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CASO CLINICO URINÁLISE - Billy IRIS

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CASO CLÍNICO (Billy Iris)
Cão, macho, SRD, 11 anos de idade.
Problemas apresentados:
Histórico de infecção do trato urinário recorrente com disúria, polaquiúria, hematúria, emaciação, hiporexia, desidratação leve, êmese, halitose urêmica.
Achados laboratoriais:
	HEMOGRAMA
	
	V. Achados
	V. Normais
	
	
	Ht (%)
	29
	37 – 55
	
	
	He/µL
	4,5 x 106
	5,5 – 8,5 x 106
	
	
	Hb (g/dL)
	9,5
	12 – 18
	
	
	VGM (fL)
	64,4
	60 – 77
	
	
	CHGM (%)
	32,7
	32 - 36
	
	
	Pt plasma (g/dL)
	9,2
	6 - 8
	
	
	
	
	
	
	
	Leucócitos
	19.000/µL
	6,0 – 17,0 x 103
	
	
	Monócitos
	08% /1.520
	0,15 – 1,35 x 103
	
	
	Linfócitos
	08/1.520
	1,0 – 4,0 x 103
	
	
	Bastonetes
	03/570
	0 – 0,30 x 103
	
	
	Ne segmentados
	80/15.200
	3,0 – 11,5 x 103
	
	
	Eosinófilos
	01/190
	0,10 – 1,25 x 103
	
	
	URINÁLISE
	Volume
	05mL
	Proteína
	3+
	
	Cor
	Amarela clara
	Glicose
	1+
	
	Aspecto
	Límpido
	Cetona
	Negativo
	
	pH
	7,0
	Bilirrubina
	Negativo
	
	Densidade
	1.015
	Urobilinogênio
	Traços 
	
	
	
	Sangue
	1+
	
	SEDIMENTOSCOPIA: raras células renais, células da pelve 1+, células da bexiga 1+, cilindros granulosos 1+, bactérias 3+, piócitos 3+, hemácias 1+
	
	
	
	
	
	BIOQUÍMICA SÉRICA
	
	V. Achados
	V. Normais
	
	
	Uréia (mg/dL)
	317
	21 – 60
	
	
	Creatinina (mg/dL)
	7,0
	0,5 – 1,5
	
	
	
	
	
	
	
PROBLEMAS APRESENTADOS PELOS EXAMES LABORATORIAIS:
Hematologia: no eritrograma constata-se anemia do tipo normocítica, normocrômica (VGM e CHGM dentro dos valores de normalidade para a espécie canina) caracterizando uma deficiência na produção de eritrócitos pela medula óssea. 
O leucograma apresenta uma discreta leucocitose devida principalmente a neutrofilia e discreta elevação do número absoluto de bastonetes; estes últimos caracterizam desvio a esquerda e do tipo regenerativo (leucocitose), o que se justifica pelo quadro bacteriano com demanda tecidual por fagócitos. 
Há uma monocitose caracterizando um processo crônico, e que o organismo se encontra na fase de defesa desse processo (demanda por fagócitos). Nota-se ainda neste leucograma que o mesmo não está associado ao estresse, pois o número de linfócitos absolutos está normal e há eosinófilos presentes na circulação (não há liberação endógena de corticosteróide).
As granulações tóxicas dos neutrófilos segmentados ocorrem pelo processo infeccioso em si ou uremia (processo toxi-infeccioso). Normalmente são típicas de processos bacterianos severos, septicemia, condições inflamatórias agudas.
O aumento da proteína plasmática total justifica-se pela desidratação.
Urinálise: no exame físico observa-se uma densidade no limite inferior de normalidade para a espécie em questão (1015 – 1040). Porém, a mesma deveria estar mais elevada devido à desidratação, o que caracteriza uma deficiência tubular renal. Pode-se dizer também que a densidade baixa já caracteriza o processo crônico da doença, e que as células renais íntegras não são suficientes para concentrar a urina.
A cor clara com aspecto límpido da amostra pode ser explicada pela urina diluída mesmo com uma grande quantidade de elementos figurados no sedimento.
A proteinúria (albuminuria) leve é do tipo renal indicando uma alteração da membrana glomerular.
(Obs.: geralmente quando há glicosúria, indica que o limiar renal para glicose foi ultrapassado. E isto deve ser verificado pela glicemia elevada).
No sedimento urinário constata-se uma cilindrúria caracterizando o envolvimento renal. Além disso, células de descamação renal com envolvimento da pelve renal com bacteriúria e piúria intensas (mesmo a urina tendo sido colhida por cistocentese) sugerem uma pielonefrite, possivelmente ascendente.
Observa-se uma hematúria pelo processo infeccioso com irritação da mucosa vesical (células vesicais aumentadas).
Bioquímica sérica: nota-se uma azotemia pela elevação da uréia e creatinina que pode ser classificada como renal, uma vez que pelos resultados obtidos (exame de urina) há envolvimento renal. Contudo, esta azotemia parece exacerbada pela desidratação.
RESUMO: Há suspeita de doença renal crônica em virtude de a densidade urinária estar bem próxima do intervalo isostenúrico, proteinúria + cilindrúria e da hiperazotemia. 
Além disso, de acordo com os achados clínicos e laboratoriais pode-se dizer que o quadro é sugestivo de Insuficiência Renal Crônica (IRC), podendo-se confirmar por biópsia renal. Nos casos de IRC há uma deficiência da produção de eritropoietina caracterizando o quadro de anemia descrito anteriormente.

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