodermes”). E vêm desde o Câmbrico Superior, até à 
actualidade.
Perguntas de exame de Paleontologia
Os únicos representantes actuais, são todos parasitas, e fazem-se 
representar pelas lampreias e pelas mixinas, estas últimas 
desconhecidas no registo fóssil. Ambas desprovidas de ossificação 
(esqueleto cartilagíneo). Nas lampreias, não existe diferenciação de 
mandíbulas, têm a boca em forma de ventosa. Os agnatas 
assumem um papel importante até ao Devónico. Estes dividem-se 
em:
 
Cefalospidomorfos – com vários pares de orifícios branquiais, 
alguns já com esboço de barbatanas pares.
 
Petrospidomorfos – com um par de fendas branquiais (inclui as 
mixinas).
 
9- Ostracodos, o que são, características principais e 
seu interesse.
 
Os Ostracodos são crustáceos de corpo não segmentado, providos 
de antenas e patas, vivem no interior de uma concha bivalve, 
calcificada e articulada por uma charneira. A ornamentação da sua 
carapaça é muito importante para a sua classificação, e varia 
conforme o habitat. São organismos aquáticos, desde águas doces 
a diversos meios marinhos. O estudo dos Ostracodos tem muito 
interesse em Paleoecologia, Paleostratigrafia, Paleogeografia e 
exploração de petróleo. Tem um certo interesse cronostratigráfico, 
uma vez que existem rochas compostas quase totalmente por 
Ostracodos, às vezes de uma só espécie. Vêm desde o Ordovícico 
até à actualidade.
 
 
10- Origem dos Tetrápodes (anfíbios)
 
Os Crossopterígios são gnatostomos de grande importância 
paleogenética representados no Devónico e pressistindo graças a 
um “fóssil vivo”. 
Perguntas de exame de Paleontologia
Alguns Crossospterígios, além de terem membros com ossos em 
série, seriados, como os tetrápodes, experimentaram evoluções em 
vários domínios. Estes animais possuíam membros pares 
posteriores e anteriores, característica que iria conduzir à adaptação 
ao meio terrestre. Esta consequência, implicou um reforço da 
musculatura e do esqueleto, que exigia maior consumo de energia. 
Daí que tenha havido também necessidade de reforçar o aparelho 
respiratório (respiração pulmonar) e da alimentação 
(aperfeiçoamento dos dentes das maxilas). Todas estas alterações 
e a necessidade de maior coordenação provocaram a evolução do 
Sistema Nervoso Central.
Os Crossopterígeos sofreram também modificações no que diz 
respeito à estrutura craniana. Foi através de todas estas 
modificações que surgiram os primeiros tetrápodes que seriam os 
anfíbios.
 
11- Anfíbios – Estegocéfalos: origem e 
importância.
 
Os Anfíbios são tetrápodes com estádios larvares aquáticos, com 
respiração branquial. Ao longo do seu crescimento sofreram 
diversas metamorfoses, mas no estado adulto têm respiração 
pulmonar. Os Anfíbios estão adaptados à vida terrestre, mas, visto a 
possuírem pele nua, insuficientemente protegida contra a 
dessacação, são muito dependentes da água.
Os Estegócefalos, anfíbios primitivos, são os primeiros tetrápodes 
e têm origem nos peixes (Crossopterígios), durante o Devónico.
Com a evolução dos membros anteriores desses peixes, parte das 
barbatanas dorsais que eram pregas de pele com ossatura 
cartilagínea vai-se modificando até à formação dos dedos dos 
anfíbios (Devónico). O primeiro anfíbio, Ichthyostega (Devónico 
Superior), é o tetrápode mais antigo e demonstra adaptação à vida 
na Terra, por possuir os ossos do tórax reforçados e a cabeça e a 
linha dos ombros claramente separadas, ao contrário do que nos 
Crossopterígios que estão juntas. Por outro lado, a existência de 
Perguntas de exame de Paleontologia
ossos operculares, mas atrofiados,que serviam para a respiração e 
de barbatana caudal sustentada por uma série de ossos, evidência 
o parentesco com os Crossopterígios. Estes anfíbios também são 
caracterizados por um revestimento de ossos dérmicos da cabeça. 
O Ichthyostega, tem grande interesse paleogenético, visto que, 
como já foi referido apresenta reminiscência da autonomia dos 
Crossopterígios, sendo um exemplo de forma intermédia.
Assim os Estegocéfalos, abundam até ao Triásico, dando origem a 
anfíbios do tipo moderno. Estes extinguiram-se no Jurássico 
Inferior.
Em Portugal, foram encontrados exemplares de Estegocéfalos em 
Silves (a grés de Silves do Triásico), com interesse estratigráfico 
pelas unidades do Paleozóico.
 
12- Evolução do Homem.
 
Os primeiros hominídeos descendentes dos primatas mais 
evolucionados são os Australopithecus (Pliocénico-Plistocénico), 
contudo os vestígios mais antigos de mandíbulas de hominídeos 
pertencem ao Ardipithecus ramideros, antepassado mais antigo dos 
Autralopithecus (+/- 4 Ma).
O género Australopithecus, possui seis espécies, que terão 
aparecido entre os 3-4 Ma, em África, com os crânios com 
capacidade entre os 600 e os 700 cm3, com formas muito diferentes 
onde há uma crista na parte superior. Esta crista é interpretada 
como sendo um suporte dos músculos; as arcadas supraciliares são 
muito espessas, tal como nos macacos. Por outro lado, a parte 
traseira do crânio apresenta uma saliência e a boca é bastante 
saliente. Os crânios variam no tamanho e é o tipo de dentes que 
distingue os seguintes grupos: os Robustos e o Frágeis. 
Posteriormente, aparecem os primeiros vestígios do genro Homo, 
com mandíbulas e crânio com 700 cm3 de capacidade e 1,30 m de 
altura (2-2,5 Ma).
Entre os 4-2,5 Ma temos os Australopithecus e entre os 2-2,5 Ma 
temos as formas mais antigas do género Homo. No Homo, temos 
Perguntas de exame de Paleontologia
ausência de diastema e dentição do tipo humana (H. rudoffensis e 
H. habilis (África)). O Homo habilis, já tinha capacidade de produzir 
alguns elementos líticos –“Pebble Culture”. Posteriormente, 
aparecem umas formas que se encaixam no H. erectus, mais 
especializados. Contudo, existem alguns autores que as classificam 
como H. ergaster (erectus mais primitivo), entre os 2-1,5 Ma. Mais 
tarde, o Homo erectus, já com locomoção bípede e formas mais 
semelhantes às actuais, terá iniciado a migração para a Ásia. É ele 
que vai dominar o fogo e apresentar um modo de vida semi-
sedentário, mostrando mesmo uma organização tribal. Ao H. 
erectus, aparecem associados, instrumentos líticos – bifaces, 
correspondentes à Indústria Acheulense. Entre 1-0,5 Ma, deu-se a 
migração do H.erectus para a Ásia. Deste vão partir duas linhas 
evolutivas, a que deu origem ao H. neanderthalensis e a outra ao 
H.sapiens, com o H.heldebergensis como forma intermédia (200-
150 mil anos).
O H. erectus apresenta diferenças ao nível das arcadas 
supraciliares e não tem queixo ao passo que o H. sapiens tem a 
face mais direita, o crânio é mais arrendondado, denunciando maior 
capacidade e apresenta um queixo em bico.
Os esqueletos do H. sapiens típico só apareceram à 40 mil anos. O 
H. neanderthalensis extingue-se entre os 30-40 mil anos. Este 
estava bastante adaptado a climas frios, dai que se tenham extinto 
devido ao H. sapiens possuir melhores adaptações, ou ainda devido 
a este se ter cruzado com outra espécie, originado uma nova. A 
Indústria Mustierense, uma das mais evoluídas aparece associada 
aos Neandertais. O H. sapiens mais primitivo, é também designado 
por Cromagnon e aparece associado a pintura rupestres, 
mostrando um domínio da técnica, grande criatividade e rituais 
fúnebres. 
 
 
13- Evolução dos Equídeos
 
O antepassado do cavalo actual data, já, do Eocénico – 
Perguntas de exame de Paleontologia
Hyracotherium, apresentava o tamanho de um cão, com três dedos 
nas patas posteriores e 4 nas anteriores. Alimentava-se de folhas 
tenras e frutos, como se pode deduzir os seus dentes eram de 
coroa baixa e sem cimento.
No Oligocénico, surge o Mesohippus, do tamanho de um carneiro 
ou de um cão grande, com 3 dedos nas patas, dos quais apenas o 
do meio tocava no solo.
No Miocénico, surgem várias linhas entre elas o Merychippus, que 
parece fazer parte da linha que conduz ao cavalo actual. Possui 3 
dedos nas patas estando os laterais mais atrofiados que no caso 
anterior, e apresenta alteração no tipo de dentição, mais adaptada à 
pastagem nos prados. No final do Miocénico Superior surge o 
Hypparion, com um aspecto semelhante ao do cavalo actual, que 
migrou muito mas acabou por se extinguir.
No Pliocénico, aparece o Pliohippus, já só com um dedo funcional, 
estando os outros reduzidos a estiletes ósseos e com uma dentição 
mais modificada.
No Plistocénico (Quaternário), surge o cavalo actual Eqqus, que 
possui um dedo nas extremidades, apresenta um aumento geral do 
tamanho, com alongamento progressivo do pescoço, 
desenvolvimento dos dentes, que eram constituídos por uma coroa 
bastante alta, de grandes dimensões, especializada na trituração de 
ervas.
 
 
14- Evolução do Amniotas (Répteis)
 
Os Répteis são tetrápodes terrestres que evoluíram dos Anfíbios. 
Contudo diferem destes pela estrutura do encéfalo, de certos 
órgãos sensoriais, do coração, do rim e das gónadas. Além disso, a 
principal diferença, é o facto de possuírem um ovo amniótico. Este 
ovo amniótico com casca, faz com que não exista uma fase larvar 
de vida aquática, preservando-a de predação de organismos 
aquáticos. A casca veio permitir uma ambiente favorável ao 
desenvolvimento do embrião sem estar dependente da água. O 
Perguntas de exame de Paleontologia
embrião alimenta-se do saco vitelino e a membrana alantoíde evita 
a dessecação Em virtude da sua total independência da água, 
ocorre um reforço do esqueleto e da musculatura, ocorrendo 
metabolismos mais activos. Manifestam tendência para a 
homeotermia devido à sua grande dimensão. Além destes factores, 
nos répteis a pele é seca e coberta de escamas epidérmicas 
córneas, enquanto que nos anfíbios é húmida e nua. O crânio é 
geralmente leve, mais estreito e mais alto que os dos anfíbios e 
também apresentam dentes pequenos e mandíbulas mais robustas.
Os primeiros anfíbios possuíam sulcos sensoriais em certos ossos. 
Considera-se os primeiros répteis verdadeiros animais muito 
pequenos do Carbonífero Superior, com hábitos terrestres, 
membros muito desenvolvidos e tronco curto. O réptil mais antigo 
conhecido é o Hylonomus. As espécies fósseis dos répteis foram 
classificadas baseadas em estudos da anatomia da estrutura dos 
crânios, em especial da região temporal, por cima e atrás das 
órbitas. Portanto podemos classificar os répteis de crânios 
Anápsido, Euriápsido, Sinápsido e Diápsido.
 
Répteis de crânio Anápsido: tinham um crânio definido pela falta 
de fossas temporais e portanto, adquiria uma aparência sólida. 
Considerados os répteis mais primitivos, viveram desde o 
Carbonífero Superior até ao Pérmico Superior.
 
Répteis de crânio Euriápsido: importante linha de répteis 
caracterizada pela presença de uma só fossa temporal, mas em 
posição alta, diferente da dos sinápsideos. São conhecidos desde o 
Triásico, quando se adaptaram à vida aquática.
 
Répteis de crânio Sinápsido: foi a primeira linha dos répteis a 
diferenciar-se dos anapsideos primitivos, caracterizados por só 
possuírem uma só fossa temporal pós-orbital em posição baixa. 
Apareceram no Carbonífero Superior e os mais primitivos (os 
Pelicossauros), foram abundantes principalmente no Pérmico 
Inferior.
 
Perguntas de exame de Paleontologia
Répteis de crânio Diápsido: possuem de cada lado do crânio duas 
fossas temporais, a inferior, em posição semelhante aos 
sinapsideos, e a superior, à dos euriapsideos.
 
Répteis de crânio Parápsido: linha de répteisque possuíram a 
fossa temporal afastada do contacto entre os dois ossos, 
relacionando-se com o supratemporal e o pósfrontal. Viveram no 
Triásico Médio até ao Cretácico e foram répteis adaptados à vida 
no mar, com corpo pisciforme, semelhante ao dos golfinhos.
 
15- Micropaleontologia, interesse, principais 
domínios, aplicações.
 
A Micropaleontologia é uma especialização dentro da Paleontologia 
Geral, guardando estreitas relações com as ciências geológicas, 
especialmente com a Sedimentologia e por outro lado com a 
Biologia Geral. A grande maioria dos microfósseis é marinha, 
protozoários (organismos unicelulares), oriundo de plantas ou 
animais. No entanto, outros são multicelulares ou partes 
microscópicas de seres macroscópicos.
A reunião de grande variedade de organismos, tornou a 
micropaleontologia, uma ciência fundamentalmente prática e de 
grande utilidade.
A grande quantidade de microfósseis, o seu tamanho diminuto, a 
abundante ocorrência em quase todas as idades, desde o Pré-
Câmbrico aos tempos actuais, a ampla distribuição geográfica e 
batimétrica e a óptima preservação, permitem que numa pequena 
amostra de sedimento, encontremos informações suficientes para 
as mais minuciosas análises e precisas interpretações.
Como exemplos de microfósseis temos:
 
- Conodontes;
 
- Diatomáceas
 
Perguntas de exame de Paleontologia
- Foraminíferos
 
- Ostracodos
 
- Radiolários
 
- etc.
 
 
16- Conodontes, o que são e qual o seu interesse.
 
Os Conodontes são animais de corpo mole, medindo 1 a 5 mm de 
comprimento, que pertencem aos cordados. Até à pouco tempo, o 
grupo só era conhecido por peças e apesar de serem encontrados 
com excelente preservação eram considerados fósseis 
problemáticos.
A grande maioria dos Conodontes apresenta uma composição 
química de Fosfato de Cálcio sob a forma de Apatite, o que lhe 
confere uma aparência com coloração amarela ou avermelhada, 
brilhante ou opaca. 
Os Conodontes possuem estrutura lamelar e o seu crescimento se 
dá através da oposição de lamelas a partir da parte inferior da peça 
que apresenta uma escavação chamada cavidade basal.
Estes cordados são conhecidos desde o Câmbrico até ao Cretácico 
onde, já bastante raros, se extinguiram completamente.
A sua importância estratigráfica é dada pela grande diversidade de 
formas e abundância, principalmente durante o Silúrico ao 
Carbonífero Inferior. São bastante estudados no Triásico quando se 
tornaram abundantes e apresentaram caracteres diferentes das 
formas Paleozóicas. Os Conodontes ocorrem em qualquer rocha de 
origem marinha.
 
 
17- Principais episódios de extinção.
 
Perguntas de exame de Paleontologia
Uma extinção em massa é caracterizada por: cerca de 30% dos 
animais se extinguirem; as espécies extintas ocupam vários nichos 
ecológicos; ocorre num intervalo de tempo, estando relacionada 
com um tipo ou vários tipo de causas.
 
Existem 4 grandes extinções:
 
A do Ordovícico Superior, em que cerca de 20% das famílias e 
50% das espécies desaparecem ou são reformadas; a do Final do 
Devónico; a do final do Paleozóico (Pérmico-Triásico), sendo esta 
a maior já que 50% das espécies desapareceram e a do final do 
Cretácico, com a extinção dos Dinossauros.
Para esta última extinção existem várias teorias que a tentam 
explicar, sendo as mais conhecidas seguintes:
 
Hipótese Catastrófica, que defende que esta extinção deveu-se à 
queda de um meteorito há 67 Ma. Para corroborar esta hipótese, no 
Golfo do México, ocorre a cratera Chicxulub, na Península de 
Yacaton, que apresenta uma série de depósitos que foram partidos 
por tsunamis, provocados pela queda de um meteorito. Além disso, 
na sucessão depósitos encontramos eridium, muito raro na Terra, 
mas muito frequente nos meteoritos, daí que seja tomado com 
evidência de um impacto.
 
Outra das hipóteses, baseia-se no vulcanismo intenso da altura, 
propiciando a emissão de gases que poderiam ter modificado o 
clima e diminuído a luminosidade.
 
 
18- O que entende por incarbonização?
 
Incarbonização é um processo de fossilização que ocorre em 
ambientes lacustres e bacias de sedimentação, sem oxigénio e 
verifica-se principalmente me vegetais. Consiste na perca de certos 
elementos constituintes da matéria orgânica (azoto, oxigénio), 
Perguntas de exame de Paleontologia
resultando um resíduo com grande percentagem de carbono que 
originará as jazidas de carvão.
 
19- Primatas.
 
Os Primatas distinguem-se dos Mamíferos porque geralmente 
vivem nas árvores, isto é são arborícolas. Apresentam uma 
articulação móvel no ombro. O seu cérebro é mais desenvolvido 
que o dos outros mamíferos. Considerando o corpo e o crânio, são 
muito diferentes, na medida em que tratam de modo diferente os 
bebés e normalmente só têm uma cria de cada vez ou por vezes 
gémeos. A estrutura do crânio é diferente, nomeadamente, na parte 
dos órgãos da visão. A estrutura óssea do ouvido , também é 
diferente dos outros mamíferos.
Em termos da origem:
 
Conhecido um dente, que corresponde a um primata, que se 
designou Pormatório(o facto de o dente aparecer na América, não 
significa que seja oriundo de lá) e ocorre na América do Norte, no 
Cretácico Superior (a origem dos primatas, pode remontar a esta 
altura).
A sua evolução passou por espécies semelhantes a esquilos, 
lémures – Lemuriformes. Estes constituem uma ordem, que está 
subdividida em subordens: 
 
- Lemuriforme ou Procinios
 
- Simiiforme ou Antropoides (macacos, chimpanzés) – origem 
Africana durante o Oligocénico.
 
Há outro conjunto, que são os Tarçios, que pertencem aos 
Simiiformes mas mais primitivos, são macacos com olhos grandes, 
abundantes no Oligocénico e actualmente só se encontram no 
Sudeste asiático. Os Simiiformes podem dividir-se em dois grupos:
 
Perguntas de exame de Paleontologia
- Catarrineos
 
- Platirrineos
 
Eles coexistem em África no Oligocénico, mas na transição deste 
para o Eocénico, há separação e os Platirrineos desenvolvem-se 
na América do Sul.
 
Em termos de características, os Platirrineos, são caracterizados 
por ter nariz comprido. Apresentam 3 pré-molares, enquanto que os 
Catarrineos têm 2 pré-molares, cauda desenvolvida, locomoção 
quadrúpede e apresentam um nariz pequeno. Os Platirrineos, 
posteriormente desapareceram na América do Sul.
Os Catarrineos, vão dar origem a um grupo que são os 
Cinomorfos, que podem ter a designação de Cercopithecoidea 
(são os macacos do velho mundo euroasiático), contrastando com 
os Platirrineos – Ceboidea, que evoluíram na América do Sul (e que 
são os macacos do novo mundo).
Depois destes, temos mais grupos dentro dos macacos do velho 
mundo:
 
- Cinomorfos;
 
- Orangotangos;
 
- Gibões;
 
- Chimpanzés e Gorilas;
 
- Grupo de animais que vai dar origem aos Hominídeos, que 
evoluíram para o Homem.
 
Tiveram evolução em África e também tiveram um antepassado 
comum a todos eles (macacos do velho mundo) – Procansul. Os 
primeiros a divergir, são os gibões (20 Ma), depois os orangotangos 
Perguntas de exame de Paleontologia
(15,5 Ma - já no Miocénico). Posteriormente separaram-se os 
gorilas e os chimpanzés (9 Ma) – Panídeos (do género Pan). E por 
fim os Hominídeos, que vão dar origem ao Homem. E por volta dos 
5 a 7 Ma que se dá a evolução/separação de Pan para Hominídeos. 
Esta evolução, deu-se essencialmente pela aquisição de bipedismo.
 
 
 
20- Amonites, caracterização, repartição 
geográfica e cronológica.
 
As Amonites pertencem ao Filo Mollusca, mais propriamente à 
Subclasse Amonoidea. Possuem uma concha semelhante à dos 
nautilóides, planispiral e compartimentada por tabiques convexos 
para a abertura da concha – anficélicos, podem ter peças 
normalmente uma ou duas, que fechem a abertura da concha – 
apertículos.
A intersecçãodos tabiques internos com a superfície da concha 
define, como subclasse anterior, as linhas de sutura. Quanto aos 
tipos de sutura denomina-se por Amonite, que dá nome à 
subordem. 
Estes organismos vão-se desenvolver e diversificar no Cretácico, 
mas não ultrapassam o limite Cretácico/Terciário.
São muito importantes cronostratigráficamente, constituindo o 
melhor grupo de fósseis estratigráficos durante o Cretácico 
(biozonação).
No decorrer do Cretácico, apesar de ocorrer grande diversidade de 
amonites, já se observavam fenómenos degenerativos, com, por 
exemplo, um enrolamento anómalo da concha (semelhante aos 
gastrópodes), ou mesmo desenrolamento, o que anunciava a sua 
extinção.
 
21- O que entende por Icnologia.
 
Icnologia é o estudo dos traços de planta e animais. Implícito nesta 
Perguntas de exame de Paleontologia
definição está o facto de que os traços feitos por plantas e por 
animais reflectem alguns aspectos do seu comportamento. A 
icnologia pode ser dividida em duas grandes subdivisões: 
Paleoicnologia (estudo dos traços antigos) e a Neoicnologia (estudo 
dos traços modernos). A maioria dos icnologistas estão envolvidos 
na paleoicnologia, mas um número considerável estuda também a 
neoicnologia, para a comparação de equivalentes modernos (e os 
seus fabricantes de traços) com os traços antigos. Tecnicamente 
falando, os biólogos que estudam a vida selvagem ou ecologistas 
que estudam os traçados (identificação do animal e o seu 
comportamento baseado nos seus traços e fezes) são considerados 
neoicnologistas, embora provavelmente não reconheçam tal 
designação.
 
22- Cefalópodes.
 
Os Cefalópodes são o grupo mais importante do ponto de vista 
estratigráfico.
São os moluscos de organização mais complexa: têm simetria 
bilateral, possuem a cabeça bem diferenciada composta por uma 
coroa de tentáculos e a boca dotada de um par de mandíbulas 
quitinosas e uma rádula. Respiram por brânquias e deslocam-se 
graças à expulsão rápida da água através de uma diferenciação 
ventral do manto. O sistema nervoso é altamente desenvolvido, o 
cérebro é grande para invertebrados, o que faz com que os 
cefalópodes sejam considerados os moluscos mais evoluídos 
existentes.
Os Cefalódes têm uma concha calcária, externa ou interna. Ambas 
se encontram divididas em câmaras e esta por septos. Estes 
classificam-se segundo a estrutura da sua concha. Conhecem-se, 
então três subclasses: Nautiloidea, Coleoidea e Ammonoidea.
As conchas fossilizam muito bem, mesmo só quando encontramos 
moldes. Geralmente as conchas, depois do animal morto, flutuam 
na água durante muito tempo, sendo arrastadas pelas correntes 
marinhas, de onde se segue uma ampla distribuição geográfica post 
mortem dos seus fósseis, circunstâncias muito favoráveis para 
Perguntas de exame de Paleontologia
poder utilizá-los em problemas de sincronização estratigráfica.
Todos os cefalópodes actuais são marinhos, e não se conhece 
casos fósseis associados a qualquer outro ambiente, ainda que 
possuam hábitos muito variados. Habitam, preferencialmente, em 
mares superficiais.
 
 
Universidades Nova de Lisboa 
Faculdade de Ciências e Tecnologia 
 
 
Exame de Recurso de Paleontologia 
 
19 de Julho de 2003 
 
 
 
1- Icnologia: O que é? Dê exemplos de icnofósseis e retira o seu interesse 
para o conhecimento geológico. 
 
 
2- Caracterize as faunas mais antigas de metazoários fósseis (retira jazidas 
e elementos caracteristicos dessas associações). A que idade geológica 
correspondem? 
 
3- Peixes: principais grupos, caracteristicas e respectiva distribuição 
estratigráfica. Indique aspectos evolutivos particulares dos dipnóicos e dos 
ripidistios. 
 
4- Evolução do cavalo (principais modificações ocorridas, grupos e géneros, 
biogeografia). 
 
5- a) As grandes etapas da evolução da vida ao longo do tempo geológico. 
 
b) Extinções em massa (carateristicas comuns, padrões, periodicidade, 
radiação, exemplos). 
 
Exames de Paleontologia 
 
Responda com objectividade só a quatro dos pontos propostos. 
 
1ªChamada 2000 
 
1ª Património Paleontológico, seu interesse e importância 
 
2ª Processos de Fossilização. Moldagem. 
 
3ª Reino Animalia - seres unicelulares, dê informação acerca dos grupos com interesse 
Paleontológico e Estratigráfico (Filo Protozoa: Foraminíferos, Radiolários e Flagelados?). 
 
4ª Amonites: caracterização, repartição geográfica e cronológica 
 
5ª A conquista do meio terrestre pelos vertebrados. 
 
Recurso 2000 (este está só por tópicos) 
 
- Graptólitos 
 
- Grandes etapas, instrumentos líticos feitos pelo Homem 
 
- Gigamstotráceos???? 
 
- Incarbonização 
 
1ª Chamada 99 
 
1ª Defina Palinologia, sua importância e dê exemplos. 
 
2ª Defina fósseis de fácies e de idade 
 
3ª Trilobites, características e posição sistemática 
 
4ª Origem dos Tetrápodes (origem dos Anfíbios) 
 
5ª Organismos construtores de recifes e descrição 
 
2ª Chamada 99 
 
1ª Foraminíferos, características gerais e importância 
 
2ª Fósseis característicos de idade e fósseis de fácies. Definição e exemplos. 
 
3ª Graptólitos, características e importância estratigráfica. Exemplos. 
 
4ª Anfíbios Estegocéfalos. Origem e importância 
 
5ª Colonização dos Hominídeos na Europa, descreva sucintamente. 
 
1ª Chamada 95 
 
1ª Origem da vida na Terra, principais interpretações a partir dos trabalhos de Oparin 
 
2ª Foraminíferos. O que são, características principais, sua importância 
 
3ª Vegetação do Carbonífero, elementos + característicos, interesse, inclusivé do ponto de 
vista económico. 
 
4ª Haverá alguma relação entre vermes e moluscos? Justifique. 
 
5ª Origem das Aves. 
 
2ª Chamada 95 
 
1ª Palinologia em que consiste, métodos e técnicas de estudo , principais temas de estudo, 
importância/aplicações 
 
2ª Braquiópodes, características gerais. Importância 
 
3ª Em que consiste a incarbonização? Importância do processo. 
 
4ª Nos níveis inferiores das “areias do vale de Chelas” (Miocénico médio), expostas nos 
antigos areeiros de Lisboa, apareciam fósseis: mastodontes e outros mamíferos, crocodilos, 
valvas dispersas de ostra, coprólitos, peixes de água doce e marinhos. Como interpreta esta 
associação? 
 
5ª Origem dos Mamíferos 
 
Recurso 94 
 
1ª O que entende por incarbonização? Dê exemplos. 
 
2ª Ostracodos. O que são, características principais, seu interesse. 
 
3ª Graptólitos. Posição sistemática. Importância estratigráfica. 
 
4ª Agnatas e Ghatóstomos, semelhanças e diferenças. 
 
5ª Explique o que entende por Gradualismo Filético e por Equilíbrio intermitente. 
 
1.ª chamada 2003 
1.ª Micropaleontologia. Seu interesse e importancia 
2.ª Refira as principais extinçoes e sua possivel causa ( inclundo a do final do cretacico) 
3.ª Amonoides. Caracterizaçao, evoluçao, importancia estratigrafica, tipos de linhas de sutura. 
4.ª Hominideos. Sua evoluçao e caracteristicas principais. 
5.ª Condiçoes para a formaçao e afloramento de jazigos fossiliferos.Tipos de fossilizaçao, 
Processos fisicos e quimicos para a recolha de microfosseis. 
 
2.ª chamada 2003 
- o que entendes por gradualismo filético 
- origem evolução e características principais dos mamiferos 
- igual para os dinossauros 
- evidências das primeiras formas de vida, evidências 
- paleontologia: relaões com outras ciências e importância
	paleoapontevvertebrados.pdf
	paleoexames.pdf
	paleopergresposta.pdf
	paleontologia-recurso 2003.doc
	Exames de Paleontologia.doc

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