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Resumo Constituição 67

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Faculdade de Direito de Santa Maria
Constitucional I
Professora: Candisse Schirmer
Alunos: Aline Moral, Hendrisy Duarte, Jonathan Marques, Karoline Melo, Paola Dapper, Simara Virue, Vanessa Marques, Vinicius Dutra
Resumo sobre a Constituição Federal de 1967
	A Constituição de 1967 foi “outorgada” em 24 de Janeiro de 1967 e entrou em vigor em março do mesmo ano, quando o Marechal Arthur da Costa e Silva assumiu a presidência. Como toda Constituição, documento solene que rege a construção e composição de um ente importante que é o Estado, esta sofreu profundas influências doutrinárias, neste caso, da Carta Política de 1937 que, por exemplo, determinou a adaptação das constituições estaduais ao ordenamento constitucional federal.[1: “Tais constituições outorgadas, estabelecidas sem a participação popular, através da imposição do poder da época” (MORAES, 2006, p. 5). Segundo Lenza (2011) são as constituições impostas, de maneira unilateral, que não recebeu do povo a legitimidade para em nome dele atuar. No Brasil, as constituições outorgadas foram as de 1824 (Império), 1937 (inspirada em modelo fascista, extremamente autoritária — Getulio Vargas), 1967 (ditadura militar).]
	A forma de governo era República e a forma de Estado, conforme Art. 1º da Constituição de 1967, esta era República Federativa, ou seja, constituída pela união dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, contudo, aproximou-se mais de um Estado unitário centralizado do que de um Estado federativo. No tocante à capital da União, conforme exposto n Art. 2º, continuou sendo o Distrito Federal.
Referente à religião, o que consta na Constituição de 1967 segue a linha das constituições anteriores, estabelecendo um Estado desvinculado de religião, mas que estabelece colaboração entre Estado e organizações religiosas, no interesse público, especialmente nos setores educacional, assistencial e hospitalar.
A Constituição Federal de 1967 assegura a liberdade de consciência e o exercício de cultos religiosos, desde que não contrariem a ordem pública e os bons costumes; mantém a imunidade tributária aos templos de qualquer culto religioso, bem como prevê assistência religiosa, prestada por brasileiros, às forças armadas e nos estabelecimentos de internação coletiva. 
Também são assegurados o repouso remunerado, nos feriados religiosos; o casamento religioso de efeitos civis; o ensino religioso facultativo. Imputa-se a perda dos direitos políticos no caso de recusa, por convicção religiosa, de cumprir encargo ou serviço imposto por lei. 
	É relevante destacarmos uma das características que julgamos principal nesta Constituição: o autoritarismo advindo da situação política do país. Nesse viés, a Carta Política de 1967 superou as demais constituições na medida em que o autoritarismo era tão latente que havia a suspensão de alguns direitos individuais. É o que evidenciamos com o Art. 151 da CF de 1967 que se refere à suspensão, pelo STF, dos direitos políticos para aqueles que abusassem dos direitos políticos e/ou dos de manifestação do pensamento, bem como do exercício de trabalho ou profissão, além da suspensão de direito àqueles que se reunissem com o intuito de atentar contra a ordem democrática ou praticar a corrupção. Notamos, desse modo, tratar-se de uma Constituição moldada para sustentar a situação política instaurada no Brasil, por meio de normas suspensivas de direitos, relativamente arbitrárias e nada democráticas, com o propósito de incluir todas as decisões tomadas através dos Atos Institucionais desde 1964, o que demonstrou ser tal Constituição baseada apenas nos fatores de poder, decorrendo disso, pois, seu caráter extramente autoritário. [2: Art 151 - Aquele que abusar dos direitos individuais previstos nos §§ 8º, 23. 27 e 28 do artigo anterior e dos direitos políticos, para atentar contra a ordem democrática ou praticar a corrupção, incorrerá na suspensão destes últimos direitos pelo prazo de dois a dez anos, declarada pelo Supremo Tribunal Federal, mediante representação do Procurador-Geral da República, sem prejuízo da ação civil ou penal cabível, assegurada ao paciente a mais ampla, defesa. (CF, 1967).]
	Outro ponto importante dessa Constituição é que ela, assim como a atual, continha o princípio oriundo de Montesquieu da separação dos poderes em Executivo, Legislativo e Judiciário trazendo, formalmente, certa harmonia e independência entre eles. 
	O poder Legislativo era composto pela Câmara dos Deputados, formada por representantes do povo, eleitos por voto direto e secreto para mandatos de 4 anos, e pelo Senado Federal, eleitos por representantes dos Estados, por voto direto e secreto para mandatos de 8 anos. 
	O Judiciário, por sua vez, era composto pelos órgãos: Supremo Tribunal Federal, Tribunais Federais de Recursos e Juízes Federais, Tribunais e Juízes Militares; Tribunais e Juízes Eleitorais; Tribunais e Juízes do Trabalho. Em virtude do centralismo, o Judiciário, bem como o Legislativo, teve sua competência diminuída. 
	Por fim, o Executivo foi o poder fortalecido. Eleito para mandato de 4 anos, de modo indireto por sufrágio do Colégio Eleitoral, era composto por membros do Congresso Nacional e por Delegados indicados pelas Assembleias Legislativas dos Estados, em sessão pública e mediante votação nominal. Neste ponto percebemos que, mais uma vez o cenário instaurado no Brasil interfere na aplicação das normas, haja vista que o Executivo detinha maior hegemonia em relação aos outros poderes. Em outras palavras, com o regime ditatorial instaurado no Brasil, a administração, por meio do Executivo, recebeu maior autonomia justamente pelo caráter impositivo, próprio de uma ditadura. 
	Ainda, havia na Constituição de 1967 a preocupação com a segurança nacional, um poder maior destinado à União e ao Presidente da República, a instituição de normas de política fiscal com o objetivo de combater a inflação, a reformulação do sistema tributário nacional e a discriminação de rendas, ampliando, assim, o federalismo cooperativo que acabou permitindo uma série de participações de uma entidade na receita da outra, com acentuada centralização.
	Por fim, essa Constituição é menos intervencionista do que a de 1946, mas, em relação a esta, “avançou no que tange à limitação do direito de propriedade, autorizando a desapropriação mediante pagamento de indenização por títulos da dívida pública, para fins de reforma agrária.” (SILVA, 2002, p. 87), além de Definir mais eficazmente os direitos dos trabalhadores.”.
	Assim, a sexta Constituição do país perdurou até a volta da democracia em 1985 e caracterizou-se, mormente, pelo caráter autoritário e centralizador, próprios de um regime de exceção como o da época. 
Referências
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 15 ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Saraiva.

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